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AO JUÍZO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE ARAGUAINA/TO

Vitória da Silva Malheiro, brasileira, casada, engenheira, portadora do


RG nº 111.222 e inscrita no CPF nº 333.444.555-66, residente e domiciliado na rua
Professor Lindo de Processo Civil II, nº 777, CEP 88.999-00, bairro do Amor é Lindo,
na capital do TO, por intermediário de seu advogado que esta subscreve (para a
troca do veículo) vem perante ao juízo da vara civil da comarca de araguaina/to,
com fundamentos nos arts 6º inciso IV e 18º §1 inciso II do CDC, propor ação de
obrigação de fazer (relação de consumo) em fase da empresa G.S.A-veículos
automotores, CNPJ 000.111.0001/82-33, sediada em São Paulo, na Rua dos
caloteiros, pelos motivos de fato e de direito abaixo

I -DOS FATOS

Em 15 de julho de 2019,Vitória da Silva Malheiro, efetuou a compra de um veículo


Liffan X60, sedan, 4 portas, preto, ano 2019-2019, no valor de R$100,000.00 (cem
mil reais), fabricado pela “G. S. A. – veículos automotores, Ocorre que o referido
produto, apesar de devidamente entregue, desde o momento da sua saída do
estabelecimento, passou a apresentar problemas, apresentado falhas no motor e
não tendo um bom desempenho de rotatividade. Em virtude dos problemas
apresentados, Vitória, no dia 25 de julho de 2019, entrou em contato com o
fornecedor, que prestou devidamente o serviço de assistência técnica. Nessa
oportunidade, foi trocado a vela e um bico do motor do veículo. Todavia, apesar
disso, o problema persistiu, razão pela qual Vitória, por diversas outras vezes,
entrou em contato com a “G” S. A. a fim de tentar resolver a questão
amigavelmente. Porém, tendo transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem a
resolução do defeito pelo fornecedor, Vitória requereu a substituição do veículo.
Ocorre que, para a surpresa de Vitória, a empresa negou a substituição do mesmo,
afirmando que enviaria um novo técnico à sua residência para analisar novamente o
produto. Sem embargo, a assistência técnica somente poderia ser realizada após 15
(quinze) dias, devido à grande quantidade de demandas no período de praias do
Rio Araguaia e Tocantins

II -DOS FUNDAMENTOS

Inicialmente, tem-se que o codigo de defesa do consumidor, no seu artigo 18,


§1 Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor
exigir, alternativamente e à sua escolha;
I-a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de
uso;
§ 4º Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1º deste artigo, e
não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de
espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de
eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1º
deste artigo
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
IV - A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas
no fornecimento de produtos e serviços;
O código civil prevê no artigo 443 a indenização por perdas e danos, se o vício já
era conhecido por quem transferiu a posse do bem, o valor recebido deverá ser
restituído, acrescido de perdas e danos; caso contrário, a restituição alcançara
apenas o valor recebido mais as despesas do contrato.
Em relação ao vício oculto o CDC dispõe no artigo 26 parágrafo 3º, que o prazo
para que o consumidor reclame iniciar-se no momento em que fica evidenciado o
defeito.
De acordo com o artigo 12 da lei nº 8.072 de 11 de setembro de 1990 diz que´´ O
fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento
de seus produtos.``

III –DOS PEDIDOS

A-Sejam citadas as rés na forma da lei, para querendo contestarem à presente ação
no prazo legal assinalado, sob pena de não o fazendo serem os fatos considerados
verdadeiros (art. 341 CPC)
B- Seja decretada a inversão do ônus da prova nos pontos os quais Vossa
Excelência necessitar de maiores esclarecimentos se estes estiverem foram do
alcance do autor, nos termos do artigo 6º, inciso VIII do Código de Defesa do
Consumidor.
C-Condenação da parte ré ao pagamento das custas e honorários;
D-A fixação dos honorários advocatícios;
Nestes termos, dá-se à causa o valor de 200.000,00 R$

Nestes Termos em que, pede deferimento.

Araguaína/TO, 28 de outubro de 2019.

OAB-DF 20.562

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