Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Médico radiologista. Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia.
2
Médico radiologista do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo –
Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM) e do Centro de Medicina Diagnóstica Fleury.
e-mail para contato: gustavo.meirelles@fleury.com.br
Linfonodos contralaterais
Linfangite
Metástases
QUADRO 2 Definição das características do tumor primário, envolvimento linfonodal e
metástases a distância (TNM) no câncer de pulmão
Tumor primário (T)
Tx O tumor primário não pode ser avaliado, ou tumor comprovado pela presença de
células malignas no escarro ou lavados brônquicos, mas não visualizado pelos
métodos de imagem ou broncoscopia.
T0 Nenhuma evidência do tumor primário.
Tis Carcinoma in situ.
T1 Tumor ≤ 3cm na maior dimensão, circundado por pulmão ou pleura visceral, sem
evidências broncoscópicas de invasão do brônquio principala
T2 Tumor com qualquer das seguintes características de tamanho ou extensão: > 3
cm no maior diâmetro; com envolvimento do brônquio principal a mais de 2 cm da
carina; com invasão da pleura visceral; associado a atelectasia ou pneumonia
obstutriva estendendo-se até a região hilar mas não afetando todo o pulmão.
T3 Tumor de qualquer tamanho invadindo diretamente alguma das seguintes
estruturas: parede torácica (inclusive tumores do sulco superior), diafragma, pleura
mediastinal, pericárdio parietal; ou tumor no brônquio principal a menos de 2 cm da
carina, mas sem envolvimento da mesma; ou atelectasia ou pneumonia obstrutiva
associada de todo o pulmão.
T4 Tumor de qualquer tamanho que invada qualquer das seguintes estruturas:
mediastino, coração, grandes vasos, traquéia, esôfago, corpo vertebral, carina; ou
tumor com derrame pleural ou pericárdico malignob, ou com um ou mais nódulos
tumorais satélites no mesmo lobo pulmonar do tumor primário.
Linfonodos regionais (N)
Nx Linfonodos regionais não podem ser avaliados.
N0 Nenhuma metástase para linfonodos regionais.
N1 Metástases para linfonodos peribrônquicos, intrapulmonares e/ou hilares
homolaterais.
N2 Metástases para linfonodos mediastinais e/ou subcarinais homolaterais.
N3 Metástases para linfonodos mediastinais e/ou hilares contralaterais, escalenos
e/ou supraclaviculares homolaterais ou contralaterais.
Metástases à distância (M)
Mx Metástases à distância não podem ser avaliadas
M0 Ausência de metástases à distância
M1 Metástases à distância presentesc
a
O tumor superficial incomum de qualquer tamanho, com seu componente invasivo limitado à parede
brônquica, que pode se estender proximalmente ao brônquio principal, também é classificado com T1.
B
Muitos derrames pleurais associados ao câncer de pulmão são causados pelo tumor. Há, porém, alguns
pacientes nos quais múltiplos exames citopatológicos do líquido pleural não demonstram nenhum tumor.
Nesses casos, o líquido não é sanguinolento e não é um exsudato. Quando estes elementos e o julgamento
clínico indicam que o derrame não está relacionado ao tumor, deve-se excluir o derrame como um elemento
para o estadiamento e a doença do paciente deve ser classificada como acometimento T1, T2 ou T3. O
derrame pericárdico é classificado de acordo com as mesmas regras.
c
Nódulos tumorais metastáticos em lobos pulmonares diferentes daquele do tumor primário, mesmo que
homolaterais, também são classificados como M1.
QUADRO 3 Novo agrupamento pelo estadiamento internacional revisto
Estágio de classificação Classificação TNM
Estágio 0 TIS
Estágio IA T1, N0, M0
Estágio IB T2, N0, M0
Estágio IIA T1, N1, M0
Estágio IIB T2, N1, M0; T3, N0, M0
Estágio IIIA T1-3, N2, M0; T3, N1, M0
Estágio IIIB T4, qualquer N, M0; qualquer T, N3, M0
Estágio IV Qualquer T, qualquer N, M1
TIS, tumor in situ; T, tumor; N, linfonodos; M, metástases.
Figura 1. Neoplasia maligna no lobo superior esquerdo (seta), menor que 3,0 cm. Tumor T1.
Figura 2. Neoplasias T2. A. Massa lobulada no pulmão direito (seta), maior que 3,0 cm.
B. Neoplasia com atelectasia parcial do lobo superior esquerdo (seta).
Figura 3. Formação expansiva espiculada no pulmão direito (seta), que invade o brônquio principal
ipsilateral e estende-se até as proximidades da carina (a menos que 2,0 cm). Tumor T3.
Figura 4. Neoplasia T4. Massa central direita (setas), envolvendo a carina e associada a derrame pleural
(asterisco), que na punção apresentava células neoplásicas.
Figura 9. Tumor N1. Nódulo (seta) no lobo superior direto (seta em A), com linfonodomegalias
hilares ipsilaterais (seta em B).
Figura 10. Neoplasia N2. Massa pulmonar esquerda (seta), com linfonodomegalias
mediastinais ipsilaterais (seta tracejada).
Figura 11. Exemplos de carcinoma N3. A. Formação expansiva pulmonar direita (seta), com
linfonodomegalias mediastinais contralaterais (seta tracejada).
B. Linfonodomegalia supraclavicular direita (seta)
Figura 12. Massa pulmonar direita (seta), com nódulos metastáticos contralaterais. Tumor M1.
Figura 13. Neoplasia M1. Tumor pulmonar (seta em A), com sinais de linfangite carcinomatosa (B),
caracterizada por espessamentos dos septos interlobulares, formando arcadas poligonais,
e dos septos interlobares.
Figura 14. As setas demonstram locais de metástases (tumor M1) em pacientes com carcinoma pulmonar.
A. Adrenal esquerda. B. Costela. C. Fígado. D. Cérebro.
Figura 16. A. TC demonstrando opacidade irregular paramediastinal esquerda, que poderia corresponder a
foco de atelectasia ou a neoplasia. B. A PET isolada mostra hiperconcentração do radiofármaco, mas não
precisa com clareza a topografia. C. A PET-CT permite melhor avaliação da lesão, ao acoplar as 2 imagens.
Carcinoma pulmonar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Black WC, Armstrong P, Daniel TM. Cost effectiveness of chest CT in T1N0M0 lung cancer.
Radiology 1988;167:373-378.
2. Guyatt GH, Lefcoe M, Walter S, Cook D, Troyan S, Griffith L, et al. Interobserver variation in the
computed tomographic evaluation of mediastinal lymph node size in patients with potentially
resectable lung cancer. Canadian Lung Oncology Group. Chest 1995;107(1):116-9.
3. Heitzman ER, Markarian B, Raash BN, Carsky EW, Lane EJ, Berlow ME. Pathways of tumor spread
through the lung: radiologic correlations with anatomy and pathology. Radiology 1983;144:3-14.
4. Kuhlman JE. Complex disease of the pleural space: the 10 questions most frequently asked of the
radiologist--new approaches to their answers with CT and MR imaging. Radiographics
1997;17(4):1043-50.
5. Lardinois D, Weder W, Hany TF, Kamel EM, Korom S, Seifert B, et al. Staging of non-small-cell lung
cancer with integrated positron-emission tomography and computed tomography. N Engl J Med
2003;348(25):2500-7.
6. McLoud TC, Bourgouin PM, Greenberg RW, Kosiuk JP, Templeton PA, Shepard JA, et al.
Bronchogenic carcinoma: analysis of staging in the mediastinum with CT by correlative lymph node
mapping and sampling. Radiology 1992;182(2):319-23.
7. Mountain CF. Revisions in the International System for Staging Lung Cancer. Chest 1997;
111:1710-1717.
8. Rohren EM, Lowe VJ. Update in PET imaging of nonsmall cell lung cancer. Semin Nucl Med
2004;34(2):134-53.