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ABSTRACT
CEP 13.278-181
rc.ipade@anhanguera.com
Coordenação
DURABILIDADE DE
CONCRETOS PRODUZIDOS
COM AGREGADOS
RECICLÁVEIS
PROVENIENTES DE
RESÍDUOS DE
CONSTRUÇÃO
Correspondência/Contato
CEP 13.278-181
rc.ipade@anhanguera.com
Coordenação
Clayton Bonani Novais 3
1. Introdução
Os íons de cloreto são considerados uns dos piores agentes de deterioração de uma
estrutura de concreto, pois eles penetram na estrutura porosa do concreto e atingem a
armadura, podendo provocar corrosão e levar a estrutura ao colapso.
2. Justificativa
Há uma grande preocupação com o futuro da engenharia civil, no que tange á fonte de matéria
prima natural. O esgotamento de algumas fontes de jazidas de rocha basáltica e calcária, e dos
areeiros implica diretamente sobre o valor das edificações, devido ao afastamento cada vez mais
das jazidas dos locais de consumo. E isto está motivando vários pesquisadores em se empenha-
rem nos estudos da utilização do RCD como uma possível substituição dos agregados naturais.
Porem, para que estes agregados naturais possam ser substituídos por RCD se faz
necessário que os concretos produzidos com estes materiais apresentem características
similares aos produzidos com agregados naturais, para que sejam atendidas as exigências
de normas já impostas aos concretos convencionais.
Sabe-se que os íons de cloreto nas estruturas de concreto são originados de duas
formas: no amassamento, sendo este então incorporado na pasta do concreto devido a
agregados contaminados, um exemplo clássico são as areias das praias.
Pode também estar inseridos por meio externo, Troian, (2010) citou Siqueira (2008)
que escreveu que as formas de contaminação dos concretos por íons cloretos e o mecanismo
de transporte destes íons através da rede de poros ocorrem de quatro formas: Absorção
Capilar, Permeabilidade, Difusão e Migração Iônica.
Devido à estas necessidades, o escopo deste trabalho acadêmico, será uma análise
da resistência à compressão axial, a absorção de água e a sua durabilidade do concreto,
usando RCD como agregado, quando submetidos a ataques de íons de cloreto.
3. Concreto
Difusão iônica: com exceção da absorção capilar, que se dá, primeiramente, por
contaminação superficial a difusão iônica ocorre no interior do concreto, onde o teor de
umidade é mais elevado, então a difusão iônica é o mecanismo de transporte predominante
dos cloretos.
Migração iônica: no concreto, a migração pode se dar pelo próprio campo elétrico
gerado pelo processo eletroquímico, como o que ocorre em um processo de proteção
catódica.
Em suma pode-se afirmar que na grande maioria dos casos, os mecanismos de transporte
de cloretos presente nos concretos são a absorção capilar e a difusão iônica. A absorção se
da na camada superficial do concreto, geralmente onde ocorre a molhagem e a secagem do
cobrimento pela ação das intemperes: mais para o interior do concreto onde as presenças
de eletrólitos são mais constantes, tem-se basicamente a difusão, (CASCUDO, 1997).
O estudo da absorção de água em agregados reciclados é de extrema relevância,
sendo um material mais poroso que o agregado convencional ele pode interferir no
Bicca, (2000) relata que, de uma maneira geral, a formação dos poros na pasta de
cimento hidratada se dá, em sua maioria dos casos, por dois motivos: pelos poros capilares
que são vazios não ocupados pela hidratação da pasta de cimento e estão associados com a
água capilar; por isto vão depender da relação A/C e do grau de hidratação da pasta: os
poros também podem ser formados durante o processo de mistura, momento em que certa
quantidade de ar é aprisionada na pasta, porem parte deste ar é normalmente expulso por
ocasião do adensamento do concreto.
As armaduras de aço que estão dentro de um concreto são protegidas da corrosão devido a um
fenômeno conhecido como passivação do aço, devido a uma alta alcalinidade do concreto com
valores que chega até a um Ph de 12.5. (HELENE, 1997)
Troian, 2010 citou Gentil, 1996 que relatou o seguinte sobre o meio de corrosão.
A corrosão pode ser acelerada por agentes agressivos contidos ou absorvidos pelo
concreto, entre eles podem-se citar os íons sulfetos (S--), os cloretos (Cl-), os nitritos (NO3),
o gás sulfídrico (H2S), o cátion amônio (NH4+), os óxidos de enxofre (SO2, SO3), gás
carbônico (CO2), dentre outros. Esses agentes não permitem a formação ou quebram a
película existente de passivação do aço, acelerando a corrosão (HELENE, 1997).
Vieira (2003) e Troian 2010 relataram que no boletim técnico publicado pela Grace Cons-
truction Products (2006) comparando métodos de ensaio, é destacado o fato do ensaio não
medir a resistência à penetração dos íons cloreto, mas sim mede a resistividade do concre-
to, e não representa uma situação real, pois não há condição em que o concreto seja expos-
to a uma diferença de potencial de 60V na vida útil das estruturas. Seguindo a mesma li-
nha de pensamento, Shi et.al (1998) destacam que a medição da corrente passante especifi-
cada pela ASTM C1202 não é um método correto para avaliar a penetração rápida de clo-
retos em concretos com uso de materiais cimentícios. Os autores alegam que estes materi-
ais causariam reduções na resistividade elétrica em mais de 90%, em função da modifica-
ção na composição da solução dos poros, fator esse pouco importante no transporte de
íons cloreto no concreto. Apesar de este teste apresentar muita controvérsia, Bicca (1996)
conclui que o método da ASTM C1202 pode ser considerado válido para situações de con-
trole de parâmetros de qualidade quando feito para concretos com mesmos componentes e
proporções de mistura e é aplicável em quase todos os tipos de concretos, principalmente
quando se deseja comparar resultados em relação a outro de referência.O teste inicialmen-
te possui na câmera do cátodo solução de íons cloreto e na câmera do ânodo ausência de
4 Metodologia
Visando cumprir os objetivos propostos neste trabalho de avaliar, mediante experimentos labora-
toriais, algumas propriedades do RCD e do concreto produzido com ele, foram realizados ensai-
os de caracterização para poder avaliar algumas propriedades e o comportamento destes materi-
ais.
Para que possamos ter uma quantidade considerável de dados e assim poder
realizar uma analise do comportamento do concreto produzido com diferentes
porcentagens de substituição de areia virgem por RCD miúdo foram dosados, pelo método
da ABCP, receitas com substituição de 25%, 50%, 75% e 100% do agregado miúdo natural
pelo agregado proveniente de britagem do RCD e uma outra receita com os agregado
naturais para poder servir como referência.
Para cada relação água cimento foram dosadas uma receita com materiais virgem e
para as quatro porcentagem de substituição, para cada receita foram retirado 8 corpos de
prova (CP’s) sendo rompidos 2 nas idades de 7, 14, e 28 dias para avaliar a resistência a
compressão.
Para o ensaio de absorção de água foi destinado 1 CP e, e por fim 1 CP, do qual
foram retirados duas amostras, para o ensaio de ataque acelerado de íons de cloreto.
TROIAN, 2010 citou ZORDAN, 2000, que relata que os RCD provavelmente seja o
material mais heterogêneo dos resíduos industriais. Tendo em vista a grande quantidade e
a grande diversidade de matérias que são empregados em um mesmo empreendimento de
construção civil, sendo que nem ao menos um resíduo de concreto ou argamassa é igual,
quando comparados com materiais de duas obras.
GRÁFICO 1:PORCENTAGEM DO RCD
Os resíduos foram coletados e logo após sua coleta foram retiradas as impurezas,
como materiais metálicos, gesso, madeira, resíduos orgânicos, entre outros.
graduada e um módulo de finura bem maior que a do agregado miúdo natural ensaiados,
isto poderá influenciar no ganho de resistência mecânica e diminuir a porosidade. Como
pode ser verificado no gráfico abaixo:
GRÁFICO 2: CURVA GRANULOMÉTRICA DOS MATERIAIS QUE COMPÕE O TRAÇO
Mesmo com várias composições de agregado miúdo e pedrisco não foi possível
encontrar uma curva granulométrica que encaixasse próximo a curva do RCD. Então foi
adotado como parâmetro de escolha uma composição que tenha o mesmo módulo de
finura do RCD ensaiado.
Para o peso específico do agregado miúdo, foi realizada uma composição nas
proporções de 63,5% de areia virgem e de 36,5% de pedrisco e esta composição foi
denominada como Amostra 1. Tendo definido a amostra 1, foram introduzido o RCD em
diferentes porcentagem e uma outra amostra, composta de areia virgem, pedrisco e RCD
miúdo, foi denominada de Amostra 2, com pode-se verificar na tabela abaixo.
TABELA 1: DADOS UTILIZADOS PARA DOSAGEM DA RECEITA A/C 0,4
A massa específica do cimento foi determinada por meio do frasco volumétrico de Le Chatelier, segundo
o disposto na Norma NM 23:2000. Também foi realizado ensaio de peso específico aparente do agregado
graúdo, conforme a NBR NM 53.
Cimento (Compactada)
3085 2,71 3014 1665 19 mm (80 a 100)mm 0,5
3085 2,71 3014 1665 19 mm (80 a 100)mm 0,5
3085 2,71 3014 1665 19 mm (80 a 100)mm 0,507
3085 2,71 3014 1665 19 mm (80 a 100)mm 0,5
3085 2,71 3014 1665 19 mm (80 a 100)mm 0,506
FONTE: AUTOR, 2014
A/C 0,4
Peso sat. Peso seco
% da mistura % absorção
(Kg/m^3) (Kg/m^3)
REF 3919,2 3721,3 5,32
100% 3649,2 3373,3 8,18
75% 3726,4 3471,2 7,35
50% 3763,1 3516,4 7,02
25% 3748,5 3529,2 6,21
VIEIRA, (2003) relata que é preciso levar em conta fatores como a porosidade e a
resistência do próprio agregado. Com agregados naturais, o concreto tem sua ruptura na
zona de transição e o concreto com reciclados tem seu rompimento no corpo do próprio
agregado reciclado. Porem, neste trabalho, estas características tendem a ser de menor
importância devido ao material de substituição ser o agregado miúdo e este apresentar
uma graduação bem graduada.
No ensaio de compressão axial dos concretos com o fator A/C de 0,4, o concreto
dosado como referência apresentou uma resistência a compressão, consideravelmente
maior, do que os concretos confeccionados com RCD. Isto provavelmente ocorreu devido a
baixa relação A/C que proporcionou um abatimento baixo e pelo alto teor de materiais
basáltico. Verificando o ganho de resistência ao longo da cura, os concretos de referência os,
100% e o de 75% de substituição apresentaram, em idades mais recentes, um ganho maior
BICCA, (2000), afirma que a água absorvida pelo agregado reciclado não fará parte
da mistura e não afetará diretamente “o slump,’’ a relaçao água/cimento ou a qualidade da
pasta.
Tendo como base a experiência de BICCA, (2000) pode-se então constatar que os
concretos com substituição do agregado miúdo natural pelo reciclado, apresentaram um
maior ganho de resistência devido este concreto não ter sofrido uma pré-molhagem.
Quando os concretos de todas as porcentagens de substituição foram moldadas, parte da
água da relacão A/C foi absorvida pelos poros dos agregados reciclados e se esta água
absorvida não faz parte da mistura, a relação A/C diminuiu e deixou a pasta mais rica e
então contribuiu para um maior ganho resistência ao concreto. Outro fator importante é
devido a uma boa graduacão do agregados reciclados, que melhorou o empacotamento do
concreto.
As receita dos concretos foram dosadas em função da relação A/C e não para uma
determinada resistência, isto acarreta a uma variação da resistência à compressão axial final
à medida que se varia as substituições do agregado miúdo natural pelo agregado miúdo
reciclado. Então fica impossibilitada a verificação do ganho de resistência dos concretos até
os 7 dias de cura úmida. Tendo então os primeiros resultados, as resistências obtidas com o
rompimento dos CPs aos 7 diasde cura.
Onde
O concreto que apresentou a menor carga passante e, por consequência uma maior
durabilidade foi, nas duas amostras, o concreto com 100% de substituição da areia pelo
RCD, seguido dos concretos com 75%,e com comportamentos similares aos concretos de
referência, 25% e o de 50% de substituição.
‘Nome da Revista • Vol. xx, Nº. xx, Ano 2013 • p. 1-22
Clayton Bonani Novais 18
O concreto com 100% de RCD apresentou a menor carga passante dos CPs
ensaiados com a relação A/C de 0,4 e ficou classificado com um grau moderado. Os demais
concretos ficaram classificados com uma alta penetrabilidade de íons de cloreto, porém o
concreto com 75% de substituição ficou bem próximo da transição que passa da alta
penetrabilidade de íons de cloreto para a moderada penetrabilidade.
GRÁFICO 8 RESULTADOS DO ENSAIOS DE DURABILIDADE EM CO ULOMBS DAS AMOSTRAS 1 E 2
Para os concretos com relação A/C de 0,6 e com alta porcentagem de substituição
do agregado miúdo natural pelo agregado miúdo de RCD, os resultados ficaram
classificados na faixa de moderada penetrabilidade de íons de cloreto. Os concretos com
substituição de 100%, 75% e 50% tiveram resultados com muito pouca variação, enquanto
que o concreto com 25% de substituição e o concreto dosado como referência ficaram
classificados na faixa de alta penetrabilidade de íons de cloreto, sendo que o concreto com
25% obteve um resultado bem próximo da faixa de transição que passa da alta para a
moderada penetrabilidade dos íons.
7 Considerações finais
O ganho de resistência da relação A/C de 0,4, foi maior que o ganho de resistência
da relação A/C 0,6, isto ocorre devido à quantidade de cimento utilizado para a confecção
dos concretos com a relação A/C 0,4 ter sido bem maior que a quantidade utilizada na
receita de 0,6. Avaliando o impacto ambiental, este alto consumo de cimento inviabiliza a
sua produção.
Tomando como referência o concreto produzido com a relação A/C 0,4 que
tiveram uma resistência maior que todos os concretos produzidos com A/C 0,6, e
avaliando o ganho de resistência em todas as porcentagens de substituição, constatamos
que:
O concreto dosado como referência e com a relação A/C 0,6 alcançou para as
idades de 7, 14 e 28 dias alcançou respectivamente 28,28%, 34,11% e 37,98% da resistência
alcançada pelo concreto referência A/C 0,4 e isto corresponde a uma queda significativa de
resistência.
Para os concretos com 100%, 75%%, 50% e com 25% de substituição, as variações
dos ganhos de resistência dos concretos com A/C 0,6 ficaram entre 68% e 89% da
resistência alcançada pelos concretos dosados com A/C 0,4.
: TABELA 8 DIFERENÇA DE RESISTÊNCIA DO CONCRETO A/C 0,6 EM RELAÇÃO AO CONCRETO A/C 0.4
Vale a pena enfatizar que o método é acelerado, pois apresenta uma diferença de
potencial elevada (60 V). Devido esta alta voltagem este ensaio só servem para uma
avaliação qualitativa.
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