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Bienvenido, bienvenida.

Finalmente você veio conferir o que tanto falam de


Buenos Aires. Garanto que você não vai se decepcionar. Mas também aposto
que você vai gostar ainda mais das próximas vezes que vier.

Por que digo isso? Porque Buenos Aires faz parte daquele elenco de cidades
especiais que ficam mais bacanas depois que você não precisa mais fazer a
rota das atrações turísticas.

Mas pode deixar -- eu sei que você faz questão de ver todos os cartões-postais
nessa sua primeira viagem, e minha função é fazer com que você não perca
nada de essencial, da maneira mais racional e menos esbaforida possível.

A chegada – e como conseguir pesos

Buenos Aires tem dois aeroportos: Ezeiza (na sua passagem: EZE), o maior, a
50 minutos de táxi do centro, e Aeroparque (na sua passagem: AEP), o
aeroporto central, a 10 minutinhos de táxi do centro ou de Palermo..

• Vantagem do Aeroparque: proximidade. Desvantagem: free shop


pequeno.

• Vantagem de Ezeiza: free shop grande. Desvantagem: a distância.

Os dois aeroportos contam com agências do Banco de la Nación Argentina (se


for perguntar, pergunte por "Banco Nación"). O Banco Nación de Ezeiza
funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano. porém, em meados de 2016 o
Banco Nación passou a pagar muito mal por reais; só tem oferecido boa
cotação para dólares.

As melhores cotações para reais estão nas corretoras de câmbio da calle


Sarmiento, no Centro, como a Cambio Alpe (Sarmiento, 480) e a Multifinanzas
(Sarmiento, 448), que funcionam de 2ª a 6ª das 11h às 15h.
Estratégias recomendadas para quem vai levar dinheiro vivo:

• Chegando de 2ª a 5ª: pode levar reais. Troque o mínimo possível no


aeroporto e o resto nas corretoras da calle Sarmiento, no próximo dia
útil, entre 11h e 15h.

• Chegando de 6ª a domingo: leve dólares para os gastos do fim de


semana, troque no Banco Nación. Deixe para trocar reais na 2ª feira na
Calle Sarmiento entre 11h e 15h. Caso não queira levar dólares, use
cartão de crédito: é melhor perder 6,38% de IOF do que 20% num
câmbio ruim, concorda?

Se você vai viajar para fora de Buenos Aires e quer viajar com dinheiro vivo,
leve dólares. A cotação do real piora fora da capital.

Já dá para usar cartão de crédito novamente, agora que o câmbio oficial não
está artificialmente valorizado. A cotação é boa, mas há a incidência de 6,38%
de IOF.

Saques em caixa automático poderiam ser uma boa maneira de conseguir


pesos para o dia a dia, mas como o limite por saque é baixo, as tarifas de uso
do equipamento acabam pesando mais do que deveriam.

Não vale a pena comprar pesos no Brasil; a cotação é bastante


desfavorável.
Onde ficar

Na minha opinião, a melhor localização para quem ainda não conhece Buenos
Aires é o bairro da Recoleta: central (e por isso bem localizado para fazer os
passeios), elegante e charmoso.

Quem vai a Buenos Aires com ênfase em gastronomia e compras descoladas,


no entanto, deve considerar ficar em Palermo Soho ou Palermo Hollywood.

Hospedar-se no Centro é conveniente para passear -- mas a região está


decadente e morre à noite.

Clima: o que esperar


Conte com verões quentíssimos e úmidos. Na meia-estação -- outono ou
primavera -- prepare-se para um frio moderado, com eventual veranico durante
o dia, se estiver ensolarado. Os invernos são gelados. Entre maio e setembro
chove menos, mas esteja sempre preparado para chuviscos.
Chegando sexta à noite

Muita gente chega em Buenos Aires na sexta à noite e não quer esperar até o
dia seguinte para ter um gostinho da cidade. Vamos lá, então.

Tente pegar um vôo que chegue até as 22h em Ezeiza ou 22h30 no


Aeroparque. Se você conseguir largar as malas no quarto até a meia-noite,
ainda pode pensar em sair para jantar ou até mesmo ver tango em Buenos
Aires.

Querendo chegar e já se atirar na melhor carne argentina, recomendo pegar


um táxi a Palermo Soho (15 min. do centro, 10 min. da Recoleta) e se esbaldar
na La Cabrera (Cabrera y Thames) que costuma abrir até 1h30 (confirme se
está aberta pelo telefone 11/4831-7002). Ali as carnes vêm com inúmeros
acompanhamentos, que fazem a diferença. Mais perto do centro (5 min. de
táxi), em Puerto Madero, tem a Cabaña Villegas (Alicia Moreau de Justo 1048,
diga ao taxista para ir pela av. Belgrano), que também promete funcionar até as
2h (confirme se está aberta pelo telefone 11/4331-0642).

Quer desembarcar e ir direto para um show de tango? É possível. O Bar Sur


(Estados Unidos y Balcarce) é um bar pequeno, em San Telmo, que apresenta
um show intimista de tangos, sem palco: só dois pares de dançarinos no salão,
em frente à sua mesa, acompanhados por músicos e cantoras da velha guarda.
Está longe de ser uma superprodução, mas pode ser bem divertido (é bem
provável que em algum momento vocês sejam puxados para a pista). A
vantagem do Bar Sur é que o show é contínuo até as 2 horas da manhã, e não
é necessário reservar: basta aparecer na porta.
City-tour, táxi ou metrô?
Buenos Aires tem sua linha turística hop-on hop-off, o Buenos Aires Bus, que
permite descer em 24 pontos, da Boca ao Barrio Chino (veja todas as paradas
clicando aqui). Os ônibus passam de vinte em vinte minutos das 9h às 20h. O
bilhete 24 horas custa 260 pesos (adulto) e 130 pesos (menores de 12 anos); o
bilhete 48 horas sai 350 pesos (adulto) e 150 pesos (menores de 12 anos). A
passagem pode ser comprada a bordo. Preços de julho/2015.

Minha opinião? Não é necessário. A cidade é perfeitamente navegável de táxi,


que é abundante e, mesmo com a inflação e a desvalorização do real frente ao
peso, bastante encarável. Corridas entre Recoleta e Palermo saem entre 60 e
80 pesos (julho/2015). À noite, nos restaurantes, peça para chamarem um
radiotáxi ao pagar a conta.

O metrô ("Subte") é histórico, um dos mais antigos do mundo; é eficiente e


barato. Só não é conveniente para quem se hospeda na Recoleta. O mapa das
estações está aqui. O ticket custa 5 pesos. Cuidado com seus pertences: há
mãos-leves em ação nas estações.

Buenos Aires: 5 dicas para não ser enrolado


no táxi

Como tudo em Buenos Aires, o táxi já foi mais barato – mas ainda assim
continua em conta para os padrões paulistanos e cariocas.
Muitos brasileiros se queixam de pequenos golpes -- como taxímetro
adulterado e troca de cédulas (você dá uma de 100, o taxista diz que era de 10,
ou troca na hora por uma cédula de 100 falsa e diz que não pode aceitar).

Vasculhando caixas de comentários na internet você é levado a pensar que


todo taxista de Buenos Aires é trambiqueiro e que todo brasileiro vai se dar mal
ao pegar um táxi na rua.

Só que não é assim. De minha parte, posso dizer que viajo freqüentemente a
Buenos Aires há 10 anos e nunca fui vítima de golpe de notas, taxímetro
adulterado ou trajetos alongados (e note: eu nunca indico o trajeto, não sou tão
íntimo com a cidade assim).

Siga essas dicas e a possibilidade de ser engambelado vai diminuir


drasticamente:

1) Em Ezeiza

Chegando pelo aeroporto de Ezeiza, saia para a calçada do aeroporto e recuse


todo espertinho que oferecer táxi: esses são os malandros. Vá direto ao guichê
do Táxi Ezeiza, que é tabelado. Negocie o pagamento em reais ou dólares.
Para ver preços aualizados, clique aqui.
2) No Aeroparque

Entre o saguão e a calçada do aeroporto, recuse todos os espertinhos que


vierem oferecer táxi: esses são os malandros. Saia pela calçada e atravesse a
pista: o ponto de táxi fica na ilha central, no canto esquerdo. Antes de sair,
pergunte se pode pagar em dólar ou real. O taxista pode oferecer ir pela
autopista, que é mais rápido, mas tem um pedágio (baratinho). Pode aceitar.

3) Não entre no táxi só com notas de 100

O ideal é sempre ter notas de 10 e 20 pesos no bolso. São notas que não
estão mais disponiveis no caixa eletrônico, então faça compras em quiosques e
sorveterias. (No Aeroparque, tome um café antes de pegar o táxi.) Pagando
com notas de 10 e 20 não há golpe de troca de cédulas possível.

4) Dê o endereço incluindo as ruas transversais

Os moradores nunca dão o endereço com a numeração; as ruas são


longuíssimas e ninguém sabe o trecho pelo número do prédio. Aproveite o wifi
grátis dos hotéis, cafés, restaurantes e sorveterias de Buenos Aires para
pesquisar no mapa onde exatamente fica o seu destino, e informe ao taxista
usando uma ou duas transversais. "El Salvador entre Malábia e Armênia", ou
"Arenales e Santa Fé" são formatos de endereço que inibirão o taxista
malandro.

5) À noite, peça para o restaurante chamar um radiotáxi

Custa a mesma coisa que os táxis de rua e você não fica à mercê do que
passar.
Sábado: Centro & Recoleta

Vai por mim: faça esse city-tour self-service no seu primeiro dia de Buenos
Aires. Assim você se familiariza com as principais regiões e já vê onde vai
querer voltar com calma nos próximos dias (ou nas próximas vindas). Deixe
para fazer o Caminito no domingo, antes de ir à feira de San Telmo (mais
adiante eu explico).

Comece o seu passeio do primeiro dia no Café Tortoni (Av. de Mayo 825, entre
Suipacha e Esmeralda), o equivalente portenho da Confeitaria Colombo
carioca. No inverno pede-se chocolate quente e churros; no verão escolha uma
das copas de sorvete. Dica: aproveite que você está ali e veja se ainda há
ingressos para as apresentações de tango que acontecem em dois ambientes
no subsolo (Sala Alfonsina Storni e La Bodega) e não são caros (em
julho/2015, 260 pesos -- menos de R$ 70). Veja a programação aqui.

A Avenida de Mayo, onde está o Tortoni, é a Champs-Elysées de Buenos


Aires: vai do Congresso à Casa Rosada, passando pelo Obelisco. O Obelisco
está pertinho: a duas quadras para a direita de quem sai pela porta do Tortoni.
A Casa Rosada fica descendo a avenida na direção esquerda. Há um pequeno
museu dentro do palácio (com entrada pela Bolivar, 65), mas só abre aos
domingos de tarde. Contente-se em ir à praça em frente e imagine-se no lugar
de uma das Mães da Plaza de Mayo chorando seu filho desaparecido -- ou um
fã de Evita ouvindo um de seus discursos na sacada. Se você curte museus,
pode visitar o novíssimo Museu do Bicentenário da Independência, que é cheio
de bossas tecnológicas, e fica exatamente atrás da Casa Rosada (abre de 4a.
a domingo das 10h às 18h; entrada gratuita).

Na saída, volte à praça, fique de costas para a Casa Rosada e pegue a


diagonal da direita (a Presidente Roque Sáenz Peña); vire à direita na Calle
Florida. Esta é a famosa rua de pedestres do centro, com o comércio mais
tradicional da cidade. Mas é também o maior antro de malandros de Buenos
Aires, então é bom que você pare agora para receber essas recomendações:

• Cuidado com sua câmera, sua bolsa e suas compras em Buenos Aires

Como a Florida é um dos cartões-postais portenhos, dá para encaixar uma


sessão consumismo disfarçada de turistagem. Aproveite para dar uma
entradinha na superfarmácia Farmacity do nº 474 (entre Corrientes e Lavalle),
para xeretar preços de cosméticos; para se perder na loja de departamentos --
de origem chilena -- Falabella , no nº 665 (entre Tucumán e Viamonte), ou
ainda fazer uma fezinha na Zara, no número 651 (na mesma quadra da
Falabella).

Mesmo que você não esteja numas de comprar, vai querer visitar a Galerías
Pacífico, na esquina com a avenida Córdoba -- certamente um dos shoppings
mais fotogênicos do planeta. Aqui você vai ter outra oportunidade de descolar
um ingresso para um show baratinho de tango: veja se ainda há lugares
disponíveis para os espetáculos do Centro Cultural Borges, que fica no
segundo andar (o caminho é bem sinalizado por todo o shopping). Os
ingressos custam entre 200 e 260 pesos (julho/2015), ou R$ 55 a R$ 70.

• Tango BBB em Buenos Aires: Centro Cultural Borges

Bom. Não posso esconder de você o fato de que estamos muito, muito
próximos de outro ícone de Buenos Aires -- o Puerto Madero. Se você pegar a
avenida Córdoba na direção do rio (direita), em menos de 15 minutos vai
chegar ao porto de embarque do Buquebus, de onde se vai a Colonia del
Sacramento. Na quadra ao lado já começa o Puerto Madero propriamente dito
(para chegar direto nele, você pode voltar umas quadras atrás na Florida e
descer a Lavalle toda a vida). Se essa informação deixar você na fissura de
sair corrento para lá, fique à vontade. Mas eu deixaria para ir ao Puerto Madero
em outro momento -- num fim de tarde, ou para jantar, ou então para almoçar
no domingo (mais adiante tem um tópico dedicado à região).

Prossigamos, pois. Mais duas quadras adiante na Florida e chegamos à Plaza


San Martín, já no Retiro, o cantinho mais bonito e elegante do Centro. Ali
começa, à sua esquerda, a avenida Santa Fé, que leva à Recoleta e também a
Palermo. Aqui vamos pegar um táxi para a Recoleta.

Diga para o taxista: "Posadas y Callao" ("Possadas i Caxáo, por fabor"). Nosso
objetivo é almoçar no Sanjuanino, no número 1515 da Posadas, baratíssimo
restaurante especializado em fabulosas empanadas. Não se incomode com o
fato de o lugar ter se tornado point de brazucas: as empanadas são ótimas, e
você me agradecerá quando vier a conta (abre para almoço até às 16h).

Na saída, siga em frente pela Posadas até a Ayacucho, então suba a ladeirinha
à esquerda. Você vai passar em frente ao hotel Alvear (o Copacabana Palace
portenho) e, uma quadra adiante, vai merecer sua sobremesa na sorveteria
Volta da esquina da avenida Quintana. Tomar sorvete em Buenos Aires é tão
bom quanto na Itália -- com a vantagem adicional de haver sempre no mínimo
meia dúzia de variações de doce de leite. Sempre que passar por uma Freddo,
uma Persicco ou uma Volta, pare e experimente um sabor novo

Preste atenção no entorno. Você está no coração do bairro mais bonito de


Buenos Aires, a Recoleta. Se tiver consultado o Viaje na Viagem antes de
organizar a viagem, você deve estar hospedado por aí. Senão, é aqui que eu
recomendo que você fique da próxima vez. Flanar pela Recoleta, para mim, é o
melhor passeio disponível nas manhãs portenhas.

Que horas são? Como eu não sei quanto tempo você se demorou na Florida,
não tenho como adivinhar. Nosso destino final da tarde é Palermo Soho. Caso
ainda seja antes de 14h30, você tem direito a uma parada no meio do caminho.
Escolha: pode ser uma rápida visita ao museu Malba (Figueroa Alcorta, 3415),
que abriga uma espetacular coleção de arte moderna latino-americana, ou um
pit-stop no singelo parque Jardín Japonés (Figueroa Alcorta y Casares). Indo a
qualquer um dos dois (ou aos dois) você passará pela Floralis Genérica, a flor
metálica que acompanha o movimento do sol e é um dos ícones da cidade.

O importante é que entre 15h30 e 16h você esteja em Palermo Soho, a


pequena Ipanema de Buenos Aires. Peça para o táxi deixar você na esquina de
"Malabia y Costa Rica". Você descerá na praça mais charmosa do bairro. A
essa hora (sobretudo se for fim de semana), o bairro vai estar fervilhando.
Namore as vitrines, tente descolar uma mesinha na calçada para tomar um
café. As lojas mais bacanas estarão nas calles El Salvador e Honduras. (O
trechinho mais bagaceiro é o da praça Serrano, mas se você atravessar a
muvuca o comércio e os restaurantes voltam a ser bacanas do outro lado, até o
trilho do trem.)
Se você se apaixonar pelo bairro -- pelas minhas contas, pelo menos 62,3%
dos leitores do site se apaixonam -- pode já ir pensando em ficar por aqui da
próxima vez.

Noite: tango

Os espetáculos de tango são a atração turística número 1 de Buenos Aires.


Quase todos funcionam no esquema "cena-show" (jantar + show), e oferecem
traslado de ida e volta desde os hotéis mais centrais. São shows
superproduzidos, e por isso não custam barato: espere pagar pelo menos 100
dólares com jantar.

É possível comprar só o show, sem o jantar. Você consegue uma economia aí


de uns 30 ou 40 dólares e escapa de um jantar fraquinho. Mas em
compensação arranja um problema, já que para chegar jantado às 22h na casa
de tango, você tem que jantar às 20h, quando os restaurantes estão às
moscas. A outra opção é jantar depois da meia-noite, o que restringe a
disponibilidade (consulte a seção "Chegando sexta à noite" para ver minhas
indicações de churrascarias que funcionam até as 2h).

Os showzões de tango que eu vi e recomendo são o sensualíssimo (e


caríssimo) Rojo Tango, no hotel Faena, e o caprichado espetáculo do El
Querandí.

Caso você não faça questão dos espetáculos superproduzidos das casas de
tango, sua noite fica mais maleável. O show do Centro Cultural Borges começa
às 20h; dá para sair para jantar depois onde você quiser. Os shows dos
espaços alternativos do Café Tortoni acontecem em duas sessões; assistindo o
das 20h você janta depois, indo no das 22h você janta antes. E como eu já
expliquei no tópico "Chegando sexta à noite", mais acima, os shows intimistas
do Bar Sur são apresentados a noite toda, com pequenos intervalos, até as 2h
da manhã; dá para jantar e aparecer mais tarde por lá, sem reserva.
Noite: jantar

Há ótimos restaurantes por toda cidade. Mas a principal região gastronômica


de Buenos Aires, hoje, é o bairro de Palermo Hollywood, com epicentro nas
calles Fitz Roy e Bonpland. Se você está no Centro, o pólo de restaurantes
mais à mão é o de Puerto Madero, que é voltado sobretudo aos turistas. Na
Recoleta, fuja da fileira de restaurantes em frente ao cemitério; os bons
restaurantes da região estão dispersos pelo bairro (querendo encontrar vários
lado a lado, vá à Recova de Posadas, que fica no começo da calle Posadas,
sob um elevado da 9 de Julio.

Os argentinos jantam ainda mais tarde que os brasileiros; os restaurantes só


enchem mesmo lá pelas 22h. Vale a pena reservar, sobretudo nas noites de
quinta a sábado e no almoço de domingo. A propósito: antes de sair domingo à
noite, confirme se o restaurante abre para jantar. E atenção: alguns
restaurantes estão deixando de aceitar cartão de crédito. A melhor fonte de
informação sobre horários, telefones e aceitação de cartões em restaurantes é
o Guia Óleo.

Noite: balada e milonga


A noite em Buenos Aires é pulverizada e diversificada. A balada começa
supertarde -- nada esquenta antes da uma da madrugada. Uma boa fonte de
informação atualizada é a revista-guia Time Out, que publica edições
trimestrais (em inglês) e pode ser comprada nas bancas. (O conteúdo da
revista na internet não é tão atualizado; vale a pena dar um novo google no que
você escolher antes de ir).

Um jeito divertido de passar uma noite à argentina é experimentar uma milonga


-- como são chamados os salões de baile de tango, mais ou menos o
equivalente portenho das nossas gafieiras. As milongas esquentam um pouco
mais cedo: pouco depois da meia-noite a pista já estará cheia. Chegando cedo
(duas horas antes do início do baile) você pode contratar aulas de tango. Cada
milonga tem o seu dia da semana; consulte este calendário de milongas para
não ir no endereço certo, porém na noite errada. Se você se hospedar em
Palermo, a milonga mais perto é a La Viruta (Armenia, 1366; melhores noites:
sexta e sábado). Caso você fique em Buenos Aires até domingo à noite, não
deixe de ir à milonga La Glorieta, na praça Barrancas de Belgrano. O melhor
lugar para se informar sobre as milongas do momento é o blog da Gisele
Teixeira, o Aquí me quedo.

Domingo: Caminito e Feira de San Telmo

Não adianta: o cartão-postal de Buenos Aires para o turista brasileiro ainda é o


Caminito, em La Boca. De táxi, fica a pouco mais de 15 minutos do Centro, ou
20 minutos da Recoleta. O bacana de visitar o Caminito é que você nunca mais
vai precisar ir ao Caminito. Aêêêêê!

Eu adoro falar mal do Caminito -- acho uma ruela sem-graça, que funciona
como capa de revista de turismo mas ao vivo é bem meia-boca (ops). No
entanto, pessoas mais educadas e com mais paciência do que eu, como a
Silvia Oliveira do matraqueando.com.br, conseguem discernir seu valor
histórico e artístico. E para não dizer que você rodou tanto só para ver um
quarteirão de casebres de zinco não-habitados, você pode turbinar o passeio
com duas visitas. Uma, com verniz intelectual: a Fundación Proa, uma bela
galeria sempre com exposições bacanas (fecha segunda-feira); e outra, de
cunho, digamos, religioso: o museu do Boca Juniors (oficialmente: Museo de la
Pasión Boquense), que funciona sob uma arcada do mitológico estádio La
Bombonera. Há visitas guiadas incluindo o estádio. Abre das 11h às 18h (mas
nos dias de jogos no estádio o horário é encurtado).

Da Boca, uma nova corrida de táxi -- 10 minutinhos no máximo -- leva você à


Feira de San Telmo (peça ao motorista de táxi: "San Juan y Defensa"). A feira
de antigüidades e cacarecos acontece todos os domingos na Plaza Dorrego,
mas neste dia a calle Defensa, que leva à praça, fica interditada para veículos.
A feira não vale só pelos artigos expostos nas banquinhas, não; há vários
artistas performáticos que se vestem de maneira engraçada e posam para
fotos. Sempre rola tango na rua, também (com passada de chapéu ao final).

Há bares e cafés na praça e ao longo da Defensa. Duas boas opções para


almoçar um belo bife de chorizo: o baratinho El Desnivel (Defensa 855, entre
Estados Unidos e Independencia) e o clássico (e meio caro) La Brigada
(Estados Unidos 465, entre Defensa e Bolivar). Devo avisar, porém, que
domingo não é o melhor dia para nenhuma das duas, já que o overcrowd de
turistas acaba deixando os garçons mais irritados do que o costume. Se você
ligar antes para reservar, uma boa alternativa é o bistrô francês Brasserie
Pétanque (Defensa 596, entre México e Venezuela).

Querendo escapar da muvuca domingueira de San Telmo, pegue um táxi para


o Puerto Madero; não dá muito mais do que cinco minutinhos.

Puerto Madero: quando ir, o que ver

Outro poderoso ícone da Buenos Aires, o Puerto Madero é um senhor projeto


urbanístico: recuperou e incorporou à cidade uma antiga área de armazéns
portuários. Passear pelo seu calçadão à beira do canal é um programa
gostosíssimo ao entardecer: apareça por aqui depois de um dia de turistagem
ou de compras, e caminhe com calma, com uma casquinha (cono) de sorvete
(helado) na mão.

O complexo se estende por quase 4 quilômetros: nas duas extremidades estão


o terminal de barcos Buquebus (bem em frente à avenida Córdoba) e o
Cassino Flutuante (já pertinho de La Boca). O trecho mais atraente vai da
altura da calle Tucumán até a avenida Belgrano: por ali está a maioria dos
restaurantes, e também a bonita Puente de la Mujer. Aproveite para visitar o
Museu-Barco Fragata Presidente Sarmiento -- um barco de 1898 aberto
diariamente das 10h às 19h.

À noite, o Puerto Madero funciona como o pólo de restaurantes mais próximo


de quem está hospedado no Centro. Recomendo o Cabaña Villegas (para
carne; nº 1050-, à altura de Belgrano), o La Parolaccia (para massas; nº 1052,
à altura de Belgrano) e o Cabaña las Lilas (para bolsos recheados; nº 51'6, à
altura de Sarmiento).

Um pouco mais para dentro, na zona conhecida por Madero Este, vale muito a
pena visitar o extravagante hotel Faena. Marque um almoço ou jantar no El
Mercado, o mais em conta dos restaurantes do hotel.

A casa de shows Madero Tango fica longe deste miolo, na extremidade sul do
complexo; em compensação, o Cassino está ao lado.

Às compras
Devolução de IVA. Lojas que vendem produtos argentinos (sobretudo na
Florida, na calle Murillo e nos shoppings) emitem certificados que permitem que
você receba o imposto IVA de volta. Para isso, é preciso que o formulário seja
preenchido no ato da compra. Você vai precisar chegar ao aeroporto (ou no
Buquebus) com uma hora a mais de antecedência para passar no posto de
reembolso de IVA. Não há posto de devolução de IVA no embarque do Colonia
Express.

No Centro: calle Florida. O calçadão da calle Florida é um dos pólos de


compras da cidade. É preciso garimpar, porém, as lojas de qualidade. A
Galerías Pacífico, na esquina com a avenida Córdoba, vale mais pela
arquitetura do que pelos preços. A praça de alimentação é um oásis para a
hora do almoço.

Couro: lojas de fábrica. Diga ao taxista: "Scalabrini Ortiz y Murillo" (pronuncia-


se "Murixo"). A calle Murillo, em Villa Crespo, concentra as lojas de fábrica de
artigos de couro, entre Scalabrini Ortiz e Gurruchaga. A Mariana Pereira, dona
do hotel Querido, que fica ali perto, recomenda Patagonia Cueros, a 666 e a
Reza Duro. (Para botas, porém, ela indica lojas na calle Aguirre.) É mais
tranqüilo ir durante a semana. No sábado as lojas da calle Murillo ficam abertas
até o fim da tarde. No domingo não abrem.
Outlets de Villa Crespo. Depois dos couros, passe em revista os outlets.
Ainda na Murillo, vire à direita na Gurruchaga. Seis quadras adiante você
chega à famosa esquina de Aguirre y Gurruchaga, que é o epicentro da zona
de outlets de grifes da Villa Crespo. Não pense em termos de Orlando: são
lojas pequenas, e nem todas as grifes que você procura estão por lá (não tem
Hollister nem Abercrombie). É mais tranqüilo ir em dia de semana; no sábado
as lojas abrem até 19h. No domingo algumas abrem à tarde.

Calma, não acabou. Mais quatro quadras (na verdade, cinco, mas a última é
curtinha) e você chega à avenida Córdoba, um avenidão megamovimentado.
Ali é a região original dos outlets portenhos, onde você encontra marcas como
a Levi's, a Adidas e a Hush Puppies. A Mariana Pereira, a querida dona do
querido Hotel Querido, é fã da marca argentina Complot, de moda feminina. É
mais tranqüilo ir em dia de semana; no sábado as lojas da av. Córdoba abrem
até as 18h; no domingo não abrem.

Butiques e lojinhas: Palermo Soho Está com todas as sacolas na mão? Então
atravesse a rua. Do outro lado da Córdoba já é... Palermo Soho, que é a
Ipanema de Buenos Aires. Por aqui estão as butiques mais bacaninhas da
cidade. As lojas mais transadas estão nas ruas Honduras, El Salvador e Gorriti
e suas transversais, que merecem ser percorridas entre Malabia e Uriarte.

Bateu a fome depois das compras? O que não falta no bairro são restaurantes
e cafés. Eu gosto muito do Mott (El Salvador 4685, entre Armenia e Malabia).
Indo pela Armenia ou Malabia até a Costa Rica você chega a uma praça
rodeada por cafés com mesas na calçada.

Uma visita ao Teatro Colón

Depois de ficar fechado por alguns anos em reforma, o Teatro Colón voltou à
ativa. A melhor maneira de visitar é assistindo a um espetáculo de ópera,
dança ou música erudita; dá para comprar ingressos pelo site Tu Entrada.
Há visitas guiadas todos os dias, inclusive feriados, das 9h às 17h. Os grupos
saem a cada 15 minutos (há saídas em português). Custa 180 pesos
(julho/2015).

• Uma visita ao Teatro Colón

Um dia em Colonia del Sacramento

Se você vai ficar pelo menos quatro dias inteiros em Buenos Aires, vale a pena
dar uma esticadinha ao outro lado do Prata. A cidade histórica de Colonia del
Sacramento é uma gracinha -- e é um programa mais fácil fazer estando na
Argentina do que no Uruguai. De Buenos Aires você atravessa em uma hora de
barco. Se estivesse em Montevidéu, teria que pegar um ônibus que leva duas
horas e meia até lá.

A cidade é pequena o bastante para ser destrinchada em cinco ou seis


horinhas. Há bons restaurantes no centro histórico. Não há dia impróprio para
visitar: os museus fecham em dias alternados. O fim de semana, claro, tem
mais movimento do que os dias de semana. É um passeio mais interessante
entre meados da primavera e meados do outono: você passa bastante tempo
ao ar livre, então no auge do inverno você vai passar muito frio. Compre a
passagem com antecedência, pela internet, para conseguir tarifas
descontadas.

Um dia pelos parques de Palermo + Malba


Na primavera ou no outono, dá para dedicar um dia de tempo firme à
exploração dos belos parques de Palermo -- Zoológico, Rosedal, Jardín
Japonés -- emendando com a Flor Metálica e uma visita ao Malba.
Um dia em Tigre
A cidade de Tigre, a 30 km do centro de Buenos Aires, fica à beira do Delta do
Tigre (entroncamento dos rios Tigre, Luján e Sarmiento). É uma região onde
portenhos ricos mantêm casas de campo e praticam esportes náuticos.

A cidade é um pólo turístico regional. Vai-se até lá para fazer passeios de


barco pelo delta, brincar no parque temático Parque de la Costa e também
fazer o circuito cultural e gastronômico do centrinho.

O jeito mais interessante de chegar é pelo Tren de la Costa -- um trem antigo


que sai da estação Maipú. Vá até a estação Maipú de táxi ou de trem comum
(Linha Mitre), saindo da estação Retiro. Não querendo pegar o Tren da Costa,
dá para seguir no trem comum mesmo (Linha Mitre), que ele também vai até
Tigre. Na ida ou na volta dá para parar em San Isidro, que é um bairro elegante
de Buenos Aires.

É muito fácil embarcar nos passeios pelo delta: basta ir à estação fluvial e
comprar seu bilhete. Há várias saídas ao longo do dia, todos os dias; os
passeios duram entre uma hora e meia e duas horas. Evite ir em dias chuvosos
ou muito frios, sobretudo se você planeja passear de barco.

Zôo de Luján: vale a pena mesmo?


A 70 km do centro de Buenos Aires, o zoológico de Luján é uma atração
controversa. Depois que fomos ao local, decidimos não recomendar o passeio,
por razões que você pode ler aqui.

Caso você não concorde conosco, aí vão as informações práticas. O zôo abre
todos os dias do ano. Dá para ir de ônibus de linha (número 67, saindo da
Plaza Italia, em Palermo; é preciso avisar o motorista que quer parar no zôo)
ou pela van Fabebus. São duas horas de viagem de ônibus ou uma hora com a
van.

Um dia no Parque Temaikén


A 54 km do centro, o parque ecológico Temaikèn mistura jardim botânico,
zoológico e aquário, com fins educativos. O objetivo é envolver as crianças nos
esforços de conservação ambiental.

Abre de terça a domingo. Durante a semana há um ônibus de linha, o 60, que


sai da Plaza Italia, em Palermo, e vai para lá. No fim de semana só dá para
chegar ou de remis (carro com motorista) ou com tour organizado
Um domingo diferente

Um domingo gaucho

Uma Buenos Aires pouco conhecida dos turistas se oferece todos os domingos
no bairro de Mataderos, a meia hora de táxi, na periferia oeste: ali se realiza
uma feira "gaucha", com danças típicas e comidas saborosas.

Um domingo milonguero

À noite acontece a mais singela das milongas da cidade, num coreto da praça
de Barrancas de Belgrano (você pode aproveitar e comer num restaurante
chinês ou tailandês do Barrio Chino -- calle Arribeños -- que fica ao lado).

Um domingo de fútbol

Muitas agências têm programas sob medida para assistir a jogos do


campeonato argentino. Você é buscado no hotel e levado até a arquibancada,
sem correr o risco de negociar com cambistas nem pegar a entrada errada do
estádio. Uma dessas agências é a Go Football.
Onde ficar em Buenos Aires: Centro
x Recoleta x Palermos

Recoleta é o melhor lugar para você acordar em


Buenos Aires
Acorde na Recoleta, e basta descer do apartamento para se ver num dos
bairros urbanos mais bonitos do planeta. Você vai se sentir em Buenos Aires
desde o primeiro instante do dia. Você não vai ter muita coisa a fazer nas
redondezas além de caminhar, mas vai gostar de voltar para o hotel mesmo
que precise sempre tomar um táxi.

Palermo Soho é o melhor lugar para se estar à


tarde em Buenos Aires
É quando o comércio todo está aberto (algumas lojas ficam fechadas até o fim
da manhã), os restaurantes esticam um pouco o horário de almoço, os cafés se
enchem de gringos de laptop aproveitando o wifi. Também é um bom lugar
para estar à noite -- especialmente se você não tiver reserva para jantar,
porque os restaurantes são muitíssimos e caminhar entre um e outro não dá
trabalho. De manhã cedo você pode achar bem aborrecidos os arredores do
seu hotel. Vá aos parques, aos outlets -- ou acorde tarde...

Palermo Hollywood é o melhor lugar para se


estar à noite em Buenos Aires
O nível dos restaurantes continua bastante alto. É difícil errar. Não é um lugar,
porém, para se caminhar ao léu -- os lugares habitados são um pouco
espaçados entre si, e o caminho não é lá muito iluminado. Tendo reserva e
sabendo o caminho, porém, dá para ir e voltar a pé do seu hotel. À luz do dia,
porém, o bairro é bem desinteressante; se você não estiver muito bem
instalado, vai se perguntar todos os dias por que foi parar ali.

E o Centro?
Bom, o Centro vale só pela economia. Mas não é um lugar onde você vá achar
bacana ficar -- seja de manhã, de tarde ou à noite. Meu conselho: antes de
fechar hospedagem no Centro, veja que oferta você consegue na Recoleta
Buenos Aires: os 10 hotéis mais
reservados pelos leitores

Recoleta, o bairro preferido

Curioso para saber onde os leitores do Viaje na Viagem estão se hospedando


em Buenos Aires?

Graças à nossa parceria com o Booking, conseguimos saber quais são os


hotéis mais reservados por vocês por meio aqui do blog. (Mas fique tranqüilo,
que não sabemos quem se hospedou onde, não; temos acesso apenas à
tabulação dos resultados.) Se você se atrapalha com opção demais, esta é
uma boa lista para conferir preços sem enlouquecer clicando...

As reservas mostram que vocês seguem os conselhos da Bóia e preferem se


hospedar na Recoleta. (Há motivos de sobra; veja aqui.)

Os 10 hotéis mais reservados (de um total de 148 hotéis diferentes) têm em


comum, além da localização, a excelente relação custo x benefício. Vocês
buscam mais charme pelo melhor preço possível. E levam as resenhas a sério.
Com exceção de um, todos têm notas acima de 8 no Booking.

Aí vão os 10 mais reservados entre janeiro e junho de 2013. Eles estão


assinalados em verde no mapinha. Todas as escolhas estão comentadas por
mim. A nota é a que aparecia no Booking em 11 de agosto de 2013.

No fim da lista, eu acrescento mais 5 sugestões (que estão assinaladas em


amarelo no mapa).

Buen viaje!
1 | MARSEILLE DES ANGES

Num prédio clássico da Recoleta (na Arenales esquina com Uruguay), evoca o
lado mais francês de Buenos Aires, com mobiliário que remete a outras
épocas. Tem nota 8,7 no Booking. Confira preços aqui.

2 | CYAN RECOLETA

Logo que inaugurou se chamava Dazzler Suites Recoleta. Ainda tem cara de
novo; fica em frente ao Cemitério da Recoleta (Junín quase esquina Vicente
López), a passos do renovado Recoleta Mall. Tem nota 8 no Booking. Confira
preços aqui.

3 | HOWARD JOHNSON RECOLETA

Sem pretensões no quesito design, este hotel arranca elogios dos leitores nos
quesitos conforto e serviço. Está num pedaço interessante da Recoleta,
próximo também ao comércio da Santa Fé (Pena entre Ayacucho e Junín).
Tem nota 8,9 no Booking. Confira preços aqui.

4 | BEL AIR HOTEL

Vizinho do Marseille des Anges, fica em frente a uma adorável pracinha


(Arenales entre Uruguay e Paraná). O prédio é charmoso; os quartos,
convencionais. Tem nota 8,4 no Booking. Confira preços aqui.

5 | PALERMITANO

O representante de Palermo Soho na lista não poderia ter localização melhor:


na Uriarte, a rua mais boêmia do Soho (entre Honduras e El Salvador). Os
quartos são pequenos mais charmosos. O ótimo peruano Sipan tem uma filial
no hotel; a churrascaria cult La Cabrera está a três quadritas. Algumas
reclamações, porém, são recorrentes: barulho da rua e cheiro do restaurante
que chega em alguns quartos. Tem nota 8,4 no Booking. Confira preços aqui.

6 | UNIQUE EXECUTIVE CHÂTEAU

Antigamente esta rede usava o nobre nome Kempinski. Seus hotéis são
cenografados para parecerem mais luxuosos do que realmente são -- e por
isso são divertidos, desde que a tarifa esteja razoável (costuma estar). Este fica
num pedaço bem residencial da Recoleta (Talcahuano entre Arenales e
Juncal). Tem nota 8,2 no Booking. Confira preços aqui.

7 | UNIQUE LUXURY PARK PLAZA

É o único do time dos 10 que tem nota média: 7,2. Compensa isso com uma
localização mais chique, impossível: Parera, quase esquina Alvear
(praticamente vizinho ao Hyatt Palacio Duhau). Confira preços aqui.

8 | ART SUITES & GALLERY


Charmosíssimo apart-hotel a meio caminho entre o Cemitério e a Santa Fé
(Pena entre Uriburu e Azcuénaga). Reforce o café da manhã (fraquinho,
servido no quarto) com compras no mercado. Tem nota 8,9 no Booking. Confira
preços aqui.

9 | ART SUITES

Outro apart, da mesma rede. Fica a meia quadra da outra unidade da rede
(Azcuénaga entre Juncal e French). Tem nota 8,4 no Booking. Confira preços
aqui.

10 | A HOTEL

Antigo Art Hotel (acredito que os Art Suites sejam uma dissidência), tem
quartos pequenos porém muito charmosinhos. Fica na Azcuénaga entre
Arenales e Beruti, pertíssimo da Santa Fé. Nota 8,6 no Booking. Confira preços
aqui.

11 | MEUS PITACOS

Para dar um pouquinho mais de diversidade à lista, eu incluiria o queridíssimo


QUERIDO, situado em meio aos outlets de Villa Crespo, onde você é recebido
em português. Está na Velazco entre Serrano e Thames e tem nota 9,8 no
Booking (não deve ter aparecido na lista porque aderiu ao Booking
recentemente). Confira preços aqui.

Faltou também um hotel em Palermo Hollywood. Ali, com o mesmo perfil dos
campeões dos leitores, indico o ESPLENDOR PALERMO HOLLYWOOD, na
Fitz Roy entre Soler e Paraguay, super bem posicionado para os corredores de
restaurantes da Fitz Roy e da Humboldt. Tem nota 8,4 no Booking. Confira
preços aqui.

Complemento com três indicações para quem procura um hotel para lua de mel
ou comemorações. Se quiser investir um pouco mais, sem exageros, considere
o cultuado HOME BUENOS AIRES, em Palermo Hollywood (Honduras entre
Ravignani e Carranza; nota 9,4 no Booking; confira preços aqui), o elegante
CASA SUR, na Recoleta (Callao entre Alvear e Quintana; nota 8,8 no Booking;
confira preços aqui) e o esplendidamente localizado MELIÁ BOUTIQUE
RECOLETA (Posadas entre Callao e Ayacucho, na mesma rua do shopping
Patio Bullrich e vizinho das empanadas do Sanjuanino; nota 8 no Booking;
confira preços aqui).
9 razões pra se hospedar na Recoleta (e
uma pra não se hospedar)

1. A Recoleta é quase tão central quanto o Centro. É um ótimo lugar para se


hospedar também numa primeira viagem à cidade.

2. (Até porque o Centro está desse jeito.)

3. A Recoleta é o lugar mais bonito para se acordar em Buenos Aires. (É


provavelmente o lugar de Buenos Aires em que você gostaria de morar; por
que então não se hospedar nele?)

4. A Recoleta é o lugar mais gostoso para se caminhar em Buenos Aires. (É


um dos bairros verticais mais agradáveis do mundo.)
5. Ficando na Recoleta, você não vai se ver tentado a jantar todas as noites em
Puerto Madero, como todos os outros turistas (a 15 pesos de táxi, ida).

6. Ficando na Recoleta, você vai ter mais estímulo para descobrir restaurantes
em Palermo Soho e Hollywood (a 15 pesos de táxi, ida).

7. (Mas se quiser ficar no bairro, há ótimas opções para almoçar e jantar.)

8. Sim, existem hotéis na Recoleta quase tão baratos quanto os do Centro


(procure aqui).

9. É rarissíssimo você encontrar um depoimento de alguém que tenha se


hospedado na Recoleta e se arrependido por causa do bairro ou da
localização.

10. Só não vale a pena se hospedar na Recoleta quando você prefere Palermo
(presente!) ou San Telmo.
Buenos Aires: 10 razões para não se
hospedar no Centro

1. Porque o Centro é feio. Buenos Aires é uma cidade muito bonita. Em


alguns lugares, como a Recoleta, fica linda. Em outros pontos pode estar um
pouco maltratada, mas dificilmente perde o charme. Pra que, então,
desperdiçar sua viagem a Buenos Aires se hospedando numa das partes mais
feias, sujas e degradadas da cidade?

2. Porque o Centro morre à noite. 20 anos atrás, o Centro de Buenos Aires


fervia dia e noite. De dia, a calle Florida concentrava o comércio elegante. À
noite, a calle Lavalle nunca esvaziava, com cafés bem freqüentados e cinemas
que, nas sextas e sábados, atravessavam a madrugada. (A cena mais
impressionante que já presenciei em Buenos Aires foi a saída do cinema às 3
da madrugada; a rua estava tomada como se fosse a hora do almoço.) Nada
disso existe mais. De movimento, no Centro, só restaram os teatros da avenida
Corrientes.

3. Porque o Centro é um deserto gastronômico. Se você sair para escolher


um restaurante ao acaso, vai acabar almoçando e jantando na praça de
alimentação da Galerías Pacífico.

4. Porque sempre há uma armadilha-pra-turista dobrando a esquina. É


como ficar em Copacabana. Todos os programas pra turistão são oferecidos na
região. Ande três ou quatro quadras na Florida, e você vai ganhar mais filipetas
do que será capaz de ler. É preciso ser safo para escapar.

5. Porque você vai acabar indo toda noite a Puerto Madero. A cinco
minutinhos de táxi da Florida, Puerto Madero é o destino mais prático para as
noites de quem está no Centro. Puerto Madero é urbanisticamente bem
interessante e merece ser visitado, mas seus méritos gastronômicos são
escassos.

6. Porque é provável que você fique limitado à Buenos Aires dos turistas.
Centro, Boca, feirinha de San Telmo no domingo, Puerto Madero, passeio pelo
Tigre, talvez uma travessia a Colonia. Caminhadas de manhã pela Recoleta?
Tardes namorando vitrines em Palermo Soho? Escapadas noturnas a Palermo
Hollywood? Dificilmente entram na programação. Deve ser por isso que muita
gente justifica a escolha do centro para "ficar mais perto das atrações
turísticas". Na verdade o que acontece é que você não consegue se livrar
delas.

7. Porque é mais inseguro. Não há mais lugar totalmente seguro em Buenos


Aires, mas no Centro você estará um pouquinho mais inseguro -- tanto nas
aglomerações diurnas quanto na pasmaceira noturna.

8. Porque os hotéis são mais antigos. Há bons hotéis no Centro (o


Esplendor Buenos Aires, os NHs, os Dazzler top de linha), mas a maioria é
antigona.

9. Porque você não se hospedaria no centrão de São Paulo ou no centro


do Rio com tanta naturalidade. Estou errado?

10. Porque a Recoleta é central, também. E também tem lá seus hotéis em


conta (não espere muito deles, mas tem). Fica 7 pesos de táxi mais distante
das "atrações turísticas". Mas muito mais perto da Buenos Aires mais bacana.
(Basta descer do seu quarto e você já está nela.)
Onde ficar em Buenos Aires: 30 hotéis na
Recoleta (com mapa!)

Não existe lugar mais agradável para acordar e dormir em Buenos Aires do que
o elegante bairro da Recoleta. Quem se hospeda no Centro economiza e está
bem localizado para toda espécie de turistagem. Mas, em contrapartida,
precisa relevar a tristeza que toma conta da região à noite. Os que preferem os
lados de Palermo sabem que estarão no ponto mais descolado da cidade --
mas deverão se resignar com o fato de que as coisas só começam a acontecer
à tarde (em Palermo Soho) ou até mesmo exclusivamente à noite (em Palermo
Hollywood).

A Recoleta, no entanto, é um prazer a qualquer hora. Seu forte não é mais a


gastronomia nem a vida noturna (a propósito: fuja dos restaurantes junto ao
cemitério, são armadilhas para turista), mas é imbatível para flanar. É o bairro
onde você vai se flagrar escolhendo um endereço onde gostaria de morar na
cidade.

A maioria dos hotéis chiques de Buenos Aires está por ali, mas o bairro tem
opções para todos os orçamentos.

Luxuosos

Inaugurado nos anos 30, o mítico Alvear é o equivalente portenho do


Copacabana Palace.

Recentemente passou a sofrer a concorrência do Park Hyatt Palacio Duhau,


que preservou um palacete antigo e acrescentou uma discreta torre moderna.
Um intermediário entre os dois é o Four Seasons, que também tem a sua
mansão Belle Époque (onde é servido o brunch de domingo) e mantém um
estilo mais clássico também na torre anexa.

Num patamar ligeiramente inferior, o The Brick Hotel (antigo Caesar Park) tem
como maior trunfo a localização, em frente ao shopping Patio Bullrich.

O melhor custo x benefício da categoria, porém, está em três hotéis menores: a


charmosíssima Casa Sur, na avenida Callao, o sóbrio Meliá Recoleta Plaza e o
escondidinho Serena, na Libertad, quase Alvear.

Intermediários

Na esquina mais movimentada do bairro, o Loi Suites Recoleta é um campeão


de audiência entre brasileiros.

A duas quadras da avenida Santa Fé, o HJ Boutique está tinindo de novo e é


bastante recomendado pelos leitores.

Entre os hotéis Unique, o Unique Art Elegance perde em localização -- está na


avenidona Puerreydón.

Já o Bel Air está quase em frente a uma das praças mais bonitas do bairro.

Seu vizinho Marseille des Anges fica num prédio lindo e tem quartos decorados
em estilo retrô.

A boa rede Dazzler tem dois endereços no bairro: o Cyan Recoleta (antigo
Dazzler Suites Recoleta), em frente ao cemitério, e o Dazzler Tower Recoleta,
na movimentada Las Heras.

Quer ficar num flat? O Concord Callao by Temporary Apartments está no


burburinho da avenida Callao, mas o IQ Callo by Temporary Apartments está a
meia quadra, numa rua mais tranqüilita. Mas bacanas mesmos são os
apartamentos do Art Suites e do Art Suites & Gallery, no coração residencial do
bairro.

Finalmente o Étoile, bem em frente ao Cemitério, parece que andou dando uma
guaribada e está com boas resenhas novamente.

Design

O único hotel supermoderninho do coração do bairro é o Urban Suites, que fica


em frente ao cemitério (e ao lado de uma boate).

Os dois flats Ayres de Recoleta (o mais simples, na Uriburu, e o Ayres de


Recoleta Plaza, na Guido) têm estúdios com cozinha.
No outro lado da avenida Santa Fé há dois hotéis que fazem o gênero "sou
clean": o Design Suites e o CE Design. Tecnicamente estão no Barrio Norte,
mas basta atravessar a Santa Fé para chegar à Recoleta.

Econômicos

Os maiores achados da Recoleta são dois hotéis da rede Unique que estão no
ponto mais metido do bairro, mas têm preços camaradas: o Unique Luxury
Park Plaza e o Unique Executive Château. Saiba de antemão que o luxo
termina no lobby; os quartos são pequenos e o café da manhã fraquinho (mas
o preço normalmente compensa).

Em frente ao Alvear, o Ulises tem apartamentos corretos e localização pra lá de


nobre.

Já o A Hotel (ex-Art Hotel) tem quartos charmosos porém diminutos.

Finalmente, o simpático Ayacucho Palace é a pedida para quem quer


economizar mantendo a dignidade; se não tiver vaga, confira os preços do
Wilton, na Callao, antigo pero cumplidor, com bons preços.

Hotéis em Buenos Aires: Palermo Soho +


Hollywood e Villa Crespo

Se bater ponto nas atrações turísticas não for o seu objetivo principal em
Buenos Aires, você provavelmente vai gostar de se hospedar entre o Palermo
Soho e Palermo Hollywood. A área é imbatível para vida social e gastronômica:
você vai encontrar butiques, lojinhas, cafés, bares, restaurantes e clubes nas
redondezas do seu hotel.

A transformação do lugar em bairro da moda começou ao norte dos trilhos do


trem, numa região de galpões onde se instalaram estações de TV e estúdios
de cinema, e que por isso acabou conhecida como "Palermo Hollywood".
Quando o fenômeno se reproduziu ao sul dos trilhos, o centrinho de Palermo
Viejo foi rebatizado de "Palermo Soho" ("Soho" significando "SOuth of
HOllywood"). As duas blagues pegaram e hoje ninguém se dá conta do ridículo
da coisa, haha.

A maior evidência da consolidação dos Palermos está no número de hotéis da


região. Na minha primeira visita, em 2003, o miolo de Palermo Soho só tinha
dois hotéis: o pioneiro Malabia House, onde me hospedei, e o recém-
inaugurado BoBo. (Havia algumas pousadinhas, mas todas nos arrabaldes do
bairro.) O primeiro hotel-design só veio a aparecer no fim de 2005: o Home, em
Palermo Hollywood.

Pois bem: listados neste post estão mais de 40 hotéis nos dois sub-bairros.
(Isso porque não estou considerando nada que fique ao sul da Scalabrini Ortiz
nem para lá da avenida Córdoba.) A maioria está instalada em antigos
casarões ou predinhos reformados; mas nos últimos anos têm aparecido
muitas construções novas.

O miolo do Palermo Soho -- ou, entre nós, o "Palermo Sylvia"


Nossa vibana-máster, a Sylvia, definiu com categoria:
quem quiser ficar a dois passos de tudo deve ficar no quadrilátero
compreendido entre Malabia ao sul, Uriarte ao norte, Gorriti a oeste e
Nicaragua a leste. Neste miolinho -- que doravante será conhecido aqui no site
como Palermo Sylvia -- está tudo o que interessa: o comércio da Honduras e
da El Salvador (e suas transversais), os restaurantes em torno da pracinha
entre Armenia e Malabia. O único lugar caído desse miolito é a Plazoleta
Cortázar (Borges esquina Honduras), que foi onde a muvuca começou, e hoje
concentra os bares menos interessantes e a feirinha mais sem-graça.

O hotel mais chique do pedaço é o Nuss, que fica na El Salvador entre


Borges e Thames. Fica num prédio novo e baixinho. Se bem que não há lugar
mais vip que o Jardín Escondido, casarão que Francis Ford Coppola aluga na
Gorriti entre Armenia e Malabia. Dá para alugar a casa inteira, só um andar ou
um apartamento.

De volta ao mundo real. Se você faz questão de que o prédio tenha sido
construído para ser hotel, então escolha entre os relativamente novos Didi
Soho (antigo Soho All Suites) (Honduras entre Malabia e Armenia), Five Cool
Rooms (Honduras entre Malabia e Armenia), Mine, superelogiado (Gorriti entre
Armenia e Malabia) e Ultra, charmosinho (Gorriti entre Gurruchaga e Serrano).

Uma rua abaixo do quadrilátero da Sylvia, mas ainda bem-localizados e por


isso mantidos neste grupo, estão os supernovinhos The Glu (Godoy Cruz
entre Gorriti e Cabrera) e Torrecillas Soho (Godoy Cruz entre Gorriti e
Cabrera).

Na categoria predinhos adaptados, considere o Craft (Nicaragua entre


Malabia e Armenia, de frente para a praça bacana), o Synergie (feioso por fora,
interessante por dentro, na Malabia entre Gorriti e Honduras) e o meu favorito,
o superelegante Palermitano, bem na muvuca (Uriarte entre Honduras e El
Salvador).

Muitos dos hotéis do filé são casarões convertidos. O mais tradicional é a


Malabia House (Malabia entre Honduras e Gorriti). O mais bem-localizado, o
espartano Blue Soho (El Salvador entre Gurruchaga e Armenia). O mais
classudo, o Legado Mítico (Gurruchaga entre Nicaragua e Costa Rica). O
L'Hôtel Palermo (Thames entre Gorriti e Honduras) tem uma bela piscina nos
fundos. O República Palermo (antigo Cypress In) é charmosinho (Costa Rica
entre Borges e Uriarte), o 5411 Soho é GLS (Thames entre Gorriti e Honduras),
o Mirabaires Suites costuma ter bons preços (Costa Rica entre Uriarte e
Thames), e o Rugantino é familiar e barateiro (Uriarte entre Costa Rica e
Nicaragua). O Palermo Sylvia tem até um albergue-design: o Zentrum Hostel
Boutique (Costa Rica entre Malabia e Armenia.

Mais Palermo Soho -- um pouco fora do bochincho

Saindo do miolo, Palermo é um pouco menos Soho, já que


as lojas e restaurantes não vão ser mais tão transadinhos, e o comércio vai ter
mais cara de bairro. Mas não é, de jeito nenhum, um lugar desolado. Quanto
mais próximo da avenida Santa Fé você fica (Guatemala, Chacras), mais perto
estará do metrô (estação Plaza Italia).

Os hotéis que funcionam em prédios novos nesse segundo anel são o


moderno Esplendor Palermo Soho (Guatemala entre Thames e Uriarte) -- onde
já fiquei e gostei muito -- e o clássico fake Purobaires (Niceto Vega entre
Armenia e Malabia).

Os outros ficam em casarões. Do mais caro ao mais barato: BoBo (Guatemala


entre Thames e Borges), Vain (Thames entre Paraguay e Chacras), Miravida
(Darregueyra entre Soler e Guatemala), Jam Suites (Malabia entre Gorriti e
Cabrera) e Kala Petit Hotel (Thames entre Niceto Vega e Córdoba).

Palermo Hollywood -- do outro lado dos trilhos

Ao escolher um hotel em Palermo Hollywood,


tenha em mente que lá não é gostosinho de andar como no Soho. As
distâncias são grandes, e muitos restaurantes só funcionam mesmo à noite. As
ruas mais movimentadas são a Humboldt e a Fitz Roy, entre a Honduras e
a Paraguay; nesse trecho já se instalaram lojas suficientes para justificar uma
caminhada durante o dia.

A maioria dos hotéis por aqui funciona em prédios novos. O decano da área é
o Home (Honduras entre Humboldt e Fitz Roy). Os mais próximos da divisa
dos dois Palermos são o Be Hollywood (Humboldt entre Honduras e El
Salvador) e o Hollywood Suites & Lofts (Nicarágua quase Humboldt).

Em comum todos têm decoração contemporânea, como o Vitrum (Gorriti


entre Bonpland e Fitz Roy), o Own (Cabrera entre Humboldt e Fitz Roy), o
Esplendor Palermo Hollywood (Fitz Roy entre Guatemala e Soler), o Fierro
Boutique Hotel (Soler entre Carranza e Ravignani), o Atempo (Arévalo entre
Gorriti e Cabrera), o Babel (antigo Noa Noa Lofts + Art) (Bonpland entre Gorriti
e Cabrera) e o novinho Howard Johnson Inn Palermo (Niceto Vega entre
Carranza e Ravignani).

Os casarões/predinhos são minoria: tem o Krista (Bonpland entre Honduras e


Gorriti), o Dumont (Ravignani esquina Gorriti), o Solar Soler B&B (Soler entre
Bonpland e Fitz Roy) e o Baucis (Carranza entre Gorriti e Honduras).

Villa Crespo -- o "Palermo Outlet"

Passando a avenida Córdoba, à altura do Palermo Soho, você chega a Villa


Crespo. O bairro é conhecido entre os brasileiros por ser o endereço de outlets
de grifes (nas quadras que se irradiam da esquina das calles Aguirre e
Gurruchaga) e de lojas de fábrica de couros (na calle Murillo).

Mas a região não é só isso. Escondidos entre os outlets e lojinhas de bairro


você encontra lugares descolados, como a confeitaria Malvón, o bar sem
placa na porta 878 e os restaurantes Salgado Alimentos (italiano) e Sakis
(armênio tradicional).

O hotel pioneiro do pedaço é o Querido, da brasileira Mariana Pereira,


elogiadíssimo pelos leitores (Velazco entre Serrano e Thames). Recentemente
outro hotel se instalou na área, o Pop (Velazco esquina Gurruchaga).

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