Você está na página 1de 14

INCOTERMS

Antonio Rodrigues da Silva Lotti


Valter Araújo – Professor Tutor Externo
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI
Administração (ADG 0225) – Prática do Módulo VII
10/10/2015

RESUMO

Gestão de recursos humanos, gestão de pessoas ou ainda administração de recursos humanos,


conhecida pela sigla RH, é uma associação de habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas
definidas com objetivo de administrar os comportamentos internos e potencializar o capital
humano. Tem por finalidade selecionar, gerir e nortear os colaboradores na direção dos objetivos e
metas da empresa.
O objetivo básico que persegue a função de Recursos Humanos (RH) é alinhar as políticas de RH
com a estratégia da organização

Palavras-chave: Recursos Humanos, Gestão, Administração.

1 INTRODUÇÃO

Planejamento de recursos humanos é o processo de decisão a respeito dos recursos humanos


necessários para atingir os objetivos organizacionais, dentro de determinado período de tempo.
Trata-se de antecipar qual a força de trabalho e talentos humanos necessários para a realização a
ação organizacional futura. O planejamento estratégico de RH deve ser parte integrante do
planejamento estratégico da organização e deve contribuir para o alcance dos objetivos da
organização, incentivando o alcance dos objetivos individuais de cada pessoa assim sendo, contribui
par aa formação continuada do indivíduo.

2 DESENVOLVIMENTO
Este texto apresenta algumas reflexões a respeito da terminologia sobre a formação continuada de
profissionais da educação utilizada ao longo dos últimos anos. A compreensão dos termos:
reciclagem, treinamento, aperfeiçoamento, atualização, capacitação, educação permanente,
educação continuada e formação continuada, é importante para auxiliar os estudantes a
compreender essa temática tão ambígua dentro da área educacional.
Este texto apresenta algumas reflexões a respeito da terminologia sobre a formação continuada de
profissionais da educação utilizada ao longo das últimas décadas. A compreensão dos termos:
reciclagem, treinamento, aperfeiçoamento, naturalização, capacitação, educação permanente,
2

educação continuada e formação continuada, é importante para auxiliar o leitor a compreender essa
temática tão ambígua dentro da área educacional.

1 RECICLAGEM

O termo reciclagem surge na década de 80, nos discursos cotidianos, envolvendo profissionais de
várias áreas, incluindo a educação.
Encontramos a palavra reciclagem no novo dicionário Aurélio da língua
portuguesa com a significação *Data de recebimento para publicação: 15/08/1999.
Este contexto foi extraído da dissertação de mestrado: “Formação continuada: dos desafios às
possibilidades no cotidiano escolar...”
PUC-SP, 1996.
**
Coordenadora de estágio supervisionado do curso de Formação de
Professores da Universidade São Judas Tadeu; mestre em educação e currículo pela PUC-SP,
supervisor a aposentada da Secretaria da Educação - SP, professora de Prática de ensino do curso de
Formação de Professores.de “atualização pedagógica, cultural, para se obterem melhores
resultados”.

Reciclar supõe um movimento circular mais adequado às coisas do que às pessoas. Este termo vem
sendo usado atualmente para indicar a reutilização de materiais usados ou não degradáveis, para
outros fins. Para tanto, o material passa por alterações radicais, nada tendo a ver com a ideia de
“atualização pedagógica”.
Hoje, entendemos a inconveniência de usar esse termo quando se trata de pessoas, embora tenha
sido amplamente utilizado no meio educacional, referindo-se a cursos rápidos e
descontextualizados, envolvendo o ensino de forma geralmente muito superficial, com raras
exceções.
Pela sua conotação atual, o termo reciclagem vem tendo seu uso reduzido, em se tratando de
Recursos Humanos. A tendência é cair em total desuso, principalmente na Educação.

2 TREINAMENTO

Treinamento é um termo, ainda hoje, utilizado frequentemente na área de Recursos Humanos,


incluindo os profissionais da educação.
Treinar implica “repetição mecânica ” e passividade de quem é treinado. A própria etimologia da
palavra diz: quem treina traz alguém aonde quer. Essa terminologia nos faz lembrar do
adestramento de animais.
Tais ações dependem de automatismos, e não da manifestação da inteligência. Para Paulo P. Ferreira
(1985:67), “treinamento é uma atividade organizada, metódica e sistematicamente conduzida para
se atingir determinada parte de um problema específico de produção”. Este autor esclarece-nos a
questão treinamento no seu aspecto técnico, com o objetivo de corrigir desvios ou solucionar falhas
de desempenho dos executores, realizado para que seja atingida certa eficiência ambicionada, mais
para a eficácia da empresa, que para o auto desenvolvimento do indivíduo. Entendemos ser esse
INTEGRAÇÃO ensino ⇔pesquisa ⇔ extensão sentido de adestramento que, muitas vezes, é
atribuído ao treinamento.
Acreditamos que “treinamento” com o significado de tornar apto, de ter habilidades, capaz de
realizar tarefas, poderá ser incorporado em ações de educação continuada, na área da educação
física quando se pretende desenvolver destreza muscular, por exemplo.
Também há inadequação ao tratarmos os processos de formação continuada como treinamentos com
o sentido de “adestramento” ocupacional, com isso atribuindo ao trabalho docente características
meramente técnicas.
3

“Penso que, em se tratando de profissionais da educação, há inadequação em tratarmos os processos


de educação continuada como treinamentos quando desencadearem apenas ações com finalidades
meramente mecânicas. Tais inadequações são tanto maiores quanto mais as ações forem distantes
das manifestações inteligentes, pois não estamos, de modo geral, meramente modelando
comportamentos ou esperando reações padronizadas estamos educando pessoas que exercem
funções pautadas pelo uso da inteligência e nunca apenas pelo uso de seus olhos, seus passos ou
seus gestos”(MARIN, 1995:15).

3 APERFEIÇOAMENTO

Aperfeiçoamento tem o sentido de tornar perfeito, completar ou acabar o que estava incompleto;
adquirir maior grau de instrução.
Este significado nos remete a pensar no processo educativo como aquele capaz de completar
alguém, de torná-lo perfeito e concluído. Há inadequações no significado desse termo, pois os seres
humanos poderão tentar a melhoria, quer na vida, quer no trabalho, mas a perfeição, que significa
não ter falhas, é humanamente impossível.

Na rede oficial do Estado, os cursos de aperfeiçoamento com carga horária de 180 horas foram
oferecidos em períodos que permitissem a freqüência do docente fora de seu horário de trabalho,
exceto em casos excepcionais, autorizados pelo Secretário da Educação.
Tais cursos de aperfeiçoamento constituíram, muitas vezes, o fiel da balança, usando da atribuição
de aulas aos docentes da rede pública, pois, reforçavam a titulação do portador, até pelo número de
horas envolvido.

4 ATUALIZAÇÃO

Atualização tem o sentido de “tornar atual” o conhecimento do professor, considerado


desatualizado, pela rotina do dia-a-dia.
Segundo FUSARI (1988), atualizar significa colocar o educador em contato com aquilo que é atual,
com os últimos conhecimentos produzidos na sua área, os quais devem ser encontrados nos
resultados de estudos e pesquisas recentemente concluídos e que, muitas vezes, acabam ficando nas
prateleiras das bibliotecas, sem que o educador que está na escola tenha acesso a este saber.

Consideramos também este termo inadequado, visto que tais cursos de atualização se referem a
conteúdos, métodos ou técnicas, mas não contribuem para a atualização do professor, no sentido
explicitado pelo mencionado autor.
Atualização é sempre primordial na vida de qualquer profissional, porém é preciso que o mesmo
esteja preparado para questionar em que medida os novos conhecimentos que adquire podem ajudá-
lo a melhorar a sua prática.

5 CAPACITAÇÃO

A partir do início dos anos 60, a Capacitação de Recursos Humanos para a Educação passou a
significar um conjunto de ações: cursos, encontros, seminários... com objetivo de desenvolver a
qualificação do professor.
De acordo com FUSARI (1988), a capacitação transforma-se num processo, no qual fica explícito o
“para quê”, o “como”, “para quem” e o “quando”, ou seja, algo que envolve ação e reflexão , como
um todo articulado dentro de um processo, e não como simples ações isoladas e fragmentadas.
Portanto, podemos entender que a capacitação de recursos humanos se torna mais do que sinônimo
de uma ação, de um fazer específico e imediato e passa a ser considerada um processo como o
Fusari (op.cit).
4

A capacitação de um educador deve ir muito além de uma ação de treinamento obtida por curso ou
orientação técnica, por exemplo.
A mudança na prática do professor envolve alterações na sua visão de mundo e em seus valores.
Portanto, mudar a prática significa alterar o nível de consciência do educador atingindo os valores
que norteiam a vida do cidadão educador.
Segundo o novo dicionário AURÉLIO da língua portuguesa, encontramos mais de uma forma para
explicar o significado de capacitação: “Tornar capaz, habilitar e convencer, persuadir”.

O primeiro conjunto parece-nos mais adequado, pois é preciso que os educadores se tornem capazes
e adquiram condições de desempenho próprias à profissão.
Porém, pelo segundo conjunto de significados, entendemos que os educadores não deve m ser
persuadidos a mudar conceitos e nem convencidos de ideias, como se fizessem uma “lavagem
cerebral” e ficassem doutrinados, para aceitar as ideias sem nenhuma crítica e/ou questionamento
sobre o assunto.
“Os profissionais da educação não podem, e não devem ser persuadidos ou convencidos de ideias;
eles devem conhecê-las, analisá-las, criticá-las, até mesmo aceitá-las, mas mediante o uso da razão”
(MARIN, 1995:17).
Sob esse enfoque, esse tipo de concepção torna-se inadequado hoje, quando temos enfatizado a
capacitação dos docentes à “ação” e à “reflexão”.

6 EDUCAÇÃO PERMANENTE, EDUCAÇÃO CONTINUADA, FORMAÇÃO CONTINUADA

Ao tentarmos definir os termos técnicos até aqui comentados, envolvendo aprimoramento de


recursos humanos, observamos que são mudadas as terminologias a partir de enfoques tidos como
“modernos”, quer no campo educacional, quer empresarial. Notamos, entretanto, que a busca por
fórmulas de reconhecida eficácia para o aprimoramento profissional continua em andamento.

Permanecem os propósitos, mas alteram-se nomenclaturas e conceitos. Sobre “educação


permanente, educação continuada ou formação continuada”, alguns autores como NÓVOA (1995),
FUSARI (1994), ESTEVES E RODRIGUES (1993) e incidentalmente outros, como
FREIRE (1995), abordam a terminologia de forma explicativa, mas não conceitual. Como o termo é
demasiadamente novo, valemo-nos das colocações feitas por COLLARES & MOYSÉS (1995:101):
“O campo de discussões sobre formação continuada, ou capacitação em serviço, é relativamente
recente e, portanto, ainda um tanto nebuloso, não totalmente delimitado. O próprio conceito de
formação continuada ainda está em construção e, por si só, já representa um desafio.”
5

3 A LOGÍSTICA E COMÉRCIO INTERNACIONAL

A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA PARA O COMÉRCIO INTERNACIONAL

Com as empresas cada vez se especializando mais em vários segmentos como produção, vendas e
marketing, chegando a um patamar de igualdade em quase todas as áreas, a logística torna-se um
grande diferencial para as empresas que estão no comércio internacional. Segundo Keedi (2007)
devido ao alto grau de competitividade a logísticas tornou-se a atividade mais importante do
comercio internacional. Essa logística torna-se um meio de expandir os horizontes das empresas,
uma vez que essa empresa tem uma vantagem competitiva com empresas de outro país, vantagem
essa que não teriam com as empresas da sua própria região, tornando necessário, exportar para um
ou outro país.
Um sistema logístico eficiente permite uma região geográfica explorar suas vantagens inerentes
pela especialização de seus esforços produtivos naqueles produtos que ela tem vantagens e pela
exportação desses produtos às outras regiões. (BALLOU, 1993 p. 19).
A balança comercial brasileira depende muito de exportações, e com comércio internacional muito
competitivo, por se tratar de concorrência internas empresas brasileiras disputando entre si, e
concorrências externas, empresas brasileiras com estrangeiras, torna-se mais difícil a
comercialização, tendo à logística um papel fundamental no diferencial empresarial.

MODAIS DE TRANSPORTE: MARITIMO, FLUVIAL, AÉREO, TERRESTRE E


DUTOVIÁRIO.
O transporte possui, basicamente, cinco modais para cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário,
dutoviário e aéreo, cada um com características operacionais próprias, tornando-os mais adequados
de acordo com o tipo de operação e o produto a ser transportado. Os critérios que devem ser levados
em conta para escolher o modal correto ou mais adequado para o transporte de uma carga, devem
ser os de custo e de características de serviço.
6

Quadro comparativo aos modais mais usados no Brasil

4 CONCEITOS

INCOTERMS
Com a diversidade existente no mundo, contendo muitos países, em sete continentes, blocos
econômicos, aliados comerciais, mercado comum, união econômica e zonas de preferências; por
tudo isso, se torna o comercio internacional difícil, sem parâmetros únicos para todo mundo.
Tentando essa unificação dos contratos internacionais foram criados os incoterms.
Um conjunto de regras internacionais para a interpretação dos termos mais comuns usados no
comércio internacional. Assim, as incertezas de diferentes interpretações de tais termos em países
diferentes podem ser evitadas, ou, pelo menos, reduzidas a um nível considerável. (Luz 2007 P.
412)
7

Um conjunto de treze siglas, que servem para dinamizar os contratos internacionais, e diminuir as
diferenças entre países, gerando uma diminuição nos conflitos, de sinistros, e de disputas jurídicas
entre empresas no âmbito internacional e entre países.
Uma operação de comércio exterior com base nos incoterms reduz a possibilidade de interpretações
controversas e de prejuízos a uma das partes envolvidas. Os Incoterms determinam precisamente o
momento da transferência de obrigações, ou seja, o momento em que o exportador é considerado
isento de responsabilidades legais sobre o produto exportado. (CONEXÃO LOGÍSTICA 2009)
Segundo Keedi (2007) a primeira versão foi elaborada em 1936 seguida de 1953, 1967, 1976, 1980,
1990, e a atual de 2000. Apresentando três letras, que formam siglas de termos em inglês, onde cada
uma das treze siglas trás uma gama de informações, como a responsabilidade pelo transporte, pelos
pagamentos, seguro, despachos e desembaraços e pela perda da mercadoria, salvo se acertarem
antes no próprio contrato.
Eles são importantes porque permitem aos importadores e exportadores adotar tais fórmulas
padronizadas como base geral para seus contratos, e não há impedimento no tocante às alterações
ou à adições feitas pelos contratantes, no intuito de satisfazê-los, dadas as peculiaridades de cada
caso. (BETHONICO 2009)
Os incoterms são apenas siglas que padronizam todo o processo de exportação, treze sequências de
três letras os quais são tão diferentes que um erro ou trocar um incoterm por outro pode gerar custos
imenso e problema junto a toda comunidade internacional que zela tanto por essa padronização.
Na tabela a seguir é demonstrado um resumo dos incoterms, a descrição de cada um deles e também
aspectos burocráticos e de pagamentos.

FOB: Free on Board

O significado da sigla FOB está relacionado com o pagamento de frete no transporte marítimo de
mercadorias. Esta sigla é utilizada para distinguir dentre comprador e fornecedor quem arca com os
custos do frete, ou seja, quem suporta os custos e riscos do transporte.

FOB é abreviação das expressão de palavra inglesa Free On Board (FOB). Faz parte dos Incoterms
que são normas definidas para trocas comerciais internacionais.

A sigla FOB significa free on board e em português pode ser traduzida por “Livre a bordo”. Neste
tipo de frete, o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria, assim
que ela é colocada a bordo do navio. Por conta e risco do fornecedor fica a obrigação de colocar a
mercadoria a bordo, no porto de embarque designado pelo importador.
8

FCA: Free Carrier

O vendedor completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a


exportação o, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local
determinado;

A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o


comprador responsável por todas as despesas e por quaisquer perdas ou danos que a mercadoria
possa vir a sofrer;

O local escolhido para entrega é muito importante para definir responsabilidades quanto a carga
e descarga da mercadoria: se a entrega ocorrer nas dependências do vendedor, este é o
responsável pelo carregamento no veículo coletor do comprador; se a entrega ocorrer em
qualquer outro local pactuado, o vendedor não se responsabiliza pelo descarregamento de seu
veículo;

O comprador poderá indicar outra pessoa, que não seja o transportador, para receber a
mercadoria. Nesse caso, o vendedor encerra suas obrigações quando a mercadoria é entregue
aquela pessoa indicada;

Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

CFR: Cost and Freight


9

Nesse termo, o vendedor assume todos os custos anteriores ao embarque internacional, bem como a
contratação do frete internacional, para transportar a mercadoria até o porto de destino indicado.

Destaque-se que os riscos por perdas e danos na mercadoria são transferidos do vendedor para o
comprador ainda no porto de carga (igual ao FOB, na "ships's rail"). Assim, a negociação, está
ocorrendo ainda no país do vendedor.

O termo CFR exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação. Esse termo só
pode ser usado no transporte aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre).

CPT: Carriage Paid to

Válido para qualquer modalidade de transporte, no incoterm CPT – Carriage Paid to, o vendedor
entrega a mercadoria no país do comprador.

O incoterm CPT – Carriage Paid to, ou transporte pago até certo destino, é um termo que serve
tanto para a modalidade aeroviária, quanto para as modalidades marítimas e terrestres.

No CPT, o vendedor contrata e paga o transporte da origem, até um local pré-definido, no país de
destino. Além do transporte, o vendedor é o responsável também, por todos os desembaraços
alfandegários, tanto no país de origem, quanto no país de destino, entregando ao comprador, ou a
um transportador por ele indicado, a mercadoria em seu país.

Apesar de o vendedor ter que arcar com todo, ou quase todo o transporte, o risco pelo transporte
deixa de ser do vendedor a partir do momento em que é feito o desembaraço na alfândega de origem
e a mercadoria entregue ao transportador principal. Assim, se o comprador desejar segurar a
mercadoria, o seguro deve ser contratado pelo comprador, que também pagará o prêmio.

CIF: Cost Insurance and Freight


10

IF é a sigla para Cost, Insurance and Freight, que em português, significa Custo, Seguros e Frete.
Neste tipo de frete, o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da
mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete. Esta responsabilidade finda quando a mercadoria
chega ao porto de destino designado pelo comprador.

A sigla CIF significa que o frete e o seguro são pagos pelo fornecedor, que é responsável pela
entrega até o local de destino. No caso do FOB, o cliente é que paga pelo frete e pelo seguro da
mercadoria em questão.

CIP:Carriage and Insurance Paid

CIP - Carriage and Insurance Paid to (named place of destination) Transportes e seguros pagos
até olocal de destino designado.

Nesse termo, o vendedor tem as mesmas obrigações definidas e, adicionalmente, arca com o seguro
contra riscos de perdas e danos da mercadoria durante o transporte internacional.

O comprador deve observar que no termo CIP o vendedor é obrigado apenas a contratar seguro com
abertura mínima, posto que a venda (transferência de responsabilidade sobre a mercadoria) se
processa no país do vendedor.

O termo CIP exige que o vendedor desembarace as mercadorias para exportação. Esse termo pode
ser usado em qualquer modalidade de transportes, inclusive multimodal.
11

EX WORKS:

Nesse termo, o exportador encerra sua participação no negócio quando acondiciona a mercadoria na
embalagem de transporte (caixa, saco, etc.) e a disponibiliza, no prazo estabelecido, no seu próprio
estabelecimento.

Assim, cabe ao importador estrangeiro adotar todas as providências para retirada da mercadoria do
estabelecimento do exportador, transporte interno, embarque para o exterior, licenciamentos,
contratações de frete e de seguro internacionais, etc.

O termo "EXW" não deve ser utilizado quando o vendedor não está apto para, direta ou
indiretamente, obter os documentos necessários à exportação da mercadoria.

Observa-se que o comprador assume todos os custos e riscos envolvidos nos transportes da
mercadoria do local de origem até o de destino.

DAT: Delivery at Terminal

A Incoterm DAT – Delivered at Terminal pode ser contratado para qualquer modalidade de
transporte onde a mercadoria seja entregue pelo vendedor no terminal de destino.
12

No caso de comercialização internacional, onde, de comum acordo, se opte pelo INCOTERM DAT
– Delivered at Terminal, o vendedor deverá desembaraçar a mercadoria para exportação no seu país,
fazer o transporte internacional, descarregar a mercadoria e disponibilizá-la no terminal de carga
citado no contrato.

A partir do momento em que o vendedor deposita a mercadoria no terminal de carga, a sua


responsabilidade sobre a mesma se cessa, bem como o risco sobre o transporte, que passa a ser do
comprador.

O termo DAT, ou, entregue no terminal, pode ser contratado para qualquer modalidade de transporte
internacional, seja aéreo, marítimo, fluvial, lacustre ou terrestre.

DAP: Delivery at Place

Incoterm DAP – Delivered at Place, garante ao comprador, receber a mercadoria no local definido.

Ao ser usado o INCOTERM DAP – Delivered at Place, ou em Português, entregue no local, o


vendedor deverá desembaraçar a mercadoria para exportação no seu país, fazer o transporte
internacional e levar a mercadoria até o local combinado. O desembaraço de importação no local de
destino, bem como a descarga da mercadoria, ficam a cargo do comprador.

O termo DAP pode ser utilizado para qualquer modalidade de transporte, desde terrestre e aéreo até
marítimo, fluvial ou lacustre.

O risco do transporte no DAP fica a cargo do vendedor até chegar no local estipulado. No instante
que a mercadoria sai do veículo transportador, o risco passa a ser do comprador.
13

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os incoterms mais adequados para a realidade do pequeno exportador do estado do Rio Grande do
Norte é o FAS e o FOB, que dentre todos apresenta os custos mais baixos e o grau de dificuldade menor.

No caso do exportador potiguar desejar exportar por meio aéreo, o incoterm mais adequado é o FCA,
esse é o que gera menos custos e menos trabalho para a exportação feita por esse modal.

Há pouca literatura sobre o tema, tendo poucos autores que discutem os assuntos, mesmo assim, temos
grandes nomes como os aqui já citados, Keedi, Balou e LUZ.

O incoterm DAF é o melhor incoterm para pequenas empresas que tenham fronteiras com outros países,
fazendo suas exportações por meio terrestre, um meio barato e rápido.

Os incoterms do grupo F são os melhores para pequenas empresas.

Os do grupo C são mais indicados para empresas de médio porte.

E os do grupo D, são recomendados para grandes exportações de empresas com um grande capital,
capazes de investir; seus custos são os mais altos de todos somente sendo viável para empresas grandes
porte.

O EXW não gera uma vantagem competitiva para o estado do Rio grande do norte, por causa do seu
porto em condições não tão boas, e pela maior parte da sua produção ser exportada por Recife, o que
afasta essa vantagem frente a outros estados que podem exportar por seus portos.

Os custos de todos os incoterms são transferidos para o importador, mas mesmo diante disso o
exportador deve ter capital para investir, o melhor é cada tipo de empresa escolher o tipo adequado de
incoterm, fazendo melhor uso dessas siglas.
Diante de todas as propostas apresentadas, foi criado um quadro com resumos dos incoterms, por valor
de mercadoria, por empresa e por estado.

REFERÊNCIAS

1. ADUANEIRAS. Disponível em <http://www.atlantaaduaneira.com.br/incoterms.html> Acesso em:


01 de junho de 2015.
2. AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Disponível em: <
http://www.antt.gov.br>. Acesso em: 01 jun. 2015.
3. CONEXÃO LOGÍSTICA. O que é incoterms? Disponível em:
http://www.conexaologistica.com/incoterms-o-que-e-incoterms> Acesso em: 04 maio 2015.
4. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição
física; Tradução Hugo T. Y. Yoshizaki. São Paulo: Atlas, 1993. 5. BETHONICO Cátia Cristina de
Oliveira. As fórmulas contratuais típicas utilizadas no comércio internacional Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2586>
Acesso em: 01 jun 2015.
14

6. KEEDI, Samir Logística de transporte internacional: Veiculo prático de competitividade / 3. ed. – São
Paulo: Aduaneiras, 2007
7. LUZ, Rodrigo Comércio internacional e legislação aduaneira. 3. ed / Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

Você também pode gostar