Você está na página 1de 176

MARINHA DO BRASIL

CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS

SOLDADO FUZILEIRO NAVAL

MATEMÁTICA
I – FRAÇÕES – frações equivalentes, números fracionários, operações com frações. ...............................17
II – DIVISIBILIDADE – números primos, máximo divisor comum, mínimo divisor comum. ...........................14
III – EQUAÇÕES DE 1º GRAU (com uma variável e com duas variáveis). ..................................................39
IV – INEQUAÇÕES DE 1º GRAU. ..............................................................................................................39
V – RADICIAÇÃO – potenciação e racionalização. .....................................................................................16
VI – RAZÕES – razões inversas, equivalentes. ..........................................................................................33
VII – PROPORÇÕES. ................................................................................................................................33
VIII – ALGARISMOS ROMANOS – sistemas de numeração e suas regras. ...............................................64
IX – GRANDEZAS PROPORCIONAIS. ......................................................................................................64
X – REGRA DE TRÊS – simples e composta. ............................................................................................36
XI – DÍZIMAS PERIÓDICAS. .....................................................................................................................64
XII – PORCENTAGEM. ..............................................................................................................................36
XIII – POLÍGONOS – lados e ângulos. .......................................................................................................55
XIV - GEOMETRIA PLANA – áreas das figuras planas. .............................................................................60
XV – MEDIDAS DE SUPERFÍCIES – superfície e área; metro quadrado, transformação de unidades. .......25
XVI – MEDIDAS DE VOLUME – metro cúbico e transformação de unidades. .............................................25
XVII – MEDIDAS DE CAPACIDADE. .........................................................................................................25
XVIII – EQUAÇÕES DE 2 º GRAU. ............................................................................................................25
XIX – NÚMEROS DECIMAIS. ....................................................................................................................25
XX – MEDIDAS DE MASSA. ......................................................................................................................25
XXI – MEDIDAS DE TEMPO. .....................................................................................................................25
XXII - MEDIDAS DE COMPRIMENTO. ......................................................................................................25
XXIII – MÉDIAS - simples e ponderada. .....................................................................................................28
XXIV – CONJUNTOS NUMÉRICOS (NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS E IRRACIONAIS). ................... 4
XXV- RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS – catetos e hipotenusas, senos e cossenos, trigonométricas de 30 º,
45 º e 60 º. .................................................................................................................................................65

PORTUGUÊS
a) GRAMÁTICA:
I - Ortografia (novo acordo ortográfico). ......................................................................................................45
II - Acentuação gráfica (novo acordo ortográfico). .......................................................................................43
III - Classe de palavras. ..............................................................................................................................59
IV - Palavras denotativas. ..........................................................................................................................74
V - Frase, oração e período (incluindo análises morfológica e sintática). ....................................................77
VI - Termos da oração Incluindo: - Classificação do sujeito. - Classificação do predicado. - Transitividade
verbal. ........................................................................................................................................................77
VII - Voz ativa e voz passiva. .....................................................................................................................78
VIII - Classificação das orações. ................................................................................................................77
IX - Colocação pronominal. ........................................................................................................................78
X - Concordância (nominal e verbal). .........................................................................................................82
XI - Regência (nominal e verbal). ...............................................................................................................83

Soldado – Marinha do Brasil

Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
XII - Crase. ................................................................................................................................................80
XIII - Pontuação. ........................................................................................................................................49
XIV - Sinônimo. ..........................................................................................................................................57
XV - Antônimo. ...........................................................................................................................................57
XVI - Parônimo. ..........................................................................................................................................57
XVII - Homônimo. .......................................................................................................................................57
XVIII - Polissemia. ......................................................................................................................................57

b) INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:
I - Textos literários e não literários. .............................................................................................................. 8
II - Textos verbais e não verbais. ................................................................................................................. 8
III - Intertextualidade. .................................................................................................................................17
IV - Relações entre as partes do texto e inferências. ..................................................................................24
V - Mecanismos básicos de coesão. ..........................................................................................................25
VI - Operadores discursivos / argumentativos (de oposição, adição, conclusão, explicação, inclusão, exclu-
são, causa, consequência, condição, finalidade, tempo, espaço e modo). ..................................................78
VII - Hiperonímia. .......................................................................................................................................24
VIII - Hiponímia. .........................................................................................................................................24
IX - Denotação e conotação. ......................................................................................................................58
X - Figuras de linguagem. ..........................................................................................................................87
XI - Vícios de linguagem. ...........................................................................................................................88
XII - Discursos direto e indireto..................................................................................................................... 4

Soldado – Marinha do Brasil

Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO


PÚBLICO A QUE SE DESTINA, ASSIM COMO SUA AQUISIÇÃO NÃO GARANTE A INSCRIÇÃO DO
CANDIDATO OU MESMO O SEU INGRESSO NA CARREIRA PÚBLICA.

O CONTEÚDO DESTA APOSTILA ALMEJA ENGLOBAR AS EXIGENCIAS DO EDITAL, PORÉM, ISSO


NÃO IMPEDE QUE SE UTILIZE O MANUSEIO DE LIVROS, SITES, JORNAIS, REVISTAS, ENTRE OUTROS
MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAÇÃO.

ATUALIZAÇÕES LEGISLATIVAS, QUE NÃO TENHAM SIDO COLOCADAS À DISPOSIÇÃO ATÉ A


DATA DA ELABORAÇÃO DA APOSTILA, PODERÃO SER ENCONTRADAS GRATUITAMENTE NO SITE DA
APOSTILAS OPÇÃO, OU NOS SITES GOVERNAMENTAIS.

INFORMAMOS QUE NÃO SÃO DE NOSSA RESPONSABILIDADE AS ALTERAÇÕES E RETIFICAÇÕES


NOS EDITAIS DOS CONCURSOS, ASSIM COMO A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DO MATERIAL RETIFICADO,
NA VERSÃO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SÃO ELABORADAS DE ACORDO
COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO SITE,
www.apostilasopcao.com.br, NO LINK “ERRATAS”, A MATÉRIA ALTERADA, E DISPONIBILIZAMOS
GRATUITAMENTE O CONTEÚDO ALTERADO NA VERSÃO VIRTUAL PARA NOSSOS CLIENTES.

CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA QUANTO AO CONTEÚDO DESTA APOSTILA, O ADQUIRENTE


DESTA DEVE ACESSAR O SITE www.apostilasopcao.com.br, E ENVIAR SUA DÚVIDA, A QUAL SERÁ
RESPONDIDA O MAIS BREVE POSSÍVEL, ASSIM COMO PARA CONSULTAR ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS
E POSSÍVEIS ERRATAS.

TAMBÉM FICAM À DISPOSIÇÃO DO ADQUIRENTE DESTA APOSTILA O TELEFONE (11) 2856-6066,


DENTRO DO HORÁRIO COMERCIAL, PARA EVENTUAIS CONSULTAS.

EVENTUAIS RECLAMAÇÕES DEVERÃO SER ENCAMINHADAS POR ESCRITO, RESPEITANDO OS


PRAZOS ESTITUÍDOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE ACORDO COM O


ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL.

APOSTILAS OPÇÃO

A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
terminado elemento pertence a um conjunto, sem que te-
nhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e o que
significa dizer que um elemento pertence ou não a um con-
junto.

2 Notação
TEORIA DOS CONJUNTOS
Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a
seguinte notação:
CONJUNTO
• os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B,
Em matemática, um conjunto é uma coleção de C, ... ;
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os • os elementos são indicados por letras minúsculas: a,
elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma b, c, x, y, ... ;
coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é
ordem, é relevante, é chamada multiconjunto. indicado com x ∈ C;
• o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto
Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática. C é indicado y ∉ C.
Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas
de elementos. A notação padrão lista os elementos 3. Representação dos conjuntos
separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses"
ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos: Um conjunto pode ser representado de três maneiras:

{1, 2, 3} • por enumeração de seus elementos;


• por descrição de uma propriedade característica do
{1, 2, 2, 1, 3, 2} conjunto;
• através de uma representação gráfica.
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4} Um conjunto é representado por enumeração quando
todos os seus elementos são indicados e colocados dentro
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de de um par de chaves.
representar o mesmo conjunto.
Exemplo:
É possível descrever o mesmo conjunto de diferentes
a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
maneiras: listando os seus elementos (ideal para conjuntos
formado pelos algarismos do nosso sistema de numeração.
pequenos e finitos) ou definindo uma propriedade de seus
b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v,
elementos. Dizemos que dois conjuntos são iguais se e
x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso
somente se cada elemento de um é também elemento do
alfabeto.
outro, não importando a quantidade e nem a ordem das
c) Quando um conjunto possui número elevado de
ocorrências dos elementos.
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
Conceitos essenciais primeiros e os últimos elementos, intercalados por
reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto
 Conjunto: representa uma coleção de objetos, dos números pares positivos, menores do que100.
geralmente representado por letras maiúsculas; d) Ainda usando reticências, podemos representar, por
enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham
 Elemento: qualquer um dos componentes de um uma lei de formação bem clara, como os seguintes:
conjunto, geralmente representado por letras minúsculas;
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números
 Pertinência: é a característica associada a um inteiros não negativos;
elemento que faz parte de um conjunto; E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos números
inteiros;
Pertence ou não pertence F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números
ímpares positivos.

Se é um elemento de , nós podemos dizer que o A representação de um conjunto por meio da descrição de
elemento pertence ao conjunto e podemos escrever uma propriedade característica é mais sintética que sua re-
presentação por enumeração. Neste caso, um conjunto C, de
. Se não é um elemento de , nós podemos elementos x, será representado da seguinte maneira:
dizer que o elemento não pertence ao conjunto e
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
podemos escrever .
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui
uma determinada propriedade:
1. Conceitos primitivos
Exemplos
Antes de mais nada devemos saber que conceitos
primitivos são noções que adotamos sem definição. O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira: A = { x | x
Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, é algarismo do nosso sistema de numeração }
o de elemento e o de pertinência de um elemento a um con-
junto. Assim, devemos entender perfeitamente a frase: de-

Matemática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser representado por d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
descrição da seguinte maneira G = { x | x é vogal do nosso e) E é o conjunto dos pontos comuns às relas
alfabeto } r e s, esquematizadas a seguir :

O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser representado


por descrição da seguinte maneira:

H = { x | x é par positivo }

A representação gráfica de um conjunto é bastante cômo-


da. Através dela, os elementos de um conjunto são represen-
tados por pontos interiores a uma linha fechada que não se Resolução
entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha representam os
elementos que não pertencem ao conjunto. a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir
Exemplo dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que pertencem a C:
ceCedeC
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
8 = 2 . 4 é o 4º par positivo
. .
. .
. .
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo

logo: n(D) = 49

e) As duas retas, esquematizadas na figura,


Por esse tipo de representação gráfica, chamada possuem apenas um ponto comum.
diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário.
∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.
6 igualdade de conjuntos
4 Número de elementos de um conjunto
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e indica-
Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de remos com A = 8, se ambos possuírem os mesmos elemen-
elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao número tos. Quando isto não ocorrer, diremos que os conjuntos são
de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto. diferentes e indicaremos com A ≠ B. Exemplos .
Exemplos
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
a) O conjunto A = { a; e; i; o; u } b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
é tal que n(A) = 5. c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o}
n(B) = 10. e) { x | x2 = 100} = {10; -10}
c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) =
f) { x | x2 = 400} ≠ {20}
99.

5 Conjunto unitário e conjunto vazio 7 Subconjuntos de um conjunto

Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um
n (C) = 1. conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também
pertencer a B.
Exemplo: C = ( 3 )
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o
E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :
n(C) = 0.

Exemplo: M = { x | x2 = -25}

O conjunto vazio é representado por { } ou por ∅.


Exercício resolvido Indicamos que A é um subconjunto de B de duas
maneiras:
Determine o número de elementos dos seguintes com
juntos : a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de B ou
A está contido em B ou A é parte de B;
a) A = { x | x é letra da palavra amor } b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B inclui A.
b) B = { x | x é letra da palavra alegria }
c) c é o conjunto esquematizado a seguir Exemplo

Matemática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x é


brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A.

Observações:

• Quando A não é subconjunto de B, indicamos com A


⊄ B ou B A.
• Admitiremos que o conjunto vazio está contido em
qualquer conjunto. Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
8 Número de subconjuntos de um conjunto dado b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n elementos, c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
então este conjunto terá 2n subconjuntos. Exemplo

O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo, ele Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no
terá 22 = 4 subconjuntos. exemplo a, dizemos que os conjuntos são disjuntos.

Exercício resolvido: Exercícios resolvidos

1. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = 1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),


(a; e; i; o; u ) . determinar os seguintes conjuntos:
a) A ∪ B f) B ∩ C
Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
número dos seus subconjuntos será 25 = 32. c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
Exercícios propostas:
e) B ∪ C
2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } Resolução
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v }
Resposta: 1024 b) A ∩ B = {x }
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
3. Determine o número de subconjuntos do conjunto d) A ∩ C = {y }
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
1 1 1 2 3 3
C=  ; ; ; ; ;  f) B ∩ C= ∅
2 3 4 4 4 5  g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
h) A ∩ B ∩ C= ∅
Resposta: 32 i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
2. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras
os conjuntos: :
1 União de conjuntos
a) A ∩ B ∩ C
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído
por todos os elementos que pertencem a A ou a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando


com hachuras a interseção dos conjuntos, temos:

Exemplos
.Resolução
a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}

2 Intersecção de conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de


A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído
por todos os elementos que pertencem a A e a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando


com hachuras a intersecção dos conjuntos, temos:

Matemática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Observação: O conjunto complementar de B em


relação a A é formado pelos elementos que faltam para
"B chegar a A"; isto é, para B se igualar a A.

Exercícios resolvidos:

4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; u; t
}, determinar os seguintes conjuntos:

A–B C-A
B–A B–C
A–C C–B

Resolução

a) A - B = { y; z }
b) B - A= {w;v}
c) A - C= {x;z}
d) C – A = {u;t}
e) B – C = {x;w;v}
f) C – B = {y;u;t}
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30 Exemplos de conjuntos compostos por números
n(A ∩ B) = 5
Nota: Nesta seção, a, b e c são números naturais,
enquanto r e s são números reais.
Determine n(A ∪ B).
Resolução 1. Números naturais são usados para contar. O
símbolo usualmente representa este conjunto.

2. Números inteiros aparecem como soluções de


equações como x + a = b. O símbolo usualmente
representa este conjunto (do termo alemão Zahlen que
significa números).
Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos de
B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas 3. Números racionais aparecem como soluções de
vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este
equações como a + bx = c. O símbolo usualmente
erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B;
representa este conjunto (da palavra quociente).
teremos então:

n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja: 4. Números algébricos aparecem como soluções de
equações polinomiais (com coeficientes inteiros) e envolvem
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então: raízes e alguns outros números irracionais. O símbolo ou

usualmente representa este conjunto.


n(A ∪ B) = 45.
4 Conjunto complementar 5. Números reais incluem os números algébricos e os
números transcendentais. O símbolo usualmente
Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos representa este conjunto.
de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos
com CA B, ao conjunto A - B. 6. Números imaginários aparecem como soluções de
Observação: O complementar é um caso particular de equações como x 2 + r = 0 onde r > 0. O símbolo
diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do usualmente representa este conjunto.
primeiro.
7. Números complexos é a soma dos números reais e
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras o complementar de B em relação a A, temos: dos imaginários: . Aqui tanto r quanto s podem ser
iguais a zero; então os conjuntos dos números reais e o dos
imaginários são subconjuntos do conjunto dos números
complexos. O símbolo usualmente representa este
conjunto.

NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS, IRRACIO-


NAIS E REAIS.

Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}


Conjuntos numéricos podem ser representados de diver-

Matemática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sas formas. A forma mais simples é dar um nome ao conjunto
e expor todos os seus elementos, um ao lado do outro, entre Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia do si-
os sinais de chaves. Veja o exemplo abaixo: nalzinho positivo representa todos os números NÃO NEGA-
A = {51, 27, -3} TIVOS, e o zero se enquadra nisto.

Esse conjunto se chama "A" e possui três termos, que es- Se quisermos representar somente os positivos (ou seja,
tão listados entre chaves. os não negativos sem o zero), escrevemos:
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiúsculas.
Quando criamos um conjunto, podemos utilizar qualquer Pois assim teremos apenas os positivos, já que o zero
letra. não é positivo.

Vamos começar nos primórdios da matemática. Ou também podemos representar somente os inteiros
- Se eu pedisse para você contar até 10, o que você me NÃO POSITIVOS com:
diria? Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0}
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez.
Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui início.
Pois é, estes números que saem naturalmente de sua bo-
ca quando solicitado, são chamados de números NATURAIS, E também os inteiros negativos (ou seja, os não positivos
o qual é representado pela letra . sem o zero):
Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e tinha
como intenção mostrar quantidades. Assim:
*Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído neste
conjunto, mas pela necessidade de representar uma quantia Conjunto dos Números Naturais
nula, definiu-se este número como sendo pertencente ao São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero.
conjunto dos Naturais. Portanto: É representado pela letra maiúscula N.
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} Caso queira representar o conjunto dos números naturais
não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um * ao lado do
Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros núme- N:
ros e possui algumas propriedades próprias, algumas vezes N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
teremos a necessidade de representar o conjunto dos núme- N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
ros naturais sem incluir o zero. Para isso foi definido que o
símbolo * (asterisco) empregado ao lado do símbolo do con- Conjunto dos Números Inteiros
junto, iria representar a ausência do zero. Veja o exemplo São todos os números que pertencem ao conjunto dos
abaixo: Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos).
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
São representados pela letra Z:
Estes números foram suficientes para a sociedade duran- Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
te algum tempo. Com o passar dos anos, e o aumento das
"trocas" de mercadorias entre os homens, foi necessário criar O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, eles
uma representação numérica para as dívidas. são:

Com isso inventou-se os chamados "números negativos", - Inteiros não negativos


e junto com estes números, um novo conjunto: o conjunto dos São todos os números inteiros que não são negativos.
números inteiros, representado pela letra . Logo percebemos que este conjunto é igual ao conjunto dos
números naturais.
O conjunto dos números inteiros é formado por todos os
números NATURAIS mais todos os seus representantes É representado por Z+:
negativos. Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}

Note que este conjunto não possui início nem fim (ao con- - Inteiros não positivos
trário dos naturais, que possui um início e não possui fim). São todos os números inteiros que não são positivos. É
representado por Z-:
Assim como no conjunto dos naturais, podemos represen- Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
tar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma notação
usada para os NATURAIS. - Inteiros não negativos e não-nulos
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...} É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse
subconjunto por Z*+:
Em algumas situações, teremos a necessidade de repre- Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
sentar o conjunto dos números inteiros que NÃO SÃO NE- Z*+ = N*
GATIVOS.
- Inteiros não positivos e não nulos
Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo do São todos os números do conjunto Z- excluindo o zero.
conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia representa Representa-se por Z*-.
os números NÃO NEGATIVOS, e não os números POSITI- Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
VOS, como muita gente diz). Veja o exemplo abaixo:
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...} Conjunto dos Números Racionais
Os números racionais é um conjunto que engloba os nú-
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um início. meros inteiros (Z), números decimais finitos (por exemplo,
E você pode estar pensando "mas o zero não é positivo". O 743,8432) e os números decimais infinitos periódicos (que
zero não é positivo nem negativo, zero é NULO. repete uma sequência de algarismos da parte decimal infini-

Matemática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tamente), como "12,050505...", são também conhecidas co-
mo dízimas periódicas. Somando a diferença com o subtraendo obtemos o minu-
endo. Dessa forma tiramos a prova da subtração.
Os racionais são representados pela letra Q. 4+3=7

Conjunto dos Números Irracionais EXPRESSÕES NUMÉRICAS


É formado pelos números decimais infinitos não-
periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o núme- Para calcular o valor de uma expressão numérica envol-
ro PI (resultado da divisão do perímetro de uma circunferên- vendo adição e subtração, efetuamos essas operações na
cia pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, ordem em que elas aparecem na expressão.
supercomputadores já conseguiram calcular bilhões de casas
decimais para o PI. Exemplos: 35 – 18 + 13 =
17 + 13 = 30
Também são irracionais todas as raízes não exatas, como Veja outro exemplo: 47 + 35 – 42 – 15 =
a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...) 82 – 42 – 15=
40 – 15 = 25
Conjunto dos Números Reais
É formado por todos os conjuntos citados anteriormente Quando uma expressão numérica contiver os sinais de
(união do conjunto dos racionais com os irracionais). parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procederemos do
seguinte modo:
Representado pela letra R. 1º Efetuamos as operações indicadas dentro dos parên-
teses;
Representação geométrica de 2º efetuamos as operações indicadas dentro dos colche-
A cada ponto de uma reta podemos associar um único tes;
número real, e a cada número real podemos associar um 3º efetuamos as operações indicadas dentro das chaves.
único ponto na reta.
Dizemos que o conjunto é denso, pois entre dois nú- 1) 35 +[ 80 – (42 + 11) ] =
meros reais existem infinitos números reais (ou seja, na reta, = 35 + [ 80 – 53] =
entre dois pontos associados a dois números reais, existem = 35 + 27 = 62
infinitos pontos).
2) 18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =
Veja a representação na reta de : = 18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } =
= 18 + { 72 – 63} =
= 18 + 9 = 27

CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO

Quando pretendemos determinar um número natural em


Fonte: certos tipos de problemas, procedemos do seguinte modo:
http://www.infoescola.com/matematica/conjuntos- - chamamos o número (desconhecido) de x ou qualquer
numericos/ outra incógnita ( letra )
- escrevemos a igualdade correspondente
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N) - calculamos o seu valor

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO Exemplos:


Veja a operação: 2 + 3 = 5 . 1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
A operação efetuada chama-se adição e é indicada es-
crevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os números. Solução:
Seja x o número desconhecido. A igualdade correspon-
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 número 5, dente será:
resultado da operação, é chamado soma. x + 15 = 31
2 → parcela
+ 3 → parcela Calculando o valor de x temos:
5 → soma x + 15 = 31
x + 15 – 15 = 31 – 15
x = 31 – 15
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetuada adi-
x = 16
cionando-se o terceiro número à soma dos dois primeiros ; o
quarto número à soma dos três primeiros e assim por diante.
Na prática , quando um número passa de um lado para
3+2+6 =
outro da igualdade ele muda de sinal.
5 + 6 = 11
2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11. Qual é
Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4
esse número?
Quando tiramos um subconjunto de um conjunto, realiza-
Solução:
mos a operação de subtração, que indicamos pelo sinal - .
Seja x o número desconhecido. A igualdade correspon-
7 → minuendo dente será:
–3 → subtraendo x – 25 = 11
4 → resto ou diferença x = 11 + 25
x = 36
0 minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o subcon-
junto que se tira e o resto ou diferença o conjunto que sobra.
Matemática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Passamos o número 25 para o outro lado da igualdade e e chaves, efetuamos as operações na ordem em que apare-
com isso ele mudou de sinal. cem:
1º) as que estão dentro dos parênteses
3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é igual a 2º) as que estão dentro dos colchetes
20? 3º) as que estão dentro das chaves.
Solução:
x + 8 = 20 Exemplo:
x = 20 – 8 22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 }
x = 12 = 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } =
= 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } =
4) Determine o número natural do qual, subtraindo 62, ob- = 22 + { 12 + 63 – 72 } =
temos 43. = 22 + 3 =
Solução: = 25
x – 62 = 43
x = 43 + 62 DIVISÃO
x = 105
Observe a operação: 30 : 6 = 5
Para sabermos se o problema está correto é simples, bas-
ta substituir o x pelo valor encontrado e realizarmos a opera- Também podemos representar a divisão das seguintes
ção. No último exemplo temos: maneiras:
x = 105
105 – 62 = 43 30
30 6 ou =5
6
MULTIPLICAÇÃO 0 5

Observe: 4 X 3 =12 O dividendo (D) é o número de elementos do conjunto


que dividimos o divisor (d) é o número de elementos do sub-
A operação efetuada chama-se multiplicação e é indicada conjunto pelo qual dividimos o dividendo e o quociente (c) é o
escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os números. número de subconjuntos obtidos com a divisão.

Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número 12, Essa divisão é exata e é considerada a operação inversa
resultado da operação, é chamado produto. da multiplicação.
3 X 4 = 12 SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30

3 fatores observe agora esta outra divisão:


X 4
12 produto 32 6
2 5
Por convenção, dizemos que a multiplicação de qualquer 32 = dividendo
número por 1 é igual ao próprio número. 6 = divisor
5 = quociente
A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0. 2 = resto

A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efetuada Essa divisão não é exata e é chamada divisão aproxima-
multiplicando-se o terceiro número pelo produto dos dois da.
primeiros; o quarto numero pelo produto dos três primeiros; e
assim por diante. ATENÇÃO:
3 x 4 x 2 x 5 = 1) Na divisão de números naturais, o quociente é sem-
12 x 2 x 5 pre menor ou igual ao dividendo.
24 x 5 = 120 2) O resto é sempre menor que o divisor.
3) O resto não pode ser igual ou maior que o divisor.
EXPRESSÕES NUMÉRICAS 4) O resto é sempre da mesma espécie do dividendo.
Exemplo: dividindo-se laranjas por certo número, o
Sinais de associação resto será laranjas.
O valor das expressões numéricas envolvendo as opera- 5) É impossível dividir um número por 0 (zero), porque
ções de adição, subtração e multiplicação é obtido do seguin- não existe um número que multiplicado por 0 dê o
te modo: quociente da divisão.
- efetuamos as multiplicações
- efetuamos as adições e subtrações, na ordem em PROBLEMAS
que aparecem.
1) Determine um número natural que, multiplicado por
1) 3.4 + 5.8– 2.9= 17, resulte 238.
=12 + 40 – 18 X . 17 = 238
= 34 X = 238 : 17
X = 14
2) 9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 = Prova: 14 . 17 = 238
= 54 – 48 + 14 =
= 20 2) Determine um número natural que, dividido por 62,
resulte 49.
Não se esqueça: x : 62 = 49
Se na expressão ocorrem sinais de parênteses colchetes x = 49 . 62

Matemática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x = 3038 12) Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o do-
bro dos lápis de José. Quantos lápis tem cada me-
3) Determine um número natural que, adicionado a nino?
15, dê como resultado 32 José: x
x + 15 = 32 Paulo: 2x
x = 32 – 15 Paulo e José: x + x + x = 12
x =17 3x = 12
x = 12 : 3
4) Quanto devemos adicionar a 112, a fim de obter- x=4
mos 186? José: 4 - Paulo: 8
x + 112 = 186
x = 186 – 112 13) A soma de dois números é 28. Um é o triplo do ou-
x = 74 tro. Quais são esses números?
um número: x
5) Quanto devemos subtrair de 134 para obtermos o outro número: 3x
81? x + x + x + x = 28 (os dois números)
134 – x = 81 4 x = 28
– x = 81 – 134 x = 28 : 4
– x = – 53 (multiplicando por –1) x = 7 (um número)
x = 53
Prova: 134 – 53 = 81 3x = 3 . 7 = 21 (o outro número).
Resposta: 7 e 21
6) Ricardo pensou em um número natural, adicionou-
lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no resultado. Qual 14) Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas. Mar-
o número pensado? celo tem 6 bolinhas a mais que Pedro. Quantas bo-
x + 35 – 18 = 40 linhas tem cada um?
x= 40 – 35 + 18 Pedro: x
x = 23 Marcelo: x + 6
Prova: 23 + 35 – 18 = 40 x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
2 x + 6 = 30
7) Adicionando 1 ao dobro de certo número obtemos 2 x = 30 – 6
7. Qual é esse numero? 2 x = 24
2 . x +1 = 7 x = 24 : 2
2x = 7 – 1 x = 12 (Pedro)
2x = 6 Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
x =6:2
x =3 EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS QUATRO
O número procurado é 3. OPERAÇÕES
Prova: 2. 3 +1 = 7
Sinais de associação:
8) Subtraindo 12 do triplo de certo número obtemos O valor das expressões numéricas envolvendo as quatro
18. Determinar esse número. operações é obtido do seguinte modo:
3 . x -12 = 18 - efetuamos as multiplicações e as divisões, na ordem
3 x = 18 + 12 em que aparecem;
3 x = 30 - efetuamos as adições e as subtrações, na ordem em
x = 30 : 3 que aparecem;
x = 10
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 =
9) Dividindo 1736 por um número natural, encontra- = 45 + 4
mos 56. Qual o valor deste numero natural? = 49
1736 : x = 56 Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 =
1736 = 56 . x = 6 . 2 + 8 – 30 : 10 =
56 . x = 1736 = 12 + 8 – 3 =
x. 56 = 1736 = 20 – 3
x = 1736 : 56 = 17
x = 31
POTENCIAÇÃO
10) O dobro de um número é igual a 30. Qual é o nú-
mero?
2 . x = 30 Considere a multiplicação: 2 . 2 . 2 em que os três
2x = 30 fatores são todos iguais a 2.
x = 30 : 2
x = 15 Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma 23 (lê-
se: dois elevado à terceira potência), em que o 2 é o fator que
11) O dobro de um número mais 4 é igual a 20. Qual é se repete e o 3 corresponde à quantidade desses fatores.
o número ?
2 . x + 4 = 20 Assim, escrevemos: 23 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores)
2 x = 20 – 4
2 x = 16 A operação realizada chama-se potenciação.
x = 16 : 2 O número que se repete chama-se base.
x=8 O número que indica a quantidade de fatores iguais a ba-
se chama-se expoente.

Matemática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O resultado da operação chama-se potência. As raízes recebem denominações de acordo com o índi-
23 = 8 ce. Por exemplo:
3 expoente 2
36 raiz quadrada de 36
base potência 3
125 raiz cúbica de 125
4
Observações: 81 raiz quarta de 81
1) os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especiais de 5
quadrado e cubo, respectivamente. 32 raiz quinta de 32 e assim por diante
2) As potências de base 0 são iguais a zero. 02 = 0 . 0
=0 No caso da raiz quadrada, convencionou-se não escrever
3) As potências de base um são iguais a um. o índice 2.
Exemplos: 13 = 1 . 1 . 1 = 1
15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1 Exemplo :
2 49 = 49 = 7, pois 72 = 49
4) Por convenção, tem-se que:
- a potência de expoente zero é igual a 1 (a0 = 1, a EXERCÍCIOS
≠ 0)
30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1 01) Calcule:
- a potência de expoente um é igual à base (a1 = a) a) 10 – 10 : 5 = b) 45 : 9 + 6 =
21 = 2 ; 71 = 7 ; 1001 =100 c) 20 + 40 : 10 = d) 9. 7 – 3 =
e) 30 : 5 + 5 = f) 6 . 15 – 56 : 4 =
PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS g) 63 : 9 . 2 – 2 = h) 56 – 34 : 17 . 19 =
i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 = j) 24 –12 : 4+1. 0 =
1ª) para multiplicar potências de mesma base, conser-
va-se a base e adicionam-se os expoentes. Respostas:
am . an = a m + n a) 8 b) 11
Exemplos: 32 . 38 = 32 + 8 = 310 c) 24 d) 60
5 . 5 6 = 51+6 = 57 e) 11 f) 76
2ª) para dividir potências de mesma base, conserva-se g) 12 h) 18
a base e subtraem-se os expoentes. i) 8 j) 21
am : an = am - n
Exemplos: 02) Calcule o valor das expressões:
37 : 33 = 3 7 – 3 = 34 a) 23 + 32 =
510 : 58 = 5 10 – 8 = 52 b) 3 . 52 – 72 =
3ª) para elevar uma potência a um outro expoente, con- c) 2 . 33 – 4. 23 =
serva-se base e multiplicam-se os expoentes. d) 53 – 3 . 62 + 22 – 1 =
Exemplo: (32)4 = 32 . 4 = 38 e) (2 + 3)2 + 2 . 34 – 152 : 5 =
4ª) para elevar um produto a um expoente, eleva-se ca- f) 1 + 72 – 3 . 24 + (12 : 4)2 =
da fator a esse expoente.
(a. b)m = am . bm Respostas:
a) 17 b) 26
Exemplos: (4 . 7)3 = 43 . 73 ; (3. 5)2 = 32 . 52 c) 22 d) 20
e) 142 f) 11
RADICIAÇÃO
03) Uma indústria de automóveis produz, por dia, 1270
unidades. Se cada veículo comporta 5 pneus, quan-
Suponha que desejemos determinar um número que, ele-
tos pneus serão utilizados ao final de 30 dias? (Res-
vado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse número,
posta: 190.500)
escrevemos: X2 = 9
04) Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o resto
De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou seja:
2 é 5. Qual é o dividendo? (113)
3 =9
05) Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15 e o
A operação que se realiza para determinar esse número 3
resto é 2. Qual é o quociente? (15)
é chamada radiciação, que é a operação inversa da potenci-
ação.
06) Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é 45 e
o resto é 5. Qual é o divisor? (7)
Indica-se por:
2
9 =3 (lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3) 07) Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e o
quociente é 25. Qual ê o resto? (0)
Daí , escrevemos:
08) Numa chácara havia galinhas e cabras em igual
2
9 = 3 ⇔ 32 = 9 quantidade. Sabendo-se que o total de pés desses
animais era 90, qual o número de galinhas?
Na expressão acima, temos que: Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 = 15).
- o símbolo chama-se sinal da raiz
- o número 2 chama-se índice 09) O dobro de um número adicionado a 3 é igual a 13.
- o número 9 chama-se radicando Calcule o número.(5)
- o número 3 chama-se raiz,
2 10) Subtraindo 12 do quádruplo de um número obtemos
- o símbolo 9 chama-se radical 60. Qual é esse número (Resp: 18)

Matemática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
11) Num joguinho de "pega-varetas", André e Renato fi- BLEMA
zeram 235 pontos no total. Renato fez 51 pontos a
mais que André. Quantos pontos fez cada um? ( An- Usando a letra x para representar um número, podemos
dré-92 e Renato-143) expressar, em linguagem matemática, fatos e sentenças da
linguagem corrente referentes a esse número, observe:
12) Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos 39. - duas vezes o número 2 . x
Qual é o número? (18)
- o número mais 2 x+2
13) Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3 ami-
gos. No final sobraram 2. Quantas balas coube a ca-
x
- a metade do número
da um? (16) 2
- a soma do dobro com a metade do número
14) A diferença entre dois números naturais é zero e a x
sua soma é 30. Quais são esses números? (15) 2⋅ x +
2
15) Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e x
perde 3 pontos por exercício que erra. Ao final de 50 - a quarta parte do número
exercícios tinha 130 pontos. Quantos exercícios acer- 4
tou? (35)
PROBLEMA 1
16) Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 salas; Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o triplo do
cada sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas; cada ga- que tem Paula. Quanto tem cada uma?
veta, 1 chave. Quantas chaves diferentes serão ne- Solução:
cessárias para abrir todas as gavetas? (2700). x + 3x = 1080
4x= 1080
17) Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que tenho, x =1080 : 4
daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas tenho real- x= 270
mente? (69) 3 . 270 = 810
Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00
18) A soma de dois números é 428 e a diferença entre
eles é 34. Qual é o número maior? (231) PROBLEMA 2
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta. Pagou
19) Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31. Qual por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada um, sabendo-
é o número? (26) se que a computador é seis vezes mais caro que a bicicle-
ta?
20) Qual o número que multiplicado por 7 resulta 56? (8) Solução:
x + 6x = 5600
21) O dobro das balas que possuo mais 10 é 36. Quantas 7x = 5600
balas possuo? (13). x = 5600 : 7
x = 800
22) Raul e Luís pescaram 18 peixinhos. Raul pescou 6 . 800= 4800
o dobro de Luís. Quanto pescou cada um? (Raul-12 R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00
e Luís-6)
PROBLEMA 3
PROBLEMAS Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs, de
modo que cada menina receba o triplo do que recebe Jo-
Vamos calcular o valor de x nos mais diversos casos: sé. Quantos cadernos receberá José?
Solução:
1) x + 4 = 10 x + 3x + 3x = 21
Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inversa da 7x = 21
adição: x = 21 : 7
x = 10 – 4 x =3
x=6 Resposta: 3 cadernos

2) 5x = 20 PROBLEMA 4
Aplicando a operação inversa da multiplicação, temos: Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que o 2º
x = 20 : 5 receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o dobro do que
x=4 recebe o 2º. Quanto receberá cada um?
Solução:
3) x – 5 = 10 x + 2x + 4x = 2100
Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inversa da 7x = 2100
subtração: x = 2100 : 7
x = 10 + 5 x = 300
x =15 300 . 2 = 600
300 . 4 =1200
4) x : 2 = 4 Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00
Aplicando a operação inversa da divisão, temos:
x=4.2 PROBLEMA 5
x=8 A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A idade
de uma é o triplo da idade da outra. Qual a idade de cada
COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM PRO- uma?
Solução:

Matemática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3x + x = 40 2, 3, ...}
4x = 40
x = 40 : 4 N é um subconjunto de Z.
x = 10
3 . 10 = 30 REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
Resposta: 10 e 30 anos. Cada número inteiro pode ser representado por um ponto
sobre uma reta. Por exemplo:
PROBLEMA 6
A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 anos mais
velho que você. Quantos anos eu tenho? ... -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 ...
x + x + 5 = 45 ... C’ B’ A’ 0 A B C D ...
x + x= 45 – 5
2x = 40 Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o número
x = 20 zero.
20 + 5 = 25
Resposta: 25 anos Nas representações geométricas, temos à direita do zero
os números inteiros positivos, e à esquerda do zero, os nú-
PROBLEMA 7 meros inteiros negativos.
Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha. Quanto
pagamos por elas, se ambas custaram R$ 150,00? Observando a figura anterior, vemos que cada ponto é a
Solução: representação geométrica de um número inteiro.
x + x – 10= 150
2x = 150 + 10 Exemplos:
2x = 160  ponto C é a representação geométrica do número +3
x = 160 : 2  ponto B' é a representação geométrica do número -2
x = 80
80 – 10 = 70 ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS
Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00 1) A soma de zero com um número inteiro é o próprio nú-
mero inteiro: 0 + (-2) = -2
PROBLEMA 8 2) A soma de dois números inteiros positivos é um núme-
José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto quanto ro inteiro positivo igual à soma dos módulos dos nú-
os dois anteriores juntos. Quanto tem cada um, se os três meros dados: (+700) + (+200) = +900
juntos possuem R$ 624,00? 3) A soma de dois números inteiros negativos é um nú-
Solução: x + 2x + x + 2x = 624 mero inteiro negativo igual à soma dos módulos dos
6x = 624 números dados: (-2) + (-4) = -6
x = 624 : 6 4) A soma de dois números inteiros de sinais contrários é
x = 104 igual à diferença dos módulos, e o sinal é o da parce-
Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00 la de maior módulo: (-800) + (+300) = -500

PROBLEMA 9 ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS


Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia dar a A soma de três ou mais números inteiros é efetuada adi-
você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas rosas tenho? cionando-se todos os números positivos e todos os negativos
Solução: x+4–7 = 2 e, em seguida, efetuando-se a soma do número negativo.
x+4 =7+2
x+4 =9 Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) =
x =9–4 (+17) + (-11) = +6
x =5
Resposta: 5 2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) =
(+5) + (-12) = -7
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z)
PROPRIEDADES DA ADIÇÃO
Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N = {0, A adição de números inteiros possui as seguintes proprie-
1, 2, 3, 4, 5, .....,} dades:

Assim, os números precedidos do sinal + chamam-se 1ª) FECHAMENTO


positivos, e os precedidos de - são negativos. A soma de dois números inteiros é sempre um número in-
teiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z
Exemplos:
Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....} 2ª) ASSOCIATIVA
Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....} Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a + (b +
c) = (a + b) + c
O conjunto dos números inteiros relativos é formado pelos
números inteiros positivos, pelo zero e pelos números inteiros Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
negativos. Também o chamamos de CONJUNTO DOS NÚ- (+3) + (-2) = (-1) + (+2)
MEROS INTEIROS e o representamos pela letra Z, isto é: Z = +1 = +1
{..., -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, ... }
3ª) ELEMENTO NEUTRO
O zero não é um número positivo nem negativo. Todo Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a e 0 +
número positivo é escrito sem o seu sinal positivo. a=a

Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10 Isto significa que o zero é elemento neutro para a adição.
Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 , 1,

Matemática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2 Conclusão: na multiplicação de números inteiros, temos: (
+).(-)=- (-).(+)=-
4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO Exemplos :
Se a é um número inteiro qualquer, existe um único nú- (+5) . (-10) = -50
mero oposto ou simétrico representado por (-a), tal que: (+1) . (-8) = -8
(+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a) (-2 ) . (+6 ) = -12 (-7) .
(+1) = -7
Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEIROS
5ª) COMUTATIVA NEGATIVOS
Se a e b são números inteiros, então: Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
a+b=b+a isto é: (-3) . (-6) = +18

Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4) Conclusão: na multiplicação de números inteiros, temos: (
-2 = -2 -).(-)=+
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20
SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para 5ºC, As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser re-
sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento esse que sumidas na seguinte:
pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) + (+3) = +8 (+).(+)=+ (+).(-)=-
(- ).( -)=+ (-).(+)=-
Portanto:
A diferença entre dois números dados numa certa ordem Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é igual a 0:
é a soma do primeiro com o oposto do segundo. (+5) . 0 = 0

Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4 PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7 Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) =
3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7 (-20) . (-2 ) . (+3 ) =
(+40) . (+3 ) = +120
Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eliminan- 2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) =
do os parênteses (+2 ) . (+3 ) . (-2 ) =
- (+4 ) = -4 (+6 ) . (-2 ) = -12
- ( -4 ) = +4
Podemos concluir que:
Observação: - Quando o número de fatores negativos é par, o produ-
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais podem to sempre é positivo.
ser resumidos do seguinte modo: - Quando o número de fatores negativos é ímpar, o pro-
(+)=+ +(-)=- duto sempre é negativo.
- (+)=- - (- )=+
PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6 No conjunto Z dos números inteiros são válidas as seguin-
- (+3) = -3 +(+1) = +1 tes propriedades:

PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO 1ª) FECHAMENTO


A subtração possui uma propriedade. Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z
Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
FECHAMENTO: A diferença de dois números inteiros é
sempre um número inteiro. 2ª) ASSOCIATIVA
Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 )
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS Este cálculo pode ser feito diretamente, mas também po-
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEI- demos fazê-lo, agrupando os fatores de duas maneiras:
ROS POSITIVOS (+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 -24 = -24
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 De modo geral, temos o seguinte:
Logo: (+3) . (+2) = +6 Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, então:
a . (b . c) = (a . b) . c
Observando essa igualdade, concluímos: na multiplicação
de números inteiros, temos: 3ª) ELEMENTO NEUTRO
(+) . (+) =+ Observe que:
(+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4
2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É NEGA-
TIVO Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
Exemplos: a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12
ou seja: (+3) . (-4) = -12 O número inteiro +1 chama-se neutro para a multiplica-
ção.
2) Lembremos que: -(+2) = -2
(-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15 4ª) COMUTATIVA
ou seja: (-3) . (+5) = -15 Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
e (-4 ) . (+2 ) = - 8

Matemática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )

Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a . b = b . é um produto de quatro fatores iguais


a, isto é, a ordem dos fatores não altera o produto.
Portanto potência é um produto de fatores iguais.
5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO Na potência (+5 )2 = +25, temos:
Observe os exemplos: +5 ---------- base
(+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 ) 2 ---------- expoente
(+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 ) +25 ---------- potência

Conclusão: Observacões :
Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, te- (+2 ) 1 significa +2, isto é, (+2 )1 = +2
mos: ( -3 )1 significa -3, isto é, ( -3 )1 = -3
a) a . [b + c] = a . b + a . c
A igualdade acima é conhecida como propriedade dis- CÁLCULOS
tributiva da multiplicação em relação à adição.
b) a . [b – c] = a . b - a . c O EXPOENTE É PAR
A igualdade acima é conhecida como propriedade dis- Calcular as potências
tributiva da multiplicação em relação à subtração. 1) (+2 )4 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é,
(+2)4 = +16
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS 2) ( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é,
(-2 )4 = +16
CONCEITO
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multiplicado Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16
por 2, dê 16.
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16 Então, de modo geral, temos a regra:

O número procurado é 8. Analogamente, temos: Quando o expoente é par, a potência é sempre um núme-
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12 ro positivo.
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12 Outros exemplos: (-1)6 = +1 (+3)2 = +9
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
O EXPOENTE É ÍMPAR
A divisão de números inteiros só pode ser realizada Calcular as potências:
quando o quociente é um número inteiro, ou seja, quando o 1) (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
dividendo é múltiplo do divisor. isto é, (+2)3 = + 8
2) ( -2 )3 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. ou seja, (-2)3 = -8

Exemplos: Observamos que: (+2 )3 = +8 e ( -2 )3 = -8


( -8 ) : (+2 ) = -4
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro Daí, a regra:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o mesmo si-
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é a nal da base.
mesma que vimos para a multiplicação:
(+):(+)=+ (+):( -)=- Outros exemplos: (- 3) 3 = - 27 (+2)4 = +16
(- ):( -)=+ ( -):(+)=-
PROPRIEDADES
Exemplos:
( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4 Exemplos: (+2 )3 . (+2 )2 = (+2 )3+22 = (+2 )5
( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10
PROPRIEDADE
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z Para multiplicar potências de mesma base, mantemos a
base e somamos os expoentes.
Portanto, não vale em Z a propriedade do fechamento pa-
ra a divisão. Alem disso, também não são válidas as proposi- QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
ções associativa, comutativa e do elemento neutro. (+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3
( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4
Para dividir potências de mesma base em que o expoente
POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
do dividendo é maior que o expoente do divisor, mantemos a
base e subtraímos os expoentes.
CONCEITO
A notação POTÊNCIA DE POTÊNCIA
(+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) [( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
Para calcular uma potência de potência, conservamos a
base da primeira potência e multiplicamos os expoentes .
é um produto de três fatores iguais
POTÊNCIA DE UM PRODUTO
Analogamente: [( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )]4 = ( -2 )4 . (+3 )4 . ( -5 )4
( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 )

Matemática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para calcular a potência de um produto, sendo n o expo- ente, elevamos cada fator ao expoente n.
ente, elevamos cada fator ao expoente n.
POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO (+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0
(+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0 e (+2 )5 : (+2 )5 = 1
e (+2 )5 : (+2 )5 = 1 Consequentemente: (+2 )0 = 1 ( -4 )0 = 1
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
Consequentemente: (+2 )0 = 1 ( -4 )0 = 1
Observação: Não confundir-32 com (-3)2, porque -32 sig-
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1. nifica -( 3 )2 e portanto: -32 = -( 3 )2 = -9
enquanto que: ( -3 )2 = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
Observação: Logo: -3 2 ≠ ( -3 )2
Não confundir -32 com ( -3 )2, porque -32 significa -( 3
2
) e portanto NÚMEROS PARES E ÍMPARES
-32 = -( 3 )2 = -9
enquanto que: ( -3 )2 = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e base-
Logo: -3 2 ≠ ( -3 )2 ado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de vida. Vamos
definir números pares e ímpares de acordo com a concepção
CÁLCULOS pitagórica:
• par é o número que pode ser dividido em duas partes
O EXPOENTE É PAR iguais, sem que uma unidade fique no meio, e ímpar é
Calcular as potências aquele que não pode ser dividido em duas partes iguais,
(+2 )4 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é, (+2)4 = +16 porque sempre há uma unidade no meio
( -2 )4 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é, (-2 )4 = +16
Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação com à
Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16 natureza dos números:
• número par é aquele que tanto pode ser dividido em duas
Então, de modo geral, temos a regra: partes iguais como em partes desiguais, mas de forma tal
Quando o expoente é par, a potência é sempre um núme- que em nenhuma destas divisões haja uma mistura da
ro positivo. natureza par com a natureza ímpar, nem da ímpar com a
par. Isto tem uma única exceção, que é o princípio do
Outros exemplos: (-1)6 = +1 (+3)2 = +9 par, o número 2, que não admite a divisão em partes de-
siguais, porque ele é formado por duas unidades e, se is-
O EXPOENTE É ÍMPAR to pode ser dito, do primeiro número par, 2.

Exemplos: Para exemplificar o texto acima, considere o número 10, que


Calcular as potências: é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5, mas também
1) (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8 como a soma de 7 e 3 (que são ambos ímpares) ou como a
isto é, (+2)3 = + 8 soma de 6 e 4 (ambos são pares); mas nunca como a soma de
2) ( -2 )3 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8 um número par e outro ímpar. Já o número 11, que é ímpar pode
ou seja, (-2)3 = -8 ser escrito como soma de 8 e 3, um par e um ímpar. Atualmente,
definimos números pares como sendo o número que ao ser
Observamos que: (+2 )3 = +8 e ( -2 )3 = -8 dividido por dois têm resto zero e números ímpares aqueles que
ao serem divididos por dois têm resto diferente de zero. Por
Daí, a regra: exemplo, 12 dividido por 2 têm resto zero, portanto 12 é par. Já o
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o mesmo si- número 13 ao ser dividido por 2 deixa resto 1, portanto 13 é
nal da base. ímpar.

Outros exemplos: (- 3) 3 = - 27 (+2)4 = +16 MÚLTIPLOS E DIVISORES


PROPRIEDADES
PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE DIVISIBILIDADE
Exemplos: (+2 )3 . (+2 )2 = (+2 )3+22 = (+2 )5
Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8.
( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10 Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em 4.
Para multiplicar potências de mesma base, mantemos a Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores ab-
base e somamos os expoentes. solutos dos seus algarismos é um número divisível por 3. Ex.:
123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divisível por 3
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
(+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3 Um número é divisível por 5 quando o algarismo das unida-
( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4
des é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O número 320
Para dividir potências de mesma base em que o expoente é divisível por 5, pois termina em 0.
do dividendo é maior que o expoente do divisor, mantemos a
base e subtraímos os expoentes. Um número é divisível por 10 quando o algarismo das unida-
des é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número 500 é divisível
POTÊNCIA DE POTÊNCIA por 10, pois termina em 0.
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
Para calcular uma potência de potência, conservamos a
NÚMEROS PRIMOS
base da primeira potência e multiplicamos os expoentes .

POTÊNCIA DE UM PRODUTO Um número natural é primo quando é divisível apenas por


[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )]4 = ( -2 )4 . (+3 )4 . ( -5 )4 dois números distintos: ele próprio e o 1.
Para calcular a potência de um produto, sendo n o expo-
Matemática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplos: 12 2
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois núme- 6 2
ros diferentes: ele próprio e o 1. 3 3
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois núme- 1
ros distintos: ele próprio e o 1.
• O número natural que é divisível por mais de dois números 2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores primos e,
diferentes é chamado composto. à sua direita e acima, escrevemos o numero 1 que é divisor
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4. de todos os números.
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divisível 1
apenas por um número (ele mesmo). 12 2
• O número 2 é o único número par primo. 6 2
3 3
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORAÇÃO) 1

Um número composto pode ser escrito sob a forma de um 3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e escrevemos
produto de fatores primos. o produto obtido na linha correspondente.
x1
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: 60 = 2 12 2 2
. 2 . 3 . 5 = 22 . 3 . 5 que é chamada de forma fatorada. 6 2
3 3
Para escrever um número na forma fatorada, devemos de- 1
compor esse número em fatores primos, procedendo do seguin-
te modo: 4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos diviso-
res já obtidos, escrevendo os produtos nas linhas cor-
Dividimos o número considerado pelo menor número primo respondentes, sem repeti-los.
possível de modo que a divisão seja exata. x1
Dividimos o quociente obtido pelo menor número primo pos- 12 2 2
sível. 6 2 4
3 3
Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo menor 1
número primo possível, até que se obtenha o quociente 1.
x1
Exemplo: 12 2 2
60 2 6 2 4
3 3 3, 6, 12
0 30 2 1

0 15 3 Os números obtidos à direita dos fatores primos são os divi-


5 0 5 sores do número considerado. Portanto:
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}
1
Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 Exemplos:
1)
Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à direita do 1
número e, à direita dessa barra, escrever os divisores primos; 18 2 2
abaixo do número escrevem-se os quocientes obtidos. A de- 9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
composição em fatores primos estará terminada quando o último 3 3 9, 18
quociente for igual a 1. 1

Exemplo: 2)
60 2 1
30 2 30 2 2
15 3 15 3 3, 6
5 5 5 5 5, 10, 15, 30
1 1
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}
DIVISORES DE UM NÚMERO
MÁXIMO DIVISOR COMUM
Consideremos o número 12 e vamos determinar todos os
seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é escrever Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou mais
os números naturais de 1 a 12 e verificar se cada um é ou não números o maior dos divisores comuns a esses números.
divisor de 12, assinalando os divisores.
1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois núme-
= = = = = == ros é o chamado método das divisões sucessivas (ou algoritmo
Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos diviso- de Euclides), que consiste das etapas seguintes:
res do número 12, temos: 1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a divi-
D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12} são for exata, o M.D.C. entre esses números é o menor
deles.
Na prática, a maneira mais usada é a seguinte: 2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o menor
1º) Decompomos em fatores primos o número considerado. dos dois números) pelo resto obtido na divisão anterior,
e, assim, sucessivamente, até se obter resto zero. 0 ul-

Matemática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
timo divisor, assim determinado, será o M.D.C. dos Número Raízes quadradas
números considerados. +9 + 3 e -3
+16 + 4 e -4
Exemplo: +1 + 1 e -1
Calcular o M.D.C. (24, 32) +64 + 8 e -8
+81 + 9 e -9
32 24 24 8 +49 + 7 e -7
+36 +6 e -6
8 1 0 3
O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto é
Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8 25 = +5
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM Como 25 = +5 , então: − 25 = −5
Agora, consideremos este problema.
Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou mais
números o menor dos múltiplos (diferente de zero) comuns a Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -25?
esses números. Solução: (+5 )2 = +25 e (-5 )2 = +25
Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado seja -
O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou mais
números, chamado de decomposição em fatores primos, consis-
25, isto é, − 25 não existe no conjunto Z dos números intei-
te das seguintes etapas: ros.
1º) Decompõem-se em fatores primos os números apre-
sentados. Conclusão: os números inteiros positivos têm, como raiz
2º) Determina-se o produto entre os fatores primos comuns quadrada, um número positivo, os números inteiros negativos
e não-comuns com seus maiores expoentes. Esse pro- não têm raiz quadrada no conjunto Z dos números inteiros.
duto é o M.M.C procurado.
RADICIAÇÃO
Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que an =
Decompondo em fatores primos esses números, temos: b.
12 2 18 2
6 2 9 3 n
b = a ⇒ an = b
3 3 3 3
1 1 5
32 = 2
12 = 22 . 3 18 = 2 . 32
Resposta: M.M.C (12, 18) = 22 . 32 = 36 5 índice
32 radicando pois 25 = 32
Observação: Esse processo prático costuma ser simplificado raiz
fazendo-se uma decomposição simultânea dos números. Para
isso, escrevem-se os números, um ao lado do outro, separando- 2 radical
os por vírgula, e, à direita da barra vertical, colocada após o
último número, escrevem-se os fatores primos comuns e não- Outros exemplos :
3
8 = 2 pois 2 3 = 8
comuns. 0 calculo estará terminado quando a última linha do
dispositivo for composta somente pelo número 1. O M.M.C dos
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8
números apresentados será o produto dos fatores.
PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0)
Exemplo: m: p
Calcular o M.M.C (36, 48, 60) 1ª)
m
a =
n
a n: p 15
310 = 3 3 2
36, 48, 60 2
18, 24, 30 2 2ª)
n
a⋅b = n a ⋅n b 6 = 2⋅ 3
9, 12, 15 2 4
9, 6, 15 2 5 5
3ª)
n
a:b = n a :n b 4 =
9, 3, 15 3 16 4 16
3, 1, 5 3
1, 1 5 5
1, 1, 1
4ª) ( a)
m
n
= m an ( x)
3
5
= 3 x5

Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 24 . 32 . 5 = 720


5ª)
m n
a = m⋅n a 6
3 = 12 3

RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS INTEIROS
ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES
Para calcular o valor de uma expressão numérica com nú-
CONCEITO
meros inteiros, procedemos por etapas.
Consideremos o seguinte problema:
Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25. 1ª ETAPA:
Solução: (+5 )2 = +25 e ( -5 )2 =+25
a) efetuamos o que está entre parênteses ( )
Resposta: +5 e -5 b) eliminamos os parênteses
Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de +25. 2ª ETAPA:
a) efetuamos o que está entre colchetes [ ]
Outros exemplos: b) eliminamos os colchetes

Matemática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
valor quando multiplicamos ou dividimos tanto o nume-
3º ETAPA: rador como o denominador por um mesmo número na-
a) efetuamos o que está entre chaves { } tural, diferente de zero.
b) eliminamos as chaves Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
≈ é o símbolo de equivalência para frações
Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na se- 2 2 × 5 10 10 × 2 20
guinte ordem: ≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅
1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que aparecem. 3 3 × 5 15 15 × 2 30
2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que aparecem. b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as fra-
3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem. ções equivalentes a uma fração dada.
3 6 9 12
Exemplos: , , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fração:
1) 2 + 7 . (-3 + 4) = 1 2 3 4
2 + 7 . (+1) = 2+7 =9 3
)
2) (-1 )3 + (-2 )2 : (+2 ) = 1
-1+ (+4) : (+2 ) =
-1 + (+2 ) = Agora já podemos definir número racional : número racio-
-1 + 2 = +1 nal é aquele definido por uma classe de equivalência da qual
cada fração é um representante.
3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] =
-(-3) - [-4 ] = NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO NATU-
+3 + 4 = 7 RAL:
0 0
4) –2( -3 –1)2 +3 . ( -1 – 3)3 + 4 0= = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equivalência
-2 . ( -4 )2 + 3 . ( - 4 )3 + 4 = 1 2
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 = que representa o mesmo número ra-
-32 – 192 + 4 = cional 0)
-212 + 4 = - 208 1 2
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equivalência
5) (-288) : (-12)2 - (-125) : ( -5 )2 = 1 2
(-288) : (+144) - (-125) : (+25) = que representa o mesmo número ra-
(-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3 cional 1)
e assim por diante.
6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
(-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) = NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚMERO
-3 - (- 5) = FRACIONÁRIO:
- 3 + 5 = +2 1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalência
7) –52 : (+25) - (-4 )2 : 24 - 12 = 2 4 6
-25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 = que representa o mesmo número
-1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3 racional 1/2).

8) 2 . ( -3 )2 + (-40) : (+2)3 - 22 = NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS


2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 = Decimais: quando têm como denominador 10 ou uma po-
+18 + (-5) - 4 = tência de 10
+ 18 - 9 = +9 5 7
, ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q) 10 100

Os números racionais são representados por um numeral b) próprias: aquelas que representam quantidades meno-
res do que 1.
a
em forma de fração ou razão, , sendo a e b números natu- 1 3 2
b , , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
rais, com a condição de b ser diferente de zero. 2 4 7
1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado (a, b)
de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde um número c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou maio-
res que 1.
a
fracionário .O termo a chama-se numerador e o termo b 5 8 9
b , , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
denominador. 5 1 5
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser representado por d) aparentes: todas as que simbolizam um número natu-
uma fração de denominador 1. Logo, é possível reunir tanto ral.
os números naturais como os fracionários num único conjun- 20 8
to, denominado conjunto dos números racionais absolutos, ou = 5, = 4 , etc.
simplesmente conjunto dos números racionais Q. 4 2

Qual seria a definição de um número racional absoluto ou e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as frações,
simplesmente racional? A definição depende das seguintes com exceção daquelas que possuem como denominador 10,
considerações: 102, 103 ...
a) O número representado por uma fração não muda de

Matemática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
f) frações iguais: são as que possuem os termos iguais 3
3 3 8 8 6
= , = , etc.
4 4 5 5 5 2 3
Indicamos por: − =
g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao numeral 6 6 6
formado por uma parte natural e uma parte fracionária;
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo de-
 4 4
 2  A parte natural é 2 e a parte fracionária . nominador, procedemos do seguinte modo:
 7 7  adicionamos ou subtraímos os numeradores e man-
temos o denominador comum.
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais simplifica-  simplificamos o resultado, sempre que possível.
da, por ter seus termos primos entre si.
Exemplos:
3 5 3
, , , etc. 3 1 3 +1 4
4 12 7 + = =
5 5 5 5
4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que não 4 8 4 + 8 12 4
possua termos primos entre si, basta dividir os dois ternos + = = =
pelo seu divisor comum. 9 9 9 9 3
8 8:4 2 7 3 7−3 4 2
= = − = = =
12 12 : 4 3 6 6 6 6 3
2 2 2−2 0
5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES. − = = =0
Para comparar duas ou mais frações quaisquer primeira- 7 7 7 7
mente convertemos em frações equivalentes de mesmo de-
nominador. De duas frações que têm o mesmo denominador, Observação: A subtração só pode ser efetuada quando o
a maior é a que tem maior numerador. Logo: minuendo é maior que o subtraendo, ou igual a ele.
6 8 9 1 2 3
< < ⇔ < < 2º CASO: Frações com denominadores diferentes:
12 12 12 2 3 4 Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com deno-
(ordem crescente) minadores diferentes, procedemos do seguinte modo:
• Reduzimos as frações ao mesmo denominador.
De duas frações que têm o mesmo numerador, a maior é • Efetuamos a operação indicada, de acordo com o caso
a que tem menor denominador. anterior.
7 7 • Simplificamos o resultado (quando possível).
Exemplo: >
2 5 Exemplos:
1 2 5 3
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES 1) + = 2) + =
3 4 8 6
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO 4 6 15 12
= + = = + =
A soma ou a diferença de duas frações é uma outra fra- 24 24
ção, cujo calculo recai em um dos dois casos seguintes: 12 12
15 + 12
1º CASO: Frações com mesmo denominador. Observe- 4+6 = =
mos as figuras seguintes: = = 24
12
27 9
10 5 = =
= = 24 8
12 6
3 2
6 6 Observações:
Para adicionar mais de duas frações, reduzimos todas ao
5 mesmo denominador e, em seguida, efetuamos a operação.
6
3 2 5 Exemplos.
Indicamos por: + = 2 7 3 3 5 1 1
6 6 6 a) + + = b) + + + =
15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
15 24 24 24 24
12 4
= = 18+ 20+ 3 +12
= =
2 15 5 24
6 53
=
24
5 Havendo número misto, devemos transformá-lo em fração
imprópria:
6

Matemática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo:
1 5 1
2 + +3 =
3 12 6
7 5 19
+ + =
3 12 6
28 5 38
+ + =
12 12 12 Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das três
28 + 5 + 38 71 partes hachuramos 2).
=
12 12 Quando o numerador é menor que o denominador temos
uma fração própria. Observe:
Se a expressão apresenta os sinais de parênteses ( ),
colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma ordem: Observe:
1º) efetuamos as operações no interior dos parênteses;
2º) as operações no interior dos colchetes;
3º) as operações no interior das chaves.

Exemplos:
2 3 5 4
1) +  −  −  =
3 4 2 2
 8 9  1
= + − = Quando o numerador é maior que o denominador temos
 12 12  2 uma fração imprópria.
17 1
= − = FRAÇÕES EQUIVALENTES
12 2
17 6 Duas ou mais frações são equivalentes, quando represen-
= − = tam a mesma quantidade.
12 12
11
=
12
  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4 
  9 2   5 3 
= 5 −  −  −  +  =
  6 6   3 4 
 7   20 9 
= 5 −  −  +  =
 6   12 12 
1 2 3
 30 7  29 Dizemos que: = =
= − − = 2 4 6
 6 6  12
23 29 - Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou
= − = dividir o numerador por mesmo número diferente de zero.
6 12
1 2 2 1 3 3
46 29 Ex: ⋅ = ou . =
= − = 2 2 4 2 3 6
12 12
17 Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o
=
12 denominador, por um mesmo número diferente de zero.

NÚMEROS RACIONAIS Quando não for mais possível efetuar as divisões dizemos
que a fração é irredutível.

Exemplo:
18 2 9 3
: = = ⇒ Fração Irredutível ou Simplifi-
12 2 6 6
cada

1 3
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos Exemplo: e
que uma unidade dividida em duas partes iguais e indicamos 3 4
1/2.
onde: 1 = numerador e 2 = denominador Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12

Matemática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1
e
3 (12 : 3 ) ⋅ 1
=
(12 : 4 ) ⋅ 3 temos: 4
e
9 1
e
3
=
(12 : 3 ) ⋅ 1 e (12 : 4 ) ⋅ 3 temos:
e
3 4 12 12 12 12 3 4 12 12
4 9
1 4 e
A fração é equivalente a . 12 12
3 12 1 4 3
A fração é equivalente a . A fração equivalente
3 12 4
3 9
A fração equivalente . 9
4 12 .
12
Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes frações: Exemplo:
1 2 2 4
1) 2) ? ⇒ numeradores diferentes e denominadores
4 3 3 5
diferentes m.m.c.(3, 5) = 15
2 3 4 4 6 8
Respostas: 1) , , 2) , ,
8 12 16 6 9 12 (15 : 3).2 (15.5).4 10 12
? = < (ordem cres-
15 15 15 15
COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES
cente)
a) Frações de denominadores iguais. Exercícios: Colocar em ordem crescente:
Se duas frações tem denominadores iguais a maior será
aquela: que tiver maior numerador.
2 2 5 4 5 2 4
1) e 2) e 3) , e
3 1 1 3 5 3 3 3 6 3 5
Ex.: > ou <
4 4 4 4
2 2 4 5
Respostas: 1) < 2) <
b) Frações com numeradores iguais 5 3 3 3
Se duas frações tiverem numeradores iguais, a menor se- 4 5 3
rá aquela que tiver maior denominador. 3) < <
3 6 2
7 7 7 7
Ex.: > ou <
4 5 5 4 OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
c) Frações com numeradores e denominadores recep- 1) Adição e Subtração
tivamente diferentes. a) Com denominadores iguais somam-se ou subtraem-se
Reduzimos ao mesmo denominador e depois compara- os numeradores e conserva-se o denominador comum.
mos. Exemplos:
2 5 1 2 + 5 +1 8
2 1 Ex: + + = =
> denominadores iguais (ordem decrescente) 3 3 3 3 3
3 3
4 3 4−3 1
4 4 − = =
> numeradores iguais (ordem crescente) 5 5 5 5
5 3
b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo de-
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES nominador depois soma ou subtrai.
Ex:
Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o 1 3 2
denominador por um número diferente de zero. 1) + + = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
2 4 3
Quando não for mais possível efetuar as divisões, dize-
mos que a fração é irredutível. Exemplo: (12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23
= =
18 : 2 9 : 3 3 12 12 12
= =
12 : 2 6 : 3 2 4 2
2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
3 9
Fração irredutível ou simplificada.
(9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
9 36 = =
Exercícios: Simplificar 1) 2) 9 9 9
12 45
3 4 Exercícios. Calcular:
Respostas: 1) 2)
4 5 2 5 1 5 1 2 1 1
1) + + 2) − 3) + −
7 7 7 6 6 3 4 3
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINADOR
8 4 2 7
COMUM Respostas: 1) 2) = 3)
7 6 3 12
1 3
Ex.: e MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
3 4
Para multiplicar duas ou mais frações devemos multiplicar
Calcular o M.M.C. (3,4) = 12
os numeradores das frações entre si, assim como os seus

Matemática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
denominadores. Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
Exemplo: 3
2 3 2 3 6 3 = três décimos,
. = x = = 10
5 4 5 4 20 10 4
= quatro centésimos
Exercícios: Calcular: 100
2 5 2 3 4  1 3  2 1 7
1) ⋅ 2) ⋅ ⋅ 3) 
+ ⋅ −  = sete milésimos
1000
5 4 5 2 3 5 5 3 3
10 5 24 4 4 Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
Respostas: 1) = 2) = 3)
12 6 30 5 15 3 4 7
=0,3 = 0,04 = 0,007
10 100 1000
DIVISÃO DE FRAÇÕES
Outros exemplos:
Para dividir duas frações conserva-se a primeira e multi- 34 635 2187
plica-se pelo inverso da Segunda. 1) = 3,4 2) = 6,35 3) =218,7
10 100 10
4 2 4 3 12 6
Exemplo: : = . = =
5 3 5 2 10 5 Note que a vírgula “caminha” da direita para a esquerda, a
quantidade de casas deslocadas é a mesma quantidade de
Exercícios. Calcular: zeros do denominador.
4 2 8 6  2 3  4 1
1) : 2) : 3)  +  :  −  Exercícios. Representar em números decimais:
3 9 15 25 5 5 3 3
35 473 430
1) 2) 3)
10 100 1000
20
Respostas: 1) 6 2) 3) 1
9 Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430

POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL

Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado. Ex.:


Exemplo:
3
2 23 8
  = 3 =
3 3 27

Exercícios. Efetuar:
2 4 2 3
3  1  4   1
1)   2)   3)   − 
4 2 3 2

9 1 119
Respostas: 1) 2) 3)
16 16 72

RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES

Extrai raiz do numerador e do denominador.


4 4 2 OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS
Exemplo: = =
9 9 3 Adição e Subtração
Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se
Exercícios. Efetuar: unidades de mesma ordem. Exemplo 1:
2
1 16 9  1
1) 2) 3) +  10 + 0,453 + 2,832
9 25 16  2  10,000
+ 0,453
1 4 2,832
Respostas: 1) 2) 3) 1 _______
3 5 13,285

NÚMEROS DECIMAIS Exemplo 2:


47,3 - 9,35
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc, cha- 47,30
ma-se fração decimal. 9,35
3 4 7 ______
Ex: , , , etc 37,95
10 100 100
Exercícios. Efetuar as operações:

Matemática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1) 0,357 + 4,321 + 31,45 0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825
2) 114,37 - 93,4
3) 83,7 + 0,53 - 15, 3 DIVISÃO
Para dividir os números decimais, procede-se assim:
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93 1) iguala-se o número de casas decimais;
2) suprimem-se as vírgulas;
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS 3) efetua-se a divisão como se fossem números inteiros.

Multiplicam-se dois números decimais como se fossem in- Exemplos:


teiros e separam-se os resultados a partir da direita, tantas ♦ 6 : 0,15 = 6,00 0,15
casas decimais quantos forem os algarismos decimais dos
números dados. 000 40
Igualam – se as casas decimais.
Exemplo: 5,32 x 3,8 Cortam-se as vírgulas.
5,32 → 2 casas,  7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57
x 3,8→ 1 casa após a virgula Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto 285
______
4256 Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma vírgula
1596 + ao quociente e zeros ao resto
______ ♦ 2 : 4 0,5
20,216 → 3 casas após a vírgula
Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vírgula no
Exercícios. Efetuar as operações: quociente e zero no dividendo
1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6 ♦ 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 = 0,05
3) 31,2 . 0,753
Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vírgula
Respostas: 1) 15,183 2) 629,9 no quociente e um zero no dividendo. Como 350 não é divi-
3) 23,4936 sível por 700, acrescenta-se outro zero ao quociente e outro
ao dividendo
DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS
Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o divisor
e quando o dividendo for menor que o divisor acrescentamos Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, .... vezes
um zero antes da vírgula no quociente. menor, desloca-se a vírgula para a esquerda, respectivamen-
Ex.: te, uma, duas, três, ... casas decimais.
a) 3:4 Exemplos:
3 |_4_ 25,6 : 10 = 2,56
30 0,75 04 : 10 = 0,4
20 315,2 : 100 = 3,152
0 018 : 100 = 0,18
b) 4,6:2 0042,5 : 1.000 = 0,0425
4,6 |2,0 = 46 | 20 0015 : 1.000 = 0,015
60 2,3
0 milhar cen- de- Uni- dé- centé- milé-
Obs.: Para transformar qualquer fração em número deci- tena zena dade cimo simo simo
mal basta dividir o numerador pelo denominador. sim-
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4 ples
20 0,4
1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001
Exercícios
1) Transformar as frações em números decimais.
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
1 4 1
1) 2) 3) Procedemos do seguinte modo:
5 5 4 1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25 2º) Lemos a parte decimal (como um número natural),
acompanhada de uma das palavras:
2) Efetuar as operações: - décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal
1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2 - centésimos, se houver duas ordens decimais;
3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2 - milésimos, se houver três ordens decimais.
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4
Exemplos:
Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07 1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e
4) 37,855 5) 200,0833.... dois décimos".

Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1000 2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros
e setenta e cinco
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000..... vezes centésimos".
maior, desloca-se a vírgula para a direita, respectivamente,
uma, duas, três, . . . casas decimais. 3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e
2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650 trezentos e nove
0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780 milésimos''.

Matemática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observações:
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte decimal é Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram
lida. excluídos de Z.
Exemplos:
Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo
a) 0,5 - Lê-se: "cinco (+) ou com o símbolo (-).
décimos".
Exemplos
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito
centésimos". a) Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram
excluídos de Z.
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos
e vinte e um
b) Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos foram
milésimos". excluídos de Z.

2) Um número decimal não muda o seu valor se acres- Exercícios resolvidos


centarmos ou suprimirmos zeros â direita do último al- 1. Completar com ∈ ou ∉:
garismo. a) 5 Z
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " ....... *
g) 3 Q*
b) 5 Z−
h) 4 Q
3) Todo número natural pode ser escrito na forma de nú-
c) 3,2 Z *+
mero decimal, colocando-se a vírgula após o último
algarismo e zero (ou zeros) a sua direita. 1
i) ( − 2)2 Q-
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00... d) Z
4 j) 2 R
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R) 4 k) 4 R-
e) Z
1
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E PONTOS
DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO f) 2 Q
Há números que não admitem representação decimal Resolução
finita nem representação decimal infinita e periódico, como, a) ∈ , pois 5 é positivo.
por exemplo: b) ∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram excluídos de
π = 3,14159265...
Z −*
2 = 1,4142135... c) ∉ 3,2 não é inteiro.
3 = 1,7320508... 1
d) ∉ , pois não é inteiro.
5 = 2,2360679... 4
4
e) ∈ , pois = 4 é inteiro.
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2 ∈ Q, 1
3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são chamados de f) ∉ , pois 2 não é racional.
irracionais.
g) ∉ , pois 3 não é racional
Podemos então definir os irracionais como sendo aqueles h) ∈ , pois 4 = 2 é racional
números que possuem uma representação decimal infinita e
não periódico. i) ∉ , pois ( − 2)2 = 4 = 2 é positivo, e os
Chamamos então de conjunto dos números reais, e positivos foram excluídos de Q− .
indicamos com R, o seguinte conjunto:
j) ∈ , pois 2 é real.
R= { x | x é racional ou x é irracional}
k) ∉ , pois 4 = 2 é positivo, e os positivos foram
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto dos excluídos de R−
números racionais com o conjunto dos números irracionais.
2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos indicar
que o número zero foi excluído de um conjunto. a) N Z* d) Q Z
b) N Z+ *
e) Q +
*
R+
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de N.
c) N Q
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar
que os números negativos foram excluídos de um conjunto. Resolução:

Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram excluídos a) ⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * .


de Z. b) ⊂, pois N = Z +
c) ⊂ , pois todo número natural é também racional.
Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos indicar
d) ⊄ , pois há números racionais que não são inteiros
que os números positivos foram excluídos de um conjunto.
2
como por exemplo, .
3

Matemática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e) ⊂ , pois todo racional positivo é também real positivo.  1 
a)  , 2, 3, 5, 4 2 
Exercícios propostos:  2 
1. Completar com ∈ ou ∉  2 
a) 0 N 7 c)  − 1, , 0, 2, 3 
g) Q +*  7 
b) 0 N* 1 b) { − 3, − 2, − 2, 0 }
c) 7 Z
d) - 7 Z+
h)
2
7 Q
d) { 0, 9, 4 , 5, 7 }
i) 7 Q
e) – 7 Q−
1 j) 7 R* 2) Se 5 é irracional, então:
f) Q m
7 a) 5 escreve-se na forma , com n ≠0 e m, n ∈ N.
n
2. Completar com ∈ ou ∉ b) 5 pode ser racional
a) 3 Q d) π Q m
b) 3,1 Q e) 3,141414... Q
c) 5 jamais se escreve sob a forma , com n ≠0 e m, n
n
c) 3,14 Q ∈ N.
3. Completar com ⊂ ou ⊄ : d) 2 5 é racional

a) Z +* N* d) Z −* R 3) Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos dos


b) Z− N e) Z − R+ naturais, inteiros, racionais e reais, podemos escrever:
a) ∀x ∈ N⇒x∈R c) Z ⊃ Q
c) R+ Q b) ∀x ∈Q⇒x∈Z d) R ⊂ Z

4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os 4) Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos afir-


conjuntos N, Z, Q e R . mar que:
Respostas: a) ∀ x ∈ A ⇒ x é primo
1. b) ∃ x ∈ A | x é maior que 7
a) ∈ e) ∈ i) ∈ c) ∀ x ∈ A ⇒ x é múltiplo de 3
b) ∉ f) ∈ j) ∈ d) ∃ x ∈ A | x é par
c) ∈ g) ∈
e) nenhuma das anteriores
d) ∉ h) ∉
5) Assinale a alternativa correta:
2. a) Os números decimais periódicos são irracionais
a) ∈ c) ∈ e) ∈ b) Existe uma correspondência biunívoca entre os pontos
b) ∈ d) ∉ da reta numerada, e o conjunto Q.
c) Entre dois números racional existem infinitos números
3. racionais.
a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄ d) O conjunto dos números irracionais é finito
b) ⊄ d) ⊂
6) Podemos afirmar que:
4. a) todo real é racional.
b) todo real é irracional.
c) nenhum irracional é racional.
d) algum racional é irracional.

7) Podemos afirmar que:


Reta numérica a) entre dois inteiros existe um inteiro.
Uma maneira prática de representar os números reais é b) entre dois racionais existe sempre um racional.
através da reta real. Para construí-la, desenhamos uma reta c) entre dois inteiros existe um único inteiro.
e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto, um ponto origem d) entre dois racionais existe apenas um racional.
que representará o número zero; a seguir escolhemos, tam-
bém a nosso gosto, porém à direita da origem, um ponto para 8) Podemos afirmar que:
representar a unidade, ou seja, o número um. Então, a dis- a) ∀a, ∀b ∈ N ⇒ a - b ∈ N
tância entre os pontos mencionados será a unidade de me- b) ∀a, ∀b ∈ N ⇒ a : b ∈ N
dida e, com base nela, marcamos, ordenadamente, os núme- c) ∀a, ∀b ∈ R ⇒ a + b ∈ R
ros positivos à direita da origem e os números negativos à d) ∀a, ∀b ∈ Z ⇒ a : b ∈ Z
sua esquerda.
9) Considere as seguintes sentenças:
I) 7 é irracional.
II) 0,777... é irracional.
III) 2 2 é racional.
EXERCÍCIOS Podemos afirmar que:
1) Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos são a) l é falsa e II e III são verdadeiros.
todos números racionais é: b) I é verdadeiro e II e III são falsas.
c) I e II são verdadeiras e III é falsa.

Matemática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) I e II são falsas e III é verdadeira. b) 0,4000... d) 3,45

10) Considere as seguintes sentenças: 20) O conjunto dos números reais negativos é representado
I) A soma de dois números naturais é sempre um número por:
natural. a) R* c) R
II) O produto de dois números inteiros é sempre um núme- b) R_ d) R*
ro inteiro.
III) O quociente de dois números inteiros é sempre um 21) Assinale a alternativo falso:
número inteiro. a) 5 ∈ Z b) 5,1961... ∈ Q
Podemos afirmar que: 5
a) apenas I é verdadeiro. c) − ∈Q
b) apenas II é verdadeira. 3
c) apenas III é falsa. 22) Um número racional compreendido entre 3 e 6 é:
d) todas são verdadeiras.
3. 6
a) 3,6 c)
11) Assinale a alternativa correta: 2
a) R ⊂ N c) Q ⊃ N
6 3+ 6
b) Z ⊃ R d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 } b) d)
3 2
12) Assinale a alternativa correto:
a) O quociente de dois número, racionais é sempre um 23) Qual dos seguintes números é irracional?
número inteiro. a) 3
125 c) 27
b) Existem números Inteiros que não são números reais.
4
c) A soma de dois números naturais é sempre um número b) 1 d) 169
inteiro.
d) A diferença entre dois números naturais é sempre um
número natural.
24) é a representação
13) O seguinte subconjunto dos números reais gráfica de:
a) { x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 }
c) { x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 }

RESPOSTAS
escrito em linguagem simbólica é:
1) d 5) b 9) b 13) b 17) c 21) b
a) { x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 }
2) c 6) c 10) c 14) d 18) b 22) b
b) { x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 }
3) a 7) b 11) b 15) d 19) a 23) c
4) e 8) c 12) c 16) b 20) b 24) d
14) Assinale a alternativa falsa:
a) R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0}
b) 3∈ Q
c) Existem números inteiros que não são números natu- SISTEMA DE MEDIDAS LEGAIS
rais.
A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
C) Áreas Planas
d) é a represen- D) Unidades de Volume e de Capacidade
tação de { x ∈ R | x ≥ 7 } E) Volumes dos principais sólidos geométricos
F) Unidades de Massa
15) O número irracional é:
4 A) UNIDADES DE COMPRIMENTO
a) 0,3333... e)
5
Medidas de comprimento:
b) 345,777... d) 7
Medir significa comparar. Quando se mede um
16) O símbolo R− representa o conjunto dos números: determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
a) reais não positivos c) irracional. Portanto, notamos que existe um número seguido de um
b) reais negativos d) reais positivos. nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a
unidade de medida.
17) Os possíveis valores de a e de b para que a número a +
b 5 seja irracional, são: Podemos medir a página deste livro utilizando um
lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida
a) a = 0 e b=0 c) a = 0 e b = 2 ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento
c) a=1eb= 5 d) a = 16 e b = 0 do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado
como medida padrão) caberá nesta página.

18) Uma representação decimal do número 5 é: Para haver uma uniformidade nas relações humanas
a) 0,326... c) 1.236... estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
b) 2.236... d) 3,1415... medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico
decimal, adotado oficialmente no Brasil.
19) Assinale o número irracional:
a) 3,01001000100001... e) 3,464646...

Matemática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para
escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico
decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:

KILO significa 1.000 vezes

HECTA significa 100 vezes


DECA significa 10 vezes
DECI significa décima parte
CENTI significa centésima parte
MILI significa milésima parte.
Elementos de uma circunferência:
1km = 1.000m 1 m = 10 dm
1hm = 100m e 1 m = 100 cm
1dam = 10m 1 m = 1000 mm

Transformações de unidades: Cada unidade de O perímetro da circunferência é calculado multiplican-


comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade do-se 3,14 pela medida do diâmetro.
imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula
para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma
unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada 3,14 . medida do diâmetro = perímetro.
mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez)
transforma uma unidade na imediatamente superior. B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é
nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da
Ex.: 45 Km ⇒ 45 . 1.000 = 45.000 m mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas
500 cm ⇒ 500 ÷ 100 = 5 m enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma
8 Km e 25 m ⇒ 8.000m + 25m = 8.025 m superfície esférica.
ou 8,025 Km.
Damos o nome de área ao número que mede uma
Resumo superfície numa determinada unidade.

Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida


de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de
lado).

Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é


100 vezes maior do que a imediatamente inferior.
Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
é a soma do comprimento de seus lados. Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:

Múltiplos Submúltiplos
km2: 1.000.000 m2 m2 cm2 : 0,0001 m2
hm2: 10.000 m2 dm2: 0,01 m2
dam2: 100 m2 mm2 : 0,000001m2

1km2 = 1000000 (= 1000 x 1000)m2


1 hm2= 10000 (= 100 x 100)m2
1dam2 =100 (=10x10) m2

Regras Práticas:

• para se converter um número medido numa unidade


para a unidade imediatamente superior deve-se
Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
dividi-lo por 100.
compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
• para se converter um número medido numa unidade,
os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
para uma unidade imediatamente inferior, deve-se
(0).
multiplicá-lo por 100.

Medidas Agrárias:
centiare (ca) — é o m2

are (a) —é o dam2 (100 m2)

Matemática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
hectare (ha) — é o hm2 (10000 m2).

C) ÁREAS PLANAS

Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da


medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida
da base pela medida da altura.

Perímetro – soma de seus lados.

Perímetro: a + a + b + b DUNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE

Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto Unidades de volume: volume de um sólido é a medida
“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base deste sólido.
= altura = lado.
Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja
aresta mede 1 m.

Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes


Perímetro: é a soma dos quatro lados. maior que a unidade imediatamente inferior.

Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico:
base pela altura dividido por dois.
MÚLTIPIOS SUB-MÚLTIPLOS

km3 ( 1 000 000 000m3) dm3 (0,001 m3)


hm3 ( 1 000 000 m3) cm3 (0,000001m3)
dam3 (1 000 m3) mm3 (0,000 000 001m3)

Como se vê:
Perímetro – é a soma dos três lados. 1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m3
1 hm3 = 1000000 (100 x 100 x 100) m3
Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da 1dam3 = 1000 (10x10x10)m3
semi-soma das bases, pela altura.
1m3 =1000 (= 10 x 10 x 10) dm3
1m3 =1000 000 (=100 x 100 x 100) cm3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm3
3

Perímetro – é a soma dos quatro lados. Unidades de capacidade: litro é a unidade


fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l.
Losango: a área do losango é igual ao semi-produto
das suas diagonais. O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.

Múltiplos Submúltiplos

hl ( 100 l) dl (0,1 l)
dal ( 10 l) litro l cl (0,01 l)
ml (0,001 l)

Como se vê:
Perímetro – á a soma dos quatro lados.
1 hl = 100 l 1 l = 10 dl
Área de polígono regular: a área do polígono regular é 1 dal = 10 l 1 l = 100 cl
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do 1 l = 1000 ml
apotema (a) sobre 2.

Matemática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS


GEOMÉTRICOS

Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum


dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de
suas três dimensões.
F) UNIDADES DE MASSA

— A unidade fundamental para se medir massa de um


corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é
o kilograma (kg).
— o kg é a massa aproximada de 1 dm3 de água a 4
graus de temperatura.

— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma:

Múltiplos Submúltiplos
Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo kg (1000g) dg (0,1 g)
retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo, hg ( 100g) cg (0,01 g)
é o dado. dag ( 10 g) mg (0,001 g)

Como se vê:

1kg = 1000g 1g = 10 dg
1 hg = 100 g e 1g= 100 cg
1 dag = 10g 1g = 1000 mg

O volume do cubo é dado pelo produto das medidas


de suas três arestas que são iguais.

V = a. a . a = a3 cubo
Para a água destilada, 1.º acima de zero.
Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é volume capacidade massa
dado pelo produto da área da base pela medida da altura. 1dm2 1l 1kg

Medidas de tempo:
Não esquecer:
1dia = 24 horas
1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos
1 ano = 365 dias
1 mês = 30 dias

Média geométrica

Numa proporção contínua, o meio comum é


denominado média proporcional ou média geométrica dos
extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média
proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporção
contínua é chamado terceira proporcional. Assim, no nosso
exemplo, 16 é a terceira proporcional depois de 4 e 8.

Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo Para se calcular a média proporcional ou geométrica
produto da área da base pela altura. de dois números, teremos que calcular o valor do meio
comum de uma proporção continua. Ex.:
4 X
=
X 16

4 . 16 x . x

x2 = 64 x
64 =8

Matemática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de • A medida em graus de um ângulo é o comprimento de
uma proporção não continua. Ex.: um arco, dividido pela circunferência de um círculo e
multiplicada por 360. O símbolo de graus é um
4 12 pequeno círculo sobrescrito °. 2π radianos é igual a
= , 4 . x = 8 . 12 360° (um círculo completo), então um radiano é
8 F
aproximadamente 57° e um grau é π/180 radianos.
96 • O gradiano, também chamado de grado, é uma
x= =24.
4 medida angular onde o arco é divido pela
circunferência e multiplicado por 400. Essa forma é
Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento usado mais em triangulação.
desconhecido de uma proporção). • O ponto é usado em navegação, e é definida como
1/32 do círculo, ou exatamente 11,25°.
Média Aritmética Simples: (ma) • O círculo completo ou volta completa representa o
número ou a fração de voltas completas. Por exemplo,
A média aritmética simples de dois números é dada π/2 radianos = 90° = 1/4 de um círculo completo.
pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade
das parcelas consideradas. O ângulo nulo é um ângulo que tem 0º.
Ex.: determinar a ma de: 4, 8, 12, 20
A classificação dos ângulos é por sua (normalmente)
4 + 8 + 12 + 20 44 circunferência em graus.
ma = = = 11
4 4
Tipos de ângulos
Média Aritmética Ponderada (mv): Com relação às suas medidas, os ângulos podem ser
classificados como
A média aritmética ponderada de vários números aos • Nulo: Um ângulo nulo mede 0º ou 0 radianos.
quais são atribuídos pesos (que indicam o número de vezes • Agudo: Ângulo cuja medida é maior do que 0º (ou 0
que tais números figuraram) consiste no quociente da soma radianos) e menor do que 90º (ou π/2 radianos).
dos produtos — que se obtém multiplicando cada número • Reto: Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é
pelo peso correspondente, pela soma dos pesos. exatamente 90º (ou π/2 radianos). Assim os seus
lados estão localizados em retas perpendiculares.
Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno • Obtuso: É um ângulo cuja medida está entre 90º e
durante o ano letivo, usamos a média aritmética ponderada. 180º (ou entre π/2 e π radianos).
A resolução é a seguinte:
• Raso: Ângulo que mede exatamente 180º (ou π
radianos), os seus lados são semi-retas opostas.
Matéria Notas Peso
Português 60,0 5 • Côncavo: Ângulo que mede mais de 180º (ou π
Matemática 40,0 3 radianos) e menos de 360º (ou 2π radianos).
História 70,0 2 • Giro ou Completo: Ângulo que mede 360º (ou 2π
60 . 5 + 40 3 + 70 . 2 radianos). Também pode ser chamado de Ângulo de
mp = uma volta.
5+3+2
O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais
300 + 120 + 140 importante, pois o mesmo é encontrado em inúmeras
= = 56 aplicações práticas, como no encontro de uma parede com o
10
chão, os pés de uma mesa em relação ao seu tampo, caixas
de papelão, esquadrias de janelas, etc...
ÂNGULO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o
círculo. Após esta volta completa este ângulo coincide com o
Ângulo É a região de um plano concebida pela abertura ângulo de zero graus mas possui a grandeza de 360 graus
de duas semi-retas que possuem uma origem em comum, (360 º).
dividindo este plano em duas partes. A abertura do ângulo é
uma propriedade invariante deste e é medida, no SI, em Observação: É possível obter ângulos maiores do que
radianos. 360º mas os lados destes ângulos coincidirão com os lados
dos ângulos menores do que 360º na medida que ultrapassa
Unidades de medidas para ângulos 360º. Para obter tais ângulos basta subtrair 360º do ângulo
De forma a medir um ângulo, um círculo com centro no até que este seja menor do que 360º.
vértice é desenhado. Como a circunferência do círculo é
sempre diretamente proporcional ao comprimento de seu VELOCIDADE
raio, a medida de um ângulo é independente do tamanho do A velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, tem
círculo. Note que ângulos são adimensionais, desde que direção e sentido, além do valor numérico. Duas velocidades
sejam definidos como a razão dos comprimentos. só serão iguais se tiverem o mesmo módulo, a mesma
• A medida em radiano de um ângulo é o comprimento direção e o mesmo sentido.
do arco cortado pelo ângulo, dividido pelo raio do Velocidade é a grandeza física que informa com que
círculo. O SI utiliza o radiano como o unidade derivada rapidez e em qual direção um móvel muda de posição no
para ângulos. Devido ao seu relacionamento com o tempo. Sua determinação pode ser feita por meio de um valor
comprimento do arco, radianos são uma unidade médio (que relaciona o deslocamento total de um corpo ao
especial. Senos e cossenos cujos argumentos estão intervalo de tempo decorrido desde que ele deixou a posição
em radianos possuem propriedades analíticas inicial até quando chegou ao fim do percurso) ou do valor
particulares, tal como criar funções exponenciais em instantâneo, que diz como a posição varia de acordo com o
base e. tempo num determinado instante.

Matemática 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A velocidade média de um trem que percorre cem
quilômetros em duas horas é de cinquenta quilômetros por Poder Liberatório: o poder de saldar dívidas, liquidar débi-
hora. O valor médio da velocidade de um corpo é igual à tos, livrar seu detentor de sair de uma posição passiva. Esta
razão entre o espaço por ele percorrido e o tempo gasto no particularidade da moeda dá-se o nome de: poder liberató-
deslocamento, de acordo com a fórmula v = s/t. A rio.
representação gráfica da velocidade deve ser feita, em cada
ponto, por um segmento orientado que caracteriza seu Padrão de pagamentos diferidos: À medida que a moeda
módulo, sua direção (tangente à trajetória) e seu sentido (que tem, sob garantia do Estado, o poder de saldar dívidas,
coincide com o sentido do movimento). No intervalo de duas sendo ademais, uma medida de valor, ela torna, automati-
horas, a velocidade do trem pode ter variado para mais ou camente, padrão de pagamentos diferidos. Esta função da
para menos em torno da velocidade média. A determinação moeda resulta de sua capacidade de facilitar a distribuição
da velocidade instantânea se faz por meio do cálculo da de pagamentos ao longo do tempo, que para concessão de
velocidade média num intervalo de tempo tão próximo de crédito ou de diferentes formas de adiantamentos.
zero quanto possível. O cálculo diferencial, inventado por
Isaac Newton com esse fim específico, permite determinar MERCADO MONETÁRIO: é onde se encontram a oferta e a
valores exatos da velocidade instantânea de um corpo. demanda por moeda e se determina a taxa de juros de
equilíbrio.
Sistema Monetário Brasileiro: Moeda MOEDA ESCRITURAL: criada pelo sistema bancário, ao
MOEDA: (do latim "moneta") - deriva do nome da deusa emprestar ou aplicar uma quantidade de moeda superior à
JUNO MONETA, templo que manufaturavam as moedas que era originalmente introduzida no sistema bancário co-
romanas. mo depósito em um dos bancos componentes do sistema.
DINHEIRO: Sinônimo de moeda, origem do la- MOEDA METÁLICA: moeda cunhada em metal precioso
tim: DENARIUS. que trazia impresso o seu peso. Atualmente, são cunhadas
Nos tempos primitivos a moeda era qualquer produto que em metal não precioso, trazendo impresso o seu valor.
servisse como instrumento de troca, Exemplos: MOEDA-FIDUCIÁRIA: emitida pelos bancos centrais de
· Chá na Índia; cada país, tendo curso obrigatório por lei.
· Arroz no Japão; MOEDA: é todo objeto que serve para facilitar as trocas de
· Sal e colares em certos países africanos; bens e serviços numa economia.
· No Brasil, no Rio de Janeiro, o açúcar teve curso forçado OFERTA DE MOEDA: é a quantidade de moeda que o go-
como moeda, no Maranhão, o tecido de algodão substituiu verno resolve emitir, num determinado período, através das
o dinheiro em algumas ocasiões. autoridades monetárias.
Em 1874, foi proibida no Brasil, a CIRCULAÇÃO dos gêneros PADRÃO-OURO: sistema monetário em que o papel-moeda
alimentícios utilizados como moeda. emitido pelas autoridades monetárias tem uma relação com
MOEDA: Qualquer objeto que sirva como meio de troca a quantidade de ouro que o país possui. Atualmente, não é
em um sistema econômico; mais seguido.
MOEDA METÁLICA: Cunhagem da moeda em metais preci- PAPEL-MOEDA: surgiu com a emissão de recibos pelos
osos, trazendo seu peso impresso. Hoje trazem impressos cunhadores, e assegurava ao seu portador certa quantida-
os seus valores; de de ouro expressa no documento. Atualmente, é a moeda
PAPEL-MOEDA Emissão de recibos pelos cunhadores de emitida pelos bancos centrais de cada país.
moedas. Atualmente é a moeda escritural emitida pelo Ban- POLÍTICA FISCAL: são medidas do governo que objetivam
co Central de cada país. diminuir a demanda através da carga tributária.
MOEDA-ESCRITURAL: Foi criada pelo sistema bancário. POLÍTICA MONETÁRIA: são medidas adotadas pelo gover-
Emprestavam os valores acima do lastro do sistema bancá- no que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação
rio. na economia.
ENCAIXE: BACEN (Banco Central) determina uma porcenta-
gem que podem ser emprestada sobre os depósitos efetua- CRÉDITO A CURTO PRAZO: é o crédito cujo período para
dos em um banco. pagamento é inferior a cinco meses.
MOEDA FIDUCIÁRIA: Moeda que tem curso obrigatório, por CRÉDITO A LONGO PRAZO: é o crédito cujo período para
Lei, em um país. No Brasil a Moeda Fiduciária é o Real - pagamento é superior a cinco anos.
R$. CRÉDITO A MÉDIO PRAZO: é o crédito cujo período para
pagamento é superior a cinco meses e inferior a cinco anos.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA MOEDA CRÉDITO DE CONSUMO: concedido às pessoas para que
· Intermediário de trocas; elas possam adquirir bens de consumo.
· Medida de valor; CRÉDITO DE PRODUÇÃO: é concedido às empresas para
· Reserva de Valor; que elas façam frente às despesas decorrentes da produ-
· Liberatória; ção, como as despesas de investimento ou giro.
· Padrão de pagamentos diferidos; CRÉDITO PARA O ESTADO: é o crédito que o governo
· Instrumento de poder. utiliza para as despesas de investimento ou consumo.
CRÉDITO: é a troca de um bem, ou a concessão de uma
Intermediário de Trocas: Esta função permite a superação quantia de moeda, pela promessa de pagamento futuro.
de economia de escambo e a passagem à economia mo- CREDOR E DEVEDOR: são as pessoas envolvidas na ope-
netária; ração de crédito. A primeira é a que empresta a quantia em
moeda, sob a promessa de recebê-la no futuro. O devedor
Medida de valor: a utiliza- é a pessoa que deve pagar o empréstimo.
ção generalizada da moeda implica na criação de uma DEMANDA DE MOEDA PARA ESPECULAÇÃO: ocorre
unidade-padrão de medida pela qual são convertidos os quando aquela parcela da renda das pessoas que poderia
valores de todos os bens e serviços; ser aplicada em títulos fica retida, pelo fato de a taxa de ju-
ros estar baixa e as pessoas aguardarem sua elevação pa-
Reserva de valor: outra função exercida pela moeda, pois ra comprar títulos.
pode servir como umareserva de valor, desde o momento DEMANDA DE MOEDA PARA TRANSAÇÕES: como os
que é recebida até o instante em que é gasta por quem a recebimentos e pagamentos não são sincronizados, as
detenha. pessoas precisam reter moeda para pagar suas despesas.

Matemática 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
DEMANDA DE MOEDA POR PRECAUÇÃO: refere-se Solução:
àquela parte da renda das pessoas retida para fazer frente Basta somarmos todos os valores mencionados no enuncia-
a imprevistos. do do teste, ou seja:

Características essenciais da moeda. 13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min

As características mais relevantes da moeda, estudada des- 2) Transformar 12,45 hm em dm.


de Adam Smith são as seguintes:
· Indestrutibilidade e inalterabilidade;
· Homogeneidade; Como o decímetro é a terceira casa à direita do hectôme-
· Divisibilidade; tro, caminharemos com a vírgula três casas para a direi-
·Transferibilidade; ta, e se necessário,
· Facilidade de manuseio e transporte. completaremos o número com zeros.

Indestrutibilidade e inalterabilidade: A moeda deve ser Então : 12,45 hm = 12 450 dm


suficientemente durável, no sentido de que não destrua ou
se deteriore com o seu manuseio. Além disso, Indestrutibili- 3) Converta 431,8 cm2 em hm2.
dade e inalterabilidade são obstáculos à sua falsificação,
constituindo-se, em elementos de fundamental importância Como o hectômetro quadrado é a quarta casa à esquerda
para a confiança e a aceitação geral da moeda. do quilômetro quadrado, caminharemos com a vírgula
duas casas até o
Homogeneidade Duas unidades monetárias distintas, mas decímetro quadrado, duas casas até o metro quadrado,
de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. Ex. se o ar- duas casas até o decâmetro quadrado e mais duas casas
roz fosse dado como moeda, aceita pelas duas partes, se o até o hectômetro
comprador pensasse em pagar sua dívida com arroz miú- quadrado, ou seja, caminharemos 4 x 2 = 8 casas para a
dos e quebrados, enquanto o vendedor imaginava receber esquerda, e se necessário, completaremos o número
arroz em grãos inteiros e graúdos. A possibilidade de tal com zeros.
equívoco criada pela inexistência de homogeneidade é um Então : 431,8 cm2 = 4,31 dm2 = 0,0431 m2 = 0,000 431 dam2
exemplo da necessidade de que duas unidades monetárias = 0,000 004 31 hm2
do mesmo valor sejam rigorosamente iguais.
4) Transformar 431 858,7 mm³ em m³.
Divisibilidade A moeda deve possuir múltiplos e submúlti-
plos em quantidade tal que as transações de grande porte Como o metro cúbico é a terceira casa à esquerda do
assim como as pequenas possam ser realizadas sem ne- milímetro cúbico, caminharemos com a vírgula três casas
nhuma restrição. Outro aspecto é quanto ao fracionamento. até o centímetro
(troco) cúbico, três casas até o decímetro cúbico e mais três
casas até o metro cúbico, ou seja, caminharemos 3 x 3 =
Transferibilidade Outra característica da moeda é quanto à 9 casas para a esquerda,
facilidade com que deve processar-se sua transferência, de e se necessário, completaremos o número com zeros.
um detentor para outro.
Então : 4 318 58,7 mm3 = 431,857 8 cm3 = 0, 431 857 8
Facilidade de manuseio e transporte o manuseio e o trans- dm3= 0,000 431 857 8 m3
porte da moeda não deve oferecer obstáculos, isto é, preju-
dicar sua utilização.
5)
348 mm3 equivalem a quantos decilitros?
Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348
Meios de pagamentos. (Vide Revista Conjuntura econômica. mm3 por mil, para obtermos o seu equivalente em centime-
Em Conjuntura Estatística: Moeda - Base monetária, meios tros cúbicos: 0,348 cm3. Logo 348 mm3 equivale a 0,348 ml,
de pagamentos e quase-moeda). já que cm3 e ml se equivalem.
Neste ponto já convertemos de uma unidade de medida de
Meios de pagamentos.- Base monetária. volume, para uma unidade de medida de capacidade.
M1 - Papel-moeda em poder do público + os depósitos a vista Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando
(nos bancos comerciais); então passaremos dois níveis à esquerda. Dividiremos então
M2 - M1 + títulos federais; por 10 duas vezes:
M3 - M2 + depósitos de poupança;
M4 - M3 + depósitos a prazo. Logo:
Alex Mendes 348 mm3 equivalem a 0,00348 dl.
6) Fernando trabalha 2 h 20 min todos os dias numa empre-
sa, quantas minutos ele trabalha durante um mês inteiro de
SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS
30 dias.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS a) 420
b) 4200
c) 42000
1) Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o d) 4,20
curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e chegou e) 42,00
na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que
horas terminará a aula de inglês? Solução: Para resolver essa questão é preciso saber que 1
hora = 60 min então se Fernando trabalha 2 horas e 20 min
a) 14h b) 14h 30min c) 15h 15min d) 15h então ele trabalha 120 min + 20 min = 140 min por dia. Então
30min e) 15h 45min durante um mês de 30 dias:
140 x 30 = 4200
Neste caso Fernando trabalha 4200 min durante 30 dias.
Resposta: letra "b".

Matemática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9.000.000 / 60 = 150.000 sacas de 60 kg plantadas em 2.500
7) Um reservatório tem 1,2 m de largura, 1,5 m de compri- hectares. Logo, a produtividade média por hectare é de
mento e 1 metro de altura. Para conter 1.260 litros de água,
esta deve atingir a altura de: 150.000 / 2.500 = 60 sacas / hectare. Ou seja, 60 sacas de
A) 70 cm 60kg por cada um hectare.

B) 0,07 m 9) 15.000 mm2 + 15 cm2 é igual a:

C) 7 m A) 0,1515 dm2

D) 0,7 dm B) 1,5015 dm2

E) 700 cm C) 1,65 dm2

Solução: D) 15,15 dm2

Como já temos a capacidade (quantidade) desejada de água, E) 151,5 dm2


vamos determinar o volume em m3 que esta quantidade de
água ocupa. Solução:

No espaço de 1m3 cabem 1000 litros de água, então 1260 Para encontrar a resposta correta nesta questão, devemos
litros ocupam um espaço de antes olhar para as alternativas e logo verificamos que todas
estão em dm2, portanto devemos converter as medidas do
1260 / 1000 = 1,260 m3. enunciado para dm2. Atenção para o fato de que só podemos
efetuar a soma de grandezas que estão na mesma unidade.
Portanto, o volume para 1260 litros de água é de 1,260 m3.
Sabemos que para obter o volume considerado devemos Lembre-se que estamos lidando com unidades de superfície,
fazer o produto das três dimensões (área da base pela altu- isto é, uma grandeza bidimensional onde para cada unidade
ra), temos o comprimento 1,5 m, a largura, 1,2 m e a altura imediatamente superior ou inferior devemos multiplicar ou
procurada vamos indicar por h. dividir, por 100. Vejamos:

Volume = 1,260 m3 vamos converter 15.000 mm2 para dm2. O dm2 quadrado é
um unidade superior ao mm2, isto é, partindo do
1,5 x 1,2 x h = 1,260, então 1,8h = 1,260 e daí, h = 0,7 m = 70 mm2 devemos passar pelo cm2 e depois dm2.
cm.
Dividimos por 100 para converter em cm2 e depois, novamen-
te por 100 para converter em dm2. Na prática deslocamos a
8) Um município colheu uma produção de 9.000 toneladas de vírgula quatro casas decimais para a esquerda.
milho em grão em uma área plantada de 2.500 hectares.
Obtenha a produtividade média do município em termos de 15.000 mm2 = 1,5000 dm2.
sacas de 60 kg colhidas por hectare.
Agora, para converter cm2 em dm2, basta dividir por 100, ou
seja, deslocar a vírgula duas casas decimais para a esquer-
A) 50 da.

B) 60 15 cm2 = 0,15 dm2.

C) 72 Fazendo a soma:

D) 90 1,5000 dm2 + 0,15 dm2 = 1,6500 = 1,65 dm2.

E) 100 11) Uma tartaruga percorreu, num dia, 6,05 hm. No dia se-
guinte, percorreu mais 0,72 km e, no terceiro dia, mais 12500
Solução: cm. Qual a distância que a tartaruga percorreu nos três dias?

Sabemos que uma tonelada equivalem a 1000 kg, então


9000 toneladas equivalem a 9000 x 1000 = 9.000.000 kg. Solução:

1º dia ---6,05hm = 605m


Isto é, 9.000.000 kg foram plantados em 2.500 hectares.
2º dia ---0,72km = 720m
Mas o problema pede a produtividade média do município
em termos de sacas de 60 kg colhidas por hectare. Vamos 3º dia ---12500cm = 125m
antes determinar a quantidade de sacas de 60 kg.
Total = 1450 m.

Matemática 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Agora pratique c) 2.
d) 200.
12) 13,73 dam foram convertidos para várias unidades dife-
rentes. Das conversões abaixo, assinale a única que es- 21) Um passo de Pedro equivale a 0,5 m. Para dar uma volta
tá errada em torno do quarteirão, ele contou 420 passos. Quantos
metros tem o contorno desse quarteirão?
a) 13730 cm b) 137,3 m c)1,373 hm
d) 0,01373 km a) 840.
b) 84.
13) Eu tenho um terreno retangular de dimensões de 125 c) 2100.
metros por 80 metros que eu pretendo usar para plantação. d) 210
Mas deste terreno, uma parte, medindo 30 dam2, está ocupa-
da com construções. Qual é a área que sobra, em km2 ? 22) Comprei 12 m de tecido por R$ 30,00. Quanto custa 80
cm do mesmo tecido?
a) 0,007 km² b) 0,097 km² c) 0,7 km²
d) 0,997 km² a) R$ 0,20.
b) R$ 2,50.
14) Muitos remédios são tomados em doses menores que o c) R$ 2,00.
mg. Um comprimido de certo remédio tem 0,025 mg de uma d) R$ 0,25
certa substância. Com 1 kg desta substância, quantos com-
primidos podem ser feitos?
Gabarito:
a) menos de um b) 40 c) 40.000 d)
40.000.000 12) D 13) A 14) D 15) E 16) A 17) A 18) C
19) D 20) A 21) D 22) C
15) Uma rocha cúbica tem uma aresta medindo 30 metros.
Qual é o seu volume em litros? Fontes: http://www.calculobasico.com.br/

a) 27 l b) 90 l c) 27.000 l d) 90.000 l http://www.matematicadidatica.com.br/SistemasMedida.aspx


e) 27.000.000 l

16) Fui colocar gasolina no meu carro, que estava com o


Área das figuras planas
tanque pela metade. Coloquei 35 litros e enchi o tanque. Qual Quadrado
é a capacidade do tanque em m3? Retângulo

a) 0,07 m³ b) 17,5 m³ c)70 m³


d) 17.500 m³

17) Um programa de televisão começou às 13 horas, 15


minutos e 20 segundos, e terminou às 15 horas, 5 minutos e
40 segundos. Quanto tempo este programa durou, em se-
Triângulo
gundos? Paralelogramo

a) 6620 s b) 6680 s c) 6740 s d) 10220


s

18) Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno


retangular que mede 0,2 km de largura e 0,3 km de compri-
mento. Quantos metros de arame farpado devo usar?
Trapézio Losango
a) 500 m b) 600 m c) 1.000 m
d) 60.000 m

19) Em uma enchente, um jornalista viu uma menina com


uma lata de refrigerante de 350 ml. Perguntando à menina o
que ela estava fazendo, ela respondeu que estava tirando a
água para secar a enchente. Sabendo que o volume da en-
chente era de 70.000 m3, quantas viagens a menina teria que
fazer para secar toda a água? Triângulo equilátero

a) 200 b) 20.000 c) 2.000.000


d) 200.000.000

20) A atleta brasileira Fabiana Murer alcançou a marca de


4,60 m no salto com vara, nos Jogos Pan-americanos reali-
zados no Rio de Janeiro em 2007. Sua melhor marca é de
4,80 m, recorde sul-americano na categoria. Qual é a diferen-
ça, em centímetro, entre essas duas marcas?

a) 20.
b) 0,2

Matemática 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
RAZÕES E PROPORÇÕES 2 3
Razão = (ferro) Razão = (zinco).
1. INTRODUÇÃO
5 5
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um reajuste
3. PROPORÇÃO
de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro, normal, ou
Há situações em que as grandezas que estão sendo
abaixo da expectativa? Esse mesmo valor, que pode parecer
comparadas podem ser expressas por razões de anteceden-
caro no reajuste da mensalidade, seria considerado insignifi-
tes e consequentes diferentes, porém com o mesmo quocien-
cante, se tratasse de um acréscimo no seu salário.
te. Dessa maneira, quando uma pesquisa escolar nos revelar
que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemática,
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00 nada
poderemos supor que, se forem entrevistados 80 alunos da
representam, se não forem comparados com um valor base e
mesma escola, 20 deverão gostar de Matemática. Na verda-
se não forem avaliados de acordo com a natureza da compa-
de, estamos afirmando que 10 estão representando em 40 o
ração. Por exemplo, se a mensalidade escolar fosse de R$
mesmo que 20 em 80.
90,00, o reajuste poderia ser considerado alto; afinal, o valor
da mensalidade teria quase dobrado. Já no caso do salário, 10 20
Escrevemos: =
mesmo considerando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma 40 80
parte mínima. .
A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o nome
A fim de esclarecer melhor este tipo de problema, vamos de proporção.
estabelecer regras para comparação entre grandezas.
c a
2. RAZÃO Dadas duas razões , com b e d ≠ 0,
e
Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada 20 d b
habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos, 2 gostam a c
de Matemática", "Um dia de sol, para cada dois de chuva". teremos uma proporção se = .
b d
Em cada uma dessas. frases está sempre clara uma
comparação entre dois números. Assim, no primeiro caso, Na expressão acima, a e c são chamados de
destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 entre 10, e no terceiro, antecedentes e b e d de consequentes. .
1 para cada 2.
A proporção também pode ser representada como a : b =
Todas as comparações serão matematicamente c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida assim: a está
expressas por um quociente chamado razão. para b assim como c está para d. E importante notar que b e
c são denominados meios e a e d, extremos.
Teremos, pois:
Exemplo:
De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos.
3 9
5 A proporção = , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
Razão = 7 21
20
lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 está
De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. para 21. Temos ainda:
3 e 9 como antecedentes,
2 7 e 21 como consequentes,
Razão =
10 7 e 9 como meios e
3 e 21 como extremos.
c. Um dia de sol, para cada dois de chuva.
3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
1 O produto dos extremos é igual ao produto dos meios:
Razão =
2
a c
A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o = ⇔ ad = bc ; b, d ≠ 0
a b d
quociente , ou a : b.
b Exemplo:
Se 6 = 24 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576.
Nessa expressão, a chama-se antecedente e b, 24 96
consequente. Outros exemplos de razão:
3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS ANTECEDENTES
Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor. E CONSEQUENTES
1 Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos anteceden-
Razão = tes está para a soma (ou diferença) dos consequentes assim
10 como cada antecedente está para seu consequente. Ou seja:
Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou todas. a c a + c a c
Se = , entao = = ,
b d b + d b d
6
Razão = a - c a c
6 ou = =
b - d b d
3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3 partes
de zinco. Essa propriedade é válida desde que nenhum
denominador seja nulo.

Matemática 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Exemplo: Duas grandezas são inversamente proporcionais


21 + 7 28 7 quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
= = numa determinada razão, a outra diminui (ou
12 + 4 16 4
aumenta) na mesma razão.
21 7
=
12 4
Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de
21 - 7 14 7 reconhecer a natureza da proporção, e destacar a razão.
= =
12 - 4 8 4 Considere a situação de um grupo de pessoas que, em
férias, se instale num acampamento que cobra R$100,00 a
GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISÃO diária individual.
PROPORCIONAL
Observe na tabela a relação entre o número de pessoas e
a despesa diária:
1. INTRODUÇÃO:
No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem nú-
meros, tais como: preço, peso, salário, dias de trabalho, índi-
Número 1 2 4 5 10
ce de inflação, velocidade, tempo, idade e outros. Passare-
de
mos a nos referir a cada uma dessas situações mensuráveis
pessoas
como uma grandeza. Você sabe que cada grandeza não é
independente, mas vinculada a outra conveniente. O salário,
por exemplo, está relacionado a dias de trabalho. Há pesos Despesa 100 200 400 500 1.000
que dependem de idade, velocidade, tempo etc. Vamos ana- diária (R$
lisar dois tipos básicos de dependência entre grandezas pro- )
porcionais.
Você pode perceber na tabela que a razão de aumento do
2. PROPORÇÃO DIRETA número de pessoas é a mesma para o aumento da despesa.
Grandezas como trabalho produzido e remuneração obti- Assim, se dobrarmos o número de pessoas, dobraremos ao
da são, quase sempre, diretamente proporcionais. De fato, se mesmo tempo a despesa. Esta é portanto, uma proporção
você receber R$ 2,00 para cada folha que datilografar, sabe direta, ou melhor, as grandezas número de pessoas e despe-
que deverá receber R$ 40,00 por 20 folhas datilografadas. sa diária são diretamente proporcionais.

Podemos destacar outros exemplos de grandezas Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a quan-
diretamente proporcionais: tia a ser gasta pelo grupo seja sempre de R$2.000,00. Per-
ceba, então, que o tempo de permanência do grupo depende-
Velocidade média e distância percorrida, pois, se você rá do número de pessoas.
dobrar a velocidade com que anda, deverá, num mesmo
tempo, dobrar a distância percorrida. Analise agora a tabela abaixo :
Número de 1 2 4 5 10
Área e preço de terrenos. pessoas

Altura de um objeto e comprimento da sombra projetada Tempo de


por ele. permanência 20 10 5 4 2
(dias)
Assim:
Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo
Duas grandezas São diretamente proporcionais de permanência se reduzirá à metade. Esta é, portanto, uma
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas proporção inversa, ou melhor, as grandezas número de pes-
numa determinada razão, a outra diminui (ou soas e número de dias são inversamente proporcionais.
aumenta) nessa mesma razão.
4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS
3. PROPORÇÃO INVERSA
Grandezas como tempo de trabalho e número de operá- 4. 1 Diretamente proporcional
rios para a mesma tarefa são, em geral, inversamente pro- Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de um
porcionais. Veja: Para uma tarefa que 10 operários executam mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e B duran-
em 20 dias, devemos esperar que 5 operários a realizem em te 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir com justiça os
40 dias. R$ 660,00 apurados com sua venda? Na verdade, o que
cada um tem a receber deve ser diretamente proporcional ao
Podemos destacar outros exemplos de grandezas Dividir um número em partes diretamente
inversamente proporcionais: proporcionais a outros números dados é
encontrar partes desse número que sejam
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você do-
brar a velocidade com que anda, mantendo fixa a distância a diretamente proporcionais aos números dados e
ser percorrida, reduzirá o tempo do percurso pela metade. cuja soma reproduza o próprio número.
tempo gasto na confecção do objeto.
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para en- No nosso problema, temos de dividir 660 em partes dire-
cher um tanque, pois, quanto mais torneiras estiverem aber- tamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas que A e B
tas, menor o tempo para completar o tanque. trabalharam.
Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a
Podemos concluir que : receber, e de y o que B tem a receber.

Matemática 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Teremos então: Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreiteira foi
X + Y = 660 contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho
em duas turmas, prometendo pagá-las proporcionalmente. A
X Y tarefa foi realizada da seguinte maneira: na primeira turma,
= 10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 12
6 5 homens trabalharam durante 4 dias. Estamos considerando
que os homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A
Esse sistema pode ser resolvido, usando as propriedades empreiteira tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça entre
de proporção. Assim: as duas turmas de trabalho. Como fazê-lo?
X + Y Essa divisão não é de mesma natureza das anteriores.
= Substituindo X + Y por 660,
6 + 5 Trata-se aqui de uma divisão composta em partes proporcio-
660 X 6 ⋅ 660 nais, já que os números obtidos deverão ser proporcionais a
vem = ⇒ X = = 360 dois números e também a dois outros.
11 6 11
Como X + Y = 660, então Y = 300 Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias, produ-
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B, R$ zindo o mesmo resultado de 50 homens, trabalhando por um
300,00. dia. Do mesmo modo, na segunda turma, 12 homens traba-
lharam 4 dias, o que seria equivalente a 48 homens traba-
4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL lhando um dia.
E se nosso problema não fosse efetuar divisão em partes
diretamente proporcionais, mas sim inversamente? Por Para a empreiteira, o problema passaria a ser, portanto,
exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B, trabalharam de divisão diretamente proporcional a 50 (que é 10 . 5), e 48
durante um mesmo período para fabricar e vender por R$ (que é 12 . 4).
160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3
dias e B, 5 dias, como efetuar com justiça a divisão? O pro- Para dividir um número em partes de tal forma que
blema agora é dividir R$ 160,00 em partes inversamente
uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p
proporcionais a 3 e a 5, pois deve ser levado em considera-
ção que aquele que se atrasa mais deve receber menos.
e q, basta divida esse número em partes
proporcionais a m . n e p . q.

Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes in-


Dividir um número em partes inversamente propor- versamente proporcionais a certos números é o mesmo que
cionais a outros números dados é encontrar partes fazer a divisão em partes diretamente proporcionais ao inver-
desse número que sejam diretamente proporcio- so dos números dados.
nais aos inversos dos números dados e cuja soma
reproduza o próprio número. Resolvendo nosso problema, temos:
Chamamos de x: a quantia que deve receber a primeira
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inver- turma; y: a quantia que deve receber a segunda turma.
samente proporcionais a 3 e a 5, que são os números de Assim:
atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão, chamando de x x y x y
o que A tem a receber e de y o que B tem a receber. = ou =
10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48
x + y x
x + y = 160 ⇒ =
50 + 48 50
x y
Teremos: = 29400 x
1 1 Como x + y = 29400, então =
98 50
3 5
29400 ⋅ 50
⇒x= ⇒ 15.000
Resolvendo o sistema, temos: 98
x + y x x + y x
= ⇒ = Portanto y = 14 400.
1 1 1 8 1
+
3 5 3 15 3 Concluindo, a primeira turma deve receber R$ 15.000,00
Mas, como x + y = 160, então da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00.
160 x 160 1 Observação: Firmas de projetos costumam cobrar cada
= ⇒ x = ⋅ ⇒
8 1 8 3 trabalho usando como unidade o homem-hora. O nosso
problema é um exemplo em que esse critério poderia ser
15 3 15 usado, ou seja, a unidade nesse caso seria homem-dia. Seria
obtido o valor de R$ 300,00 que é o resultado de 15 000 : 50,
15 1 ou de 14 400 : 48.
⇒ x = 160 ⋅ ⋅ ⇒ x = 100
8 3 REGRA DE TRÊS SIMPLES

Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A deve REGRA DE TRÊS SIMPLES


receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00. Retomando o problema do automóvel, vamos resolvê-lo
com o uso da regra de três de maneira prática.
4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA

Matemática 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Devemos dispor as grandezas, bem como os valores en- 8 60 8 ⋅ 90
volvidos, de modo que possamos reconhecer a natureza da = ⇒ x= = 12
proporção e escrevê-la. x 90 60
Assim:
Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma distância
Grandeza 1: tempo Grandeza 2: distância em 12 horas.
(horas) percorrida
(km)
Regra de três simples é um processo prático utilizado
para resolver problemas que envolvam pares de
6 900 grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Essas grandezas formam uma proporção em que se
8 x conhece três termos e o quarto termo é procurado.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA


Observe que colocamos na mesma linha valores que se
Vamos agora utilizar a regra de três para resolver proble-
correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o valor
mas em que estão envolvidas mais de duas grandezas pro-
desconhecido.
porcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte pro-
blema.
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, para
indicar a natureza da proporção. Se elas estiverem no mes-
Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias produ-
mo sentido, as grandezas são diretamente proporcionais; se
zem 2 000 peças. Quantas máquinas serão necessárias para
em sentidos contrários, são inversamente proporcionais.
se produzir 1 680 peças em 6 dias?
Nesse problema, para estabelecer se as setas têm o
Como nos problemas anteriores, você deve verificar a na-
mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta: "Consi-
tureza da proporção entre as grandezas e escrever essa
derando a mesma velocidade, se aumentarmos o tempo,
proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor as grande-
aumentará a distância percorrida?" Como a resposta a essa
zas e os valores envolvidos.
questão é afirmativa, as grandezas são diretamente proporci-
onais.
Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3:
Já que a proporção é direta, podemos escrever: número de dias número de peças
máquinas
6 900
= 10 20 2000
8 x
x 6 1680
7200
Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = = 1 200
6
Natureza da proporção: para estabelecer o sentido das
setas é necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la
Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8 horas.
com as outras.
Vamos analisar outra situação em que usamos a regra de
Supondo fixo o número de dias, responda à questão:
três.
"Aumentando o número de máquinas, aumentará o número
de peças fabricadas?" A resposta a essa questão é afirmati-
Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h,
va. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamente proporcionais.
percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o tempo
necessário para percorrer o mesmo espaço com uma
Agora, supondo fixo o número de peças, responda à
velocidade de 60 km/h?
questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o
número de dias necessários para o trabalho?" Nesse caso, a
Grandeza 1: tempo Grandeza 2: velocidade
resposta é negativa. Logo, as grandezas 1 e 2 são inversa-
(horas) (km/h)
mente proporcionais.
8 90
Para se escrever corretamente a proporção, devemos fa-
zer com que as setas fiquem no mesmo sentido, invertendo
x 60
os termos das colunas convenientes. Naturalmente, no nosso
exemplo, fica mais fácil inverter a coluna da grandeza 2.
A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço per-
corrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo aumentará?" 10 6 2000
é negativa. Vemos, então, que as grandezas envolvidas são
inversamente proporcionais.
Como a proporção é inversa, será necessário invertermos x 20 1680
a ordem dos termos de uma das colunas, tornando a propor-
ção direta. Assim: Agora, vamos escrever a proporção:
8 60 10 6 2000
= ⋅
x 20 1680
x 90
(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas
Escrevendo a proporção, temos:
outras é proporcional ao produto delas.)

Matemática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
10 12000 10 ⋅ 33600 uma das 100 partes do principal até conseguir a taxa.
= ⇒ x= = 28
x 33600 12000 A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao calcu-
larmos uma porcentagem de um principal conhecido, não é
Concluindo, serão necessárias 28 máquinas. necessário utilizar a montagem de uma regra de três. Basta
dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas partes
PORCENTAGEM quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo.

1. INTRODUÇÃO Exemplo:
Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha Calcular 32% de 4.000.
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com expressões do Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que é a
tipo: centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a
 "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%." 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a resposta para o pro-
 "O rendimento da caderneta de poupança em blema.
fevereiro foi de 18,55%."
 "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o re-
381,1351%. sultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multiplicar o
 "Os preços foram reduzidos em até 0,5%." 32
principal por ou 0,32. Vamos usar esse raciocínio de
100
Mesmo supondo que essas expressões não sejam com- agora em diante:
pletamente desconhecidas para uma pessoa, é importante
fazermos um estudo organizado do assunto porcentagem,
uma vez que o seu conhecimento é ferramenta indispensável Porcentagem = taxa X principal
para a maioria dos problemas relativos à Matemática Comer-
cial.
JUROS SIMPLES
2. PORCENTAGEM Consideremos os seguintes fatos:
O estudo da porcentagem é ainda um modo de comparar • Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo prazo
números usando a proporção direta. Só que uma das razões de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo, R$ 24
da proporção é um fração de denominador 100. Vamos dei- 000,00 de juros.
xar isso mais claro: numa situação em que você tiver de cal- • O preço de uma televisão, a vista, é R$ 4.000,00. Se
cular 40% de R$ 300,00, o seu trabalho será determinar um eu comprar essa mesma televisão em 10 prestações,
valor que represente, em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso vou pagar por ela R$ 4.750,00. Portanto, vou pagar
pode ser resumido na proporção: R$750,00 de juros.
No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em dinhei-
40 x ro que se recebe por emprestar uma quantia por determinado
= tempo.
100 300
Então, o valor de x será de R$ 120,00. No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em dinheiro
Sabendo que em cálculos de porcentagem será que se paga quando se compra uma mercadoria a prazo.
necessário utilizar sempre proporções diretas, fica claro,
então, que qualquer problema dessa natureza poderá ser Assim:
resolvido com regra de três simples.  Quando depositamos ou emprestamos certa quantia
por determinado tempo, recebemos uma compensa-
3. TAXA PORCENTUAL ção em dinheiro.
O uso de regra de três simples no cálculo de porcenta-  Quando pedimos emprestada certa quantia por deter-
gens é um recurso que torna fácil o entendimento do assunto, minado tempo, pagamos uma compensação em di-
mas não é o único caminho possível e nem sequer o mais nheiro.
prático.  Quando compramos uma mercadoria a prazo, paga-
mos uma compensação em dinheiro.
Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário,
inicialmente, dar nomes a alguns termos. Veremos isso a Pelas considerações feitas na introdução, podemos dizer
partir de um exemplo. que :
Juro é uma compensação em dinheiro que se
Exemplo:
recebe ou que se paga.
Calcular 20% de 800.
20 Nos problemas de juros simples, usaremos a seguinte
Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em 100 nomenclatura: dinheiro depositado ou emprestado denomina-
100
se capital.
partes e tomar 20 dessas partes. Como a centésima parte de
800 é 8, então 20 dessas partes será 160.
O porcentual denomina-se taxa e representa o juro rece-
bido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano.
Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal;
160 de porcentagem.
O período de depósito ou de empréstimo denomina-se
tempo.
Temos, portanto:
 Principal: número sobre o qual se vai calcular a
A compensação em dinheiro denomina-se juro.
porcentagem.
 Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do
principal. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES
 Porcentagem: número que se obtém somando cada
Vejamos alguns exemplos:
Matemática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No final desse
1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um capital tempo, quanto receberei de juros e qual o capital acu-
de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao ano, durante 5 mulado (capital aplicado + juros)?
anos. - Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00. Como
De acordo com os dados do problema, temos: vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a loja cobrará
25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos juros simples de 1,6% ao mês. Quanto vou pagar por
125 esse aparelho.
125% = = 1,25 - A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6 me-
100 ses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi a taxa
(%) mensal da aplicação
Nessas condições, devemos resolver o seguinte proble- - Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou compra-
ma: la no prazo de 5 meses, a loja vendedora cobrara ju-
Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai: ros simples de 1,5% ao mês. Quanto pagarei por essa
x = 125% de 720 000 = geladeira e qual o valor de cada prestação mensal, se
1,25 . 720 000 = 900 000. todas elas são iguais.
900.000 – 720.000 = 180.000 - Comprei um aparelho de som no prazo de 8 meses. O
Resposta: Os juros produzidos são de R$ 180.000,00 preço original do aparelho era de R$ 800,00 e os juros
simples cobrados pela firma foram de R$ 160,00. Qual
2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a uma foi a taxa (%) mensal dos juros cobrados?
taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quanto esse ca-
pital me renderá de juros? Respostas
1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses 10,8% R$ 4 400,00
10,8 R$ 70 000,00
= = 0,108 R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00
100
R$ 5 220,00
Dai: 1,1%
x = 0,108 . 10 000 = 1080 R$ 1 075,00 e R$ 215,00
Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00. 2,5%
3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia durante 6
EQUAÇÕES
meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo pagar R$ 3
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
600,00 de juros. Qual foi a quantia emprestada?
De acordo com os dados do problema:
1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras, unidos
7,2 por sinais de operações.
7,2% = = 0,072
100
Nessas condições, devemos resolver o seguinte proble- Exemplo: 3a2; –2axy + 4x2; xyz; x + 2 , é o mesmo que
ma: 3
2 2
3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule x. 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y e z repre-
sentam um número qualquer.
Dai:
3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒ Chama-se valor numérico de uma expressão algébrica
3600 quando substituímos as letras pelos respectivos valores dados:
x=
0,072 Exemplo: 3x2 + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo os
x = 50 000 respectivos valores temos, 3.(–1)2 + 2.2 → 3 . 1+ 4 → 3 + 4 =
Resposta: A quantia emprestada foi de R$ 50.000,00. 7 é o valor numérico da expressão.

4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado du- Exercícios


rante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00. Qual foi a Calcular os valores numéricos das expressões:
taxa (em %) ao mês? 1) 3x – 3y para x = 1 e y =3
De acordo com os dados do problema: 2) x + 2a para x =–2 e a = 0
x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses 3) 5x2 – 2y + a para x =1, y =2 e a =3
Devemos, então, resolver o seguinte problema: Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4
4 800 representam quantos % de 80 000?
Dai: Termo algébrico ou monômio: é qualquer número real,
4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800 ou produto de números, ou ainda uma expressão na qual figu-
4 800 48 ram multiplicações de fatores numéricos e literais.
x= ⇒ x= ⇒ x = 0,01 Exemplo: 5x4 , –2y, 3 x , –4a , 3 ,–x
480 000 4 800
1
0,01 = =1% Partes do termo algébrico ou monômio.
100
Resposta: A taxa foi de 1% ao mês. Exemplo:
sinal (–)
Resolva os problemas: –3x5ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
- Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao mês, x5ybz parte literal
durante 8 meses, quanto deverei receber de juros?
- Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos, à ta- Obs.:
xa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 de juros. 1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas como va-
Qual foi a quantia aplicada? riáveis (valor variável)
- Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado durante 1 2) quando o termo algébrico não vier expresso o coeficien-

Matemática 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
te ou parte numérica fica subentendido que este coefi- Exercícios. Efetuar as operações:
ciente é igual a 1. 1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2) 4x2 – 7x + 6x2 + 2 + 4x – x2 + 1
Exemplo: 1) a3bx4 = 1.a3bx4 2) –abc = –1.a.b.c
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são semelhan- Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x2 – 3x + 3
tes se possuem as mesmas letras elevadas aos mesmos ex-
poentes e sujeitas às mesmas operações. MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

Exemplos: Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os coe-


1) a3bx, –4a3bx e 2a3bx são termos semelhantes. ficientes e após o produto dos coeficientes escrevem-se as
2) –x3 y, +3x3 y e 8x3 y são termos semelhantes. letras em ordem alfabética, dando a cada letra o novo expoen-
te igual à soma de todos os expoentes dessa letra e repetem-
Grau de um monômio ou termo algébrico: E a soma dos se em forma de produto as letras que não são comuns aos
expoentes da parte literal. dois monômios.
Exemplos: Exemplos:
1) 2 x4 y3 z = 2.x4.y3.z1 (somando os expoentes da parte lite- 1) 2x4 y3 z . 3xy2 z3 ab = 2.3 .x 4+1 . y 3+2. z 1+3
.a.b =
ral temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8. 6abx5y5z4
2) –3a2bx . 5ab= –3.5. a2+1.b1 +1. x = –15a3b2 x
Expressão polinômio: É toda expressão literal constituída
por uma soma algébrica de termos ou monômios. Exercícios: Efetuar as multiplicações.
1) 2x2 yz . 4x3 y3 z =
Exemplos: 1)2a2b – 5x 2)3x2 + 2b+ 1 2) –5abx3 . 2a2 b2 x2 =
Polinômios na variável x são expressões polinomiais com Respostas: 1) 8x5 y4 z2 2) –10a3 b3 x5
uma só variável x, sem termos semelhantes.
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Exemplo:
5x2 + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja forma
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica que
geral é a0 + a1x + a2x2 + a3x3 + ... + anxn, onde a0, a1, a2, a3, ...,
an são os coeficientes. exprime uma relação de igualdade.

Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monômio de Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica so-
maior grau. mente para determinado valor numérico atribuído à variável.
Logo, equação é uma igualdade condicional.
Exemplo: 5a2x – 3a4x2y + 2xy
Exemplo: 5 + x = 11
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o maior ↓ ↓
grau, logo o grau do polinômio é 7. 1 0.membro 20.membro

Exercícios onde x é a incógnita, variável ou oculta.


1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
a)–3x y2 z grau coefciente__________ b)– Resolução de equações
a7 x2 z2 grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________ Para resolver uma equação (achar a raiz) seguiremos os
princípios gerais que podem ser aplicados numa igualdade.
2) Dar o grau dos polinômios: Ao transportar um termo de um membro de uma igualdade
a) 2x4y – 3xy2+ 2x grau __________ para outro, sua operação deverá ser invertida.
b) –2+xyz+2x5 y2 grau __________ Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
Respostas:
1) a) grau 4, coeficiente –3 Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o 2.º
b) grau 11, coeficiente –1 membro com as operações invertidas.
c) grau 3, coeficiente 1 Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, dizemos
2) a) grau 5 b) grau 7 ainda que é o conjunto verdade (V).

CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS Exercícios


Resolva as equações :
Adição e Subtração de monômios e expressões polinômios: 1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0
eliminam-se os sinais de associações, e reduzem os termos 3) 7x – 26 = 3x – 6
semelhantes.
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}
Exemplo: 2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5}
3x2 + (2x – 1) – (–3a) + (x2 – 2x + 2) – (4a)
3x2 + 2x – 1 + 3a + x2 – 2x + 2 – 4a = EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS OU SIS-
3x2 + 1.x2 + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 = TEMA DE EQUAÇÕES LINEARES
(3+1)x2 + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
4x2 + 0x – 1.a + 1 = Resolução por adição.
4x2 – a + 1  x+ y=7 -I
Exemplo 1: 
Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as mes-  x − y = 1 - II
mas usadas para expressões numéricas no conjunto Z.

Matemática 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Soma-se membro a membro. Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
2x +0 =8
2x = 8 INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
8
x= Distinguimos as equações das inequações pelo sinal, na
2
x=4 equação temos sinal de igualdade (=) nas inequações são
sinais de desigualdade.
Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este valor em > maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
qualquer uma das equações ( I ou II ), ≤ menor ou igual
Substitui em I fica:
4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3 Exemplo 1: Determine os números naturais de modo que
4 + 2x > 12.
Se quisermos verificar se está correto, devemos substituir 4 + 2x > 12
os valores encontrados x e y nas equações 2x > 12 – 4
x+y=7 x–y=1 8
4 +3 = 7 4–3=1 2x > 8 ⇒ x> ⇒ x>4
2
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)} Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo que 4
2x + y = 11 - I + 2x ≤ 5x + 13
Exemplo 2 :  4+2x ≤ 5x + 13
 x + y = 8 - II
2x – 5x ≤ 13 – 4
Note que temos apenas a operação +, portanto devemos –3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por (-1),
multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, escolhendo a II, te- invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
mos: −9
3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
2x + y = 11 2x + y = 11 3
 →
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8 Exercícios. Resolva:
1) x – 3 ≥ 1 – x,
soma-se membro a membro
2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
2x + y = 11 3) 3 – x ≤ –1 + x
 +
 - x- y =-8 Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2

x+0 = 3 PRODUTOS NOTÁVEIS


x=3
1.º Caso: Quadrado da Soma
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica 3 + y (a + b)2 = (a+b). (a+b)= a2 + ab + ab + b2
= 8, portanto y = 5 ↓ ↓
Exemplo 3: 1.º 2.º ⇒ a2 + 2ab +b2
5x + 2y = 18 -Ι
 Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao quadrado do
3x - y = 2 - ΙΙ primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o quadrado do 2.º.

neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por 2 (pa- Exercícios. Resolver os produtos notáveis
ra “desaparecer” a variável y). 1)(a+2)2 2) (3+2a)2 3) (x2+3a)2
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18
 ⇒ Respostas: 1.º caso
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4 1) a2 + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a2
soma-se membro a membro: 3) x4 + 6x2a + 9a2
5x + 2y = 18
6x – 2y = 4 2.º Caso : Quadrado da diferença
22 (a – b)2 = (a – b). (a – b) = a2 – ab – ab - b2
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2 ↓ ↓
11
1.º 2.º ⇒ a2 – 2ab + b2
Substituindo x = 2 na equação I:
5x + 2y = 18
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao quadrado
5 . 2 + 2y = 18
do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o quadrado do 2.º.
10 + 2y = 18
2y = 18 – 10
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
2y = 8
1) (a – 2)2 2) (4 – 3a)2 3) (y2 – 2b)2
8
y=
2 Respostas: 2.º caso
y =4 1) a2 – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a2
então V = {(2,4)} 3) y4 – 4y2b + 4b2

Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear: 3.º Caso: Produto da soma pela diferença
7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28 (a – b) (a + b) = a2 – ab + ab +b2 = a2 – b2
1)  2)  3)  ↓ ↓ ↓ ↓
5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10 1.º 2.º 1.º 2.º

Matemática 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Resumindo: “O produto da soma pela diferença é igual ao Exemplo 3:
quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º. 16 – 8a + a2, extrair as raízes dos extremos

Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela diferença: 16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a,
1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3) então: 16 – 8a + a2 = (4 – a)2
3) (a2 – 1) (a2 + 1)
Exercícios
Respostas: 3.º caso Fatorar:
1) a2 – 4 2) 4a2 – 9 1) x2 – 2xy + y2 2) 4 – 4a + a2 3) 4a2 – 8a + 4
3) a4 – 1
Respostas: 2.º caso 1) (x – y)2
FATORAÇÃO ALGÉBRICA 2) (2 – a)2 3) (2a – 2)2

1.º Caso: Fator Comum 3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que é um
binômio)
Exemplo 1:
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica: Exemplo 1
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos no a2 – b2, extrair as raízes dos extremos a2 = a e b2 = b,
início (Fator comum e distributiva são “operações inversas”)
então fica: a2 – b2 = (a + b) . (a – b)
Exercícios. Fatorar:
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab Exemplo 2:
4 – a2 , extrair as raízes dos extremos 4 = 2, a2 = a,
Respostas: 1.º caso
fica: (4 – a2) = (2 – a). (2+ a)
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x)
3) 4a. (c + b)
Exercícios. Fatorar:
1) x2 – y2 2) 9 – b2 3) 16x2 – 1
Exemplo 2:
3a2 + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3, porque
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y)
MDC (3, 6) = 3.
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
O m.d.c. entre: “a e a2 é “a” (menor expoente), então o fator
comum da expressão 3a2 + 6a é 3a. Dividindo 3a2: 3a = a e 6 a EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS
: 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).
São Equações cujas variáveis estão no denominador
Exercícios. Fatorar: 4 1 3
1) 4a2 + 2a 2) 3ax + 6a2y 3) 4a3 + 2a2 Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exemplos x ≠
x x 2x
Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1) 0, pois o denominador deverá ser sempre diferente de zero.
2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a2 (2a + 1)
Para resolver uma equação fracionária, devemos achar o
2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “operação in- m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os dois membros
versa” dos produtos notáveis caso 1) por este m.m.c. e simplificamos, temos então uma equação do
1.º grau.
Exemplo 1 1 7
Ex: +3= , x ≠ 0, m.m.c. = 2x
a2 + 2ab + b2 ⇒ extrair as raízes quadradas do extremo x 2
1 7
a2 + 2ab + b2 ⇒ a2 = a e b2 = b e o termo do meio 2x . +3 = . 2x
é 2.a.b, então a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 (quadrado da soma). x 2
2x 14 x
+ 6x = , simplificando
Exemplo 2: x 2
4a2 + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos 4a2 + 4a
2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau.
2
+ 1 ⇒ 4a = 2a , 1 = 1 e o termo central é 2.2a.1 = 4a,
Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
então 4a2 + 4a + 1 = (2a + 1)2
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
Exercícios
Exercícios
Fatorar os trinômios (soma) Resolver as equações fracionárias:
1) x2 + 2xy + y2 2
2) 9a + 6a + 1
3) 16 + 8a + a2 3 1 3
1) + = x≠0
x 2 2x
Respostas: 2.º caso 1) (x + y)2 1 5
2) (3a + 1)2 3) (4 + a)2 2) +1= x≠0
x 2x
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença) Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 3 }
x2 – 2xy + y2, extrair as raízes dos extremos 2

x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então: RADICAIS


x2 – 2xy + y2 = (x – y)2
4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exatas

Matemática 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2= 3
são números inteiros, portanto são racionais: 6 16 24
1) 2) 3)
3 = 1,73205807..., 5 = 2,2360679775..., 3
1,41421356..., 3 2 6
etc. não são raízes exatas, não são números inteiros. São
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2
números irracionais. Do mesmo modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 ,
3 3 3 Simplificação de Radicais
27 = 3 , 64 = 4 ,etc., são racionais, já 9 =
2,080083823052.., 3 20 = 2,714417616595... são irracionais. Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raízes exa-
n n
tas usando a propriedade a simplificar índice com expoen-
n
Nomes: a = b : n = índice; a = radicando = sinal da te do radicando.
raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o índice e o Exemplos:
radicando forem iguais. 1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos:
Exemplos: 12 2
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2 “raiz 2
6 2 12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5 3 3
3 3 3 1
2) 5 7 , 7 , 2 7 são semelhantes
2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica:
Operações: Adição e Subtração 32 2
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhantes. 16 2
8 2
Exemplos: 4 2
2 2
1) 3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2
2) 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6

Multiplicação e Divisão de Radicais 3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:


Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e usa- 128 2
64 2
mos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
32 2
16 2
Exemplos 8 2
1) 2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2 4 2
2 2
2) 3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12 1
3
3) 3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3 fica
3 3 3
4) 3
5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2
5) 3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90 Exercícios
Simplificar os radicais:
Exercícios
1) 20 2) 50 3) 3 40
Efetuar as multiplicações Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 3 5
3 3 3
1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 6⋅ 4⋅ 5
3 Racionalização de Radiciação
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 120 Em uma fração quando o denominador for um radical de-
2
Para a divisão de radicais usamos a propriedade também vemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multiplicar o
3
a
com índices iguais = a : b = a:b numerador e o denominador pelo mesmo radical do denomina-
b dor.
2 3 2 3 2 3 2 3
Exemplos: ⋅ = = =
3 3 3⋅3 9 3
18 2 2 3
1) = 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3 e são frações equivalentes. Dizemos que 3 é
2 3 3
20 o fator racionalizante.
2) = 20 : 10 = 20 : 10 = 2
10 Exercícios
3 Racionalizar:
15
3) = 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3 1 2 3
3
5 1) 2) 3)
5 2 2
Exercícios. Efetuar as divisões

Matemática 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5 6 Exemplos:
Respostas: 1) 2) 2 3) x2 – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
5 2 x2 + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde-
pendente ou termo constante)
x2 = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos o
2 termo x e termo independente)
Outros exemplos: devemos fazer:
3
2
FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
2 3
22 2 ⋅ 3 22 23 4 23 4 3 ax 2 + bx + c = 0
⋅ = = = = 4
3
21 3
22
3
21 ⋅ 22
3
23 2
EXERCÍCIOS
Escreva as equações na forma normal:
Exercícios. 1) 7x2 + 9x = 3x2 – 1 2) 5x2 – 2x = 2x2 + 2
Racionalizar: Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x2 – 2x –2 = 0
2

3
1 3 2
1) 2) 3) Resolução de Equações Completas
3 3 3
4 22 3 Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a
fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara.
3
16 33 2 3
18 A expressão b2 - 4ac, chamado discriminante de equação,
Respostas: 1) 2) 3)
4 2 3 é representada pela letra grega ∆ (lê-se deita).

EQUAÇÕES DO 2.º GRAU ∆ = b2 - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:

Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com −b± ∆


variável toda equação de forma: x=
ax2 + bx + c = 0 2a
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
RESUMO
Exemplos: NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
3x2 - 6x + 8 = 0 COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
2x2 + 8x + 1 = 0 ou ∆ = b2 - 4ac
x2 + 0x – 16 = 0 y2 - y + 9 = 0 − b ± b2 − 4 a c
x=
- 3y2 - 9y+0 = 0 5x2 + 7x - 9 = 0 2a −b± ∆
x=
COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU 2a
Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
equação do 2.º grau, sendo que: Exemplos:
• a representa sempre o coeficiente do termo x2. a) 2x2 + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3
• b representa sempre o coeficiente do termo x. 2
• c é chamado de termo independente ou termo − b ± b2 − 4 a c − (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3
x= ⇒ x=
constante. 2a 2⋅2
− (+ 7 ) ± 49 − 24 − (+ 7 ) ± 25
Exemplos: x= ⇒x =
a)3x2 + 4x + 1= 0 b) y2 +
0y + 3 = 0 4 4
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3 − (+ 7 ) ± 5 −7 + 5 -2 -1
c) – 2x2 –3x +1 = 0 d) 7y2 + 3y + 0 = 0 x= ⇒x'= = =
a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0
4 4 4 2
−7 − 5 -12
x"= = =-3
Exercícios 4 4
Destaque os coeficientes:
−1 
1)3y2 + 5y + 0 = 0 2)2x2 – 2x + 1 = 0 S =  , - 3
2
3)5y –2y + 3 = 0 4) 6x2 + 0x +3 = 0  2 

Respostas: ou
1) a =3, b = 5 e c = 0 b) 2x2 +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
2)a = 2, b = –2 e c = 1 ∆ = b2 – 4.a. c
3) a = 5, b = –2 e c =3 ∆ =72 – 4 . 2 . 3
4) a = 6, b = 0 e c =3 ∆ = 49 – 24
∆ = 25
EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Temos uma equação completa quando os coeficientes a , − (+ 7 ) ± 25 − (+ 7 ) ± 5
x= ⇒x =
b e c são diferentes de zero. 4 4
Exemplos:
−7 + 5 -2 -1
⇒ ‘x'= = = e
3x2 – 2x – 1= 0 4 4 2
y2 – 2y – 3 = 0 São equações completas. −7 − 5 -12
y2 + 2y + 5 = 0 x"= = =-3
4 4
Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0, costu- −1 
S =  , - 3
ma-se escrever a equação sem termos de coeficiente nulo. 2 

Matemática 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA DA 0
FORMULA. x2 =
3
EXERCÍCIOS x2 = 0
Resolva as equações do 2.º grau completa: x2 = + 0
1) x2 – 9x +20 = 0 S={0}
2) 2x2 + x – 3 = 0 Exercícios Respostas:
3) 2x2 – 7x – 15 = 0 1) 4x2 – 16 = 0 1) V = { –2, + 2}
4) x2 +3x + 2 = 0 2) 5x2 – 125 = 0 2) V = { –5, +5}
5) x2 – 4x +4 = 0 3) 3x2 + 75x = 0 3) V = { 0, –25}
Respostas
1) V = { 4 , 5)
Relações entre coeficiente e raízes
−3
2) V = { 1, }
2 Seja a equação ax2 + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x” as
−3 raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos coeficientes a,
3) V = { 5 , } b, c.
2
4) V = { –1 , –2 } −b+ ∆ −b− ∆
x'= e x"=
5) V = {2} 2a 2a
EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES
Estudaremos a resolução das equações incompletas do 2.º
grau no conjunto R. Equação da forma: ax2 + bx = 0 onde c = −b+ ∆ −b − ∆
x'+ x"= + ⇒
0 2a 2a
Exemplo: −b+ ∆ −b− ∆
x'+x"=
2x2 – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência (menor 2a
expoente) −2b b
x'+x"= ⇒ x'+ x"= −
x . (2x – 7) = 0 x=0 2a a

7 Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” = -b/a


ou 2x – 7 = 0 ⇒ x= b
2 Relação da soma: x ' + x " = −
7 a
Os números reais 0 e são as raízes da equação
2 RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES
7
S={0; ) −b+ ∆ −b− ∆
2 x'⋅ x "= ⋅ ⇒
Equação da forma: ax2 + c = 0, onde b = 0
2a 2a

Exemplos x'⋅x "=


(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ )
a) x2 – 81 = 0 4a2
x2 = 81→transportando-se o termo independente para o 2.º
termo.
 − b2  − ∆ 2
  ( )
x'⋅x "=   ⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒
x = ± 81 →pela relação fundamental. 4a 2
x=±9 S = { 9; – 9 }
b2 −  b2 − 4ac 
2
b) x +25 = 0 x '⋅ x " =   ⇒
x2 = –25 4a 2
− 25 , − 25 não representa número real, isto é
b2 − b2 + 4ac
x=±
x'⋅x "= ⇒
− 25 ∉ R
4a2
a equação dada não tem raízes em IR.
S=φ ou S = { } 4ac c
x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " =
4a2 a
c) 9x2 – 81= 0
9x2 = 81
c
81 Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
x2 = a
9
x2 = 9 c
x '⋅ x " = ( Relação de produto)
x= ± 9 a
x=±3
Sua Representação:
S = { ±3}
• Representamos a Soma por S
Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0 b
S=x'+x"= −
A equação incompleta ax = 0 admite uma única solução x = a
0. Exemplo:
3x2 = 0

Matemática 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c Daí temos: x2 + bx + c = 0
• Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
a
Exemplos:
1) 9x2 – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.

S=x'+x"= − =-
b (-72) = 72 = 8
a 9 9
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
a 9
REPRESENTAÇÃO
2) 3x2 +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
Representando a soma x’ + x” = S
S=x'+x"= −
b
=-
(21) = - 21 = −7 Representando o produto x’ . x” = P
a 3 3 E TEMOS A EQUAÇÃO: x2 – Sx + P = 0
c + (- 24 ) − 24
P = x '⋅x " = = = = −8 Exemplos:
a 3 3 a) raízes 3 e – 4
a = 4, S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
3) 4x2 – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta) x – Sx + P = 0
c = –16 x2 + x – 12 = 0
b 0
S = x ' + x "= −= =0 b) 0,2 e 0,3
a 4
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
c + (- 16 ) − 16 P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
P = x '⋅ x " = = = = −4
a 4 4 x2 – Sx + P = 0
a = a+1 x2 – 0,5x + 0,06 = 0
4) ( a+1) x2 – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
c = 2a+2 5 3
c) e
S=x'+x"= − =-
b [- (a + 1)] = a + 1 = 1 2 4
a a +1 a +1 5 3 10 + 3 13
S = x’+ x” =
+ = =
c 2a + 2 2(a + 1) 2 4 4 4
P = x'⋅x " = = = =2
a a +1 a +1 5 3 15
P=x.x= . =
2 4 8
Se a = 1 essas relações podem ser escritas: x2 – Sx + P = 0
b 13 15
x'+ x"= − x ' + x " = −b x2 – x+ =0
1 4 8
c
x'⋅x "= x '⋅ x "=c d) 4 e – 4
1
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0
Exemplo: P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16
x2 –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2 x2 – Sx + P = 0
x2 –16 = 0
S=x'+x"= −
b
=-
(- 7) = 7
a 1 Exercícios
c 2 Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:
P = x'⋅x " = = = 2 −4
a 1 1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
EXERCÍCIOS 5
Calcule a Soma e Produto 4) 3 + 5 e3– 5 5) 6 e 0
1) 2x2 – 12x + 6 = 0
2) x2 – (a + b)x + ab = 0
3) ax2 + 3ax–- 1 = 0 Respostas:
4) x2 + 3x – 2 = 0 1) x2 – 5x+6= 0 2) x2 – x – 30 = 0
−6 x 8
3)x2 – – =0
Respostas: 5 5
1) S = 6 e P = 3 4) x2 – 6x + 4 = 0 5) x2 – 6x = 0
2) S = (a + b) e P = ab
−1 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
3) S = –3 e P =
a
4) S = –3 e P = –2 Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por meio de
uma equação ou de um sistema de equações do 2.º grau.
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x2 + bx + Para resolver um problema do segundo grau deve-se se-
c: pelas relações entre coeficientes e raízes temos: guir três etapas:
x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”) • Estabelecer a equação ou sistema de equações corres-
x’ . x” = c c = x’ . x” pondente ao problema (traduzir matematicamente), o
enunciado do problema para linguagem simbólica.

Matemática 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Resolver a equação ou sistema
• Interpretar as raízes ou solução encontradas
Pela primeira equação, que vamos chamar de I:
Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com seu do-
bro é igual a 15?
número procurado : x
equação: x2 + 2x = 15

Resolução: Substituindo na segunda:


x2 + 2x –15 = 0
∆ =b2 – 4ac ∆ = (2)2 – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
∆ = 64
− 2 ± 64 −2 ± 8
x= x=
2 ⋅1 2
−2 + 8 6 Logo:
x'= = =3
2 2
−2 − 8 −10
x"= = = −5
2 2

Os números são 3 e – 5.
Usando a fórmula:
Verificação:
x2 + 2x –15 = 0 x2 + 2x –15 = 0
(3)2 + 2 (3) – 15 = 0 (–5)2 + 2 (–5) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
0=0 0=0
(V) (V)
S = { 3 , –5 }

RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:


Logo
1) O quadrado de um número adicionado com o quádruplo
do mesmo número é igual a 32.
2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo número
é igual a 10. Determine esse número.
3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio núme-
ro é igual a 30. Determine esse numero.
4) A soma do quadrado de um número com seu quíntuplo é
igual a 8 vezes esse número, determine-o.

Respostas:
1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) −10 3 e 3 4) 0 e 3

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU Substituindo em I:


Como resolver
Para resolver sistemas de equações do 2º grau, é importante
dominar as técnicas de resolução de sistema de 1º grau:
método da adição e método da substituição.

Imagine o seguinte problema: dois irmãos possuem idades


cuja soma é 10 e a multiplicação 16. Qual a idade de cada
irmão?

Equacionando:

As idades dos dois irmãos são, respectivamente, de 2 e 8


anos. Testando:
a multiplicação de 2 X 8 = 16 e a soma 2 + 8 = 10.

Outro exemplo
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma dos
quadrados seja 13.

Matemática 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Substituindo em II:
Da primeira, que vamos chamar de II:

Aplicando na segunda:
Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.

Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do 2º


grau, lembrando de que suas representações gráficas consti-
tuem uma reta e uma parábola, respectivamente. Resolver
um sistema envolvendo equações desse modelo requer co-
nhecimentos do método da substituição de termos. Observe
as resoluções comentadas a seguir:

Exemplo 1
De Produtos notáveis:

Isolando x ou y na 2ª equação do sistema:


x+y=6
x=6–y

Substituindo o valor de x na 1ª equação:

x² + y² = 20
Dividindo por 2: (6 – y)² + y² = 20
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equação por
2)

y² – 6y + 8 = 0

∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4

Logo: a = 1, b = –6 e c = 8

Substituindo em II:

Matemática 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Determinando os valores de x em relação aos valores de y
obtidos: Para y = –1, temos:
x=y–3
Para y = 4, temos: x = –1 –3
x=6–y x = –4
x=6–4
x=2 Par ordenado (–4; –1)

Par ordenado (2; 4)


S = {(0; 3) e (–4; –1)}

Para y = 2, temos:
x=6–y GEOMETRIA NO PLANO E NO ESPAÇO.
x=6–2 PERÍMETRO.
x=4
1.POSTULADOS
Par ordenado (4; 2) a) A reta é ilimitada; não tem origem nem extremidades.
b) Na reta existem infinitos pontos.
S = {(2: 4) e (4; 2)} c) Dois pontos distintos determinam uma única reta (AB).

2. SEMI-RETA
Exemplo 2 Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois
subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-reta.

Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
x=y–3

Substituindo o valor de x na 1ª equação:


3. SEGMENTO
x² + 2y² = 18 Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB . Ficam
(y – 3)² + 2y² = 18
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0 determinadas as semi-retas: AB e BA .
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação por 3)

y² – 2y – 3 = 0 AB ∩ BA = AB
∆ = b² – 4ac A intersecção das duas semi-retas define o segmento
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3) AB .
∆ = 4 + 12
∆ = 16

a = 1, b = –2 e c = –3

4. ÂNGULO
A união de duas semi-retas de mesma origem é um
ângulo.

5. ANGULO RASO
Determinando os valores de x em relação aos valores de y É formado por semi-retas opostas.
obtidos:

Para y = 3, temos:
x=y–3
x=3–3
x=0

Par ordenado (0; 3)

Matemática 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
6. ANGULOS SUPLEMENTARES
São ângulos que determinam por soma um ângulo raso.

13. ANGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE


7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS São ângulos formados com as semi-retas apostas duas a
O conceito de congruência é primitivo. Não há definição. duas.
lntuitivamente, quando imaginamos dois ângulos coincidindo
Ângulos apostos pelo vértice são congruentes
ponto a ponto, dizemos que possuem a mesma medida ou
são congruentes (sinal de congruência: ≅ ). (Teorema).

14. TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS


PARALELAS
Se uma reta transversal forma com duas retas de um
8. ÂNGULO RETO plano ângulos correspondentes congruentes, então as retas
Considerando ângulos suplementares e congruentes são paralelas.
entre si, diremos que se trata de ângulos retos.

9. MEDIDAS
1 reto ↔ 90° (noventa graus) ) )
a ≅ m
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180° ) )
b ≅n
1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos) ) )  ângulos correspondentes congruentes
1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos) c ≅ p
) )
As subdivisões do segundo são: décimos, centésimos etc.
d ≅ q 

Consequências:
a) ângulos alternos congruentes:
) ) ) )
d ≅ n = 180 0 (alternos a ≅ p (alternos
) ) ) )
c ≅ m = 180 0 internos) b ≅ q externos)
b) ângulos colaterais suplementares:
) )
90o = 89o 59’ 60” a + q = 180 o 
) ) (colaterais externos)
10. ÂNGULOS COMPLEMENTARES b + p = 180 o 
São ângulos cuja soma é igual a um ângulo reto. ) )
d + m = 180 o 
) ) (colaterais internos)
c + n = 180 o 

15. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


1) Determine o complemento de 34°15'34".
Resolução:
89° 59' 60"
- 34° 15' 34"
11. REPRESENTAÇÃO 55° 44' 26"
x é o ângulo; (90° – x) seu complemento e Resp.: 55° 44' 26"
(180° – x) seu suplemento. 2) As medidas 2x + 20° e 5x – 70° são de ângulos
12. BISSETRIZ opostos pelo vértice. Determine-as.
É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e o Resolução:
divide em dois ângulos congruentes. 2x + 20° = 5x – 70° ⇔
⇔ + 70° + 20° = 5x – 2x ⇔
Matemática 50 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
⇔ 90° = 3x ⇔
x = 30°
Resp. : os ângulos medem 80º

3) As medidas de dois ângulos complementares estão


entre si como 2 está para 7. Calcule-as.
Resolução: Sejam x e y as medidas de 2 ângulos
complementares. Então:
x + y = 90 o x + y = 90 o LEI ANGULAR DE THALES:
 
 x 2 ⇔ x 2 ⇔
 =  +1 = +1 ) ) )
 y 7 y 7 A + B + C = 180°
x + y = 90o x + y = 90 o
 
x + y 9 ⇔  90o 9
 y =7  =
  y 7

⇒ x = 20° e y = 70°
Resp.: As medidas são 20° e 70°.
Consequências:
4) Duas retas paralelas cortadas por uma transversal for- ) )
mam 8 ângulos. Sendo 320° a soma dos ângulos A + A ex = 180°  ) ) )
obtusos internos, calcule os demais ângulos. ) ) )  ⇒ Aex = B + C
A + B + C = 180°

Analogamente:
) ) )
B ex = A + C
) ) )
C ex = B + A
Resolução: Soma dos ângulos externos:
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo enunciado: ) ) )
A ex + B ex + Cex = 360°
â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔ â = 160°
16.2 – Classificação
Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:
) ) ) )
a + b = 180° ou 160° + b = 180° ⇒ b = 20°
Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os agudos 20°.

5) Na figura, determine x.

Resolução: Pelos ângulos alternos internos:

x + 30° = 50° ⇒ x = 20°

16. TRIÂNGULOS
16.1 – Ângulos
∆ ABC = AB ∪ BC ∪ CA
AB; BC; CA são os lados
) ) )
A; B; C são ângulos internos
) ) ) Obs. : Se o triângulo possui os 3 ângulos menores que
A ex ; B ex ; C ex são angulos externos 90°, é acutângulo; e se possui um dos seus ângulos maior do
que 90°, é obtusângulo.

16.3 - Congruência de triângulos


Dizemos que dois triângulos são congruentes quando os

Matemática 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
seis elementos de um forem congruentes com os seis 16.6 – Desigualdades
elementos correspondentes do outro. Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe o
maior ângulo e vice-Versa.

Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a soma


dos outros dois.

16.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


1) Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de um
) ) triângulo, determine o maior número inteiro possível
 A ≅ A' AB ≅ A' B' para ser medida do terceiro lado em cm.
 ) ) 
B ≅ B' e BC ≅ B' C' Resolução:
) ) 
C ≅ C' 
AC ≅ A' C'
⇔ ∆ABC ≅ ∆A' B' C'
16.4 - Critérios de congruência

LAL: Dois triângulos serão congruentes se possuírem


dois lados e o ângulo entre eles congruentes.
LLL: Dois triângulos serão congruentes se possuírem
os três lados respectivamente congruentes.
ALA : Dois triângulos serão congruentes se possuírem x < 6 + 8 ⇒ x < 14
dois ângulos e o lado entre eles congruentes. 6 < x + 8 ⇒ x > –2 ⇒ 2 < x < 14
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se possuírem 8 < x + 6 ⇒ x > 2
dois ângulos e o lado oposto a um deles
congruentes. Assim, o maior numero inteiro possível para medir o
terceiro lado é 13.
16.5 - Pontos notáveis do triângulo
a) O segmento que une o vértice ao ponto médio do lado 2) O perímetro de um triângulo é 13 cm. Um dos lados é
oposto é denominado MEDIANA. o dobro do outro e a soma destes dois lados é 9 cm.
O encontro das medianas é denominado Calcule as medidas dos lados.
BARICENTRO.
Resolução:

G é o baricentro a + b + c = 13
Propriedade: AG = 2GM a = 2b 3b = 9
BG = 2GN a + b = 9
CG = 2GP
b =3 e
a = 6
b) A perpendicular baixada do vértice ao lado oposto é
denominada ALTURA. Portanto: c = 4
O encontro das alturas é denominado
ORTOCENTRO. As medidas são : 3 cm; 4 cm; 6 cm

3) Num triângulo isósceles um dos ângulos da base


mede 47°32'. Calcule o ângulo do vértice.

Resolução:

c) INCENTRO é o encontro das bissetrizes internas do


triângulo. (É centro da circunferência inscrita.)
d) CIRCUNCENTRO é o encontro das mediatrizes dos
lados do triângulo, lÉ centro da circunferência
circunscrita.)
x + 47° 32' + 47° 32' = 180° ⇔

Matemática 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
x + 94° 64' = 180° ⇔
x + 95° 04' = 180° ⇔ ( n = número de lados )
x = 180° – 95° 04' ⇔ De 1 vértice saem (n – 3) diagonais.
x = 84° 56'
De n vértices saem n . (n – 3) diagonais; mas, cada uma é
rascunho:
considerada duas vezes.
179° 60'
– 95° 04' n ( n - 3)
84° 56' Logo ; d =
2
Resp. : O ângulo do vértice é 84° 56'. 17.2 - Soma dos ângulos internos
Si = 180° ( n – 2 )
4) Determine x nas figuras:
a)
17.3 - Soma dos ângulos externos

Se = 360°

17.4 – Quadriláteros
a) Trapézio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC
b)

b) Paralelogramo:
Resolução: “Lados opostos paralelos dois a dois”.
a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40° AB // DC e AD // BC
b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°

5) Determine x no triângulo:
Resolução:

Propriedades:
1) Lados opostos congruentes.
2) Ângulos apostos congruentes.
) ) 3) Diagonais se encontram no ponto médio
∆ABC isósceles, vem: B ≅ C e portanto:
Sendo
) ) ) ) ) c) Retângulo:
B ≅ C = 50° , pois A + B + C = 180° . "Paralelogramo com um ângulo reto".

Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°

17. POLIGONOS
O triângulo é um polígono com o menor número de lados
possível (n = 3),
De um modo geral dizemos; polígono de n lados.

17.1 - Número de diagonais Propriedades:


1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais congruentes.

d) Losango:
"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".

n ( n - 3)
d =
2
Matemática 53 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
) )
 A ≅ A'
) )
∆ABC ~ ∆A' B' C' ⇔ B ≅ B' e
) )
C ≅ C '

AB BC AC
= = = k
A' B' B' C' A' C'
Propriedades: razão de semelhança
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais são perpendiculares. Exemplo: calcule x
3) Diagonais são bissetrizes internas.

e) Quadrado:
"Retângulo e losango ao mesmo tempo".

Resolução :
∆ABC ~ ∆MNC ⇔
AB AC x 9
Obs: um polígono é regular quando é equiângulo e = ⇒ = ∴x = 6
equilátero. MN MC 4 6
4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO
SEMELHANÇAS RETÂNGULO

1. TEOREMA DE THALES Na figura:


Um feixe de retas paralelas determina sobre um feixe de
retas concorrentes segmentos correspondentes
proporcionais.

A é vértice do ângulo reto (Â = 90° )


) )
AB EF MN B + C = 90°
= = = ...
CD GH PQ m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a
AC EG MP n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a
= = = ... H é o pé da altura AH = h.
BC FG NP 4.1 – Relações
etc... AB HB
∆AHB ~ ∆CAB ⇔ ⇔ ⇔
a) CB AB
2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dada a correspondência entre dois triângulos, dizemos ⇔ AB 2 = CB ⋅ HB
que são semelhantes quando os ângulos correspondentes
forem congruentes e os lados correspondentes proporcionais. ou (I)
c2 = a . m
AC HC
3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA ∆AHC ~ ∆BAC ⇔ = ⇔
a) (AAL) Dois triângulos possuindo dois ângulos BC AC
correspondentes congruentes são
semelhantes.
⇔ AC 2 = BC ⋅ HC
b) (LAL) Dois triângulos, possuindo dois
ou b2 = a . n (II)
lados proporcionais e os ângulos entre eles
formados congruentes, são semelhantes.
c) (LLL) Dois triângulos, possuindo os três Cada cateto é média proporcional entre a
lados proporcionais, são semelhantes. hipotenusa e a sua projeção sobre a mesma.
Representação:

Matemática 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
AH HB Nas figuras valem as seguintes relações:
∆AHB ~ ∆CHA ⇔ = ⇔ δ 2 =PA . PB=PM . PN
b) CH HA
⇔ AH 2 = CH ⋅ HB
ou h2 = m . n (III)

A altura é média proporcional entre os seg-


mentos que determina sobre a hipotenusa
Consequências: o número δ2 é denominado Potência do ponto
(I) + (II) vem: P em relação à circunferência.
c 2 + b 2 = am + an ⇔ δ 2= d2 − R 2
⇔ c 2 + b 2 = a (m + n ) ⇔ 6. POLÍGONOS REGULARES
a a) Quadrado:
4.2 - TEOREMA
⇔ cDE
2 PITÁGORAS
+b2 = a2 O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
a2 + b2 = c 2 quadrados dos catetos.

Exemplo:
Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90°
e M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.

AB = lado do quadrado ( l 4)
Resolução: OM = apótema do quadrado (a4)
OA = OB = R = raio do círculo
a) Teorema de Pitágoras:
BC 2 = AB2 + AC2 ⇒ BC2 = 52 + 2 2 ⇒ Relações:
• AB 2 = R 2 + R 2 ⇒ l4
a4 =
⇒ BC = 29 ≅ 5,38 e MB =
29
• OM =
AB
⇒ 2
2 2
AB BC • Área do quadrado: S 4 = l 24
b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔ = ou
MB BI
5 29 29 b) Triângulo equilátero:
= ⇔ BI = = 2,9
29 BI 10
2
Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:

AI = 5 - 2,9 ⇒ AI = 2,1

5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO

AC = l3 (lado do triângulo)
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo)

Relações:

AC2 = AH2 + HC2 ⇒ l3 3


• h=
2
(altura em função do lado)

Matemática 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• AO = 2 OH ⇒ R = 2a
(o raio é o dobro do apótema)

l3 = R 3

• (lado em função do raio)

l 23 3 l 2 = 4 2 + 32 ⇒ l = 5m
• Área: S=
4
O perímetro é: P = 4 X 5 m = 20 m
(área do triângulo equilátero em função do lado)
3) Calcule x na figura:
c) Hexágono regular:

AB = l6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo) Resolução:
OM = a (apótema) PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10

Relações: 4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔
• ∆ OAB é equilátero ⇒
R 3 ⇔ x=18
a=
• OM é altura ∆ OAB ⇒ 2
4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja área
• Área: é 9 3 m 2:
3R 2
3 Resolução:
S = 6 ⋅ S ∆ABC ⇒ S=
l2 3 l2 3
2 S= ⇒9 3= ∴ l = 6m
4 4
7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS l 3 6 3
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm e 12 h= ⇒h= ∴ h=3 3 m
cm. Calcule as suas projeções sobre a hipotenusa. 2 2
Resolução:
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3
TEOREMA DE PITÁGORAS
Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo que
possui um ângulo interno reto. ( = 90º)

a) Pitágoras: a2 = b2 + c2 ⇒
⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm

b) C2 = a . m ⇒ 92 = 15 . m ⇒ m = 5,4
cm
c) b2 = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒ n = 9,6
cm
2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m. Obs: Num triângulo retângulo o lado oposto ao ângulo re-
Calcule o seu perímetro: to é chamado hipotenusa e os lados adjacentes ao ângulo
Resolução: reto são chamados catetos.
Teorema de Pitágoras
Enunciado: Num triângulo retângulo, o quadrado da medi-
da da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas
dos catetos.

Matemática 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo:

Exemplo numérico:

Tomando como referência o ângulo C, dizemos que:


• AC o cateto adjacente ao ângulo C;
• AB é o cateto oposto ao ângulo C.
Exercícios:
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 8 cm e 6 Razões trigonométricas
cm; a hipotenusa mede: Num triângulo retângulo, chama-se seno de um ângulo
agudo o número que expressa a razão entre a medida do
a) 5 cm cateto oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa.
b) 14 cm
c) 100 cm
d) 10 cm

2) Num triângulo retângulo os catetos medem 5 cm e 12


cm. A hipotenusa mede:
a) 13cm b) 17 cm c) 169 cm d) 7 cm O seno de um ângulo o indica-se por sen α.
3) O valor de x na figura abaixo é:
medida do cateto oposto a B b
sen B = ⇒ sen B =
medida da hipotenusa a

medida do cateto oposto a C c


sen C = ⇒ sen C =
medida da hipotenusa a

Num triângulo retângulo, chama-se cosseno


Respostas: 1) d 2) a 3) x = 3 de um ângulo agudo o número que expressa a
razão entre a medida do cateto adjacente ao ân-
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGULO gulo e a medida da hipotenusa.
RETÂNGULO
Vamos observar o triângulo retângulo ABC (reto em A). O cosseno de um ângulo a indica-se por cos α.

medida do cateto adjacente a B c


cos B = ⇒ cos B =
medida da hipotenusa a

medida do cateto adjacente a C b


cos C = ⇒ cos C =
medida da hipotenusa a

Num triângulo retângulo chama-se tangente de um ângulo


agudo o número que expressa a razão entre a medida do
Nos estudos que faremos nesta unidade, se faz necessá- cateto oposto e a medida do cateto adjacente a esse ângulo.
rio diferenciar os dois catetos do triângulo. Usamos para isso
a figura que acabamos de ver. A tangente de um ângulo a indica-se por tg α
cateto oposto a C c
Tomando como referência o ângulo E. dizemos que: tg C = ⇒ tg C = .
• AC é o cateto oposto de B:
cateto adjacente a C b
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NUM TRIÂNGULO
• AB é o cateto adjacente ao ângulo B. QUALQUER

No triângulo da figura destacamos:


• h1 : medida de altura relativa ao lado BC:
• h2 : medida da altura relativa ao lado AB,

no ∆ retângulo ABH1 ( H1 é reto):

Matemática 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
h1 8 x 8 x
sen B = ⇒ h1 = c ⋅ sen B = ⇒ =
c sen 45° sen 60° 2 3
2 2

8 3 x 2 8 3 2
⇒ = ⇒x= .
2 2 2 2
8 6
⇒ `x = ⇒ x=4 6
2

LEI DOS COSENOS


1. No triângulo acutângulo ABC, temos b2 = a2 +
No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto): c2 - 2am

h1
sen C = ⇒ h1 = b ⋅ sen C
b
Comparando 1 e 2. temos:
c b
c . sen B = b . sen C ⇒ =
sen C sen B

No ∆ retângulo BCH2 ( H é reto):


h2
sen B = ⇒ h2 = a . sen B m
a No triângulo retângulo ABH. temos: cos B = ⇒m=C
c
No ∆ retângulo ACH2 (H é reto): . cos b
h2 Substituindo 2 em 1: b2 = a2 + c2 - 2ac . cos B
sen A = ⇒ h2 = b . sen A
b
A expressão foi mostrada para um triângulo acutângulo.
Comparando 4 e 5, temos: Vejamos, agora, como ela é válida, também. para os triângu-
a b los obtusângulos:
a . sen B = b . sen A ⇒ =
sen A sen B No triângulo obtusângulo ABC, temos: b2 = a2 + c 2 +
2am
Comparando 3 e 5. temos:
a b c
= =
sen A sen B sen C

Observação: A expressão encontrada foi desenvolvida a


partir de um triângulo acutângulo. No entanto, chegaríamos à
mesma expressão se tivéssemos partido de qualquer triângu-
lo. Daí temos a lei dos senos:
a b c
= =
sen A sen B sen C m
No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180º – B) =
c

Como cos (180º – B) = – cos B, por uma propriedade não


provada aqui, temos que:
m
– cos B = ⇒ m = – c . cos B
c

Exemplo: No triângulo da figura calcular a medida x: Substituindo 2 em 1, temos:


b2 = a2 + c2 + 2 . a .( –c . cos B )

b2 = a2 + c2 – 2 a c . cos B

Dai a lei dos cosenos:

Resolução:
Pela lei dos senos:

Matemática 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a2 = b2 + c2 – 2 b . c . cos A
b2 = a2 + c2 – 2 a . c . cos B
c2 = a2 + b2 – 2 a . b . cos C

Exemplo:
No triângulo abaixo calcular a medida de b

Respostas
1) b = 2 2 cm, c = 6 + 2 cm
Resolução: Aplicando ao triângulo dado a lei dos cose- 2) Â = 30º ; Ĉ = 45º
nos:
b2 = 102 + 62 – 2 . 10 . 6 . cos 60º 3) ( 2 3 + 6 – 2 ) cm
1 4) x = 100 2 cm
b2 = 100 + 36 – 120 .
2 5) Ĉ = 45º; Â = 120º
b2 = 76 ⇒ b = 76 ⇒ b = 2 19 6) a = 7 cm
Exercícios 7) d1 = 26 ; d2 = 50
Resolva os seguintes problemas: 8) 2,5 cm2
9) 108 cm
1) Num triângulo ABC, calcule b e c, sendo  = 30º, B̂ =
45º e a = 2cm
ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

2) Num triângulo ABC, calcule  e Ĉ , sendo B̂ = 105º, RETÂNGULO


2 6− 2
b= cm e c = cm. A=b.h
2 2

3) Calcule o perímetro do triângulo abaixo: A = área b = base h = altura

Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 1

4) Calcule x na figura:

Qual a área de um retângulo cuja altura é 2 cm e seu


perímetro 12 cm?
Solução: A = b. h

h = 2 cm
2 +b+2+b = 12
2b+4 = 12
5) Calcule  e Ĉ num triângulo ABC onde b = 1, c = 2b = 12 - 4
2b =8
3 +1 e B̂ = 15º.
b = 8 ÷ 2=4
b =4cm
6) Calcule a num triângulo ABC, onde b = 4 cm, c = A=4 .2
3 cm e  = 30º. A = 8 cm2

7) Calcule as diagonais de um paralelogramo cujos lados QUADRADO


medem 6cm e 2 cm e formam um ângulo de 45º.
PERÍMETRO: L + L + L + L = 4L
Área do quadrado:
8) Calcule a área de um triângulo ABC, sabendo que o

A = l ⋅ l = l2
lado AB mede 2cm, o lado BC mede 5cm e que esses
lados formam entre si um ângulo de 30º.

9) Calcule a medida da diagonal maior do losango da


figura abaixo:

Matemática 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Perímetro: B + b + a soma dos dois lados.

Área do trapézio:
B = base maior
b = base menor
h = altura

Exemplo 5:
Exemplo 2 Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm, base
Qual a área do quadrado de 5 cm de lado? menor de 4 cm. e altura de 3 cm.
2 Solução:
Solução: A= l
l = 5 cm A=
(B + b ) ⋅ h
A = 52 2
A = 25 cm2 B = 6 cm
b = 4 cm
PARALELOGRAMO h = 3 cm

A =
( 6 + 4) ⋅ 3
A = área do paralelogramo:
2
A = 15 cm2
A=B.H
LOSANGO

Perímetro: 2b + 2h

Exemplo 3
A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução: A = b .h
h = 4cm
b =2.h
b = 2 . 4 = 8cm D= diagonal maior
A =8.4 A = 32 m2 d = diagonal menor
Perímetro = é a soma dos quatro lados.
TRIÂNGULO Área do losango:

Perímetro: é a soma dos três lados. D ⋅ d


A =
2

Exemplo 6:
Calcular a área do losango de diagonais 6 cm
e 5 cm.
D ⋅ d
Solução: A =
2
6 ⋅ 5
A =
Área do triângulo: 2
A = 15 cm2
b ⋅ h
A =
2 CIRCULO
Exemplo 4:
A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a metade Área do círculo:
da altura. Calcular sua área.

Solução: A =
b ⋅ h A = π R2
2
h = 8cm A = área do círculo
R = raio
h 8
b = = = 4 cm π = 3,14
2 2
8⋅4 Exemplo 7
A= O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua área.
2
A = 16 m2 A = π R2
A = 3,14 . 32
TRAPÉZIO A = 3,14 . 9
A = 28,26 cm2

Matemática 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1.2 - Paralelepípedo reto retângulo
Geometria no Espaço

1. PRISMAS

São sólidos que possuem duas faces apostas


paralelas e congruentes denominadas bases.

a l = arestas laterais
dimensões a, b, c
h = altura (distância entre as bases) (área total)
AT = 2 ( ab + ac + bc )

V = abc (volume)

(diagonal)
D = a2 + b2 + c 2
2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora do
plano dessa base.

Cálculos:
Ab = área do polígono da base.

A l = soma das áreas laterais.

A T = A l + 2A b (área total).

V = Ab . h (volume) Para a pirâmide temos:


A b = área da base
1.1 – Cubo
A l = álea dos triângulos faces laterais
O cubo é um prisma onde todas as faces são quadradas.

AT = 6 . a 2 (área total) (área total) AT = Al + Ab

V = a3 (volume) (volume)
1
V= Ab ⋅ h
a = aresta 3

2.1 - Tetraedro regular

É a pirâmide onde todas as faces são triângulos


equiláteros.

Para o cálculo das diagonais teremos:

(diagonal de uma face)


d=a 2
(diagonal do cubo)
D=a 3
Tetraedro de aresta a :

a 6 ( altura )
h=
3

AT = a2 3 (área total)

Matemática 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

a3 2 ( volume )
V=
12
3. CILINDRO CIRCULAR RETO

As bases são paralelas e circulares; possui uma


superfície lateral.

g2 = h2 + R2
A l = πRg (área lateral)

A b = πR 2
(área da base)

AT = Al + Ab (área total)

A b = πR 2
( área da base)
1
v= ⋅ Ab ⋅ h (volume)
3
A l = 2πR ⋅ h ( área lateral )
4.1 - Cone equilátero

( área total ) Se o ∆ ABC for equilátero, o cone será deno-


A T = 2A b + A l minado equilátero.

V = Ab ⋅h ( volume )

3.1 - Cilindro equilátero

Quando a secção meridiana do cilindro for quadrada, este


será equilátero.

h=R 3 (altura)
A b = πR 2 (base)
Logo:
A l = πR ⋅ 2R = 2πR 2 (área lateral)
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2 A T = 3πR 2 (área total)
A T = 2 ⋅ πR + 4πR = 6πR
2 2 2
1 (volume)
V = πR 3 3
V = πR ⋅ 2R = 2πR
2 3
3

4. CONE CIRCULAR RETO 5. ESFERA

g é geratriz. Perímetro do círculo maior: 2 π R

Área da superfície: 4 π R2
∆ ABC é secção meridiana.
4
Volume: πR 3
3
Matemática 62 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Área da secção meridiana: π R2. 2
d) os do outro
3
e) n.d.a.

11) Entre os.critérios abaixo, aquele que não garante a


congruência de triângulos é:
a) LLL b) ALA c) LAAO d) AAA
e) LAL

12) O menor valor inteiro para o terceiro lado de um


triângulo, cujos outros dois medem 6 e 9, será:
a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1

13) Num paralelogramo de perímetro 32cm e um dos


lados10cm, a medida para um dos outros lados é:
a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm
EXERCICIOS PROPOSTOS 1 d) 22 cm e) 5 cm

1) Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de 60° RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS


são: 1) d 6) e 11) d
a) 30° b) 70º c) 60º d) 90º e) 100º 2) a 7) d 12) a
3) b 8) a 13) a
2) A medida de um ângulo igual ao dobro do seu 4) c 9) c
complemento é: 5) b 10) b
a) 60° b) 20º c) 35º d) 40º e) 50°
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2
3) O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12” b) 143°47'32"
c) 143°57'42" d) 134°03'03"
e) n.d.a.

4) número de diagonais de um polígono convexo de 7


lados é:
a) 6 b) 8 c) 14 d) 11 e) 7

5) O polígono que tem o número de lados igual ao


número de diagonais é o:
a) quadrado b) pentágono 1) Na figura
c) hexágono d) de15 lados AB = 4 cm BC = 6 cm MN = 8 cm
e) não existe Então, NP vale:
a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm
6) O número de diagonais de um polígono convexo é o e) 9 cm
dobro do número de vértices do mesmo. Então o
número de lados desse polígono é: 2) Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7 paralelos do trapézio ABCD, construímos o ∆ ABE.
Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cm. O valor de
7) A soma dos ângulos internos de um pentágono é BE é:
igual a: a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm
a) 180° b) 90° c) 360°
d) 540° e) 720° 3) O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D
pertencente ao lado AB, distante 5 cm de A, constrói-se
8) Um polígono regular tem 8 lados; a medida de um paralela ao lado BC que encontra o lado AC em E a 8 cm
dos seus ângulos internos é: de A. A medida de AC é:
a) 135° b) 45° c) 20° a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm
d) 90° e) 120° d) 25,6 cm e) 14 cm

9) O encontro das bissetrizes internas de um triângulo é 4) A paralela a um dos lados de um triângulo divide os
o: outros dois na razão 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as
a) bicentro medidas desses dois lados. O maior dos segmentos
b) baricentro determinado pela paralela mede:
c) incentro a) 9cm b) 12cm c) 18 cm
d) metacentro d) 25 cm e) 24 cm
e) n.d.a.
5) Num trapézio os lados não paralelos prolongados
10) As medianas de um triângulo se cruzam num ponto, determinam um triângulo de lados 24 dm e 36 dm. O
dividindo-se em dois segmentos tais que um deles é: menor dos lados não paralelos do trapézio mede 10 dm.
a) o triplo do outro O outro lado do trapézio mede:
b) a metade do outro a) 6 dm b) 9 dm c) 10 dm
c) um quinto do outro d) 13 dm e) 15 dm

6) Num triângulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm. O

Matemática 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lado correspondente ao menor deles, num segundo 0,5125125125…
triângulo semelhante ao primeiro, mede 16cm. O
perímetro deste último triângulo é:
a) 60 cm b) 62 cm c) 66 cm
0,68686868…
d) 70 cm e) 80 cm
0,354235423542..
7) Dois triângulos semelhantes possuem os seguintes
Dízima periódica composta
perímetros: 36 cm e 108 cm. Sendo 12 cm a medida de
um dos lados do primeiro, a medida do lado Na dízima periódica composta, há um ou mais
correspondente do segundo será:
a) 36 cm b) 48 cm c) 27 cm algarismos entre a vírgula e o período, que não
d) 11 cm e) 25 cm entram na composição do período .
12 Exemplos:
8) A base e a altura de um retângulo estão na razão .
5
Se a diagonal mede 26cm, a base medida será: • 0,72222222…
a) 12 cm b) 24 cm c) 16 cm
d) 8 cm e) 5 cm • 0,58444444…

9) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo mede 14,4 • 0,15262626…


dm e a projeção de um dos catetos sobre a mesma 10,8
dm. O perímetro do triângulo é: A TRIGONOMETRIA DO
a) 15 dm b) 32 dm c) 60 dm TRIÂNGULO RETÂNGULO
d) 72 dm e) 81 dm
Introdução
10) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo Triângulo retângulo é qualquer triângulo que possua um
de catetos 5 cm e 12 cm, mede: ângulo reto e que, para este tipo de triângulo, há várias pro-
a) 4,61cm b) 3,12 cm c) 8,1 cm priedades importantes.
d) 13,2 cm e) 4 cm

11) Duas cordas se cruzam num círculo. Os segmentos de


uma delas medem 3 cm e 6 cm; um dos segmentos da
outra mede 2 cm. Então o outro segmento medirá:
a) 7 cm b) 9 cm c) 10 cm
d) 11 cm e) 5 cm

RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS • Dois de seus lados são perpendiculares entre si e são,
1) c 5) e 9) d portanto, alturas do triângulo, o que facilita o cálculo
2) b 6) c 10) a de sua área:
3) d 7) a 11) b
cateto x cateto
4) e 8) b A=
2
• Teorema de Pitágoras:
Algarismos romanos
(hipotenusa)² = (cateto)² + (cateto)²
Alguns valores inteiros são representados por letras • Como a soma dos ângulos de qualquer triângulo é
romanas específicas. São eles: 180º, num triângulo retângulo um dos ângulos é reto
(90º) e os outros dois são sempre agudos e comple-
Símbolo Nome Valor mentares (soma = 90º).
Vamos descobrir como podemos estabelecer relações en-
I unus 1 (um)
tre os ângulos de um triângulo retângulo (ângulos agudos) e
V quinque 5 (cinco) seus lados. Será que existem tais relações?. É essa nossa
X decem 10 (dez) primeira preocupação.
A seguir, caso existam, serão respondidas perguntas na-
L quinquaginta 50 (cinquenta) turais como: .Valem sempre?.; .Como enunciá-las?. etc.
C centum 100 (cem) Construindo triângulos retângulos semelhantes
Dado um ângulo agudo qualquer, é possível desenhar um
D quingenti 500 (quinhentos)
triângulo retângulo?
M mille 1,000 (mil)

Dízima periódica
Dízima periódica simples Sim, podemos desenhar, na verdade, uma infinidade de
triângulos retângulos.
Numa dízima periódica simples, o período aparece
imediatamente após a vírgula.
Exemplos:
0,444444…

Matemática 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Vamos anotar algumas observações sobre esses triângu- de posição (veja a figura ao lado), pois depende do ângulo
los retângulos: utilizado.]
• Para todos eles, um dos ângulos mede x.
• O outro ângulo agudo mede 90º - x, pois é o comple-
mento de x.
• O terceiro ângulo, como não poderia deixar de ser, é
reto.
• Então todos eles possuem os mesmos ângulos.
• Lembrando a aula anterior, podemos concluir que: to-
dos estes triângulos retângulos são semelhantes Vamos então reescrever as proporções obtidas na Figura
• Se são semelhantes, então seus lados são proporcio- 1 usando essa nomenclatura. Em relação ao ângulo x, temos:
nais.
Podemos então afirmar que, fixado um ângulo agu-
do, todos os triângulos retângulos, construídos
com esse ângulo serão semelhantes e, portanto,
terão lados proporcionais. Observe que acaba-
mos de descobrir que há uma relação entre ân-
gulos agudos e lados de um triângulo retângulo.
Precisamos agora verificar como podemos enunciar essa
relação mais claramente, usando linguagem matemática.
Observe a figura a seguir:
BC PQ cateto oposto
= =
AB AP hipotenusa

AB AP cateto adjacente
= =
AC AQ hipotenusa
Figura 1
Os triângulos ABC e APQ são semelhantes. Como BC PQ cateto oposto
seus lados são proporcionais, podemos escrever: = =
AB AP cateto adjacente
AB AP BC PQ BC PQ
= ou = ou =
AC AQ AC AQ AB AP Relações trigonométricas
E se aumentarmos o ângulo x (ou 0 diminuirmos)? Essas As relações que acabamos de generalizar são chamadas
proporções se alteram. Teríamos agora: relações trigonométricas e recebem nomes especiais.
A primeira é chamada seno do ângulo x e escreve-se:
cateto oposto
sen x =
hipotenusa

A segunda é chamada co-seno do ângulo x e escreve-se:


cateto adjacente
cos x =
hipotenusa

A última denomina-se tangente do ângulo x e escreve-se:


Figura 2 cateto oposto
tg x =
cateto adjacente
AB AP BE PF BE PF
= ou = ou = EXEMPLO 1
AE AF AE AF AB AP Você já conhece o triângulo pitagórico. Vamos obter
as relações trigonométricas para um de seus ân-
Essas proporções - que se alteram conforme o ângulo va-
gulos agudos.
ria – confirmam nossa suspeita de que há uma relação entre
lados e ângulos agudos de um triângulo retângulo. Tais rela- 3
sen x = = 0,6
ções recebem nomes especiais como veremos ainda nesta 5
aula. 4
Relacionando lados e ângulos cos x = = 0,8
Todo triângulo retângulo, os lados são chamados hipote- 5
nusa (o maior lado) e catetos (lados perpendiculares). Preci- 3
samos, em função do ângulo, diferenciar a nomenclatura dos tg x = = 0,75
4
catetos. Veja a figura abaixo.
Observe agora que, para qualquer outro triângulo seme-
lhante a este, obtemos o mesmo resultado.
1,5 3 4,5 6
sen x = = = = =...= 0,6
2,5 5 7,5 10
2 4 6 8
cos x = = = = =...= 0,8
O cateto que fica “em frente” ao ângulo agudo que esta- 2,5 5 7,5 10
mos utilizando chama-se cateto oposto, e o cateto que está 1,5 3 4,5 6
sobre um dos lados desse ângulo chama-se cateto adjacente. tg x = = = = =...= 0,75
2 4 6 8
Observe que, se o ângulo do problema for o outro ângulo
agudo do triângulo, a nomenclatura oposto e adjacente troca
Matemática 65 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

AQ = 50 e BR = 10
50 - 10
Assim, AP = = 20
2

Sendo o ângulo B̂ de 25º no triângulo ABP, podemos es-


crever:

cateto oposto AP 20
tg 25º = cateto adjacente = =
BP x
EXEMPLO 2
Na aula anterior, você viu um exemplo da utilização de No Exemplo 2, vimos que tg 25º = 0,46631. Usando ape-
ângulos para o cálculo da inclinação do telhado. No caso da nas 3 casas decimais, temos:
utilização de telhas francesas, ficamos sabendo que o telha-
do poderá ter um caimento de 45%, o que equivale a um 20 20
0,466 = ou x = ≅ 46
ângulo de 25º. Reveja a figura: x 0,466
Dessa maneira, o torneiro descobre que o compri-
mento 100 da figura está dividido em duas par-
tes, uma valendo 43 e a outra 67. Em 67 unida-
des de comprimento não há inclinação, e nas ou-
tras 43 ele deve inclinar a peça de tal maneira
que seu final fique com 14 unidades de compri-
mento.
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br
Observe que 45% = 0,45 é a tangente do ângulo x, que já
sabemos ser igual a 25º. Em linguagem matemática, pode-
mos escrever: SIMULADO MATEMÁTICA - COM GABARITO
cateto oposto soldosana@hotmail.com
0,45
tg x = cateto adjacente ou tg 25º = = 0, 45
1 Matemática Básica
Na realidade, esse é um cálculo aproximado, feito com
PROVA 1
base na experiência do carpinteiro e conferido por nós com
instrumentos de desenho. Mais precisamente teríamos:
tg 25º = 0,46631 01 Antônio, Bernardo, Cláudio e Daniel elaboraram juntos
Esse resultado pode ser obtido consultando-se uma tabe- uma prova de 40 questões, tendo recebido por ela um total
la trigonométrica como a que reproduzimos no final desta de R$ 2.200,00. Os três primeiros fizeram o mesmo número
aula. de questões e Daniel fez o dobro do que fez cada um dos
EXEMPLO 3 outros. Se o dinheiro deve ser repartido proporcionalmente ao
Um torneiro mecânico precisa moldar uma peça e recebe trabalho de cada um, Daniel deverá receber uma quantia, em
o projeto a seguir. Todas as medidas necessárias à fabrica- reais, igual a:
ção constam na figura. No entanto, como saber exatamente A) 800,00;
onde ele deve começar a fazer a inclinação para obter um B) 820,00;
ângulo de 25º, como mostra o projeto? C) 850,00;
D) 880,00;
E) 890,00.

02 João gasta 1/3 do seu salário no aluguel do apartamento


onde mora e 2/5 do que lhe sobra em alimentação, ficando
com R$ 480,00 para as demais despesas. Portanto, o salário
de João é igual a:
A) R$ 1.200,00;
Esse é um exemplo de aplicação da trigonometria dos tri- B) R$ 1.500,00;
ângulos retângulos na indústria. C) R$ 1.800,00;
Para resolver o problema, o que precisamos é determinar D) R$ 2.100,00;
o cateto x do triângulo retângulo a seguir: E) R$ 2.400,00.

03 As dízimas periódicas simples formadas por apenas um


algarismo equivalem a frações ordinárias, conforme exempli-
ficado a seguir:
0,111 ... = 1/9
0,222 ... = 2/9
0,333 ... = 3/9
0,444 ... = 4/9 etc.
Com os dados do projeto, podemos calcular AP: Portanto, o valor de (0,666...).(0,666...) + (0,333...).(0,333...) é
igual a:

Matemática 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A) 0,111...; C) R$ 731,70;
B) 0,222...; D) R$ 1.409,70;
C) 0,333...; E) R$ 1.772,70.
D) 0,444...;
E) 0,555... . 10 Para arrumar 120 salas, 2 pessoas gastam 5 dias. Se
precisamos que as salas sejam arrumadas em um único dia,
04 Em um treino de basquete, um jogador ganha 5 pontos será necessário contratar mais n pessoas que trabalhem no
por cada cesta que acerta e perde 3 pontos por cada cesta mesmo ritmo das duas iniciais. O valor de n é:
que erra. Em 10 tentativas, um jogador obteve 26 pontos. A) 6;
Logo, o número de cestas que ele acertou foi: B) 8;
A) 3; C) 11;
B) 4; D) 13;
C) 5; E) 14.
D) 6;
E) 7. R: GABARITO
01-D | 02-A | 03-E | 04-E | 05-C
05 Em uma escola, o aluno deve obter média 6,0 em cada 06-A | 07-E | 08-D | 09-B | 10-B
disciplina para ser aprovado. Essa média é calculada dividin-
do-se o total de pontos que ele obteve nos quatro bimestres,
PROVA 2
por quatro. Portanto, o aluno que não totalizar 24 pontos nos
4 bimestres deverá fazer prova final. Nessa prova, ele deverá
obter, no mínimo, a diferença entre 10,0 e a sua média anual, 1 O resultado da adição ( 2/3 ) + (-7/2) é igual a:
para ser aprovado. A) -17/3
As notas de Geografia de um certo aluno foram: B) 17/6
1º bimestre: 5,0 C) - 6/17
2º bimestre: 6,0 D) 6/17
3º bimestre: 2,0 E) n.d.a.
4º bimestre: 5,0
Logo, a nota mínima que esse aluno deverá obter na prova 02 O resultado da multiplicação (- 4/5 ) x (-7/2) é igual a:
final de Geografia é: A) -2,8
A) 4,5; B) 2,8
B) 5,0; C) 28/5
C) 5,5; D) -28/5
D) 6,0; E) n.d.a.
E) 6,5.
03 O resultado da divisão (- 0,5) : (-3/6) é igual a:
06 Em uma padaria compra-se 1 bisnaga e 1 litro de leite por A) 2/3
R$ 1,50 e 2 bisnagas e 3 litros de leite por R$ 3,90. Então, 2 B) 15/6
bisnagas e 1 litro de leite custarão: C) -1
D) 1
A) R$ 2,10; E) n.d.a.
B) R$ 2,20;
C) R$ 2,30; 04 O resultado da potenciação [ (- 4/9)3 ] 5 é igual a:
D) R$ 2,40; A) (4/9)15
E) R$ 2,50. B) (- 4/9)8
C) (-12/9)5
07 Na venda de um certo produto, um vendedor consegue D) (4/27)5
um lucro de 20% sobre o preço de custo. Portanto, a fração E) n.d.a.
equivalente à razão entre o preço de custo e o preço de ven-
da é: 05 O m. d. c. (máximo divisor comum) dos números naturais
A) 1/5; 60, 40 e 24 é igual a:
B) 2/5; A) 20
C) 2/3; B) 10
D) 3/4; C) 24
E) 5/6. D) 40
E) n.d.a.
08 Um cofre contém apenas anéis e brincos, de ouro ou de
prata. Sabe-se que 80% dos anéis são de prata e 10% das 06 Você dispõe de duas cordas e vai cortá-las em pedaços
jóias são brincos. A porcentagem de jóias desse cofre que de igual comprimento.Este comprimento, que você vai cortar,
são anéis de ouro é: deve ser o maior possível. As cordas, que você dispõe, são
A) 90%; de 90 metros e 78 metros. De que tamanho você deve cortar
B) 63%; cada pedaço? Com quantos pedaços de cordas você vai
C) 30%; ficar?
D) 18%; A) 12 metros; 27 pedaços
E) 10%. B) 12 metros; 26 pedaços
C) 6 metros; 28 pedaços
09 Após serem efetuados os débitos de R$ 48,30, R$ 27,00 e D) 12 metros; 25 pedaços
R$ 106,50 e os créditos de R$ 200,00 e R$ 350,00, o saldo E) n.d.a.
da conta bancária de uma pessoa passou para R$1.040,90.
Logo, antes dessas operações, o saldo dessa conta era de: 07 O resultado da subtração 29,57 - 45,678 é igual a:
A) R$ 309,70; A) 1,6108
B) R$ 672,70; B) - 161,08

Matemática 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
C) 16,108 05 Os salários de dois técnicos judiciários, X e Y, estão entre
D) - 16,108 si assim como 3 está para 4. Se o dobro do salário de X me-
E) n. d. a. nos a metade do salário de Y corresponde a R$ 720,00, en-
tão os salários dos dois totalizam
08 O valor da expressão {[ ( 0,9)2 - (3,8)2] : (-1/4)}, no univer- A) R$ 1200,00
so dos números racionais, é igual a: B) R$ 1260,00
A) 54,50 C) R$ 1300,00
B) -54,52 D) R$ 1360,00
C) 54,52 E) R$ 1400,00
D) 50,54
E) n.d.a. 06 Três técnicos judiciários arquivaram um total de 382 pro-
cessos, em quantidades inversamente proporcionais às suas
09 O conjunto verdade da equação [(x-1)/2] + [(x+2) /3] = 8, respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é
no universo dos números racionais, é igual a: correto afirmar que o número de processos arquivados pelo
A) V={ - 47/5} mais velho foi
B) V={ 48/5 } A) 112
C) V={ 47/5} B) 126
D) V={ - 48/5} C) 144
E) n.d.a. D) 152
E) 164
10 O conjunto verdade da equação (x -1) = (6 - 2x), no uni-
verso dos números racionais, é igual a: 07 Quatro funcionários de uma empresa são capazes de
A) V={3/7 } atender, em média, 52 pessoas por hora. Diante disso, espe-
B) V={ 7/3 } ra-se que seis funcionários, com a mesma capacidade opera-
C) V={-3/7 } cional dos primeiros, sejam capazes de atender por hora uma
D) V={-7/3 } média de
E) n.d.a. A) 72 pessoas.
B) 75 pessoas.
R: GABARITO C) 78 pessoas.
01-E | 02-B | 03-D | 04-E | 05-E D) 82 pessoas.
06-C | 07-D | 08-C | 09-C | 10-B E) 85 pessoas.

PROVA 3 08 Paco fundou uma empresa com R$ 20 000,00 de capital e,


após 4 meses, admitiu Capo como sócio, que ingressou com
01 Efetuando-se 20802 - 10192 obtém-se um número com- o capital de R$ 32 000,00. Se após 1 ano de atividades a
preendido entre empresa gerou um lucro de R$ 19840,00, então Paco rece-
A) 500 e 1000 beu
B) 1000 e 3000 A) R$ 520,00 a menos que Capo.
C) 3000 e 6000 B) R$ 580,00 a mais que Capo.
D) 6000 e 10000 C) R$ 580,00 a menos que Capo.
E) 10000 e 20000 D) R$ 640,00 a mais que Capo.
E) R$ 640,00 a menos que Capo.
02 Uma pessoa, ao efetuar a multiplicação de um número
inteiro x por 296, achou o produto 39960. Ao conferir o resul- 09 Se o valor de um certo artigo era R$ 780,00 e, após um
tado percebeu que havia se enganado, trocando em x as ano, era R$ 624,00, a taxa anual de desvalorização foi de
posições do algarismo das unidades com o das dezenas. A) 25%
Nessas condições, o produto correto deveria ser B) 24%
A) 42828 C) 21%
B) 43136 D) 0%
C) 43248 E) 18%
D) 45126
E) 45288 10 Para emitir uma ordem de pagamento, um Banco cobra de
seus clientes uma comissão de 1,8% sobre o seu valor. Se,
03 No almoxarifado de certa empresa há uma pilha de folhas ao enviar por esse Banco uma ordem de pagamento, um
de papel, todas com 0,25mm de espessura. Se a altura da cliente desembolsou o total de R$ 5 090,00, o valor dessa
pilha é de 1,80m, o número de folhas empilhadas é ordem de pagamento era de
A) 72 A) R$ 4500,00
B) 450 B) R$ 4600,00
C) 720 C) R$ 4750,00
D) 4500 D) R$ 4800,00
E) 7200 E) R$ 5000,00

04 Em uma empresa, o atendimento ao público é feito por 45 R: GABARITO


funcionários que se revezam, mantendo a relação de 3 ho- 01-E | 02-E | 03-E | 04-D | 05-B
mens para 2 mulheres. É correto afirmar que, nessa empre- 06-A | 07-C | 08-E | 09-D | 10-E
sa, dão atendimento
A) 18 homens. Problemas de 1º grau
B) 16 mulheres.
C) 25 homens. PROVA 4
D) 18 mulheres.
E) 32 homens.

Matemática 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1. Pedro propõe 16 problemas a um de seus amigos, infor- 2. Se 35 % dos 40 alunos da 5ª série de um colégio são ho-
mando que he dará 5 pontos por problema resolvido e lhe mens, quanto são as mulheres?
tirará 3 pontos por problema não resolvido. No final, seu ami-
go tinha nota zero. Quantos problemas seu amigo resolveu? 3. Aline foi comprar uma blusa que custava R$ 32,90, e con-
2. Um pai tem 30 anos a mais que seu filho. Se este tivesse seguiu um desconto de 12%. Quantos Aline pagou pela blu-
nascido 2 anos mais cedo sua idade seria, atualmente, a sa?
terça parte da idade do pai. Calcule a idade atual do filho.
4. Nilson decidiu compra um sítio e vai dar como entrada 25%
3. Um pai tem 37 anos e seu filho 7. Daqui a quantos anos, do preço total, que corresponde a R$ 25 000,00. Qual o preço
a idade do pai será o triplo da idade do filho? do sítio.

4. Um menino tem 10 anos e seu pai 35 anos. Daqui a 5. Ricardo comprou um terreno e, por ter pagado à vista,
quantos anos a diferença das idades do pai e do filho será ganhou 15% de desconto, fazendo uma economia de R$ 2
3/8 das sua soma. 250,00. Determine o preço deste terreno que Ricardo vai
comprar.
5. Um feirante distribuiu laranjas entre três clientes, de
modo que o primeiro recebe a metade das laranjas, mais 6. Paulo recebeu a noticia de que o aluguel da casa onde
meia laranja; o segundo a metade das laranjas restantes, mora vai passar de 154 reais para 215,60 reais. De quanto
mais meia laranja e o terceiro a metade deste último resto, será o percentual de aumento que o aluguel vai sofre.
mais meia laranja. Sabendo-se que não sobrou nem uma
laranja, calcule o número total de laranjas e quantas foram 7. Na cidade de Coimbra 6% dos habitantes são analfabetos.
dadas a cada cliente. Os habitantes que sabem ler são 14 100 pessoas. Quantos
6. Dois estudantes juntos realizam uma tarefa em 5 horas. indivíduos moram nesta cidade?
Sabendo-se que ficaram isolados, o primeiro gasta a metade
do tempo do segundo, calcule o tempo que o primeiro estu- 8. Nádia teve um reajuste salarial de 41%, passando a ga-
dante gasta para realizar a tarefa isoladamente. nhar R$ 4 089,00. Qual era o salário antes do reajuste?

7. Junior comprou uma calculadora por R$ 1.148,00 e a 9. Em certo trimestre as cadernetas de poupança renderam
revendeu com lucro de 18% sobre o preço de venda. Qual o 2,1% de correção monetária. Paulo deixou R$ 1000,00 depo-
preço de venda. sitados durante três meses. Quanto tinha no fim do trimestre.

8. Junior adquiriu uma mercadoria, obteve 5% de desconto 10. Em um colégio 38% dos alunos são meninos e as meni-
sobre o preço de venda. Sabendo-se que ele pagou R$ nas são 155. Quantos alunos têm esse colégio?
19.000,00, calcule o preço de venda.
RESPOSTAS
9. Num quintal há galinhas e coelhos num total de 8 cabe-
ças e 22 pés. Quantas galinhas e quantos coelhos existe no 1) a) 50
quintal? b) 22,50
c) 600
10. Junior e Aline têm 100 livros. Se tirarem 25 livros de Juni- d) 147,82
or e derem a Aline, ele ficarão com o mesmo número de e) 33
livros. Quantos livros tem cada um? f) 28,75
g) 258,75
RESPOSTAS h) 55

1) 6 problemas 2) 26
2) 12 anos 3) 28,95
3) 8 anos 4) 100 000
4) 10 anos e 10 meses 5) 15 000 reais
5) 1400 R$20.000,00 6) 40%
6) número de laranjas 7 cada cliente recebeu 4, 2 e 1 7) 15 000 reais
7) 7 horas e 30 minutos 8) 2 900 reais
8) 5 galinhas e 3 coelhos 9) 1 021 reais
9) 25 e 75 10) 210 alunos
10) 2 horas

PROVA 6
PROVA 5
Porcentagens e Juros Perímetro

1. Determine a porcentagem pedida em casa caso. 1. Sabendo-se que o lado de um quadrado mede 8 cm,
a) 25% de 200 calcule o seu perímetro.
b) 15% de 150
c) 50% de 1200 2. Um retângulo possui as seguintes dimensões, 5 cm de
d) 38% de 389 base e 3 cm de altura. Determine o seu perímetro.
e) 12% de 275
f) 11,5% de 250 3. Determine o perímetro de um retângulo, sabendo que a
g) 75% de 345 base mede 24 cm e sua altura mede a metade da base.
h) 124% de 450
4. A praça de uma cidade possui a forma de um quadrado.
Calcule quantos metros de corda deverá ser gasto para cer-

Matemática 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
car a praça para uma festa sabendo que possui 45 m de lado, 7. Um carro com velocidade constante de 100 km/h, vai
deseja-se dar 4 voltas com a corda. da cidade A até a cidade B em 3 horas. Quanto
tempo levaria esse mesmo carro para ir de A até B,
5. Para o plantio de laranja em todo o contorno de um terreno se sua velocidade constante fosse 160 km/h?
retangular de 42 m x 23 m. Se entre os pés de laranjas a
distância é de 2,60 m, quantos pés de laranjas foram planta- 8. O revestimento de um muro de 16 m de comprimen-
dos? to e 2,5 m de altura consome 84 kg de reboco pre-
parado. Quantos quilos de reboco serão necessários
6. O perímetro de um triângulo eqüilátero corresponde a 5/6 para revestir outro muro de 30 m de comprimento e
do perímetro de um quadrado que tem 9 cm de lado. Qual é a 1,8 m de altura?
medida, em metros, do lado desse triângulo eqüilátero?
9. Mil quilos de ração alimentam 20 vacas durante 30
7. Numa sala quadrada, foram gastos 24,80 m de rodapé de dias. Quantos quilos de ração são necessários para
madeira. Essa sala tem apenas uma porta de 1,20 m de lar- alimentar 30 vacas durante 60 dias?
gura. Considerando que não foi colocado rodapé na largura
da porta, calcule a medida de cada lado dessa sala. 10. Um livro tem 150 páginas. Cada página tem 36 linhas
e cada linha, 50 letras. Se quisermos escrever o
8. Com 32,40 m de tecido, um comerciante quer formar 20 mesmo texto em 250 páginas, quantas letras haverá
retalhos de mesmo comprimento. Qual o comprimento de em cada linha para que cada página tenha 30 li-
cada retalho em centímetros? nhas?

9. O terreno de uma escola é retangular, com 100 m de com- 11. Se 35 operários fazem uma casa em 24 dias, traba-
primento por 65 m de largura. Em todo o contorno desse lhando 8 horas por dia, quantos operários serão ne-
terreno será plantada árvores distantes 1,50 m uma da outra. cessários para fazer a mesma obra em 14 dias tra-
Quantas árvores serão necessárias? balhando 10 horas por dias?

10. Um campo de futebol possui as seguintes dimensões, 12. Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas.
155 m de comprimento e 75 m de largura. Quanto metro de Quantas torneiras seriam necessárias para encher a
tela serão necessárias para cercar este campo. mesma piscina em 2 horas?

RESPOSTAS 13. Três operários constróem uma piscina em 10 dias.


Quantos dias levarão 10 operários para construírem
1) 32 cm a mesma piscina?
2) 16 cm 14. Duas máquinas empacotam 100 litros de leite por
3) 72 cm dia. Quantas máquinas são necessárias para empa-
4) 720 m cotarem 200 litros de leite em meio dia?
5) 50
6) 10 m 15. Numa laje de concreto de 6 cm de espessura foram
7) 6,5 m gastos 30 sacos de cimento de 40 kg cada. Se a laje
8) 162 tivesse apenas 5 cm de espessura, quanto se gasta-
9) 220 ria de cimento.
10) 460 m

PROVA 7 RESPOSTAS
1) 25
2) 250 kg
Regra de três 3) 14m
4) 45 dias
5) 150 dias
1. Se 15 operários levam 10 dias para completar um 6) 40 dias
certo trabalho, quantos operários farão esse mesmo 7) 1h 52 min 30 seg
trabalho em 6 dias. 9) 3000 kg
10) 36 linhas
2. Com 100 kg de trigo podemos fabricar 65 kg de fari- 11) 48 operários
nha. Quantos quilogramas de trigo são necessários 12) 15 torneiras
para fabricar 162,5 kg de farinha? 13) 6 dias
14) 8 máquinas
3. Pedro comprou 2m de tecido para fazer uma calça. 15) 100 Kg
Quantos metros de tecido seriam necessários para
que Pedro pudesse fazer 7 calças iguais.

4. Num campeonato, há 48 pessoas e alimento sufici-


PROVA 8
ente para um mês. Retirando-se 16 pessoas para
quantos dias dará a quantidade de alimento? sistema legal de medidas
1) Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o
5. Cinco pedreiros constróem uma casa em 300 dias. curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e chegou
Quantos dias serão necessários para que 10 pedrei- na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que
ros construam essa mesma casa? horas terminará a aula de inglês?
a) 14h b) 14h 30min c) 15h 15min d) 15h
6. Paulo trabalhou 30 dias e recebeu 15 000 reais. 30min e) 15h 45min
Quantos dias terá que trabalhar para receber 20 000
reais?

Matemática 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Solução: 11) Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno
Basta somarmos todos os valores mencionados no enuncia- retangular que mede 0,2 km de largura e 0,3 km de compri-
do do teste, ou seja: mento. Quantos metros de arame farpado devo usar?
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min a) 500 m b) 600 m c) 1.000 m
d) 60.000 m
2) Transformar 12,45 hm em dm.
Como o decímetro é a terceira casa à direita do hectôme- 12) Em uma enchente, um jornalista viu uma menina com
tro, caminharemos com a vírgula três casas para a direi- uma lata de refrigerante de 350 ml. Perguntando à menina o
ta, e se necessário, que ela estava fazendo, ela respondeu que estava tirando a
completaremos o número com zeros. água para secar a enchente. Sabendo que o volume da en-
Então : 12,45 hm = 12 450 dm chente era de 70.000 m3, quantas viagens a menina teria que
fazer para secar toda a água?
3) Converta 431,8 cm2 em hm2. a) 200 b) 20.000 c) 2.000.000
Como o hectômetro quadrado é a quarta casa à esquerda d) 200.000.000
do quilômetro quadrado, caminharemos com a vírgula
duas casas até o Gabarito:
decímetro quadrado, duas casas até o metro quadrado, 5) D 6) A 7) D 8) E 9) A 10) A 11) C 12) D
duas casas até o decâmetro quadrado e mais duas casas
até o hectômetro ___________________________________
quadrado, ou seja, caminharemos 4 x 2 = 8 casas para a
esquerda, e se necessário, completaremos o número ___________________________________
com zeros. ___________________________________
Então : 431,8 cm2 = 4,31 dm2 = 0,0431 m2 = 0,000 431 dam2
= 0,000 004 31 hm2 ___________________________________
___________________________________
4) Transformar 431 858,7 mm3 em m3.
Como o metro cúbico é a terceira casa à esquerda do _______________________________________________________
milímetro cúbico, caminharemos com a vírgula três casas
até o centímetro _______________________________________________________
cúbico, três casas até o decímetro cúbico e mais três _______________________________________________________
casas até o metro cúbico, ou seja, caminharemos 3 x 3 =
9 casas para a esquerda, _______________________________________________________
e se necessário, completaremos o número com zeros. _______________________________________________________
Então : 4 318 58,7 mm3 = 431,857 8 cm3 = 0, 431 857 8
dm3= 0,000 431 857 8 m3 _______________________________________________________
_______________________________________________________
5) 13,73 dam foram convertidos para várias unidades diferen-
tes. Das conversões abaixo, assinale a única que está errada _______________________________________________________
a) 13730 cm b) 137,3 m c)1,373 hm
d) 0,01373 km _______________________________________________________
_______________________________________________________
6) Eu tenho um terreno retangular de dimensões de 125 me-
tros por 80 metros que eu pretendo usar para plantação. Mas _______________________________________________________
deste terreno, uma parte, medindo 30 dam2, está ocupada _______________________________________________________
com construções. Qual é a área que sobra, em km2 ?
a) 0,007 km² b) 0,097 km² c) 0,7 km² _______________________________________________________
d) 0,997 km²
_______________________________________________________
7) Muitos remédios são tomados em doses menores que o _______________________________________________________
mg. Um comprimido de certo remédio tem 0,025 mg de uma
certa substância. Com 1 kg desta substância, quantos com- _______________________________________________________
primidos podem ser feitos? _______________________________________________________
a) menos de um b) 40 c) 40.000 d)
40.000.000 _______________________________________________________
_______________________________________________________
8) Uma rocha cúbica tem uma aresta medindo 30 metros.
Qual é o seu volume em litros? _______________________________________________________
a) 27 l b) 90 l c) 27.000 l d) 90.000 l
e) 27.000.000 l _______________________________________________________
_______________________________________________________
9) Fui colocar gasolina no meu carro, que estava com o tan-
que pela metade. Coloquei 35 litros e enchi o tanque. Qual é _______________________________________________________
a capacidade do tanque em m3? _______________________________________________________
a) 0,07 m³ b) 17,5 m³ c)70 m³
d) 17.500 m³ _______________________________________________________

10) Um programa de televisão começou às 13 horas, 15


_______________________________________________________
minutos e 20 segundos, e terminou às 15 horas, 5 minutos e _______________________________________________________
40 segundos. Quanto tempo este programa durou, em se-
gundos? _______________________________________________________
a) 6620 s b) 6680 s c) 6740 s d) 10220 _______________________________________________________
s

Matemática 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ ______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________

Matemática 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

LÍNGUA PORTUGUESA
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas
em êem e ôo(s).
Como era: abençôo, crêem (verbo crer), dêem (verbo dar),
dôo (verbo doar), enjôo, lêem (verbo ler),magôo (verbo mago-
ar), perdôo (verbo perdoar), povôo (verbo povoar), vêem
(verbo ver), vôos, zôo.
Como fica: abençoo creem (verbo crer), deem (verbo dar),
doo (verbo doar), enjoo, leem (verbo ler), magoo (verbo ma-
goar), perdoo (verbo perdoar), povoo (verbo povoar), veem
(verbo ver), voos, zoo.
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pa-
res pára/para, péla(s)/ pe-
la(s),pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era: Ele pára o carro. Ele foi ao póloNorte. Ele gosta
de jogar pólo. Esse gato tem pêlos brancos. Comi uma pêra.
Como fica: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera.
Mudanças no alfabeto Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito
letras k, w e y. do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do
N O P Q R S T U V WX Y Z singular.
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele
da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em pode.
várias situações. Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por
Por exemplo: é preposição.
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilô- Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
metro), kg (quilograma), W (watt);
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus deri-
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter,
vados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin,
deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele
Trema
vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes.
para indicar que ela deve ser pronunciada nos gru- / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles
pos gue, gui, que, qui. detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles inter-
Como era: agüentar, argüir, bilíngüe, cinqüenta, delinqüen- vêm em todas as aulas.
te, eloqüente,ensangüentado, eqüestre, freqüente, lingüeta, É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
lingüiça, qüinqüênio, sagüi,seqüência, seqüestro, tranqüilo, palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento
Como fica: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma
eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, da fôrma do bolo?
linguiça, quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo. 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangei- (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicati-
ras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. vo dos verbos arguir e redarguir.
Mudanças nas regras de acentuação 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar,
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc. Esses verbos
penúltima sílaba). admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do
Como era: alcalóide, alcatéia, andróide, apóia, apóio(verbo indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
apoiar), asteróide, bóia,celulóide, clarabóia, colméia, Coréia, Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas
debilóide, epopéia, estóico, estréia, estréio (verbo estrear), formas devem ser acentuadas.
geléia, heróico, ideia, jibóia, jóia, odisséia, paranóia, paranói- Exemplos:
co, platéia, tramóia. verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam;
Como fica: alcaloide, alcateia, androide apoia, apoio (verbo enxágue, enxágues, enxáguem.
apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia, verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem;
debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio(verbo estrear), delínqua, delínquas, delínquam.
geleia, heroico, ideia, jiboia joia, odisseia, paranoia, paranoi- b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam
co, plateia tramoia. de ser acentuadas.
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxí- Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pro-
tonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxíto- nunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar:
nas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. gues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delin-
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e que, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira,
Como era: baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra. aquela com a e i tônicos.
Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura. Uso do hífen
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores,

Língua Portuguesa 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do 8. Com os prefi-
hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
orientações estabelecidas pelo Acordo. As observações a sempre o hífen.
seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-
prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefi- diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-
xos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-
circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, in- casado, recém-nascido, sem-terra.
fra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-
pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, guarani: açu, guaçu e mirim.
tele, ultra, vice, etc.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra
iniciada por h. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que
ocasionalmente se combinam, formando não propriamente
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro- vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-
homem, ultra-humano. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde 11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perde-
o h). ram a noção de composição.
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas,
diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. paraquedista, pontapé.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, 12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma
antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele
autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, deve ser repetido na linha seguinte.
plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semio- Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
paco. O diretor recebeu os ex-alunos.
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo Resumo
elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, Emprego do hífen com prefixos.
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coo- Regra básica - Sempre se usa o hífen diante de h: anti-
cupante etc. higiênico, super-homem.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o Outros casos:
segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. 1. Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal
Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoprote- diferente: autoescola, antiaéreo.
ção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudopro- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto,
fessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno. semicírculo.
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Sem hífen diante de r e s.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o ondas.
segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-
se essas letras. 2. Prefixo terminado em consoante:
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
Exemplos: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, bibliotecário.
antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrea- persônico.
lismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, Ultrassom. Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o Observações:
segundo elemento começar pela mesma vogal. 1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de pala-
Exemplos: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti- vra iniciada por r sub-região, sub-raça etc.
inflamatório, auto-observação, contra-almirante, contra-atacar, Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem
contra-ataque micro-ondas micro-ônibus semi-internato, semi- hífen: subumano, subumanidade.
interno. 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
o segundo elemento começar pela mesma consoante. americano etc.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub- 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,
bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super- mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar,
resistente, super-romântico. cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen. 4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, almirante etc.
superproteção. 5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra a noção de composição, como girassol, madressilva, manda-
iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. chuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala- 6. Com os prefi-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan- xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
americano etc. sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar,
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
hífen se o segundo elemento começar por vogal. ¨
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, Fonte: Guia Prático da Nova Ortografia - Douglas Tufano
interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, Editora Melhoramentos - Agosto de 2008
supereconômico, superexigente, superinteressante, superoti-
mismo.

Língua Portuguesa 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Novo Acordo Ortográfico é adiado para 2016 Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
O objetivo de adiar a vigência do novo Acordo Ortográfi- texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
co visa a alinhar o cronograma brasileiro com o de outros
países e dar um maior prazo de adaptação às pessoas. 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
Prorrogação visa a alinhar cronograma brasileiro com o de outros países, 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
como Portugal. até o fim, ininterruptamente;
A vigência obrigatória do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos
adiada pelo governo brasileiro por mais três anos. A implementação inte- umas três vezes ou mais;
gral da nova ortografia estava prevista para 1º de janeiro de 2013, contudo, 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
o Governo Federal adiou para 1º de janeiro de 2016, prazo estabelecido 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
também por Portugal. 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
Assinado em 1990 por sete nações da Comunidade de Países de Língua 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
Portuguesa (CPLP) e adotado em 2008 pelos setores público e privado, o ensão;
Acordo tem como objetivo unificar as regras do português escrito em todos 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial. A reforma respondente;
ortográfica também visa a melhorar o intercâmbio cultural, reduzir o custo 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
econômico de produção e tradução de livros e facilitar a difusão bibliográfi- 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
ca nesses países. incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
Nesse sentido, a grafia de aproximadamente 0,5 das palavras em portu- aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
guês teve alterações propostas, a exemplo de ideia, crêem e bilíngue, que, perguntou e o que se pediu;
com a obrigatoriedade do uso do novo Acordo Ortográfico, passaram a ser 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
escritas sem o acento agudo, circunflexo e trema, respectivamente. Com o exata ou a mais completa;
adiamento, tanto a ortografia atual quanto a prevista são aceitas, ou seja, a 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
utilização das novas regras continua sendo opcional até que a reforma lógica objetiva;
ortográfica entre em vigor. 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
Dicas para uma boa interpretação de texto 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
resposta;
Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
pessoal e profissional, por isso elaboramos algumas dicas preciosas para definindo o tema e a mensagem;
auxiliar você nos seus estudos. 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
sim, não se desespere, você não é o único a sofrer com esse problema que simos na interpretação do texto.
afeta muitos leitores. Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros pro- do fato (= morte de "ele").
blemas, afetando não só o desenvolvimento profissional, mas também o Ex.: Ele morreu faminto.
desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de nós inúmeras com- faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
petências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas quando morreu.;
a uma boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está relacionado com as estão coordenadas entre si;
a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, pois a leitura mecânica é 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise Cunegundes
de textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
mas nem por isso deixaremos de contemplar alguns que se fazem essenci- TEXTO NARRATIVO
ais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos das • As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-
minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar
suficiente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, dos fatos.
sempre releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos surpre-
endentes que não foram observados anteriormente. Para auxiliar na busca Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou
de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais heroína, personagem principal da história.
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do
conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-
pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal
estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação contracena em primeiro plano.
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou
apresentando novos conceitos. As personagens secundárias, que são chamadas também de compar-
sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra-
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas ção.
pelo autor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos O narrador que está a contar a história também é uma personagem,
nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
na superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do tância, ou ainda uma pessoa estranha à história.
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado certamente
incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler com Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-
atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
uma técnica, que fará de nós leitores proficientes e sagazes. Agora que alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e
você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen-
estudos! Luana Castro Alves Perez

Língua Portuguesa 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações Exemplo:
perante os acontecimentos. “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o clÍmax, o dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
desenlace ou desfecho. travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou Exemplo:
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
resses entre as personagens. dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- nos sombrios por vir”.
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. • Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- Exemplo:
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
cionados ao principal. hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter (José Lins do Rego)
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são TEXTO DESCRITIVO
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
narrativo. terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa- unificada.
to que aconteceu depois.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela pouco.
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
espírito. • Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
• Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri- que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
zado por : vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às • Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon- personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra- to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
tiva que é feito em 1a pessoa. cial e econômico .
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, • Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per- observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra- para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa. partes mais típicas desse todo.
• Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de • Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos
apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma
qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e
feita em 1a pessoa ou 3a pessoa. típicos.
• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
Formas de apresentação da fala das personagens que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
três maneiras de comunicar as falas das personagens. • Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu-
• Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra- lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É
vés do diálogo. predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer
Língua Portuguesa 4 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- so. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um parágrafo argumenta-
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. tivo:

TEXTO DISSERTATIVO • Declaração inicial: É uma forma de apresentar com assertivi-


Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- dade e segurança a tese.
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- ‘ A aprovação das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superi-
com clareza, coerência e objetividade. or ao negro por meio de políticas afirmativas é uma forma de admitir a
diferença social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir de trabalho.’
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. • Interrogação: Cria-se com a interrogação uma relação próxima
com o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas na
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- introdução.
do o contexto.
‘ Por que nos orgulhamos da nossa falta de consciência coletiva? Por
que ainda insistimos em agir como ‘espertos’ individualistas?’
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- • Citação ou alusão: Esse recurso garante à defesa da tese cará-
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- ter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois
jetiva da definição do ponto de vista do autor. se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- ‘ As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num as costas e irem embora’. O comentário do fotógrafo Sebastião Salgado
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- sobre o que presenciou na Ruanda é um chamado à consciência públi-
sencadeia a conclusão. ca.’’
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia • Exemplificação: O processo narrativo ou descritivo da exempli-
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- ficação pode conferir à argumentação leveza a cumplicidade. Porém,
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e não interfira
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer no processo persuasivo.
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese
e opinião. ‘ Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe média.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o se-
a obra ou ação que realmente se praticou. gundo ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários são assaltados e amea-
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou çados de morte. O cotidiano violento de São Paulo se faz presente.’’
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. • Roteiro: A antecipação do que se pretende dizer pode funcionar
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou como encaminhamento de leitura da tese.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- ‘ Busca-se com essa exposição analisar o descaso da sociedade em
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a relação às coletas seletivas de lixo e a incompetência das prefeituras.’’
respeito de algo.
• Enumeração: Contribui para que o redator analise os dados e
O TEXTO ARGUMENTATIVO exponha seus pontos de vista com mais exatidão.

Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
tema ou assunto. res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-
xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Bying-
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, ton.’’
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve • Causa e consequência: Garantem a coesão e a concatenação
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da das ideias ao longo do parágrafo, além de conferir caráter lógico ao pro-
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo cesso argumentativo.
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da ‘ No final de março, o Estado divulgou índices vergonhosos do Idesp
opinião. – indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação para ava-
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: liar a qualidade do ensino (…). O péssimo resultado é apenas conse-
a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese; quência de como está baixa a qualidade do ensino público. As causas
o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e são várias, mas certamente entre elas está a falta de respeito do Estado
a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser que, próximo do fim do 1º bimestre, ainda não enviou apostilas para al-
de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatís- gumas escolas estaduais de Rio Preto.
tico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos - enfim
• Síntese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto
tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem
com a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentação.
consistência. A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta
Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo.
ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção do leitor e utilizar
variedade padrão de língua. ‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal,
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento.
A linguagem normalmente é impessoal e objetiva.
O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos es-
O roteiro da persuasão para o texto argumentativo:
tádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores
Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumen- precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’
tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-
sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com suces-

Língua Portuguesa 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e ga- existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se
rante mais credibilidade ao processo argumentativo. transformar na salvação do mundo.
‘ Recolher de forma digna e justa os usuários de crack que buscam Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
ajuda, oferecer tratamento humano é dever do Estado. Não faz sentido sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a to- combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada
dos.’’ Mundograduado.org melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.” Profª Francinete
Modelo de Dissertação-Argumentativa
Dissertação expositiva e argumentativa
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
A dissertação pode ser feita de maneira expositiva ou argumentativa.
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre- Expositiva
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan- A dissertação é expositiva quando há a abordagem de uma verdade indis-
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia. cutível. O texto oferece um conhecimento ou informação sobre o assunto
através da exposição de ideias, não tomando uma posição sobre elas.
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a
se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao Argumentativa
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsá-
A dissertação argumentativa é aquela que aborda o assunto com uma visão
veis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, pro-
crítica, onde o autor defende o seu ponto de vista, buscando sempre con-
blemas ambientais que afetam a população.
vencer o leitor através de evidências, juízos, provas e opiniões relevantes.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar Como interpretar textos
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informa-
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti- ções específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas
ca. a concursos públicos.

O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló- responder as questões relacionadas a textos.
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si,
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNI-
transformar na salvação do mundo. CATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul. transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que
o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retira-
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual da de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um
dissertativa assim organizada: significado diferente daquele inicial.
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi-
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou
da;
indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso deno-
“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi- mina-se INTERTEXTO.
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan- INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.” de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-
se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou
2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos ar- explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na
gumentativos; prova.
“O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço
a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respon-
sáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, 1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argu-
problemas ambientais que afetam a população. mentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos 2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar entre as situações do texto.
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de 3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade,
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente opinando a respeito.
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, 4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti- parágrafo.
ca.” 5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.
3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de
EXEMPLO
intervenção relacionada à tese.
“O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os TÍTULO DO TEXTO
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais "O HOMEM UNIDO ”
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não

Língua Portuguesa 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PARÁFRASES depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode
A INTEGRAÇÃO DO MUNDO esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor se-
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE mântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
A UNIÃO DO HOMEM Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto,
HOMEM + HOMEM = MUNDO pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
cia, a saber:
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR
QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE.
Fazem-se necessários: MAS DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE.
QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR.
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura QUEM (PESSOA)
do texto), leitura e prática; CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O
OBJETO POSSUÍDO.
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; COMO (MODO)
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: ONDE (LUGAR)
homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonimia, QUANDO (TEMPO)
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. QUANTO (MONTANTE)

c) Capacidade de observação e de síntese e EXEMPLO:

d) Capacidade de raciocínio. Falou tudo QUANTO queria (correto)


Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o de-
INTERPRETAR x COMPREENDER monstrativo O ).

INTERPRETAR SIGNIFICA • VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBA-


- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. RISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem
- TIPOS DE ENUNCIADOS expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-
• Através do texto, INFERE-SE que... se erros graves como:
• É possível DEDUZIR que...
• O autor permite CONCLUIR que... - “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que... - “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto
oblíquo átono
COMPREENDER SIGNIFICA
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE REALMENTE Dicionário de Interpretação de textos
ESTÁ ESCRITO. A - Atenção ao ler o texto é fundamental.
- TIPOS DE ENUNCIADOS:
• O texto DIZ que... B - Busque a resposta no texto. Não tente adivinhá-la. “Chute” só em
• É SUGERIDO pelo autor que... último caso.
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação...
• O narrador AFIRMA... C - Coesão: uma frase com erro de coesão pode tornar um contexto indeci-
frável. Contexto: é o conjunto de ideias que formam um texto ® o conteú-
ERROS DE INTERPRETAÇÃO do.

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpre- D - Deduzir: deduz- se somente através do que o texto informa.
tação. Os mais frequentes são:
E - Erros de Interpretação:
a) Extrapolação (viagem) • Extrapolação ( viagem ): é proibido viajar. Não se pode permitir que o
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no pensamento voe.
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. • Redução: síntese serve apenas para facilitar o entendimento do contexto
e para fixar a ideia principal. Na hora de responder lê-se o texto novamente.
b) Redução • Contradição: é proibido contradizer o autor. Só se contradiz se solicitado.
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esque-
cendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente F – Figuras de linguagem: conhecê-las bem ajudam a compreender o
para o total do entendimento do tema desenvolvido. texto e, até, as questões.

c) Contradição G – Gramática: é a “alma” do texto. Sem ela, não haverá texto interpretá-
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o vel. Portanto, estude-a bastante.
tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.
H - História da Literatura: reconhecer as escolas e os gêneros literários é
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do fundamental. Revise seus apontamentos de literatura.
leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que
deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. I – Interpretação: o ato de interpretar tem primeiro e principal objetivo a
identificação da ideia principal. • Intertexto: são as citações que comple-
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam pala- mentam, ou reforçam, o enfoque do autor .
vras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coe-
são dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NE- J – Jamais responda “de cabeça”. Volte sempre ao texto.
XOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que
se vai dizer e o que já foi dito. L – Localizar-se no contexto permite que o candidato DESCUBRA a
resposta.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles,
está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este M – Mensagem: às vezes, a mensagem não é explícita, mas o contexto

Língua Portuguesa 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
informa qual a intenção do autor. das características distintivas dos textos literário é a sua fun-
ção poética, onde é possível constatar ritmo e musicalidade,
N – Nexos: são importantíssimos na coesão. Estude os pronomes relativos organização específica das palavras e um elevado nível de
e as conjunções. criatividade.

O – Observação: se você não é bom observador, comece a praticar HOJE, Diferenças entre texto literário e não literário
pois essa capacidade está intimamente ligada à atenção. OBSERVAÇÃO A grande diferença entre os textos literários e não literários
= ATENÇÃO = BOA INTERPRETAÇÃO. consiste na sua função ou objetivo.

P – Parafrasear: é dizer o mesmo que está no texto com outras palavras. É O texto não literário tem como objetivo informar, esclarecer,
o mais conhecido “pega – ratão“ das provas. explicar, ou seja, pretende ser útil ao leitor. O texto não literá-
rio é frequentemente visto como um texto informativo, cons-
Q – Questões de alternativas ( de “a” a “e” ): devem ser todas lidas. truído de forma específica, com linguagem clara e objetiva.
Nunca se convença de que a resposta é a letra “a” . Duvide e leia até a letra Alguns exemplos são artigos científicos, notícias, ou textos
“e”, pois a resposta correta pode estar aqui. didáticos.
Por outro lado, o texto literário é mais artístico, com uma fun-
R – Roteiro de Interpretação ção estética, que tem como objetivo recreativo, provocando
diferentes emoções no leitor. Assim, os textos literários nem
Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são necessários: sempre estão ligados à realidade (no caso da ficção) e muitas
vezes são subjetivos, podendo existir diferentes interpreta-
a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua ideia central; ções de leitores distintos. Além disso, o texto literário contém
b) interpretar as palavras desconhecidas através do contexto; figuras de linguagem, sentido figurado e metafórico das pala-
c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a ideia central; vras, que tornam o texto mais expressivo.
d) identificar as objeções à ideia central;
e) sublinhar os exemplos que foram empregados como ilustração da ideia Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal
central;
f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazen- Existem várias formas de comunicação. Quando o homem se
do o mesmo com as questões e as alternativas; utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escri-
g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de cabeça”; ta,dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois
h) se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto; o código usado é a palavra. Tal código está presente, quando
i) se o enunciado pedir a ideia principal, ou tema, estará situada na introdu- falamos com alguém, quando lemos, quando escrevemos. A
ção, na conclusão, ou no título; linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente
j) se o enunciado pedir a argumentação, esta estará localizada, normalmen- em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita,
te, no corpo do texto. expomos aos outros as nossas idéias e pensamentos, comu-
nicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em
S – Semântica: é a parte da gramática que estuda o significado das pala- nossas vidas.
vras. É bom estudar: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
polissemia, sinônimos e antônimos. Não esqueça que a mudança de um “i “ - ela está presente em textos em propagandas;
para “e” pode mudar o significado da palavra e do contexto. - em reportagens (jornais, revistas, etc.);
- em obras literárias e científicas;
IMINENTE - EMINENTE - na comunicação entre as pessoas;
- em discursos (Presidente da República, representantes de
T – Texto: basicamente, é um conjunto de IDEIAS (Assun- classe, candidatos a cargos públicos, etc.);
to) ORGANIZADAS (Estrutura). (INTRODUÇÃO-ARGUMENTAÇÃO- - e em várias outras situações.
CONCLUSÃO)
Linguagem Não-Verbal
U – Uma vez, contaram a você que existem a ótica do escritor e a ótica do
leitor. É MENTIRA! Você deve responder às questões de acordo com o O sinal que demonstra que é proibido fumar em um determi-
escritor. nado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não
utiliza do código "língua portuguesa" para transmitir que é
V – Vícios: esses “errinhos” do cotidiano atrapalham muito na interpreta- proibido fumar.
ção. Não deixe que eles interfiram no seu conhecimento. O sinal que demonstra que é proibido fumar em um determi-
nado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não
X – Xerocar os conteúdos, isto é, decorá-los não é o suficiente: é necessá- utiliza do código "língua portuguesa" para transmitir que é
rio raciocinar. proibido fumar.
Percebemos que o semáforo, nos transmite a idéia de aten-
Z – Zebra não existe: o que existe é a falta de informação. Portanto, infor- ção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos
me-se! saber se é permitido seguir em frente (verde), se é para ter
atenção (amarelo) ou se é proibido seguir em frente (verme-
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-
lho) naquele instante
interpretar-textos
O que é um Texto literário:
A ideia principal e as secundárias

Um texto literário é uma construção textual de acordo com Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos
nos colocar no papel de narradores, isto é, vamos contar fatos com base na
as normas da literatura, com objetivos e características pró-
prias, como linguagem elaborada de forma a causar emo- organização das ideias.
ções no leitor. Leia o trecho abaixo:
De acordo com a classificação de textos, existe a divisão Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
entre duas categorias: textos literários e textos não literários. quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Com
isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demons-
Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais,
trando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos,
romances, crônicas, contos fábulas, poemas, etc. Uma
um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.

Língua Portuguesa 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per-
um fato acontecido com seu primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Anali- cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo.
semos, agora, o parágrafo quanto à estrutura. As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação:
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
As ideias foram organizadas da seguinte maneira: violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará-
Ideia principal: grafo.
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias
quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. podem organizar-se da seguinte maneira:
Ideias secundárias: Ideia principal + ideias secundárias
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, ou
demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as Ideias secundárias + ideia principal
mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias se-
A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação peri- cundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas
gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias deve-
complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia
conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava. principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos
Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importan-
de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em pará- te, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas
grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo: que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto.
O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram
aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram con- FALA E ESCRITA
tentes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela mãe.
Registros, variantes ou níveis de língua(gem)
Nesse trecho, há dois parágrafos.
A comunicação não é regida por normas fixas e imutáveis. Ela pode
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia transformar-se, através do tempo, e, se compararmos textos antigos com
principal do parágrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio. atuais, perceberemos grandes mudanças no estilo e nas expressões. Por
que as pessoas se comunicam de formas diferentes? Temos que conside-
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias rar múltiplos fatores: época, região geográfica, ambiente e status cultural
secundárias. Observe: dos falantes.
Ideia principal: Há uma língua-padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram dos parâmetros utilizados pelo grupo social mais culto. Às vezes, a mesma
aproveitar o bom tempo. pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situação sociocultural
dos indivíduos com quem se comunica, usará níveis diferentes de língua.
Ideia secundárias: Dentro desse critério, podemos reconhecer, num primeiro momento, dois
Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, tipos de língua: a falada e a escrita.
levando um farto lanche, preparado pela mãe. A língua falada pode ser culta ou coloquial, vulgar ou inculta, regional,
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se perguntando: grupal (gíria ou técnica). Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de
“Afinal, de que tamanho é o parágrafo?” calão.

Bem, o que podemos responder é que não há como apontar um pa- Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não ser
drão, no que se refere ao tamanho ou extensão do parágrafo. que o estilo permita, ou seja, se estamos dissertando – e, nesse tipo de
redação, usa-se, geralmente, a língua-padrão – não podemos passar desse
Há exemplos em que se veem parágrafos muito pequenos; outros, em nível para um como a gíria, por exemplo.
que são maiores e outros, ainda, muito extensos.
Variação linguística: como falantes da língua portuguesa, percebe-
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da ex- mos que existem situações em que a língua apresenta-se sob uma forma
tensão do parágrafo, pois o que é importante mesmo, é a organização das bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou nos
ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito popular – “nem meios de comunicação. Essa diferença pode manifestarse tanto pelo voca-
oito, nem oitenta…”. bulário utilizado, como pela pronúncia ou organização da frase.
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma
parágrafos muito curtos, também não é aconselhável empregarmos os forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e
muito longos. extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica,
o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os traba-
contexto. Essas diferenças constituem as variações linguísticas.
lhos de redação. Com o tempo, a prática dirá quando e como usar parágra-
fos – pequenos, grandes ou muito grandes. Observe abaixo as especificidades de algumas variações:
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia 1. Profissional: no exercício de algumas atividades profissionais, o
principal e outras secundárias. Isso não significa, no entanto, que sempre a domínio de certas formas de línguas técnicas é essencial. As variações
ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em que a ideia profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito
secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o ao intercâmbio técnico.
exemplo:
2. Situacional: as diferentes situações comunicativas exigem de um
As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo mesmo indivíduo diferentes modalidades da língua. Empregam-se, em
estremeceu violentamente sob meus pés. Logo percebi que se tratava de situações formais, modalidades diferentes das usadas em situações infor-
um terremoto. mais, com o objetivo de adequar o nível vocabular e sintático ao ambiente
linguístico em que se está.

Língua Portuguesa 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3. Geográfica: há variações entre as formas que a língua portuguesa Linguagem Verbal - Existem várias formas de comunicação. Quando o
assume nas diferentes regiões em que é falada. Basta prestar atenção na homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos
expressão de um gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a
variações regionais constituem os falares e os dialetos. Não há motivo palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando
linguístico algum para que se considere qualquer uma dessas formas lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação
superior ou inferior às outras. mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita,
expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos
4. Social: o português empregado pelas pessoas que têm acesso à por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. Ela está
escola e aos meios de instrução difere do português empregado pelas presente em textos em propagandas;
pessoas privadas de escolaridade.
em reportagens (jornais, revistas, etc.);
Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que
goza prestígio, enquanto outras são vítimas de preconceito por emprega- em obras literárias e científicas;
rem estilos menos prestigiados. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade
de língua – a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida escolar e na comunicação entre as pessoas;
cujo domínio é solicitado como modo de ascensão profissional e social. em discursos (Presidente da República, representantes de classe, can-
Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que didatos a cargos públicos, etc.);
alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreensão por aqueles que
não fazem parte do grupo. O emprego dessas formas de língua proporciona e em várias outras situações.
o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita. Assim Linguagem Não Verbal
se formam, por exemplo, as gírias, as línguas técnicas. Pode-se citar ainda
a variante de acordo com a faixa etária e o sexo.
Língua padrão e não padrão
A língua padrão está ligada à variedade escrita, culta da língua portu-
guesa. Ela é considerada formal, "correta", e deve ser usada em ocasiões
mais formais, tanto na escrita , quanto na fala.
A língua não-padrão está ligada à variedade falada, coloquial da nossa
língua. Ela é considerada informal, mais flexível e permite alguns usos que
devem ser evitados quando escrevemos : gírias, abreviações, falta dos
plurais nas palavras, etc.Porém, às vezes, encontramos essa variedade Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em
não-padrão também na variedade escrita : em textos como poesias, um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza
propagandas , jornal,etc. christina luisa do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na
figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a ideia de aten-
ção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se é
AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se é
Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante.
seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idio-
ma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natu-
ral, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por
seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela
não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada
às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento
de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao
longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada.
Língua falada:
· Palavra sonora
· Requer a presença dos interlocutores Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente decodi-
· Ganha em vivacidade ficadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da palavra?
· É espontânea e imediata O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver ausência da
· Uso de frases feitas palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar mensagens a
· É repetitiva e redundante partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra,
· O contexto extralinguístico é importante denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos (o
· A expressividade permite prescindir de certas regras desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores)
· A informação é permeada de subjetividade e influenciada pela pre- Fonte: www.graudez.com.br
sença do
interlocutor AS PALAVRAS-CHAVE
· Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno físico e
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitu-
psíquico
ra aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras,
Língua escrita:
frases. Ler é muito mais que isso. É compreender a forma como está tecido
· Palavra gráfica
o texto. Ultrapassar sua superfície e aferir da leitura seu sentido maior, que
· É possível esquecer o interlocutor
muitas vezes passa despercebido a uma grande maioria de leitores. Só
· É mais sintética e objetiva
uma relação mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler
· A redundância é apenas um recurso estilístico
bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita comple-
· Ganha em permanência
mentam-se. Lendo textos bem estruturados, podemos apreender os proce-
· Mais correção na elaboração das frases
dimentos linguísticos necessários a uma boa redação.
· Evita a improvisação
· Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de pontua- Numa primeira leitura, temos sempre uma noção muito vaga do que o
ção autor quis dizer. Uma leitura bem feita é aquela capaz de depreender de um
· É mais precisa e elaborada texto ou de um livro a informação essencial. Tudo deve ajustar-se a elas de
· Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos forma precisa. A tarefa do leitor é detectá-las, a fim de realizar uma leitura
capaz de dar conta da totalidade do texto.
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL
Língua Portuguesa 10 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Por adquirir tal importância na arquitetura textual, as palavras-chave intelectuais diversos, (3) ampliando, dessa forma, a sua própria visão em
normalmente aparecem ao longo de todo o texto das mais variadas formas: relação aos assuntos.” E por fim, comprovada a sua tese, veja que a ideia
repetidas, modificadas, retomadas por sinônimos. Elas pavimentam o desta é recuperada:
caminho da leitura, levando-nos a compreender melhor o texto. Além disso,
fornecer a pista para uma leitura reconstrutiva porque nos levam à essência CONCLUSÃO: “Como a produção escrita se baseia praticamente na
da informação. Após encontrar as palavras-chave de um texto, devemos exposição de ideias por meio de palavras, certamente aquele que lê desen-
tentar reescrevê-lo, tomando-as como base. Elas constituem seu esqueleto. volverá sua habilidade devido ao enriquecimento linguístico adquirido
através da leitura de bons autores.”
AS IDEIAS-CHAVE
Observe como o texto dissertativo tem por objetivo expressar um de-
Muitas vezes temos dificuldades para chegar à síntese de um texto só terminado ponto de vista em relação a um assunto qualquer e convencer o
pelas palavras-chave. Quando isso acontece, a melhor solução é buscar leitor de que este ponto de vista está correto. Poderíamos afirmar que o
suas ideias-chave. Para tanto é necessário sintetizar a ideia de cada pará- texto dissertativo é um exercício de cidadania, pois nele o indivíduo exerce
grafo. seu papel de cidadão, questionando valores, reivindicando algo, expondo
pontos de vista, etc.
TÓPICO FRASAL
Pode-se dizer que:
Um parágrafo padrão inicia-se por uma introdução em que se encontra
a ideia principal desenvolvida em mais períodos. Segundo a lição de Othon A paragrafação com tópico frasal seguido pelo desenvolvimento é uma
M. Garcia em sua Comunicação em prosa moderna (p. 192), denomina- forma de organizar o raciocínio e a exposição das ideias de maneira clara e
se tópico frasal essa introdução. Depois dela, vem o desenvolvimento e facilmente compreensível. Quando se tem um plano em que os tópicos
pode haver a conclusão. Um texto de parágrafo: principais foram selecionados e

“Em todos os níveis de sua manifestação, a vida requer certas condi- dispostos de modo a haver transição harmoniosa de um para outro, é
ções dinâmicas, que atestam a dependência mútua dos seres vivos. Ne- fácil redigir.
cessidades associadas à alimentação, ao crescimento, à reprodução ou a O TÓPICO FRASAL DO PARÁGRAFO: geralmente vem no começo
outros processos biológicos criam, com frequência, relações que fazem do do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a ideia
bem-estar, da segurança e da sobrevivência dos indivíduos matérias de central e podem ou não concluir a ideia deste parágrafo.
interesse coletivo”. FERNANDES, Florestan. Elementos de sociologia
teórica 2. ed. São Paulo: Nacional, 1974, p. 35. O DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO: é a explanação da ideia
exposta no tópico frasal. Devemos desenvolver nossas ideias de maneira
Neste parágrafo, o tópico frasal é o primeiro período (Em .... vivos). Se- clara e convincente, utilizando argumentos e/ou ideias sempre tendo em
gue-se o desenvolvimento especificando o que é dito na introdução. Se o vista a forma como iniciamos o parágrafo.
tópico frasal é uma generalização, e o desenvolvimento constitui-se de
especificações, o parágrafo é, então, a expressão de um raciocínio deduti- A CONCLUSÃO DO PARÁGRAFO encerra o desenvolvimento, com-
vo. Vai do geral para o particular: Todos devem colaborar no combate às pleta a discussão do assunto (opcional)
drogas. Você não pode se omitir.
FORMAS DISCURSIVAS DO PARÁGRAFO
Se não há tópico frasal no início do parágrafo e a síntese está na con-
A) DESCRITIVO: a matéria da descrição é o objeto. Não há persona-
clusão, então o método é indutivo, ou seja, vai do particular para o geral,
gens em movimento (atemporal). O autor/produtor deve apresentar o
dos exemplos para a regra: João pesquisou, o grupo discutiu, Lea redigiu.
objeto, pessoa, paisagem etc, de tal forma que o leitor consiga distinguir o
Todos colaborando, o trabalho é bem feito.
ser descrito.
PARAGRAFAÇÃO B) NARRATIVO: a matéria da narração é o fato. Uma maneira eficiente
A PARAGRAFAÇÃO de organizá-lo é respondendo à seis perguntas: O quê? Quem? Quando?
Onde? Como? Por quê?
NO/DO TEXTO DISSERTATIVO
C) DISSERTATIVO: a matéria da dissertação é a análise (discussão).
(Partes deste capítulo foram adaptados/tirados de PACHECO, Agnelo
C. A dissertação. São Paulo: Atual, 1993 e de SOBRAL, João Jonas Veiga. ELABORAÇÃO/ PLANEJAMENTO DE PARÁGRAFOS
Redação: Escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997) Ter um assunto
O texto dissertativo é o tipo de texto que expõe uma tese (ideias gerais Delimitá-lo, traçando um objetivo: o que pretende transmitir?
sobre um assunto/tema) seguida de um ponto de vista, apoiada em argu-
mentos, dados e fatos que a comprovem. Elaborar o tópico frasal; desenvolvê-lo e concluí-lo
“A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois, lendo, o indivíduo PARÁGRAFO-CHAVE: FORMAS PARA COMEÇAR UM TEXTO
tem contato com modelos de textos bem redigidos que, ao longo do tempo,
farão parte de sua bagagem linguística; e também porque entrará em Ao escrever seu primeiro parágrafo, você pode fazê-lo de forma criati-
contato com vários pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando, va. Ele deve atrair a atenção do leitor. Por isso, evite os lugares-comuns
dessa forma, sua própria visão em relação aos assuntos. Como a produção como: atualmente, hoje em dia, desde épocas remotas, o mundo hoje, a
escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio de pala- cada dia que passa, no mundo em vivemos, na atualidade.
vras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao Listamos aqui algumas formas de começar um texto. Elas vão das mais
enriquecimento linguístico adquirido através da leitura de bons autores.” simples às mais complexas.
No texto acima temos uma ideia defendida pelo autor: Declaração
TESE/TÓPICO FRASAL: “A leitura auxilia o desenvolvimento da escri- É um grande erro a liberação da maconha. Provocará de imediato vio-
ta.” lenta elevação do consumo. O Estado perderá o controle que ainda exerce
Em seguida o autor defende seu ponto de vista com os seguintes ar- sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de
gumentos: viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Alberto
Corazza, Isto é, 20 dez. 1995.
ARGUMENTOS:
A declaração é a forma mais comum de começar um texto. Procure fa-
(1)“...lendo o indivíduo tem contato com modelos de textos bem redigi- zer uma declaração forte, capaz de surpreender o leitor.
dos que ao longo do tempo farão parte de sua bagagem linguística e,
também, (2) porque entrará em contato com vários pontos de vista de Definição

Língua Portuguesa 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, Comparação
isto é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um
modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabe- O tema de reforma agrária está a bastante tempo nas discussões sobre
lecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais os problemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre o
ou mesmo a construção cultural, mas que dão também, as formas de ação movimento pela abolição da escravidão no Brasil, no final do século passa-
humana. do e, atualmente, o movimento pela reforma agrária, podemos perceber
algumas semelhanças. Como na época da abolição da escravidão existiam
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Te- elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor
mas de Filosofia.São Paulo, Moderna, 1992. p.62. e os que são contra a implantação da reforma agrária no Brasil. OLIVEIRA,
Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo, Ática, 1991. p.101.
A definição é uma forma simples e muito usada em parágrafo-chave,
sobretudo em textos dissertativos. Pode ocupar só a primeira frase ou todo Para introduzir o tema da reforma agrária, o autor comparou a socieda-
o primeiro parágrafo. de de hoje com a do final do século XIX, mostrando a semelhança de
comportamento entre elas.
Divisão
Afirmação
Predominam ainda no Brasil convicções errôneas sobre o problema da
exclusão social: a de que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder públi- A profissionalização de uma equipe começa com a procura e aquisição
co e a de que sua superação envolve muitos recursos e esforços extraordi- das pessoas que tenham experiência e as aptidões adequadas para o
nários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que combate à margi- desempenho da tarefa, especialmente quando esta é imediata. (Desenvol-
nalidade social em Nova York vem contando co intensivos esforços do vimento ) As pessoas já virão integrar a equipe sem precisar de treinamen-
poder público e ampla participação da iniciativa privada. Folha de S. Paulo, to profissionalizante, podendo entrar em ação logo após seu ingresso.
17 dez.1996.
Alternativamente, ou quando se dispõe de tempo, pode-se recrutar
Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção pessoas inexperientes, mas que demonstrem o potencial para desenvolver
que o parágrafo vai tomar. O autor terá de explicitá-las na frase seguinte. as aptidões e o interesse em fazer parte da equipe ou dedicar-se a sua
missão. Sempre que possível, uma equipe deve procurar combinar pessoas
Oposição experientes e aprendizes em sua composição, de modo que os segundos
De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo aprendam com os primeiros. (conclusão) A falta de um banco de reservas,
governo. De outro, gastos excessivos com computadores, antenas parabó- muitas vezes, pode ser um obstáculo à própria evolução da equipe.” (Ma-
licas, aparelhos de videocassete. É este o paradoxo que vive a educação ximiniano, 1986:50 )
no Brasil. ARTICULAÇÃO ENTRE PARÁGRAFOS
As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado/ de outro) COESÃO E COERÊNCIA
que estabelecerá o rumo da argumentação.
Articulação entre os parágrafos
Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste
exemplo: A articulação dos/entre parágrafos depende da coesão e coerência.
Sem um deles, ainda assim, é possível haver entendimento textual, entre-
“Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacaram pelo grau tanto, há necessidade de ter domínio da língua e do contexto para escrever
de envolvimento: raiva e esperança. Explico-me: raiva por ver o quanto à um texto de tal forma. Dependendo da tipologia textual, a articulação textual
cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa terra, esperança por se dá de forma diferente. Na narração, por exemplo, não há necessidade
observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e de ter um parágrafo com mais de um período. Um parágrafo narrativo pode
quase sempre como forma de resistência e/ou transformação (...)” FEIJÓ, ser apenas “Oi”. Já a dissertação necessita ter ao menos um parágrafo com
Martin César. O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985.p.7. introdução e desenvolvimento (conclusão; opcional). Assim também varia a
O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a necessidade de números de parágrafos para cada texto. Para se obter um
compõem. bom texto, são necessários também: concisão, clareza, correção, adequa-
ção de linguagem, expressividade.
Alusão histórica
Coerência e Coesão
Após a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-
oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As Para não ser ludibriado pela articulação do contexto, é necessário que
fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de se esteja atento à coesão e à coerência textuais.
competição. Coesão textual é o que permite a ligação entre as diversas partes de
O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto. um texto. Pode-se dividir em três segmentos:
O leitor é situado no tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema. 1. Coesão referencial – é a que se refere a outro(s) elemento(s) do
Pergunta mundo textual.
Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os Exemplos:
contribuintes já estão cansados de tirar do bolso para tapar um buraco que a) O presidente George W.Bush ficou indignado com o ataque no
parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos impostos para World Trade Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados. (retomada de
alimentar um sistema que só parece piorar. A pergunta não é respondida de uma palavra gramatical – referente “Ele” + “ Presidente George W.Bush”)
imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o tema e será
respondida ao longo da argumentação. b) De você só quero isto: a sua amizade (antecipação de uma palavra
gramatical – “isto” = “a sua amizade”
Citação
c) O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom di-
“As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não nheiro na loteria. ( retomada por palavra lexical – “o felizardo” = “o homem”)
chorarem mais, trazem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as
costas e irem embora.” O comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado, 2. Coesão sequencial – é feita por conectores ou operadores discursi-
falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia vos, isto é, palavras ou expressões responsáveis pela criação de relações
ética que domina algumas nações do Primeiro Mundo. DI FRANCO, Carlos semânticas ( causa, condição, finalidade, etc.). São exemplos de conecto-
Alberto. Jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro, Vozes, 1995. p. 73. res: mas, dessa forma, portanto, então, etc..
A citação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pe- Exemplo:
la palavra comentário da segunda frase.

Língua Portuguesa 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a. Ele é rico, mas não paga suas dívidas.
Resenha Critica de Articulação do Texto
Observe que o vocábulo “mas” não faz referência a outro vocábulo; Amanda Alves Martins
apenas conecta (liga) uma ideia a outra, transmitindo a ideia de compensa- Resenha Crítica do livro A Articulação do Texto, da autora Elisa Guima-
ção. rães
3. Coesão recorrencial – é realizada pela repetição de vocábulos ou
de estruturas frasais. No livro de Elisa Guimarães, A Articulação do Texto, a autora procura
esclarecer as dúvidas referentes à formação e à compreensão de um texto
semelhantes. e do seu contexto.
Exemplos;
Formado por unidades coordenadas, ou seja, interligadas entre si, o
a. Os carros corriam, corriam, corriam. texto constitui, portanto, uma unidade comunicativa para os membros de
uma comunidade; nele, existe um conjunto de fatores indispensáveis para a
b. O aluno finge que lê, finge que ouve, finge que estuda.
sua construção, como “as intenções do falante (emissor), o jogo de ima-
Coerência textual é a relação que se estabelece entre as diversas gens conceituais, mentais que o emissor e destinatário executam.”(Manuel
partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao en- P. Ribeiro, 2004, p.397). Somado à isso, um texto não pode existir de forma
tendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou única e sozinha, pois depende dos outros tanto sintaticamente quanto
lê. semanticamente para que haja um entendimento e uma compreensão
deste. Dentro de um texto, as partes que o formam se integram e se expli-
OBS: pode haver texto com a presença de elementos coesivos, e não cam de forma recíproca.
apresentar coerência.
Exemplo: Completando o processo de formação de um texto, a autora nos escla-
rece que a economia de linguagem facilita a compreensão dele, sendo
O presidente George W.Bush está descontente com o grupo Talibã. indispensável uma ligação entre as partes, mesmo havendo um corte de
Estes eram estudantes da escola fundamentalista. Eles, hoje, governam o trechos considerados não essenciais.
afeganistão. Os afegãos apóiam o líder Osama Bin Laden. Este foi aliado
dos Estados Unidos quando da invasão da União Soviética ao Afeganistão. Quando o tema é a “situação comunicativa” (p.7), a autora nos esclare-
Comentário: ce a relação texto X contexto, onde um é essencial para esclarecermos o
outro, utilizando-se de palavras que recebem diferentes significados con-
Ninguém pode dizer que falta coesão a este parágrafo. Mas de que se forme são inseridas em um determinado contexto; nos levando ao entendi-
trata mesmo? Do descontentamento do presidente dos Estados Unidos? Do mento de que não podemos considerar isoladamente os seus conceitos e
grupo Talibã? Do povo Afegão? sim analisá-los de acordo com o contexto semântico ao qual está inserida.
Do Osama Bin Laden? Embora o parágrafo tenha coesão, não apre-
Segundo Elisa Guimarães, o sentido da palavra texto estende-se a
senta coerência, entendimento.
uma enorme vastidão, podendo designar “um enunciado qualquer, oral ou
Pode ainda um texto apresentar coerência, e não apresentar elementos escrito, longo ou breve, antigo ou moderno” (p.14) e ao contrário do que
coesivos. Veja o texto seguinte: muitos podem pensar, um texto pode ser caracterizado como um fragmen-
to, uma frase, um verbo ect e não apenas na reunião destes com mais
Como se conjuga um empresário algumas outras formas de enunciação; procurando sempre uma objetivida-
Mino de para que a sua compreensão seja feita de forma fácil e clara.

“Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou- Esta economia textual facilita no caminho de transmissão entre o enun-
se. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abraçou. Saiu. Entrou. Cumprimen- ciador e o receptor do texto que procura condensar as informações recebi-
tou. Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cum- das a fim de se deter ao “núcleo informativo” (p.17), este sim, primordial a
primentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu. qualquer informação.
Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Vendeu. Vendeu. Ganhou.
Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu. A autora também apresenta diversas formas de classificação do discur-
Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou. Deposi- so e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de
tou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou. Sacou. Depositou. Despachou. um texto literário ou ficcional.
Repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou.
Ordenou. Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Lucrou. Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um
Lesou. Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou. nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa
Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se. Mexeu. Gemeu. Fungou. biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um
Babou. Antecipou. Frustrou. Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se. Pre- contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
senteou. Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou. apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repeti-
Justificou-se. Dormiu. Roncou. Sonhou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocu- ção é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos”
pou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Despertou. Insistiu. Irritou-se. Te- (p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o
meu. Levantou. Apanhou. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dor- sentido original e desejado seja modificado.
miu. Dormiu. Acordou. Levantou-se. Aprontou-se... Comentário:
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpre-
O texto nos mostra o dia-a-dia de um empresário qualquer. A estrutura
tações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semânti-
textual – somente verbos – não apresenta elementos coesivos; o que se
ca referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de
encontra são relações de sentido, isto é, o texto retrata a visão do seu
palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe
autor, no caso, a de que todo empresário é calculista e desonesto.
ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
Há palavras e expressões que garantem transições bem feitas e que (p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro
estabelecem relações lógicas entre as diferentes ideias apresentadas no não geram uma coerência adequada ao entendimento.
texto. Fonte: UNINOVE
Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela
quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo a “hiponímia”
(p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de subs-
ESTRUTURAÇÃO E ARTICULAÇÃO DO TEXTO tituições pode-se causar desajustes e o resultado final não fazer com que a
imagem mental do leitor seja ativada de forma corretamente, e outra assimi-

Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lação, errônea, pode ser utilizada. clássica e seguindo uma linha sequencial já esperada pelo leitor, onde o
início alimenta a esperança de como virá a ser o texto, enquanto que o fim
Seguindo ainda neste linear das substituições, existem ainda as “nomi- exercer uma função de dar um destaque maior ao fechamento do texto, o
nações” e a “elipse”, onde na primeira, o sentido inicialmente expresso por que também, alimenta a imaginação tanto do leito, quanto do próprio autor.
um verbo é substituído por um nome, ou seja, um substantivo; e, enquanto
na segunda, ou seja, na elipse, o substituto é nulo e marcado pela flexão No geral, o que diz respeito ao livro A Articulação do Texto de Elisa
verbal; como podemos perceber no seguinte exemplo retirado do livro de Guimarães, ele nos trás um grande número de informações e novos concei-
Elisa Guimarães: tos em relação à produção e compreensão textual, no entanto, essa grande
“Louve-se nos mineiros, em primeiro lugar, a sua presença suave. Mil leva de informações muitas vezes se tornam confusas e acabam por des-
deles não causam o incômodo de dez cearenses. prenderem-se uma das outras, quebrando a linearidade de todo o texto e
dificultando o entendimento teórico.
__Não grita, ___ não empurram< ___ não seguram o braço da gente,
___ não impõem suas opiniões. Para os importunos inventaram eles uma A REFERENCIAÇÃO / OS REFERENTES / COERÊNCIA E COESÃO
palavra maravilhosamente definidora e que traduz bem a sua antipatia para
essa casta de gente (...)” (Rachel de Queiroz. Mineiros. In: Cem crônicas A fala e também o texto escrito constituem-se não apenas numa se-
escolhidas. Rio de Janeiros, José Olympio, 1958, p.82). quência de palavras ou de frases. A sucessão de coisas ditas ou escritas
forma uma cadeia que vai muito além da simples sequencialidade: há um
Porém é preciso especificar que para que haja a elipse o termo elíptico entrelaçamento significativo que aproxima as partes formadoras do texto
deve estar perfeitamente claro no contexto. Este conceito e os demais já falado ou escrito. Os mecanismos linguísticos que estabelecem a conectivi-
ditos anteriormente são primordiais para a compreensão e produção textu- dade e a retomada e garantem a coesão são os referentes textuais. Cada
al, uma vez que contribuem para a economia de linguagem, fator de grande uma das coisas ditas estabelece relações de sentido e significado tanto
valor para tais feitos. com os elementos que a antecedem como com os que a sucedem, constru-
indo uma cadeia textual significativa. Essa coesão, que dá unidade ao
Ao abordar os conceitos de coesão e coerência, a autora procura pri- texto, vai sendo construída e se evidencia pelo emprego de diferentes
meiramente retomar a noção de que a construção do texto é feita através procedimentos, tanto no campo do léxico, como no da gramática. (Não
de “referentes linguísticos” (p.38) que geram um conjunto de frases que irão esqueçamos que, num texto, não existem ou não deveriam existir elemen-
constituir uma “microestrutura do texto” (p.38) que se articula com a estrutu- tos dispensáveis. Os elementos constitutivos vão construindo o texto, e são
ra semântica geral. Porém, a dificuldade de se separar a coesão da coe- as articulações entre vocábulos, entre as partes de uma oração, entre as
rência está no fato daquela está inserida nesta, formando uma linha de orações e entre os parágrafos que determinam a referenciação, os contatos
raciocínio de fácil compreensão, no entanto, quando ocorre uma incoerên- e conexões e estabelecem sentido ao todo.)
cia textual, decorrente da incompatibilidade e não exatidão do que foi
escrito, o leitor também é capaz de entender devido a sua fácil compreen- Atenção especial concentram os procedimentos que garantem ao texto
são apesar da má articulação do texto. coesão e coerência. São esses procedimentos que desenvolvem a dinâ-
mica articuladora e garantem a progressão textual.
A coerência de um texto não é dada apenas pela boa interligação entre
as suas frases, mas também porque entre estas existe a influência da A coesão é a manifestação linguística da coerência e se realiza nas
coerência textual, o que nos ajuda a concluir que a coesão, na verdade, é relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes adjetivos, adjetivos
efeito da coerência. Como observamos em Nova Gramática Aplicada da em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos;
Língua Portuguesa de Manoel P. Ribeiro (2004, 14ed): tempos verbais nas relações espaço-temporais constitutivas do texto etc.),
na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como
A coesão e a coerência trazem a característica de promover a inter- formadoras de uma cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver
relação semântica entre os elementos do discurso, respondendo pelo que um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos
chamamos de conectividade textual. “A coerência diz respeito ao nexo gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.
entre os conceitos; e a coesão, à expressão desse nexo no plano linguísti- 1. Considere-se, inicialmente, a coesão apoiada no léxico. Ela pode
co” (VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade, 1991, p.7) dar-se pela reiteração, pela substituição e pela associação.
É garantida com o emprego de:
No capítulo que diz respeito às noções de estrutura, Elisa Guimarães, • enlaces semânticos de frases por meio da repetição. A mensa-
busca ressaltar o nível sintático representado pelas coordenações e subor- gem-tema do texto apoiada na conexão de elementos léxicos su-
dinações que fixam relações de “equivalência” ou “hierarquia” respectiva- cessivos pode dar-se por simples iteração (repetição). Cabe, nesse
mente. caso, fazer-se a diferenciação entre a simples redundância resul-
Um fato importante dentro do livro A Articulação do Texto, é o valor atribuí- tado da pobreza de vocabulário e o emprego de repetições como
do às estruturas integrantes do texto, como o título, o parágrafo, as inter e recurso estilístico, com intenção articulatória. Ex.: “As contas do
intrapartes, o início e o fim e também, as superestruturas. patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas
Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganá-
O título funciona como estratégica de articulação do texto podendo de- lo.Enganava.” Vidas secas, p. 143);
sempenhar papéis que resumam os seus pontos primordiais, como tam- • substituição léxica, que se dá tanto pelo emprego de sinônimos
bém, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto. como de palavras quase sinônimas. Considerem-se aqui além
das palavras sinônimas, aquelas resultantes de famílias ideológi-
Os parágrafos esquematizam o raciocínio do escritos, como enuncia cas e do campo associativo, como, por exemplo, esvoaçar, revoar,
Othon Moacir Garcia: voar;
“O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar con-
• hipônimos (relações de um termo específico com um termo de
venientemente as ideias principais da sua composição, permitindo ao leitor
sentido geral, ex.: gato, felino) e hiperônimos (relações de um
acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios”.
termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específi-
co, ex.: felino, gato);
É bom relembrar, que dentro do parágrafo encontraremos o chamado
tópico frasal, que resumirá a principal ideia do parágrafo no qual esta • nominalizações (quando um fato, uma ocorrência, aparece em
inserido; e também encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos forma de verbo e, mais adiante, reaparece como substantivo, ex.:
de parágrafo, cada qual com um ponto de vista específico. consertar, o conserto; viajar, a viagem). É preciso distinguir-se en-
tre nominalização estrita e. generalizações (ex.: o cão < o animal)
No que diz respeito ao tópico Inicio e fim, Elisa Guimarães preferiu e especificações (ex.: planta > árvore > palmeira);
abordá-los de forma mútua já que um é consequência ou decorrência do • substitutos universais (ex.: João trabalha muito. Também o faço.
outro; ficando a organização da narrativa com uma forma de estrutura O verbo fazer em substituição ao verbo trabalhar);

Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• enunciados que estabelecem a recapitulação da ideia global. finalidade, etc.
Ex.: O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também
deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono Ingressei na Faculdade a fim de ascender socialmente.
(Vidas Secas, p.11). Esse enunciado é chamado de anáfora con- Ingressei na Faculdade porque pretendo ser biólogo.
ceptual. Todo um enunciado anterior e a ideia global que ele refere Ingressei na Faculdade depois de ter-me casado.
são retomados por outro enunciado que os resume e/ou interpreta.
Com esse recurso, evitam-se as repetições e faz-se o discurso É possível observar que os articuladores relacionam os argumentos di-
avançar, mantendo-se sua unidade. ferentemente. Podemos, inclusive, agrupá-los, conforme a relação que
2. A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de: estabelecem.
• certos pronomes (pessoais, adjetivos ou substantivos). Destacam-
se aqui os pronomes pessoais de terceira pessoa, empregados Relações de:
como substitutos de elementos anteriormente presentes no texto, adição: os conectores articula sequencialmente frases cujos conteúdos
diferentemente dos pronomes de 1ª e 2ª pessoa que se referem à se adicionam a favor de uma mesma conclusão: e, também, não
pessoa que fala e com quem esta fala. só...como também, tanto...como, além de, além disso, ainda, nem.
• certos advérbios e expressões adverbiais;
Na maioria dos casos, as frases somadas não são permutáveis, isto é,
• artigos; a ordem em que ocorrem os fatos descritos deve ser respeitada.
• conjunções;
• numerais; Ele entrou, dirigiu-se à escrivaninha e sentou-se.
• elipses. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado alternância: os conteúdos alternativos das frases são articulados por
anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem conectores como ou, ora...ora, seja...seja. O articulador ou pode expres-
recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas for- sar inclusão ou exclusão.
ças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
relação entre as duas orações.). É a própria ausência do termo que Ele não sabe se conclui o curso ou abandona a Faculdade.
marca a inter-relação. A identificação pode dar-se com o próprio
enunciado, como no exemplo anterior, ou com elementos extraver- oposição: os conectores articulam sequencialmente frases cujos con-
bais, exteriores ao enunciado. Vejam-se os avisos em lugares pú- teúdos se opõem. São articuladores de oposição: mas, porém, todavia,
blicos (ex.: Perigo!) e as frases exclamativas, que remetem a uma entretanto, no entanto, não obstante, embora, apesar de (que), ainda
situação não-verbal. Nesse caso, a articulação se dá entre texto e que, se bem que, mesmo que, etc.
contexto (extratextual);
• as concordâncias; O candidato foi aprovado, mas não fez a matrícula.
• a correlação entre os tempos verbais. condicionalidade: essa relação é expressa pela combinação de duas
proposições: uma introduzida pelo articulador se ou caso e outra por então
Os dêiticos exercem, por excelência, essa função de progressão textu- (consequente), que pode vir implícito. Estabelece-se uma relação entre o
al, dada sua característica: são elementos que não significam, apenas antecedente e o consequente, isto é, sendo o antecedente verdadeiro ou
indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os com- possível, o consequente também o será.
ponentes concentram em si a significação. Referem os participantes do ato
de comunicação, o momento e o lugar da enunciação. Na relação de condicionalidade, estabelece-se, muitas vezes, uma
condição hipotética, isto é,, cria-se na proposição introduzida pelo articula-
Elisa Guimarães ensina a respeito dos dêiticos: dor se/caso uma hipótese que condicionará o que será dito na proposição
Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participan- seguinte. Em geral, a proposição situa-se num tempo futuro.
tes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções
prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o Caso tenha férias, (então) viajarei para Buenos Aires.
momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou
posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ulti- causalidade: é expressa pela combinação de duas proposições, uma
mamente, recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de das quais encerra a causa que acarreta a consequência expressa na outra.
agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro). Tal relação pode ser veiculada de diferentes formas:

Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam rela- Passei no vestibular porque estudei muito
ções não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também visto que
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. já que
uma vez que
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Mui- _________________ _____________________
tas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoia- consequência causa
da no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei tanto que passei no vestibular.
A ligação lógica das ideias Estudei muito por isso passei no vestibular
Uma das características do texto é a organização sequencial dos ele- _________________ ____________________
mentos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se causa consequência
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse Como estudei passei no vestibular
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição voca- Por ter estudado muito passei no vestibular
bular e a elipse. ___________________ ___________________
causa consequência
ARTICULAÇÃO
finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjun-
se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
ções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos
são: para, afim de, para que.
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependên-
cia de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida.
ideias ou proposições podem se relacionar indicando causa, consequência,
Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposi- Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
ções, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial
relação a algo afirmado na outra. saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quan-
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara. do se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas
segundo escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respei-
consoante tadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações
como (espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso.
de acordo com a solicitação...

temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo Autor e Narrador: Diferenças
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de Equipe Aprovação Vest
duas proposições.
Quando Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença
Mal enorme entre ambos.
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui.
Autor
Assim que
Depois que É um homem do mundo: tem carteira de identidade, vai ao supermer-
No momento em que cado, masca chiclete, eventualmente teve sarampo na infância e, mais
Nem bem eventualmente ainda, pode até tocar trombone, piano, flauta transversal.
Paga imposto.
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estu-
dava com afinco. Narrador
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada É um ser intradiegético, ou seja, um ser que pertence à história que
uma das proposições. está sendo narrada. Está claro que é um preposto do autor, mas isso não
b) um tempo progressivo: significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Ma-
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. chado de Assis seria um crápula como Bentinho ou um bígamo, porque,
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se também com Capitu, foi
amante de Virgília e de um sem-número de mulheres que permeiam seus
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan- contos e romances.
to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em O narrador passa a existir a partir do instante que se abre o livro e ele,
relação a algo dito no enunciado anterior: em primeira ou terceira pessoa, nos conta a história que o livro guarda.
Confundir narrador e autor é fazer a loucura de imaginar que, morto o autor,
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por- todos os seus narradores morreriam junto com ele e que, portanto, não
tanto tem condições de se sair bem na prova. disporíamos mais de nenhuma narrativa dele.
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam GÊNEROS TEXTUAIS
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos.
Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza,
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como, literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que, funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e
assim como. exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa
Ele é tão competente quanto Alberto. forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios,
convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias,
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por- contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevis-
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente tas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos
referido.
A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu en-
Não se preocupe que eu voltarei tender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na
pois leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste
porque pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Tex-
tual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por
As pausas Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca- para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.
tipos de relações diferentes.
Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreen-
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida- são e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial
de) o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa) capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi- produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica
ção) de interação humana.
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão)
http://www.seaac.com.br/ Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na esco-
la a partir da abordagem do Gênero Textual Marcuschi não demonstra
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele,
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embo-
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou ra possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se con-
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de cretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças especí-
redução lexical.

Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ficas. linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as
categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swa-
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG) les, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia
defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os Textual é usado para designar uma espécie de sequência teoricamente
textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferen- definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais,
tes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).
diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da compe-
tência comunicativa. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os
apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam caracte-
apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para rísticas sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades
atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco funcionais, estilo e composição característica.
capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de
levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para, Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um
a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários. modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas
que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar
Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivoca- ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fa-
da, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de zer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo
texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada
carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou
atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual. não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando
o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o
O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo, produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discur-
muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos. so da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspecti-
Ele apresenta uma carta pessoal3 como exemplo, e comenta que ela pode va em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma
apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argu- forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de
mentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apre-
de heterogeneidade tipológica. sentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva
faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segun-
Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente da perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu6 e
são encontrados tipos puros. Realmente é raro um tipo puro. Num texto não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir
como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo
um texto injuntivo, tem-se a presença de várias tipologias, como a descri- comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometi-
ção, a injunção e a predição. Travaglia afirma que um texto se define como mento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados,
de um tipo por uma questão de dominância, em função do tipo de interlocu- de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no
ção que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em função do tipo dissertação.
espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto.
Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma
Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e
mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome de intertextuali- vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabe-
dade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu mos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo
no texto a configuração de uma estrutura intergêneros de natureza altamen- com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que
te híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro. ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de
maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o
Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informa-
intercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado ções sobre um concurso público, por exemplo.
no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis,
na opinião do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece
descrições e comentários dissertativos feitos por meio da narração. que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa
“qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu
Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica: gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer?
• intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
• heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta
tipos sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão,
Travaglia mostra o seguinte: romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc.
• conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o
• intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso,
comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social
Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gê- de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail
neros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado
historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando
determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado
exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o (com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-
autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são
carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes .Ele diz, ainda, exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa fun-
que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de ção de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a
produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação de alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de
produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários daquele votar que pode ter sido feita a um candidato.
produto.
Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colo-
Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado pa- carei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que
ra designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não

Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros
rígida, como o bilhete. Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho
com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus
Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcusch é a mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele
de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento
formais de estrutura e de superfície linguística e/ou aspectos de conteúdo. dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreen-
Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo são de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão
narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.
as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele
mostra as Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipo-
comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a corres- logia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem
pondência com as Espécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que
romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantásti- entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão
co, de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espé- dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem
cie daria conta de todos os Gêneros Textuais existentes. Será que é merece maiores discussões.
possível especificar todas elas? Talvez seja difícil até mesmo porque não é
fácil dizer quantos e quais são os gêneros textuais existentes. Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais
ideais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de
Se em Travaglia nota-se uma discussão teórica não percebida em Mar- gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais
cuschi, o oposto também acontece. Este autor discute o conceito de Domí- formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. Os gêneros
nio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esfe- devem passar por um processo de progressão, conforme sugerem
ras da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo infor- Schneuwly & Dolz (2004).
ma, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam
origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas Travaglia, como afirmei, não faz considerações sobre o trabalho com a
dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia
que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas teria que, no mínimo, levar em conta a questão de com quais tipos de texto
institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discur- deve-se trabalhar na escola, a quais será dada maior atenção e com quais
so jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística, será feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja
jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários considerada a ideia de Travaglia, deve levar em conta uma série de fatores,
deles. porém dois são mais pertinentes:
a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composi-
Travaglia até fala do discurso jurídico e religioso, mas não como Mar- ção de quaisquer outros textos (não sei ao certo se isso é possível.
cuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que é para ele tipologia Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo não dê ao alu-
de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipolo- no o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa.
gias de discurso usarão critérios ligados às condições de produção dos Um aluno que pára de estudar na 5ª série e não volta mais à escola
discursos e às diversas formações discursivas em que podem estar inseri- teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais
dos (Koch & Fávero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fávero, o autor fala que trabalhado nessa série. Será que ele estaria preparado para produ-
uma tipologia de discurso usaria critérios ligados à referência (institucional zir, quando necessário, outros tipos textuais? Ao lidar somente com
(discurso político, religioso, jurídico), ideológica (discurso petista, de direita, o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, não deixa de
de esquerda, cristão, etc), a domínios de saber (discurso médico, linguísti- trabalhar com os outros tipos?);
co, filosófico, etc), à inter-relação entre elementos da exterioridade (discur- b) A utilização prática que o aluno fará de cada tipo em sua vida.
so autoritário, polêmico, lúdico)). Marcuschi não faz alusão a uma tipologia
do discurso. Acho que vale a pena dizer que sou favorável ao trabalho com o Gêne-
ro Textual na escola, embora saiba que todo gênero realiza necessaria-
Semelhante opinião entre os dois autores citados é notada quando fa- mente uma ou mais sequências tipológicas e que todos os tipos inserem-se
lam que texto e discurso não devem ser encarados como iguais. Marcus- em algum gênero textual.
chi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente
e corporificada em algum Gênero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso Até recentemente, o ensino de produção de textos (ou de redação) era
para ele é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instân- feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto
cia discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso,
o discurso como a própria atividade comunicativa, a própria atividade não exigissem aprendizagens específicas. A fórmula de ensino de redação,
produtora de sentidos para a interação comunicativa, regulada por uma ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras – que consiste funda-
exterioridade sócio-histórica-ideológica (p. 03). Texto é o resultado dessa mentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação – tem por base
atividade comunicativa. O texto, para ele, é visto como uma concepção voltada essencialmente para duas finalidades: a formação
de escritores literários (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras moda-
uma unidade linguística concreta que é tomada pelos usuários da lín-
lidades textuais) ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade)
gua em uma situação de interação comunicativa específica, como uma
(Antunes, 2004). Além disso, essa concepção guarda em si uma visão
unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reco-
equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que
nhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão (p. 03).
dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última
tenha sido reservada às séries terminais - tanto no ensino fundamental
Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que quanto no ensino médio.
sua preocupação é com a tipologia de textos, e não de discursos. Marcus-
chi afirma que a definição que traz de texto e discurso é muito mais opera- O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto
cional do que formal. pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor
Travaglia faz uma “tipologização” dos termos Gênero Textual, Tipolo- de Língua Materna hoje, não mais visto aqui como um especialista em
gia Textual e Espécie. Ele chama esses elementos de Tipelementos. textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do
Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipológicos aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais
(Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie) são básicos na construção e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado
das tipologias e talvez dos textos, numa espécie de analogia com os ele- numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e
mentos químicos que compõem as substâncias encontradas na natureza. concretizado pela adoção de algumas estratégias, como enviar uma carta
para um aluno de outra classe, fazer um cartão e ofertar a alguém, enviar
Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões uma carta de solicitação a um secretário da prefeitura, realizar uma entre-

Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vista, etc. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores Variações Linguísticas
das produções (que agora deixam de ser apenas “leitores visuais”), permi-
tem também a participação direta de todos os alunos e eventualmente de
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permi-
pessoas que fazem parte de suas relações familiares e sociais. A avaliação tindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimen-
dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literá- tos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso
rios ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é
cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas
aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzi-
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da
do, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o
fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de infor-
nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalida-
malidade.
de do texto.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, res-
Acredito que abordando os gêneros a escola estaria dando ao aluno a
tringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela
oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais
qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator
socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação
foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total sobera-
humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua
nia sobre as demais.
constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favoreceria o
exercício da interação humana, da participação social dentro de uma socie-
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo consi-
dade letrada.
derado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre
1 - Penso que quando o professor não opta pelo trabalho com o gêne-
os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa
ro ou com o tipo ele acaba não tendo uma maneira muito clara pa-
que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”,
ra selecionar os textos com os quais trabalhará.
tornando-se desta forma um estigma.
2 - Outra discussão poderia ser feita se se optasse por tratar um pou-
co a diferença entre Gênero Textual e Gênero Discursivo.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chama-
3 - Travaglia (2002) diz que uma carta pode ser exclusivamente des-
das variedades linguísticas, as quais representam as variações de
critiva, ou dissertativa, ou injuntiva, ou narrativa, ou argumentativa.
acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas
Acho meio difícil alguém conseguir escrever um texto, caracteriza-
em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
do como carta, apenas com descrições, ou apenas com injunções.
Por outro lado, meio que contrariando o que acabara de afirmar,
Variações históricas:
ele diz desconhecer um gênero necessariamente descritivo.
4 - Termo usado pelas autoras citadas para os textos que fazem pre-
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transforma-
visão, como o boletim meteorológico e o horóscopo.
ções ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a ques-
5 - Necessárias para a carta, e suficientes para que o texto seja uma
tão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma
carta.
vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem
6 - Segundo Travaglia (1991), texto argumentativo stricto sensu é o
dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
que faz argumentação explícita.
7 - Pelo menos nos textos aos quais tive acesso.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Sílvio Ribeiro da Silva.
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é Antigamente
transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um ro- “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas
mance, um conto, uma poesia... mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam prima-
veras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, fazi-
Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da am-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de jornal, uma bula debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade
de medicamento.
Diferenças entre Língua Padrão, Linguagem Formal e Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Linguagem informal.
Variações regionais:
Língua Padrão: A gramática é um conjunto de regras que estabelecem
um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes
Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
sempre são obedecidas pelo falante. em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:macaxeira e
aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados
Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão, sobretu- às características orais da linguagem.
do associados ao contexto social em que a fala é produzida.
Informal: Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou Variações sociais ou culturais:
pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo
usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (pala- Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e
vrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exem-
grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada plo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
na linguagem informal, em português europeu, é o adjetivo “chato”.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como
Formal: A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superio-
res hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um
desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos,
discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc. advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
Portanto, podemos usar a língua padrão, ou seja, conversar, ou escre-
ver de acordo com as regras gramaticais, mas o vocabulário (linguagem) Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor
que escolhemos pode ser mais formal ou mais informal de acordo com a sobre o assunto:
nossa necessidade. Ptofª Eliane
Vício na fala

Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para dizerem milho dizem mio sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica,
Para melhor dizem mió editorial de jornais e revistas.
Para pior pió 4. Injunção/Instrucional
Para telha dizem teia Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os
Para telhado dizem teiado verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-
E vão fazendo telhados. se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indica-
Oswald de Andrade tivo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para mon-
tagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de compor-
tamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas,
CHOPIS CENTIS cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear. OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os gramáticos. Muitos
A gente fomos no shopping consideram também que o tipo Predição possui características suficientes
Pra “mode” a gente lanchar. para ser definido como tipo textual, e alguns outros possuem o mesmo
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. entendimento para o tipo Dialogal.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim. 5. Predição
Quanta gente, Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma
Quanta alegria, coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros:
A minha felicidade é um crediário nas previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológi-
Casas Bahia. cas/apocalípticas.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns 6. Dialogal / Conversacional
“rolezinho”, Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante
Quando eu estou no trabalho, nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger Gêneros textuais
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.) Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos,
Por Vânia Duarte sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconheci-
TIPOLOGIA TEXTUAL das, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns,
procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em
Tipologia Textual situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de
Tino Lopez linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou infor-
mais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser
1. Narração identificado e diferenciado dos demais através de suas características.
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num Exemplos:
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a
objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do
tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se
desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a
tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é
depoimento, piada, relato, etc. mais comum.

2. Descrição Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito


Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar
um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produ- o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as
ção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais emoções e a sensibilidade do mesmo.
abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação
de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-
do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da perso- expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações ne-
nagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente cessárias para o correto uso do medicamento.
aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em
gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo
informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e
3. Dissertação o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.
sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou
argumentativo. Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalida-
de explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer
3.1 Dissertação-Exposição algo.
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apre-
senta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o
modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determi- posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação
nado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos da presença da objetividade.
científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato
3.1 Dissertação-Argumentação ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar,
vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamen-
objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de te descritos.
ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em:

Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo- popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um
expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de misté-
leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. rio, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.

Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As
pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevis- personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma
tado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum lição de moral.
outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-
expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com
entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica
como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevis- indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal,
ta médica. revistas e programas da TV.

História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos
contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus narrativos e manifestos descritivos.
personagens, gerando uma espécie de conversação.
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático,
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustra- expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo
ção cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na
crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanísti-
maioria. co, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que
se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedu-
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, tivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José
pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.
parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua
estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto,  Gênero Dramático:
epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspec- Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto,
tos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é
representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas
Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma lin- cenas.
guagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como
poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar
Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal. compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma represen-
tação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem
Gêneros literários: figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror".
Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
 Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que
épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico pas- critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo
sou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário narrativo, castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exa-
devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferen- gero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o
tes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o
todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em humor primário, as situações ridículas.
comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que?
quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento
comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares.
Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram
histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e
viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta- cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos
são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero. Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte
apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem realidade vivida por este povo.
definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um
herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mu-
lher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o sepa-  Gênero Lírico:
ram, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que
isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e
Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os
verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da lingua-
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade gem.
do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem
ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é
de Kafka. elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza,
saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare.
conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte
da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites
com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a
surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve perso- peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
nagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem persona-
gens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto

Língua Portuguesa 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmen-
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém te através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto
ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não
musical; constitui forçosamente uma frase.

Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma home- Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, torna-
nagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o se necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é
poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais bele- preciso que essa sequência seja construÍda tendo em conta o sistema da
zas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a língua.
paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos
(muito rara); Tal como um qualquer conjunto de palavras não forma uma frase, tam-
bém um qualquer conjunto de frases não forma, forçosamente, um texto.
Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a
algo, em tom sério ou irônico. Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materia-
lizado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e
Acalanto: ou canção de ninar; pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor
através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor,
Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual numa determinada situação, a um determinado alocutário.
as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;
Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os có-
Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de digos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor
amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingre-
dança; dientes indispensáveis ao objeto texto.

Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical; Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas
por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de
Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência
médio; essa que uma gramática do texto se propõe modelizar.

Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas
poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distri- regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar
buídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas; certos julgamentos de coerência textual.

Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência
dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigação concluem que as
intervenções do professor a nível de incorreções detectadas na estrutura da
Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár- frase são precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencio-
nio e de maldizer); satíricas, portanto. nais; são designadas com recurso a expressões técnicas (construção,
conjugação) e fornecem pretexto para pôr em prática exercícios de corre-
ção, tendo em conta uma eliminação duradoura das incorreções observa-
das.
COESÃO E COERÊNCIA
Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorre-
Diogo Maria De Matos Polônio ções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorre-
ções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na
Introdução maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível;
Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre não quer dizer nada).
Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob
orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decor- Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer;
reu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recupe-
ração.
Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a
incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor
Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre deter- desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a
minados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e, fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.
simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessaria-
mente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios
de aula. de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicoto-
mia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a
Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplica- dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural.
ção na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no
campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação
referido seminário. entre coerência textual e coesão textual.
Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos
apresentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente
vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e entre sequências textuais:
que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cum-
prido honestamente o seu papel. Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos
mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
Coesão e Coerência Textual textuais:

Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe. alunos.
Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio.
Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de Um homem estava também a banhar-se.
sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não Como ele sabia nadar, ensinou-o.
hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só
propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade se-
transforme num texto: a conetividade. quencial, existem disfunções que introduzem zonas de incerteza no texto:
ele sabia nadar(quem?),
Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer ele ensinou-o (quem?; a quem?)
uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna
difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que b)-Expressões Definidas: tal como as pronominalizações, as expres-
orientam a formação do discurso. sões definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um
elemento de uma frase numa outra frase ou até numa outra sequência
Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência textual.
são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente, Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim.
quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras Os gatos vão sempre conosco.
de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas
Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações aparecem quando o nome que se repete é imediatamente vizinho daquele
de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual, que o precede.
enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência Ex.: A Margarida comprou um vestido. O vestido é colorido e muito ele-
existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo: gante.
• Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório
mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas. Neste caso, o problema resolve-se com a aplicação de deíticos contex-
• Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com ami- tuais.
gos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia Ex.: A Margarida comprou um vestido. Ele é colorido e muito elegante.
de teatro.
Pode também resolver-se a situação virtualmente utilizando a elipse.
Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquan- Ex.: A Margarida comprou um vestido. É colorido e muito elegante. Ou
to que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura. ainda:
A Margarida comprou um vestido que é colorido e muito elegante.
Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3:
1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se c)-Substituições Lexicais: o uso de expressões definidas e de deíticos
necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de contextuais é muitas vezes acompanhado de substituições lexicais. Este
recorrência restrita. processo evita as repetições de lexemas, permitindo uma retoma do ele-
mento linguístico.
Para assegurar essa recorrência a língua dispõe de vários recursos: Ex.: Deu-se um crime, em Lisboa, ontem à noite: estrangularam uma
- pronominalizações, senhora. Este assassinato é odioso.
- expressões definidas,
- substituições lexicais, Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário
- retomas de inferências. respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu
representante mais específico.
Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha.
uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, reto- Schumacher festejou euforicamente junto da sua equipe.
mando num elemento de uma sequência um elemento presente numa
sequência anterior: Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguís-
ticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schuma-
a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a re- cher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão.
petição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira.
No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um deter-
O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o minante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita.
pronome. Atentemos no seguinte exemplo:
Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangu-
lada no seu quarto. Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"
doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente.
Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain- A presença do determinante definido não é suficiente para considerar
da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me. que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida
Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa- peça.
ra nos precavermos de enunciados como este:
Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António. Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico-
enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti-
Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar cipantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fron-
ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação: teira entre a semântica e a pragmática.
ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas
que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor. Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar
por
Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado: - Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele. parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nun-
ca mais aprende a cair!
As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos - Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior

Língua Portuguesa 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro
cheira-me a mentira! estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta
- Hiperonímia-a primeira expressão mantém com a segunda uma re- preta. Tinha ao pé de si uma bigorna e batia com força na bigorna. Todos
lação classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Então lagosta, os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A
adoro! bigorna onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em
- Hiponímia- a primeira expressão mantém com a segunda uma re- baixo e batia com o martelo na bigorna.
lação elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de
um felino? Se tivermos em conta apenas o princípio da recorrência, este texto não
será incoerente, será até coerente demais.
d)-Retomas de Inferências: neste caso, a relação é feita com base em
conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passava No entanto, segundo o princípio da progressão, a produção de um tex-
com os processos de recorrência anteriormente tratados. to coerente pressupõe que se realize um equilíbrio cuidado entre continui-
dade temática e progressão semântica.
Vejamos:
P - A Maria comeu a bolacha? Torna-se assim necessário dominar, simultaneamente, estes dois prin-
R1 - Não, ela deixou-a cair no chão. cípios (recorrência e progressão) uma vez que a abordagem da informação
R2 - Não, ela comeu um morango. não se pode processar de qualquer maneira.
R3 - Não, ela despenteou-se.
Assim, um texto será coerente se a ordem linear das sequências
As sequências P+R1 e P+R2 parecem, desde logo, mais coerentes do acompanhar a ordenação temporal dos fatos descritos.
que a sequência P+R3. Ex.: Cheguei, vi e venci.(e não Vi, venci e cheguei).

No entanto, todas as sequências são asseguradas pela repetição do O texto será coerente desde que reconheçamos, na ordenação das su-
pronome na 3ª pessoa. as sequências, uma ordenação de causa-consequência entre os estados de
coisas descritos.
Podemos afirmar, neste caso, que a repetição do pronome não é sufi- Ex.: Houve seca porque não choveu. (e não Houve seca porque cho-
ciente para garantir coerência a uma sequência textual. veu).

Assim, a diferença de avaliação que fazemos ao analisar as várias hi- Teremos ainda que ter em conta que a ordem de percepção dos esta-
póteses de respostas que vimos anteriormente sustenta-se no fato de R1 e dos de coisas descritos pode condicionar a ordem linear das sequências
R2 retomarem inferências presentes em P: textuais.
- aconteceu alguma coisa à bolacha da Maria, Ex.: A praça era enorme. No meio, havia uma coluna; à volta, árvores e
- a Maria comeu qualquer coisa. canteiros com flores.

Já R3 não retoma nenhuma inferência potencialmente dedutível de P. Neste caso, notamos que a percepção se dirige do geral para o particu-
lar.
Conclui-se, então, que a retoma de inferências ou de pressuposições 3.Princípio da Não- Contradição: para que um texto seja coerente, tor-
garante uma fortificação da coerência textual. na-se necessário que o seu desenvolvimento não introduza nenhum ele-
mento semântico que contradiga um conteúdo apresentado ou pressuposto
Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (con- por uma ocorrência anterior ou dedutível por inferência.
tinuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são
levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores. Ou seja, este princípio estipula simplesmente que é inadmissível que
uma mesma proposição seja conjuntamente verdadeira e não verdadeira.
Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con-
fazer? tradições inferenciais e pressuposicionais.

A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real- Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po-
mente fazer qualquer coisa. demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta-
do ou dedutível.
Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en- Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso.
quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada. As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se-
gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro-
mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos. fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o
Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí- pretérito para suprimir as contradições.
cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe-
recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte-
industrial, que vive numa luxuosa vila. údo pressuposto que se encontra contradito.
Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe per-
2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se feitamente fiel.
necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma infor-
mação semântica constantemente renovada. Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio,
enquanto a primeira pressupõe o inverso.
Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que
um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição pre-
constante da própria matéria. sente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no
entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradi-

Língua Portuguesa 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ção, assume-a, anula-a e toma partido dela. anterior, perde-se a coerência textual.
Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a parti-
da para Itália, uma vez que sempre sonhou visitar Florença. A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao con-
texto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa
4.Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se ne- ser conhecido pelo receptor.
cessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apre-
sentem diretamente relacionados. Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capi-
tal do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto
Ou seja, este princípio enuncia que para uma sequência ser admitida que chegou a nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da
como coerente, terá de apresentar ações, estados ou eventos que sejam incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realizada
congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto. com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal",
em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!).
Assim, se tivermos em conta as três frases seguintes
1 - A Silvia foi estudar. Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima
2 - A Silvia vai fazer um exame. poderia fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto
3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1. seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.

A sequência formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a reali-
congruente do que as sequências 1+3 ou 2+3. dade "normal" pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apre-
sentar elementos linguísticos instruindo o receptor acerca dessa anormali-
Nos discursos naturais, as relações de relevância factual são, na maior dade.
parte dos casos, manifestadas por conectores que as explicitam semanti-
camente. Uma afirmação como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do
Ex.: A Silvia foi estudar porque vai fazer um exame. Ou também: A Sil- décimo andar e não sofreu nenhum arranhão." é coerente, na medida que a
via vai fazer um exame portanto foi estudar. frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalida-
A impossibilidade de ligar duas frases por meio de conectores constitui de do fato narrado.
um bom teste para descobrir uma incongruência.
Ex.: A Silvia foi estudar logo o circuito de Adelaide agradou aos pilotos 2. Coesão:
de Fórmula 1. A redação deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coe-
rência e coesão. E a coesão, como o próprio nome diz (coeso significa
O conhecimento destes princípios de coerência, por parte dos profes- ligado), é a propriedade que os elementos textuais têm de estar interliga-
sores, permite uma nova apreciação dos textos produzidos pelos alunos, dos. De um fazer referência ao outro. Do sentido de um depender da rela-
garantindo uma melhor correção dos seus trabalhos, evitando encontrar ção com o outro. Preste atenção a este texto, observando como as palavras
incoerências em textos perfeitamente coerentes, bem como permite a se comunicam, como dependem uma das outras.
dinamização de estratégias de correção.
SÃO PAULO: OITO PESSOAS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO
Teremos que ter em conta que para um leitor que nada saiba de cen- Das Agências
trais termo-nucleares nada lhe parecerá mais incoerente do que um tratado
técnico sobre centrais termo-nucleares. Cinco passageiros de uma mesma família, de Maringá, dois tripulantes
e uma mulher que viu o avião cair morreram
No entanto, os leitores quase nunca consideram os textos incoerentes.
Pelo contrário, os receptores dão ao emissor o crédito da coerência, admi- Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e
tindo que o emissor terá razões para apresentar os textos daquela maneira. dois tripulantes, além de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda
de um avião (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da
Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pen- cidade de Maringá (PR). O avião (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
samento que conduza a uma estrutura coerente. sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de
São Paulo, por volta das 21h40 de sábado. O impacto (2) ainda atingiu
Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensa- mais três residências.
mento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (com-
parável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos,
for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria, que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reporta-
uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si gem nesta página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto
mesmo. (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4),
Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro
É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6),
textos dos nossos alunos. João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos.

1. Coerência: Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores
Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, con- compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era
vencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1).
produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não Isidoro Andrade (7) havia alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander
é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples 691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a São Paulo assistir ao velório do filho (7)
sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um
com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos assalto e ser baleado na noite de sexta-feira.
um texto em que há coerência.
O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeropor-
A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmen- to de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às
tos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento 21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara,
textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressu- uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará,
posto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda
eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa
concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico

Língua Portuguesa 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
demora no mínimo 60 dias para ser concluído. retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela,
contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes
Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No último parágrafo, o pronome pessoal
cair em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas elas retoma as três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião:
casas (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
ferimentos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi,
de 62 anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Epítetos: são palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo
Pronto Socorro de Santa Cecília. que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificação
pode ser conhecida ou não pelo leitor. Caso não seja, deve ser introduzida
Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no de modo que fique fácil a sua relação com o elemento qualificado.
acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à
clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada Exemplos:
a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O pre-
parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza sidente, que voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certifi-
da matéria fosse comprometida. cado... (o epíteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso;
poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo);
E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil.
mecanismos: Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleção... (o epíteto ex-Ministro
dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam,
a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o por exemplo, usar as formas jogador do século, número um do
texto. Pode perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente mundo, etc.
por ele ter sido o veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamen-
te dita. A repetição é um dos principais elementos de coesão do texto Sinônimos ou quase sinônimos: palavras com o mesmo sentido (ou
jornalístico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prédio foi
parte do receptor (o leitor, no caso). A repetição pode ser considerada a demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para
mais explícita ferramenta de coesão. Na dissertação cobrada pelos vestibu- conferir o espetáculo (edifício retoma prédio. Ambos são sinônimos).
lares, obviamente deve ser usada com parcimônia, uma vez que um núme-
ro elevado de repetições pode levar o leitor à exaustão. Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expres-
sa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados.
b) REPETIÇÃO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repe- Exemplos: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida
tição parcial é o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalístico. Higienópolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da paralisação foi a maneira encontrada... (paralisação, que deriva de parali-
vítima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na última sar, retoma a ação de centenas de veículos de paralisar o trânsito da
linha do segundo parágrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda atingiu mais três residências (o
o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questão são de celebrida- nome impacto retoma e resume o acidente de avião noticiado na matéria-
des (políticos, artistas, escritores, etc.), é de praxe, durante o texto, utilizar exemplo)
a nominalização por meio da qual são conhecidas pelo público. Exemplos:
Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um ele-
candidato à prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes mento (palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de
femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a não ser nos uma classe ou categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de cente-
casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matéria, mais relevan- nas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi
tes e as identifiquem com mais propriedade. a maneira encontrada... (protesto retoma toda a ideia anterior - da paralisa-
ção -, categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados
c) ELIPSE: é a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos
pelo contexto da matéria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avião animais (animais retoma cães, indicando uma das possíveis classificações
(1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a que se podem atribuir a eles).
prefeito de Maringá nas últimas eleições; o piloto (1) José Traspadini (4), de
64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38. Perceba Advérbios: palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as
que não foi necessário repetir-se a palavra avião logo após as palavras de lugar: Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderi-
piloto e co-piloto. Numa matéria que trata de um acidente de avião, obvia- ram... (o advérbio de lugar lá retoma São Paulo). Exemplos de advérbios
mente o piloto será de aviões; o leitor não poderia pensar que se tratasse que comumente funcionam como elementos referenciais, isto é, como
de um piloto de automóveis, por exemplo. No último parágrafo ocorre outro elementos que se referem a outros do texto: aí, aqui, ali, onde, lá, etc.
exemplo de elipse: Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas
pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves. Observação: É mais frequente a referência a elementos já citados no
(10) Apenas escoriações e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes texto. Porém, é muito comum a utilização de palavras e expressões que se
de Apenas, é uma omissão de um elemento já citado: Três pessoas. Na refiram a elementos que ainda serão utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade
verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As três pessoas sofreram) Apenas (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabe-
escoriações e queimaduras. ças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do
Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). A palavra região
d) SUBSTITUIÇÕES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma região
elemento já citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado é a do país), que só é citada na linha seguinte.
substituição, que é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo
de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os Conexão:
principais elementos de substituição: Além da constante referência entre palavras do texto, observa-se na
coesão a propriedade de unir termos e orações por meio de conectivos, que
Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou são representados, na Gramática, por inúmeras palavras e expressões. A
acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do sentido
ideia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são do texto. Abaixo, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados
nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior pelo sentido. Baseamo-nos no autor Othon Moacyr Garcia (Comunicação
(4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha em Prosa Moderna).
Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela
(6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes

Língua Portuguesa 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, princi- Em um texto existem dois tipos de informações implícitas, o pressu-
palmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itálico), a posteriori (itálico). posto e o subentendido.

Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterio- O pressuposto é a informação que pode ser compreendida por uma
ridade): então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princí- palavra ou frase dentro do próprio texto, faz o receptor aceitar várias ideias
pio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, poste- do emissor.
riormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje, O subentendido gera confusão, pois se trata de uma insinuação, não
frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes, sendo possível afirmar com convicção.
ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simulta-
neamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quan- A diferença entre ambos é que o pressuposto é responsável pelo emissor e
do, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, a informação já está no enunciado, já no subentendido o receptor tira suas
todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem. próprias conclusões. Profª Gracielle

Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma


forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente,
Parágrafo:
analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de Os textos são estruturados geralmente em unidades menores, os pa-
acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, rágrafos, identificados por um ligeiro afastamento de sua primeira linha em
tanto quanto, como, assim como, como se, bem como. relação à margem esquerda da folha. Possuem extensão variada: há pará-
grafos longos e parágrafos curtos. O que vai determinar sua extensão é a
Condição, hipótese: se, caso, eventualmente. unidade temática, já que cada ideia exposta no texto deve corresponder a
um parágrafo.
Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda
mais, ainda cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também, É muito comum nos textos de natureza dissertativa, que trabalham com
não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem ideias e exigem maior rigor e objetividade na composição, que o parágrafo-
como, com, ou (quando não for excludente). padrão apresente a seguinte estrutura:
a) introdução - também denominada tópico frasal, é constituída de
Dúvida: talvez provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é uma ou duas frases curtas, que expressam, de maneira sintética, a ideia
provável, não é certo, se é que. principal do parágrafo, definindo seu objetivo;
Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, in- b) desenvolvimento - corresponde a uma ampliação do tópico frasal,
questionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza. com apresentação de ideias secundárias que o fundamentam ou esclare-
cem;
Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito,
c) conclusão - nem sempre presente, especialmente nos parágrafos
subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.
mais curtos e simples, a conclusão retoma a ideia central, levando em
consideração os diversos aspectos selecionados no desenvolvimento.
Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para
exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, Nas dissertações, os parágrafos são estruturados a partir de uma ideia
ou seja, aliás. que normalmente é apresentada em sua introdução, desenvolvida e refor-
çada por uma conclusão.
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propó-
sito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para. Os Parágrafos na Dissertação Escolar:
As dissertações escolares, normalmente, costumam ser estruturadas
Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de, em quatro ou cinco parágrafos (um parágrafo para a introdução, dois ou
dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, três para o desenvolvimento e um para a conclusão).
isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
É claro que essa divisão não é absoluta. Dependendo do tema propos-
Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclu- to e da abordagem que se dê a ele, ela poderá sofrer variações. Mas é
são, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse fundamental que você perceba o seguinte: a divisão de um texto em pará-
modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo. grafos (cada um correspondendo a uma determinada ideia que nele se
desenvolve) tem a função de facilitar, para quem escreve, a estruturação
Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguin- coerente do texto e de possibilitar, a quem lê, uma melhor compreensão do
te, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com texto em sua totalidade.
efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez Parágrafo Narrativo:
que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte
que, de tal forma que, haja vista. Nas narrações, a ideia central do parágrafo é um incidente, isto é, um
episódio curto.
Contraste, oposição, restrição, ressalva: pelo contrário, em contraste
Nos parágrafos narrativos, há o predomínio dos verbos de ação que se
com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
referem as personagens, além de indicações de circunstâncias relativas ao
embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se
fato: onde ele ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu, etc.
bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.
O que falamos acima se aplica ao parágrafo narrativo propriamente di-
Ideias alternativas: Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora. to, ou seja, aquele que relata um fato.

Níveis De Significado Dos Textos: Nas narrações existem também parágrafos que servem para reproduzir
Significado Implícito E Explícito as falas dos personagens. No caso do discurso direto (em geral antecedido
por dois-pontos e introduzido por travessão), cada fala de um personagem
Informações explícitas e implícitas deve corresponder a um parágrafo para que essa fala não se confunda com
a do narrador ou com a de outro personagem.
Faz parte da coerência, trata-se da inferência, que ocorre porque tudo
que você produz como mensagem é maior do que está escrito, é a soma Parágrafo Descritivo:
do implícito mais o explícito e que existem em todos os textos.
A ideia central do parágrafo descritivo é um quadro, ou seja, um frag-
mento daquilo que está sendo descrito (uma pessoa, uma paisagem, um

Língua Portuguesa 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ambiente, etc.), visto sob determinada perspectiva, num determinado original. Nessa compreensão ampla, o novo estado pode eventualmente
momento. Alterado esse quadro, teremos novo parágrafo. coincidir com o estado original. Normalmente, em concursos públicos, as
relações de transformação e equivalência aparecem nas questões dotadas
O parágrafo descritivo vai apresentar as mesmas características da dos seguintes comandos:
descrição: predomínio de verbos de ligação, emprego de adjetivos que
caracterizam o que está sendo descrito, ocorrência de orações justapostas Exemplo: CONCURSO PÚBLICO 1/2008 – CARGO DE AGENTE DE
ou coordenadas. POLÍCIA FUNDAÇÃO UNIVERSA
A estruturação do parágrafo: Questão 8 - Assinale a alternativa em que a reescritura de parte do tex-
to I mantém a correção gramatical, levando em conta as alterações gráficas
O parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um necessárias para adaptá-la ao texto.
ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central,
ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relaciona- Exemplo 2: FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – TÉCNICO EM EDUCA-
das pelo sentido e logicamente decorrentes dela. ÇÃO – ORIENTADOR PEDAGÓGICO 2010
O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da (CÓDIGO 101) Questão 1 - A seguir, são apresentadas possibilidades
folha. Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar conveniente- de reescritura de trechos do texto I. Assinale a alternativa em que a reescri-
mente as ideias principais de sua composição, permitindo ao leitor acom- tura apresenta mudança de sentido com relação ao texto original.
panhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios.
Nota-se que as relações de equivalência e transformação estão assen-
O tamanho do parágrafo: tadas nas possibilidades de reescrituras, ou seja, na modificação de vocá-
bulos ou de estruturas sintáticas.
Os parágrafos são moldáveis conforme o tipo de redação, o leitor e o
veículo de comunicação onde o texto vai ser divulgado. Em princípio, o Vejamos alguns exemplos de transformações e equivalências:
parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no
livro, e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso. 1 Os bombeiros desejam / o sucesso profissional (não há verbo na se-
gunda parte).
Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para lei-
tores de pouca formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em Sujeito VDT OBJETO DIRETO
colunas estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais Os bombeiros desejam / ganhar várias medalhas (há verbo na segunda
longos. Revistas populares, livros didáticos destinados a alunos iniciantes, parte = oração).
geralmente, apresentam parágrafos curtos.
Oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta
Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágra-
fos menores, seguindo critério claro e definido. O parágrafo curto também é No exemplo anterior, o objeto direto “o sucesso profissional” foi substi-
empregado para movimentar o texto, no meio de longos parágrafos, ou tuído por uma oração objetiva direta. Sintaticamente, o valor do termo
para enfatizar uma ideia. (complemento do verbo) é o mesmo. Ocorreu uma transformação de natu-
reza nominal para uma de natureza oracional, mas a função sintática de
Parágrafos médios: comuns em revistas e livros didáticos destinados objeto direto permaneceu preservada.
a um leitor de nível médio (2º grau). Cada parágrafo médio construído com
três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro 2 Os professores de cursinhos ficam muito felizes / quando os alunos
cabem cerca de três parágrafos médios. são aprovados.

Parágrafos longos: em geral, as obras científicas e acadêmicas pos- ORAÇÃO PRINCIPAL ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEM-
suem longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e conso- PORAL
mem muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias Os professores de cursinhos ficam muito felizes / nos dias das provas.
e especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade
e fôlego para acompanhá-los. SUJ VERBO PREDICATIVO ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO
A ordenação no desenvolvimento do parágrafo pode acontecer: Apesar de classificados de formas diferentes, os termos indicados con-
tinuam exercendo o papel de elementos adverbiais temporais.
a) por indicações de espaço: "... não muito longe do lito-
ral...".Utilizam-se advérbios e locuções adverbiais de lugar e certas locu- Exemplo da prova!
ções prepositivas, e adjuntos adverbiais de lugar;
FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – SECRETÁRIO ESCOLAR (CÓDIGO
b) por tempo e espaço: advérbios e locuções adverbiais de tempo, 203) Página 3
certas preposições e locuções prepositivas, conjunções e locuções conjun-
Grassa nessas escolas uma praga de pedagogos de gabinete, que
tivas e adjuntos adverbiais de tempo;
usam o legalismo no lugar da lei e que reinterpretam a lei de modo obtuso,
c) por enumeração: citação de características que vem normalmente no intuito de que tudo fique igual ao que era antes. E, para que continue a
depois de dois pontos; parecer necessário o desempenho do cargo que ocupam, para que pare-
çam úteis as suas circulares e relatórios, perseguem e caluniam todo e
d) por contrastes: estabelece comparações, apresenta paralelos e qualquer professor que ouse interpelar o instituído, questionar os burocra-
evidencia diferenças; Conjunções adversativas, proporcionais e comparati- tas, ou — pior ainda! — manifestar ideias diferentes das de quem manda na
vas podem ser utilizadas nesta ordenação; escola, pondo em causa feudos e mandarinatos.
e) por causa-consequência: conjunções e locuções conjuntivas con- O vocábulo “Grassa” poderia ser substituído, sem perda de sentido, por
clusivas, explicativas, causais e consecutivas;
(A) Propaga-se.
f) por explicitação: esclarece o assunto com conceitos esclarecedo-
res, elucidativos e justificativos dentro da ideia que construída. Pciconcur- (B) Dilui-se.
sos
(C) Encontra-se.
Equivalência e transformação de estruturas. (D) Esconde-se.
Refere-se ao estudo das relações das palavras nas orações e nos pe- (E) Extingue-se.
ríodos. A palavra equivalência corresponde a valor, natureza, ou função;
relação de paridade. Já o termo transformação pode ser entendido como http://www.professorvitorbarbosa.com/
uma função que, aplicada sobre um termo (abstrato ou concreto), resulta
um novo termo, modificado (em sentido amplo) relativamente ao estado

Língua Portuguesa 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Discurso Direto. Nada. Será que ele voou mesmo?”
Discurso Indireto. 2. No plano expressivo, a força da narração em discurso direto pro-
Discurso Indireto Livre vém essencialmente de sua capacidade de atualizar o episódio, fa-
Celso Cunha zendo emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o
ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desem-
ENUNCIAÇÃO E REPRODUÇÃO DE ENUNCIAÇÕES penha a mera função de indicador das falas.
Comparando as seguintes frases:
“A vida é luta constante” Daí ser esta forma de relatar preferencialmente adotada nos atos diá-
“Dizem os homens experientes que a vida é luta constante” rios de comunicação e nos estilos literários narrativos em que os autores
pretendem representar diante dos que os lêem “a comédia humana, com a
Notamos que, em ambas, é emitido um mesmo conceito sobre a vida.. maior naturalidade possível”. (E. Zola)

Mas, enquanto o autor da primeira frase enuncia tal conceito como ten- Discurso indireto
do sido por ele próprio formulado, o autor da segunda o reproduz como 1. Tomemos como exemplo esta frase de Machado de Assis:
tendo sido formulado por outrem. “Elisiário confessou que estava com sono.”
Ao contrário do que observamos nos enunciados em discurso dire-
Estruturas de reprodução de enunciações to, o narrador incorpora aqui, ao seu próprio falar, uma informação
Para dar-nos a conhecer os pensamentos e as palavras de persona- do personagem (Elisiário), contentando-se em transmitir ao leitor o
gens reais ou fictícias, os locutores e os escritores dispõem de três moldes seu conteúdo, sem nenhum respeito à forma linguística que teria
linguísticos diversos, conhecidos pelos nomes de: discurso direto, discurso sido realmente empregada.
indireto e discurso indireto livre. Este processo de reproduzir enunciados chama-se discurso indire-
to.
Discurso direto 2. Também, neste caso, narrador e personagem podem confundir-se
Examinando este passo do conto Guaxinim do banhado, de Mário de num só:
Andrade: “Engrosso a voz e afirmo que sou estudante.” (Graciliano Ramos)
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá
na língua dele - “Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...” Características do discurso indireto
1. No plano formal verifica-se que, introduzidas também por um verbo
Verificamos que o narrado, após introduzir o personagem, o guaxinim, declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder, etc), as
deixou-o expressar-se “Lá na língua dele”, reproduzindo-lhe a fala tal como falas dos personagens se contêm, no entanto, numa oração subor-
ele a teria organizado e emitido. dinada substantiva, de regra desenvolvida:
“O padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tan-
A essa forma de expressão, em que o personagem é chamado a apre- tos doudos no mundo e menos ainda o inexplicável de alguns ca-
sentar as suas próprias palavras, denominamos discurso direto. sos.”
Nestas orações, como vimos, pode ocorrer a elipse da conjunção
Observação integrante:
No exemplo anterior, distinguimos claramente o narrador, do locutor, o “Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálcu-
guaxinim. lo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o ti-
vesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava
Mas o narrador e locutor podem confundir-se em casos como o das podiam ser onze horas.”(Lima Barreto)
narrativas memorialistas feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de Rio- A conjunçào integrante falta, naturalmente, quando, numa constru-
baldo, o personagem-narrador do romance de Grande Sertão: Veredas, de ção em discurso indireto, a subordinada substantiva assume a for-
Guimarães Rosa. ma reduzida.:
“Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; “Um dos vizinhos disse-lhe serem as autoridades do Cachoei-
mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso ro.”(Graça Aranha)
do que em primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?” 2. No plano expressivo assinala-se, em primeiro lugar, que o empre-
go do discurso indireto pressupõe um tipo de relato de caráter pre-
Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, em que o autor, lirica- dominantemente informativo e intelectivo, sem a feição teatral e
mente identificado com a natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano o atualizadora do discurso direto. O narrador passa a subordinar a si
convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua própria alma: o personagem, com retirar-lhe a forma própria da expressão. Mas
“Ouço o meu grito gritar na voz do vento: não se conclua daí que o discurso indireto seja uma construção es-
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!” tilística pobre. É, na verdade, do emprego sabiamente dosado de
um e de outro tipo de discurso que os bons escritores extraem da
Características do discurso direto narrativa os mais variados efeitos artísticos, em consonância com
1. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, ge- intenções expressivas que só a análise em profundidade de uma
ralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar, dada obra pode revelar.
sugerir, perguntar, indagar ou expressões sinônimas, que podem
introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se inserir: Transposição do discurso direto para o indireto
“E Alexandre abriu a torneira: Do confronto destas duas frases:
- Meu pai, homem de boa família, possuía fortuna grossa, como não “- Guardo tudo o que meu neto escreve - dizia ela.” (A.F. Schmidt)
ignoram.” (Graciliano Ramos) “Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto escrevia.”
“Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor.” (Cecília
Meirelles) Verifica-se que, ao passar-se de um tipo de relato para outro, certos
“Os que não têm filhos são órfãos às avessas”, escreveu Machado elementos do enunciado se modificam, por acomodação ao novo molde
de Assis, creio que no Memorial de Aires. (A.F. Schmidt) sintático.
Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao contexto e a re- a) Discurso direto enunciado 1ª ou 2ª pessoa.
cursos gráficos - tais como os dois pontos, as aspas, o travessão e Exemplo: “-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir
a mudança de linha - a função de indicar a fala do personagem. É mais.”(M. de Assis)
o que observamos neste passo: Discurso indireto: enunciado em 3ª pessoa:
“Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. Não avista- “Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais”
ram o menino: b) Discurso direto: verbo enunciado no presente:
- Joãozinho! “- O major é um filósofo, disse ele com malícia.” (Lima Barreto)

Língua Portuguesa 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Discurso indireto: verbo enunciado no imperfeito: vre “pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do
“Disse ele com malícia que o major era um filósofo.” escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida do per-
c) Discurso direto: verbo enunciado no pretérito perfeito: sonagem (fator estético) “ (Nicola Vita In: Cultura Neolatina).
“- Caubi voltou, disse o guerreiro Tabajara.”(José de Alencar) Observe-se que essa absoluta liberdade sintática do escritor pode
Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito mais-que-perfeito: levar o leitor desatento a confundir as palavras ou manifestações
“O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado.” dos locutores com a simples narração. Daí que, para a apreensão
d) Discurso direto: verbo enunciado no futuro do presente: da fala do personagem nos trechos em discurso indireto livre, ga-
“- Virão buscar V muito cedo? - perguntei.”(A.F. Schmidt) nhe em importância o papel do contexto, pois que a passagem do
Discurso indireto: verbo enunciado no futuro do pretérito: que seja relato por parte do narrador a enunciado real do locutor é,
“Perguntei se viriam buscar V. muito cedo” muitas vezes, extremamente sutil, tal como nos mostra o seguinte
e) Discurso direto: verbo no modo imperativo: passo de Machado de Assis:
“- Segue a dança! , gritaram em volta. (A. Azevedo) “Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião
Discurso indireto: verbo no modo subjuntivo: acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descan-
“Gritaram em volta que seguisse a dança.” sar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era
f) Discurso direto: enunciado justaposto: nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era.”
“O dia vai ficar triste, disse Caubi.” 2. No plano expressivo, devem ser realçados alguns valores desta
Discurso indireto: enunciado subordinado, geralmente introduzido construção híbrida:
pela integrante que: a) Evitando, por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente no discurso
“Disse Caubi que o dia ia ficar triste.” indireto, e, por outro lado, os cortes das oposições dialogadas pe-
g) Discurso direto:: enunciado em forma interrogativa direta: culiares ao discurso direto, o discurso indireto livre permite uma
“Pergunto - É verdade que a Aldinha do Juca está uma moça en- narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elabora-
cantadora?” (Guimarães Rosa) dos;
Discurso indireto: enunciado em forma interrogativa indireta: b) O elo psíquico que se estabelece entre o narrador e personagem
“Pergunto se é verdade que a Aldinha do Juca está uma moça en- neste molde frásico torna-o o preferido dos escritores memorialis-
cantadora.” tas, em suas páginas de monólogo interior;
h) Discurso direto: pronome demonstrativo de 1ª pessoa (este, esta, c) Finalmente, cumpre ressaltar que o discurso indireto livre nem
isto) ou de 2ª pessoa (esse, essa, isso). sempre aparece isolado em meio da narração. Sua “riqueza ex-
“Isto vai depressa, disse Lopo Alves.”(Machado de Assis) pressiva aumenta quando ele se relaciona, dentro do mesmo pará-
Discurso indireto: pronome demonstrativo de 3ª pessoa (aquele, grafo, com os discursos direto e indireto puro”, pois o emprego
aquela, aquilo). conjunto faz que para o enunciado confluam, “numa soma total, as
“Lopo Alves disse que aquilo ia depressa.” características de três estilos diferentes entre si”.
i) Discurso direto: advérbio de lugar aqui: (Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MEC-
“E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta, FENAME.)
concluindo:
- Aqui, não está o que procuro.”(Afonso Arinos)
Discurso indireto: advérbio de lugar ali: Redação
“E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta, A linguagem escrita tem identidade própria e não pretende ser mera
concluindo que ali não estava o que procurava.” reprodução da linguagem oral. Ao redigir, o indivíduo conta unicamente
com o significado e a sonoridade das palavras para transmitir conteúdos
Discurso indireto livre complexos, estimular a imaginação do leitor, promover associação de ideias
Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente utilizado um ter- e ativar registros lógicos, sensoriais e emocionais da memória.
ceiro processo de reprodução de enunciados, resultante da conciliação dos
dois anteriormente descritos. É o chamado discurso indireto livre, forma de Redação é o ato de exprimir ideias, por escrito, de forma clara e orga-
expressão que, ao invés de apresentar o personagem em sua voz própria nizada. O ponto de partida para redigir bem é o conhecimento da gramática
(discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria do idioma e do tema sobre o qual se escreve. Um bom roteiro de redação
dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a deve contemplar os seguintes passos: escolha da forma que se pretende
impressão de que passam a falar em uníssono. dar à composição, organização das ideias sobre o tema, escolha do voca-
bulário adequado e concatenação das ideias segundo as regras linguísticas
Comparem-se estes exemplos: e gramaticais.
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respira-
Para adquirir um estilo próprio e eficaz é conveniente ler e estudar os
ção presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um
grandes mestres do idioma, clássicos e contemporâneos; redigir frequen-
momento em que esteve quase... quase!
temente, para familiarizar-se com o processo e adquirir facilidade de ex-
Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qual-
pressão; e ser escrupuloso na correção da composição, retificando o que
quer urubu... que raiva... “ (Ana Maria Machado)
não saiu bem na primeira tentativa. É importante também realizar um
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que es- exame atento da realidade a ser retratada e dos eventos a que o texto se
tar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano refere, sejam eles concretos, emocionais ou filosóficos. O romancista, o
Ramos) cientista, o burocrata, o legislador, o educador, o jornalista, o biógrafo,
“O matuto sentiu uma frialdade mortuária percorrendo-o ao longo da todos pretendem comunicar por escrito, a um público real, um conteúdo que
espinha. quase sempre demanda pesquisa, leitura e observação minuciosa de fatos
Era uma urutu, a terrível urutu do sertão, para a qual a mezinha domés- empíricos. A capacidade de observar os dados e apresentá-los de maneira
tica nem a dos campos possuíam salvação. própria e individual determina o grau de criatividade do escritor.
Perdido... completamente perdido...”
( H. de C. Ramos) Para que haja eficácia na transmissão da mensagem, é preciso ter em
mente o perfil do leitor a quem o texto se dirige, quanto a faixa etária, nível
Características do discurso indireto livre cultural e escolar e interesse específico pelo assunto. Assim, um mesmo
Do exame dos enunciados em itálico comprova-se que o discurso indi- tema deverá ser apresentado diferentemente ao público infantil, juvenil ou
reto livre conserva toda a afetividade e a expressividade próprios do discur- adulto; com formação universitária ou de nível técnico; leigo ou especializa-
so direto, ao mesmo tempo que mantém as transposições de pronomes, do. As diferenças hão de determinar o vocabulário empregado, a extensão
verbos e advérbios típicos do discurso indireto. É, por conseguinte, um do texto, o nível de complexidade das informações, o enfoque e a condução
processo de reprodução de enunciados que combina as características dos do tema principal a assuntos correlatos.
dois anteriormente descritos.
1. No plano formal, verifica-se que o emprego do discurso indireto li- Organização das ideias. O texto artístico é em geral construído a partir
de regras e técnicas particulares, definidas de acordo com o gosto e a
Língua Portuguesa 30 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
habilidade do autor. Já o texto objetivo, que pretende antes de mais nada O conjunto dos acontecimentos em que os personagens se envolvem
transmitir informação, deve fazê-lo o mais claramente possível, evitando chama-se enredo. Pode ser linear, segundo a sucessão cronológica dos
palavras e construções de sentido ambíguo. fatos, ou não-linear, quando há cortes na sequência dos acontecimentos. É
comumente dividido em exposição, complicação, clímax e desfecho.
Para escrever bem, é preciso ter ideias e saber concatená-las. Entre-
vistas com especialistas ou a leitura de textos a respeito do tema abordado Dissertação. A exposição de ideias a respeito de um tema, com base
são bons recursos para obter informações e formar juízos a respeito do em raciocínios e argumentações, é chamada dissertação. Nela, o objetivo
assunto sobre o qual se pretende escrever. A observação dos fatos, a do autor é discutir um tema e defender sua posição a respeito dele. Por
experiência e a reflexão sobre seu conteúdo podem produzir conhecimento essa razão, a coerência entre as ideias e a clareza na forma de expressão
suficiente para a formação de ideias e valores a respeito do mundo circun- são elementos fundamentais.
dante.
A organização lógica da dissertação determina sua divisão em introdu-
É importante evitar, no entanto, que a massa de informações se dis- ção, parte em que se apresenta o tema a ser discutido; desenvolvimento,
perse, o que esvaziaria de conteúdo a redação. Para solucionar esse em que se expõem os argumentos e ideias sobre o assunto, fundamentan-
problema, pode-se fazer um roteiro de itens com o que se pretende escre- do-se com fatos, exemplos, testemunhos e provas o que se quer demons-
ver sobre o tema, tomando nota livremente das ideias que ele suscita. O trar; e conclusão, na qual se faz o desfecho da redação, com a finalidade
passo seguinte consiste em organizar essas ideias e encadeá-las segundo de reforçar a ideia inicial.
a relação que se estabelece entre elas.
Texto jornalístico e publicitário. O texto jornalístico apresenta a peculia-
Vocabulário e estilo. Embora quase todas as palavras tenham sinôni- ridade de poder transitar por todos os tipos de linguagem, da mais formal,
mos, dois termos quase nunca têm exatamente o mesmo significado. Há empregada, por exemplo, nos periódicos especializados sobre ciência e
sutilezas que recomendam o emprego de uma ou outra palavra, de acordo política, até aquela extremamente coloquial, utilizada em publicações
com o que se pretende comunicar. Quanto maior o vocabulário que o voltadas para o público juvenil. Apesar dessa aparente liberdade de estilo, o
indivíduo domina para redigir um texto, mais fácil será a tarefa de comuni- redator deve obedecer ao propósito específico da publicação para a qual
car a vasta gama de sentimentos e percepções que determinado tema ou escreve e seguir regras que costumam ser bastante rígidas e definidas,
objeto lhe sugere. tanto quanto à extensão do texto como em relação à escolha do assunto,
ao tratamento que lhe é dado e ao vocabulário empregado.
Como regras gerais, consagradas pelo uso, deve-se evitar arcaísmos e
neologismos e dar preferência ao vocabulário corrente, além de evitar O texto publicitário é produzido em condições análogas a essas e ainda
cacofonias (junção de vocábulos que produz sentido estranho à ideia mais estritas, pois sua intenção, mais do que informar, é convencer o
original, como em "boca dela") e rimas involuntárias (como na frase, "a público a consumir determinado produto ou apoiar determinada ideia. Para
audição e a compreensão são fatores indissociáveis na educação infantil"). isso, a resposta desse mesmo público é periodicamente analisada, com o
O uso repetitivo de palavras e expressões empobrece a escrita e, para intuito de avaliar a eficácia do texto.
evitá-lo, devem ser escolhidos termos equivalentes.
Redação técnica. Há diversos tipos de redação não-literária, como os
A obediência ao padrão culto da língua, regido por normas gramaticais, textos de manuais, relatórios administrativos, de experiências, artigos
linguísticas e de grafia, garante a eficácia da comunicação. Uma frase científicos, teses, monografias, cartas comerciais e muitos outros exemplos
gramaticalmente incorreta, sintaticamente mal estruturada e grafada com de redação técnica e científica.
erros é, antes de tudo, uma mensagem ininteligível, que não atinge o
objetivo de transmitir as opiniões e ideias de seu autor. Embora se deva reger pelos mesmos princípios de objetividade, coe-
rência e clareza que pautam qualquer outro tipo de composição, a redação
Tipos de redação. Todas as formas de expressão escrita podem ser técnica apresenta estrutura e estilo próprios, com forte predominância da
classificadas em formas literárias -- como as descrições e narrações, e linguagem denotativa. Essa distinção é basicamente produzida pelo objeti-
nelas o poema, a fábula, o conto e o romance, entre outros -- e não- vo que a redação técnica persegue: o de esclarecer e não o de impressio-
literárias, como as dissertações e redações técnicas. nar.
Descrição. Descrever é representar um objeto (cena, animal, pessoa, As dissertações científicas, elaboradas segundo métodos rigorosos e
lugar, coisa etc.) por meio de palavras. Para ser eficaz, a apresentação das fundamentadas geralmente em extensa bibliografia, obedecem a padrões
características do objeto descrito deve explorar os cinco sentidos humanos de estruturação do texto criados e divulgados pela Associação Brasileira de
-- visão, audição, tato, olfato e paladar --, já que é por intermédio deles que Normas Técnicas (ABNT). A apresentação dos trabalhos científicos deve
o ser humano toma contato com o ambiente. incluir, nessa ordem: capa; folha de rosto; agradecimentos, se houver;
sumário; sinopse ou resumo; listas (de ilustrações, tabelas, gráficos etc.); o
A descrição resulta, portanto, da capacidade que o indivíduo tem de texto do trabalho propriamente dito, dividido em introdução, método, resul-
perceber o mundo que o cerca. Quanto maior for sua sensibilidade, mais tados, discussão e conclusão; apêndices e anexos; bibliografia; e índice.
rica será a descrição. Por meio da percepção sensorial, o autor registra
suas impressões sobre os objetos, quanto ao aroma, cor, sabor, textura ou A preparação dos originais também obedece a algumas normas defini-
sonoridade, e as transmite para o leitor. das pela ABNT e pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação
(IBBD) para garantia de uniformidade. Essas normas dizem respeito às
Narração. O relato de um fato, real ou imaginário, é denominado narra- dimensões do papel, ao tamanho das margens, ao número de linhas por
ção. Pode seguir o tempo cronológico, de acordo com a ordem de sucessão página e de caracteres ou espaços por linha, à entrelinha e à numeração
dos acontecimentos, ou o tempo psicológico, em que se privilegiam alguns das páginas, entre outras características. ©Encyclopaedia Britannica do
eventos para atrair a atenção do leitor. A escolha do narrador, ou ponto de Brasil Publicações Ltda.
vista, pode recair sobre o protagonista da história, um observador neutro,
alguém que participou do acontecimento de forma secundária ou ainda um A diferença entre fatos e opiniões
espectador onisciente, que supostamente esteve presente em todos os
lugares, conhece todos os personagens, suas ideias e sentimentos. por José Antônio Rosa

A apresentação dos personagens pode ser feita pelo narrador, quando Qual é a diferença entre um fato e uma opinião? O fato é aquilo que
é chamada de direta, ou pelas próprias ações e comportamentos deste, aconteceu, enquanto que a opinião é o que alguém pensa que ocorreu,
quando é dita indireta. As falas também podem ser apresentadas de três uma interpretação dos fatos. Digamos: houve um roubo na portaria da
formas: (1) discurso direto, em que o narrador transcreve de forma exata a empresa e alguém vai investigá-lo. Se essa pessoa for absolutamente
fala do personagem; (2) discurso indireto, no qual o narrador conta o que o honesta, faz um relatório claro relatando os fatos com absoluta fidelidade e
personagem disse, lançando mão dos verbos chamados dicendi ou de após esse relato objetivo, apresenta sua opinião sobre os acontecimentos.
elocução, que indicam quem está com a palavra, como por exemplo "dis- É usualmente desejável que ela dê sua opinião porque, se foi escalada
se", "perguntou", "afirmou" etc.; e (3) discurso indireto livre, em que se para investigar o crime é porque tem qualificação para isso; além disso, o
misturam os dois tipos anteriores. próprio fato de ela ter investigado já lhe dá autoridade para opinar.

Língua Portuguesa 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É importante considerar: elemento vital da condição humana. O homem é o único animal que ri, e
através dos tempos a maneira humana de sorrir modifica-se acompanhan-
· Vivemos num mundo em que tomamos decisões a partir de informações; do os costumes e correntes de pensamento.
· Estas nos chegam por meio de relatos de fatos e expressões de opiniões;
· Fatos usualmente podem ser submetidos à prova: por números, documen- Em cada época da história humana a forma de pensar cria e derru-
tos, registros; ba paradigmas, e o humor acompanha essa tendência sociocultural. Ex-
· Opiniões, por outro lado, refletem juízos, valores, interpretações; pressões culturais do humor podem representar retratos fiéis de uma épo-
· Muitas pessoas confundem fatos e opiniões, e quando isso ocorre temos ca, como é o caso, por exemplo, das comédias gregas de Plauto e das
de ter cuidado com as informações que vêm delas; comédias de costumes do brasileiro Martins Pena.
· Igualmente temos de estar atentos às nossas próprias opiniões, pois elas
podem ser tomadas como fatos por outros;
Ambiguidade
· Nossas decisões devem ser baseadas em fatos, mas podem levar em A duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão, dá-se
conta as opiniões de gente qualificada sobre tais fatos. o nome de ambiguidade. Ocorre geralmente, nos seguintes casos:

Ronald H. Coase, Prêmio Nobel de economia, observa que se torturarmos Má colocação do Adjunto Adverbial
os fatos adequadamente, eles acabam confessando. O jeito então é ouvir
com ouvidos críticos e pesquisar o suficiente, antes de tomar uma decisão. Exemplos: Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais
sadias.
Ironia
As crianças são mais sadias porque recebem leite frequentemente ou são
A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em frequentemente mais sadias porque recebem leite?
dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância
intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Eliminando a ambiguidade: Crianças que recebem frequentemente leite
Literatura, a ironia é a arte de zombar de alguém ou de alguma coisa, com materno são mais sadias.
vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlocutor. Crianças que recebem leite materno são frequentemente mais sadias.
Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunci-
ar, de criticar ou de censurar algo. Para tal, o locutor descreve a realidade Uso Incorreto do Pronome Relativo
com termos aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalo-
rizar. A ironia convida o leitor ou o ouvinte, a ser ativo durante a leitura, Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a
para refletir sobre o tema e escolher uma determinada posição. O termo cama.
Ironia Socrática, levantado por Aristóteles, refere-se ao método socrático.
Neste caso, não se trata de ironia no sentido moderno da palavra. O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?

Tipos de ironia Eliminando a ambiguidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de


diamantes a qual estava sobre a cama.
A maior parte das teorias de retórica distingue três tipos de ironia: oral,
Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava sobre
dramática e de situação.
a cama.
• A ironia oral é a disparidade entre a expressão e a in-
tenção: quando um locutor diz uma coisa mas pretende expres- Observação: Neste exemplo, pelo fato de os substantivos estojo e aliança
sar outra, ou então quando um significado literal é contrário para pertencerem a gêneros diferentes, resolveu-se o problema substituindo os
atingir o efeito desejado. substantivos por o qual/a qual. Se pertencessem ao mesmo gênero, haveria
necessidade de uma reestruturação diferente.
• A ironia dramática (ou sátira) é a disparidade entre a
expressão e a compreensão/cognição: quando uma palavra ou Má Colocação de Pronomes, Termos, Orações ou Frases
uma ação põe uma questão em jogo e a plateia entende o signi-
ficado da situação, mas a personagem não. Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto.
• A ironia de situação é a disparidade existente entre a O garotinho estava no quarto dele ou da senhora?
intenção e o resultado: quando o resultado de uma ação é con-
trário ao desejo ou efeito esperado. Da mesma maneira, a ironia Eliminando a ambiguidade: Aquela velha senhora encontrou o garotinho no
infinita (cosmic irony) é a disparidade entre o desejo humano e quarto dela.
as duras realidades do mundo externo. Certas doutrinas afirmam Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dele.
que a ironia de situação e a ironia infinita, não são ironias de to-
do Ex.: Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo.
Exemplos:
Quem estava sentado na varanda: o menino ou o mendigo?
“A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crian-
ças”. (Monteiro Lobato) Eliminando a ambiguidade: O menino avistou um mendigo que estava
sentado na varanda.
"-Meu marido é um santo. Só me traiu três vezes!"
O menino que estava sentado na varanda avistou o mendigo. Por Marina
É também um estilo de linguagem caracterizado por subverter o símbo- Cabral
lo que, a princípio, representa. A ironia utiliza-se como uma forma de lin-
guagem pré-estabelecida para, a partir e de dentro dela, contestá-la. Paráfrase
O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau Uma paráfrase é uma reafirmação das ideias de um texto ou uma passa-
de disposição e de bem-estar psicológico e emocionante um indivíduo. gem usando outras palavras. O ato de paráfrase é também chamado de
parafrasear.
A palavra humor surgiu na medicina humoral dos antigos Gregos. Na-
queles tempos, o termo humor representava qualquer um dos quatro fluidos Uma paráfrase tipicamente explica ou clarifica o texto que está sendo
corporais (ou humores) que se considerava serem responsáveis por regular citado. Por exemplo, "O sinal estava vermelho" pode ser parafraseada
a saúde física e emocional humana. como "O carro não estava autorizado a prosseguir". Quando acompanha a
declaração original, uma paráfrase normalmente é introduzido com uma
O humor é uma das chaves para a compreensão dicendi verbum - uma expressão declaratória para sinalizar a transição para
de culturas, religiões e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a paráfrase. Por exemplo, em "O sinal estava vermelho, isto é, o trem não Os poemas são pássaros que chegam
estava autorizado a proceder". Que é sinal a paráfrase que se segue. não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Uma paráfrase não precisa acompanhar uma citação direta, mas quando é Quando fechas o livro, eles alçam voo
assim, a paráfrase normalmente serve para colocar a declaração da fonte como de um alçapão.
em perspectiva ou para esclarecer o contexto em que apareceu. Uma Eles não têm pouso
paráfrase é tipicamente mais detalhada do que um resumo. Deve-se adici- nem porto
onar a fonte no final da frase, por exemplo: A calçada da rua estava suja alimentam-se um instante em cada par de mãos
ontem (Wikipedia). e partem.
A paráfrase pode tentar preservar o significado essencial do material a ser E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
parafraseado. Assim, a reinterpretação (intencional ou não) de uma fonte no maravilhoso espanto de saberes
para inferir um significado que não é explicitamente evidente na própria que o alimento deles já estava em ti...
fonte é qualificada como "pesquisa inédita", e não como paráfrase.
QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. Porto Alegre: L&PM, 1980.
O termo é aplicado ao gênero das paráfrases bíblicas, que eram as versões
de maior circulação da Bíblia disponíveis na Europa medieval. O objetivo O exemplo em voga trata-se de uma criação poética pertencente a um
não era o de tornar uma interpretação exata do significado ou o texto com- renomado autor da era modernista. Atendo-nos às suas peculiaridades no
pleto, mas para material presente na Bíblia em uma versão que era teologi- tange à linguagem, notamos a presença de uma linguagem metafórica que
camente ortodoxo e não está sujeita a interpretação herética, ou, na maioria simboliza a capacidade imaginativa do artista comparando-a com a liberda-
dos casos, para tomar a Bíblia e presente a um material de grande público de conferida aos pássaros, uma vez que são livres e voam rumo ao hori-
que foi interessante, divertida e espiritualmente significativa, ou, simples- zonte.
mente para encurtar o texto.
A frase "em suas próprias palavras" é frequentemente utilizado neste con- Por meio dos seguintes excertos poéticos, assim representados, voltamos à
texto para sugerir que o autor reescreveu o texto em seu próprio estilo de ideia anteriormente mencionada de que a competência linguística vai
escrita - como teria escrito se eles tivessem criado a ideia. paulatinamente sendo “adornada”, de acordo com a troca de experiências
entre o emissor e o mundo que o rodeia:
O que se denomina paralelismo sintático é um encadeamento de
funções sintáticas idênticas ou encadeamento de orações de valores sintá- Eles não têm pouso
ticos iguais. Orações que se apresentam com a mesma estrutura sintática nem porto
externa, ao ligarem-se umas às outras em processo no qual não se permite alimentam-se um instante em cada par de mãos
estabelecer maior relevância de uma sobre a outra, criam um processo de e partem.
ligação por coordenação. Diz-se que estão formando um paralelismo sintá- E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
tico. no maravilhoso espanto de saberes [...]
Texto literário e não literário - marcas linguísticas Desta feita, a intencionalidade discursiva, característica textual marcante,
pauta-se por despertar no interlocutor sentimentos e emoções, com vistas a
Antes de partirmos, de modo enfático, para as características que delineiam oferecer uma multiplicidade de interpretações, uma vez conferida pelo
ambas as modalidades, faremos uma breve consideração no tocante aos caráter subjetivo. Eis assim a característica que nutre um texto literário.
aspectos primordiais que perfazem o texto, vistos de maneira abrangente.
Pensemos agora em um outro tipo de texto, no qual não identificamos
Toda e qualquer produção escrita é fruto de um conjunto de fatores, os nenhum envolvimento por parte do emissor, pois suas marcas linguísticas
quais se encontram interligados e se tornam indissociáveis, de modo a primam-se pela objetividade. A conclusão a que podemos chegar é que,
permitir que o discurso se materialize de forma plausível. Portanto, infere-se nesse caso, a finalidade é apenas informar algo, tal qual se encontra no
que tais fatores se ligam aos conhecimentos de quem o produz, sejam discurso apresentado, isento de marcas pessoais, opiniões, juízos de valor
esses de ordem linguística ou aqueles adquiridos ao longo da trajetória e, sobretudo, de traços ligados à subjetividade.
cotidiana.
Aliada a essa prerrogativa existe aquela que inegavelmente norteia a Uma notícia, reportagem, artigo científico? Seriam esses os casos
concepção de linguagem, ou seja, a de possuir um caráter dinâmico e representativos? A reposta para tal indagação é reafirmá-la, uma vez que
estritamente social. Isso nos leva a crer que sempre estamos dialogando tais modalidades tem uma finalidade em comum: a informação. Essa, por
como o “outro”, e que, sobretudo, compartilhamos nossas ideias e opiniões sua vez, precisa retratar uma certa credibilidade conferida por meio do
com os diferentes interlocutores envolvidos no discurso. discurso. Daí o caráter objetivo, razão pela qual o autor, em momento
algum, não deixa que suas opiniões se fruam em meio ao ato discursivo a
Essa noção, uma vez proferida, tende a subsidiar os nossos propósitos no que se propõe. Tal particularidade revela a natureza linguística do chamado
que se refere ao assunto em questão. E, para tal, analisemos: texto não literário. Vânia Maria do Nascimento Duarte

Os poemas REESCRITURA DE TEXTOS


Dorival Coutinho da Silva

A língua faz parte de nossa vida diária. Por isso, é importante conhecer,
através da reflexão linguística, seu funcionamento nas diversas situações
do cotidiano.
A ausência dessa reflexão na dinâmica da produção escrita compromete
sobretudo a superfície textual. Exemplos:

TEXTO 1 - Ambiguidade na propaganda de produto:

“Nunca use a almofadinha HAPPY BABY quando aquecida diretamente


sobre a pele do bebê, fraldas descartáveis e calças plásticas”.

REESCRITA:
(Quando aquecida, a almofadinha HAPPY BABY não deverá ser usada
diretamente sobre a pele do bebê, fraldas descartáveis e calças plásticas).

Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lação na sociedade. Outros filmes ultrapassam esse objetivo e procuram,
TEXTO 2 - Redundância no texto informal: também, discutir valores ou criticar aspectos da identidade humana, por
exemplo.
“Me desespera saber que algo pode ocorrer comigo quando eu entro num
prédio e se isso acontecer, tenho a convicção de que algo grave ocorrerá O primeiro e, sem dúvidas, um dos maiores desafios de quem produz
comigo”. um texto é fazer o locutário cooperar com a intenção comunicativa do texto
produzido. Em outras palavras, fazer com que o locutário esteja disposto a
REESCRITA: interpretar o texto de acordo com a intenção comunicativa do locutor.
(Quando entro num prédio, desespera-me pensar que algo grave poderá Ou seja, de má vontade, sem querer participar, sem se envolver, o lo-
ocorrer comigo). cutário não vai fazer o seu papel no processo de interação comunicativa. O
locutário poderá então não compreender o texto ou fazer uma interpretação
TEXTO 3 – Problemas gramaticais e ineficiência da mensagem: que foge aos objetivos desse texto. Ele vai ler, mas não vai interpretar
adequadamente, nem agir de acordo.
“Necessitei ausentar-se do serviço, por que encontrava-me com dificulda-
des de enxergar, porque minha profissão requer uma boa visão”. Mas por que o locutário não atenderia à intenção comunicativa do texto
que lê? Isso pode acontecer porque aquele que assume o papel de locutá-
OBS.: Não basta, neste caso, propor apenas a correção gramatical, numa rio não sabe (ou não deseja) realizar o trabalho de envolvimento com o
situação escolar envolvendo a escrita. É preciso, na reescritura do texto, texto necessário para interpretá-lo. Assim, é muito importante ao interpre-
eliminar o supérfluo, buscando a clareza e a eficácia da mensagem. tarmos um texto, identificarmos a intenção comunicativa.

REESCRITA: Algumas perguntas podem nos ajudar:


(Ausentei-me do serviço para consultar um oculista.) Ø Para que serve esse texto na sociedade?
Ø O que esse texto revela sobre o locutor?
TEXTO 4 – Redação escolar: "lugar-comum" Ø O que se espera que eu faça depois de ler esse texto?
Compreendendo a intenção comunicativa do texto, podemos também
“O que fiz ontem de mais importante, sem dúvida, foi assistir um jogo de escolher até que ponto desejamos participar no processo comunicativo. Isto
futebol pelo rádio. O confronto entre Corinthians e Palmeiras é um clássico é, podemos envolvermo-nos mais ou menos, de acordo com nossas neces-
imperdível. sidades, possibilidades, desejos etc.
Durante a partida, sofri, sofri muito como todo corinthiano que se preza.
Mas, Graças a Deus, o empate teve gosto de vitória”. A escola, como instituição, no entanto, tem sido muito eficiente em 'ma-
tar' as intenções comunicativas dos textos. Em todas os componentes
OBS: Nessa produção, a não ser pela regência incorreta do verbo “assis- curriculares. Seja por reduzir os textos a intenções distorcidas daquelas
tir” (empregado equivocadamente em lugar do verbo “ouvir”), não há restri- para as que foram produzidos; seja por simplesmente ignorar o processo
ções quanto ao uso da língua padrão, sequer pelo emprego do termo social que deu origem a tais textos. José Luís Landeira
“imperdível”, já consagrado nas modalidades oral e escrita, menos formais.
Note-se, ainda, a utilização adequada do relator adversativo (mas) e a Paralelismo Sintático e Paralelismo Semântico - recursos
coesão por sequenciação temporal (durante a partida/ ontem). que compõem o estilo textual
O que pode, então, poluir esse “oásis”? Nada menos que a predomi-
nância do “LUGAR-COMUM”, em prejuízo da originalidade de expressão: Notadamente, a construção textual é concebida como um procedimento
dotado de grande complexidade, haja vista que o fato de as ideias emergi-
... é um (jogo) imperdível,0 rem com uma certa facilidade não significa transpô-las para o papel sem a
... como todo (corinthiano) que se preza devida ordenação. Tal complexidade nos remete à noção das competências
... o empate teve gosto de vitória inerentes ao emissor diante da elaboração do discurso, dada a necessidade
de este se perfazer pela clareza e precisão.
Todo A INTENÇÃO COMUNICATIVA
Infere-se, portanto, que as competências estão relacionadas aos conheci-
Todo aquele que se comunica -falando, pintando, escrevendo, dan- mentos que o usuário tem dos fatos linguísticos, aplicando-os de acordo
çando etc. - tem uma intenção comunicativa. Ele, locutor, não está apenas com o objetivo pretendido pela enunciação. De modo mais claro, ressalta-
querendo transmitir uma mensagem, passar uma informação, mas interagir mos a importância da estrutura discursiva se pautar pela pontuação, con-
com outra pessoa que se vai tornar o locutário. Ou seja, o locutor tem um cordância, coerência, coesão e demais requisitos necessários à objetivida-
objetivo em mente ao construir o seu texto e, normalmente, esse objetivo se de retratada pela mensagem.
relaciona com alguma ação. Toda palavra faz parte de um movimento maior
em torno de uma ação social. Atendo-nos de forma específica aos inúmeros aspectos que norteiam os já
Por exemplo, uma bula de remédios. Ela pode ser lida a qualquer mo- citados fatos linguísticos, ressaltamos determinados recursos cuja função
mento e pelos mais variados motivos. Ainda que a maioria considerasse se atribui por conferirem estilo à construção textual – o paralelismo sintático
absurdo, eu poderia ler uma bula de remédios antes de dormir, para relaxar e semântico. Caracterizam-se pelas relações de semelhança existente
um pouco. Mas, a intenção comunicativa de uma bula de remédios é outra. entre palavras e expressões que se efetivam tanto de ordem morfológica
Ela existe na sociedade para que o leitor conheça adequadamente o remé- (quando pertencem à mesma classe gramatical), sintática (quando há
dio e saiba como usá-lo. O conhecimento e a aplicação das informações da semelhança entre frases ou orações) e semântica (quando há correspon-
bula de remédios pode significar o restabelecimento da saúde. dência de sentido entre os termos).

Assim, uma pessoa pode até ler uma bula de remédio para se distrair Casos recorrentes se manifestam no momento da escrita indicando que
porque não tem o que outra coisa que fazer, contudo passar o tempo não é houve a quebra destes recursos, tornando-se imperceptíveis aos olhos de
a intenção comunicativa da bula de remédios. É um uso para a bula, mas quem a produz, interferindo de forma negativa na textualidade como um
não atende à intenção comunicativa desse gênero discursivo. Quem escre- todo. Como podemos conferir por meio dos seguintes casos:
ve esse texto não o faz para que os outros passem um momento agradável
de diversão. Durante as quartas-de-final, o time do Brasil vai enfrentar a Holanda.
É justamente o caso contrário do que ocorre com o filme de aventuras
que alguém se assiste no cinema, domingo à tarde, com os seus amigos. Constatamos a falta de paralelismo semântico, ao analisarmos que o time
Voltados para essa necessidade, existem muitos filmes de aventuras cuja brasileiro não enfrentará o país, e sim a seleção que o representa. Reestru-
intenção comunicativa é apenas fazer os locutários se distraírem e passar turando a oração, obteríamos:
um bom momento. Mas não existem apenas filmes de aventuras em circu-

Língua Portuguesa 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Durante as quartas-de-final, o time do Brasil vai enfrentar a seleção da
Holanda. Reescritura de frases e parágrafos do texto
Reescritura de frases e parágrafos do texto.
Se eles comparecessem à reunião, ficaremos muito agradecidos.
Substituição de palavras ou de trechos de texto.
Eis que estamos diante de um corriqueiro procedimento linguístico, embora Retextualização de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
considerado incorreto, sobretudo, pela incoerência conferida pelos tempos Este item será abordado como um tema só, pois a separação deles está
verbais (comparecessem/ficaremos). O contrário acontece se dissésse- meio complicada, pois a substituição de palavras ou de trechos tem tudo a
mos: ver com a retextualização
Reescrituração de textos
Se eles comparecessem à reunião, ficaríamos muito agradecidos. Figuras de estilo, figuras ou Desvios de linguagem são nomes dados a
Ambos relacionados à mesma ideia, denotando uma incerteza quanto à alguns processos que priorizam a palavra ou o todo para tornar o texto mais
ação. rico e expressivo ou buscar um novo significado, possibilitando uma reescri-
tura correta de textos.
Ampliando a noção sobre a correta utilização destes recursos, analisemos
Podem ser:
alguns casos em que eles se aplicam:
Figuras de palavras
não só... mas (como) também: As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido
diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um
A violência não só aumentou nos grandes centros urbanos, mas efeito mais expressivo na comunicação.
também no interior. São figuras de palavras:
Comparação:
Percebemos que tal construção confere-nos a ideia de adição em comparar Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elemen-
ambas as situações em que a violência se manifesta. tos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos –
feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns
Quanto mais... (tanto) mais: verbos – parecer, assemelhar-se e outros.
Atualmente, quanto mais se aperfeiçoa o profissionalismo, mais chan- Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina. / Beijou sua mulher
ces tem de se progredir. como se fosse lógico.” (Chico Buarque);
“As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros
Ao nos atermos à noção de progressão, podemos identificar a construção xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas…” (Jorge Amado).
paralelística. Metáfora:
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação
Seja... Seja; Quer... Quer; Ora... Ora: de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora
também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o
A cordialidade é uma virtude aplicável em quaisquer circunstâncias, conectivo não está expresso, mas subentendido.
seja no ambiente familiar, seja no trabalho. Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr.
Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.” (Machado de Assis).
Confere-se a aplicabilidade do recurso mediante a ideia de alternância.
Metonímia:
Tanto... Quanto: Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, ha-
vendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de
As exigências burocráticas são as mesmas, tanto para os veteranos, sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação
quanto para os calouros. objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
- o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um
Mediante a ideia de adição, acrescida àquela de equivalência, constata-se cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.
a estrutura paralelística. - a causa pelo efeito e vice-versa: “E assim o operário ia / Com suor e com
cimento (com trabalho) / Erguendo uma casa aqui / Adiante um apartamen-
Não... E não/nem: to.” (Vinicius de Moraes).
- o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do
Não poderemos contar com o auxílio de ninguém, nem dos alunos, legítimo porto (o vinho da cidade do Porto).
nem dos funcionários da secretaria.
- o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).
Recurso este empregado quando se quer atribuir uma sequência negativa. - o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu
coração (sentimento, sensibilidade).
Por um lado... Por outro: - o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos
revolucionários.
Se por um lado, a desistência da viagem implicou economia, por - a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.
outro, desagradou aos filhos que estavam no período de férias. - o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.
- a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).
O paralelismo efetivou-se em virtude da referência a aspectos negativos e
positivos relacionados a um determinado fato. - o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso,
glutão).
Tempos verbais: Sinédoque:
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo
Se a maioria colaborasse, haveria mais organização. ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitati-
va. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
Como dito anteriormente, houve a concordância de sentido proferida pelos - o todo pela parte e vice-versa: “A cidade inteira (o povo) viu assombrada,
verbos e seus respectivos tempos. de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das
: Vânia Maria do Nascimento Duarte patas) de seu cavalo.” (J. Cândido de Carvalho)
- o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido;
o carioca (todos os cariocas), atrevido.

Língua Portuguesa 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas.” (elipse
artistas ele foi um mecenas (protetor). do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias…).
Catacrese: Zeugma:
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, “é uma espécie de metáfora Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando
desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de subentendida sua repetição.
criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito linguístico, já Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes.”
fora do âmbito estilístico.” (Othon M. Garcia). (Zeugma do verbo: “e foram assassinados…”) (Camilo Castelo Branco).
São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho Anáfora:
/ montar em burro / céu da boca / cabeça de prego / mão de direção / Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras no início de um
ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no banco. período, frase ou verso.
Sinestesia: Exemplo: “Depois o areal extenso… / Depois o oceano de pó… / Depois no
A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma horizonte imenso / Desertos… desertos só…” (Castro Alves).
expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, Pleonasmo:
olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma ideia, isto é, redundân-
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de cia de significado.
uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo.
Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensa- a) Pleonasmo literário:
ções táteis], quase irreal.” (Augusto Meyer) É o uso de palavras redundantes para reforçar uma ideia, tanto do ponto de
Antonomásia: vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como um recurso
estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade,
característica ou fato que a distingue. Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia / Quando com os olhos eu quis
ver de perto / Quando em visão com os da saudade via.” (Alberto de Olivei-
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou ra).
cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome
próprio. “Morrerás morte vil na mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
Exemplos: “E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e “Ó mar salgado, quando do teu sal / São lágrimas de Portugal” (Fernando
enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes Pessoa).
do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O poeta dos escravos (= b) Pleonasmo vicioso:
Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= Napoleão) É o desdobramento de ideias que já estavam implícitas em palavras anteri-
Alegoria: ormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; valor de reforço de uma ideia, sendo apenas fruto do descobrimento do
é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por sentido real das palavras.
meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, Exemplos: subir para cima / entrar para dentro / repetir de novo / ouvir com
todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum os ouvidos / hemorragia de sangue / monopólio exclusivo / breve alocução /
e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um referencial e outro principal protagonista.
metafórico. Polissíndeto:
Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma conjunção coor-
lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não denativa mais vezes do que exige a norma gramatical (geralmente a con-
são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo junção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertigino-
baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, sos.
e a orquestra é excelente…” (Machado de Assis). Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres, / e as criadas das bur-
Figuras de sintaxe ou de construção: guesinhas ricas / e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.”
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a desvios em relação (Manuel Bandeira).
à concordância entre os termos da oração, sua ordem, possíveis repetições Anástrofe:
ou omissões. Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras vizinhas
Elas podem ser construídas por: (determinante/determinado).
a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma; Exemplo: “Tão leve estou (estou tão leve) que nem sombra tenho.” (Mário
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; Quintana).
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; Hipérbato:
d) ruptura: anacoluto; Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros da frase.
e) concordância ideológica: silepse. Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” (As belas passeiam na
Portanto, são figuras de construção ou sintaxe: Avenida à tarde.) (Carlos Drummond de Andrade).
Assíndeto: Sínquise:
Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir ligadas por Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de distantes partes da
conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por vírgu- frase. É um hipérbato exagerado.
las. Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” (A grita da gente se
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por exigência das alevanta ao Céu ) (Camões).
pausas rítmicas (vírgulas). Hipálage:
Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade
pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se.” (Machado de que pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase.
Assis). Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” (as lojas dos barbeiros
Elipse: loquazes.) (Eça de Queiros).
Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que facilmente pode- Anacoluto:
mos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático com que se
pronomes, conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de inicia a frase, alterando-lhe a sequência lógica. A construção do período
concisão e dinamismo. deixa um ou mais termos – que não apresentam função sintática definida –
desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.

Língua Portuguesa 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas.” (Alcânta- Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui
ra Machado). movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres
Silepse: animados a seres inanimados ou imaginários.
Ocorre silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas Também a atribuição de características humanas a seres animados consti-
com a ideia a elas associada. tui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este
a) Silepse de gênero: exemplo de Mário de Quintana: “O peixinho (…) silencioso e levemente
melancólico…”
Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou
masculino). Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” (Raul Bopp)
Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” (Guimarães Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice Lispector)
Rosa). Perífrase:
b) Silepse de número: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar
Ocorre quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
ou plural). Exemplo: “Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilho-
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário Barreto). sa / Coração do meu Brasil.” (André Filho).
c) Silepse de pessoa: Até este ponto retirei informações do site PCI cursos
Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: Vícios de Linguagem
o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado. Ambiguidade
Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas pessoas.” (Ma- Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela
chado de Assis). geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A
Figuras de pensamento: ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma
palavra apresentar vários sentidos em um contexto.
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao
significado das palavras, ao seu aspecto semântico. Ex:
São figuras de pensamento: • “Onde está a vaca da sua avó?” (Que vaca? A avó ou a vaca criada
Antítese: pela avó?)
Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de • “Onde está a cachorra da sua mãe?” (Que cachorra? A mãe ou a
sentidos opostos. cadela criada pela mãe?)
Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns • “Este líder dirigiu bem sua nação”(“Sua”? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o
nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos líder)?).
trazem o mal.” (Rui Barbosa). Obs 1: O pronome possessivo “seu(ua)(s)” gera muita confusão por ser
Apóstrofe: geralmente associado ao receptor da mensagem.
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou Obs 2: A preposição “como” também gera confusão com o verbo “comer”
imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na 1ª pessoa do singular.
na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão. A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional,
Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?” (Castro Alves). em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da
Paradoxo: mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e
assim obter a interpretação correta da mensagem.
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido
oposto, mas também na de ideias que se contradizem referindo-se ao Barbarismo
mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxí- Barbarismo, peregrinismo, idiotismo ou estrangeirismo (para os latinos
moro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo. qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou cons-
Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se trução estrangeira no lugar de equivalente vernácula.
sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;” De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes
(Camões) nomes:
Eufemismo: • galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (de
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para Gália, antigo nome da França);
atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante. • anglicismo, quando do inglês;
Exemplo: “E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe • castelhanismo, quando vindos do espanhol;
pague”. (Chico Buarque).
Ex:
Gradação:
• Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria
Ocorre gradação quando há uma sequência de palavras que intensificam
“quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente”);
uma mesma ideia.
Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o passo.” (Castro • Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria “comeu
Alves). um rosbife“);
Hipérbole: • Havia links para sua página (anglicismo; o mais adequado seria
Ocorre hipérbole quando há exagero de uma ideia, a fim de proporcionar “Havia ligações(ou vínculos) para sua página”.
uma imagem emocionante e de impacto. • Eles têm serviço de delivery. (anglicismo; o mais adequado seria
Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo Bilac). “Eles têm serviço de entrega”).
Ironia: • Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (galicismo, o
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de mais adequado seria Primeiro-ministro)
termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem • Nesta receita gastronômica usaremos Blueberries e Grapefruits.
exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica. (anglicismo, o mais adequado seria Mirtilo e Toranja)
Exemplo: “Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como • Convocamos para a Reunião do Conselho de DA’s (plural da sigla
uma porta: / um amor.” (Mário de Andrade). de Diretório Acadêmico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se
Prosopopéia: usa apóstrofo ‘s’ para pluralizar; o mais adequado seria DD.AA. ou DAs.)
Há quem considere barbarismo também divergências de pronúncia, grafia,
morfologia, etc., tais como “adevogado” ou “eu sabo“, pois seriam atitudes

Língua Portuguesa 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
típicas de estrangeiros, por eles dificilmente atingirem alta fluência no • “Meninos, entrem já para dentro!” (O verbo “entrar” já exprime ideia
dialeto padrão da língua. de ir para dentro)
Em nível pragmático, o barbarismo normalmente é indesejável porque os • “Estou subindo para cima.” (O verbo “subir” já exprime ideia de ir
receptores da mensagem frequentemente conhecem o termo em questão para cima)
na língua nativa de sua comunidade linguística, mas nem sempre conhe-
cem o termo correspondente na língua ou dialeto estrangeiro à comunidade • “Não deixe de comparecer pessoalmente.” (É impossível compare-
com a qual ele está familiarizado. Em nível político, um barbarismo também cer a algum lugar de outra forma que não pessoalmente)
pode ser interpretado como uma ofensa cultural por alguns receptores que • “Meio-ambiente” – o meio em que vivemos = o ambiente em que
se encontram ideologicamente inclinados a repudiar certos tipos de influên- vivemos.
cia sobre suas culturas. Pode-se assim concluir que o conceito de barba- Não é pleonasmo:
rismo é relativo ao receptor da mensagem.
• “As palavras são de baixo calão“. Palavras podem ser de baixo ou de
Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da própria língua do receptor alto calão.
poderia ser considerada como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo
(ex: “abdômen”) quando presente em uma mensagem a um receptor que O pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exem-
plos supra citados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um
não o entende (por exemplo, um indivíduo não escolarizado, que poderia
compreender melhor os sinônimos “barriga”, “pança” ou “bucho”). recurso que pode ser útil para se fornecer ênfase a determinado aspecto da
mensagem.
Cacofonia
Especialmente em contextos literários, musicais e retóricos, um pleonasmo
A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das bem colocado pode causar uma reação notável nos receptores (como a
sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando falamos geração de uma frase de efeito ou mesmo o humor proposital). A maestria
sobre algo para não ofendermos a pessoa que ouve. São exemplos desse no uso do pleonasmo para que ele atinja o efeito desejado no receptor
fato: depende fortemente do desenvolvimento da capacidade de interpretação
• “Ele beijou a boca dela.” textual do emissor. Na dúvida, é melhor que seja evitado para não se
• “Bata com um mamão para mim, por favor.” incorrer acidentalmente em um uso vicioso.
Solecismo
• “Deixe ir-me já, pois estou atrasado.”
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação
• “Não tem nada de errado a cerca dela“ à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
• “Vou-me já que está pingando. Vai chover!” De concordância:
• “Instrumento para socar alho.” • “Fazem três anos que não vou ao médico.” (Faz três anos que não
• “Daqui vai, se for dai.” vou ao médico.)
Não são cacofonia: • “Aluga-se salas nesse edifício.” (Alugam-se salas nesse edifício.)
• “Eu amo ela demais !!!” De regência:
• “Eu vi ela.” • “Ontem eu assisti um filme de época.” (Ontem eu assisti a um filme de
época.)
• “você veja”
De colocação:
Como cacofonias são muitas vezes cômicas, elas são algumas vezes
usadas de propósito em certas piadas, trocadilhos e “pegadinhas”. • “Me empresta um lápis, por favor.” (Empresta-me um lápis, por favor.)
Plebeísmo • “Me parece que ela ficou contente.” (Parece-me que ela ficou conten-
O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e termos te.)
considerados informais. • “Eu não respondi-lhe nada do que perguntou.” (Eu não lhe respondi
Exemplos: nada do que perguntou.)
• “Ele era um tremendo mané!” Eco
• “Tô ferrado!” O Eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase termina-
ções iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
• “Tá ligado nas quebradas, meu chapa?”
• “Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educa-
• “Esse bagulho é ‘radicaaaal’!!! Tá ligado mano?” ção.”
• ‘Vô piálá’mais tarde ‘ !!! Se ligou maluko ? • “O aluno repetente mente alegremente.”
Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em contextos
• O presidente tinha dor de dente constantemente.
sociais que requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo.
Colisão
Prolixidade
O uso de uma mesma vogal ou consoante em várias palavras é denomina-
É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua supera-
do aliteração. Aliterações são preciosos recursos estilísticos quando usados
bundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas ideias. Ao texto
com a intenção de se atingir efeito literário ou para atrair a atenção do
prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e
receptor. Entretanto, quando seus usos não são intencionais ou quando
cansa o leitor.
causam um efeito estilístico ruim ao receptor da mensagem, a aliteração
A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e preci- torna-se um vício de linguagem e recebe nesse contexto o nome
são da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com de colisão. Exemplos:
o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa
para dizer exatamente o que se quer. • “Eram comunidades camponesas com cultivos coletivos.”
Pleonasmo vicioso • “O papa Paulo VI pediu a paz.”
O pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redun- Uma colisão pode ser remediada com a reestruturação sintática da frase
dância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considera- que a contém ou com a substituição de alguns termos ou expressões por
do um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chama- outras similares ou sinônimas.
mos pleonasmo vicioso. Central de favoritos
Ex: Esta matéria eu retirei da Wikipédia
• “Ele vai ser o protagonista principal da peça”. (Um protagonista é, NORMA CULTA E POPULAR
necessariamente, a personagem principal)
A linguagem humana pode ser compreendida em dois termos específicos
mais conhecidos como NORMA CULTA E NORMA POPULAR. Como o

Língua Portuguesa 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
próprio nome já define, no primeiro caso, bem entendida como NORMA (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 1 - De acordo com o texto, os candidatos
CULTA, entende-se o modo correto, bonito, certo de uma pessoa se ex- (A) não tinham assimilado suas leituras.
pressar, usando os termos mais sofisticados e quase chegando à perfeição, (B) só conheciam o pensamento alheio.
omitindo, consequentemente o uso de gírias e termos chulos da língua (C) tinham projetos de pesquisa deficientes.
mãe, pátria, ou no caso do Brasil, língua portuguesa. Por outro lado, tam- (D) tinham perfeito autocontrole.
bém como o próprio termo já expressa, a NORMA POPULAR (a linguagem (E) ficavam em fila, esperando a vez.
do povo) não se esmera e muito menos se preocupa em falar, exibir como a
anterior, isto é, a considerada CULTA, e sim fala conforme o sentimento do (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 2 - O autor entende que os candidatos deveriam
povo, o uso comum, de maneira simples, inclusive apresentando diversos (A) ter opiniões próprias.
tipos de erros de concordância gramatical, o que, sem dúvida, passa total- (B) ler os textos requeridos.
mente despercebido pela pessoa que a ouve, sendo consequentemente da (C) não ter treinamento escolar.
mesma estirpe e condição social, diga-se de passagem. Tudo isto sem falar (D) refletir sobre o vazio.
nas apelações, gírias e termos chulos proferidos pela a grande maioria das (E) ter mais equilíbrio.
pessoas.
Em ambos os casos, como são ambientes distintos, tanto a NORMA CUL- (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 3 - A expressão “um vazio imenso” (3.º parágra-
TA quanto a NORMA POPULAR são entendidas, respectivamente, cada fo) refere-se a
uma dentro dos seus parâmetros, do seu contexto. As palavras CERTO e (A) candidatos.
ERRADO, sendo assim, ficam em segundo plano. Pois se for colocar na (B) pânico.
berlinda ou na balança, numa análise mais abrangente, estes dois tipos de (C) eles.
linguagem, constatar-se-á um grande paradoxo: como um povo pode se (D) reação.
expressar de duas maneiras distintas, falando o mesmo idiomas? Pergunta- (E) esse campo.
rá o turista incauto que tanto se esforçou para aprender os termos básicos
da língua portuguesa e chegando aqui, dependendo do lugar que for, Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
ficarará, desculpe a comparação popular, mais perdido do que cachorro em No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou
dia de mudança!... E a celeuma pode perdurar ao longo da convivência no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de
diária, indagando com perguntas do tipo: quem está certo ou errado? Ora, 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do
turista das Arábias, você não sabia: Ambas categorias estão certas ou tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasa-
erradas, conforme o lugar ou a hora em que estiverem se confabulando. dos – do ponto de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram
Talvez você desconheça totalmente que papo de botequim, de bar é uma analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada
coisa e diálogo, conversa numa Academia Brasileira de Letras é outro bem distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente
diferente. Só que,não se esqueça: é a mesma e única Língua Portuguesa ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal
que estão falando. O imprescidível mesmo é que cada um entenda bem o nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro
que o ouro está querendo dizer. Se fingir que entende será problema exclu- lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as
sivo de quem agir assim. Neste momento sempre é bom ser sincero. Qual- oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
quer dúvida, não tenha vergonha de dizer: "desculpe-me, não entendi o que O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços
você está querendo dizer!". Ou se preferir pode até dizer mesmo : "Excuse- culturais de um país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que
me ou I'm sorry. I don't understand" ou algo parecido. Pois sempre se tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação,
encontra aqui no Brasil alguma pessoa que aprecia o inglês, agora se fala dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar
fluentemente, aí são outros quinhentos...Olha a NORMA POPULAR finali- atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por
zando... exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado
João Bosco de Andrade Araújo chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversá-
rio. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexí-
veis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público?
(Veja, 02.12.2009)
exercícios de Interpretação de texto
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - De acordo com o texto, os brasileiros são
Leia o texto para responder às próximas 3 questões. piores do que outros povos em
(A) eficiência de correios e andar a pé.
Sobre os perigos da leitura (B) ajuste de relógios e andar a pé.
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente (C) marcar compromissos fora de hora.
da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o (D) criar desculpas para atrasos.
que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabili- (E) dar satisfações por atrasos.
dade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20
minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Pondo foco no processo de coesão textual
Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam- do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um
se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja (A) jornalista.
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os (B) economista.
meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a (C) cronometrista.
mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esfor- (D) ensaísta.
çando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de (E) psicólogo.
todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 6 - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o
oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam significado de
de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear (A) bebida feita com derivado de pinho.
os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treina- (B) ausência de convite para dançar.
dos durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre (C) longa espera para conseguir assento.
os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! (D) ficar sentado esperando o chá.
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse (E) longa espera em diferentes situações.
se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes. Leia o texto para responder às próximas 4 questões.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)

Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 10 - Segundo a revista Forbes,
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro daqui para frente.
(B) há três jogadores que faturam mais que Thierry em publicidade.
(C) o jogador francês possui contratos publicitários milionários.
(D) o ganho de Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões.
(E) é um absurdo o que o jogador ganha com o futebol e a publicidade.

As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.


Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is
doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa lingua-
gem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica.
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no
caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim,
provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos
científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a inter-
net está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do
que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a
sentimentos como compaixão e piedade.
O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímu-
Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a bola da los, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos
mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry, e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No
garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar
dólares anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais sofistica-
seus produtos, depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a dos. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de
bola com a mão, para ajudar no gol que classificou a França para a Copa exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e
do Mundo de 2010. (...) elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em
Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular, estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segun-
Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que do o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um ambiente que
o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado super-
serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da ficial."
Gillette, diz que não. A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação
Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga
não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcan- gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes
ce, sua publicidade. são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de
Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção
futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28 vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão.(Thomaz Wood
milhões de dólares anuais. (...) Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações)
(Veja, 02.11.2009. Adaptado)
(MP/RS – 2010 – FCC) 11 - O assunto do texto está corretamente resumi-
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 7 - A palavra jogada, em – A jogada previne os do em:
efeitos desastrosos para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de (A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros
(A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França. especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as cone-
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês. xões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do
(C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo. cérebro.
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda. (B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de
(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou. diversas capacidades cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa
navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A expressão o gato subiu no telhado é parte (C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações
de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abrupta- no funcionamento do cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraí-
mente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter das, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados.
dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado, (D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percep-
depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão, ção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de
a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira: textos, que permitem uma leitura dinâmica e de acordo com o interesse do
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da Fran- usuário.
ça. (E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter agido com má fé. do leitor pelo tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concre-
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato com o jogador francês. tas do funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da inter-
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry. net.
(E) a situação de Thierry, como garoto-propaganda da Gillette, ficou instá-
vel. (MP/RS – 2010 – FCC) 12 - Curiosamente, no caso da internet, os verda-
deiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 9 - A expressão diz que não, no final do 2.º estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo,
parágrafo, significa que (A) se vale da enorme projeção conferida ao pesquisador antes citado,
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento do contrato. ironicamente oferecida pela própria internet, em seu website.
(B) o jogo em que a França se classificou deve ser refeito. (B) apoia-se nas conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de
(C) a repercussão na França foi bastante negativa. estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano.
(D) a Procter & Gamble é proprietária da Gillette. (C) condena, desde o início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado
(E) os publicitários franceses se opõem a Thierry. vemprovocando danos em partes do cérebro.

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(D) considera, como base inicial de constatação a respeito do uso da inter- (E) Os brasileiros de cidades menores passaram até a percorrer curtas
net, que ela nos torna menos sensíveis a sentimentos como compaixão e distâncias com seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção de impos-
piedade. tos, que são elementos que têm colaborado para a realização do sonho de
(E) questiona a ausência de fundamentos científicos que, no caso da inter- tê-los, e com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice
net, [...]deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumenta-
das em progressão geométrica nos últimos anos.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Leia o texto para responder às próximas 4 questões.
Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem Os eletrônicos “verdes”
cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como
mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência, Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politi-
congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da camente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a
malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas
desses municípios. recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com
Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais, certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na
baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de
frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilida- garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia
de de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que
colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem
desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do
distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pes-
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo quisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que
aumento da frota. a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas
Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de brasi- as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
leiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em se- Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Co-
gundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento munidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá
de 66% nos últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir
mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da
(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010, Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” tam-
com adaptações) bém conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto
ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.
(MP/RS – 2010 – FCC) 13 - Não por acaso oito Estados já registram mais O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve
mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final do Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era
texto surge como duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente
(A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preo-
carro, mas perdem muito tempo em congestionamentos. cupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro
(B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer
utilização de carros, com danos provocados ao meio ambiente. chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale
(C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo de status e, por de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se colo-
isso, constitui o maior sonho de consumo do brasileiro. que a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no
(D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido qualidade, cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém
pois os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador.
para percorrer curtas distâncias. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em gran-
(E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título des empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.
que poderia ser: Carro, problema que se agrava. (Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)

(MP/RS – 2010 – FCC) 14 - As ideias mais importantes contidas no 2o (CREMESP – 2011 - VUNESP) 15 - Leia o trecho: Vai bem a convivência
parágrafo constam, com lógica e correção, de: entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área
(A) A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns elementos ambiental. É correto afirmar que a frase inicial do texto pode ser interpreta-
que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro nas cida- da como
des menores, e os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus (A) a união das empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um
carros para percorrer curtas distâncias, além dos congestionamentos e dos novo celular com fibra de bambu.
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo (B) a criação de um equipamento eletrônico com estrutura de vidro que
aumento da frota. evita a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
(B) Cidades menores tiveram suas frotas aumentadas em progressão (C) o aumento na venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as
geométrica nos últimos anos em razão da facilidade de crédito e da isenção empresas nacionais se uniram à fabricante taiwanesa.
de impostos, elementos que têm colaborado para a aquisição de carros que (D) o compromisso firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner
passaram a ser utilizados até mesmo para percorrer curtas distâncias, Group para criar celulares sem o uso de carbono.
apesar dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os (E) a preocupação de algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos
danos provocados ao meio ambiente. que não agridam o meio ambiente.
(C) O menor custo de vida em cidades menores, com baixo índice de
desemprego e poder aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em (CREMESP – 2011 - VUNESP) 16 - Em – Computadores “limpos” fazem
progressão geométrica nos últimos anos, com a facilidade de crédito e a uma importante diferença no efeito estufa... – a expressão entre aspas
isenção de impostos, que são alguns dos elementos que têm colaborado pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto, por:
para a realização do sonho dos brasileiros de ter um carro. (A) com material reciclado.
(D) É nas cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das (B) feitos com garrafas plásticas.
capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que (C) com arquivos de bambu.
tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos (D) feitos com materiais retirados da natureza.
anos pela facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos (E) com teclado feito de alumínio.
elementos que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro.

Língua Portuguesa 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 17 - A partir da leitura do texto, pode-se 06. E 16. A
concluir que 07. B 17. C
(A) as pesquisas na área de TI ainda estão em fase inicial. 08. E 18. E
(B) os consumidores de eletrônicos não se preocupam com o material com 09. A 19. B
que são feitos. 10. C 20. D
(C) atualmente, a indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
(D) os laptops feitos com fibra de bambu têm maior durabilidade.
(E) equipamentos ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas FONÉTICA E FONOLOGIA
assegurado.
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 18 - O presidente da Apple, Steve Jobs, nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os
(A) preocupa-se com o carbono emitido na fabricação de produtos eletrôni- quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.
cos.
(B) pesquisa acerca do uso de bambu em teclados de laptops. Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre
(C) descobriu que impressoras cujos cartuchos são de borra de chá não si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA.
duram muito.
(D) responsabiliza a fabricação de celulares pelas emissões de dióxido de Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e
carbono no meio ambiente. seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais
(E) está de acordo com outras empresas a favor do uso de materiais reci- fonemas.
cláveis em eletrônicos. No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-
nemas.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 19 - No texto, o estudo realizado pela
Comunidade do Vale do Silício É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
(A) é o primeiro passo para a implantação de laptops feitos com tiras de sinal gráfico que representa o som.
bambu.
(B) contribuirá para que haja mais lucro nas empresas, com redução de Vejamos alguns exemplos:
custos. Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
(C) ainda está pesquisando acerca do uso de mercúrio em eletrônicos. Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
(D) será decisivo para evitar o efeito estufa na atmosfera. Corre – letras: 5: fonemas: 4
(E) permite a criação de uma impressora que funciona com energia mecâ- Hora – letras: 4: fonemas: 3
nica. Aquela – letras: 6: fonemas: 5
Guerra – letras: 6: fonemas: 4
Leia o texto para responder à questão a seguir. Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
Quanto veneno tem nossa comida? Canto – 5 letras e 4 fonemas
Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga Tempo – 5 letras e 4 fonemas
escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde huma- Campo – 5 letras e 4 fonemas
na. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores Chuva – 5 letras e 4 fonemas
rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que
apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado determinado som.
desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau
de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos
para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as
VOGAIS
amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm
resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, a, e, i, o, u
A E I O U
isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam
os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se
SEMIVOGAIS
somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.(Francine Lima,
Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
Revista Época, 09.08.2010)
mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-
sou-ro, Pa-ra-guai.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 20 - Com a leitura do texto, pode-se afir-
mar que
CONSOANTES
(A) segundo testes feitos em animais, os agrotóxicos causam intoxicações.
(B) a produção em larga escala de pesticidas sintéticos tem ocasionado
B Cb,
D c,
F Gd,Hf,J g,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,
Z v,
Y x,
Wz
doenças incuráveis.
(C) as pessoas que ingerem resíduos de agrotóxicos são mais propensas a
ENCONTROS VOCÁLICOS
terem doenças de estômago.
A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
(D) os resíduos de agrotóxicos nos alimentos podem causar danos ao
encontro vocálico.
organismo.
Ex.: cooperativa
(E) os cientistas descobriram que os alimentos in natura têm menos resí-
duos de agrotóxicos.
Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
http://www.gramatiquice.com.br/2011/02/exercicios-interpretacao-de-texto-
ii_02.html
DITONGO
É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
RESPOSTAS Dividem-se em:
01. B 11. C - orais: pai, fui
02. A 12. B - nasais: mãe, bem, pão
03. E 13. E - decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
04. B 14. B - crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo
05. E 15. E

Língua Portuguesa 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal) 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não
Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas
de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas
HIATO
Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em du- em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
as diferentes emissões de voz.
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-í- Ex.
zo

SÍLABA Chá Mês nós


Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados Gás Sapé cipó
numa só emissão de voz. Dará Café avós
Pará Vocês compôs
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: vatapá pontapés só
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol. Aliás português robô
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
dá-lo vê-lo avó
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta- recuperá-los Conhecê-los pô-los
li-da-de. guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
TONICIDADE méis céu mói
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pastéis Chapéus anzóis
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. ninguém parabéns Jerusalém
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá,
pá. Resumindo:

Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja
em: um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo”
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do-
são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.
mi-nó.
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá-
ter, a-má-vel, qua-dro. 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do,
cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma.
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
ENCONTROS CONSONANTAIS • N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo. • R – câncer, caráter, néctar, repórter.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. • X – tórax, látex, ônix, fênix.
• PS – fórceps, Quéops, bíceps.
DÍGRAFOS • Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia com-
posta para um som simples.
• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
Há os seguintes dígrafos: • ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh. • UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
Exs.: chave, malha, ninho. • US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e
ss.
Exs. : carro, pássaro. Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. (semivogal+vogal):
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir. Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer- 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
rando a sílaba em uma palavra. Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo,
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.
público, pároco, proparoxítona.
NOTAÇÕES LÉXICAS
São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. 4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:

São os seguintes:
1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas;
• Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, ânco-
ra; Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade; IMPORTANTE
4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã; Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se
5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude;
todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho;
o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno. Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de
“ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
Acentuação Gráfica Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
5. Trema

Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai Creem veem
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, Deem releem
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) Leem descreem
6. Acento Diferencial Voo perdoo
O acento diferencial permanece nas palavras: enjoo
pôde (passado), pode (presente) Outras dicas
pôr (verbo), por (preposição) Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro – deixou de ser acen-
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo tuada. Entretanto, muitos alunos insistem em colocar o acento: “Quero
está no singular ou plural: beber água de côco”.
SINGULAR PLURAL Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada para se referir
Ele tem Eles têm a excremento.
Então, a menos se que queira beber água de fezes, é melhor parar de
Ele vem Eles vêm
colocar acento em coco.
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: Para verificar praticamente a necessidade de acentuação gráfica, utilize o
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. critério das oposições:
Imagem armazém
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado Paroxítonas terminadas em “M” não levam acento, mas as oxítonas SIM.
Trema Jovens provéns
Não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios e seus derivados. Paroxítonas terminadas em “ENS” não levam acento, mas as oxítonas
Acento diferencial levam.
Não é preciso usar o acento diferencial para distinguir: Útil sutil
Paroxítonas terminadas em “L” têm acento, mas as oxítonas não levam
porque o “L”, o “R” e o “Z” deixam a sílaba em que se encontram natural-
1. Para (verbo) de para (preposição)
mente forte, não é preciso um acento para reforçar isso.
É por isso que: as palavras “rapaz, coração, Nobel, capataz, pastel, bom-
“Esse carro velho para em toda esquina”. bom; verbos no infinitivo (terminam em –ar, -er, -ir) doar, prover, consu-
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”. mir são oxítonas e não precisam de acento. Quando terminarem do mesmo
jeito e forem paroxítonas, então vão precisar de acento.
1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo
(substantivo) Uso do Hífen
2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) – Uso do Hífen
e lo).
3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica). Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande
queixa entre os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por que mudar uma
contexto. coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já
Acento agudo dominava a antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação.
Ditongos abertos “ei”, “oi” Quem saiu se beneficiando foram os que estão começando agora a adquirir
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I.
na penúltima sílaba. Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo
He-roi-co ji-boi-a Acordo comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de
As-sem-blei-a i-dei-a cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas
Pa-ra-noi-co joi-a na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?
o som delas estiverem aberto. Regra Geral
Céu véu A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não
Dói herói tem som; em “Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer
Chapéu beleléu encostado em prefixos:
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando
• pré-história
forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo.
• anti-higiênico
feiura baiuca
• sub-hepático
cheiinho saiinha
• super-homem
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira: Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte) Anti-inflamatório neoliberalismo
Arguo apazigue Supra-auricular extraoficial
Enxague arguem Arqui-inimigo semicírculo
Delinguo sub-bibliotecário superintendente
Acento Circunflexo Quanto ao “R” e o “S”, se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá
Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”. ser dobrada:

Língua Portuguesa 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia) ânsia, ansiar, ansioso, ansiedade, cansar, cansado, descansar, descanso,
minissaia antisséptico diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, pretensioso, pro-
pensão, remorso, sebo, tenso, utensílio etc.
contrarregra megassaia
3) SS:
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito acesso, acessório, acessível, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino,
nenhum. concessão, discussão, escassez, escasso, essencial, expressão, fracasso,
impressão, massa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão,
• Sub-reino pêssego, procissão, profissão, ressurreição, sessenta, sossegar, sossego,
submissão, sucessivo etc.
• ab-rogar
4) SC,SÇ
• sob-roda acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, consciente, crescer, cres-
ço, cresça, descer, desço, desça, disciplina, discípulo, discernir, fascinar,
ATENÇÃO! fascinante, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressuscitar,
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras seiscentos, suscetível, suscetibilidade, suscitar, víscera
5) X:
iguais, SEPARA.
aproximar, auxiliar, auxílio, máximo próximo, proximidade, trouxe,
super-requintado super-realista trouxer, trouxeram etc
inter-resistente 6) XC:
CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN exceção, excedente, exceder, excelência, excelente, excelso, excêntrico,
excepcional, excesso, excessivo, exceto,excitar etc.
Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:
Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Emprego de s com valor de z
Vizo-rei 1) adjetivos com os sufixos –oso, -osa:
Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO. teimoso, teimosa
2) adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa:
pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore
português, portuguesa
pró-africano, pró-europeu, pós-graduação 3) substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa:
Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais. burguês, burguesa
Pan-americano, circum-escola 4) substantivos com os sufixos gregos –esse, -isa, -ose:
OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”. diocese, poetisa, metamorfose
NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen: 5) verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s:
analisar (de análise)
Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.
6) formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados:
ATENÇÃO! pus, pôs, pusemos, puseram, puser, compôs, compusesse, impuser etc
Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO) quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos etc
Coordenar reedição preestabelecer 7) os seguintes nomes próprios personativos:
Coordenação refazer preexistir Inês, Isabel, Isaura, Luís, Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha.
Coordenador reescrever prever
Emprego da letra z
Coobrigar relembrar
1) os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita:
Cooperação reutilização cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita etc
Cooperativa reelaborar 2) os derivados de palavras cujo radical termina em –z:
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar, vazar, vazão (de vazio) etc
menos uma palavra de cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, 3) os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas:
compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas vezes: numa você fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização etc
usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas 4) substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e denotando
qualidade física ou moral:
vai te parecer mais familiar. pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio) etc
REGRA GERAL (Resumindo) 5) as seguintes palavras:
azar, azeite, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, vizinho
Letras iguais, separa com hífen(-).
Letras diferentes, junta. S ou Z ?
O “H” não tem personalidade. Separa (-). Sufixos –ês e ez
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se 1) O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) deri-
juntam com consoantes. vados de substantivos concretos:
http://www.infoescola.com/portugues/novo-acordo-ortografico- montês (de monte) montanhês (de montanha) cortês (de corte)
descomplicado-parte-i/ 2) O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjeti-
T vos:
aridez (de árido) acidez (de ácido) rapidez (de rápido)
Sufixos –esa e –eza
Escreve-se –esa (com s):
ORTOGRAFIA OFICIAL
1) nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender:
defesa (defender), presa (prender)...
Quando utilizar: S, C, Ç, X, CH, SS, SC... 2) nos substantivos femininos designativos de nobreza:
baronesa, marquesa, princesa
Representação do fonema /s/. 3) nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês:
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por: burguesa (de burguês)...
1) C,Ç: 4) nas seguintes palavras femininas:
acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, dança, contorção, framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, turquesa
exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, maçaroca, maço, maciço, miçanga, etc
muçulmano, paçoca, pança, pinça, Suíça etc.
2) S:

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
à Escreve-se –eza nos substantivos femininos abstratos derivados de • depois da letra "r" com poucas exceções.
adjetivos e denotando qualidade, estado, condição:
beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de
leve) Exemplos: emergir, surgir. depois da letra a, desde que não seja radical
terminado com j.
Verbos em –isar e –izar Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes Escreve-se com J e não com G:
termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se –izar (com z):
avisar (aviso+ar) anarquizar (anarquia+izar) • as palavras de origem latinas

Emprego do x Exemplos: jeito, majestade, hoje.


1) Esta letra representa os seguintes fonemas: • as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
/ch/ xarope, enxofre, vexame etc;
/cs/ sexo, látex, léxico, tóxico etc;
/z/ exame, exílio, êxodo etc; Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
/ss/ auxílio, máximo, próximo etc;
/s/ sexto, texto, expectativa, extensão etc; • as palavras terminada com aje.
2) Não soa nos grupos internos –xce e –xci:
exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar etc Exemplos: laje, ultraje
3) Grafam-se com x e não s:
expectativa, experiente, expiar (remir, pagar), expirar (morrer), expoente, O fonema ch:
êxtase, extrair, fênix, têxtil, texto etc
4) Escreve-se x e não ch:
a) em geral, depois de ditongo: Escreve-se com X e não com CH:
caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo etc
Excetuam-se: recauchutar e recauchutagem • as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
b) geralmente, depois da sílaba inicial em:
enxada, enxame... Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
Excetuam-se: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente,
enchimento, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda • as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
vez que se trata do prefixo en+palavra iniciada por ch.
c) em vocábulos de origem indígena ou africana:
abacaxi, xavante, caxambu (dança negra), orixá, xará, maxixe etc Exemplos: xampu, lagartixa.
d) nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, praxe xarope, • depois de ditongo. Exemplos: frouxo, feixe. depois de en.
xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.

Emprego do dígrafo ch Exemplos: enxurrada, enxoval


Escrevem-se com ch, entre outros, os seguintes vocábulos: Observação:
bucha, charque, chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, ficha, flecha, mecha, Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch -
mochila, pechincha, tocha. Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
Consoantes dobradas
1) Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes c, r, s. • as palavras de origem estrangeira
2) Escreve-se cc ou cç quando as duas consoantes soam distintamente:
convicção, cocção, fricção facção, sucção etc Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche,
3) Duplicam-se o r e o s em dois casos: salsicha.
a) Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante,
http://www.comoescreve.com/2013/02
respectivamente:
carro, ferro, pêssego, missão etc
b) Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES
interposição do hífen, palavra começada por r ou s:
arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia etc. Mas ou mais: dúvidas de ortografia
http://www.tudosobreconcursos.com/
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte
O fonema j:
Mais ou mais? Onde ou aonde? Essas e outras expressões geralmente são
Escreve-se com G e não com J: alvo de questionamentos por parte dos usuários da língua.

• as palavras de origem grega ou árabe Falar e escrever bem, de modo que se atenda ao padrão formal da lingua-
Exemplos: tigela, girafa, gesso. estrangeirismo, cuja letra G é originária. gem: eis um pressuposto do qual devemos nos valer mediante nossa
Exemplos: sargento, gim. postura enquanto usuários do sistema linguístico. Contudo, tal situação não
parece assim tão simples, haja vista que alguns contratempos sempre
• as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções) tendem a surgir. Um deles diz respeito a questões ortográficas no mo-
mento de empregar esta ou aquela palavra.
Nesse sentido nunca é demais mencionar que o emprego correto de um
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge. determinado vocábulo está intimamente ligado a pressupostos semânticos,
Observação visto que cada vocábulo carrega consigo uma marca significativa de senti-
Exceção: pajem as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. do. Assim, mesmo que palavras se apresentem semelhantes em temos
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio. sonoros, bem como nos aspectos gráficos, traduzem significados distintos,
• os verbos terminados em ger e gir. aos quais devemos nos manter sempre vigilantes, no intuito de fazermos
bom uso da nossa língua sempre que a situação assim o exigir.
Pois bem, partindo dessa premissa, ocupemo-nos em conhecer as caracte-
Exemplos: eleger, mugir.
Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rísticas que nutrem algumas expressões que rotineiramente utilizamos. “Senão” tem sentido equivalente a “caso contrário” ou a “não ser”:
Entre elas, destacamos: É bom que se apresse, senão poderá chegar atrasado.
“Se não” se emprega a orações subordinadas condicionais, equivalendo-se
Mas e mais a “caso não”:
A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, de- Se não chover iremos ao passeio.
vendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário.
Vejamos, pois: Na medida em que e à medida que
Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário. “Na medida em que” expressa uma relação de causa, equivalendo-se a
Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de “porque”, “uma vez que” e “já que”:
intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos: Na medida em que passava o tempo, a saudade ia ficando cada vez mais
Ele escolheu a camiseta mais cara da loja. apertada.
“À medida que” indica a ideia relativa à proporção, desenvolvimento grada-
Onde e aonde tivo:
“Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para À medida que iam aumentando os gritos, as pessoas se aglomeravam
algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de ainda mais.
movimento). Assim, vejamos:
Aonde você vai com tanta pressa? Nenhum e nem um
“Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está. “Nenhum” representa o oposto de algum:
Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa caracterís- Nenhum aluno fez a pesquisa.
tica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo: “Nem um” equivale a nem sequer um:
Onde mesmo você mora? Nem uma garota ganhará o prêmio, quem dirá todas as competidoras.

Que e quê Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortográfica grafado com
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas hífen):
a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce: Antes do novo acordo ortográfico, a expressão “dia-a-dia”, cujo sentido
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua fazia referência ao cotidiano, era grafada com hífen. Porém, depois de
como uma conjunção integrante. instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja:
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo, O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
em se tratando de funções morfossintáticas: Já “dia a dia”, sem hífen mesmo antes da nova reforma, atua como uma
Ela tem um quê de mistério. locução adverbial referente a “todos os dias” e permaneceu sem nenhuma
alteração, ou seja:
Mal e mau Ela vem se mostrando mais competente dia a dia.
“Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio,
denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando Fim-de-semana e fim de semana
tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem: A expressão “fim-de-semana”, grafada com hífen antes do novo acordo, faz
Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se compor- referência a “descanso”, diversão, lazer. Com o advento da nova reforma
tado bem) ortográfica, alguns compostos que apresentam elementos de ligação, como
“Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo: é o caso de “fim de semana”, não são mais escritos com hífen. Portanto, o
Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno) correto é:
Como foi seu fim de semana?
Ao encontro de / de encontro a “Fim de semana” também possui outra acepção semântica (significado),
“Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo: relativa ao final da semana propriamente dito, aquele que começou no
Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis) domingo e agora termina no sábado. Assim, mesmo com a nova reforma
“De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão: ortográfica, nada mudou no tocante à ortografia:
O carro foi de encontro ao poste. Viajo todo fim de semana.
Vânia Maria do Nascimento Duarte
Afim e a fim
“Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade: O uso dos porquês
Na faculdade estudamos disciplinas afins.
“A fim” indica ideia de finalidade: O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas.
Estudo a fim de que possa obter boas notas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês
para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
A par e ao par
“A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca de Por que
algo”: O por que tem dois empregos diferenciados:
Ele não estava a par de todos os acontecimentos. Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefini-
“Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência ente do que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
valores financeiros: Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Algumas moedas estrangeiras estão ao par. Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o
Demais e de mais significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais,
“Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sentido de pelas quais.
“muito”: Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
A vítima gritava demais após o acidente.
Tal palavra pode também representar um pronome indefinido, equivalendo- Por quê
se “aos outros, aos restantes”: Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por
Não se importe com o que falam os demais. quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual
“De mais” se opõe a de menos, fazendo referência a um substantivo ou a motivo”, “por qual razão”.
um pronome: Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Ele não falou nada de mais. Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

Senão e se não Porque


É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma
Língua Portuguesa 47 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vez que”, “para que”. Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois) 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que) "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
Porquê "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanha- mirra." (Manuel Bandeira)
do de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar con- DIVISÃO SILÁBICA
centrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
Por Sabrina Vilarinho Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
GU.
FORMAS VARIANTES 1- chave: cha-ve
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer aquele: a-que-le
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. palha: pa-lha
aluguel ou aluguer hem? ou hein? manhã: ma-nhã
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia guizo: gui-zo
amídala ou amígdala infarto ou enfarte
assobiar ou assoviar laje ou lajem Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
azaléa ou azaleia nenê ou nenen 2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
bílis ou bile quatorze ou catorze flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar globo: glo-bo fraco: fra-co
carroçaria ou carroceria taramela ou tramela implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so
debulhar ou desbulhar ou relampar prato: pra-to
fleugma ou fleuma porcentagem ou percentagem
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.
3- correr: cor-rer desçam: des-çam
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
fascinar: fas-ci-nar
Escrevem-se com letra inicial maiúscula:
Não se separam as letras que representam um ditongo.
1) a primeira palavra de período ou citação.
4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."
cárie: cá-rie
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da
letra maiúscula.
Separam-se as letras que representam um hiato.
2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el
sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o
Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-
Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
Não se separam as letras que representam um tritongo.
O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
6- Paraguai: Pa-ra-guai
3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
saguão: sa-guão
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República,
que a antecede.
etc.
7- torna: tor-na núpcias: núp-cias
5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
Estado, Pátria, União, República, etc.
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
órgãos públicos, etc.:
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco
que a segue
do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
8- pneumático: pneu-má-ti-co
7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
gnomo: gno-mo
científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
psicologia: psi-co-lo-gia
Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
Manhã, Manchete, etc.
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,
8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Exce-
mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em
lentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
sílabas separadas.
9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
9- sublingual: sub-lin-gual
Oriente, o falar do Norte.
sublinhar: sub-li-nhar
Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
sublocar: sub-lo-car
10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Preste atenção nas seguintes palavras:
trei-no so-cie-da-de
Escrevem-se com letra inicial minúscula:
gai-o-la ba-lei-a
1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
des-mai-a-do im-bui-a
nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
ra-diou-vin-te ca-o-lho
ingleses, ave-maria, um havana, etc.
te-a-tro co-e-lho
2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
du-e-lo ví-a-mos
empregados em sentido geral:
a-mné-sia gno-mo
São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
co-lhei-ta quei-jo
3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio

Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co interior.
dig-no e-nig-ma Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais
e-clip-se Is-ra-el calmo, resolveu o problema sozinho.
mag-nó-lia
DOIS PONTOS
SINAIS DE PONTUAÇÃO • Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
• Para indicar uma citação alheia:
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de
pausas da linguagem oral. passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
que".
PONTO • Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri-
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla- or:
rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
comuns ele é chamado de simples. • Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-
to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). TRAVESSÃO
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
PONTO DE INTERROGAÇÃO palavras ou frases
É usado para indicar pergunta direta. – "Quais são os símbolos da pátria?
Onde está seu irmão? – Que pátria?
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos).
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. – "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra
A mim ?! Que ideia! vez.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma
PONTO DE EXCLAMAÇÃO coisa". (M. Palmério).
É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. • Usa-se para separar orações do tipo:
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! – Avante!- Gritou o general.
Ó jovens! Lutemos! – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.

Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam


VÍRGULA uma cadeia de frase:
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau- • A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
sa na fala. Emprega-se a vírgula: • A ponte Rio – Niterói.
• Nas datas e nos endereços: • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
Largo do Paissandu, 128.
• No vocativo e no aposto: ASPAS
Meninos, prestem atenção! São usadas para:
Termópilas, o meu amigo, é escritor. • Indicar citações textuais de outra autoria.
• Nos termos independentes entre si: "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões. • Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares:
caso é usado o duplo emprego da vírgula: Há quem goste de “jazz-band”.
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa- Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.
droeira. • Para enfatizar palavras ou expressões:
• Após alguns adjuntos adverbiais: Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.
No dia seguinte, viajamos para o litoral. • Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.
da vírgula: • Em casos de ironia:
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor. A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente.
• Após a primeira parte de um provérbio. Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
O que os olhos não veem, o coração não sente.
• Em alguns casos de termos oclusos: PARÊNTESES
Eu gostava de maçã, de pera e de abacate. Empregamos os parênteses:
• Nas indicações bibliográficas.
RETICÊNCIAS "Sede assim qualquer coisa.
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. serena, isenta, fiel".
Não me disseste que era teu pai que ... (Meireles, Cecília, "Flor de Poemas").
• Para realçar uma palavra ou expressão. • Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome... "Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. fora das órbitas. Amália se volta)".
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também... (G. Figueiredo)
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de
PONTO E VÍRGULA fome."
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém (C. Lispector)
alguma simetria entre si. • Para isolar orações intercaladas:
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe- "Estou certo que eu (se lhe ponho
cido, guardando consigo a ponta farpada. " Minha mão na testa alçada)
• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu Sou eu para ela."
Língua Portuguesa 49 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(M. Bandeira) Vou até a (á ) chácara.
Cheguei até a(à) muralha
COLCHETES [ ] • A QUE - À QUE
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
ocorrerá crase:
Houve um palpite anterior ao que você deu.
ASTERISCO Houve uma sugestão anterior à que você deu.
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não
alguma nota (observação). ocorrerá crase.
Não gostei do filme a que você se referia.
BARRA Não gostei da peça a que você se referia.
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
abreviaturas. A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do
de:
Meu palpite é igual ao de todos
CRASE Minha opinião é igual à de todos.

Crase é a fusão da preposição A com outro A. NÃO OCORRE CRASE


Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem. • antes de nomes masculinos:
Andei a pé.
EMPREGO DA CRASE Andamos a cavalo.
• em locuções adverbiais: • antes de verbos:
à vezes, às pressas, à toa... Ela começa a chorar.
• em locuções prepositivas: Cheguei a escrever um poema.
em frente à, à procura de... • em expressões formadas por palavras repetidas:
• em locuções conjuntivas: Estamos cara a cara.
à medida que, à proporção que... • antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a, Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
as Escrevi a Vossa Excelência.
Fui ontem àquele restaurante. Dirigiu-se gentilmente à senhora.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão: • quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural:
Refiro-me àquilo e não a isto. Não falo a pessoas estranhas.
Jamais vamos a festas.
A CRASE É FACULTATIVA
• diante de pronomes possessivos femininos:
Entreguei o livro a(à) sua secretária .
ORTOÉPIA E PROSÓDIA
• diante de substantivos próprios femininos: Ortoepia trata da correta pronúncia das palavras.
Dei o livro à(a) Sônia. Exemplo: "advogado", e não "adevogado" (o d é mudo).
Prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras.
CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
Exemplo: "rubrica" (palavra paroxítona), e não "rúbrica" (palavra proparoxí-
• Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo
tona).
A:
Viajaremos à Colômbia. Dessa forma, segue abaixo uma lista das principais palavras que normal
(Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
• Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília, ACRÓBATA / ACROBATA: esta palavra, COMO MUITAS OUTRAS DE
Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve- NOSSA lÍNGUA, admite as duas pronúncias: acróbata, com ênfase na
neza, etc. sílaba "cró", ou acrobata, com força na sílaba "ba". Também é indiferente
Viajaremos a Curitiba. dizer Oceânia ou Oceania, transístor ou transistor (com força na sílaba
(Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba). "tor", com o "ô" fechado).
• Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o ALGOZ: (carrasco): palavra oxítona, cuja pronúncia do "o" deve ser fechada
modifique. (algôz, = arroz).
Ela se referiu à saudosa Lisboa.
Vou à Curitiba dos meus sonhos. AUTÓPSIA / NECROPSIA: apesar de autópsia ter como vogal tônica o "ó",
• Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida: a forma necropsia, que possui o mesmo significado, deve ser pronunciada
Às 8 e 15 o despertador soou. com ênfase no "i".
• Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo- AZÁLEA / AZALÉIA: segundo os melhores dicionários, estas duas formas
da” ou "maneira": são aceitáveis;
Aos domingos, trajava-se à inglesa.
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo. AVARO: (indivíduo muito apegado ao dinheiro): deve ser pronunciada como
• Antes da palavra casa, se estiver determinada: paroxítona (acento tônico na sílaba va), e por terminar em "o", não deve ser
Referia-se à Casa Gebara. acentuada.
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
BOÊMIA: de origem francesa, relativa à cidade de Boéme, esta palavra tem
Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
sua sílaba forte no "ê", e não no "mi".
• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
Voltou à terra onde nascera. CARÁTER: paroxítona que apresenta o plural caracteres, tendo o acrésci-
Chegamos à terra dos nossos ancestrais. mo da letra "c", e o deslocamento do acento tônico da sílaba "ra" para a
Mas: sílaba "te", sem o emprego de acento gráfico.
Os marinheiros vieram a terra.
O comandante desceu a terra. CATETER, MISTER e URETER: Todas possuindo sua acentuação tônica
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o na última sílaba (tér), sendo assim oxítonas.
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:

Língua Portuguesa 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CHICLETE / CHOPE / CLIPE / DROPE: quando se referindo a uma só Academia Brasileira de Letras, e o dicionário de Caldas Aulete dizem que
unidade de cada um destes produtos, deve-se falar "um chiclete, um chope, esse "x" deve ter o som de "cs", e deve ser pronunciado como o "x" de
um clipe, um drope", e não "um chicletes, um chopes, um clipes, um dro- "fixo", "táxi", "tóxico", etc. Já o "Houaiss" diz que esse "x" corresponde a "z",
pes". Existe, ainda, a variante "chiclé" (um chiclé, dois chiclés). portanto deve ser lido como o "x" de "exame", "exercício", "êxodo", etc.. Na
língua falada do Brasil, nota-se interessante ambiguidade: o "x" de "hexá-
CUPIDO e CÚPIDO: a primeira forma (paroxítona e sem acento) significa o gono" normalmente é lido como "z", mas o de "hexacampeão" costuma ser
deus alado do amor; a segunda (proparoxítona) tem o sentido de ávido de lido como "cs". Por: Eduardo Fernandes Paes
dinheiro, ambicioso, também pode ser usada como possuído de desejos
amorosos. Casos mais frequentes de pronúncias diferentes da
EXTINGUIR: a sílaba "guir" desta palavra deve ser pronunciada como nas língua padrão:
palavras "perseguir", "seguir", "conseguir". Isso também vale para "distin-
guir".
FLUIDO: pronuncia-se como a forma verbal "cuido", verbo cuidar (com
força no u). Assim também GRATUITO, CIRCUITO, INTUITO, fortuito. No
entanto, o particípio do verbo fluir é "fluído", acontecendo aqui um hiato,
onde a vogal tônica agora passa a ser o "í".
IBERO: Pronuncia-se como paroxítona (ênfase na sílaba BE, IBÉRO).
INEXORÁVEL: (= austero, rígido, inabalável...): esse "x" lê-se como os de
exemplo, exame, exato, exercício, isto é, com o som de "z".
LÁTEX: tendo seu acento tônico na penúltima sílaba e terminando com a
letra x, é uma palavra paroxítona, e como tal deve ser pronunciada e acen-
tuada.
MAQUINARIA: o acento tônico deve recair na sílaba "ri", e não sobre a
sílaba "na".
NÉON: muitos dicionários apresentam esta palavra como paroxítona, sendo
acentuada por terminar em "n"; no entanto, o dicionário Michaelis Melhora-
mentos, recentemente editado, traz as duas grafias: néon (paroxítona) e
neon (oxítona).
NOVEL e NOBEL: palavras oxítonas que não devem ser acentuadas.
OBESO: palavra paroxítona que deve ser pronunciada com o "e" aberto
(obéso). Também são abertos o "e" de outras paroxítonas como "coeso"
(coéso), "obsoleto" (obsoléto), o "o" de "dolo" (dólo), o "e" de "extra" (éxtra)
e o "e" de "blefe" (bléfe). Apresentam-se, porém, fechados o "e" de "nesga"
(nêsga), o de "destro" (dêstro), e o "o" "torpe" (tôrpe).
OPTAR: ao se conjugar este verbo na 1 pessoa do singular do presente do
indicativo, deve-se pronunciar "ópto", e não "opito". Assim também em
relação às formas verbais "capto, adapto, rapto" - todas com força na sílaba
que vem antes do "p".
PROJÉTIL / PROJETIL: ambas as formas têm o mesmo significado, apesar
http://www.portugues.com.br/gramatica/ortoepia-prosodia.html
de a primeira ser paroxítona e a segunda oxítona. Plurais: PROJÉTEIS /
PROJETIS.
100 erros de português de A a Z.
PUDICO: (aquele que tem pudor, envergonhado): palavra paroxítona (ênfa-
se na sílaba "di"). A lista não é pequena e é bem provável que você já tenha cometido alguns
RECORDE: deve ser pronunciada como paroxítona (recórde). deles. Por isso, todo cuidado é pouco, os especialistas advertem que
tropeçar no português pode prejudicar sua carreira. É uma lista grande,
RÉPTIL / REPTIL: mesmo caso da palavra PROJÉTIL. Plurais. RÉPTEIS / mas vale a pena ficar atento e conferir as dicas para nunca mais errar:
REPTIS.
1 A / há
RUBRICA: palavra paroxítona, e não proparoxítona como se costuma
Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
pensar (ênfase na sílaba "bri").
Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.
RUIM: palavra oxítona (ruím). Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.
RUPIA / RÚPIA: a primeira forma se refere à moeda utilizada na Indonésia 2 A champanhe / o champanhe
(força no "i") e a segunda é relativa a uma planta aquática (com ênfase no Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
"ú"). Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.
SUBSÍDIOS: a pronúncia correta é com som de "ss", e não "z" (subssídios). Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe”
provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino.
SUTIL e SÚTIL: a primeira forma, sendo oxítona, significa "tênue, delicado,
hábil"; a segunda, paroxítona, significa "tudo aquilo que é composto de 3 A cores / em cores
pedaços costurados". Erro: O material da apresentação será a cores
TÓXICO: pronuncia-se com o som de "cs" = tócsico. Forma correta: O material da apresentação será em cores
Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer
Nota material em cores.
Existe alguma discordância quanto ao som do "x" de "hexa-". O Dicionário
Aurélio - Século XXI, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa - da

Língua Portuguesa 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4 A domicílio/ em domicílio 15 Anexo/ anexa/ em anexo
Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio Erro: Segue anexo a carta de apresentação.
Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio. Formas corretas: Segue anexa a carta de apresentação. Segue em anexo
Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a a carta de apresentação.
domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar com o substantivo a que se
domicílio. refere, em gênero e número. A expressão em anexo é invariável. É bom
lembra que alguns estudiosos condenam o uso da expressão em anexo.
5 A prazo/ em longo prazo Portanto, dê preferência à forma sem a preposição.
Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.
Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças. 16 Ao invés de/ em vez de
Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo, Erro: Ao invés de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar
em curto prazo e em médio prazo. nossa frota.
Forma correta: Em vez de comprar carros, compraremos caminhões para
6 A nível de/ em nível de aumentar nossa frota.
Erro: A nível de reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objeti- Explicação: “Ao invés de” representa contrariedade, oposição, o inverso.
vo. “Em vez de” quer dizer no lugar de. É uma locução prepositiva, sendo
Forma correta: Em relação ao reconhecimento de nossos clientes atingi- terminada em de normalmente.
mos nosso objetivo.
Explicação: O uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” 17 Aonde/onde
está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”. Exemplo: Hoje, o Rio Erro: Não sei aonde fica a sala do diretor
de Janeiro acordou ao nível do mar. A expressão "em nível de" está utiliza- Forma correta: Não sei onde fica a sala do diretor
da corretamente quando equivale a "de âmbito" ou "com status de". Exem- Explicação: O advérbio onde indica lugar em que algo ou alguém está.
plo: O plebiscito será realizado em nível nacional. Deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de
lugar. Exemplo: Não sei onde fica a cidade de Araguari. O advérbio aonde
7 À partir de/ a partir de indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo
Erro: À partir de novembro, estarei de férias que se relacionar com "onde" exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta
Forma correta: A partir de novembro, estarei de férias. preposição, formando assim, o vocábulo "aonde". Expressa a ideia de
Explicação: Não se usa crase antes de verbos destino, movimento, conforme exemplo a seguir: aonde você irá depois das
visitas?
8 A pouco/ há pouco
Erro: O diretor chegará daqui há pouco. 18 Ao meu ver/ a meu ver
Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco. Erro: Ao meu ver, a reunião foi um sucesso
Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser Forma correta: A meu ver, a reunião foi um sucesso.
substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, Explicação: Não existe a expressão ao meu ver. As formas corretas são: a
a ideia é de futuro. meu ver, a nosso ver, a vosso ver.

9 Vender à prazo/ vender a prazo 19 Às micro/ às micros


Erro: Vamos vender à prazo Erro: O pacote de tributos refere-se às micro e pequenas empresas
Forma correta: Vamos vender a prazo. Forma correta: O pacote de tributos refere-se às micros e pequenas
Explicação: Não se usa crase antes de palavra masculina. empresas
Explicação: Por se tratar de adjetivo, micro é variável e por isso deve ser
10 À rua/ Na rua grafada no plural quando for o caso.
Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.
Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel. 20 Através/ por
Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem Erro: Fui avisada através de um e-mail de que a reunião está cancelada.
o uso da preposição em. Forma correta: Fui avisada por e-mail de que a reunião está cancelada.
Explicação: Para muitos gramáticos, através se refere ao que atravessa.
11 A vista/ à vista Prefira “pelo e-mail”, “por e-mail”.
Erro: O pagamento foi feito a vista.
Forma correta: O pagamento foi feito à vista. 21 Auferir/ aferir
Explicação: Ocorre crase nas expressões formadas por palavras femini- Erro: No fim do expediente, o gestor deve auferir se os valores pagos
nas. Exemplos: à noite, à tarde, à venda, às escondidas e à vista. conferem com os números do sistema.
Forma correta: No fim do expediente, o gestor deve aferir se os valores
12 Adequa/ adequada pagos conferem com os números do sistema.
Erro: O móvel não se adequa à sala Explicação: Os verbos aferir e auferir têm sentidos distintos. Aferir: conferir
Forma correta: O móvel não é adequado à sala. de acordo com o estabelecido, avaliar, calcular. Auferir: colher, obter, ter.
Explicação: Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não se conjuga em Exemplo: O projeto auferiu bons resultados.
todas as pessoas e tempos. No presente do indicativo são conjugadas
apenas primeira e a segunda pessoa do plural (nós adequamos, vós ade- 22 Aumentar ainda mais/ aumentar muito
quais). Erro: Precisamos aumentar ainda mais os lucros.
Forma correta: Precisamos aumentar muito os lucros.
13 Agradecer pela/ agradecer a Explicação: Aumentar é sempre mais, não existe aumentar menos, con-
Erro: Agradecemos pela preferência forme explica Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao
Forma correta: Agradecemos a preferência redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. Portanto são formas
Explicação: O certo é agradecer a alguém alguma coisa. Exemplo: Agra- redundantes: aumentar mais, aumentar muito mais e aumentar ainda mais.
deço a Deus a graça recebida.
23 Bastante/ bastantes
14 Aluga-se/ alugam-se Erro: Eles leram o relatório bastante vezes.
Erro: Aluga-se apartamentos Forma correta: Eles leram o relatório bastantes vezes.
Forma correta: Alugam-se apartamentos Explicação: Para saber se bastante deve variar conforme o número é
Explicação: O sujeito da oração (apartamentos) concorda com o verbo. preciso saber qual a classificação dele na frase. Quando é adjetivo (como
no caso acima) deve variar. Exemplo: Já há provas bastantes para incrimi-

Língua Portuguesa 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ná-lo (= provas suficientes). Se for advérbio é invariável. Exemplo: Compra- Explicação: o advérbio daqui é usado para indicar lugar ou tempo e pede a
ram coisas bastante bonitas (= muito bonitas). Se for pronome indefinido é preposição a.
variável. Exemplo: Vimos bastantes coisas (= muitas coisas). Se for subs-
tantivo, não varia, mas pede artigo definido masculino: Os animais já come- 34 De encontro aos/ ao encontro dos
ram o bastante (= o suficiente). Erro: A sua ideia vem de encontro ao que a empresa precisa neste mo-
mento.
24 Bi-campeão /bicampeão Forma correta: A sua ideia vem ao encontro do que a empresa precisa
Erro: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bi-campeão mundial, sob o neste momento.
comando de Telê Santana. Explicação: De encontro a é estar em sentido contrário, em oposição a. Ao
Forma correta: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bicampeão mun- encontro de é estar de acordo, ideia de conformidade.
dial, sob o comando de Telê Santana.
Explicação: A forma correta de usar os prefixos numéricos “bi”, “tri”, “tetra”, 35 Debitou na/ debitou à
“penta”, “hexa”, “hepta” (etc) é sem hífen. “O Novo Acordo Ortográfico Erro: O banco debitou na minha conta a taxa.
nunca exigiu nem exige alteração gráfica”. Forma correta: O banco debitou à minha conta a taxa.
Explicação: quem debita, debita a.
25 Caiu em/ caiu
Erro: O lucro caiu em 10%. 36 Desapercebidas/ despercebidas
Forma correta: O lucro caiu 10%. Erro: As mudanças passaram desapercebidas pelos nossos executivos
Explicação: O verbo cair, assim como aumentar e diminuir, não admite a Forma correta: As mudanças passaram despercebidas.
preposição “em”. E no sentido de descer, ir ao chão, ser demitido, o verbo Explicação: Desapercebido significa desprovido de, desprevenido. Exem-
cair é intransitivo. plo: Não parei para cumprimenta-lo porque estava desapercebido. Desper-
cebido significa não notado, não percebido. Exemplo: O erro passou des-
26 Chegar em/ chegar a percebido pela equipe da redação do jornal.
Erro: Chegamos em São Paulo, ontem.
Forma correta: Chegamos a São Paulo, ontem. 37 Descrição/ discrição
Explicação: o verbo exige a preposição a. Quem chega, chega a algum Erro: Ela age com descrição.
lugar, ou a alguma coisa. Forma correta: Ela age com discrição.
Explicação: Descrição refere-se ao ato de descrever. Exemplo: Ela fez a
27 Chove/ chovem descrição do objeto. (ela descreveu). Discrição significa ser discreto.
Erro: Chove emails com reclamações de clientes.
Forma correta: Chovem emails com reclamações de clientes. 38 Descriminar/ discriminar
Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impes- Erro: Descrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos
soal e fica sempre o singular. Mas no sentido figurado, como acontece necessários.
acima, flexiona-se normalmente. Forma correta: Discrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os
códigos necessários.
28 Comprimento/cumprimento Explicação: Descriminar significa absolver, inocentar. É o que o prefixo
Erro: Entrou e não me comprimentou. “des” faz – indica uma ação no sentido contrário – e, nesse caso, quer dizer
Forma correta: Entrou e não me cumprimentou. tirar o crime. Exemplo: Ele falou em descriminar o uso de algumas drogas
Explicação: Comprimento está relacionado ao tamanho, à extensão de Discriminar significa distinguir, separar, diferenciar, especificar. Isso pode
algo ou alguém. Exemplo: Não sei o comprimento da sala. Cumprimento ser feito com ou sem preconceito. Quando há preconceito, o sentido é de
relaciona-se a dois verbos diferentes: cumprimentar uma pessoa (saudar) e segregação. Exemplo: A discriminação racial deve ser combatida sempre.
cumprir uma tarefa (realizar). Exemplos: Cada pessoa tem um jeito de
cumprimentar. O cumprimento dos prazos contará pontos na competição. 39 Devidas providências
Erro: Peço as devidas providências.
29 Consiste de/ consiste em Forma correta: Peço providências
Erro: A seleção consiste de cinco etapas. Explicação: Trata-se de um vício de linguagem. O adjetivo (devidas) é
Forma correta: A seleção consiste em cinco etapas. desnecessário e redundante. “Quem pediria providências indevidas”.
Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento
regido da preposição em. 40 Dispor/dispuser
Erro: Se ele dispor de tempo, poderá atende-lo em breve.
30 Continuidade/ continuação Forma correta: Se ele dispuser de tempo, poderá atende-lo em breve.
Erro: O sindicato optou pela continuidade da greve. Explicação: A conjugação correta do verbo dispor na terceira pessoa do
Forma correta: O sindicato optou pela continuação da greve. singular no futuro do pretérito é se ele dispuser. A conjugação acompanha
Explicação: Continuidade refere-se à extensão de um acontecimento. a do verbo pôr.
Exemplo: dar continuidade ao governo. Continuação refere-se à duração de
algo. Exemplo continuação da sessão. 41 Dois por cento/ dois pontos percentuais
Erro: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo
31 Correr atrás do prejuízo/ correr atrás do lucro havido queda de 2%.
Erro: É hora de correr atrás do prejuízo. Forma correta: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de
Forma correta: É hora de correr atrás do lucro. 8%, tendo havido queda de 2 pontos percentuais.
Explicação: Pode-se correr do prejuízo, mas nunca deve-se correr atrás Explicação: A queda de 10% para 8% não é de 2% e, sim, de 2 pontos
dele. A forma correr atrás do prejuízo não faz o menor sentido. percentuais.

32 Da onde/ de onde 42 E nem/ nem


Erro: Fortaleza é a cidade da onde vieram nossos colaboradores. Erro: O funcionário não sabe escrever e nem ler.
Forma correta: Fortaleza é a cidade de onde vieram nossos colaborado- Forma correta: O funcionário não sabe escrever nem ler.
res. Explicação: A conjunção nem significa “e não”.
Explicação: A forma de onde indica origem. Não existe a forma “da onde”.
43 Em confirmação à/ em confirmação da
33 Daqui/ daqui a Erro: Em confirmação à minha proposta, envio os valores para execução
Erro: Farei o pagamento daqui 5 dias. do serviço.
Forma correta: Farei o pagamento daqui a 5 dias.

Língua Portuguesa 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Forma correta: Em confirmação da minha proposta, envio os valores para
execução do serviço. 54 Fosse... comprava/ fosse...compraria
Explicação: Confirmação é um substantivo feminino que pede a preposi- Erro: Se eu fosse você eu comprava aquela gravata.
ção “de”. Forma correta: Se eu fosse você eu compraria aquela gravata.
Explicação: Atente à correlação verbal. Imperfeito do subjuntivo (se eu
44 Em mãos/ em mão fosse) é usado com o futuro do pretérito (compraria).
Erro: O envelope deve ser entregue em mãos.
Forma correta: O envelope deve ser entregue em mão. 55 A grosso modo/ grosso modo
Explicação: Ninguém escreve a mãos, nem fica em pés. O correto é em Erro: O que quero dizer, a grosso modo, é que há mais chances de dar
mão, cuja abreviatura é E. M. errado do que de dar certo.
Forma correta: O que quero dizer, grosso modo, é que há mais chances
45 Em vias/ em via de dar errado do que de dar certo.
Erro: Estou em vias de finalizar o projeto. Explicação: A expressão é “grosso modo”, sem a preposição a.
Forma correta: Estou em via de finalizar o projeto.
Explicação: A locução é “em via de” e significa “a caminho de”, “prestes a”. 56 Guincho/guinchamento
Erro: Sujeito a guincho.
46 Eminente/ iminente Forma correta: Sujeito a guinchamento
Erro: A falência é eminente. Explicação: Guincho é o veículo que faz a ação, isto é, o guinchamento.
Forma correta: A falência é iminente.
Explicação: Eminente é um adjetivo que significa alto, grande, elevado, 57 Há 10 anos atrás/ há 10 anos
saliente, pessoa importante, notável. Erro: Há 10 anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.
Formas corretas: Há 10 anos, eu decidi comprar um imóvel. Dez anos
Exemplos: Era um eminente orador. A montanha eminente surge na paisa- atrás, eu decidi comprar um imóvel.
gem. Iminente também é um adjetivo e indica que algo está prestes a Explicação: É redundante usar “há” e “atrás” na mesma frase. O verbo
acontecer. Exemplo: A sua morte é iminente. haver impede a palavra atrás em seguida sempre que estiver relacionado a
tempo, à ação que já se passou. Há, portanto, duas formas corretas para a
47 Ensinar a executarem/ ensinar a executar frase: “há dez anos” ou “dez anos atrás”.
Erro: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executarem as tare-
fas. 58 Hora/ora
Forma correta: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executar Erro: Você pediu minha decisão, por hora ainda não a tenho.
as tarefas. Forma correta: Você pediu minha decisão, por ora ainda não a tenho.
Explicação: Não se flexiona infinitivo com preposição que funcione como Explicação: A expressão “por hora”, quando escrita com a letra “h”, refere-
complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal. Exem- se ao tempo, a marcação em minutos. Exemplo: O carro estava a cento e
plo: As mulheres conquistaram o direito de trabalhar fora de casa. vinte quilômetros por hora. A expressão “por ora”, quando escrita sem o “h”,
dá a ideia de no momento ou agora. É um advérbio de tempo, expressa
48 Entre eu e ele/ entre mim e ele sentido de por enquanto, no momento, atualmente. Exemplo: “Por ora estou
Erro: Entre eu e ele não há conversa nem acordo. muito ocupado”.
Forma correta: Entre mim e ele não já conversa nem acordo.
Explicação: Os pronomes pessoais do caso reto exercem função de sujeito 59 Horas extra/ horas extras
(ou predicativo do sujeito) e não de complemento. Erro: Você deverá fazer horas extra para terminar o relatório.
Forma correta: Você deverá fazer horas extras para terminar o relatório.
49 Falta/faltam Explicação: Neste caso, extra é um adjetivo e, portanto, é variável.
Erro: Falta 30 dias para minhas férias começarem
Forma correta: Faltam 30 dias para minhas férias começarem. 60 Houveram/houve
Explicação: O verbo deve concordar com o sujeito da frase. Erro: Houveram rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
Forma correta: Houve rumores sobre um anúncio de demissão em massa.
50 Fazem /faz Explicação: Haver no sentido de existir não é usado no plural.
Erro: Fazem oito semanas que fui promovida.
Forma correta: Faz oito semanas que fui promovida. 61 Implicará em/implicará
Explicação: Verbo fazer quando sinaliza tempo que passou fica na 3ª Erro: A sua atitude implicará em demissão por justa causa.
pessoa do singular. Forma correta: A sua atitude implicará demissão por justa causa.
Explicação: o verbo implicar, quando é transitivo direto, significa “dar a
51 Fazer uma colocação/ emitir uma opinião entender”, “pressupor” ou “trazer como consequência”, “acarretar”, “provo-
Erro: Deixe-me fazer uma colocação a respeito do tema da reunião. car”. E se a transitividade é direta, isso quer dizer que não pede preposição.
Forma correta: Deixe-me emitir uma opinião a respeito do tema da reuni-
ão. 62 Independente/ independentemente
Explicação: o padrão formal é emitir uma opinião e não fazer uma coloca- Erro: Independente da proposta, minha resposta é não.
ção, embora esta Forma correta: Independentemente da proposta, minha resposta é não.
seja uma forma bastante usada. Explicação: Independente é adjetivo e independentemente é advérbio. O
enunciado acima pede o advérbio.
52 Ficou claro/ ficou clara
Erro: Ficou claro, após a reunião, a necessidade de corte de gastos. 63 Insisto que/ insisto em que
Forma correta: Ficou clara, após a reunião, a necessidade de corte de Erro: Insisto que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.
gastos. Forma correta: Insisto em que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.
Explicação: A necessidade de corte de gastos é o que ficou clara, durante Explicação: O verbo insistir é transito indireto, quando objeto for uma coisa
a reunião. usa-se a preposição em e a preposição com aparece quando há referência
a uma pessoa. Exemplo: Insisto nisso com o diretor.
53 Foi assistida/ assistiu à
Erro: A palestra foi assistida por muita gente 64 Junto a/ no/ ao
Forma correta: Muita gente assistiu à palestra. Erro: Solicite junto ao departamento de recursos humanos o informe de
Explicação: Verbo assistir no sentido de ver, presenciar, é transitivo indire- rendimentos para a Receita Federal.
to e a voz passiva só admite verbos transitivos diretos.

Língua Portuguesa 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Forma correta: Solicite ao departamento de recursos humanos o informe Explicação: O termo “o mesmo” não serve para substituir uma palavra
de rendimentos para a Receita Federal. anteriormente dita. Quem está nas empresas, portanto, deve preferir os
Explicação: As locuções “junto a, junto de” são sinônimas e significam pronomes ele(s) ou ela(s), cuidando para adequar a partícula “se” à nova
"perto de", "ao lado de". Não cabem na frase acima. Para você lembrar, não sentença.
desconte cheques junto ao banco e sim com o banco. Não renegocie uma
dívida junto aos credores e sim com os credores Evite empregar a expres- 73 Onde/ em que
são “junto a” em lugar de com, de, em e para. Assim, em lugar de “conse- Erro: Vamos à reunião onde decidiremos os rumos da companhia.
guimos apoio junto à equipe” escreva “conseguimos apoio da equipe”. Forma correta: Vamos à reunião em que decidiremos os rumos da compa-
nhia.
65 Maiores informações/ mais informações Explicação: Reunião não é lugar e as palavras onde e aonde se
Erro: Caso precise de maiores informações, entre em contato conosco. referem apenas a lugares. Prefira “a reunião em que” ou “na qual
Forma correta: Caso precise de mais informações, entre em contato decidiremos sobre”.
conosco.
Explicação: O termo “maior” é comparativo, não deve ser utilizado nesse
caso. 74 O quanto antes/ quanto antes

66 Mal/ mau Erro: Voltarei ao escritório o quanto antes.


Erro: Era um mal funcionário e foi demitido. Forma correta: Voltarei ao escritório quanto antes.
Forma correta: Era um mau funcionário e foi demitido Explicação: Antes da locução adverbial “quanto antes” não se usa artigo
Explicação: Mau e bom são adjetivos, ou seja, conferem qualidade aos definido “o”.
substantivos, palavras que nomeiam seres e coisas. Exemplos: “Ele é bom
médico” e “Ele é mau aluno”. Por outro lado, mal e bem podem exercer três 75 Parcela única/ de uma só vez
funções distintas. Exercem a função de advérbios, modificam o estado do Erro: O pagamento será feito em parcela única.v
verbo, por exemplo: “Seu filho se comportou mal na escola” e “ele foi bem Forma correta: O pagamento será feito de uma só vez.
aceito no novo trabalho”. Como conjunção, servindo para conectar orações, Explicação: Parcela significa parte de um todo. Logo se não há parcela-
como em “Mal chegou e já se foi”. Essas palavras também têm a função de mento, o certo é dizer “de uma só vez”.
substantivos, por exemplo: “Você é o meu bem” e “o mal dele é não saber
ouvir”. 76 Por que / porque
Forma correta: Não a vi ontem porque eu estava fora da cidade.
67 Mal humorado/ mal-humorado Explicação: Porque é uma conjunção e serve para ligar duas ideias, duas
Erro: Estava mal humorado e isso afetou a todos da equipe. orações. É usado ando a segunda parte apresenta uma explicação ou
Forma correta: Estava mal-humorado e isso afetou a todos da equipe. causa em relação à primeira. A forma “por que” é um advérbio interrogativo
Explicação: As formações vocabulares com MAL- exigem hífen caso a de causa e é usada quando pedimos por uma causa ou motivo. Caso mais
palavra principal inicie-se por vogal, h ou l: mal-estar, mal-empregado, mal- incomum para o uso da forma “por que” é quando ela pode ser substituída
humorado, mal-limpo. por “para que”, “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, pelas quais. Exem-
plos: Lutamos por que (para que) a obra terminasse antes da inauguração.
Leia mais --> Quando usar e não usar o hífen Este é o caminho por que (pelo qual) passamos.
68 Mão-de-obra/ mão de obra
Erro: A falta de mão-de-obra qualificada é um dos gargalos da economia 77 Porquê/ por quê
brasileira. Erro: A diretriz mudou, não sei porquê
Forma correta: A falta de mão de obra qualificada é um dos gargalos da Formas corretas: A diretriz mudou, não sei por quê. A diretriz mudou, não
economia. sei o porquê.
Explicação: Com palavras justapostas (uma após a outra) em que haja um Explicação: “Porquê” substitui as palavras razão, causa ou motivo. É um
termo de ligação (geralmente uma preposição ou conjunção) não se usa substantivo e, como tal, tem plural e pode vir acompanhado por artigos,
hífen. pronomes e adjetivos. A palavra geralmente é antecedida de artigo “o” ou
“um”. Use a expressão “por quê” quando ela estiver no fim da frase. Alguns
69 Meio-dia e meio/ meio-dia e meia autores dizem que isso vale também quando houver uma pausa, uma
Erro: Entregarei o relatório ao meio-dia e meio. vírgula, não importa que seja pergunta ou não.
Forma correta: Entregarei o relatório ao meio-dia e meia.
Explicação: O termo meio pode ter duas funções: adjetivo e advérbio. Exemplos: Não aprovaram a proposta e não sabemos por quê. Não temos
Quando advérbio, meio quer dizer “um pouco” e é invariável. Quando o resultado da concorrência. Por quê? Não sabemos por quê, onde e
adjetivo, meio quer dizer “metade de” e é variável, ou seja, concorda com o quando tudo aconteceu.
termo a que se refere.
78 Penalizado/ punido
70 No aguardo/ ao aguardo Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.
Erro: Fico no aguardo da sua resposta. Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.
Forma correta: Fico ao aguardo da sua resposta. Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de
Explicação: O certo é “ao aguardo de”, “à espera de”. castigar, o certo é usar o verbo punir.
Calendario pis 2014
71 No ponto de/ a ponto de 79 Por causa que/ porque/ por causa de
Erro: A demanda da chefia é tão alta, que estou no ponto de mandar tudo Erro: Não fui à aula por causa que está chovendo muito.
às favas. Formas corretas: Não fui à aula porque está chovendo muito. Não fui à
Forma correta: A demanda da chefia é tão alta, que estou a ponto de aula por causa da chuva.
mandar tudo às favas. Explicação: O certo é usar “porque” ou “por causa de”.
Explicação: Para dar a ideia de estar “prestes a”, “na iminência de”, use a
expressão “a ponto de”.
80 Por cento veio/ por cento vieram
Erro: Entre os funcionários, 15% é contra a mudança de sede.
72 O mesmo/ ele
Forma correta: Entre os funcionários 15% são contra a mudança de sede.
Erro: Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se para-
Explicação: Números percentuais exigem concordância.
do neste andar.
Forma correta: Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra
parado neste andar.

Língua Portuguesa 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
81 Precaver/ prevenir confirmar, reafirmar, validar, comprovar, autenticar. Retificar, também do
Erro: É importante que a empresa se precavenha contra invasões. latim com base na palavra rectus, se refere ao ato de corrigir, emendar,
Forma correta: É importante que a empresa se previna contra invasões. alinhar ou endireitar qualquer coisa”.
Explicação: O verbo precaver é defectivo, não tem todas as conjugações.
No presente do indicativo só existem a 1ª e 2ª pessoa do plural (precave-
mos e precaveis) e não existe presente do subjuntivo.
92 Rúbrica/ rubrica
82 Precisam-se/ precisa-se Erro: Ponha a sua rúbrica em todas as páginas do relatório, por favor.
Erro: Precisam-se de bons vendedores. Forma correta: Ponha a sua rubrica em todas as páginas do relatório, por
Forma correta: Precisa-se de bons vendedores. favor.
Explicação: Sempre que houver uma preposição depois do pronome “se” Explicação: Rubrica é paroxítona, sem acento.
(de, por, para, com, em, etc.) não haverá plural, apenas singular. Exemplo:
Trata-se de ideias inovadoras. 93 Senão/ se não
Erro: Senão fizer o relatório, não cumprirá a meta.
83 Prefiro ... do que/ prefiro... a Forma correta: Se não fizer o relatório, não cumprirá a meta.
Erro: Prefiro sair mais tarde do trabalho do que ficar parado no trânsito. Explicação: Para dar a ideia de “caso não faça o relatório”, como no
Forma correta: Prefiro sair mais tarde do trabalho a ficar parado no trânsi- exemplo acima, o certo é utilizar a forma separada. Senão (em uma só
to. palavra) tem vários significados, do contrário, de outra forma, aliás, a não
Explicação: Não há necessidade do comparativo “do que”. ser, mais do que, menos, com exceção de, mas, mas sim, mas também,
defeito, erro, de repente, subitamente.
84 Preveram/ previram
Erro: Os analistas preveram tempos de crise.
Forma correta: Os analistas previram tempos de crise. 94 Seríssimo/ seriíssimo
Explicação: A conjugação do verbo prever segue a do verbo ver. Logo, se Erro: O problema é seríssimo.
o certo é dizer eles viram, é certo dizer eles previram. Forma correta: O problema é seriíssimo.
Explicação: Os adjetivos terminados em io antecedido de consoante
85 Quadriplicar/ quadruplicar possuem o superlativo com ii.
Erro: O número de funcionários quadriplicou no ano passado.
Forma correta: O número de funcionários quadruplicou no ano passado. 95 Somos em/ somos
Explicação: Quádruplo é o numeral e significa multiplicativo de quatro, Erro: No escritório, somos em cinco analistas.
quantidade quatro vezes maior que outra. Quadruplicação, quadruplicar e Forma correta: No escritório, somos cinco analistas.
quádruplo são as formas corretas. Explicação: Não há necessidade de empregar a preposição “em”.

86 Qualquer/ nenhum 96 Tão pouco/ tampouco


Erro: Informo-lhes que não mantenho qualquer tipo de vínculo com a Erro: Não fala inglês, tão pouco espanhol.
Construtora XYZ Ltda. Forma correta: Não fala inglês, tampouco espanhol
Forma correta: Informo-lhes que não mantenho nenhum tipo de vínculo Explicação: Tão pouco equivale a muito pouco. Já tampouco pode signifi-
com a Construtora XYZ Ltda. car: também não, nem sequer e nem ao menos.
Explicação: Qualquer é pronome de sentido afirmativo. Logo, em constru-
ções negativas, deve-se empregar nenhum.
97 Vem/ veem
87 Quantia/ quantidade Erro: Eles vem problemas em todas as inovações propostas.
Erro: Informe a quantia exata de itens no estoque. Forma correta: Eles veem problemas em todas as inovações propostas.
Forma correta: Informe a quantidade de itens no estoque. Explicação: As conjugações no presente do verbo ver: ele vê (com acen-
Explicação: Usa-se quantia para dinheiro e quantidade para coisas. to), eles veem (sem acento, segundo o Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa). Exemplos: Ele vê os filhos aos sábados. Eles veem o pai uma
88 Que preciso/ de que preciso vez por semana. O verbo vir, no presente, é conjugado assim: ele vem, eles
Erro: Os documentos que preciso estão na gaveta. vêm (com acento). Ele não vem sempre aqui. Eles vêm a São Paulo uma
Forma correta: Os documentos de que preciso estão na gaveta. vez por ano.
Explicação: O verbo precisar pede a preposição “de”.
98 Vir/ vier
89 Reaveu/reouve Erro: Se ele não vir amanhã, vai perder mais uma reunião importante.
Erro: A homenagem reaveu nossa motivação. Forma correta: Se ele não vier amanhã, vai perder mais uma reunião
Forma correta: A homenagem reouve nossa motivação. importante.
Explicação: O pretérito perfeito de reaver é reouve. Gramaticalmente, o Explicação: No caso do verbo vir, temos as seguintes formas no futuro do
verbo REAVER é defectivo, só se conjuga nas formas em que o verbo subjuntivo: quando eu vier, ele vier, nós viermos, eles vierem.
HAVER possui a letra V. Presente do indicativo: reavemos, reaveis. Pretéri-
to perfeito do indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, 99 Visar/ visar a
reouveram. Erro: Augusto visa o cargo de diretor comercial da empresa.
Forma correta: Augusto visa ao de diretor comercial da empresa.
90 Responder o/ responder ao Explicação: Visar com o sentido de pretender é transitivo indireto, isto é,
Erro: Vou responder o e-mail daqui a pouco. exige a preposição “a”.
Forma correta: Vou responder ao e-mail daqui a pouco.
Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta, 100 Zero horas/ zero hora
é sempre indireta, ou seja, pede a preposição “a”. Erro: O novo modelo entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: O novo modelo entra em vigor a partir da zero hora de
91 Retificar/ ratificar amanhã.
Erro: O homem retificou as informações perante o juiz. Explicação: O adjetivo composto zero-quilômetro é invariável.
Forma correta: O homem ratificou as informações perante o juiz. Bem explicativo, espero que tenha gostado desta lista com os erros mais
Explicação: “Ratificar, do latim medieval, possui os seguintes significados: comuns.
Provavelmente você já cometeu vários destes erros, não?

Língua Portuguesa 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Mas saiba que não é só você que tem dificuldades com o português, pois
aprendemos de forma errada, modo arcaico, assim tornado o aprendizado manga (parte da roupa, fruta)
bem lento e complicado, mas conheço uma forma de aprender português
de forma prática e eficiente. Homônimos
http://www.comoescreve.com/2013/12/100-erros-de-portugues-de-a-z-
mais.html Vem do grego “homós” que quer dizer: “igual”, “ónymon” que significa
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO “nome”. Apresentam identidade de sons ou de forma, mas de significados
E FIGURADO DAS PALAVRAS. diferentes.
As palavras Homônimas podem ser:
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS a) Homônimos homófonos
b) Homônimos homógrafos
Artigo sobre significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos e
homônimos com exemplos e questões extraídos dos principais vestibulares Homônimos Homófonos
e concursos do país.
São os que têm som igual e significação diferente.
Significação das palavras
Exemplos:
Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:
cerrar (fechar) serrar (cortar)
Sinônimos
São palavras diferentes na forma, mas iguais ou semelhantes na significa- chá (bebida) xá (soberano do Irã)
ção. Os sinônimos podem ser:
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance do jogo de xadrez)
a) perfeitos
b) imperfeitos concertar (ajustar, combinar) consertar (corrigir, reparar)

coser (costurar) cozer (preparar alimentos)


Sinônimos Perfeitos
esperto (inteligente, perspicaz) experto (experiente, perito)
Se a significação é igual, o que é raro.
espiar (observar, espionar) expiar (reparar falta mediante cumpri-
Exemplos: mento de pena)

cara – rosto estrato (camada) extrato (o que se extrai de)


léxico – vocabulário
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
falecer – morrer
escarradeira – cuspideira incerto (não certo, impreciso) inserto (introduzido, inserido)
língua – idioma
incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
Sinônimos Imperfeitos
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
Se semelhantes é o mais comum.
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)
Exemplos: acender (pôr fogo) ascender (subir)

esperar – aguardar acento (símbolo gráfico) assento (lugar em que se senta)


córrego – riacho
belo – formoso apreçar (ajustar o preço) apressar (formar rápido)

bucho (estômago) buxo (arbusto)


Antônimos
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)
É quando duas ou mais palavras têm significados contrários.
cela (pequeno quarto) sela (arreio)
Exemplos:
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
aberto – fechado
sim – não Homônimos Homógrafos
abaixar – levantar
nascer – morrer São palavras que têm grafia igual e significação diferente; devemos notar
correr – parar que as vogais podem ter som diferente, bem como pode ser diferente o
sair – chegar acento da palavra. Sendo que se escrevam com as mesmas letras e te-
belo – feio nham significação diferente.
Polissemia Exemplos:
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar colher (substantivo) – colher (verbo)
mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja selo (substantivo) – selo (verbo)
alguns exemplos de palavras polissêmicas: sede(residência) – sede (vontade de beber água)
cará (planta) – cara (rosto)
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca) sabia (verbo saber) – sabiá (pássaro) – sábia (feminino de sábio)
banco (instituição comercial financeira, assento)

Língua Portuguesa 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
catorze quatorze
Observação: As palavras podem ser ao mesmo tempo homônimos cociente quociente
homófonos e homônimos homógrafos cotidiano quociente

Exemplos: Fonte:: www.algosobre.com.br/


mato (bosque) – mato (verbo) www.exerciciosdeportugues.com.br
livre (solto) – livre (verbo livrar) www.mundovestibular.com.br
rio (verbo rir) – rio (curso de água natural) Postado por cleiton silva
amo (verbo amar) – amo (servo)
canto (ângulo) – canto (verbo cantar) DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
fui (verbo ser) – fui (verbo ir)
A língua portuguesa é rica, interessante, criativa e versátil, se encontrando
Parônimos em constante evolução. As palavras não apresentam apenas um significado
objetivo e literal, mas sim uma variedade de significados, mediante o con-
São quando duas ou mais palavras apresentam grafia e pronúncia pareci- texto em que ocorrem e as vivências e conhecimentos das pessoas que as
das, mas significados diferentes. utilizam.
Exemplos: Exemplos de variação no significado das palavras:
recrear (divertir, alegrar) recriar (criar novamente) • Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal)
• Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado)
sortir (abastecer) surtir (produzir efeito)
• Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotati-
vo (denotação) e o sentido conotativo (conotação) das palavras.
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
Denotação
vultoso (volumoso) vultuoso (atacado de congestão na face) Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu signifi-
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
cado original, independentemente do contexto frásico em que aparece.
Quando se refere ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imedia-
inflação (alta dos preços) infração (violação) tamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar) A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de
forma clara e objetiva, assumindo assim um caráter prático e utilitário. É
mandado (ordem judicial) mandato (procuração) utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de
instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
Exemplos:
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país) • O elefante é um mamífero.
• Já li esta página do livro.
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
• A empregada limpou a casa.
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
Conotação
estada (permanência de pessoas) estadia (permanência de veículos) Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes
significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto
fusível (o que funde) fuzil (arma) frásico em que aparece. Quando se refere a sentidos, associações e ideias
que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação
absolver (perdoar, inocentar) absorver (sorver, aspirar)
mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair) sentido figurado e simbólico.
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem cortês) mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. É utili-
zada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também
comprimento (extensão) cumprimento (saudação) ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publici-
tários, entre outros.
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
Exemplos:
descriminar (tirar a culpa, inocen- discriminar (distinguir) • Você é o meu sol!
tar) • Minha vida é um mar de tristezas.
• Você tem um coração de pedra!
despensa (onde se guardam dispensa (ato de dispensar)
mantimentos)
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denotacao/

SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO


Formas Variantes
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
Há palavras que podem ser grafadas de duas maneiras, sendo ambas
figurado:
aceitas em Português pela norma de língua culta.
Construí um muro de pedra - sentido próprio
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
Exemplos:
A água pingava lentamente – sentido próprio.
contacto contato
caracter caráter ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
óptica ótica
secção seção As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
cota quota elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das
palavras.
Língua Portuguesa 58 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas
Exs.: por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo,
cinzeiro = cinza + eiro grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, al-
endoidecer = en + doido + ecer coômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e
predizer = pre + dizer latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);

Os principais elementos móficos são : • Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
zum, miau);
RADICAL
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra.
• Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua
compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
enterrar = en + terra + ar • Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se-
pronome = pro + nome quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
PREFIXO
É o elemento mórfico que vem antes do radical. • Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas pala-
Exs.: anti - herói in - feliz vras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos

SUFIXO
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
É o elemento mórfico que vem depois do radical.
Exs.: med - onho cear – ense ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PRE-
POSIÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE
IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
SUBSTANTIVOS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá- Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis- me aos seres em geral.
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. São, portanto, substantivos.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala- a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
vras encontramos a seguinte divisão: Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) lho, corrida, tristeza beleza altura.
• palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
• palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie:
rio, cidade, pais, menino, aluno
• palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.
aguardente) Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To-
cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conheci- c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-
mento dos seguintes processos de formação: priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radi- que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-
cais. São dois tipos de composição. creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
fada, bruxa, saci.
• justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só
sexta-feira); existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão,
• aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
elementos (pernalta, de perna + alta). trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-
acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação. tivos
trabalhar - trabalho
• prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil); correr - corrida
alto - altura
• sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente); belo - beleza
• parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva; a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
• regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
de ajudar); c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
tempo, sol.
• imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-
("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.
a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros COLETIVOS
processos para formação de palavras, como: Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
de seres da mesma espécie.

Língua Portuguesa 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras Gênero
alcateia - de lobos
Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini-
álbum - de fotografias, de selos
no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta.
antologia - de trechos literários escolhidos
armada - de navios de guerra
Podemos classificar os substantivos em:
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma
arquipélago - de ilhas
para o masculino, outra para o feminino:
assembleia - de parlamentares, de membros de associações
aluno/aluna homem/mulher
atilho - de espigas de milho
menino /menina carneiro/ovelha
atlas - de cartas geográficas, de mapas
Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
banca - de examinadores
pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
padrinho/madrinha bode/cabra
bando - de aves, de pessoal em geral
cavaleiro/amazona pai/mãe
cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas
b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
cáfila - de camelos
forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves
em:
cancioneiro - de poemas, de canções
1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
caravana - de viajantes
animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
cardume - de peixes
Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-
clero - de sacerdotes
mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-
colmeia - de abelhas
mea
concílio - de bispos
2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa
designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
congregação - de professores, de religiosos
go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
congresso - de parlamentares, de cientistas
estudante, este dentista.
conselho - de ministros
3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
consistório - de cardeais sob a presidência do papa
pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-
constelação - de estrelas
tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-
corja - de vadios
juge, a pessoa, a criatura.
elenco - de artistas
Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
enxame - de abelhas
uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
enxoval - de roupas
esquadra - de navios de guerra
AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
esquadrilha - de aviões
falange - de soldados, de anjos
farândola - de maltrapilhos São masculinos São femininos
fato - de cabras o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
fauna - de animais de uma região o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
o teorema o ágape a análise a usucapião
feixe - de lenha, de raios luminosos o trema o caudal a cal a bacanal
flora - de vegetais de uma região o edema o champanha a cataplasma a líbido
frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
girândola - de fogos de artifício o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
o fibroma o guaraná a aguardente
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros o estratagema o plasma
junta - de bois, médicos, de examinadores o proclama o clã
júri - de jurados
legião - de anjos, de soldados, de demônios Mudança de Gênero com mudança de sentido
malta - de desordeiros Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
manada - de bois, de elefantes
matilha - de cães de caça Veja alguns exemplos:
ninhada - de pintos o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo)
nuvem - de gafanhotos, de fumaça o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
panapaná - de borboletas o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
pelotão - de soldados o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
penca - de bananas, de chaves o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
pinacoteca - de pinturas
plantel - de animais de raça, de atletas
quadrilha - de ladrões, de bandidos Plural dos Nomes Simples
ramalhete - de flores 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
réstia - de alhos, de cebolas casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
récua - de animais de carga 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
romanceiro - de poesias populares a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
resma - de papel corações; grandalhão, grandalhões.
revoada - de pássaros b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
súcia - de pessoas desonestas guardiães.
vara - de porcos c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
vocabulário - de palavras cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e
ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
grau.

Língua Portuguesa 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. desocupa-o-copo;
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí- perde-ganha, os perde-ganha.
fens (ou hífenes). Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones. por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani- marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-
mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules. salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
fósseis; réptil, répteis. Adjetivos Compostos
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar- Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.
ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis. Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o americanos; cívico-militar, cívico-militares.
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni- 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o
cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os 2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, dos-mudos > surdas-mudas.
os ônix. 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri-
Graus do substantivo
mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi-
Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
tos.
podem ser: sintéticos ou analíticos.
Substantivos só usados no plural
afazeres anais Analítico
arredores belas-artes Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-
cãs condolências nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.
confins exéquias
férias fezes Sintético
núpcias óculos Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
olheiras pêsames
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes)
Principais sufixos aumentativos
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,
Plural dos Nomes Compostos ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu-
1. Somente o último elemento varia: ça.
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara-
boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; Principais Sufixos Diminutivos
b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão- ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,
mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho,
c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim,
ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda- pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo,
comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem- homúncula, apícula, velhusco.
pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-
melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
Observações:
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc.
a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.
pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-
rabo, burros-sem-rabo;
tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.
banana-maçã, bananas-maçã.
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-
correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
zinho, pequenito.
3. Ambos os elementos são flexionados:
Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-
gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
diferentes para designar o sexo:
compromissos.
bode - cabra genro - nora
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-
burro - besta padre - madre
perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida,
carneiro - ovelha padrasto - madrasta
caras-pálidas.
cão - cadela padrinho - madrinha
cavalheiro - dama pai - mãe
São invariáveis:
compadre - comadre veado - cerva
a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
frade - freira zangão - abelha
sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
frei – soror etc.
Língua Portuguesa 61 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
ADJETIVOS Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.

Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi-


FLEXÃO DOS ADJETIVOS dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
- Superlativo absoluto
Gênero Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser:
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: Esta cidade é poluidíssima.
a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne- Esta cidade é muito poluída.
ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu- - Superlativo relativo
lher simples; aluno feliz - aluna feliz. Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou- outros seres:
tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem Este rio é o mais poluído de todos.
alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa Este rio é o menos poluído de todos.

Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se- Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
melhante a dos substantivos. - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -
muito trabalhador, excessivamente frágil, etc.
Número - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-
a) Adjetivo simples quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples: Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-
pessoa honesta pessoas honestas tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
regra fácil regras fáceis NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
homem feliz homens felizes ABSOLUTO
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in- RELATIVO
variáveis: bom melhor ótimo
blusa vinho blusas vinho melhor
camisa rosa camisas rosa mau pior péssimo
b) Adjetivos compostos pior
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele- grande maior máximo
mento varia, tanto em gênero quanto em número: maior
acordos sócio-político-econômico pequeno menor mínimo
acordos sócio-político-econômicos menor
causa sócio-político-econômica
causas sócio-político-econômicas
acordo luso-franco-brasileiro Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:
acordo luso-franco-brasileiros acre - acérrimo ágil - agílimo
lente côncavo-convexa agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo
lentes côncavo-convexas amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo
camisa verde-clara amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo
camisas verde-claras áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
sapato marrom-escuro audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo
sapatos marrom-escuros
Observações:
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo
1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo
camisa verde-abacate camisas verde-abacate cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo
sapato marrom-café sapatos marrom-café eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
blusa azul-marinho blusas azul-marinho incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
camisa azul-celeste camisas azul-celeste íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
variam:
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo
menino surdo-mudo meninos surdos-mudos magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
menina surda-muda meninas surdas-mudas manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
Graus do Adjetivo pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex- possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
pressas em dois graus: próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
- o comparativo público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
- o superlativo sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
Comparativo terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
- Comparativo de igualdade: Adjetivos Gentílicos e Pátrios
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. Argélia – argelino Bagdá - bagdali
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente. Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
- Comparativo de superioridade: Bóston - bostoniano Braga - bracarense
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico. Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
- Comparativo de inferioridade: bucarestense Campos - campista

Língua Portuguesa 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cairo - cairota Caracas - caraquenho PRONOMES PESSOAIS
Canaã - cananeu Ceilão - cingalês Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-
Catalunha - catalão Chipre - cipriota curso:
Chicago - chicaguense Córdova - cordovês 1ª pessoa: quem fala, o emissor.
Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense Eu sai (eu)
bricense Cuiabá - cuiabano Nós saímos (nós)
Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho Convidaram-me (me)
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense, Convidaram-nos (nós)
Egito - egípcio capixaba 2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Equador - equatoriano Évora - eborense Tu saíste (tu)
Filipinas - filipino Finlândia - finlandês Vós saístes (vós)
Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano Convidaram-te (te)
Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense Convidaram-vos (vós)
Gabão - gabonês Galiza - galego 3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.
Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino Ele saiu (ele)
Goiânia - goianense Granada - granadino Eles sairam (eles)
Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco Convidei-o (o)
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano Convidei-os (os)
Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho
Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense Os pronomes pessoais são os seguintes:
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho singular 1ª eu me, mim, comigo
Macapá - macapaense Macau - macaense 2ª tu te, ti, contigo
Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe 3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe
Madri - madrileno Manaus - manauense plural 1ª nós nós, conosco
Marajó - marajoara Minho - minhoto 2ª vós vós, convosco
3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco
Montevidéu - montevideano Natal - natalense
Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano PRONOMES DE TRATAMENTO
Pequim - pequinês Pisa - pisano Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-
Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar
São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano PRONOME ABREV. EMPREGO
Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano Vossa Eminência V .Ema cardeais
Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa
Veneza - veneziano Vitória - vitoriense
Magnificência V. Mag a reitores de universidades
Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral
Locuções Adjetivas Vossa Santidade V.S. papas
As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs- Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados
tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem Vossa Majestade V.M. reis, imperadores
ser substituídas por um adjetivo correspondente.
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-
PRONOMES cês.
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre-
senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
substantivo. ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
• Ele chegou. (ele) Considera-se errado seu emprego como complemento:
• Convidei-o. (o) Convidaram ELE para a festa (errado)
Receberam NÓS com atenção (errado)
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex- EU cheguei atrasado (certo)
tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. ELE compareceu à festa (certo)
• Esta casa é antiga. (esta) 2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
• Meu livro é antigo. (meu) pronomes retos:
Convidei ELE (errado)
Classificação dos Pronomes Chamaram NÓS (errado)
Há, em Português, seis espécies de pronomes: Convidei-o. (certo)
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas Chamaram-NOS. (certo)
de tratamento: 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; reto seu emprego como complemento:
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; Informaram a ELE os reais motivos.
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá- Emprestaram a NÓS os livros.
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou- Eles gostam muito de NÓS.
trem, nada, cada, algo. 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in- errado seu emprego como complemento:
terrogativas. Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

Língua Portuguesa 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de 9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
MIM e TI: sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-
Ninguém irá sem EU. (errado) finitivo:
Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado) Deixei-o sair.
Ninguém irá sem MIM. (certo) Vi-o chegar.
Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo) Sofia deixou-se estar à janela.

Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-
TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam vendo as orações reduzidas de infinitivo:
como sujeito de um verbo no infinitivo. Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) 10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Deram o livro para TU leres (leres: sujeito) A mim, ninguém me engana.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-
sujeito. mo vicioso e sim ênfase.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
que os referidos pronomes não sejam reflexivos: exercendo função sintática de adjunto adnominal:
Querida, gosto muito de SI. (errado) Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Querida, gosto muito de você. (certo)
Preciso muito falar com você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os déstia:
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
Ele feriu-se Vós sois minha salvação, meu Deus!
Cada um faça por si mesmo a redação
O professor trouxe as provas consigo 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados falamos dessa pessoa:
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com- VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
binações possíveis são as seguintes: pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
me+o=mo me + os = mos pronomes de terceira pessoa:
te+o=to te + os = tos Você trouxe seus documentos?
lhe+o=lho lhe + os = lhos Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los COLOCAÇÃO DE PRONOMES
lhes + o = lho lhes + os = lhos Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições:
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos 1. Antes do verbo - próclise
a, as. Eu te observo há dias.
me+a=ma me + as = mas 2. Depois do verbo - ênclise
te+a=ta te + as = tas Observo-te há dias.
- Você pagou o livro ao livreiro? 3. No interior do verbo - mesóclise
- Sim, paguei-LHO. Observar-te-ei sempre.

Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que Ênclise
representa o livreiro) com O (que representa o livro).
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
direto ou indireto.
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
O pai esperava-o na estação agitada.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos
Expliquei-lhe o motivo das férias.
indiretos:
O menino convidou-a. (V.T.D )
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l )
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos:
3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado)
Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado)
4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo)
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo)
destino na mesa.

Língua Portuguesa 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM: 1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS.
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética. 3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio 1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS.
franco. 2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
Próclise
Na linguagem culta, a próclise é recomendada: Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
interrogativos e conjunções. você).
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Tudo me parecia que ia ser comida de avião. Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui-
Quem lhe ensinou esses modos? dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s).
Quem os ouvia, não os amou. Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele.
Que lhes importa a eles a recompensa? A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles.
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez. Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio.
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Papai do céu o abençoe. Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-
A terra lhes seja leve. nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as
Em se animando, começa a contagiar-nos. suas mãos).
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. Não me respeitava a adolescência.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face.
pausa entre eles. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
1. Cálculo aproximado, estimativa:
Mesóclise Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam O nosso homem não se deu por vencido.
precedidos de palavras que reclamem a próclise. Chama-se Falcão o meu homem
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Dir-se-ia vir do oco da terra. Eu cá tenho minhas dúvidas
Cornélio teve suas horas amargas
Mas: 4. Afetividade, cortesia
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Como vai, meu menino?
Jamais se diria vir do oco da terra. Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
Lembrarei-me (!?) No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-
Diria-se (!?) tes de família.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida-
O Pronome Átono nas Locuções Verbais
de.
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
não sabia o que dizer.
Podemos contar-lhe o ocorrido.
Podemos-lhe contar o ocorrido.
Não lhes podemos contar o ocorrido. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O menino foi-se descontraindo. São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
O menino foi descontraindo-se. coisa designada em relação à pessoa gramatical.
O menino não se foi descontraindo.
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
cartes ." livro está longe de ambas as pessoas.
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo. Os pronomes demonstrativos são estes:
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. AQUELE (e variações), próprio (e variações)
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da MESMO (e variações), próprio (e variações)
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
gem escrita.
Emprego dos Demonstrativos
PRONOMES POSSESSIVOS 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu- a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
indo-lhes a posse de alguma coisa. fala).
Este documento que tenho nas mãos não é meu.
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o Isto que carregamos pesa 5 kg.
livro pertence a 1ª pessoa (eu) b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
Este coração não pode me trair.
Eis as formas dos pronomes possessivos: Esta alma não traz pecados.

Língua Portuguesa 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tudo se fez por este país.. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres.
c) Para indicar o momento em que falamos: Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
Neste instante estou tranquilo. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os
Deste minuto em diante vou modificar-me. homens superiores.
d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante:
momento em que falamos: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,
Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO.
Um dia destes estive em Porto Alegre. Tal era a situação do país.
e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no Não disse tal.
qual se inclui o momento em que falamos: Tal não pôde comparecer.
Nesta semana não choveu.
Neste mês a inflação foi maior. Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-
Este ano será bom para nós. des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha
Este século terminará breve. QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como
f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL
Este assunto já foi discutido ontem. ou OUTRO TAL:
Tudo isto que estou dizendo já é velho. Suas manias eram tais quais as minhas.
g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: A mãe era tal quais as filhas.
Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os filhos são tais qual o pai.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. Tal pai, tal filho.
2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: É pronome substantivo em frases como:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com Não encontrarei tal (= tal coisa).
quem se fala): Não creio em tal (= tal coisa)
Esse documento que tens na mão é teu?
Isso que carregas pesa 5 kg. PRONOMES RELATIVOS
b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Veja este exemplo:
Esse teu coração me traiu. Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
Essa alma traz inúmeros pecados.
Quantos vivem nesse pais? A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese- casa é um pronome relativo.
jamos distância:
O povo já não confia nesses políticos. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re-
Não quero mais pensar nisso. feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos.
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa: A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. No exemplo dado, o antecedente é casa.
O que você quer dizer com isso? Outros exemplos de pronomes relativos:
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
falamos: O lugar onde paramos era deserto.
Um dia desses estive em Porto Alegre. Traga tudo quanto lhe pertence.
Comi naquele restaurante dia desses. Leve tantos ingressos quantos quiser.
f) Para indicar aquilo que já mencionamos: Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan- Eis o quadro dos pronomes relativos:
te.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á
Masculino Feminino
3ª.
o qual a qual quem
Aquele documento que lá está é teu?
os quais as quais
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
cujo cujos cuja cujas que
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante.
quanto quanta quantas onde
Naquele instante estava preocupado.
quantos
Daquele instante em diante modifiquei-me.
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
Observações:
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL.
usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
variações) para a primeira:
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
sempre um substantivo sem artigo.
e aquela tranquila.
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos
pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Tenho tudo quanto quero.
Com um frio destes não se pode sair de casa.
Leve tantos quantos precisar.
Nunca vi uma coisa daquelas.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
reforçativo:
EM QUE.
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas. A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
ISSO ou AQUELE (e variações). PRONOMES INDEFINIDOS
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de

Língua Portuguesa 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
modo vago, impreciso, indeterminado. a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço.
1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO cemos.
Exemplos: 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
Algo o incomoda? a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces.
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis.
Não faças a outrem o que não queres que te façam. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
Quem avisa amigo é. a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela
Encontrei quem me pode ajudar. adormece.
Ele gosta de quem o elogia. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles
2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA adormecem.
CERTAS. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante
Cada povo tem seus costumes. em relação ao fato que comunica. Há três modos em português.
Certas pessoas exercem várias profissões. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. A cachorra Baleia corria na frente.
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
PRONOMES INTERROGATIVOS Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. pedido
Exemplos: Corra na frente, Baleia.
Que há? 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
Que dia é hoje? em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
Reagir contra quê? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Por que motivo não veio? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Quem foi? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
Qual será? em que se fala:
Quantos vêm? Fechei os olhos, agitei a cabeça.
Quantas irmãs tens? c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
VERBO presente.
Veja o esquema dos tempos simples em português:
CONCEITO Presente (falo)
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
as no tempo. Imperfeito (falava)
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re- Mais- que-perfeito (falara)
ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e Futuro do presente (falarei)
gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. do pretérito (falaria)
Assim fiz. Morreram.” Presente (fale)
(Clarice Lispector) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
Futuro (falar)
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
a) Estado: Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
Não sou alegre nem sou triste. se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
Sou poeta. dos tempos simples.
b) Mudança de estado: Infinitivo impessoal (falar)
Meu avô foi buscar ouro. Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
Mas o ouro virou terra. FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
c) Fenômeno: Particípio (falado)
Chove. O céu dorme. 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
a) agente do fato expresso.
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de O carroceiro disse um palavrão.
estado e fenômeno, situando-se no tempo. (sujeito agente)
O verbo está na voz ativa.
FLEXÕES b) paciente do fato expresso:
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle- Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em (sujeito paciente)
si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: O verbo está na voz passiva.
• a ação de cantar. c) agente e paciente do fato expresso:
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). O carroceiro machucou-se.
• o número gramatical (plural). (sujeito agente e paciente)
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). O verbo está na voz reflexiva.
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
passado (indicativo). rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa). Falo - Estudam.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. fora do radical.
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: Falamos - Estudarei.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser cantei - cantarei – cantava - cantasse.

Língua Portuguesa 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse. ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, pessoa do singular:
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe- Vai haver eleições em outubro.
nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc. Começou a haver reclamações.
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o Não pode haver umas sem as outras.
mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma- Parecia haver mais curiosos do que interessados.
tado - morto - enxugado - enxuto. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
gação. A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser
verbo ser: sou - fui construída de três modos:
verbo ir: vou - ia Hajam vista os livros desse autor.
Haja vista os livros desse autor.
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO Haja vista aos livros desse autor.
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
explícito. Quase todos os verbos são pessoais. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
O Nino apareceu na porta. Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci- sentido da frase.
to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: Exemplo:
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
etc. A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Garoava na madrugada roxa.
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
Houve um espetáculo ontem. passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
Há alunos na sala. vando o mesmo tempo.
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos
claros. Outros exemplos:
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Os calores intensos provocam as chuvas.
Fazia dois anos que eu estava casado. As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Faz muito frio nesta região? Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) Todos te louvariam.
Serias louvado por todos.
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
Prejudicaram-me.
3ª pessoa do singular - quando significa:
Fui prejudicado.
1) EXISTIR
Condenar-te-iam.
Há pessoas que nos querem bem.
Serias condenado.
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
a) Presente
2) ACONTECER, SUCEDER
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
Não haja desavenças entre vós.
Eles estudam silenciosamente.
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
Eles estão estudando silenciosamente.
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
- uma ação habitual.
Há meses que não o vejo.
Corra todas as manhãs.
Haverá nove dias que ele nos visitou.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
O homem é mortal.
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
pretérito imperfeito, e não no presente:
maior realce à narrativa.
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis".
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
É o chamado presente histórico ou narrativo.
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
Amanhã vou à escola.
4) REALIZAR-SE
Qualquer dia eu te telefono.
Houve festas e jogos.
b) Pretérito Imperfeito
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
- um fato passado contínuo, habitual, permanente:
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
Ele andava à toa.
seguido de infinitivo):
Nós vendíamos sempre fiado.
Em pontos de ciência não há transigir.
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
Não há contê-lo, então, no ímpeto.
por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis.
Não havia descrer na sinceridade de ambos.
Era uma vez...
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
- um fato presente em relação a outro fato passado.
E não houve convencê-lo do contrário.
Eu lia quando ele chegou.
Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
c) Pretérito Perfeito
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
ocorrido, concluído.
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
Estudei a noite inteira.
De há muito que esta árvore não dá frutos.
Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o
De há muito não o vejo.
momento presente.

Língua Portuguesa 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Tenho estudado todas as noites. tens sido tens estado tens tido tens havido
d) Pretérito mais-que-perfeito tem sido tem estado tem tido tem havido
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em temos sido temos estado temos tido temos havido
relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): tendes sido tendes esta- tendes tido tendes havi-
A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou. do do
têm sido têm estado têm tido têm havido
e) Futuro do Presente
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
fora estivera tivera houvera
futuro em relação ao momento em que se fala. foras estiveras tiveras houveras
Irei à escola. fora estivera tivera houvera
f) Futuro do Pretérito fôramos estivéramos tivéramos houvéramos
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: fôreis estivéreis tivéreis houvéreis
- um fato futuro, em relação a outro fato passado. foram estiveram tiveram houveram
- Eu jogaria se não tivesse chovido. PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto. tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+sido, estado, tido
- Seria realmente agradável ter de sair? , havido)
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
vezes, ironia. serei estarei terei haverei
- Daria para fazer silêncio?! serás estarás terás haverá
será estará terá haverá
Modo Subjuntivo seremos estaremos teremos haveremos
sereis estareis tereis havereis
a) Presente
serão estarão terão haverão
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. terei, terás, terá, teremos, tereis, terão, (+sido, estado, tido,
Talvez eles estudem... não sei. havido)
- um desejo, uma vontade: FUTURO DO
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores. PRETÉRITO
b) Pretérito Imperfeito SIMPLES
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma seria estaria teria haveria
hipótese, uma condição. serias estarias terias haverias
Se eu estudasse, a história seria outra. seria estaria teria haveria
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. seríamos estaríamos teríamos haveríamos
e) Pretérito Perfeito serieis estaríeis teríeis haveríeis
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar seriam estariam teriam haveriam
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ sido, estado, tido,
características do modo subjuntivo). havido)
Que tenha estudado bastante é o que espero. PRESENTE SUBJUNTIVO
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito seja esteja tenha haja
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato sejas estejas tenhas hajas
passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo: seja esteja tenha haja
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui- sejamos estejamos tenhamos hajamos
lamente. sejais estejais tenhais hajais
e) Futuro sejam estejam tenham hajam
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu- PRETÉRITO IMPERFEITO SIMPLES
ído em relação a outro fato futuro. fosse estivesse tivesse houvesse
Quando eu voltar, saberei o que fazer. fosses estivesses tivesses houvesses
fosse estivesse tivesse houvesse
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
VERBOS AUXILIARES
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis
INDICATIVO fossem estivessem tivessem houvessem
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
SER ESTAR TER HAVER tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, esta-
PRESENTE do, tido, havido)
sou estou tenho hei PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
és estás tens hás tivesse, tivesses, tivesses, tivéssemos, tivésseis, tivessem ( +
é está tem há sido, estado, tido, havido)
somos estamos temos havemos FUTURO SIM-
sois estais tendes haveis PLES
são estão têm hão se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver
PRETÉRITO PERFEITO se tu fores se tu estive- se tu tiveres se tu houve-
era estava tinha havia res res
eras estavas tinhas havias se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver
era estava tinha havia se nós formos se nós esti- se nós tiver- se nós hou-
éramos estávamos tínhamos havíamos vermos mos vermos
éreis estáveis tínheis havíes se vós fordes se vós esti- se vós tiver- se vós hou-
eram estavam tinham haviam verdes des verdes
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES se eles forem se eles esti- se eles tive- se eles hou-
verem rem verem
fui estive tive houve
FUTURO COMPOSTO
foste estiveste tiveste houveste
tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado,
foi esteve teve houve
tido, havido)
fomos estivemos tivemos houvemos
AFIRMATIVO IMPERATIVO
fostes estivestes tivestes houvestes
sê tu está tu tem tu há tu
foram estiveram tiveram houveram
seja você esteja você tenha você haja você
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
sejamos nós estejamos tenhamos hajamos nós
tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
nós nós

Língua Portuguesa 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sede vós estai vós tende vós havei vós cantarão venderão partirão
sejam vocês estejam tenham hajam vocês FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
vocês vocês terei, terás, terá, teremos, tereis, terão (+ cantado, vendido,
NEGATIVO partido)
não sejas tu não estejas não tenhas tu não hajas tu Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.
tu FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES
não seja você não esteja não tenha não haja cantaria venderia partiria
você você você cantarias venderias partirias
não sejamos não esteja- não tenha- não hajamos cantaria venderia partiria
nós mos nós mos nós nós cantaríamos venderíamos partiríamos
não sejais vós não estejais não tenhais não hajais cantaríeis venderíeis partiríeis
vós vós vós cantariam venderiam partiriam
não sejam vocês não estejam não tenham não hajam FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
vocês vocês vocês teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ cantado, vendido,
IMPESSOAL INFINITIVO partido)
ser estar ter haver FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
IMPESSOAL COMPOSTO teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam, (+ cantado, vendi-
Ter sido ter estado ter tido ter havido do, partido)
PESSOAL Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
ser estar ter haver PRESENTE SUBJUNTIVO
seres estares teres haveres cante venda parta
ser estar ter haver cantes vendas partas
sermos estarmos termos havermos cante venda parta
serdes estardes terdes haverdes cantemos vendamos partamos
serem estarem terem haverem canteis vendais partais
SIMPLES GERÚNDIO cantem vendam partam
sendo estando tendo havendo PRETÉRITO IMPER-
COMPOSTO FEITO
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido cantasse vendesse partisse
PARTICÍPIO cantasses vendesses partisses
sido estado tido havido cantasse vendesse partisse
cantássemos vendêssemos partíssemos
CONJUGAÇÕES VERBAIS cantásseis vendêsseis partísseis
cantassem vendessem partissem
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
INDICATIVO tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ cantado,
PRESENTE vendido, partido)
canto vendo parto Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
cantas vendes partes FUTURO SIMPLES
canta vende parte cantar vender partir
cantamos vendemos partimos cantares venderes partires
cantais vendeis partis cantar vender partir
cantam vendem partem cantarmos vendermos partimos
PRETÉRITO IMPERFEITO cantardes venderdes partirdes
cantava vendia partia cantarem venderem partirem
cantavas vendias partias FUTURO COMPOSTO
cantava vendia partia tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+ cantado, ven-
cantávamos vendíamos partíamos dido, partido)
cantáveis vendíeis partíeis AFIRMATIVO IMPERATIVO
cantavam vendiam partiam canta vende parte
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES cante venda parta
cantei vendi parti cantemos vendamos partamos
cantaste vendeste partiste cantai vendei parti
cantou vendeu partiu cantem vendam partam
cantamos vendemos partimos NEGATIVO
cantastes vendestes partistes não cantes não vendas não partas
cantaram venderam partiram não cante não venda não parta
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO não cantemos não vendamos não partamos
tenho, tens, tem, temos, tendes, têm (+ cantado, vendido, par- não canteis não vendais não partais
tido) não cantem não vendam não partam
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
cantara vendera partira
cantaras venderas partiras INFINITIVO IMPESSOAL SIMPLES
cantara vendera partira
cantáramos vendêramos partíramos PRESENTE
cantáreis vendêreis partíreis cantar vender partir
cantaram venderam partiram INFINITIVO PESSOAL SIMPLES - PRESENTE FLEXIONA-
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO DO
tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+ cantando, cantar vender partir
vendido, partido) cantares venderes partires
Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver. cantar vender partir
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES cantarmos vendermos partirmos
cantarei venderei partirei cantardes venderdes partirdes
cantarás venderás partirás cantarem venderem partirem
cantará venderá partirá INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO IM-
cantaremos venderemos partiremos PESSOAL
cantareis vendereis partireis ter (ou haver), cantado, vendido, partido

Língua Portuguesa 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO PESSO- tivesse cantado tivesse vendido tivesse partido
AL tivesses cantado tivesses vendido tivesses partido
ter, teres, ter, termos, terdes, terem (+ cantado, vendido, parti- tivesse cantado tivesse vendido tivesse partido
do) tivéssemos cantado tivéssemos vendido tivéssemos partido
GERÚNDIO SIMPLES - PRESENTE tivésseis cantado tivésseis vendido tivésseis partido
cantando vendendo partindo tivessem cantado tivessem vendido tivessem partido
GERÚNDIO COMPOSTO - PRETÉRITO
tendo (ou havendo), cantado, vendido, partido 3) FUTURO COMPOSTO. Formado do FUTURO SIMPLES DO SUBJUN-
PARTICÍPIO TIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:
cantado vendido partido
tiver cantado tiver vendido tiver partido
tiveres cantado tiveres vendido tiveres partido
Formação dos tempos compostos tiver cantado tiver vendido tiver partido
tivermos cantado tivermos vendido tivermos partido
tiverdes cantado tiverdes vendido tiverdes partido
Com os verbos ter ou haver
tiverem cantado tiverem vendido tiverem partido
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Entre os tempos compostos da voz ativa merecem realce particular aque- FORMAS NOMINAIS
les que são constituídos de formas do verbo ter (ou, mais raramente, haver)
com o particípio do verbo que se quer conjugar, porque é costume incluí-los 1) INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO (PRETÉRITO IMPESSOAL).
Formado do INFINITIVO IMPESSOAL do verbo ter (ou haver) com o
nos próprios paradigmas de conjugação:
PARTICÍPIO do verbo principal:

MODO INDICATIVO ter cantado ter vendido ter partido

1) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO. Formado do PRESENTE DO 2) INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO (OU PRETÉRITO PESSOAL).
INDICATIVO do verbo ter com o PARTICÍPIO do verbo principal: Formado do INFINITIVO PESSOAL do verbo ter (ou haver) com o
PARTICÍPIO do verbo principal:
tenho cantado tenho vendido tenho partido
tens cantado tens vendido tens partido ter cantado ter vendido ter partido
tem cantado tem vendido tem partido teres cantado teres vendido teres partido
temos cantado temos vendido temos partido ter cantado ter vendido ter partido
tendes cantado tendes vendido tendes partido termos cantado termos vendido termos partido
têm cantado têm vendido têm partido terdes cantado terdes vendido terdes partido
terem cantado terem vendido terem partido
2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. Formado do IMPER-
FEITO DO INDICATIVO do verbo ter. (ou haver) com o PARTICÍPIO do 3) GERÚNDIO COMPOSTO (PRETÉRITO). Formado do GERÚNDIO do
verbo principal: verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tinha cantado tinha vendido tinha partido tendo cantado tendo vendido tendo partido
tinhas cantado tinhas vendido tinhas .partido
Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e
tinha cantado tinha vendido tinha partido
Lindley Cintra, Editora Nova Fronteira, 2ª edição, 29ª impressão.
tínhamos cantado tínhamos vendido tínhamos partido
tínheis cantado tínheis vendido tínheis partido
tinham cantado tinham vendido tinham partido
VERBOS IRREGULARES
3) FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO. Formado do FUTURO DO
PRESENTE SIMPLES do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do DAR
verbo principal: Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram
terei cantado terei vendido terei partido Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram
terás cantado terás vendido terás, partido Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem
terá cantado terá vendido terá partido Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem
teremos cantado teremos vendido teremos partido Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
tereis cantado tereis vendido tereis , partido
terão cantado terão vendido terão partido MOBILIAR
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam
4) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO. Formado do FUTURO DO Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem
PRETÉRITO SIMPLES do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem
verbo principal:
AGUAR
teria cantado teria vendido teria partido Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam
terias cantado terias vendido terias partido Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
teria cantado teria vendido teria partido Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem
teríamos cantado teríamos vendido teríamos partido
teríeis cantado teríeis vendido teríeis partido MAGOAR
teriam cantado teriam vendido teriam partido Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-
MODO SUBJUNTIVO
ram
1) PRETÉRITO PERFEITO. Formado do PRESENTE DO SUBJUNTIVO Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem
do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal: Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar

tenha cantado tenha vendido tenha APIEDAR-SE


tenhas cantado tenhas vendido tenhas partido Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-
tenha cantado tenha vendido tenha partido vos, apiadam-se
tenhamos cantado tenhamos vendido tenhamos partido Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-
tenhais cantado tenhais vendido tenhais partido vos, apiedem-se
tenham cantado vendido tenham partido Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A

2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO. Formado do IMPERFEITO DO MOSCAR


SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
principal: Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-

Língua Portuguesa 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
quem
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
RESFOLEGAR Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
resfolgam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, PODER
resfolguem Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam
NOMEAR Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,
Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam puderam
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam
nomeavam Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis,
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea- pudessem
ram Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem Gerúndio podendo
Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear Particípio podido
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
COPIAR imperativo negativo
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram PROVER
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá- Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
reis, copiaram Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê-
reis, proveram
ODIAR Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove-
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam riam
Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam
Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam
odiaram Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem provessem
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
Gerúndio provendo
CABER Particípio provido
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam QUERER
Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos, Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
coubéreis, couberam Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé-
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, reis, quiseram
coubessem Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis,
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no quisessem
imperativo negativo Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem

CRER REQUERER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
DIZER Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem requererão
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, ríeis, requereriam
disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requeiram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerêsseis, requeressem,
dissesse Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem requerem
Particípio dito Gerúndio requerendo
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer Particípio requerido
O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem REAVER
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão ram
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam reouveram
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, vésseis, reouvessem
fizessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem reouverem
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-

Língua Portuguesa 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ta a letra v Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
SABER Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Presente do subjuntivo não há
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
soubéreis, souberam Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Imperativo afirmativo fali (vós)
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, Imperativo negativo não há
soubessem Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem Gerúndio falindo
Particípio falido
VALER
Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem FERIR
Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem
Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.
TRAZER
Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem MENTIR
Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam
trouxéreis, trouxeram Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam FUGIR
Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
trouxessem
Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe- IR
rem Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Gerúndio trazendo Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Particípio trazido Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
VER Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio indo
Particípio visto Particípio ido

ABOLIR OUVIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, Particípio ouvido
aboliram
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão PEDIR
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Presente do subjuntivo não há Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
abolissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Imperativo afirmativo abole, aboli
Imperativo negativo não há POLIR
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Infinitivo impessoal abolir Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Gerúndio abolindo Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Particípio abolido
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
AGREDIR Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam RIR
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
COBRIR Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Particípio coberto Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
FALIR Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo falimos, falis Gerúndio rindo
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Particípio rido

Língua Portuguesa 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Conjuga-se como rir: sorrir te, através, defronte, aonde, etc.
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
VIR nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham mal, quase, apenas, etc.
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem 6) NEGAÇÃO: não.
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Gerúndio vindo provavelmente, etc.
Particípio vindo
Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir Há Muitas Locuções Adverbiais
1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
SUMIR da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
Verbo ''haver'' e suas diferentes construções ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Por Thaís Nicoleti
tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
“Haverão mudanças, mas creio que serão pequenas.”
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
O verbo “haver”, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso quer
5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
dizer que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito.
6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
A confusão é frequente não só na hora de escrever mas também na hora
etc.
de falar. Muita gente faz a flexão do verbo, como se seu objeto direto fosse
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
seu sujeito. É possível que a origem do erro esteja na analogia com os
verbos “existir” e “ocorrer”. Estes têm sujeito – e, portanto, as flexões de
Advérbios Interrogativos
número e pessoa – e costumam antepor-se a ele. Assim:
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Ocorrerão mudanças.
Existirão mudanças.
Palavras Denotativas
Com o verbo “haver”, a história é outra:
Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Haverá mudanças.
rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
É importante observar que os verbos auxiliares assumem o comportamento
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
dos verbos principais. Assim, temos o seguinte:
1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Deverão ocorrer mudanças.
2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Deverão existir mudanças.
3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Deverá haver mudanças.
4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver” nunca vai para o plural,
5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
pois isso não é verdade. Ele pode, por exemplo, ser um verbo auxiliar
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
(sinônimo de “ter” nos tempos compostos), situação em que pode ir para o
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
plural. Assim:
Mas que olhos lindos!
Eles haviam chegado cedo.
Veja só que maravilha!
Eles tinham chegado cedo.
Como verbo pessoal (com sujeito), pode assumir o sentido de “obter”:
Houveram do juiz a comutação da pena. NUMERAL
Como sinônimo de “considerar”, também tem sujeito:
Nós o havemos por honesto. Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
O mesmo comportamento se observa quando empregado na acepção de
“comportar-se”: O numeral classifica-se em:
Eles se houveram com elegância diante das críticas. - cardinal - quando indica quantidade.
O plural também pode aparecer quando usado com o sentido de “lidar”. - ordinal - quando indica ordem.
Assim: - multiplicativo - quando indica multiplicação.
Os alunos houveram-se muito bem nos exames. - fracionário - quando indica fracionamento.
Fique claro, portanto, que é no sentido de “existir” e de “ocorrer”, bem como
na indicação de tempo decorrido (Há dois anos...), que o verbo “haver” Exemplos:
permanece invariável. Assim: Silvia comprou dois livros.
Haverá mudanças, mas creio que serão pequenas. Antônio marcou o primeiro gol.
Educaçãouol
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad- QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS
vérbio, exprimindo uma circunstância.
Algarismos Numerais
Os advérbios dividem-se em:
Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários
1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
nos cos tivos
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-

Língua Portuguesa 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I 1 um primeiro simples -
II 2 dois segundo duplo meio Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
dobro XX Salão do Automóvel (vigésimo)
III 3 três terceiro tríplice terço VI Festival da Canção (sexto)
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto lV Bienal do Livro (quarta)
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto
VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo emprego do ordinal.
IX 9 nove nono nônuplo nono Hoje é primeiro de setembro
Não é aconselhável iniciar período com algarismos
X 10 dez décimo décuplo décimo
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
XI 11 onze décimo onze avos
primeiro
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-
XII 12 doze décimo doze avos nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois
segundo (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
XIII 13 treze décimo treze avos caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um,
terceiro página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a
XIV 14 quatorze décimo quatorze folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o
quarto avos numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
XV 15 quinze décimo quinze avos
quinto
XVI 16 dezesseis décimo dezesseis ARTIGO
sexto avos
XVII 17 dezessete décimo dezessete Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-
sétimo avos los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos
oitavo Dividem-se em
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove • definidos: O, A, OS, AS
avos • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
XX 20 vinte vigésimo vinte avos Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
XL 40 quarenta quadragé- quarenta
simo avos Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
L 50 cinquenta quinquagé- cinquenta geral.
simo avos Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta terminado).
avos
LXX 70 setenta septuagési- setenta avos lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
mo
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos CONJUNÇÃO
XC 90 noventa nonagésimo noventa
avos
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
C 100 cem centésimo centésimo
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo Coniunções Coordenativas
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo 1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
CD 400 quatrocen- quadringen- quadringen- 2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
tos tésimo tésimo senão, no entanto, etc.
D 500 quinhen- quingenté- quingenté- 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer,
tos simo simo etc.
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési- 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por
mo mo consequência.
DCC 700 setecen- septingenté- septingenté- 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque,
tos simo simo pois, etc.
DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
simo simo Conjunções Subordinativas
CM 900 novecen- nongentési- nongentési- 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
tos mo mo 2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.
M 1000 mil milésimo milésimo 3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc.
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc.
Emprego do Numeral 5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc. etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais. 6) INTEGRANTES: que, se, etc.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) 7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
Luis X (décimo) ano I (primeiro) 8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de
Pio lX (nono) século lV (quarto) forma que, de modo que, etc.
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais,
De 11 em diante, empregam-se os cardinais: etc.
Leão Xlll (treze) ano Xl (onze) 10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.
Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)

Língua Portuguesa 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à
outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que
Examinemos estes exemplos: traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
2º) Os livros ensinam e divertem. Abrangem as seguintes classes:
3º) Saímos de casa quando amanhecia. 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
que, uma vez que, desde que.
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
uma conjunção. efeito).
Como estivesse de luto, não nos recebeu.
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando Desde que é impossível, não insistirei.
orações: são também conjunções. 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
mesma oração. (= como).
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
conjunção E é coordenativa. (Paulo Mendes Campos)
"Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à (Antônio Olavo Pereira)
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção "E pia tal a qual a caça procurada."
QUANDO é subordinativa. (Amadeu de Queirós)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. (Carlos Drummond de Andrade)
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
As conjunções coordenativas podem ser: Os governantes realizam menos do que prometem.
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
Não aprovo nem permitirei essas coisas. (= embora não).
Os livros não só instruem mas também divertem. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
as flores. Beba, nem que seja um pouco.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape- Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
sar disso, em todo caso. afirmações.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. (= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. Ficaremos sentidos, se você não vier.
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. que os mosquitos se opusessem."
Hoje não atendo, em todo caso, entre. (Ferreira de Castro)
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou, 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não
ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc. são como (ou conforme) dizem.
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. "Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar."
Ou você estuda ou arruma um emprego. (Machado de Assis)
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. 6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de
"Já chora, já se ri, já se enfurece." forma que, de maneira que, sem que, que (não).
(Luís de Camões) Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.
4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con- Falou com uma calma que todos ficaram atônitos.
seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí.
As árvores balançam, logo está ventando. Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por- Afastou-se depressa para que não o víssemos.
que, porquanto, pois (anteposto ao verbo). Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse.
Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem Fiz-lhe sinal que se calasse.
causar incêndios. 8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa- to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
tivo: À medida que se vive, mais se aprende.
Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde." Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
(Jorge Amado) Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.

Língua Portuguesa 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observação: Exemplos:
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida Chegaram a Porto Alegre.
que e na medida em que. A forma correta é à medida que: Discorda de você.
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." Fui até a esquina.
(Maria José de Queirós) Casa de Paulo.

9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre Preposições Essenciais e Acidentais
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,
etc. DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
Venha quando você quiser. ATRÁS.
Não fale enquanto come.
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora,
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo,
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval- segundo, senão, tirante, visto, etc.
cânti)
10) Integrantes: que, se. INTERJEIÇÃO
Sabemos que a vida é breve.
Veja se falta alguma coisa.
Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem
ser:
Observação:
- alegria: ahl oh! oba! eh!
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
- animação: coragem! avante! eia!
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB,
- admiração: puxa! ih! oh! nossa!
porém, não consigna esta espécie de conjunção.
- aplauso: bravo! viva! bis!
- desejo: tomara! oxalá!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,
- dor: aí! ui!
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc.
- silêncio: psiu! silêncio!
- suspensão: alto! basta!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por-
tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-
LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
to. Assim, a conjunção que pode ser:
valor de uma interjeição.
1) Aditiva (= e):
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
A nós que não a eles, compete fazê-lo.
2) Explicativa (= pois, porque):
Apressemo-nos, que chove. SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
3) Integrante:
Diga-lhe que não irei. FRASE
4) Consecutiva: Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
Tanto se esforçou que conseguiu vencer. O tempo está nublado.
Não vão a uma festa que não voltem cansados. Socorro!
Onde estavas, que não te vi? Que calor!
5) Comparativa (= do que, como):
A luz é mais veloz que o som. ORAÇÃO
Ficou vermelho que nem brasa. Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal.
6) Concessiva (= embora, ainda que): A fanfarra desfilou na avenida.
Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. As festas juninas estão chegando.
Beba, um pouco que seja.
7) Temporal (= depois que, logo que): PERÍODO
Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
Período é a frase estruturada em oração ou orações.
8) Final (= pare que):
O período pode ser:
Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta).
9) Causal (= porque, visto que):
Fui à livraria ontem.
"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
• composto - quando constituído por mais de uma oração.
Coaraci)
Fui à livraria ontem e comprei um livro.
A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
disse. (sem que = embora não) TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito. São dois os termos essenciais da oração:
(sem que = se não,caso não)
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados. SUJEITO
(sem que = que não) Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.
4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes)
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
O sujeito pode ser :
PREPOSIÇÃO - simples: quando tem um só núcleo
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas;
núcleo: rosas)
Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter- - composto: quando tem mais de um núcleo
mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o O burro e o cavalo saíram em disparada.
segundo, um subordinado ou consequente. (suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo)

Língua Portuguesa 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal 4. AGENTE DA PASSIVA
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na
- indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal voz passiva.
Come-se bem naquele restaurante. A mãe é amada PELO FILHO.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
Choveu ontem. Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
Há plantas venenosas.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
PREDICADO TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
O predicado classifica-se em: alguma circunstância.
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
do sujeito. São termos acessórios da oração:
Nosso colega está doente. 1. ADJUNTO ADNOMINAL
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
PERMANECER, etc.
substantivos. Pode ser expresso:
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
• pelos adjetivos: água fresca,
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
• pelos artigos: o mundo, as ruas
Nosso colega está doente.
• pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
A moça permaneceu sentada.
• pelos numerais : três garotos; sexto ano
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
transitivo.
O avião sobrevoou a praia.
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. 2. ADJUNTO ADVERBIAL
O sabiá voou alto. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio Cheguei cedo.
de proposição. José reside em São Paulo.
Minha equipe venceu a partida.
• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com 3. APOSTO
auxílio de preposição. Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Ele precisa de um esparadrapo. desenvolve ou resume outro termo da oração.
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao Dr. João, cirurgião-dentista,
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de com- Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
plemento com auxilio de preposição. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Damos uma simples colaboração a vocês. 4. VOCATIVO
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais interpelar alguém ou alguma coisa.
predicativo do sujeito. Tem compaixão de nós, ó Cristo.
Os rapazes voltaram vitoriosos. Professor, o sinal tocou.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, Rapazes, a prova é na próxima semana.
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico. PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
direto ou indireto. Fui ao cinema.
Elegemos o nosso candidato vereador. O pássaro voou.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
PERÍODO COMPOSTO
Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
No período composto há mais de uma oração.
significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens
compreensão do enunciado.
folgam.)
1. OBJETO DIRETO
Período composto por coordenação
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
Apresenta orações independentes.
transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.)
2. OBJETO INDIRETO
Período composto por subordinação
Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
Apresenta orações dependentes.
transitivo indireto.
(É bom) (que você estude.)
As crianças precisam de CARINHO.
Período composto por coordenação e subordinação
3. COMPLEMENTO NOMINAL
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
período é também conhecido como misto.
um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.)
um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) ORAÇÃO COORDENADA
Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE Oração coordenada é aquela que é independente.
(advérbio).
As orações coordenadas podem ser:
- Sindética:
Língua Portuguesa 78 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção substantivas classificam-se em:
coordenativa.
Viajo amanhã, mas volto logo. 1) SUBJETIVA (sujeito)
- Assindética: Convém que você estude mais.
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou Importa que saibas isso bem. .
ponto e vírgula. É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
Chegou, olhou, partiu.
A oração coordenada sindética pode ser: 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)
Desejo QUE VENHAM TODOS.
1. ADITIVA: Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
também: 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.

2. ADVERSATIVA: 4) COMPLETIVA NOMINAL


Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste Complemento nominal.
(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). Ser grato A QUEM TE ENSINA.
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Sou favorável A QUE O PRENDAM.
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. 5) PREDICATIVA (predicativo)
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
3. ALTERNATIVAS: Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra Não sou QUEM VOCÊ PENSA.
(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc).
Mudou o natal OU MUDEI EU? 6) APOSITIVAS (servem de aposto)
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel,
Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!”
Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
(C. Meireles)

4. CONCLUSIVAS: 7) AGENTE DA PASSIVA


Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
etc).
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ. Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
um adjetivo.
5. EXPLICATIVAS: Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) 1) EXPLICATIVAS:
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR. Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS. atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma
informação.
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
2) RESTRITIVAS:
A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos: Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc. indispensáveis ao sentido da frase:
Pedra QUE ROLA não cria limo.
ORAÇÃO PRINCIPAL As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.
Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
por um conectivo.
ELES DISSERAM que voltarão logo. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
ELE AFIRMOU que não virá. Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma) um advérbio.

As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:


ORAÇÃO SUBORDINADA
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão:
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE.
introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
O tambor soa PORQUE É OCO.
nem sempre é a primeira do período.
Quando ele voltar, eu saio de férias.
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
comparação.
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
O som é menos veloz QUE A LUZ.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função 3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite:
de um substantivo. POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram.
Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.

Língua Portuguesa 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. (Quanto ao estudo da correlação), faço-o agora o mais completo que
posso. Outros, futuramente, com mais lazer, alargarão as pesquisas,
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: pois, neste assunto, deparam-nos os autores, floresta inexplorada.
SE O CONHECESSES, não o condenarias. (Oiticica, 1952:02)
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO?
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
com outro:
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. É marcante, em nossos compêndios, a polêmica quanto à existên-
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. cia e à caracterização da correlação, entendida como processo sintático
distinto da coordenação e da subordinação. A maioria dos gramáticos
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: tradicionais, por influência da Nomenclatura Gramatical Brasileira, não
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. incluiu em suas obras a correlação, apesar de esta apresentar especificida-
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! des bem particulares em relação aos processos mais canônicos de estrutu-
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! ração sintática.
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto:
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. A despeito de a NGB preconizar apenas a existência dos proces-
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. sos sintáticos de subordinação e coordenação, no âmbito do chamado
período composto, houve vozes e opiniões dissonantes ao longo do percur-
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: so de sua normatização. Chediak (1960: 74), consultado acerca do assun-
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. to, na época da elaboração da NGB, afirmou: “É lamentável que o Antepro-
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. jeto tenha excluído a correlação e a justaposição como processos de com-
posição de período”.
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na
oração principal: Ainda durante o período de consultas para a elaboração da NGB,
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. Chediak (1960: 213) nos informa que o Departamento de Letras da Univer-
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. sidade do Rio Grande do Sul, em 1958, também requereu a inclusão deste
processo de estruturação sintática como distinto da subordinação e da
10) MODAIS: exprimem modo, maneira: coordenação.
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.
Camara Jr. (1981: 87) assevera que a correlação “é uma constru-
ORAÇÕES REDUZIDAS ção sintática de duas partes relacionadas entre si, de tal sorte que a enun-
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: ciação de uma, dita prótase, prepara a enunciação de outra, dita apódose”.
gerúndio, infinitivo e particípio. A explicitação teórica do autor admite que a correlação apresenta um
arranjamento sintático particular, mas assume posição dissonante da de
Exemplos: Chediak (1960) ao defender que a correlação não deve ser considerada
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. como um processo de estruturação sintático distinto, pois ela se estabelece
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. tanto por meio da coordenação como por meio da subordinação. Concor-
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM, dam com Camara Jr. (1981) vários teóricos como Bechara (1999), Luft
conseguirás. (2000) e Kury (2003).
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
ATENTOS. Carone (2003: 62), à maneira de Camara Jr. (1981), também prefe-
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO, re considerar as correlativas, bem como as justapostas, como variantes dos
entristeceu-se. processos de subordinação e coordenação, entretanto, não presta maiores
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES esclarecimentos que sustentem a opção teórica tomada. Vejamos:
MAIS.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure- As relações estabelecidas entre orações podem apresen-
me. tar, por vezes, características de realização que as distinguem
do usual, o que tem levado alguns gramáticos a ver nisso ou-
tros tantos procedimentos sintáticos. Trata-se da correlação e
TEORIA DA CORRELAÇÃO REVISITADA da justaposição, variantes formais dos (...) processos (de su-
bordinação e de coordenação).
Ivo da Costa do Rosário (UERJ, UFF e UFRJ)
Azeredo (1979), em concordância com Luft (2000), tam-
RESUMO bém opta por defender a correlação como um subtipo ora da
subordinação ora da coordenação, funcionando como um verda-
deiro recurso expressivo de ênfase.
Pelo menos desde o século passado, verificamos que alguns
autores propõem a existência de não apenas dois processos de estru- Poucos gramáticos brasileiros, entre os quais José Oiticica, têm
identificado na correlação e na justaposição processos de estrutu-
turação sintática, mas três. Entre eles, podemos destacar Oiticica ração sintática distintos da subordinação e da coordenação. A
(1952), que desenvolveu a clássica teoria da correlação. Outros auto- maioria entende que aqueles processos servem apenas para
res filiaram-se à proposta do autor, tais como Melo (1978) e mais materializar certas relações fundamentalmente coordenativas ou
recentemente Rodrigues (2007). Por outro lado, buscando um viés subordinativas. (grifos do autor)
diverso, alguns teóricos admitem a existência da correlação, desde
que associada aos clássicos processos de subordinação e coordena- Oiticica (1952), citado por Azeredo (1979), defende a
ção, funcionando apenas como uma característica secundária. Entre ideia de que as orações consecutivas e comparativas devem ser
esses autores estão Camara Jr. (1981), Bechara (1999), Luft (2000) e consideradas correlatas, diferentemente do que preceitua a tradi-
Kury (2003). Nossa proposta visa, portanto, a investigar essas postu- ção gramatical brasileira que as considera como subordinadas
ras divergentes e traçar uma proposta de tratamento mais uniforme adverbiais.
para o assunto.
O estudo do autor, contido na célebre Teoria da Correla-
ção (1952), advoga a existência da correlação como um meca-

Língua Portuguesa 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nismo de estruturação sintática ou procedimento sintático em Rodrigues (2007: 232-233) também advoga a existência
que uma sentença estabelece uma relação de interdependência da correlação como um processo que se distingue dos demais,
com a outra no nível estrutural. Assim, a distinção entre a corre- por conta das seguintes características:
lação e os outros processos de estruturação poderia ser atestada
por meio do critério da dependência sintática. Teríamos, então, 1º - a correlação apresenta conjunções que vêm aos pa-
três processos: res, cada elemento do par em uma oração;

2º - no período composto por correlação, as orações não


a) Subordinação podem ter sua ordem invertida, isto é, não apresentam a
mobilidade posicional típica das subordinadas adverbiais;

– processo de hierarquização de estruturas em que as orações 3º - as correlatas não podem ser consideradas parte
são sintaticamente dependentes. (cf. Rodrigues, 2007: 227); constituinte de outra, como ocorre com as substantivas,
as adverbiais e as adjetivas.
b) Coordenação
Vejamos um pequeno exemplário oferecido por Rodri-
gues, seguido de uma proposta de classificação, oferecida pela
– processo em que as orações são sintaticamen- autora (2007):
te independentes uma das outras, caracterizando-se pelo fato
de implicarem paralelismo de funções ou valores sintáticos idên- (01) Hoje eu trabalho mais do que trabalhava. (Rodri-
ticos. (cf. Rodrigues, 2007: 227); gues, 2001:57) → Correlação comparativa.

(02) Quanto mais o conheço, tanto mais o admiro. (Cu-


c) Correlação nha & Cintra, 2001:593) → Correlação proporcional.
(03) Trabalhou tanto que adoeceu. (Luft, 2000:61)
– processo em que “duas orações são formalmen- → Correlação consecutiva.
te interdependentes, relação materializada por meio de ex-
pressões correlatas”. (cf. Rodrigues, 2007: 231) (04) Não só trabalha de dia, senão que estuda à noite.
(Rocha Lima, 1999:261) → Correlação aditiva.
Melo (1978: 152) também considera a correlação como (05) Você ou estuda ou trabalha, as duas coisas serão
um terceiro processo de estruturação sintática, distinto da subor- muito difíceis. (Castilho, 2004:143) → Correlação alter-
dinação e da coordenação. Vejamos: nativa.
(A correlação) é um processo sintático irredutível a qualquer dos
outros dois (subordinação ou coordenação), um processo mais ESTUDOS ATUAIS ACERCA DO ASSUNTO
complexo, em que há, de certo modo, interdependência. Nele,
dá-se a intensificação de um dos membros da frase, ou de toda a
A defesa da existência da correlação como um processo
frase, intensificação que pede um termo.
distinto dos demais parece estar novamente recuperando espaço
nos debates acadêmicos, haja vista as contribuições de pesquisa-
O autor (1978: 152) amplia o escopo da correlação que, dores como Módolo (1999), Castilho (2004) e Rodrigues (2007).
segundo ele, abarca além das consecutivas e comparativas,
também as equiparativas[1] e alternativas. O autor acrescenta
Entretanto, a questão ainda está por ser pesquisada com
que, na linguagem oral, a intensificação normalmente expressa
maior profundidade, haja vista os estudos já realizados à nossa
por um advérbio de intensidade (primeira parte da correlação)
disposição terem sido publicados na forma de artigos, o que
seria foneticamente realizada por um esforço e alongamento
irremediavelmente conduz o pesquisador à necessidade de uma
acentuadamente maiores no produzir a tônica, como em: Chovia,
abordagem bastante sintética para o assunto.
que era um desespero!

Segundo Módolo (1999: 06), Oiticica (1952) propôs uma


Castilho (2004: 143) também filia-se às ideias de Oiticica
perspectiva funcional da teoria da correlação. Por ter sido publi-
(1952). Na correlação, segundo o autor, a cada elemento gra-
cado na década de 50 do século passado, Módolo (1999) advoga
matical na primeira oração corresponde outro elemento gramati-
o título de funcionalista avant la lettre para Oiticica, por ter sido
cal na segunda, sem o quê o arranjo sintático seria inaceitável.
ele o precursor dos estudos funcionalistas nessa área da sintaxe,
Segundo o autor, há quatro tipos de correlação: aditiva, alterna-
antes mesmo de tais estudos terem florescido no campo da in-
tiva, consecutiva e comparativa. As duas primeiras, nas obras
vestigação linguística.
tradicionais, geralmente são diluídas na coordenação e as duas
últimas, na subordinação, o que não seria adequado devido às
suas particularidades. De fato, um dos pilares do funcionalismo linguístico é a
preponderância da função sobre a forma, ou seja, esta estaria a
serviço daquela. Assim, diante da necessidade de maior expressi-
Com o autor concorda Módolo (1999), para quem a corre-
vidade ou de um tipo de argumentação mais formal ou enfática,
lação é um
nos termos de Luft (2000), houve a necessidade de criação de
...tipo de conexão sintática de uso relativamente um arranjo sintático formal diferente dos já tradicionais esque-
frequente, particularmente útil para emprestar vigor a mas subordinativos ou coordenativos. Vejamos:
um raciocínio, aparecendo principalmente nos textos
(06) João é rico e feliz.
apologéticos e enfáticos, que se destacam mais por
expressarem opiniões, defenderem posições, angaria- (07) João não só é rico como também é feliz.
rem apoio, do que por informarem com objetividade
os acontecimentos.
Os exemplos (06) e (07), semanticamente similares,
apresentam arranjos sintáticos diferentes e atendem a necessi-
Segundo análise de Módolo (1999), a tendência a negar a dades comunicacionais e pragmáticas distintas. No exemplo (06),
existência da correlação em um nível paralelo à subordinação e à a conjunção coordenativa aditiva e simplesmente reúne dois
coordenação advém da herança do paradigma estruturalista, termos coordenados entre si, que funcionam como predicativos
fundado nas dicotomias saussurianas. Filiado ao estruturalismo do sujeito. Por outro lado, no exemplo (07), não podemos afir-
linguístico, Camara Jr. (1981) teria optado por defender opinião mar que há uma simples união de predicativos referentes ao
diversa da de Oiticica (1952) por ser fiel à disposição binária dos sujeito. De certa forma, há uma ideia de gradação enfática cres-
conceitos de Saussure, para quem a existência de um terceiro cente do primeiro termo predicativo ao segundo, enunciados na
conceito na esfera da descrição linguística aniquilaria a opção superfície da sentença.
teórica pelas dicotomias.

Percebemos que os argumentos em defesa da correlação


como um terceiro processo de estruturação sintática são bastante

Língua Portuguesa 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
contundentes. Entretanto, a maioria dos gramáticos prefere não Conversei com bastantes pessoas.
considerá-la como um processo distinto dos demais, provavel- Estas crianças moram longe.
mente por influência da tradição normativista. Assim, a investi- Conheci longes terras.
gação da questão apresenta-se como altamente relevante para
nossos estudos vernáculos.
CONCORDÂNCIA VERBAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL CASOS GERAIS

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL 1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.


Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante O menino chegou. Os meninos chegaram.
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões. 2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
O pessoal ainda não chegou.
Principais Casos de Concordância Nominal A turma não gostou disso.
1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em Um bando de pássaros pousou na árvore.
gênero e número com o substantivo. 3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico. plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural.
2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão Os Estados Unidos são um grande país.
normalmente para o plural. Os Lusíadas imortalizaram Camões.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio. Os Alpes vivem cobertos de neve.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular.
para o masculino plural. Flores já não leva acento.
Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios. O Amazonas deságua no Atlântico.
4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica.
próximo: 4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome
Trouxe livros e revista especializada. no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-
5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi- temente.
mo. A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos. A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram).
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o 5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o
sujeito. sujeito paciente.
Meus amigos estão atrapalhados. Vende-se um apartamento.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica- Vendem-se alguns apartamentos.
tivo no gênero da pessoa a quem se refere. 6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo. verbo para a 3ª pessoa do singular.
8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo Precisa-se de funcionários.
vão para o singular ou para o plural. 7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros). singular e o verbo no singular ou no plural.
9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem)
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural. 8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural.
Já estudei o primeiro e segundo livros. Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul.
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural. 9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro. Mais de um jurado fez justiça à minha música.
11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a 10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando
que se referem. empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
Ela mesma veio até aqui. no singular.
Eles chegaram sós. As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
Eles próprios escreveram. 11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. sujeito.
Muito obrigado. (masculino singular) Deu uma hora.
Muito obrigada. (feminino singular). Deram três horas.
13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica Bateram cinco horas.
invariável quando é advérbio. Naquele relógio já soaram duas horas.
Quero meio quilo de café. 12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
Minha mãe está meio exausta. frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
É meio-dia e meia. (hora) Ela é que faz as bolas.
14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan- Eu é que escrevo os programas.
tivo a que se referem. 13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é
Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. um pronome relativo.
A expressão em anexo é invariável. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Trouxe em anexo estas fotos. Fui eu que fiz a lição
15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu- Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-
em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. veis.
Vocês falaram alto demais. • que: Fui eu que fiz a lição.
O combustível custava barato. • quem: Fui eu quem fez a lição.
Você leu confuso. • o que: Fui eu o que fez a lição.
Ela jura falso.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
sofrem variação normalmente. este sua impessoalidade.
Esses pneus custam caro. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei bastante com eles. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.

Língua Portuguesa 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
Prefiro Comunicação à Matemática.
1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
RECER concordam com o predicativo.
Informei-lhe o problema.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
7. ASSISTIR - morar, residir:
Aquilo é ilusão.
Assisto em Porto Alegre.
• amparar, socorrer, objeto direto
2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
O médico assistiu o doente.
corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto
Que são florestas equatoriais?
Assistimos a um belo espetáculo.
Quem eram aqueles homens?
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Assiste-lhe o direito.
3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
a expressão numérica.
8. ATENDER - dar atenção
São oito horas.
Atendi ao pedido do aluno.
Hoje são 19 de setembro.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto
De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Atenderam o freguês com simpatia.
4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
fica no singular.
A moça queria um vestido novo.
Três batalhões é muito pouco.
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto
Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
O professor queria muito a seus alunos.
5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto
Maria era as flores da casa.
Todos visamos a um futuro melhor.
O homem é cinzas.
• APONTAR, MIRAR - objeto direto
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
• pör o sinal de visto - objeto direto
concorda com o predicativo.
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
Dançar e cantar é a sua atividade.
Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores.
7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
Desobedeceram às leis do trânsito.
concorda com o pronome.
A ciência, mestres, sois vós.
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
Em minha turma, o líder sou eu.
• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos.
8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
Ele estabeleceu-se na Avenida São João.
apenas um deles deve ser flexionado.
Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati- • no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
calmente do outro. O secretário procedeu à leitura da carta.

A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e 14. ESQUECER E LEMBRAR
adjetivos). • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna.
Exemplos: Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM Esqueceram-se da reunião de hoje.
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR Lembrei-me da sua fisionomia.
PARA = passagem
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
A regência verbal trata dos complementos do verbo. • pagar - Pago o 13° aos professores.
• dar - Daremos esmolas ao pobre.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA • emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto) • ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
• pretender (transitivo indireto) • agradecer - Agradeço as graças a Deus.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha. • pedir - Pedi um favor ao colega.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
2. OBEDECER - transitivo indireto 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
Devemos obedecer aos sinais de trânsito. O amor implica renúncia.
3. PAGAR - transitivo direto e indireto • no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
Já paguei um jantar a você. COM:

Língua Portuguesa 83 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O professor implicava com os alunos
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi- Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos
ção EM: através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das
Implicou-se na briga e saiu ferido palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de
combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publi-
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: citários e em letras de música.
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma
18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro,
como sujeito: de acordo com o poeta.
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª Por Sabrina Vilarinho
pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
ficuldade, será objeto indireto.
Custou-me confiar nele novamente. EMPREGO DO QUE E DO SE
Custar-te-á aceitá-la como nora.

Funções da Linguagem A palavra que em português pode ser:


Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva,
expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.
avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular
ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de exclamação. Usa-se
não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta. também a variação o quê! A palavra que não exerce função sintática
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, quando funciona como interjeição.
jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
Quê! Você ainda não está pronto?
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O O quê! Quem sumiu?
Popular, 16 out. 2008.
Substantivo: equivale a alguma coisa.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas
emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do
emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro determinante, e
apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como subs-
interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois tantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra
transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe
Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.)
romântico.
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do direto)
bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros
amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o
Carlos Drummond de Andrade) verbo ter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o sintática.
receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos),
sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam Tenho que sair agora.
estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa Ele tem que dar o dinheiro hoje.
(Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de
função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo
autoridade. algum para o sentido.

Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio
nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva,
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é aparece também na expressão é que.
quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um
poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: Quase que não consigo chegar a tempo.
Elas é que conseguiram chegar.
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura. Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto
Recorte o artigo.” adverbial; no caso, de intensidade.

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o Que lindas flores!
código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. Que barato!

Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:
emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida
ou para dilatar a conversa. • pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso recep- na oração consequente. Equivale a o qual e flexões.
tor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando Não encontramos as pessoas que saíram.
atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.

Língua Portuguesa 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substanti- Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, ela deverá
vo ou pronome adjetivo. estar sempre na mesma pessoa do sujeito da oração de que faz parte. Por
isso o pronome oblíquo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mes-
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substan- mo), podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
tivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito,
objeto direto, objeto indireto, etc.) * objeto direto
Que aconteceu com você? Ele cortou-se com o facão.

• pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função * objeto indireto
sintática de adjunto adnominal. Ele se atribui muito valor.

Que vida é essa? * sujeito de um infinitivo


“Sofia deixou-se estar à janela.”
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce
função sintática. Como conjunção, a palavra que pode relacionar tanto
orações coordenadas quanto subordinadas, daí classificar-se como conjun- Por Marina Cabral
ção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como
conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da
oração que introduz. Por exemplo: CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES
CORRETAS E INCORRETAS
Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)
Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva) O reconhecimento de frases corretas e incorretas abrange praticamente
toda a gramática.
Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o Os principais tópicos que podem aparecer numa frase correta ou incorreta
nome de conjunção subordinativa integrante.
são:
- ortografia
Desejo que você venha logo.
- acentuação gráfica
- concordância
- regência
A palavra se - plural e singular de substantivos e adjetivos
- verbos
A palavra se, em português, pode ser: - etc.

Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce Daremos a seguir alguns exemplos:
função sintática. Como conjunção, a palavra se pode ser:
Encontre o termo em destaque que está erradamente empregado:
* conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada subs- A) Senão chover, irei às compras.
tantiva. B) Olharam-se de alto a baixo.
Perguntei se ele estava feliz. C) Saiu a fim de divertir-se
D) Não suportava o dia-a-dia no convento.
E) Quando está cansado, briga à toa.
* conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condici-
Alternativa A
onal (equivale a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Ache a palavra com erro de grafia:
A) cabeleireiro ; manteigueira
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo
B) caranguejo ; beneficência
algum para o sentido. Nesse caso, a palavra se não exerce função sintáti-
C) prazeirosamente ; adivinhar
ca. Como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce.
D) perturbar ; concupiscência
Passavam-se os dias e nada acontecia.
E) berinjela ; meritíssimo
Alternativa C
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais.
Nesse caso, o se não exerce função sintática.
Identifique o termo que está inadequadamente empregado:
Ele arrependeu-se do que fez.
A) O juiz infligiu-lhe dura punição.
B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão.
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza
C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras.
as orações que estão na voz passiva sintética. É também chamada de
D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida.
pronome apassivador. Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel
E) A polícia pegou o ladrão em flagrante.
é apenas apassivar o verbo.
Alternativa B
Vendem-se casas.
O acento grave, indicador de crase, está empregado CORRETAMENTE
Aluga-se carro.
em:
Compram-se joias.
A) Encaminhamos os pareceres à Vossa Senhoria e não tivemos respos-
ta.
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a um verbo que não é B) A nossa reação foi deixá-los admirar à belíssima paisagem.
transitivo direto, tornando o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente C) Rapidamente, encaminhamos o produto à firma especializada.
uma função sintática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se de D) Todos estávamos dispostos à aceitar o seu convite.
que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa do singular. Alternativa C

Trabalha-se de dia. Assinale a alternativa cuja concordância nominal não está de acordo com o
Precisa-se de vendedores. padrão culto:
A) Anexa à carta vão os documentos.

Língua Portuguesa 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
B) Anexos à carta vão os documentos. pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com
C) Anexo à carta vai o documento. formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia).
D) Em anexo, vão os documentos.
Alternativa A Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de
palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos
Identifique a única frase onde o verbo está conjugado corretamente: (Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de
A) Os professores revêm as provas. advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optativas
B) Quando puder, vem à minha casa. (Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te comportes);
C) Não digas nada e voltes para sua sala. (4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com infinitivo
D) Se pretendeis destruir a cidade, atacais à noite. regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la, los, las
E) Ela se precaveu do perigo. (Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem pausa
Alternativa E (Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanharam) ou
de pronomes indefinidos (Todos a estimam).
Encontre a alternativa onde não há erro no emprego do pronome: Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o ver-
A) A criança é tal quais os pais. bo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, conta-
B) Esta tarefa é para mim fazer até domingo. ram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja no
C) O diretor conversou com nós. infinitivo (Não quis incomodar-se).
D) Vou consigo ao teatro hoje à noite.
E) Nada de sério houve entre você e eu. Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a me-
Alternativa A sóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o
verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome,
Que frase apresenta uso inadequado do pronome demonstrativo? haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a língua
A) Esta aliança não sai do meu dedo. moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal.
B) Foi preso em 1964 e só saiu neste ano. Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompanha-
C) Casaram-se Tânia e José; essa contente, este apreensivo. do de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a forma
D) Romário foi o maior artilheiro daquele jogo. oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a mim...).
E) Vencer depende destes fatores: rapidez e segurança. Havendo verbo auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a este. (Por
Alternativa C que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.)
Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome átono costuma
COLOCAÇÃO PRONOMINAL vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se um pouco, observou...). Nas
locuções verbais, virá enclítico ao auxiliar (João foi-se afastando), salvo
Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a compreensão quando este estiver antecedido de expressão que, de regra, exerça força
de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posição funcionalmente atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos, conjun-
correta em relação às outras, assim como convém dispor com clareza as ções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastando.
orações no período e os períodos no discurso.
Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos pre-
Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que se cuida da or- cedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez), salvo
dem ou disposição das palavras na construção das frases. Os termos da quando vêm sem artigo definido (Guardei boas lembranças suas); quando
oração, em português, geralmente são colocados na ordem direta (sujeito + há ênfase (Não, amigos meus!); quando determinam substantivo já deter-
verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). As minado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um numeral
inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce do termo cuja (Recebeu três cartas minhas), por um demonstrativo (Receba esta lem-
posição natural se altera: Corajoso é ele! Medonho foi o espetáculo), ou de brança minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos meus).
pura natureza gramatical, sem intenção especial de realce, obedecendo-se,
apenas a hábitos da língua que se fizeram tradicionais. Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes
adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses pro-
Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos: blemas). A posposição do demonstrativo é obrigatória em algumas formas
(1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogativas, em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormente: "Ouvi
não sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera você?); (3) nas tuas razões, razões essas que não chegaram a convencer-me."
reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem é...
Sendo ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu o Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam um adjetivo, um
que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz à guerra! Guie-o a mão particípio isolado ou outro advérbio vêm, em regra, antepostos a essas
da Providência!); (6) nas que têm o verbo na passiva pronominal (Elimina- palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o
ram-se de vez as esperanças); (7) nas que começam por adjunto adverbial verbo, os advérbios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou
(No profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a vontade de admiravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao verbo, o
Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaças); (8) nas construí- adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá longe a gaivota voava
das com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se normalmente rente ao mar."
depois do verbo da oração principal as orações subordinadas substantivas:
Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, salien-
é claro que ele se arrependeu.
tem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de um
Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes ca- termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante caudalo-
sos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) nas so" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão da ordem
exclamativas (Que bonito é esse lugar!). normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-se na gela-
da areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse -- transposi-
Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do ad- ção, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A nossa
junto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enunciado Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (= Não digo
lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa ordem: que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4) sínquise --
(Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no sentido de alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificulta a compre-
mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos superlativos ensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João, filho de
relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição do adjetivo, Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro, moderava a
em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
homem, um pobre rapaz).
Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do
verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise,

Língua Portuguesa 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise) Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
Por Cristiana Gomes - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa,
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), ocorrerá a próclise:
no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia. - Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
PRÓCLISE COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Usamos a próclise nos seguintes casos: Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ou particípio.
ninguém, nem, de modo algum. AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se
- Nada me perturba. houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
- Ninguém se mexeu. - Havia-lhe contado a verdade.
- De modo algum me afastarei daqui. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
- Ela nem se importou com meus problemas.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
embora, logo, que.
Infinitivo
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”. - Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- É necessário que a deixe na escola. - Quero dizer-lhe o que aconteceu.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
Gerúndio
(3) Advérbios - Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Aqui se tem paz. - Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
- Sempre me dediquei aos estudos. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar
- Talvez o veja na escola. ou depois do verbo principal.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de Infinitivo
atrair o pronome. - Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Aqui, trabalha-se. - Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. Gerúndio
- Alguém me ligou? (indefinido) - Não lhe ia dizendo a verdade.
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) - Não ia dizendo-lhe a verdade.
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
(5) Em frases interrogativas.
- Quanto me cobrará pela tradução?
(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). Figuras de Linguagem
- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam! As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as
- Deus te abençoe, meu filho! mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção,
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. figuras de pensamento e figuras de palavras.
- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão. Figuras de som
(8) Com formas verbais proparoxítonas
- Nós o censurávamos. a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons conso-
nantais.
MESÓCLISE “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – ama-
rei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênti-
amaria, amarias, …) cos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
- Convidar-me-ão para a festa. mulato democrático do litoral.”
- Convidar-me-iam para a festa.
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória. c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons pareci-
dos, mas de significados distintos.
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa. “Eu que passo, penso e peço.”
ÊNCLISE Figuras de construção
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo
- Tornarei-me……. (errada) contexto.
- Tinha entregado-nos……….(errada) “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
- Entregar-lhe (correta) Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
- Não posso recebê-lo. (correta)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da
Língua Portuguesa 87 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente
e sob as nuvens e os ventos do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido
e sob as pontes e sob o sarcasmo próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação
e sob a gosma e sob o vômito (...)” em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De tudo ficou um pouco. b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de signifi-
Do meu medo. Do teu asco.” cado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a
ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora.
com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser: A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos.
Observe:
• De gênero Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
Vossa Excelência está preocupado.
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para
• De número designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido
Os Lusíadas glorificou nossa literatura. ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
• De pessoa O pé da mesa estava quebrado.
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em
comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.” d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma
expressão que o identifique com facilidade:
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e
depois se opta por outra. e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebi-
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa. das por diferentes órgãos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a
mensagem. Vícios de linguagem
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado
h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que
versos ou frases. as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são
“ Amor é um fogo que arde sem se ver; obedecidas, em se tratando da linguagem escrita. O ato de desviar-se
É ferida que dói e não se sente; da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade,
É um contentamento descontente; refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não
É dor que desatina sem doer” conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

Figuras de pensamento a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desa-


cordo com a norma culta.
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras pesquiza (em vez de pesquisa)
que se opõem pelo sentido. prototipo (em vez de protótipo)
“Os jardins têm vida e morte.”
b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção
b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, sintática.
obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico. Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.” sintaxe de concordância)

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo
brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradá- tal que ela apresente mais de um sentido.
vel. O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou) ou do suspeito?)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede) Paguei cinco mil reais por cada.

e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanima- e) pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma
dos predicativos que são próprios de seres animados. ideia.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada. O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.
Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este
f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão as- não é considerado vicioso.
cendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“Um coração chagado de desejos f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
Latejando, batendo, restrugindo.” O menino repetente mente alegremente.
Por Marina Cabral
g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados! PREFIXOS E SUFIXOS MAIS COMUNS
Dizei-me vós, Senhor Deus!” (faculdades, funções, estados, doenças, etc)
algos = dor nevralgia, mialgia
Figuras de palavras bios = vida biologia, biopsia

Língua Portuguesa 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
crásis = temperamento compleição, idiossincrasia Oposição; ação con-
átron = articulação disartria, artralgia CONTRA- contra-ataque, contradizer
trária
afé = tato disafia, anafilaxia
COM-, Companhia; combi- Compartilhar, consoante,
bulé-vontade abúlico, abulia
CON-, CO- nação contemporâneo, co-autor
cáris = graça eucaristia, carisma
crátos = poder, força democracia, plutocracia movimento para
decair, desacordo, desfa-
dipsa = sede dipsomania, dipsético DE-, DES-, baixo; afastamento;
zer, discordar, dissociar,
doxa = opinião, glória paradoxo, doxomania DIS- ação contrária; nega-
decrescer
edema = inchação edematoso, edemaciar ção
éstesis = sensação sensibilidade, estética, anestesia movimento para fora; exonerar, exportar, exu-
éros, érotos = amor erótico, erotofobia EX-, ES-, E- mudança de estado; mar, espreguiçar, emigrar,
étos, éteos = costume tradição, ética, cacoete separação emitir, escorrer, estender
foné = voz áfono, fonógrafo posição exterior; extra-oficial, extraordiná-
fobos = medo, horror, EXTRA-
superioridade rio, extraviar
aversão fobia, acrofobia
frén, frenós = mente esquizofrenia, frenologia posição interna;
incisão, inalar, injetar,
genos = nascimento eugenia, genética IN-, IM-, I-, passagem para um
impor, imigrar, enlatar,
horama = visão panorama, cosmorama EN-, EM-, estado; movimento
enterrar, embalsamar,
hedoné = prazer hedonismo, hedonista INTRA-, para dentro; tendên-
intravenoso, intrometer,
hipnos = sono hipnotismo, hipnose INTRO- cia; direção para um
intramuscular
icon = imagem iconoteca, iconoclasta ponto
gnósis = conhecimento diagnóstico, agnóstico intocável, impermeável,
IN-, IM-, I- negação; falta
lalia = fala eulalia, dislalia ilegal
logos = palavra, discurso logomaquia, logorréia INTER-, posição intermediá- Intercâmbio, internacional,
lépsis = convulsão epilepsia, catalepsia ENTRE- ria; reciprocidade entrelaçar, entreabrir
léxis, léxeos = dicção dislexia léxico
lete = esquecimento letargia, letargiar JUSTA- Proximidade Justapor, justalinear
mania = loucura megalomania, manicômio posição posterior; pós-escrito, pospor, pos-
POS-
manteia (mancia) = ulterioridade tônico
adivinhação quiromancia, oniromancia anterioridade; supe- prefixo, previsão, pré-
mísos - aversão, ódio misógino, misantropia PRE-
rioridade; intensidade história, prefácio
mneme = menória amnésia, mnemônico
posição em frente;
nárce = entorpecimento narcótico, narcotizar Proclamar, progresso,
PRO- movimento para
nósos = doença nosocômio, nosofobia pronome, prosseguir
óneiros (oniros) = sonho onírico, oniromancia frente; em favor de
oréxis = fome anorexia, cinorexia repetição; intensida- realçar, rebolar, refrescar,
RE-
paideia (pedia) = instrução, correção ortopedia, enciclopédia de; reciprocidade reverter, refluir
pépsis = digestão dispepsia, péptico Retroativo, retroceder,
peretós = febre antipirético, piretoterapia RETRO- para trás
retrospectivo
plegé = paralisação paraplégico, hemiplegia
semicírculo, semiconsoan-
pneuma, pneumatos = respiração pneumática, pneumoplegia SEMI- Metade
te, semi-analfabeto
pseudos = mentira
falsidade pseudônimo, pseudófobo posição abaixo de;
SUB-, SOB- subconjunto, subcutâneo,
psiqué = alma psicologia, psiquiatria inferioridade; insufi-
, SO- subsolo, sobpor, soterrar
ragé = corrimento hemorragia, blenorragia ciência
spasmós = convulsão espasmo, espasmofilia SUPER-, Superpopulação, sobrelo-
posição superior;
sfignós = pulsação esfigmômetro, esfigmógrafo SOBRE-, ja, supra-sumo, sobrecar-
excesso
terapéia(terapia) = SUPRA ga, superfície
tratamento, cura terapeuta, hidroterapia TRANS-, Transbordar, transcrever,
timós = mente ciclotimia, lipotimia TRAS-, através de; posição tradição, traduzir, traspas-
TRA-, além de; mudança sar, tresloucado, tresma-
PREFIXOS GREGOS E LATINOS – Microsofword TRES- lhar
Tópico retirado da internet ULTRA- além de; excesso Ultrapassar, ultra-sensível
Prefixos Latinos
posição abaixo de; vice-reitor, visconde, vice-
Prefixos VICE-, VIS-
Sentido Exemplos substituição cônsul
Latinos
Afastamento; sepa-
AB-, ABS- abuso, abster-se, abdicar Prefixos Gregos
ração
Aproximação; ten- adjacente, adjunto, admi-
AD-, A-
dência; direção rar, agregar Ateu, analfabeto, aneste-
A-, NA Privação; negação
AMBI- Duplicidade Ambivalência, ambidestro sia
Antebraço, anteontem, Repetição; separa-
ANTE- posição anterior Análise, anatomia, anáfo-
antepor ANA- ção; inversão; para
ra, anagrama
cima
BENE-, Benevolência, benfeitor,
Bem; muito bom Duplicidade; ao
BEN-, BEM- bem-vindo, bem-estar Anfíbio, anfiteatro, anfibo-
ANFI- redor; de ambos os
bisavô, biconvexo, bienal, logia
BIS-, BI duas vezes lados
bípede, biscoito
Antibiótico, anti-higiênico,
CIRCUM-, ao redor; movimento Circunferência, circum- Oposição, ação
ANTI- antitérmico, antítese, antí-
CIRCUN- em torno adjacente contrária
poda, anticristo

Língua Portuguesa 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Separação; afasta- Apogeu, apóstolo, apósta- vezes
APO-
mento; longe de ta Calori- Calor Calorífero
ARQUI-, Posição superior; Arquitetura, arquipélago, Cruci- cruz Crucifixo
ARCE- excesso; primazia arcebispo, arcanjo
Curvi- curvo Curvilíneo
Movimento para
Catálise, catálogo, cata- Equi- igual Equilátero, eqüidistante
CATA- baixo; a partir de;
plasma, catadupa Ferri-,
ordem ferro Ferrífero, ferrovia
Através de; ao longo Diafragma, diagrama, ferro-
DIA- Loco- lugar Locomotiva
de diálogo, diagnóstico
DI- Duas vezes Dipolo, dígrafo Morti- morte Mortífero
Mau funcionamento; Dispnéia, discromia, di- Multi- muito Multiforme
DIS- Olei-, Azeite,
dificuldade senteria Oleígeno, oleoduto
EN-, EM-, Posição interna; Encéfalo, emblema, elip- oleo- óleo
E-, ENDO- direção para dentro se, endotérmico Oni- todo Onipotente
EX-, EC-, Pedi- pé Pedilúvio
Movimento para
EXO-, Êxodo, eclipse Pisci- peixe Piscicultor
fora; posição exterior
ECTO- Muitos,
Posição superior; Pluri- Pluriforme
vários
EPI- acima de; posteriori- Epiderme, epílogo Quadri-
dade , qua- quatro Quadrúpede
Excelência; perfei- dru-
EU-, EV- Euforia, evangelho
ção; verdade Reti- reto Retilíneo
HEMI- metade Hemisfério Semi- metade Semimorto
Posição superior; Tri- Três Tricolor
HIPER- intensidade; exces- Hipérbole, hipertensão
so
Radicais Latinos
Posição inferior; Hipotrofia, hipotensão, 2º Elemento da Composição
HIPO-
insuficiência hipodérmico
Posteridade; através Metamorfose, metabolis-
META- Forma Sentido Exemplos
de; mudança mo, metáfora, metacarpo
Proximidade; ao Paradoxo, paralelo, paró- -cida Que mata Suicida, homicida
PARA-
lado; oposto a dia, parasita Que culti-
Pericárdio, período, perí- -cola va, ou Arborícola, vinícola, silvícola
PERI- Em torno de; habita
metro, perífrase
- Ato de
PRO- Posição anterior Prólogo, prognóstico Piscicultura, apicultura
cultura cultivar
Multiplicidade; plura- Que con-
POLI- Polinômio, poliedro
lidade -fero tém, ou Aurífero, carbonífero
Simultaneidade; Sinfonia, simbiose, simpa- produz
SIN-, SIM-
reunião; resumo tia, sílaba Que faz,
-fico Benefício, frigorífico
posição abaixo de; ou produz
SUB-, subconjunto, subcutâneo,
inferioridade; insufi- Que tem
SOB-, SO- subsolo, sobpor, soterrar -forme Uniforme, cuneiforme
ciência forma de
SUPER-, Superpopulação, sobrelo- Que foge,
posição superior; -fugo ou faz Centrífugo, febrífugo
SOBRE-, ja, supra-sumo, sobrecar-
excesso fugir
SUPRA ga, superfície
TRANS-, Transbordar, transcrever, Que con-
TRAS-, através de; posição tradição, traduzir, traspas- -gero tém, ou Belígero, armígero
TRA-, além de; mudança sar, tresloucado, tresma- produz
TRES- lhar Que pro-
-paro Ovíparo, multíparo
duz
ULTRA- além de; excesso Ultrapassar, ultra-sensível
-pede Pé Velocípede, palmípede
posição abaixo de; vice-reitor, visconde, vice-
VICE-, VIS- -sono Que soa Uníssono, horríssono
substituição cônsul
Que expe-
-vomo Ignívomo, fumívomo
le
-voro Que come Carnívoro, herbívoro
Radicais Latinos
1º elemento da composição
Radicais Gregos
1º Elemento da Composição
Forma Sentido Exemplo
Agri Campo Agricultura
Forma Sentido Exemplos
Ambi Ambos Ambidestro
Aero- ar Aeronave
Arbori- Árvore Arborícola
Antropo- homem Antropologia
Bis-, bi- Duas Bípede, bisavô

Língua Portuguesa 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Arqueo- antigo Arqueologia Pseudo- falso Pseudônimo
Auto de si mesmo Autobiografia Psico- alma, espírito Psicologia
Biblio- livro Biblioteca Quilo- mil Quilograma
Bio- vida Biologia Quiro- mão Quiromancia
Cali- belo Caligrafia Rino- nariz Rinoceronte
Cosmo- mundo Cosmologia Rizo- raiz Rizotônico
Cromo- cor Cromossomo Tecno- arte Tecnografia
Crono- tempo Cronologia Termo- quente Termômetro
Dactilo- dedo Dactilografia Tetra- quatro Tetraedro
Deca- dez Decaedro Tipo- figura, marca Tipografia
Demo- povo Democracia Topo- lugar Topografia
di- dois Dissílabo Tri- três Trissílabo
Ele( c (âmbar) Zoo- animal Zoologia
Eletroímã
)tro- eletricidade
Enea- nove Eneágono Radicais Gregos
Etno- raça Etnologia 2º Elemento da Composição
Farmaco- medicamento Farmacologia
Forma Sentido Exemplos
Filo- amigo Filologia
-agogo Que conduz Pedagogo
Fisio- natureza Fisionomia
-algia Dor Nevralgia
Fono- voz, som Fonologia
Que coman-
Foto- fogo, luz Fotosfera -arca Monarca
da
Geo- terra Geografia Comando,
-arquia Monarquia
Hemo- sangue Hemorragia governo
Hepta- sete Heptágono -céfalo Cabeça Microcéfalo
Hetero- outro Heterogêneo -cracia Poder Democracia
Hexa- seis Hexágono -doxo Que opina Ortodoxo
Hidro- água Hidrogênio Lugar para
-dromo Hipódromo
correr
Hipo- cavalo Hipopótamo
-edro Base, fase Poliedro
Ictio- peixe Ictiologia
Ato de co-
Iso igual Isósceles -fagia Antropofagia
mer
Lito- pedra Litografia -fago Que come Antropófago
grande, -filia Amizade Bibliofilia
Macro- Macróbio
longo
Inimizade,
Mega- grande Megalomaníaco -fobia Fotofobia
ódio, temor
Melo- canto Melodia Que odeia,
-fobo Xenófobo
Meso- meio Mesóclise inimigo
Micro- pequeno Micróbio Que leva ou
-foro Fósforo
conduz
Mito- fábula Mitologia
-gamia Casamento Poligamia
Mono- um só Monarca
-gamo Casa Bígamo
Necro- morto Necrotério
-gêneo Que gera Heterogêneo
Neo- novo Neolatino
-glota; -
Octo- oito Octaedro Língua Poliglota, isoglossa
glossa
Odonto- dente Odontologia -gono Ângulo Pentágono
Oftalmo- olho Oftalmologia Escrita,
-grafia Ortografia
Onomato- nome Onomatopéia descrição
Orto- reto, justo Ortodoxo -grafo Que escreve Calígrafo
agudo, pene- Escrito,
Oxi- Oxítono -grama Telegrama, quilograma
trante peso
Paleo- antigo Paleontologia -logia Discurso Arqueologia
Que fala ou
Pan- todos, tudo Pan-americano -logo Diálogo
trata
Pato- doença Patologia -mancia Adivinhação Quiromancia
Penta- cinco Pentágono
-metria Medida Biometria
Piro- fogo Pirotecnia -metro Que mede Pentâmetro
Poli- muito Poliglota Que tem a
-morfo Polimorfo
Potamo- rio Potamografia forma
Proto- primeiro Protozoário -nomia Lei, regra Astronomia

Língua Portuguesa 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
-nomo Que regula Autônomo Lista de vícios de linguagem
Ambiguidade
-péia Ato de fazer Onomatopéia
Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem admitir mais de um
-pólis; - sentido. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na
Cidade Petrópolis, metrópole
pole frase.
-ptero Asa Helicóptero Ex:
-scopia Ato de ver Macroscopia  "A mãe encontrou o filho em seu quarto." (No quarto da mãe ou
do filho?)
Instrumento
-scópio Microscópio  "Como vai a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? a mãe ou a
para ver
cadela criada pela mãe?)
-sofia Sabedoria Logosofia Barbarismo
Lugar onde Barbarismo, peregrinismo ou estrangeirismo (para os latinos qual-
-teca Biblioteca
se guarda quer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção
-terapia Cura Fisioterapia estrangeira no lugar de equivalente vernácula.
Corte, divi- De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem dife-
-tomia Dicotomia rentes nomes:
são
 galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (de
-tono Tensão, tom Monótono
Gália, antigo nome da França);
 anglicismo, quando do inglês;
 castelhanismo, quando vindos do espanhol;
Principais Sufixos  etc.
Ex:
 Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado
Tipos de seria "quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente");
Principais sufixos Exemplos
sufixos  Todos os dois estavam errados (galicismo; o mais adequado
seria "ambos estavam errados");
aumentativo: -alhão, -ão, - copázio, bocarra, corpanzil,  Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "co-
anzil, -arra, -orra, -ázio... casarão
meu um rosbife");
 Havia links para sua página (anglicismo; o mais adequado seria
diminutivo: -acho, -eto, - "Havia ligações (ou vínculos) para sua página".
riacho, filhote, livrinho
inho, -inha, -ote...  Vou estar disponibilizando o material (anglicismo; o mais ade-
superlativo: -íssimo, érri- quado seria "Deixarei o material à disposição").
belíssimo, paupérrimo, facílimo  Eu love Jesus! (anglicismo; o mais adequado seria "Eu amo Je-
mo, -limo...
Nomi- sus").
nais lugar: -aria, -ato, -douro, - OBS: Há quem considere barbarismo também erros de pronúncia, gra-
papelaria, internato, bebedouro
ia... fia, morfologia etc, tais como "adevogado" ou "eu fazi", pois seriam atitu-
formam des típicas de estrangeiros, por não conhecerem a língua.
substan- profissão: -ão, -dor, -ista... diarista, dentista, vendedor Cacofonia
tivos e A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união
adjetivos
das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando
origem: -ano, -eiro, ês... francês, alagoano, mineiro falamos sobre algo para não estarmos ofendendo a pessoa que ouve. São
exemplos desse fato:
coleção, aglomeração,  "A boca dela é linda!"
conjunto: -al, -eira, -ada, - folhagem, cabeleira, capinzal  "Dê-me uma mão, por favor."
agem...
 "Ela se disputa para ele."
excesso, abundância:  "Vou-me já, pois estou atrasado."
gostoso, ciumento, barbudo Plebeísmo
-oso, -ento, -udo...
O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e ou-
tras deste mesmo tipo. É tido[?] pela norma culta como sendo o mais odiado
e repulsivo de todos os vícios de linguagem existentes.
folhear, velejar, envelhecer,
-ear, ejar, -ecer, -escer, Ex:
florescer, afugentar, liquefazer,
-entar, -fazer, -ficar, -icar, -  "Ele era um tremendo mané!"
Verbais petrificar, adocicar, chuviscar,
iscar, -ilhar, -inhar, -itar,-  "Tô ferrado!"
dedilhar, escrevinhar, saltitar,
izar...
organizar  "Tá ligado nas quebradas, meu chapa?"
Pleonasmo
O pleonasmo geralmente é considerado uma figura de linguagem.
Existe, porém, um tipo de pleonasmo que consiste numa repetição inútil e
Adverbi- desnecessária de termos em uma frase, e por isso considerado um vício
somente o sufixo -mente amavelmente, distraidamente
ais de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos "Pleonasmo Vicioso ".
Diferentemente do pleonasmo tradicional, esse deve ser sempre evita-
do.
Ex:
VÍCIOS DE LLINGUAGEM  "Ele vai ser o protagonista principal da peça".
 "Meninos, entrem já para dentro!"
VÍCIOS DE LLINGUAGEM Prolixidade
Vícios de linguagem são, segundo Napoleão Mendes de Almeida, pa- Prolixidade é a comunicação com excesso de palavras, antônimo da
lavras ou construções que deturpam, desvirtuam ou dificultam a manifesta- concisão.
ção do pensamento. Solecismo
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com re-
lação à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
De concordância:

Língua Portuguesa 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 "Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que CONSECUTIVAS (indicam consequência): que (precedido de tão, tanto, tal)
não vou ao médico.) e também as locuções: de modo que, de forma que, de sorte que, de ma-
 "Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.) neira que...
De regência: Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.
 "Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um
filme de época.) BIBLIOGRAFIA/PORTUGUÊS
 "Eu namoro com Fernanda." (Eu namoro Fernanda.) ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
De colocação: ALMANAQUE ABRIL CULTURAL – Editora Abril/São Paulo
 "Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP, Editora
..Scipione, 1994 - 6ª edição.
contente.) J. João Campagnaro -
 "Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe res- http://www.gramaticaportuguesa.com/GLPshop/pt-br/pg_18.html
pondi nada do que perguntou.) Vários artigos foram extraídos da Internet: Provedores: uol, ig, bol,
N.B: as regras de colocação do português falado em Portugal diferem terra, google
em alguns casos daquelas do português falado no Brasil. NOVÍSSIMA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA – Domingos
Paschoal Cegalla
PORTUGUÊS, teoria e prática – Walter Rossignoli – Editora Ática/SP
CONECTIVOS BIBLIOTECA INTEGRADA – Claudinei Flores – Editora Lisa S.A.
Por Sandra Macedo Celso Cunha - Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MEC-
FENAME.
http://www.portugues.com.br/sintaxe/regenomi.asp
Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem Pciconcursos.com.br
a conexão entre as orações nos períodos compostos e também as preposi- Luiz Antonio Sacconi - Nossa Gramática – Teoria e Prática. Editora
ções, que ligam um vocábulo a outro. Atual, 1994.
O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas http://www.portugues.com.br/morfologia/classes/verbos/verbos.asp
orações são independentes umas das outras, chamamos de período com- Português - GUIA INTENSIVO DE ENSINO GLOBALIZADO - 1º E 2º
GRAU E VESTIBULARES – INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORA
posto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (sem
LTDA - ERECHIM – RS
conectivos) ou ligadas por conjunções (= conectivos). http://www.portugues.com.br/morfologia/classes/verbos/conjugacoes.
CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas: asp
ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e não),também, que; e as
locuções: mas também, senão também, como também...
Ela estuda e trabalha. PROVA SIMULADA I
ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo,
entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto, não obstante, 01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras.
ainda assim, apesar disso. (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
Ela estuda, no entanto não trabalha. (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados.
ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções ou...ou, ora...ora, (C) O processo foi julgado em segunda estância.
já...já, quer...quer... (D) O problema passou despercebido na votação.
Ou ela estuda ou trabalha. (E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio.
CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo,
portanto, pois (posposto ao verbo).Também as locuções: por isso, por 02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é:
conseguinte, pelo que... (A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada. (B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido.
EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que, porque, (C) A colega não se contera diante da situação.
porquanto... (D) Se ele ver você na rua, não ficará contente.
Vamos estudar, que as provas começam amanhã. (E) Quando você vir estudar, traga seus livros.
Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras, chamamos
período composto por subordinação. Esses períodos compõem-se de uma 03. O particípio verbal está corretamente empregado em:
ou mais orações principais e uma ou mais orações subordinadas. (A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos.
CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e locuções (B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas.
subordinadas: (C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime.
CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos.
pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso que, pois que, já (E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda.
que, visto que...
Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação. 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, conformidade com a norma culta.
maior, melhor ou menos, menor, pior), como...Também as locuções: Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
tão...como, tanto...como, mais...do que, menos...do que, assim como, bem interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
como, que nem... santes, como resistência e flexibilidade.
Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos. (A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem componentes para a indústria.
impedir a ação declarada): que, embora, conquanto. Também as locuções: (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por componentes para a indústria.
mais que, por menos que... (C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com-
Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação. ponentes para a indústria.
CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: con- (D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
tanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser que, exceto se... componentes para a indústria.
Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação. (E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que... componentes para a indústria.
É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha aprovação.
TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquan- 05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
to...Também as locuções: antes que, depois que, logo que, assim que, para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
desde que, sempre que... ele está empregado conforme o padrão culto.
Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.

Língua Portuguesa 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem. (Texto adaptado)
(B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje. Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir
(C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha. as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi-
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro. dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:
(E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa. (A) seus ... lhes ... los ... lhes
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está (C) seus ... nas ... los ... deles
correta em: (D) delas ... a elas ... lhes ... seu
(A) As características do solo são as mais variadas possível. (E) seus ... lhes ... eles ... neles
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
(C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada. 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
(D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações. com o padrão culto.
(E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
flexão de grau. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
te as férias. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. direto e indireto em:
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade. (B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala- (D) A conta, deixamo-la para ser revisada.
vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
estatal ciência e tecnologia. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(A) à ... sobre o ... do ... para Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(B) a ... ao ... do ... para respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(C) à ... do ... sobre o ... a (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
(D) à ... ao ... sobre o ... à (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(E) a ... do ... sobre o ... à (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
eles devem estar aptos comercializar seus produtos. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação
(A) ao ... a ... à do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração
(B) àquele ... à ... à de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo
(C) àquele...à ... a Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima
(D) ao ... à ... à urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-
(E) àquele ... a ... a celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve-
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das
10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se
norma culta. programar e participar do referido evento.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso Atenciosamente,
trarão grandes benefícios às pesquisas. ZZZ
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando Assistente de Gabinete.
com o meio ambiente. De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas
(C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol- são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por
vendo projetos na área médica. (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos
(D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre- (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos
sentadas pelos economistas. (C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos
(E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no (D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos
litoral ou aproveitam férias ali. (E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos

11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.

Língua Portuguesa 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
(C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
(D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
(E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas.

Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. 25. Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
O livro de registro do processo que você procurava era o que estava Considere:
sobre o balcão. I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem modo;
a III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do
(A) processo e livro. fato;
(B) livro do processo. IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
(C) processos e processo. V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
(D) livro de registro. Está correto o contido apenas em
(E) registro e processo. (A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período (C) I, III e IV.
acima: (D) II, III e IV.
I. há, no período, duas orações; (E) III, IV e V.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. indicando concessão, é:
Está correto o contido apenas em (A) para poder trabalhar fora.
(A) II e IV. (B) como havia programado.
(B) III e IV. (C) assim que recebeu o prêmio.
(C) I, II e III. (D) porque conseguiu um desconto.
(D) I, II e IV. (E) apesar do preço muito elevado.
(E) I, III e IV.
27. É importante que todos participem da reunião.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do O segmento que todos participem da reunião, em relação a
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: É importante, é uma oração subordinada
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; (A) adjetiva com valor restritivo.
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura (B) substantiva com a função de sujeito.
pelo Juiz; (C) substantiva com a função de objeto direto.
III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen- (D) adverbial com valor condicional.
te ao da palavra mas; (E) substantiva com a função de predicativo.
IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. 28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-
Está correto o contido apenas em lecida pelo termo como é de
(A) II e IV. (A) comparatividade.
(B) III e IV. (B) adição.
(C) I, II e III. (C) conformidade.
(D) I, III e IV. (D) explicação.
(E) II, III e IV. (E) consequência.

22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
Ao transformar os dois períodos simples num único período compos- franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
to, a alternativa correta é: contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-
(A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
(B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. possíveis franqueados.
(C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. (A) digo ... portanto ... mas
(B) como ... pois ... mas
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- (C) ou seja ... embora ... pois
dos galhos da velha árvore. (D) ou seja ... mas ... portanto
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre (E) isto é ... mas ... como
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
(A) Quem podou? e Quando podou? 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
(D) Que vizinho? e Que galhos? rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-
(E) Quando podou? e Podou o quê? da, sem alterar o sentido da frase, é:
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
ção em:
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. A MISÉRIA É DE TODOS NÓS

Língua Portuguesa 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social E) desempenho econômico.
que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama- 36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com
nho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança
período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil na América Latina;
também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmen- B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;
te. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo. C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no
No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando cenário exterior;
uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien-
tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte temente forte para tornar-se líder;
oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos. E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior.

Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. 37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora:
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem B) se manifeste de formas distintas;
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida- C) esteja escondida dos olhos de alguns;
des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e D) seja combatida pelas autoridades;
se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações E) se torne mais disseminada e cruel.
é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da 38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em-
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim- preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma
ples. INCORRETA é:
Veja, ed. 1735 A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;
31. O título dado ao texto se justifica porque: C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante;
A) a miséria abrange grande parte de nossa população; D) não é um problema universal = é um problema particular;
B) a miséria é culpa da classe dominante; E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida.
C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós; 39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse
E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos. segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria:
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria;
32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no E) mantenha.
Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-
ção?'': 40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos
A) tem sua resposta dada no último parágrafo; abaixo é:
B) representa o tema central de todo o texto; A) ''Como entender a resistência da miséria...'';
C) é só uma motivação para a leitura do texto; B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta; C) ''...desde que se passou a registrá-las...'';
E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta. D) ''...começa a exercitar seus músculos.'';
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''.
33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
que ela: PROTESTO TÍMIDO
A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam
outras áreas; dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o
B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma
cidades; trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam um menino.
para a classe dominante;
D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra-
de outros indicadores sociais; ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os
E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura-
décadas. cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de
34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é: sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando-
indicadores sociais melhoraram; nado.
B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
mantém onipresente; Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de
C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns
incompetentes; mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru-
D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas, lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém
a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo; tomava conhecimento da existência do menino.
E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da
miséria que leva à criminalidade. Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor-
35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na dasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu
quantidade, exceto: problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
A) frequência escolar; (....)
B) liderança diplomática;
C) mortalidade infantil; Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina-
D) analfabetismo; ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem

Língua Portuguesa 96 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo 46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de forma que:
idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a A) salvo-conduto;
ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e B) abaixo-assinado;
lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos C) salário-família;
desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos D) banana-prata;
disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para E) alto-falante.
nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que
sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas esta- 47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do
mos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, con- texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é
quistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor que o autor:
abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de menores. A) se utiliza de comparações depreciativas;
Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo B) lança mão de vocábulo animalizador;
terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte. C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua, D) mostra precisão em todos os dados fornecidos;
exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi E) usa grande número de termos adjetivadores.
com um monte de lixo.
Fernando Sabino 48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto
significa que:
41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava
definição: morto;
A) registro de fatos históricos em ordem cronológica; B) a posição do menino era idêntica à de um morto;
B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano; C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou
C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado; morto;
D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas- D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava
tante variados; dormindo ou morto;
E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais. E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino.

42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito - 49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos
vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei- históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é:
to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem: A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...'';
A) do passado para o presente; B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte'';
B) da descrição para a narração; C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens'';
C) do impessoal para o pessoal; D) ''...isto é problema para o juizado de menores'';
D) do geral para o específico; E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
E) do positivo para o negativo.
50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento
43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que do texto é uma:
me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se A) metonímia;
deve a que: B) comparação ou símile;
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa; C) metáfora;
B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste D) prosopopeia;
inútil; E) personificação.
C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo; RESPOSTAS – PROVA I
E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso- 01. D 11. B 21. B 31. D 41. D
as. 02. A 12. A 22. A 32. B 42. B
03. C 13. C 23. C 33. A 43. C
44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a 04. E 14. E 24. E 34. A 44. E
seguir: 05. A 15. C 25. D 35. B 45. A
I- Daqui há pouco vou sair. 06. B 16. A 26. E 36. C 46. A
I- Está no Rio há duas semanas. 07. D 17. B 27. B 37. C 47. D
III - Não almoço há cerca de três dias. 08. E 18. E 28. C 38. A 48. C
IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino. 09. C 19. D 29. D 39. A 49. B
As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver 10. D 20. A 30. B 40. B 50. C
são:
A) I - II
B) I - III
10 PEGADINHAS PEDAGÓGICAS
C) II - IV
1) Para uma boa comunicação escrita, qual destas frases você consi-
D) I - IV
dera a mais apropriada?
E) II - III
A - Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado
neste andar.
45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do
B - Antes de entrar, verifique se o elevador está parado neste andar.
texto é:
C - Antes de entrar no elevador, verifique se ele não está mesmo parado
A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados
neste andar.
na crônica;
B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino
2) Como você descreveria sua atitude para exprimir adequadamente a
C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é
felicidade que sente?
a sujeira;
A - Fui ao encontro do amor.
D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para o
B - Fui de encontro ao amor.
texto;
C - Fui para encontro do amor.
E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crônica.

Língua Portuguesa 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) Somente um entre estes três exemplos tem o verbo empregado 2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial
apropriadamente. Qual é? maiúscula, exceto:
A - Estou assistindo o doente. a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
B - Estou assistindo o filme de aventura. b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
C - Estou assistindo a um espetáculo circense. c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
4) Apenas uma destas frases está em linguagem opinativa. Qual? e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
A - Esta Bienal apresenta muitas novidades; umas interessantes, outras
não. 3. Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas
B - Esta Bienal é uma feira cultural, literária e comercial. corretamente:
C - Esta Bienal concentra no MASP muitos escritores e editores a) fanatizar - analizar - frizar.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
5) Em duas destas sentenças se percebem vícios de linguagem. Quais c) banalizar - analisar - paralisar.
são elas? d) realisar - analisar - paralizar.
A - Assisto essa estagiária desde que ela chegou aqui. e) utilizar - canalisar - vasamento.
B - No debate, vou encarar de frente o meu oponente.
C - É preciso manter o mesmo goleiro contra os EUA. 4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:
a) hidrólise - hidrolisar.
6) Quais destas alternativas constituem exemplo de ambiguidade? b) comércio - comercializar.
A - O professor falou com o estudante parado na sala. c) ironia - ironizar.
B - Aquele, no fim da escada, era o último degrau. d) catequese - catequisar.
C - Os policiais prenderam o ladrão do banco na rua XV. e) análise - analisar.

7) Indique a oração com emprego correto do pronome demonstrativo. 5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que
A - Apanhe este caderno da minha mão. não há erro de grafia:
B - Levarei o livro até essa cidade em que você está. a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
C - O prefácio anuncia e a abertura mostra; esta convence, aquele seduz. b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de ami-
zade com a Europa.
8) Nestes quatro exemplos, onde há erro quanto ao emprego de por c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
que, por quê, porque, porquê? d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e
A - Por que profissão ela optou? mirra " (Manuel Bandeira).
B - Você está infeliz por quê? e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época
C - Quero entender o porquê desse gesto. de natal.
D - Ele parou porque ficou muito cansado.
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
9) Mais vícios de linguagem podem ser notados nos exemplos a se- a) enxotar - trouxa - chícara.
guir. Identifique-os. b) berinjela - jiló - gipe.
A - Dividi a maçã em duas metades iguais. c) passos - discussão - arremesso.
B - Nesse caso, você tem outra alternativa? d) certeza - empresa - defeza.
C - Esse é o elo de ligação entre os crimes. e) nervoso - desafio - atravez.
D - A prefeitura municipal pode cuidar disso.
7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
10) Indique as frases com grafia correta, baseada na reforma ortográ- a) O experto disse que fora óleo em excesso.
fica em vigor desde 1º de janeiro de 2009, a qual tem prazo de implan- b) O assessor chegou à exaustão.
tação no Brasil até 31 de dezembro de 2012. c) A fartura e a escassez são problemáticas.
A - Gosto de geléia de amora. d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
B - O pântano está cheio de jibóias enormes. e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.
C - Creio num modelo de gestão autossustentável.
D - Vocês não veem diferença? Não leem jornais? 8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:
E - Averigue: não há feiura nos polos. a) duquesa.
b) magestade.
GABARITO c) gorjeta.
1-B d) francês.
2-A e) estupidez.
3-C
4-A 9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve
5-BeC com a mesma letra sublinhada na primeira é:
6-AeC a) vez / reve___ar.
7 - A, B e C b) propôs / pu__ eram.
8 - Não há erro c) atrás / retra __ ado.
9 - A, B, C e D d) cafezinho/ blu __ inha.
10 - Todas estão corretas e) esvaziar / e___ tender.
Folhauol
10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
Ortografia a) pran__a / en__er / __adrez.
b) fei__e / pi__ar / bre__a.
1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase: c) __utar / frou__o / mo__ila.
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário. d) fle__a / en__arcar / li__ar.
b) Ele agiu com muita descrição. e) me__erico / en__ame / bru__a.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.

Língua Portuguesa 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
11. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto: 21. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:
a) dejeto. a) beleza, duquesa, francesa
b) ogeriza. b) estrupar, pretensioso, deslizar
c) vadear. c) esplêndido, meteorologia, hesitar
d) iminente. d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira
e) vadiar.
22. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:
12. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é: a) atraz - ele trás
a) fixação - rendição - paralisação. b) atrás - ele traz
b) exceção - discussão - concessão. c) atrás - ele trás
c) seção - admissão - distensão. d) atraz - ele traz
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção. 23. (CFS/96) Assinalar a palavra graficamente correta:
a) bandeija
13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corre- b) mendingo
tamente: c) irrequieto
a) analizar - economizar - civilizar. d) carangueijo
b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
c) tábua - previlégio - marquês. 24. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase
d) pretencioso - hérnia - majestade. abaixo, na ordem em que aparecem. "O Brasil de hoje é diferente, _____ os
e) flecha - jeito - ojeriza. ideais de uma sociedade _____ justa ainda permanecem".
a) mas - mas
14. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corre- b) mais - mas
tamente: c) mas - mais
a) atrasado - princesa - paralisia. d) mais - mais
b) poleiro - pagem - descrição.
c) criação - disenteria - impecilho. 25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portan-
d) enxergar - passeiar - pesquisar. to, palavras homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa
e) batizar - sintetizar - sintonisar. com a sequência correta.
1 - conserto ( ) valor pago
15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corre- 2 - concerto ( ) juízo claro
tamente: 3 - censo ( ) reparo
a) tijela - oscilação - ascenção. 4 - senso ( ) estatística
b) richa - bruxa - bucha. 5 - taxa ( ) pequeno prego
c) berinjela - lage - majestade. 6 - tacha ( ) apresentação musical
d) enxada - mixto - bexiga. a) 5-4-1-3-6-2
e) gasolina - vaso - esplêndido. b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
16. Marque a única palavra que se escreve sem o h: d) 1-4-6-5-2-3
a) omeopatia.
b) umidade. 26. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:
c) umor. a) pavor - pânico
d) erdeiro. b) pânico - susto
e) iena. c) dignidade - indecoro
d) dignidade - integridade
17. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas:
a) céu - seu 27. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:
b) paço - passo a) tempo quente
c) eminente - evidente b) tempo de ventania
d) descrição - discrição c) estação chuvosa
d) estação florida
18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser
escritas com "j". 28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da
a) __irau, __ibóia, __egue direita e indicar a sequência correta.
b) gor__eio, privilé__io, pa__em 1 - insigne ( ) ignorante
c) ma__estoso, __esto, __enipapo 2 - extático ( ) saliente
d) here__e, tre__eito, berin__ela 3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas a) 2-4-3-1
do seguinte período: "Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a b) 3-4-2-1
_____ japoneses." c) 4-3-1-2
a) seção - cessão - emigrantes d) 3-2-4-1
b) cessão - sessão - imigrantes
c) sessão - secção - emigrantes 29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
d) sessão - cessão - imigrantes a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia: c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
a) enxofre, exceção, ascensão d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
b) abóbada, asterisco, assunção
c) despender, previlégio, economizar 1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E / 11 B / 12 E / 13 E /
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente 14 A / 15 E / 16 B / 17 D / 18 A / 19 D / 20 C / 21 B / 22 B / 23 C / 24 C / 25
A / 26 C / 27 C / 28 B / 29 B pciconcursos

Língua Portuguesa 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
_______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
___________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________ ______________________________________________________

Língua Portuguesa 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


Apostila Digital Licenciada para Cleiton Pereira Sousa de Oliveira - cleitonpereira007@hotmail.com (Proibida a Revenda)

Você também pode gostar