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Licenciatura em Matemática
MATEMÁTICA BÁSICA II
Fortaleza | CE
2018
© Copyright 2017 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
Direitos reservados e protegidos pela Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização expressa do IFCE.
156p.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Universidade Aberta do Brasil
(UAB).
ISBN 978-85-475-0065-8
CDD 510
O IFCE empenhou-se em identificar todos os responsáveis pelos direitos autorais das imagens
e dos textos reproduzidos neste livro. Se porventura for constatada omissão na identificação
de algum material, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos.
Sumário
Apresentação 6
Referências 156
Este livro foi desenvolvido com a finalidade de auxiliar você no estudo dos tópicos
da disciplina Matemática Básica II, servindo especificamente ao propósito da educação
a distância. Buscamos oferecer um material didático específico e de linguagem fácil
para aqueles que não contam com a dinâmica da sala de aula e precisam estudar em
outros ambientes.
Matemática Básica II
Aula 1
7
Olá, estudante!
Nesta aula vamos iniciar os estudos sobre a teoria das matrizes. É importante que
você, estudante de Matemática e futuro profissional docente dessa área, compreenda
s conceitos, formas de representação e as mais diversas operações algébricas entre
matrizes, pois esse conhecimento será imprescindível para compreender estudos
posteriores, tais como: resolução de sistemas lineares, representação de vetores no
plano e no espaço, além do pleno desenvolvimento em álgebra linear.
Objetivos
Aula 1
Tópico 1
Apresentação do conceito
de matriz e suas propriedades
8
OBJETIVOS
Entender a noção intuitiva de matriz e suas formas de
representação
Compreender o uso das propriedades de matriz
Exemplo 1: Uma lanchonete pretende vender 3 tipos de salgados. Para tanto, usa os
ingredientes nas quantidades seguintes, expressas por meio de tabelas (matrizes):
Matemática Básica II
Ingredientes Preço-base (R$)
Ovos 0,20
Farinha 0,30
Açúcar 0,50
Carne 0,80
0, 20
9
4 4 2 2 4, 60
1 1 1 6 × 0,30 =
0,50 5,80
3 6 1 3 5,30
0,80
Ou seja, os preços de custo dos salgados são os seguintes: R$ 4,60 para as empadas, R$
5,80 para os quibes e R$ 5,30 para os pastéis.
Aula 1 | Tópico 1
5 0 5
2 1 3 é uma matriz do tipo 3 × 3 , ou seja, três linhas e três colunas.
−2 0 0
a a12
A = 11
a21 a22 2×2
b b b13
B = 11 12
b23 2×3
b21 b22
Matemática Básica II
Outras formas de representarmos uma matriz são dadas por:
A = (aij ) m×n
A aij , com 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n
=
Exercício resolvido 1: Construa uma matriz A = ( aij ) de modo que atenda à lei de
2×3
formação aij= 2i − j .
a11= 2(1) − =
1 1 a21= 2(2) − =
1 3
a12= 2(1) − 2= 0 a22= 2(2) − 2= 2
a13 =2(1) − 3 =−1 a23 =2(2) − 3 =1
Aula 1 | Tópico 1
Podemos agora fazer a correta substituição dos elementos para concluirmos a
construção da nossa matriz:
0, se i > j
aij = , determine:
1, se i ≤ j
a) Quantos estudantes acertaram todas as questões?
b) Quantos estudantes erraram todas as questões?
Solução: Inicialmente devemos perceber que este problema faz referência à matriz no
formato 5 × 3 , pois são 5 estudantes (linhas) e 3 questões (colunas). A construção da
matriz genérica do nosso problema nos fornece:
Matemática Básica II
Analisando a matriz solução, percebemos que:
a) Apenas 1 estudante acertou todas as questões;
b) 2 estudantes erraram todas as questões.
Aula 1 | Tópico 1
Quando todos os elementos não
pertencentes à diagonal principal de uma
Matriz 2 0
matriz quadrada forem iguais a 0 (zero),
diagonal
ou seja, para todo 1 ≤ i ≤ m, 1 ≤ j ≤ n , se 0 3
i ≠ j ⇒ aij = 0.
0 3
Quando forem invertidos todos os sinais
= A 5 1 ⇒
de cada elemento da matriz Am×n , ou 2
Matriz −6
oposta seja, para todo 1 ≤ i ≤ m, 1 ≤ j ≤ n , temos
que aij ⇒ − aij . Sua representação será 0 −3
indicada por − Am×n . ⇒ −A = −5 −1
−2 6
1 −4 2
Quando, ordenadamente, as = linhas da A ⇒
matriz Am×n forem trocadas de posição 5 0 3
Matriz
com as colunas desta mesma matriz. Sua 1 5
transposta t
representação será indicada por A , que é ⇒ A =−
t
4 0
uma matriz Bm×n .
2 3
Matemática Básica II
Quando estudamos matrizes
transpostas, é sempre útil termos em As matrizes e suas
mente as seguintes propriedades: diferentes formas de
representação estão
( A ) = A
t t
para toda matriz
ligadas a várias áreas do
A = (aij ) m×n . conhecimento, dentre
as quais: física, engenharia, administração,
Se A = (aij ) m×n e B = (bij ) m×n , computação gráfica etc. Para um estudo
então ( A + B )t =At + B t . mais aprofundado sobre matrizes, acesse
http://www.infoescola.com/matematica/
Se A = (aij ) m×n e k ∈ , então matrizes.
(k ⋅ A)t =⋅
k ( At ) . 15
Se A = (aij ) m×n e B = (bij ) m×n , então ( A ⋅ B )t =B t ⋅ At .
Aula 1 | Tópico 1
Exemplo 4: Na matriz abaixo a diagonal secundária é formada pelos elementos
−5, a22 =
a13 = 0 e a31 =
1.
16 até aqui, vamos resolver alguns exercícios. Caso fique alguma dúvida, fale com seu
professor tutor, pois a compreensão do conteúdo é importante para avançarmos na
aquisição de outros conhecimentos.
a 0 0
é do tipo matriz
a + 2 2b b − 1
Exercício resolvido 3: Sabendo que a matriz A =
diagonal, calcule os valores de a, b e c . c − 4 0 3c
Solução: Inicialmente devemos lembrar que a matriz diagonal é aquela em que todos
os elementos fora da diagonal principal são iguais a zero. Sendo assim, temos:
a + 2 =0 → a =−2
b − 1 = 0 → b = 1
c − 4 = 0 → c = 4
a + b 0
Exercício resolvido 4: Sabendo que a matriz I 2 = , determine os valores de
a − b1
a e b.
1 a 4
Exercício resolvido 5: Sabendo que a matriz A = 0 2 c é simétrica, calcule a
soma dos elementos da 2ª linha de At . b 5 3
Matemática Básica II
Solução: Para resolvermos essa questão, devemos lembrar que
1 0 b
ou seja, quando t
A= A . Perceba que A = a 2 5 .
t
4 c 3
a = 0
b = 4 . Desta forma, temos que
1 0 4
A = 0 2 5 e t
1 0 4
A = 0 2 5 ,
17
c = 5 4 5 3 4 5 3
logo: 0 + 2 + 5 =7.
Aula 1 | Tópico 1
Tópico 2
Operações algébricas
Matemática Básica II
1 −1 1 −1
Exemplo 5: Consideremos as matrizes A = e B= . Notemos
2 0 2 0
que possuem o mesmo formato, 2 × 2 , e que, além disso, os seus elementos
Para que duas matrizes sejam iguais, não basta apenas que
tenham o mesmo formato e os mesmos elementos, é necessário
também que esses elementos estejam apresentados na mesma
ordem nessas matrizes.
19
2 1 −1
Exemplo 6: Vejamos agora outro exemplo, com as matrizes C = e
3 2 0
2 1 2
D= . É fácil notar que possuem o mesmo formato, 2 × 3 ; entretanto,
3 −1 0
nem todos os elementos correspondentes são iguais. Percebemos que o elemento
0 2 4 −1 2 −3
Exemplo 7: Sejam A = e B= ; então, C = A + B é
1 7 5 2×3 4 0 −5 2×3
calculada da seguinte forma:
Aula 1 | Tópico 2
Quando estudamos adição de matrizes, é sempre útil termos em mente as
seguintes propriedades:
A + B= B + A (propriedade comutativa)
A + (B + C ) = ( A + B ) + C (propriedade associativa)
A + (− A) =0 (existência do elemento oposto)
A + 0 = 0 + A = A (existência do elemento neutro)
Exemplo 8: Sejam A
= [1 −2 6]1×3 e =B [4 3 −2]1×3 ;
então, calcula-se C = A - B = A + (− B) da seguinte forma:
Matemática Básica II
−2
Exemplo 9: Sejam uma matriz A = 1 e k = 2 . Para se determinar a matriz k ⋅ A ,
7 3×1
−2 −4
devemos proceder da seguinte forma: k ⋅ A = 2 ⋅ 1
= 2
7 3×1 14 3×1
a ⋅ (b ⋅ A) = (a ⋅ b) ⋅ A (propriedade associativa) 21
a ⋅ ( A + B) = a ⋅ A + a ⋅ B (propriedade distributiva com matrizes)
(a + b) ⋅ A = a ⋅ A + b⋅ A (propriedade distributiva com números reais)
1 ⋅ A =A (existência do elemento neutro)
Aula 1 | Tópico 2
Perceba que todos os elementos devem ser verificados, pois só haverá a
igualdade entre duas matrizes caso seja satisfeita a igualdade entre seus elementos
correspondentes, ou seja, todos os e . Sendo assim, são a solução do nosso problema;
já foi comprovado através dos valores de ; e é uma verdade matemática.
a 1 2 b 3 2
1 2 + =
2×2 0 −1 2×2 c d 2×2
a 1 2 b a + 2 1 + b a + 2 1 + b
1 2 + 0= ⇒ 1
−1 1 + 0 2 + (−1) 1
3A
M + N =
Exercício resolvido 8: Resolva o sistema , sabendo que M , N , A e B
2B
M − N =
2 0 1 5
são matrizes quadradas de ordem 2, e sabendo ainda
= eB
que A = .
0 4 3 0
3A
M + N = 1
⇒ 2 M = 3 A + 2 B ⇒ M = (3 A + 2 B )
2B
M − N = 2
Matemática Básica II
Uma vez que conseguimos expressar os termos M e N em função de A ou de B ,
basta agora fazer a substituição das matrizes para determinar as respostas do
problema.
1 1 2 0 1 5
M= (3 A + 2 B) ⇒ M= 3 + 2
2 2 0 4 3 0
1 6 0 2 10 1 8 10 4 5
M
= + ⇒=M ⇒
= M
2 0 12 6 0 2 6 12 3 6
3 3 2 0 1 5
23
N= A − B ⇒ N= −
2 2 0 4 3 0
3 0 1 5 2 −5
N
= − N
⇒=
0 6 3 0 −3 6
b1k
b
2k
[ ai1 ai 2 ai 3 ain ] ⋅ b3k = (ai1 ⋅ b1k ) + (ai 2 .b2 k ) + ... + (ain ⋅ bnk ) = cik
bnk
Aula 1 | Tópico 2
1 −2 4 0 1
=
Exemplo 10: Sejam as matrizes A =
e B ; para se
−1 3 2×2 2 5 −4 2×3
calcular uma matriz C= A ⋅ B , devemos proceder da seguinte forma:
0 −9 9
C=
2 15 −13 2×3
24
A matriz produto C deverá ter o mesmo número de linhas da
matriz A e o mesmo número de colunas da matriz B. Desta forma,
ao multiplicarmos as matrizes A e B, verificamos que os elementos
de uma linha qualquer da matriz A deverão encontrar elementos
correspondentes numa coluna qualquer da matriz B para que
exista o produto.
( A ⋅ B) ⋅ C = A ⋅ ( B ⋅ C) (propriedade associativa)
( A + B ) ⋅ C = A ⋅ C + B ⋅ C (propriedade distributiva à direita)
C ⋅ ( A + B) = C ⋅ A + C ⋅ B (propriedade distributiva à esquerda)
(k ⋅ A) B = A(k ⋅ B) = k ( A ⋅ B) (multiplicação por número real)
A ⋅ I = I ⋅ A = A (existência do elemento neutro)
É importante lembrarmos
Que a potenciação de
que a propriedade comutativa
matrizes, que é uma operação
não se aplica ao produto entre
algébrica, também pode duas matrizes A e B, pois
ser entendida com um caso A ⋅ B ≠ B ⋅ A para a maioria dos
específico de multiplicação casos, até porque A ⋅ B e B ⋅ A
de matrizes quadradas? Vejamos: só existirão se essas matrizes
seja Am×n , com m=n; então, forem quadradas e de mesma
2 3
A = A ⋅ A; A = A ⋅ A ⋅ A; ... ; A = A ⋅ A ⋅ A... A ,
n ordem, e mesmo assim não há
n vezes
garantias de que obteremos os
de modo que a ordem dessa matriz potência é
mesmos resultados.
igual à ordem da matriz A original.
Matemática Básica II
1 0 3 1
Exemplo 11: Sejam = eB
as matrizes A = ; vamos calcular as
2 −1 2×2 −2 0 2×2
matrizes A ⋅ B e B ⋅ A e fazer a comparação, a fim de verificar se existe ou não a
igualdade.
3 1
A⋅ B =8 2
25
Agora procedemos ao produto B ⋅ A .
Aula 1 | Tópico 2
2 5
Exemplo 12: Seja a matriz A = , quadrada de ordem 2. Devemos determinar
1 3
sua matriz inversa, ou seja, B = A−1 . Procedemos, assim, à construção da equação
matricial abaixo.
2 5 a b
Resolvendo . , temos:
1 3 c d
2 5 a b 2a + 5c 2b + 5d
1 3 . c d = 1a + 3c 1b + 3d
26
Por fim, igualamos com a matriz identidade e calculamos os valores de a, b, c e d.
2a + 5c 2b + 5d 1 0
A ⋅ B = In ⇒ =
1a + 3c 1b + 3d 0 1
2a + 5c = 1
1a=
+ 3c 0 2a= + 5c 1 2b= + 5d 0
⇒ e
2b += 5d 0 1a += 3c 0 1b +=3d 1
1b + 3d = 1
2a + 5c =
1
⇒a=3 e c=−1
1a + 3c =
0
2b + 5d =0
⇒ b =−5 e d =−2
1b + 3d =
1
−1 3 −5
B A=
De modo que= .
−1 2 2×2
Matemática Básica II
a a + 1
Exercício resolvido 9: Sabendo que A = , determine o valor de a de
a + 2 a + 3 2×2
modo que A2 − 9 A − 2 I 2 =
0.
Solução: Neste problema, devemos resolver uma equação matricial usando como
fatores as matrizes A e I (matriz identidade). Para facilitar nossa compreensão,
faremos este trabalho em etapas, de modo que:
a a + 1 a a + 1
A2 = .
a + 2 a + 3 a + 2 a + 3
a (a ) + (a + 1)(a + 2) a (a + 1) + (a + 1)(a + 3)
27
A2 =
(a + 2)a + (a + 3)(a + 2) (a + 2)(a + 1) + (a + 3)(a + 3)
(I)
(a 2 ) + (a 2 + 3a + 2) (a 2 + a ) + (a 2 + 4a + 3)
A2 = 2 2 2 2
(a + 2a) + (a + 5a + 6) (a + 3a + 2) + (a + 6a + 9)
2a 2 + 3a + 2 2a 2 + 5a + 3
A2 = 2 2
2a + 7 a + 6 2a + 9a + 11
a a + 1 9a 9(a + 1) 9a 9a + 9
=
(II) 9 A 9.=
a + 2 a + 3 9(a =
+ 2) 9(a + 3) 9a + 18 9a + 27
1 0 2(1) 2(0) 2 0
(III) 2I2 =
2⋅ = =
0 1 2(0) 2(1) 0 2
na equação matricial A2 − 9 A − 2 I 2 =
0 . Sendo assim,
A2 − 9 A − 2 I 2 =
0
2a 2 + 3a + 2 2a 2 + 5a + 3 9a 9a + 9 2 0
2 − − =0
2a + 7 a + 6 2a + 9a + 11 9a + 18 9a + 27 0 2
2
Aula 1 | Tópico 2
Lembre ainda que numa equação matricial o número 0 (zero) representa a matriz nula.
Desta forma:
2a 2 − 6a 2a 2 − 4a − 6 0 0
2 =
2a − 2a − 12 2a 2 − 18 0 0
2a 2 − 6a =0 = a 0= ou a 3
2
2a − 4a − 6 =0 a =−1 ou a =3
2 ⇒
2a − 2a − 12 =0 a = −2 ou a = 3
2a 2 − 18 =0 a =−3 ou a = 3
28
Percebemos então que a = 3 é a solução do problema, pois é solução comum de
todas as equações quadráticas acima.
Matemática Básica II
1. Escreva as seguintes matrizes usando as leis de formação abaixo:
b. B = bij( ) 3×2
, tal que bij= 2i − 3 j
i 2 , se i = j
c. C = cij( ) , tal que cij =
3×3
2i − j , se i ≠ j 29
( )
d. D = dij
2×2
, tal que dij = j i
a + 4 x y
=
2. Sabe-se que a matriz
A a b+2 z é antissimétrica.
b c 2c − 8
De posse desta informação, calcule o valor da expressão
( x + y + z) .
(a + b + c)
i + j ,se i ≥ j
3. Dada a matriz A = (aij )3×3 , em que aij = , calcule a diferença
0,se i < j
entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos
elementos da diagonal secundária.
a + b 0
4. Seja uma matriz A = . Determine os valores de a e b, de
1 a − b 2×2
Pratique
1 + i,se i ≤ j
5. Seja uma matriz A = (aij ) 2×2 , de modo que aij . Determine
j − 1, se i > j
sua matriz inversa, ou seja, A−1 .
a 1 2
6. Sabendo que A = 3 b 5 , B3×3 é matriz diagonal e que a matriz
2 3 c 3×3
30 2 3 10
6 12 25 determine os valores de a, b e c.
produto A ⋅ B =
4 9 20 3×3
2 1
7. Sendo A = , determine os valores de a de modo que
a a 2×2
3 0
A + A−1 =
0 .
3 2×2
1 0
8. Determine ( A + A−1 )3 , sabendo que A = .
0 −1 2×2
Matemática Básica II
5 7 9
1. a) A =
8 10 12
−1 −4
= B 1 −2
b)
3 0
1 0 −1
31
C = 3 4 1
c)
5 4 9
1 2
d) D=
1 4
2.
(x + y + z) = −1
(a + b + c)
3. 48
1 1
4. a = e b= ±
2 2
1 1
2 −
3
5. A−1 =
0 1
3
6. a) a = 1
b=4
b)
c=4
c)
7. a = 1
8 0
( )
3
8. A + A−1 =
0 −8
Pratique
Aula 2
Determinantes: conceito,
propriedades e regras
32
Olá, estudante!
Objetivos
Matemática Básica II
Tópico 1
Apresentação do conceito
de determinante
33
OBJETIVOS
Compreender a noção intuitiva do conceito de determinante
Entender o cálculo do determinante de ordem 1, 2 e 3
Aula 2 | Tópico 1
Vejamos nos exemplos
Na China da Idade Antiga, a seguir algumas formas de
já se trabalhava com o representação de determinantes:
conceito de determinante,
em que os coeficientes das Seja A = [5] uma matriz
equações lineares eram de ordem 1, logo podemos
representados através de varetas de bambu. representar seu determinante
Acesse: http://www.somatematica.com.br/
como det A = 5 .
historia/sistemas.php.
34 2 −1
Seja A = uma matriz de ordem 2, logo podemos representar seu
0 3
2 2 −1
determinante como det A = 3 .
0
2
−3 2 1
Seja A = 1 0 4 uma matriz de ordem 3, logo podemos representar
2 5 0
−3 2 1
seu determinante como det A = 1 0 4.
0 5 0
det A = a11
b11 b12
det B =
b21 b22
Matemática Básica II
Da mesma forma que os apresentados nos exemplos anteriores, podemos
representar determinantes de ordem 4, 5, ..., n. A representação de um determinante
de uma matriz qualquer de ordem n é:
Determinante de matriz 1 × 1
elemento a11 .
Aula 2 | Tópico 1
Determinante de matriz 2 × 2
a11 a12
A = (a ij ) 2 x 2 , que ora denotamos por A = ,é
a21 a22 2 x 2
2 −1 2 −1 3
então det A=
Exemplo 4: Se A =
0 3
0 3 = 2 ⋅ 2 ⋅ [(0) ⋅ (−1)]= 3 .
2 2x2 2
4 3 4 3
Exemplo 5: Se B = , então det B = =( 4 ⋅ 2 ) − (5 ⋅ 3) =−7 .
5 2 2 x 2 5 2
4 2 4 2
Exemplo 6: Se C = , então det C = = (4 ⋅1) − (2 ⋅ 2) = 0 .
2 1 2 x2 2 1
Determinante de matriz 3× 3
secundária.
Matemática Básica II
Seguindo a definição 2.4, temos que:
Passo 3 − Depois traçamos três diagonais secundárias, a partir do último elemento a12,
e multiplicamos os elementos de cada flecha, subtraindo-os do resultado obtido no
passo 2.
O método descrito a
a11 a12 a13 a11 a12 partir da definição 2.4 é
det A = a21 a22 a23 a21 a22 conhecido como regra de
a31 a32 a33 a31 a32 Sarrus, em homenagem ao
matemático francês Pierre Fréderic Sarrus
− − −
(1798-1861). Acesse: http://brasilescola.uol.
com.br/matematica/regra-sarrus.htm.
Concluímos que
Aula 2 | Tópico 1
Apresentamos abaixo um exemplo para ilustrar a regra de Sarrus no cálculo do
determinante de ordem 3:
1 0 2 1 0 2 1 0
Exemplo 7: Se A = −3 4 1
, então −3 4 1 −3 4
3 0 5 3 x 3 3 0 5 3 0
+ + +
1 0 2 1 0
38 e ainda −3 4 1 −3 4 ; com isso, −(2 ⋅ 4 ⋅ 3) − [0 ⋅ (−3) ⋅ 5] − (1 ⋅ 0 ⋅1) .
3 0 5 3 0
− − −
1 0 2
det A =−3 4 1 =(1 ⋅ 4 ⋅ 5) + (0 ⋅1 ⋅ 3) + [2 ⋅ (−3) ⋅ 0] − (2 ⋅ 4 ⋅ 3) − [0 ⋅ (−3) ⋅ 5] − (1⋅ 0 ⋅1)
3 0 5
Com isso,
det A = 20 + 0 + 0 − 24 − 0 − 0 = 4
1 m 2
0 −1 3 =
111 .
2 m 4
Solução:
Para procedermos a essa resolução, devemos perceber que se trata de uma igualdade
que envolve um determinante de ordem 3. Desta forma, vamos inicialmente calcular o
determinante:
1 m 2
0 −1 3 = [1 ⋅ (−1) ⋅ 4] + (m ⋅ 3 ⋅ 2) + (2 ⋅ 0 ⋅ m) − [2 ⋅ (−1) ⋅ 2] − (m ⋅ 0 ⋅ 4) − (1 ⋅ 3 ⋅ m)
2 m 4
Matemática Básica II
1 m 2
0 −1 3 =(−4) + 6m + 0 − (−4) − 0 − 3m
2 m 4
1 m 2
0 −1 3 =
3m
2 m 4
3sen x −6cos x
= (3sen x).(2sen x) − (−6cos x).(cos x)
cos x 2sen x
3sen x −6cos x
= 6sen 2 x + 6cos 2 x
cos x 2sen x
3sin x −6cos x
= 6(sin 2 x + cos 2 x)
cos x 2sin x
3sen x −6cos x
=6(sen 2 x + cos 2 x) =6 ⋅ (1) =6
cos x 2sen x
Aula 2 | Tópico 1
Tópico 2
40
OBJETIVOS
Compreender as regras de determinante de Laplace,
Vandermonde, Chió e Jacobi
Entender a aplicação das regras de determinante
Matemática Básica II
Vamos ilustrar essa definição através de um exemplo com uma matriz genérica
de ordem 3.
a11 a12 a13
A = a21 a22 a23
a31 a32 a33 3 x 3
2 −1 0
2 0
A = 1 4 6 ⇒ D32 = = (2 ⋅ 6) − (0 ⋅1) = 12
1 6
−2 3 5
2.2 Cofator
2 −1 0
A = 1 4 6 para calcular o cofator A32 . Uma vez que D32 = 12 , temos que:
−2 3 5 3 x 3
( −1)
i+ j
A32 = (−1)3+ 2 .12 ⇒ A32 =
.Dij ⇒ A32 = (−1)5 .12 =
−12
Aula 2 | Tópico 2
Agora que já discutimos sobre menor complementar e cofator, podemos iniciar
a discussão do teorema de Laplace para cálculo de determinante.
42
Percebemos no teorema
Pierre Simon de Laplace 2.1 que não existe distinção entre
também desenvolveu qual linha ou qual coluna vamos
trabalhos em outras trabalhar. Isto ocorre porque todas
áreas do conhecimento, as filas fornecem exatamente
tais como probabilidades e física. Acesse: o mesmo valor final para o
http://www.fem.unicamp.br/~em313/ determinante da matriz estudada.
paginas/person/laplace.htm.
Vamos agora apresentar
dois exercícios de como calcular o
determinante através do teorema de Laplace.
2 −1 0
Exercício resolvido 3: Calcule o determine da matriz A = 1 4 6 através do
Teorema de Laplace. −2 3 5 3 x 3
Solução: Primeiramente devemos fazer a escolha de uma fila, seja ela linha ou coluna,
para desenvolvermos o Teorema de Laplace. Neste exemplo escolhemos trabalhar
com a 2ª linha. Desta forma, temos:
Lembrando que Aij representa um cofator de um elemento aij , e fazendo sua devida
substituição, temos:
= [a21 ⋅ (−1) 2+1 ⋅ D21 ] + [a22 ⋅ (−1) 2+ 2 ⋅ D22 ] + [a23 ⋅ (−1) 2+3 ⋅ D23 ]
det A
Matemática Básica II
2 0
(II) a22 ⋅ (−1) 2+ 2 ⋅ D22 = 4 ⋅ (−1) 4 ⋅ ⇒ 4 ⋅1 ⋅10 = 40
−2 5
2 −1
(III) a23 ⋅ (−1) 2+3 ⋅ D23 =6.(−1)5 ⋅ ⇒ 6 ⋅ (−1) ⋅ 4 =−24
−2 3
teorema de Laplace.
Solução: Inicialmente vamos escolher trabalhar com a 3ª coluna, pois a mesma possui
maior quantidade de zeros e isso facilitará nossos cálculos. Assim, temos:
Mas os elementos a=
13 a=
23 a=
43 0 , logo:
Ou seja, nosso trabalho ficou restrito a calcular (a33 ⋅ A33 ) ; sendo assim:
1 1 1
6
det A =4.(−1) . 4 3 2 ⇒ det A =4.1.(−6) =−24
2 0 4
Aula 2 | Tópico 2
A generalização da matriz de Vandermonde é dada por:
1 1 1 1
a1 a2 a3 an
a1 2
a22
a32 an2
a n −1 a n −1 a n −1 n −1
an
1 2 3
44 Vandermonde são formadas pelos elementos (a1 , a2 , a3 ,..., an ) , de modo que esses
elementos possuem expoente 0 na 1ª linha, expoente 1 na 2ª linha, expoente 2 na 3ª
linha, e assim sucessivamente até chegar ao expoente (n − 1) na enésima linha. Os
elementos (a1 , a2 , a3 ,..., an ) são chamados de elementos característicos.
1 1 1 1
a1 a2 a3 an
D = a12 a22 a32 an2
n −1 n −1 n −1 n −1
a1 a2 a3 an
1 1 1 1
1 x 2 10
Exercício resolvido 5: Calcule o valor de x na equação =0
1 x2 4 100
1 x3 8 1000
utilizando a regra de Vandermonde.
Matemática Básica II
Solução: Inicialmente devemos perceber se realmente este exercício pode
ser resolvido pela regra de Vandermonde. Como se trata de potências em que
o expoente cresce de 0 a 3, então podemos aplicar a regra, ou seja, o produto
de todas as diferenças possíveis da linha característica, que é a 2ª linha. Sendo
assim, ( x − 1) ⋅ (2 − 1) ⋅ (2 − x) ⋅ (10 − 1) ⋅ (10 − x) ⋅ (10 − 2) =0 . Mas isto é equivalente a
( x − 1) ⋅ (1) ⋅ (2 − x) ⋅ (9).(10 − x) ⋅ (8) =
0.
45
2.5 Teorema de Jacobi
Aula 2 | Tópico 2
−1 2 1 −3 −1 2 + (−1)(−2) 1 −3 −1 4 1 −3
1 2 0 3 1 2 + (1)(−2) 0 3 1 0 0 3
=D = =
3 8 1 5 3 8 + (3)(−2) 1 5 3 2 1 5
0 4 2 2 0 4 + (0)(−2) 2 2 0 4 2 2
−1 4 1 −3 −1 4 1 −3 + (−1)(−3) −1 4 1 0
1 0 0 3 1 0 0 3 + (1)(−3) 1 0 0 0
46 =D =
3 2 1 5 3 2
=
1 5 + (3)(−3) 3 2 1 −4
0 4 2 2 0 4 2 2 + (0)(−3) 0 4 2 2
Matemática Básica II
Vamos resolver um exercício para melhor compreensão desta técnica.
1 2 1 3
2 5 0 −3
Exercício resolvido 7: Calcule o determinante D = pela regra de Chió.
3 8 1 2
0 −4 2 5
Solução: Inicialmente devemos perceber que o elemento a11 = 1 , e isto nos permite
utilizar a regra de Chió. Seguindo a generalização vista acima, podemos fazer o
rebaixamento de ordem da matriz de n = 4 para n = 3 e então utilizar uma das
técnicas estudadas anteriormente para calcular o seu determinante.
47
1 2 1 3
5 − (2 ⋅ 2) 0 − (2 ⋅1) −3 − (2 ⋅ 3)
2 5 0 −3
D= = 8 − (3 ⋅ 2) 1 − (3 ⋅1) 2 − (3 ⋅ 3)
3 8 1 2
−4 − (0 ⋅ 2) 2 − (0 ⋅1) 5 − (0 ⋅ 3)
0 −4 2 5
1 −2 −9
D= 2 −2 −7
−4 2 5
D = [1 ⋅ (−2) ⋅ 5] + [(−2) ⋅ (−7) ⋅ (−4)] + [(−9) ⋅ 2 ⋅ 2] + [(−9) ⋅ (−2) ⋅ (−4)] − [(−2) ⋅ 2 ⋅ 5] − [1 ⋅ (−7) ⋅ 2]
D= −10 − 56 − 36 + 72 + 20 + 14 = 4
Aula 2 | Tópico 2
Tópico 3
48
OBJETIVOS
Estudar as propriedades de determinante
Entender a resolução de problemas com uso das propriedades de
determinante
−1 2
pois det At = (1) ⋅ (2) − (−1) ⋅ (−2) = 2 − 2 = 0 .
Matemática Básica II
Exemplo 10: Seja A uma matriz quadrada de ordem n = 3 , de modo que
1 −2 1
A = 0 4 2 . Seu determinante é det A = 1 ⋅ 4 ⋅1 = 4 . Podemos comprovar isso
0 0 1
4 2
utilizando teorema de Laplace aplicado na coluna 1: det A = 1 ⋅ (−1)1+1 ⋅ = 1 ⋅ 4 = 4.
0 1
2 5 6 15
matrizes A =
Exemplo 11: Sejam as = eB . De acordo com nossos
3 −1 3 −1
estudos, sabemos que det B= (6) ⋅ (−1) − (3) ⋅ (15) , logo det B =−6 − 45 =−51 . Mas
isto pode ser reescrito fatorando e colocando em evidência os elementos da 1ª linha,
ou seja,
6 15 3⋅ 2 3⋅5 2 5
3 −1 ⇒ det B =
B=
3 −1
3⋅
=
3 −1
det B = 3 ⋅ [(2) ⋅ (−1) − (3) ⋅ (5)] = 3 ⋅ [−2 − 15]
det B =3 ⋅ [−17] =−51
Aula 2 | Tópico 3
1 −1 2
Exemplo 12: Seja a matriz A = 2 0 1 . Para se calcular o determinante da matriz
3 4 −3
3A , basta fazer det(3 A) = (3)3 .det A. E, como det A = 0 − 3 + 16 − 0 − 6 − 4 = 3 , então
det 3 A = 27 ⋅ 3 = 81.
5 −6 5 −6
Exemplo 13: Seja a matriz A = , então det A= = (5) ⋅ (3) − (−6) ⋅ (4) ;
4 3 4 3
logo, det A =15 + 24 = 39 . Mas esse determinante poderia ser também reescrito
5 −6 2 + 3 −4 − 2 2 −4 3 −2
det A
como sendo= = = + , logo
4 3 4 3 4 3 4 3
= [(2) ⋅ (3) − (−4) ⋅ (4)] + [(3) ⋅ (3) − (−2) ⋅ (4)] e então det A = 22 + 17 = 39 .
det A
produto dessas matrizes, denotado por det( AB ), pode ser decomposto no produto
−1 1 3 −1
=
Exemplo 14: Sejam as matrizes A = eB , de modo que
5 2 0 1
det A =−
( 1) ⋅ (2) − (1) ⋅ (5) =−7 e det B= (3) ⋅ (1) − (−1) ⋅ (0)= 3. Caso seja necessário
det( =
AB ) det A ⋅ det B , ou seja, det( AB ) =−
( 7) ⋅ (3) =−21. Isto pode ser facilmente
−3 2
comprovado, pois A.B = e, com isso, det( AB) =(−3) ⋅ (−3) − (2) ⋅ (15) =−21 .
15 −3
Matemática Básica II
3.7 Propriedade da permuta de filas
det A= [(1) ⋅ (−1) ⋅ (2) + (−2) ⋅ (−1) ⋅ (5) + (3) ⋅ (0) ⋅ (1)] −
51
− [(3) ⋅ (−1) ⋅ (5) + (−2) ⋅ (0) ⋅ (2) + (1) ⋅ (−1) ⋅ (1)] =
Seja uma matriz B, obtida com a permuta das duas primeiras linhas da matriz A, de
0 −1 −1
modo que= B 1 −2 3 . Então:
5 1 2
det B= [(0) ⋅ (−2) ⋅ (2) + (−1) ⋅ (3) ⋅ (5) + (−1) ⋅ (1) ⋅ (1)] −
− [(5) ⋅ (−1) ⋅ (−2) + (1) ⋅ (0) ⋅ (3) + (2) ⋅ (−1) ⋅ (1)] =
det B =0 − 15 − 1 − 10 − 0 + 2 =−24.
De modo que não necessitamos realizar todo o cálculo do det B para descobrirmos seu
resultado, que pode ser calculado a partir do det A .
Seja uma matriz quadrada A, de ordem n , de modo que possua filas paralelas
iguais, quer sejam linhas, quer sejam colunas, então seu determinante é nulo, ou seja,
det A = 0 .
1 1 3
Exemplo 16: Seja a matriz=A 3 3 −1 , de modo que
4 4 2
det A = [(1) ⋅ (3) ⋅ (2) + (1) ⋅ (−1) ⋅ (4) + (3) ⋅ (3) ⋅ (4)] − [(3) ⋅ (3) ⋅ (4) + (3) ⋅ (1) ⋅ (2) + (1) ⋅ (−1) ⋅ (4)]
det A = 6 − 4 + 36 − 36 − 6 + 4 = 0
Note que este cálculo pode ser suprimido, se percebermos que a 1ª e 2ª colunas são
iguais, logo o det A = 0 .
Aula 2 | Tópico 3
3.9 Propriedade da proporcionalidade
Seja uma matriz quadrada A, de ordem n. Quando temos uma fila que é
proporcional a outra fila, ou seja, quando uma fila pode ser reescrita em termos de
outra fila, então seu determinante é nulo, ou seja, det A = 0 . Podemos também
compreender da seguinte forma: sejam duas filas f m e f n ; se existir um número real k,
de modo que f m = k . f n , então essas filas serão proporcionais.
1 −2 3
Exemplo 17: Seja a matriz = A 2 −4 6 , de modo que
52 0 1 1
det =
A [(1).(−4).(1) + (−2).(6).(0) + (3).(2).(1)] − [(3).(−4).(0) + (−2).(1).(2) + (1).(6).(1)]
det A =−4 + 0 + 6 − 0 + 4 − 6 =0.
Seja uma matriz quadrada A, de ordem n, quando temos pelo menos uma fila que
é totalmente composta de zeros, então seu determinante é nulo, ou seja, det A = 0 .
1 2
Exemplo 18: Seja a matriz A = , de modo que det A = (1) ⋅ (0) − (2) ⋅ (0) = 0.
0 0
Entretanto, é mais simples perceber que a 2ª linha da matriz A só possui números
nulos, e com isso, det A = 0 .
Matemática Básica II
1. Calcule o determinante das matrizes abaixo:
2 1
a) A =
4 3
−1 3 4
=
b) B 3 −1 5
4 5 −1
53
5 0 1
c) C = −2 3 4
0 2 −1
1 1 x
2. Calcule os valores de x , de modo que o determinante da matriz 1 2 3
seja igual a zero. 2 3 5
0 y −1 3 x 0 y +1
1 x + 3 −2 =−18 e −1 3 4 =−21
3 x+5 8 2 2 1
Pratique
6. Calcule o seguinte determinante, utilizando a regra de Vandermonde:
1 1 1 1
1 3 10 −1
1 9 100 1
1 27 1000 −1
cos( x + a ) sen( x + a ) 1
cos( x + b) sen( x + b) 1
A=
cos( x + c) sen( x + c) 1
Matemática Básica II
1. a) 2
169
b)
c) −59
2. x = 2 55
256
3. ( x + y ) =
2
81
4. 23
5. 2
6. −11088
7. x = 193
8. Questão de demonstração.
Aula 2 | Tópico 1
Aula 3
56
Prezado(a) estudante,
Objetivos
57
OBJETIVOS
Reconhecer sistemas lineares
Entender o cálculo do determinante de ordem 1, 2 e 3
Estudar sistemas lineares associados às matrizes quadradas
Aula 3 | Tópico 1
Exemplo 3 x = 6 é uma equação linear na incógnita x, tendo coeficiente
1 a1 = 3 e termo independente b = 6 .
58 Exemplo
x1 + 2 x2 + 0 x3 − x4 =
−5 é uma equação linear nas
incógnitas x1 , x2 , x3 , x4 , tendo coeficientes a1 = 1,
3 a2 = 2, a3 = 0 , a4 = −1 e termo independente
b = −5.
Podemos perceber, nos exemplos acima, que numa equação linear todas as
incógnitas possuem expoente igual a 1 e que ocorre o produto entre duas ou mais
incógnitas numa mesma equação linear. Desta forma, observemos que os exemplos
abaixo não são equações lineares:
Matemática Básica II
Sendo assim, chamamos de conjunto-solução ou conjunto-verdade ao conjunto
de todas as soluções de uma mesma equação linear. Vejamos a definição 3.2.
Aula 3 | Tópico 1
Definição 3.3 Chamamos de sistema linear ao conjunto
m (com m ≥ 1) de equações lineares, com incógnitas
x1 ,x2 ,x3 ,...,xn .
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ... + a1n xn = b1
a x + a x + a x + ... + a x = b2
21 1 22 2 23 3 2n n
60
Podemos associar um sistema linear a um produto matricial, envolvendo a
matriz dos coeficientes, a matriz das incógnitas e a matriz dos termos independentes,
de modo que o sistema linear seja representado da seguinte forma:
2 x + y =3 2 1 x 3
Exemplo 11: ⇒ . =
4 y 1 5 −4 y 1
5 x −=
= x − y + z 2 1 −1 1 x 2
Exemplo 12: − x + 2 y + 2 z = 5 ⇒ −1 2 2 . y = 5
5 x=
− y + 5 z 1 5 −1 5 z 1
Matemática Básica II
Definição 3.4 Chamamos solução de um sistema linear a toda
sequência ou n-upla ordenada ( a1 ,a2 ,a3 ,...,an ) que torna
verdadeira todas as equações do sistema linear estudado, ou seja,
Existem sistemas lineares que possuem uma única solução, ou seja, há apenas
uma n-upla ordenada que torne verdadeiras todas as equações do sistema. Este tipo
de sistema é denominado sistema possível e determinado, como no exemplo abaixo.
x + y = 4
Exemplo 13:
2 x − y = 2
3 x + 3 y =
9
Exemplo 14:
− x − y =−3
Trata-se de um sistema possível e indeterminado, pois as soluções podem ser dadas
{ }
por ...,( −1, 4 ) ,( 0 ,3) ,(1, 2 ) ,( 2 ,1) ,( 3, 0 ) ,... .
Existem ainda sistemas lineares que não possuem solução, ou seja, não temos
n-upla ordenada que torne verdadeiras todas as equações do sistema. Este tipo de
sistema é denominado sistema impossível, como no exemplo a seguir.
Aula 3 | Tópico 1
x + y + z = 5
Exemplo 15: x − y − z =−3 .
0 x + 0 y + 0 z =
1
Trata-se de um sistema impossível, já que não existem números reais que tornem
verdadeira a equação 0 x + 0 y + 0 z =
1.
De acordo com essas definições, conseguimos mais uma forma para representar
um sistema linear, agora sem a utilização expressa das incógnitas do sistema, como no
exemplo abaixo:
x + y − z = 1 1 1 −1
2 −1 1
Exemplo 16: 2 x − y + z =−1 , em que a matriz incompleta é dada por=
A
x + 2 y + z = 2 1 2 1
1 1 −1 1
e a matriz completa do sistema é dada por B = 2 −1 1 −1 .
1 2 1 2
Matemática Básica II
Tópico 2
63
OBJETIVOS
Entender as Regras de Cramer e de Gauss para resolução de
sistemas lineares
Estudar situações-problema através de sistemas lineares
Di , com
através da expressão xi = i ∈ {1, 2 ,3,...,n} , em que
D
xi é a incógnita desejada, D é o determinante da matriz dos
coeficientes e Di é o determinante obtido ao substituir, no
determinante D, a coluna das incógnitas xi pela coluna dos
termos independentes.
Aula 3 | Tópico 2
Vamos ilustrar a regra de Cramer para resolução de sistemas lineares através de
exercícios resolvidos.
− x1 − 4 x2 =0
Exercício resolvido 1: Resolva o sistema linear pela regra de Cramer.
3 x1 + 2 x2 =
5
−1 −4 x1 0
ou seja, . = . Deste modo, devemos calcular o determinante D da
3 2 x2 5
64 matriz dos coeficientes, em que D =
−1 −4
3 2
=( −1)( 2 ) − ( 3)( −4 ) =−2 + 12 =10 .
D1 D2
=
nos fornece a solução do sistema pelas formas x1 = e x2 . Com isso, temos:
D D
20 −5 1
x1 = = 2 e x2 = = − . Logo a solução do sistema é dada pelo par ordenado
10 10 2
1
2, − .
2
3 x − y + z = 1
Exercício resolvido 2: Resolva o sistema linear 2 x + 3 z =
−1 pela regra de Cramer.
4 x + y − 2 z = 7
3 −1 1 x 1
matricial, ou seja, 2 0 3 . y = −1 . Deste modo, devemos
4 1 −2 z 7
calcular o determinante D da matriz dos coeficientes, em que
Matemática Básica II
3 −1 1
D = 2 0 3 = (3)(0)(−2) + (−1)(3)(4) + (1)(1)(2) − (1)(0)(4) − (−1)(2)(−2) − (3)(3)(1),
4 1 −2
1 −1 1
Dx = −1 0 3 =(1)( 0 )( −2 ) + ( −1)( 3)( 7 ) + (1)(1)( −1) − (1)( 0 )( 7 ) −
7 1 −2
65
− ( −1)( −1)( −2 ) − (1)(1)( 3)
3 1 1
Dy = 2 −1 3 = ( 3)( −1)( −2 ) + (1)( 3)( 4 ) + (1)( 2 )( 7 ) −
4 7 −2
− ( −1)( −1)( 4 ) − (1)( 2 )( −2 ) − ( 3)( 3)( 7 )
3 −1 1
=Dz 2 0= −1 ( 3)( 0 )( 7 ) + ( −1)( −1)( 4 ) + (1)(1)( 2 ) −
4 1 7
Logo, Dz = 0 + 4 + 2 − 0 + 14 + 3 = 23 .
Dx Dy Dz
pelas formas =x = ,y e z
= . Com isso, temos:
D D D
−23 −23 23
=x = 1,=y = 1 e=z = −1 . Logo a solução do sistema é dada pela
−23 −23 −23
Aula 3 | Tópico 2
A regra de Cramer é de fácil utilização e operação matemática. Entretanto, seu
uso eficiente fica restrito a sistemas lineares que, quando colocados na forma matricial,
nos fornecem matrizes quadradas de ordem n ≤ 3, ou que têm o determinante da
matriz dos coeficientes D ≠ 0 . Para sistemas lineares que geram matrizes de ordem
n > 3 ou que têm D ≠ 0 , a técnica se mostra muito trabalhosa devido à complexidade
do cálculo dos determinantes. Uma solução para tais casos é o método de Gauss, que
apresentamos a seguir.
x + y =2
Exemplo 17:
y =1
x + y = 2
Perceba que a escrita completa desse sistema é dada por .
0 x + y =1
x + y − 3z + t =1
Exemplo 18: − y + 7 z − 4t =2
10 z − t =−3
x + y − 3z + t = 1
A escrita completa desse sistema é dada por 0 x − y + 7 z − 4t = 2 .
0 x + 0 y + 10 z − t =−3
Matemática Básica II
Nos casos acima exemplificados percebemos que a quantidade de zeros, na
condição de coeficientes, aumenta a cada equação a partir da 1ª equação que possui
coeficiente não nulo. Agora vamos mostrar como obter um sistema linear escalonado
através do método de Gauss.
2 x + y =
10
Exercício resolvido 3: Resolva o sistema linear pelo método de Gauss.
x − 5y =−17
2 1 10 2 1 10
1 ⇒
−5 −17 ( −2) L + L 0 11 44
2 1
Perceba que o sistema já está escalonado, e sua solução agora é obtida de modo mais
rápido. Entretanto, ainda podemos facilitar nossos cálculos, se dividirmos toda a 2ª
linha por (11) , obtendo:
2 1 10 2 1 10
0 ⇒
11 44 ( L / 11) 0 1 4
2
2 x + y =
10
Com isso, temos , ou seja, sendo y = 4 , concluímos que x = 3 .
y = 4
O método de Gauss se torna mais eficiente quando lidamos com sistemas lineares
de ordem n ≥ 3 , como no exercício resolvido a seguir:
3 x + 5 y + 2 z =26
Exercício resolvido 4: Resolva o sistema linear x − 7 y + z =−16 pelo método de
Gauss. 5 x − y + 3 z = 14
3 5 2 26
1 −7 1 −16
5 −1 3 14
Aula 3 | Tópico 2
Multiplicando a 2ª linha por ( −3) e, em seguida, somando o resultado com os elementos
da 1ª linha, temos:
3 5 2 26 3 5 2 26
1 −7 1 −16 ( −3) L2 + L1 ⇒ 0
26 1 74
5 −1 3 14 5 −1 3 14
3 5 2 26 3 5 2 26
68
0 26 −1 74 ( 3) L3 + ( −5 ) L1 ⇒ 0
26 −1 74
5 −1 3 14 0 −28 −1 −88
3 5 2 26 3 5 2 26
0 26 −1 74 (13) L3 + (14 ) L2 ⇒ 0
26 −1 74
0 −28 −1 −88 0 0 −27 −108
3 x + 5 y + 2 z =26 3 x + 5 y + 2 z =
26
0 x + 26 y − z = 74 , ou, de forma mais prática, 26 y − z = 74 . Segue-se da 3ª
0 x + 0 y − 27 x =−108 −27 x = −108
equação que z = 4 ; conhecendo o valor de z e aplicando-o na 2ª equação, temos que
que x = 1 .
Apresentamos na seção Pratique alguns exercícios para que você possa exercitar
o conhecimento matemático bordado nesta aula.
Matemática Básica II
1. Verifique quais dos itens abaixo são solução da equação linear
5x − 2 y + 4 z =
10 :
I. ( 4 , 7 ,1)
1
III. 2 , −1, −
69
2
IV. ( −4 , −3, 6 )
2 x1 + x2 − 3 x3 − 5 x4 =
12 .
x + y = 1
3. Utilizando a regra de Cramer, resolva o sistema linear −2 x + 3 y − 3 z =
2.
x + z = 1
1
x + y = 2
a)
2
2 x + y =4
x − y − 2z = 1
b) − x + y + z = 2
x − 2 y + z =−2
x + y + z + t = 1
x − y + z + t =−1
c)
y − z + 2t = 2
2 x + z − t =−1
Pratique
1. I, III e IV
2. α = −3
−1, y =
3. x = 2e z=
2
1 1 2
c) Sistema SPD, com solução − ,1, − , .
5 5 5
Matemática Básica II
Aula 4
71
Prezado(a) estudante,
Vimos na aula 3 algumas formas de sistemas lineares e sua resolução, através dos
métodos de Gauss e de Cramer. Naquele estudo compreendemos que a solução de um
sistema linear é uma solução válida para todas as equações pertencentes ao sistema,
e enfatizamos os casos em que a quantidade de incógnitas daqueles sistemas era igual
à quantidade de equações, culminando numa representação por matrizes quadradas.
Nesta aula 4 vamos nos deter no estudo de sistemas lineares que podem ser
representados por matrizes não quadradas, por possuirem maior número de incógnitas
ou maior número de equações. Inicialmente vamos compreender como representar e
diferenciar sistemas lineares incompletos quanto ao número de incógnitas ou equações
e, no tópico seguinte, estudar a resolução deste tipo de sistema linear.
Objetivos
Aula 4
Tópico 1
Matemática Básica II
Definição 4.1 Temos um sistema linear incompleto por
equações, com incógnitas x1 , x2 , x3 ,..., xn , quando o número
m de equações for menor que o número n de incógnitas, ou
seja, m < n .
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ...a1n xn = b1
a x + a x + a x + ...a x = b2
21 1 22 2 23 3 2n n
Aula 4 | Tópico 1
Ou então:
x
x + y + z = 6 1 1 1 6
Exemplo 1: ⇒ . y = .
x − 2 y − z =−4 1 −2 −1 −4
z
No exemplo 1, observe que temos mais incógnitas do que equações; assim, o sistema
linear é incompleto por equações.
x + 2 y =14 1 2 14
x
Exemplo 2: x − y =−1 ⇒ 1
−1 . =− 1 .
2 x + y = y
13 2 1 13
No exemplo 2, observe que temos mais equações do que incógnitas; sendo assim, o
sistema linear é incompleto por incógnitas.
Matemática Básica II
Definição 4.3 Chamamos de solução de um sistema linear
incompleto a toda sequência ou n-upla ordenada (α1 , α 2 , α 3 ,..., α n )
que torna verdadeiras todas as equações do sistema linear
incompleto estudado, ou seja,
Como vimos na definição 4.3, para que uma sequência (ou n-upla ordenada)
seja solução de um sistema linear incompleto, seja por equações ou por incógnitas, é
necessário que essa sequência torne todas as equações do sistema válidas.
x − 2 y =6
Exemplo 4: Dado o sistema −2 x + y = −6 , o par ordenado ( x, y=
) (2, −2) é solução
x − y = 4
do sistema linear incompleto por incógnitas, pois torna válidas todas as equações do
sistema.
Aula 4 | Tópico 1
e que este par ( x, y=
) (2, −2) é também solução da equação x − 2 y =
6 , que foi
inicialmente excluída. Com isso, concluímos que o par ordenado encontrado é solução
do sistema linear incompleto.
Vale ressaltar que a escolha da equação a ser excluída não altera o resultado
final; portanto, poderíamos ter excluído qualquer uma das três equações do sistema
linear e o resultado final seria o mesmo.
x + y + z = 6
Exemplo 5: Tomemos o sistema , em que a trinca ordenada ( x, y, z )
76 x − y − z =−4
não possui solução única, e sim um padrão numérico que representa a solução do
A solução do sistema linear acima não é única, apesar de possuir um formato bem
específico, ou seja, x = 1 e a escolha de y ou de z no conjunto dos reais ( y, z ∈ ) ,
de modo que, ao escolher o valor numérico de y , determinamos o valor de z e vice-
versa.
x + y + z = 6
Exercício resolvido 2: Resolva o sistema linear .
x − y − z =−4
Solução: Vamos iniciar nossa resolução pelo método aditivo, de modo que:
x + y + z = 6 +
→{2 x =
2 , em que x = 1 . Substituindo esse valor no sistema, obtemos
x − y − z =−4
y + z = 5
, que são equações equivalentes, ou seja, possuem a mesma solução.
− y − z =−5
Chegamos, então, a y= 5 − z (ou, equivalentemente, z = 5 − y) para todo y, z ∈ ,
o que nos leva a concluir que teremos infinitas trincas ordenadas que são solução do
sistema linear incompleto.
Matemática Básica II
Tópico 2
nada mais é do que saber em que termos esse sistema pode ser possível, impossível ou
indeterminado. Nesta perspectiva, vale relembrar que:
Aula 4 | Tópico 2
Figura 1 − Sistema linear
78
Fonte: DEaD | IFCE.
A⋅ X =
B , temos as seguintes situações possíveis:
det A = 0
−− Possível e indeterminado: quando ocorre e
det A= ...= det A= 0
1 n
det A = 0
−− Impossível: quando ocorre e
pelo menos um det A ≠ 0
n
Matemática Básica II
A discussão inicial de sistemas lineares faz referência ao fato de um sistema
possuir ou não solução, em seguida passamos a averiguar a quantidade de soluções.
Esta discussão está centrada no fato de todos os elementos da matriz A dos coeficientes
serem elementos numéricos. Quando pelo menos um desses elementos for algébrico,
podemos fazer uma discussão mais refinada, em que, dependendo do valor numérico
atribuído, teremos um sistema com uma solução apenas, infinitas soluções ou a
inexistência de solução. Vejamos o exercício resolvido a seguir.
3 x1 + mx2 =2
Exercício resolvido 3: Discuta o sistema linear .
x1 − x2 =1
79
Solução: Devemos compreender que nossa tarefa aqui é calcular para quais valores
de m o sistema linear acima terá ou não solução e, em caso afirmativo, se haveria
uma única ou infinitas soluções. Com isso, temos que a matriz dos coeficientes
3 m
é dada por A = ⇒ det A =−3 − m . A matriz A1 é obtida substituindo a
1 −1
coluna dos coeficientes de x1 pela coluna dos termos independentes, chegando-se a
2 m
A1 = ⇒ det A1 =−2 − m . De modo análogo procedemos com a matriz A2 ,
1 −1
3 2
obtendo A2 = ⇒ det A2 = 1 .
1 1
ax + y =0
Exercício resolvido 4: Verifique se o sistema linear é determinado ou
0
ax + ay =
indeterminado.
Aula 4 | Tópico 2
Solução: Calculando o caso em que o sistema é possível e determinado, temos que a
a 1
matriz dos coeficientes é dada por A =
a 2 − a . A matriz Ax é obtida
⇒ det A =
a a
substituindo a coluna dos coeficientes de x pela coluna dos termos independentes;
0 1
com isso, temos Ax = ⇒ det Ax = 0 . Procedemos de modo análogo com a
0 a
a 0
matriz Ay , obtendo Ay = ⇒ det Ay = 0 .
a 0
80
Para o sistema ser possível
e determinado, devemos O sistema linear que
ter det A ≠ 0 , ou seja, apresenta todas as suas
a 2 − a ≠ 0 ⇒ a ≠ 0 ou a ≠ 1 . equações iguais a zero é
chamado de sistema linear
Concluímos com isso que para o
homogêneo e apresenta
sistema apresentar apenas uma
a n-upla (0, 0, 0,..., 0) como solução
única solução, o valor de " a "
permanente, sendo esta denominada de
deve ser diferente de 0 ou 1.
solução trivial. A discussão nestes casos é
Para o sistema ser possível e saber se existem outras soluções além da
indeterminado, devemos ter trivial.
det A det
= = Ax det
= Ay 0 .
Perceba que já temos garantido que det = Ax det= Ay 0 e que é possível det A = 0 ,
=
basta que a 0= ou a 1 . Concluímos com isso que, para o sistema apresentar
infinitas soluções, o valor de " a " deve ser igual a 0 ou 1 .
Matemática Básica II
x + y + 2z =
1
Exercício resolvido 5: Resolva o sistema linear .
2 y − z =2
Solução: Inicialmente percebemos que o sistema linear acima possui mais incógnitas
do que equações, e com isso vamos designar a incógnita z como a variável livre,
passando-a ao segundo membro de todas as equações. Assim,
x + y + 2 z =1 x + y =1 − 2 z
⇒
2 y − z = 2 2 y = 2 + z
81
x + y =1 − 2α
Agora fazendo z = α , temos: . Com isso, determinamos que
2 y= 2 + α
y=
(2 +α ) e que, substituindo o valor de y na 1ª equação, temos que x =
(−5α )
.
2 2
( −5α ) ( 2 + α )
A solução desse sistema linear tem, pois, o formato , , α ∀α ∈ .
2 2
Aula 4 | Tópico 2
1. Discuta os seguintes sistemas lineares:
mx + y =2
a)
x − y =m
kx + y =1
b)
82 x + y =2
7 x + y − 3 z =10
c) x + y + z = 6
4 x + y + pz = p
2 x − y + 3z = 0
2. Determine o valor de m para que o sistema x + 4 y − 5 z =
0 apresente
3 x + my + 2 z = 0
soluções diferentes da solução trivial.
px + y − z =4
3. Determine o valor de p para o qual o sistema x + py + z =0 admite
x − y = 2
uma única solução.
x + 3y − z =4
4. Resolva o sistema linear .
3 y + z =1
Matemática Básica II
1.
a) m ≠ −1 ( SPD ) e m = −1 ( SI )
b) k ≠ −1 ( SPD ) e k = −1( SI )
13 13
c) p≠− (SPD ) e p = − (SI ) ∀q ∈ 83
3 3
7
2. m =
13
3. p ≠ −1
4. ( x, y=
, z) ( 5, y,1 − 3 y ) ∀y ∈
Pratique
Aula 5
84
Prezado(a) estudante,
Nesta aula 5 vamos iniciar nossos estudos sobre os números complexos. Este
conjunto numérico tem a particularidade de estudar as raízes quadradas de números
negativos, denominadas raízes imaginárias. Durante a história da matemática, vários
foram os matemáticos que não reconheciam a existência de tais raízes quando da
resolução de equações quadráticas, tais como Bhaskara (matemático hindu, 1114- 1185)
e Descartes (matemático francês, 1596-1650). Entretanto, apenas na resolução de
equações de 3º e 4º graus é que os números complexos foram evidenciados como
resolução daqueles modelos matemáticos, discussão essa que foi iniciada pelos
matemáticos Cardano (matemático italiano, 1501-1576), Tartaglia (matemático italiano,
1500-1557) e Bombelli (matemático italiano, 1526-1572) no séc. XVI, mas que somente
foi popularizada no séc. XVIII por De Moivre (matemático francês, 1667-1754), Euler
(matemático suíço, 1707-1783) e Gauss (matemático alemão, 1777-1855).
Objetivos
Matemática Básica II
Tópico 1
O conjunto numérico
dos números complexos
85
OBJETIVOS
Compreender a noção intuitiva dos números complexos
Estudar a forma algébrica dos números complexos
Neste tópico, teremos nosso primeiro contato com o conjunto dos números
complexos, compreendendo sua representação e forma algébrica.
Aula 5 | Tópico 1
O matemático Bombelli resolveu a equação x 3 − 15 x + 4 =0 , que possui solução
x = 4 , através da equação de Cardano-Tartaglia para equações cúbicas, obtendo
3
x= 2 + −121 + 3 2 − −121 , ou seja, as raízes quadradas de números negativos
não somente existiam como ainda podiam levar a resultados válidos no conjunto dos
números reais.
Para mais informações sobre esse assunto, leia o trabalho disponível no link
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/7917/1/2014_dis_gssferreira.pdf
Matemática Básica II
Se a = 0 , então z = bi é chamado de número imaginário puro, ou,
simplesmente, número imaginário.
Se b = 0 , então z = a é um número real.
Quando associamos os
números complexos às soluções Todo número real
de equações quadráticas do tipo é também número
complexo, mas nem
ax 2 + bx + c =0 e que possuem todo número complexo é
discriminante negativo, ou seja, número real.
∆ < 0 , chegamos a duas situações:
−b + −∆ −b − −∆
x1 = ou x2 = . Com isso, percebemos que toda solução das
2a 2a
equações quadráticas vem aos pares, e que a diferença entre as soluções reside apenas
no sinal da parte imaginária. Desta forma, chegamos a outro número complexo,
denominado conjugado. Vejamos a definição.
Aula 5 | Tópico 1
Apresentamos a seguir alguns números complexos e seus respectivos
conjugados:
z1 = 1 + 2i e z1 = 1 − 2i
1 1
z2= + i e z2= −i
2 2
z3 = 3i e z3 = −3i
Matemática Básica II
Tópico 2
Aula 5 | Tópico 2
Solução: Devemos lembrar que os números imaginários puros possuem somente a
parte real nula, ou seja, em z= a + bi temos que a = 0 e b ≠ 0 . Com isso, queremos
que z1= (2m + 5) + i seja igual a z2= 0 + bi . Então, devemos fazer 2m + 5 =0 , que
5 5
implica m = − ; como b = 1 , temos que a solução é m = − .
2 2
Solução: Para que este número z seja real e não nulo, devemos ter Re( z ) ≠ 0 e
90 Im( z ) = 0 . Com isso, queremos que z1 = ( p − 1) + ( p 2 − 1) i seja igual a z2= a + 0i .
Ou seja, p − 1 ≠ 0 → p ≠ 1 e p − 1 =0 → p =±1 . Mas na condição temos que p ≠ 1 ,
2
Solução: Segundo a definição 5.4 acima, para somarmos dois números complexos,
devemos somar as partes reais e somar as partes imaginárias. Sabendo que Re( z1 ) = 2
e Re( z2 ) = −2 , temos Re( z3 ) = 2 + (−2) = 0 ; enquanto que, sendo Im( z1 ) = −1 e
Im( z2 ) = 3 , temos Im( z3 ) =(−1) + 3 =2 . Com isso chegamos a z3 =0 + 2i =2i , ou
seja, um número imaginário puro.
Matemática Básica II
Exercício resolvido 4: Dados z1= 5 + 2i e z2 = 1 − i , determine o número complexo z3
de modo que z3= z1 − z2 .
Solução: Ainda de acordo com a definição 5.4, para subtrairmos dois números
complexos, devemos subtrair suas partes reais e subtrair suas partes imaginárias.
Sabendo que Re( z1 ) = 5 e Re( z2 ) = 1 , temos Re( z3 ) = 5 − 1 = 4 , enquanto que, sendo
Im( z1 ) = 2 e Im( z2 ) = −1 , temos que Im( z3 ) = 2 − (−1) = 3 . Com isso, concluímos que
z3= 4 + 3i .
z1 ⋅ z2 = ( a + bi ) ⋅ ( c + di ) = ( ac − bd ) + ( ad + bc ) i
z1 ⋅ z2 = ac + adi + bci − bd
z1 ⋅ z2 = (ac − bd ) + (ad + bc)i
Aula 5 | Tópico 2
2.4 Propriedades do conjugado de um número complexo
()
P4. z = z , ou seja, o conjugado do conjugado é o próprio número complexo
inicial.
Isto se verifica facilmente pela própria definição do conjugado de um número
que z1 + z2 = ( a + bi + c + di ) → z1 + z2 = (a + c) + (b + d )i = (a + c) − (b + d )i ,
enquanto que z1= a − bi e z2 = c − di , de modo que
z1 + z2 = (a − bi ) + (c − di ) → z1 + z2 = (a + c) − (b + d )i .
Matemática Básica II
P6. z1 ⋅ z2 = z1 ⋅ z2 , ou seja, o conjugado do produto de dois números complexos é
o produto dos conjugados de cada número complexo.
z1 ⋅ z2 = ( a + bi ).(c + di ) → z1 ⋅ z2 =
= (ac − bd ) + (ad + bc)i = (ac − bd ) − (ad + bc)i
−3b = 7 7
−3b + (−a + 2b)i = 7 + 3i . Resolvendo o sistema linear ⇒ b =− e
−a + 2b =3 3
23 23 7
a= − , concluímos que o número complexo procurado é z =
− − i .
3 3 3
Aula 5 | Tópico 2
2.5 Divisão de números complexos
z1 1 + i 1+ i 2 + i
Solução: Seguindo a definição 5.6 acima, temos z=
3 = e, daí, z3 = . .
z2 2 − i 2−i 2+i
2 + i + 2i + i 2
Este produto nos fornece z3 = 2
. Como já sabemos que i 2 = −1 e fazendo
4 + 2i − 2i − i
(2 − 1) + (1 + 2)i 1 + 3i
os agrupamentos necessários, obtemos z3 = e daí z3 = .
(4 − (−1)) + (2 − 2)i 5
z
= i , determine o valor de a − b .
z
Solução: Dado z= a + bi , temos que z= a − bi , e deste ponto em diante basta
que façamos o procedimento de divisão segundo a definição 5.6 acima, ou seja,
z a + bi
= = i . Com isso, obtemos que a + bi = (a − bi )i ; segue que a + bi = ai − bi 2 .
z a − bi
a = b
Como já sabemos que i 2 = −1 , temos que a + bi =b + ai ⇒ . Como desejamos
b = a
calcular o valor de a − b , concluímos que a − b =0.
Matemática Básica II
2.6 Potenciação de números complexos
i0 = 1
i1 = i i 5 = i 4 ⋅ i1 = 1 ⋅ i = i 95
i 2 = −1 i 6 =i 4 ⋅ i 2 =1 ⋅ (−1) =−1
i 3 =i 2 ⋅ i =(−1) ⋅ i =−i i 7 =i 4 ⋅ i 3 =1 ⋅ (−i ) =−i
i 4 = i 2 ⋅ i 2 = (−1) ⋅ (−1) = 1 i 8 = i 4 ⋅ i 4 = 1 ⋅1 = 1
expoente n é igual ao expoente r, que por sua vez é sempre menor que 4. Apresentamos
a seguir dois exercícios resolvidos para melhor compreensão:
1 + i 1 + i 1 + i 1 + i + i + i 2 1 + 2i − 1 2i
Lembrando que = ⋅ = = = =i , temos que
1 − i 1 − i 1 + i 1 − i + 1 − i2 1+1 2
31
(1 + i ) 31
(1 − i ) ⋅ (1 + i )= (i ) ⋅ (1 + i ) ; mas já sabemos que i = i = −1 , daí temos que
31 3
( z1 ) ⋅ (− z2 )−31 =(−i) ⋅ (1 + i) =−i + 1 .
32
Aula 5 | Tópico 2
1. Resolva em as seguintes equações:
a) x 2 + 49 =
0
x 2 + 7 x + 10 =
b) 0
15 , calcule o valor de z1 + z2 .
z1 ⋅ z2 =
Matemática Básica II
−7i e x2 =
1. a) x1 = 7i
=
b) x1 -5=
e x2 -2
2. z1 + z2 =4 + 4i
97
z 5 1
3. = − i
w 2 2
4. −1
Pratique
Aula 6
Números complexos:
forma trigonométrica
98
Prezado(a) estudante,
Estamos iniciando a aula 6 e agora vamos nos ocupar dos números complexos na
forma trigonométrica, ou seja, vamos conhecer a representação geométrica, o módulo
e o argumento dos números complexos, além de discutirmos sobre potenciação e
radiciação segundo as fórmulas de De Moivre.
Objetivos
Matemática Básica II
Tópico 1
Apresentação e representação
dos números complexos
no plano de Argand-Gauss
99
OBJETIVOS
Compreender a representação dos números complexos no plano
de Argand-Gauss
Entender o módulo e o argumento dos números complexos, e sua
aplicação no plano de Argand-Gauss
Aula 6 | Tópico 1
Figura 3 − Representação geométrica de z= a + bi
100
Re( z ) Eixo x
Im( z ) Eixo y
P ( a, b) Imagem geométrica de z= a + bi
Fonte: DEaD | IFCE..
z4 = 3 − 2i , com P=
4 (3, −2)
Matemática Básica II
Figura 4 − Representação Geométrica dos afixos P1 , P2 , P3 e P4
101
z= ρ= a 2 + b2
ρ
A expressão= a 2 + b 2 é obtida a partir da distância entre dois pontos nos
estudos de geometria analítica. Dados os pontos A( x A , y A ) e B ( xB , yB ) , temos que
( x A − xB )
2
d AB= + (y A − y B ) 2 , onde d AB denota a distância entre os pontos A e B.
Aula 6 | Tópico 1
Sendo assim, tomemos um número complexo genérico z= a + bi com
afixo P (a, b) e a origem O (0, 0) do plano de Argand-Gauss, de modo que
( a − 0)
2
dOP= + (b − 0) 2 ⇒ dOP= a 2 + b 2 . Graficamente, temos:
102
O cálculo do módulo de
Tendo já discutido o um número complexo
módulo de um número complexo z= a + bi , com z = a
z= a + bi , vamos estudar agora o ou z = a , pode ser
ângulo existente entre o eixo x e o simplificado. Vejamos:
módulo de z= a + bi . Chamamos Se z = a , então
esse ângulo de argumento do ρ= a 2 = a = a, ∀a ∈ .
número complexo z= a + bi .
Se z = bi , então
ρ= b 2 = b = b, ∀b ∈ .
Matemática Básica II
A representação gráfica do argumento de um número complexo z= a + bi é
dada abaixo:
103
identificar os valores de a e b
a = 2 a = 0
dos números complexos z1 e z2 . Temos, então: z1 = e z2 = ,
b = 2 3 b = 3
facilitar a compreensão.
( )
2
( 2)
2
ρ1 = + 2 3 ⇒ ρ1 = 4 + 12 ⇒ ρ1 = 16 ⇒ ρ1 = 4
Aula 6 | Tópico 1
Para o cálculo do argumento do número complexo, devemos utilizar as
b a
=
identidades sen θ = e cos θ . Chamando de θ1 o argumento de z1 , temos:
ρ ρ
2 3 3 2 1
sen θ1 = ⇒ sen θ1 = e cos θ1 = ⇒ cos θ1 = ; com isso, determinamos
4 2 4 2
π
que θ1 = rad , ou seja, θ1 =60º .
3
De modo análogo, vamos calcular ρ2 e θ 2 :
( 0 ) + ( 3)
2 2
ρ2 = ⇒ ρ2 = 0 + 9 ⇒ ρ2 = 9 ⇒ ρ2 = 3
104
3 0
sen θ 2 = ⇒ sen θ 2 =
1 e cos θ2 = ⇒ cos θ2 = 0 ; com isso, determinamos que
3 3
π
θ2 = rad , ou seja, θ 2 = 90º .
2
Por fim, vamos representar graficamente os números complexos z1 e z2 ,
respectivamente:
Matemática Básica II
Tópico 2
A forma trigonométrica
dos números complexos
105
OBJETIVOS
Entender a representação dos números complexos na forma
trigonométrica
Compreender as operações de multiplicação e divisão dos números
complexos na forma trigonométrica
ρ ⋅ ( cos θ + i sen θ )
z=
Aula 6 | Tópico 2
A elaboração da equação que representa a forma trigonométrica ocorre a
partir da simples substituição de a = ρ .cos θ e b = ρ .cos θ na forma algébrica de z.
Vejamos:
z= a + bi
=z ( ρ .cos θ ) + ( ρ ⋅ sen θ )i
=z ρ .cos θ + ρ ⋅ sen θ .i
= z ρ (cos θ + i sen θ )
b
ρ
= a 2 + b 2 , que sen θ = e
ρ
a
cos θ = , e calculando inicialmente os valores referentes ao complexo z1 , temos:
ρ
(1) + (1)
2 2
ρ1 = ⇒ ρ1 = 1 + 1 ⇒ ρ1 = 2
1 2 1 2
sen θ1 = ⇒ sen θ1 = e cos θ1 = ⇒ cos θ1 = ; assim determinamos que
2 2 2 2
π
θ1 = rad , ou seja, θ1 = 45º .
4
Daí, temos que
π π
=z1 ρ1.(cos θ1 + i sen θ1 ) =
⇒ z1 2. cos + i sen
4 4
Para representarmos z2 , utilizamos raciocínio semelhante:
( 3)
2
( −1)
2
ρ2 = + ⇒ ρ2 = 1 + 3 ⇒ ρ2 = 4 ⇒ ρ2 = 2
3 1 2π
sen θ 2 = e cos θ 2 = − ; com isso, determinamos que θ 2 = rad , ou seja,
2 2 3
θ=
1 120° .
Matemática Básica II
=
Segue-se que ⇒ z 2 2 ⋅ cos 2ð
z 2 ñ2 ⋅ ( cos è 2 + i sen è 2 )=
( 3 ) + i sen ( 2ð 3 ) .
Nas próximas seções, passaremos ao estudo das operações de multiplicação e
divisão dos números complexos na forma trigonométrica.
z=
1 ⋅ z2 ρ1 ⋅ ρ2 ⋅ cos θ1 cos θ 2 + i cos θ1 sen θ 2 + i sen θ1 cos θ 2 + i 2 sen θ1 sen θ 2
Aula 6 | Tópico 2
Para melhor compreensão dessa operação aritmética na forma trigonométrica,
apresentamos a seguir um exercício resolvido:
π π
Exercício resolvido 3: Dados 3 ⋅ cos + i sen
z1 = e
4 4
z2 =
6 ( ) 6 ( )
2 ⋅ cos π + i sen π , determine o número complexo z3 , de modo que
z3 = z1 ⋅ z2 .
π π π π
3 2 ⋅ cos + + i sen +
z3 =⋅
4 6 4 6
5π 5π
3 2 ⋅ cos
z3 = + i sen
12 12
2.3 Divisão na forma trigonométrica
Matemática Básica II
z1 ρ1 ( cos θ1 + i sen θ1 )
= ⋅
z2 ρ2 ( cos θ 2 + i sen θ 2 )
= ⋅
z2 ρ2 cos θ 2 cos θ 2 − i cos θ 2 sen θ 2 + i sen θ 2 cos θ 2 − i 2 sen θ 2 sen θ 2
= ⋅
z2 ρ2 cos θ 2 − i sen θ 2
2 2
z1 ρ1
= ⋅ [ cos θ1 cos θ 2 + sen θ1 sen θ 2 − i cos θ1 sen θ 2 + i sen θ1 cos θ 2 ]
z2 ρ2
z1 ρ1
= ⋅ cos (θ1 − θ 2 ) + i sen (θ1 − θ 2 )
z2 ρ2
π π
=
Exercício resolvido 4: Dados z1 cos (π ) + i sen (π ) e z2 =
2 ⋅ cos + i sen ,
2 2
determine o número complexo z 3 , de modo que z3 =
z1 .
z2
Aula 6 | Tópico 2
Solução: Seguindo a definição 6.5, vamos dividir os módulos de z1 e z2 e subtrair seus
argumentos θ1 e θ 2 nesta ordem:
z1
z3 =
z2
ρ1
z3 = ⋅ cos (θ1 − θ 2 ) + i sen (θ1 − θ 2 )
ρ2
1 π π
z3 = ⋅ cos π − + i sen π −
2 2 2
110 1 π
z3 =
π
⋅ cos + i sen
2 2 2
Matemática Básica II
Tópico 3
111
OBJETIVOS
Compreender as formas de potenciação e radiciação de números
complexos na forma trigonométrica
Estudar a aplicação das fórmulas de De Moivre em situações-
problema
Neste tópico vamos nos aprofundar ainda mais no estudo dos números
complexos, enfatizando a potenciação e a radiciação na forma trigonométrica, com
base nas fórmulas de De Moivre.
Vimos, nas seções anteriores, que a forma trigonométrica facilita a execução das
operações aritméticas de multiplicação e divisão. Uma vez que a potenciação é uma
forma de multiplicação, vamos aprender como fazer potenciação através da forma
trigonométrica a fim de agilizar nossos estudos.
=z n ρ n ⋅ cos ( n θ ) + i sen ( n θ ) ( ∀n ∈ )
Aula 6 | Tópico 2
Antes de iniciarmos a demonstração da definição 6.6, vamos revisar o princípio
da indução finita (PIF). Trata-se de um procedimento matemático para provar teoremas,
bastante utilizado para validar sequências de números naturais. Vejamos, então.
P ( n0 ) é verdadeira.
Seja n = k , P ( k ) é verdadeira (hipótese de indução).
z 0 ρ 0 ⋅ cos ( 0 ⋅ θ ) + i sen (=
= 0 ⋅ θ ) 1
Para n = 1 , temos:
z1 ρ 1 ⋅ cos (1 ⋅ θ ) + i sen (=
= 1 ⋅ θ ) z
Para n= k − 1 , temos:
{
z k −1 ρ k −1 ⋅ cos ( k − 1) ⋅ θ + i sen ( k − 1) ⋅ θ
= }
Para obtermos n = k , vamos multiplicar a equação de z k −1 , nos dois membros, por
ρ ⋅ cos (θ ) + i sen (θ ) :
z1 =
z k −1 ⋅ z1
= {ρ ⋅{cos ( k − 1) ⋅θ + i sen ( k − 1) ⋅θ }} ⋅{ρ ⋅ cos (θ ) + i sen (θ )}
k −1
= { }
z k ρ k −1 ⋅ cos ( k − 1) ⋅ θ + i sen ( k − 1) ⋅ θ ⋅ρ ⋅ cos (θ ) + i sen (θ )
= { }
z k ρ k ⋅ cos ( k − 1) ⋅ θ + i sen ( k − 1) ⋅ θ ⋅ cos (θ ) + i sen (θ )
Matemática Básica II
= {
z k ρ k ⋅ cos ( k − 1) ⋅ θ cos (θ ) + i cos ( k − 1) ⋅ θ sen (θ )
= {
z k ρ k ⋅ cos ( k − 1) ⋅ θ cos (θ ) − sen ( k − 1) ⋅ θ sen (θ )
=z n ρ n ⋅ cos ( n θ ) + i sen ( n θ )
2 ⋅ cos π
Exercício resolvido 5: Dado z =
8
( 4 ) + i sen (π 4 ) , determine o número
complexo z .
( 2) ⋅ cos ( 2π ) + i sen ( 2π )
4
=z8
16 ⋅ cos ( 2π ) + i sen ( 2π )
z8 =
Aula 6 | Tópico 2
Exercício resolvido 6: Dado z = 1 + i , determine z 35 e expresse-o nas formas
trigonométrica e algébrica.
(1) + (1)
2 2
ρ = a 2 + b2 ⋅ ρ = ⋅ρ = 1+1 ⋅ ρ = 2
sen=
θ b ⋅ sen=
θ 1 θ
⋅ sen= 2 cos θ =a ⋅ cos θ =1 ⋅ cos θ = 2 ,
ρ 2 e ρ 2
114 2 2
de onde concluímos que θ = π rad , ou seja, θ= 45° .
4
2 ⋅ cos π + i sen π
z=
4 4 ( ) ( )
Fazendo a potenciação de z através da fórmula de De Moivre, temos:
=z 35 ( 2)
35
{ 4 ( )
⋅ cos 35 ⋅ π + i sen 35 ⋅ π
4 ( )}
( 2) = ( 2)
35 34
Mas ⋅ 2 = 217 ⋅ 2 e θ = 35π possui primeira determinação
4
positiva em 3π . Desta forma, chegamos à representação trigonométrica de z 35 :
4
sen 3π( 4) = 2
2
. Daí:
35
35
z= 217 ⋅ 2 ⋅ − 2 + i 2 ⋅ z= 217 ⋅ ( −1 + i )
2 2
Matemática Básica II
Definição 6.7 Dado um número complexo z , representado
ρ ⋅ ( cos θ + i sin θ ) , com z ≠ 0
na forma trigonométrica z =
, definimos a radiciação desse número complexo (ou o cálculo
de suas raízes enésimas), conhecida como 2ª fórmula de De
Moivre, como sendo:
n ρ ⋅ cos
θ + k ⋅ 2π θ + k ⋅ 2π
wk = + i sen
n n
∈ * e k 0,1, 2, ... , n − 1 .
A equação é válida para ∀n=
wn = z
σ n ⋅ cos ( nϕ ) + i sen ( nϕ ) =
ρ ⋅ ( cos θ + i sen θ )
σ n = ρ ⋅σ = n ρ
Da mesma forma, os cossenos dos argumentos são iguais entre si, e os senos
também o são, ou seja, cos ( nϕ ) = cos θ e sen ( nϕ ) = sen θ , o que implica que
nϕ é igual a θ adicionado a todos os seus côngruos, pois lidamos aqui com uma
circunferência semelhante à circunferência trigonométrica. Logo:
θ + k ⋅ 2π
nϕ = θ + k ⋅ 2π ⋅ ϕ =
n
Desta forma, concluímos que:
n ρ ⋅ cos
θ + k ⋅ 2π θ + k ⋅ 2π
wk = + i sen
n n
Aula 6 | Tópico 2
Uma vez que k assume diferentes valores,
= pois k 0,1, 2, ... , n − 1 ,
temos n − 1 raízes. Então, para k = 0 , temos w0 ; para k = 1 , temos
w1 , e assim sucessivamente até k= n − 1 , quando teremos wn −1 ,
que é a última raiz. Essas raízes enésimas do número complexo z ,
com z ≠ 0 , possuem todas o mesmo módulo ρ , e seus argumentos formam uma
n
σ=
0 σ=
1 σ=
2
3
1 1
=
k = 0 , ϕ0
Para =
(=
0 + 0 ⋅ 2π )
0
3 ⋅ ϕ0
k = 1 , ϕ1
Para=
(=
0 + 1 ⋅ 2π ) 2π
3 ⋅ ϕ1 3
k = 2 , ϕ2
Para=
(=
0 + 2 ⋅ 2π ) 4π
3 ⋅ ϕ2 3
1 cos ( 0 ) + i sen ( 0 ) ⋅ w0 =
w0 =⋅ 1
2π 2π 1 3
1 cos
w1 =⋅ + i sen ⋅ w1 =− + i
3 3 2 2
Matemática Básica II
4π 4π 1 3
1 cos
w2 =⋅ + i sin ⋅ w2 =− − i
3 3 2 2
Aula 6 | Tópico 2
1. Determine a forma trigonométrica das raízes da equação x 2 + 2 x + 4 =0.
Matemática Básica II
2π 2π 4π 4π
2 ⋅ cos
1. z1 = + i sen 2 ⋅ cos
e z2 = + i sen
3 3 3 3
2. 0
119
2π 2π
3. 220 ⋅ cos
3
+ i sen
3
19
(
e 2 ⋅ −1 + i 3
)
4. w0 =2 ⋅ cos ( 0 ) + i sen ( 0 ) ⇒ w0 =2
2π 2π
w1 =2 ⋅ cos + i sen ⇒ w1 =−1 + i 3
3 3
4π 4π
w2 =2 ⋅ cos + i sen ⇒ w2 =−1 − i 3
3 3
Aula 6 | Tópico 2
Aula 7
Polinômios: formas
de representação e operações
120
Prezado(a) estudante,
Objetivos
Matemática Básica II
Tópico 1
Formas de representação
dos polinômios
121
OBJETIVOS
Compreender a noção intuitiva dos polinômios
Estudar a representação dos polinômios em: grau, nulidade,
identidade e valor numérico
Aula 6 | Tópico 2
A seguir, temos dois exemplos de polinômios e a representação de todos os seus
elementos:
2
P1 ( x) = 3 x + 6 x − 1
Termos: 3 x 2 , 6 x e − 1
Coeficientes: a2 = 3, a1 = 6 e a0 = −1
5 3 2
P2 ( x)= 2 x + x − 4 x − x + 3
Termos: 2 x 5 , x 3 , −4 x 2 , − x e 3
122 2, a4 =
Coeficientes: a5 = 0, a3 =
1, a2 =
−4, a1 =
−1 e a0 =
3
P1 ( x) 3;=
= gr ( P) 0
P2 ( x) = x 3 − x 2 + x; gr ( P) = 3
P3 ( x) = 4 x 5 + 3 x 2 − 2; gr ( P ) = 5
Matemática Básica II
Definição 7.3 Definimos que um polinômio será idêntico
a zero, ou identicamente nulo, quando todos os seus
coeficientes forem iguais a zero. O polinômio identicamente
nulo é denotado por P ( x) ≡ 0 .
Uma vez que b = c temos que c = 1 . Com isso, concluímos a solução do exercício.
) an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x1 + a0
P1 ( x=
e
) bn x n + bn −1 x n −1 + ... + b2 x 2 + b1 x1 + b0
P2 ( x=
são idênticos se, e somente se, tiverem o mesmo grau e
an bn ,=
ainda = an −1 bn −1 ,...,
= 2 , a1
a2 b= e a0 b0 .
b1 = Os
polinômios idênticos são denotados por P1 ( x) ≡ P2 ( x) .
Aula 6 | Tópico 2
Exercício resolvido 3: Determine os valores de a e b para que os polinômios
P1 ( x) = (a − b) x3 + x 2 − (a + b) e P2 ( x) = x3 + x 2 − 3 sejam idênticos.
1 , para os termos em x 3 ;1 = 1 ,
expoente em P1 ( x) e em P2 ( x) . Com isso, temos: a − b =
Matemática Básica II
Tópico 2
Propriedades operatórias
entre polinômios: adição,
subtração e multiplicação
125
OBJETIVOS
Entender as operações de adição, subtração e multiplicação entre
polinômios
Estudar situações-problema que envolvam as propriedades dos
polinômios
Aula 6 | Tópico 2
A seguir apresentamos um exercício resolvido para melhor compreensão desta
operação aritmética entre polinômios.
Exercício resolvido 5:
Caso falte algum termo
Dados os polinômios
em um polinômio,
P1 ( x) = 3 x3 + 2 x 2 − 5 x − 1 e
4 2
podemos considerar
P2 ( x) = x + 2 x + x + 2 , determine esse termo que falta com
o polinômio P3 ( x) , de modo que coeficiente igual a zero.
3 ( x)
P= P1 ( x) + P2 ( x) . ) x 2 − 1 é o mesmo que
Por exemplo: P ( x=
126 P( x) = x 2 + 0 x − 1 .
Solução: Para determinarmos o
polinômio 3 ( x)
P= P1 ( x) + P2 ( x) ,
basta fazermos a soma dos coeficientes de mesmo grau existentes em P1 ( x) e P2 ( x) .
Vale lembrar que no polinômio P2 ( x) falta o termo x 3 , cujo coeficiente é, portanto, zero,
ou seja, podemos reescrever o polinômio como sendo P2 ( x) = x 4 + 0 x 3 + 2 x 2 + x + 2 .
Temos, pois:
P3 ( x) = (0 + 1) x 4 + (3 + 0) x3 + (2 + 2) x 2 + (−5 + 1) x + (−1 + 2)
P3 ( x) = x 4 + 3 x3 + 4 x 2 − 4 x + 1
) an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x1 + a0
P1 ( x=
e
) bn x n + bn −1 x n −1 + ... + b2 x 2 + b1 x1 + b0 ,
P2 ( x=
Matemática Básica II
A seguir apresentamos um exercício resolvido para melhor compreensão desta
operação aritmética entre polinômios.
3 ( x)
Solução: Para determinarmos o polinômio P= P1 ( x) − P2 ( x) , basta fazermos a
subtração dos coeficientes de mesmo grau existentes em P1 ( x) e P2 ( x) . Caso falte
algum termo em um dos polinômios, podemos considerá-lo como sendo igual a zero.
Assim, temos:
4 3 2
127
P3 ( x) = (0 − 1) x + (3 − 0) x + (2 − 2) x + (−5 − 1) x + (−1 − 2)
P3 ( x) =− x 4 + 3x3 − 6 x − 3
4 ( x)
Para determinarmos o polinômio P= P2 ( x) − P1 ( x) , basta fazermos a
subtração dos coeficientes de mesmo grau existentes em P2 ( x) e P1 ( x) . Caso falte
algum termo em um dos polinômios, podemos considerá-lo como sendo igual a zero.
Com isso, temos:
P4 ( x) = (0 − 1) x 4 + (0 − 3) x 3 + (2 − 2) x 2 + (1 − (−5)) x + (2 − (−1))
P4 ( x) = x 4 − 3 x 3 + 6 x + 3
Aula 6 | Tópico 2
Definição 7.8 Dados dois polinômios,
) an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x1 + a0
P1 ( x=
e
) bn x n + bn −1 x n −1 + ... + b2 x 2 + b1 x1 + b0 ,
P2 ( x=
( x) P1 ( x) ⋅ P2 ( x) , basta fazermos o
Solução: Para determinarmos o polinômio P3=
produto de cada termo de P1 ( x) por todos os termos de P2 ( x) . Temos, então:
P3 ( x) = x 3 ⋅ [2 x 2 + x + 1] − x ⋅ [2 x 2 + x + 1]
P3 ( x) = 2 x 5 + x 4 + x 3 − 2 x 3 − x 2 − x
P3 ( x) = 2 x 5 + x 4 + x 3 − x 2 − x
Matemática Básica II
Tópico 3
129
OBJETIVOS
Compreender a divisão de polinômios pelos métodos de Euclides,
Descartes, D’Alembert e Briot-Ruffini
Estudar a divisão de polinômios por produtos de fatores lineares e
por divisões sucessivas
Aula 6 | Tópico 2
Na definição acima temos a possibilidade de R ( x) ≡ 0 ; neste caso, dizemos que
P1 ( x) é divisível por P2 ( x) . Vejamos um exercício resolvido para melhor compreensão
deste método de divisão.
P1 ( x) P2 ( x)
R ( x) Q( x)
Então, temos:
x2 − 5x + 6 x−2
− x2 + 2x x −3
−3 x + 6
3x − 6
Matemática Básica II
P1 ( x) = P2 ( x) ⋅ Q( x) + R ( x)
gr ( R) < gr ( P2 )
gr (Q) gr ( P1 ) − gr ( P2 )
=
P1 ( x) = P2 ( x) ⋅ Q( x) + R ( x)
x3 − 5 x
2
+ 6 x −3= ( x 2 − x + 1) ⋅ (ax + b) + (mx + n)
P1 ( x ) P2 ( x ) Q( x) R( x)
x3 − 5 x 2 + 6 x − 3= ax3 + bx 2 − ax 2 − bx + 1x + b + mx + n
x3 − 5 x 2 + 6 x − 3 = ax3 + (b − a ) x 2 + (−b + 1 + m) x + (b + n)
x 3 = ax 3 ⇒ a= 1
−5 x 2 = (b − a ) x 2 ⇒ −5 = b − 1∴ b = −4
6 x = (−b + a + m) x ⇒ 6 =−(−4) + 1 + m ∴ m =1
−3 =(b + n) ⇒ −3 =−4 + n ∴ n =1
Daí concluímos que Q ( x)= x − 4 e R ( x)= x + 1 .
Aula 6 | Tópico 2
3.3 Divisão de polinômios por binômios do 1º grau
132 Demonstração. Sabemos, pela divisão de polinômios com o método de Euclides, que
P1 ( x) P2 ( x).Q( x) + R( x) . No teorema do resto, citado acima, temos que P( x) = P1 ( x)
=
e P2 ( x)= x − a e, assim, P1 ( x) = ( x − a ).Q( x) + R( x) . Uma vez que o divisor é um
polinômio do 1º grau, então o resto é um polinômio de grau zero, pois gr ( R ) < gr ( P2 ) ,
ou seja, o resto é uma constante que denotaremos por R ( x) = r . Logo:
P1 ( x) = P2 ( x) ⋅ Q( x) + R( x)
P1 ( x) = ( x − a ) ⋅ Q( x) + r
Tomando x = a , temos:
P1 ( a ) =
( a − a ) ⋅ Q ( a ) + r ⋅ P1 ( a ) =
0 ⋅ Q ( a ) + r∴ P1 ( a ) =
r
Solução: Neste caso, como é solicitado apenas o resto, não há necessidade de efetuar
todo o processo de divisão. Sabendo que a = −1 , podemos apenas calcular o valor de
P1 ( x) . Temos, então:
P( x) = 3x5 − 5 x 4 + x3 + 8 x 2 + x − 5
P (−1) = 3(−1)5 − 5(−1) 4 + (−1)3 − 8(−1) 2 + (−1) − 5
P (−1) =−3 − 5 − 1 − 8 − 1 − 5 ∴ P (−1) =−23
Logo, R ( x) = −23 .
Matemática Básica II
Teorema 7.2 (teorema de D’Alembert) Um polinômio P ( x) é
divisível por x − a se, e somente se, P (a ) = 0 .
se P (a) = 0 e r = P (a) ,
matemático e físico trouxeram contribuições 133
significativas para o campo dos polinômios.
então r = 0 , o que garante que Acesse o site http://ecalculo.if.usp.br/
P ( x ) é divisível por x − a . historia/dalembert.htm e leia mais sobre a
vida dele.
Vejamos um exercício
resolvido para melhor compreensão deste teorema.
P1 ( x)= 2 x 4 + x3 + x 2 + x − 5
P1 ( x)= 2(1) 4 + (1)3 + (1) 2 + (1) − 5
P1 ( x) = 2 + 1 + 1 + 1 − 5 ∴ P1 (1) = 0
Aula 6 | Tópico 2
P( x) = ( x − a )( x − b) ⋅ Q( x) + R( x)
P( x) = ( x − a )( x − b) ⋅ Q( x) + (mx + n)
(ma + n) − (mb + n) =
0
ma + n − mb − n = 0
ma − mb ⇒ m(a − b) =
0
Matemática Básica II
Considere um polinômio ) an x n + an −1 x n −1 + ... + a2 x 2 + a1 x1 + a0
P1 ( x=
e seu divisor P2 ( x)= x − a . Efetuando a divisão, obtemos
n −1 2 1
( x) bn −1 x
Q= + ... + b2 x + b1 x + b0 e resto R( x) = r . Considerando ainda que
gr (Q) = n − 1 e que gr ( R) = 0 , temos:
gr ( P1 ) − gr ( P2 ) ⇒ gr (Q) =
bn −1 = an 135
b= aa + a
n − 2 n n −1
=b ab2 + a2
2
b0 ab1 + a1
=
a an an −1 ... a2 a1 a0
a an an −1 ... a2 a1 a0
an
bn−1
Aula 6 | Tópico 2
(III) Muliplicamos an por a e somamos o resultado com an −1 , obtendo o valor
de bn − 2 :
a an an −1 ... a2 a1 a0
an aan + an −1
bn−1
bn−2
136 r ab0 + a0 :
(IV) Repetimos esse processo até chegarmos ao último, ou seja,=
a an an −1 ... a0
an aan + an −1 ab0 + a0
...
bn−1 bn−2 r
( x) bn −1 x n −1 + ... + b2 x 2 + b1 x1 + b0 e R(=
De modo que Q= x) ab0 + a0 .
(I)
3 1 −2 3 −4 5
(II)
3 1 −2 3 −4 5
1
Matemática Básica II
(III)
3 1 −2 3 −4 5
1 1
(IV)
3 1 −2 3 −4 5
137
1 1 6 14 47
Nesta aula discutimos polinômios, desde sua noção intuitiva, passando por
definições de grau e identidade, até concluirmos com as operações aritméticas de
adição, subtração, multiplicação e divisão. Agora vamos praticar um pouco do que
estudamos!!
Aula 6 | Tópico 2
1. Calcule m e n de modo que P ( x)= (3m − 5n) x + m − 2n + 1 seja um
polinômio identicamente nulo.
138 3.
Obtenha o quociente e o resto da divisão
P ( x) = 4 x − 3 x + 5 x + 4 x − 7 x + 2 x − 4 x + 8 por ( x − 2) .
7 6 5 4 3 2
Matemática Básica II
(m 5=
1.= e n 3)
2. (m= n= p= 0)
4. ( −13)
5. ( 2 )
139
Aula 6 | Tópico 2
Aula 8
Equações algébricas:
notação e raízes
140
Prezado(a) estudante,
Vamos concluir nossos estudos sobre os polinômios, agora sob a ótica das
equações algébricas!
Objetivos
Matemática Básica II
Tópico 1
141
OBJETIVOS
Compreender o teorema fundamental da álgebra
Estudar a multiplicidade e a nulidade de raízes das equações
algébricas
an x n + an −1 x n −1 + + a2 x 2 + a1 x1 + a0 =
0
em que n ∈ , e {an , an −1 , , a2 , a1 , a0 } ∈ .
Aula 6 | Tópico 2
A seguir, temos a representação de algumas equações algébricas:
1 2
5 x 3 + x − 2 x − 1 =0
3
2 x 5 − 3
2 x 2 + (1 + i ) x − 3i
Equação algébrica: 4 x 4 − 3 x 3 + 2 x 2 − x − 2 =0
Equação algébrica: x 3 − 8 =0
Raiz da equação: 2 , pois ( 2 ) − 8 =
3
0
Equação algébrica: x 2 + 1 =0
Raiz da equação: i , pois ( i ) + 1 =
2
0
Matemática Básica II
Teorema 8.1 (teorema fundamental da álgebra) Toda
equação polinomial de grau n ( n ≥ 1) possui pelo menos uma
raiz complexa.
an x n + an −1 x n −1 + + a1 x1 + a=
0 an ⋅ ( x − α1 ) ⋅ ( x − α 2 ) ⋅ ⋅ ( x − α n )
Aula 6 | Tópico 2
Tópico 2
144
OBJETIVOS
Compreender as relações de Girard
Estudar a relação entre coeficientes e raízes das equações
algébricas através de exercícios
Polinômio de 1º grau ( n = 1)
Uma vez que P ( x=
) ax + b e que, para localizar sua raiz, devemos fazer
b
P ( x ) = 0 , então temos ax + b =0 , que nos fornece x = − como sua única
a
raiz.
Polinômio de 2º grau ( n = 2 )
Uma vez que P ( x ) = ax 2 + bx + c e que, para localizar suas raízes (quer
sejam iguais entre si, quer sejam distintas) devemos fazer P ( x ) = 0 , então
Matemática Básica II
temos ax 2 + bx + c =0 , que nos fornece as seguintes relações envolvendo os
coeficientes da equação e as raízes:
b
x1 + x2 =
−
a
x ⋅ x = c
1 2 a
a
x1 + x2 + x3 + ... xn = − n −1
an
a
( x1 ⋅ x2 ) + ( x1 ⋅ x3 ) + ( x2 ⋅ x3 ) + ( xn −1 ⋅ xn ) xn = − n−2
an
a
( x1 ⋅ x2 ⋅ x3 ) + ( x1 ⋅ x2 ⋅ x4 ) + ( xn − 2 ⋅ xn −1 ⋅ xn ) =− n −3
an
n a
x1 ⋅ x2 ⋅ x3 ⋅ ⋅ xn = − (1) ⋅ 0
an
Aula 6 | Tópico 2
Para melhor compreendermos o uso das relações de Girard, seguem-se alguns
exercícios resolvidos.
a) x1 + x2 + x3
b) ( x1 ⋅ x2 ) + ( x1 ⋅ x3 ) + ( x2 ⋅ x3 )
c) x1 ⋅ x2 ⋅ x3
146 d)
1
+
1
+
1
x1 ⋅ x2 x1 ⋅ x3 x2 ⋅ x3
e) ( x1 ) + ( x2 ) + ( x3 )
2 2 2
a2
a) x1 + x2 + x3 =− ⇒ x1 + x2 + x3 =−3
a3
a1
b) ( x1 ⋅ x2 ) + ( x1 ⋅ x3 ) + ( x2 ⋅ x3 ) = ⇒
a3
( x1 ⋅ x2 ) + ( x1 ⋅ x3 ) + ( x2 ⋅ x3 ) =
−5
a0
( −1) ⋅ ⇒ x ⋅x ⋅x =
( −1) ⋅ (8) =
3 3
c) x1 ⋅ x2 ⋅ x3 = −8
a3 1 2 3
1 1 1
d) Fazendo o m.m.c. da expressão + + , temos:
x1 ⋅ x2 x1 ⋅ x3 x2 ⋅ x3
1 1 1 x1 + x2 + x3
+ + = ⇒
x1 ⋅ x2 x1 ⋅ x3 x2 ⋅ x3 x1 ⋅ x2 ⋅ x3
a
− 2
x1 + x2 + x3
= a3 ⇒ x1 + x2 + x3 =−3 3
=
x1 ⋅ x2 ⋅ x3 3 a0 x1 ⋅ x2 ⋅ x3 −8 8
( −1) ⋅
a3
Matemática Básica II
e) Para chegarmos à expressão ( x1 ) + ( x2 ) + ( x3 ) , vamos desenvolver a expressão
2 2 2
( x1 + x2 + x3 )
2
; com isso, temos:
( x1 ) + ( x2 ) + ( x3 ) ( x1 + x2 + x3 ) − 2 ( x1 ⋅ x2 ) + ( x1 ⋅ x3 ) + ( x2 ⋅ x3 ) ⇒
2 2 2 2
=
( x1 ) + ( x2 ) + ( x3 ) ( x1 + x2 + x3 ) − 2 ( x1 ⋅ x2 ) + ( x1 ⋅ x3 ) + ( x2 ⋅ x3 ) ⇒
2 2 2 2
=
2
a2 a1
( x1 ) + ( x2 ) + ( x3 )
2 2 2
− − 2 ⇒
=
a3 a3
( x1 ) + ( x2 ) + ( x3 )
2 2 2
=( −3) − 2 ( −5 ) =19
2 147
( x1 ) + ( x2 )
2 2
Solução: Para determinarmos o valor de , devemos inicialmente
identificar seus coeficientes, ou seja, a3 = 3 , a2 = 0 , a1 = −30 e a0 = −5 . Temos,
assim, as seguintes relações:
x1 + x2 + x3 =−
a2 ⋅ x + x + 2 =
a3 1 2 3 ( )
− 0 ⋅ x1 + x2 =−2
3 a −5 5
( −1) ⋅ ⋅ 2 ⋅ x1 ⋅ x2 =
( −1) ⋅ 0 ⋅ x1 ⋅ x2 ⋅ 2 =
3
x1 ⋅ x2 ⋅ x3 =
a3 3 3
( x1 + x2 ) = ( x1 ) + ( x2 ) + 2 ( x1 ⋅ x2 ) ,
2 2 2
Por outro lado, sabemos que
( x1 ) + ( x2 ) =( x1 + x2 ) − 2 ( x1 ⋅ x2 ) ;
2 2 2
ou seja, segue-se daí que
( x1 ) + ( x2 )
2 2
=( −2 ) − 5
2
( 3 ) =7 3 .
Aula 6 | Tópico 2
Tópico 3
148
OBJETIVOS
Compreender o método para localização de raízes racionais das
equações algébricas
Estudar as raízes imaginárias das equações algébricas
Neste tópico vamos conhecer um método que nos ajuda a determinar, caso
existam, raízes racionais de equações algébricas. Abordaremos ainda as raízes
imaginárias, enfatizando que as raízes de equações algébricas pertencem de fato ao
conjunto dos números complexos.
p
primos entre si, com p ∈ e q ∈ * ; se é raiz de P ( x ) = 0 ,
q
então p é divisor de a 0 e q é divisor de an .
Matemática Básica II
Vejamos alguns exercícios resolvidos para melhor compreensão deste teorema.
Solução: Inicialmente devemos observar as condições para uso do teorema das raízes
racionais, ou seja: os coeficientes são todos números inteiros e o termo a0 ≠ 0 , pois
a0 = 6 . Com isso, temos: p é divisor de a0 , com p ∈ , logo p ∈ {±1, ±2, ±3, ±6} .
Como a=
n a=
3 1 e q é divisor de an , com q ∈ * , logo q ∈ {1} . Uma vez que
p 3 2
é raiz de x + 4 x + x − 6 =0 , temos que as possíveis raízes racionais são:
149
q
p
∈ {±1, ±2, ±3, ±6} .
q
( −1) não é raiz;
P (1)= (1) + 4 (1) + (1) − 6= 0 e, como P (1) = 0 , temos que (1) é raiz;
3 2
P ( −2 ) = ( −2 ) + 4 ( −2 ) + ( −2 ) − 6 = 0 e, como P ( −2 ) =
3 2
0 , temos que
( −2 ) é raiz;
P ( 2=
) ( 2) + 4 ( 2 ) + ( 2 ) − 6= 20 e, como P ( 2 ) ≠ 0 , temos que ( 2 ) não
3 2
é raiz;
é raiz.
Uma vez que a equação estudada é do 3° grau, ela possui apenas 3 raízes
segundo o teorema fundamental da álgebra, ou seja, as raízes são: {−3, −2,1} .
Aula 6 | Tópico 2
Solução: Inicialmente devemos
O teorema das raízes
observar as condições para uso racionais não garante que
do teorema das raízes racionais, todas as raízes são racionais,
ou seja: os coeficientes são mas apenas a localização de
todos números inteiros e o alguma raiz racional, caso exista.
termo a0 ≠ 0 , pois a0 = −6 .
Com isso, temos: p é divisor de a0 , com p ∈ , logo p ∈ {±1, ±2, ±3, ±6} .
E, como a=
n a=
4 2 e q é divisor de an , com q ∈ * , logo q ∈ {1, 2} . Uma vez que
150 p
q
4 3 2
é raiz de 2 x − 5 x − 4 x + 15 x − 6 =0 , temos que as possíveis raízes racionais
p 1 3
são: ∈ ± , ±1, ± , ±2, ±3, ±6 .
q 2 2
Matemática Básica II
1
2 −5 −4 15 −6
2
2 −4 −6 12 0
1
em que Q1 ( x ) = 2 x 3 − 4 x 2 − 6 x + 12 e o resto R ( x ) = 0 , confirmando que x = é,
2
de fato, raiz da equação.
1
Como ± já foi testado, vamos passar agora aos próximos valores e observar
2
p
algum caso em que P = 0 . Então:
q
é raiz;
P ( 2=
) 2 ( 2 ) − 4 ( 2 ) − 6 ( 2 ) + 12= 0 e, como P ( −2 ) ≠ 0 , temos que ( 2 )
3 2
é raiz.
Uma vez localizada outra primeira raiz racional, x2 = 2 , vamos dividir o polinômio
P ( x ) = 2 x3 − 4 x 2 − 6 x + 12 por x − 2 através do dispositivo de Briot-Ruffini. Daí,
temos:
Aula 6 | Tópico 2
2 2 −4 −6 12
2 0 −6 0
em que Q2 (=
x ) 2 x 2 − 6 e o resto R ( x ) = 0 , confirmando que x = 2 é, de fato, raiz
da equação.
Por fim, temos em 2 x 2 − 6 =0 uma equação de 2° grau que pode ser resolvida
152
pela fórmula de Bhaskara, possuindo raízes x3 = − 3 e x4 = 3 .
Solução: Neste caso, como x1 = i é uma das raízes, sabemos, por força do teorema
8.4 , que x2 = −i também é raiz, pois z = −i é o conjugado de z = i . Procedendo
à divisão de P ( x ) = x 4 + x 3 − x 2 + x − 2 por ( x − i) e por ( x + i ) , pelo dispositivo
prático de Briot-Ruffini, temos:
Matemática Básica II
i 1 1 −1 1 −2
1 1+ i −2 + i −2i 0
1 1 −2 0
Uma vez que a equação estudada é do 4° grau, ela possui apenas 4 raízes
complexas: {−i, i, −2,1} .
Aula 6 | Tópico 2
1. Resolva a equação polinomial x 4 − 3 x 3 + 3 x 2 − 3 x + a , sabendo que 1 e i
são duas de suas raízes.
2. O conjunto-solução da equação x 4 − 2 x3 + 4 x 2 + 5 x − 2 =0 é
1 1 1 1
S = { x, y, z , w} . Determine o valor de + + + .
154 x y z w
3. Resolva a equação x 4 − 4 x 3 + 8 x 2 − 16 x + 16 =
0 , sabendo que 2 é sua raiz
dupla.
Matemática Básica II
S
1. = {1, 2, ±i}
5
2.
2
S
3. = {2, ±2i}
155
4. ∀a ∈
1
5. −
2
Aula 6 | Tópico 2
Referências
156
FACCHINI, W. Matemática para a escola de hoje. São Paulo: FTD, 2006.
FERREIRA, G.S.S. Equações Algébricas: um breve estudo. Recife: Gráfica Imprima, 2017.
GENTIL, N.; SANTOS, C.A.M.; GRECO, A.C.; GRECO, S.E. Matemática para o 2º grau. 7.
ed. São Paulo: Ática, 1998. 3 v.
IEZZI, G.; HAZZAN, S. Fundamentos da Matemática Elementar. 6. ed. São Paulo: Atual,
1993. (Sequências, Matrizes, Determinantes e Sistemas). 4 v.
LIMA, E. L., et al. A Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 1998. 3 v.
MACHADO, A. S. Matemática, temas e metas. São Paulo: Atual, 1986. (Sistemas
Lineares e Análise Combinatória). 3 v.
PAIVA, M. Matemática. São Paulo: Moderna, 2005.
Matemática Básica II
Sobre o autor
157
Guttenberg Sergistótanes Santos Ferreira tem graduação em Ciências (habilitação
em Matemática), pós-graduação (lato sensu) em Matemática e Física, ambas pela
Universidade Regional do Cariri (URCA), e pós-graduação (stricto sensu) pelo Programa
de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal
do Ceará (UFC), através do eixo temático Matemática, na linha de pesquisa Ensino
de Ciências e Matemática. Atualmente é professor efetivo com dedicação exclusiva,
coordenador do Programa de Especialização lato sensu em Ensino de Matemática
(com ênfase na formação de professores da educação básica) e ainda Coordenador
de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará – IFCE (campus de Juazeiro do Norte). Coordena disciplinas no
curso de Licenciatura em Matemática, modalidade semipresencial, da Universidade
Aberta do Brasil (UAB/EaD/IFCE), na condição de professor formador. Atua como
avaliador ad hoc no MEC/SETEC para cursos FIC e na Revista Conexões – Ciência
e Tecnologia do IFCE. Atua também como pesquisador junto ao Grupo de Estudo
Educação, Tecnologia e Formação Docente e ao Grupo de Pesquisa e Investigação no
Ensino de Matemática, ambos vinculados ao CNPq e certificados pelo IFCE, realizando
pesquisas em Educação Matemática, com foco em Metodologias de Ensino, Resolução
de Problemas e História da Matemática.
Sobre o autor