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01/2013

Comércio Exterior

Localização e tamanho do mercado – A última região é formada pelo mercado externo. As exportações
correspondem a uma fatia significativa das vendas da empresa. Esta fatia será afetada por variáveis
macroeconômicas, ou seja, variáveis que a empresa praticamente não tem como influenciar, e variáveis
microeconômicas, às quais a empresa pode efetivamente competir no mercado.

Variáveis macroeconômicas que afetam a demanda por produtos no exterior: Assim como o mercado interno,
o mercado externo também tem uma sazonalidade do produto no último período de cada ano (períodos 4, 8, 12).
Esta sazonalidade representa um aumento de 50% na demanda pelo produto, considerando que todas as outras
variáveis que influenciam na demanda permaneçam constantes (ceteris paribus). A demanda por produtos
exportados também tem um crescimento inercial, que é uma função do crescimento populacional, da riqueza e
do setor a nível mundial. O crescimento inercial é de 1% ao período e deve manter-se constante para os
próximos 3 anos (12 períodos). Este crescimento refere-se apenas ao mercado externo. Para o mercado interno
existe a variável correspondente chamada “Crescimento do Macro Setor”. Por fim, existe a demanda distribuída,
que ocorre quando um concorrente local não tem como atender toda a demanda gerada para vendas no exterior.
Os compradores do exterior irão buscar então novos fornecedores na proporção de 50% para concorrentes do
mesmo país de origem da empresa que não atendeu toda a sua demanda e 50% para empresas concorrentes de
outros países.

Variáveis microeconômicas que afetam a demanda por produtos no exterior: A empresa pode efetivamente
estimular uma maior participação no mercado externo via preço e propaganda. O preço é cotado em Dólar.
Assim, a demanda na última região (mercado externo) somente será afetada se o preço em Dólar sofrer
alteração. O produto terá a mesma elasticidade da demanda em função do preço, tanto no mercado externo,
quanto interno. A única diferença é que a base para o mercado interno é o preço anterior, ajustado pela inflação e
no mercado externo a base é o próprio preço em Dólar. A propaganda na última região refere aos esforços de
prospecção de novos distribuidores no exterior.

Distribuição dos produtos: As despesas de distribuição são as mesmas das demais regiões (com exceção da
região onde a empresa está instalada) e são cotadas em moeda local. Esta despesa é igual porque a empresa
utiliza o FOB – Free On Board, modalidade de comercialização para o exterior em que o vendedor assume todas
as despesas até o carregamento da mercadoria. A partir daí, todas as demais despesas (frete, seguro, etc.) correm
por conta do comprador.

Contabilização dos produtos exportados: A receita de vendas (DRE), o valor recebido (caixa) referente aos
produtos exportados e a propaganda feita no exterior são convertidos pela taxa de câmbio e já apresentados em
moeda local para efeito contábil e financeiro. Inicialmente cada Dólar vale duas vezes a moeda local (1,0 US$ = $
2,0). O preço da propaganda no mercado externo é de US$ 10.000 por campanha e não é previsto aumento deste
valor em Dólar para os próximos 3 anos (12 períodos).

Apresentação das informações do comércio exterior: A cotação da moeda local em relação ao Dólar a vigorar no
período será apresentada na Gazeta Industrial e posteriormente também nos Indicadores Macroeconômicos do
Relatório de Mercado. No Relatório Operacional são apresentadas a demanda e venda individual da empresa no
mercado externo, enquanto no Relatório de Mercado são apresentadas a demanda e venda do mercado externo
representadas por todas as empresas locais que vendem o produto para o exterior. Portanto, a demanda e
vendas ao exterior que são apresentadas no Relatório de Mercado representam os produtos totais das empresas
nacionais e não o mercado global deste produto, que não é disponível em nenhum relatório.

Bernard Simulação Gerencial® Simulação Industrial - SIND 7.0d

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