Mecânica dos Solos

Avançada e Introdução a
Obras de Terra
Engenharia Civil
Prof.ª Andira Nurrielli de Oliveira Costa, MSc

Imperatriz – MA
2019.2
 Estabilidade de Taludes
• Talude é qualquer superfície inclinada do
terreno, que separa dois planos com diferentes
energias potenciais.

• Um talude pode ser constituído por:

- Maciço de solo;
- Rocha;
- Gelo;
- Lixo.

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 Estabilidade de Taludes
• Talude natural (encosta): formado pela
ação de agentes da natureza (agentes
geológicos, atmosféricos e
hidrosféricos).

• Talude escavado (de corte):

produzidos pela ação do homem,
como os aterros e cortes. 3
 Estabilidade de Taludes
• Existem três grandes áreas que podem gerar problemas de instabilidade,
resultando em movimento de massas:
- A construção e recuperação de grandes obras civis (rodovias, ferrovias e
barragens, por exemplo).
- Mineração.
- Ocupação urbana em encostas.

• Os movimentos de massa são mecanismos de transporte de material (solos,

rochas e/ou sedimentos), induzidos pela força da gravidade e pela ação combinada
ou isolada de fatores naturais e ações antrópicas.

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 Estabilidade de Taludes
• Os principais movimentos de massa que existem são:

rastejo (creep) escorregamento (slide) quedas (falls)

tombamento (toppling) corrida (flow) 5

 Estabilidade de Taludes
• Os movimentos de massa são deflagrados por agentes predisponentes e agentes
efetivos. Os principais condicionantes dos movimentos de massa são:

- as características climáticas (a temperatura e sua variação ao longo das estações do

ano, congelamento e descongelamento e regime pluviométrico);
- as características e distribuição dos materiais que compõem o substrato do talude
(solo e/ou rocha e estruturas geológicas);
- características geomorfológicas (inclinação, amplitude e forma dos perfis das
encostas);
- o regime de águas de superfície e subsuperfície;
- as características do uso e ocupação do solo (cobertura vegetal e formas de
intervenção antrópica nas encostas como cortes e aterros).

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 Estabilidade de Taludes
• A água subsuperficial e de superfície são as principais responsáveis pela
deflagração de movimentos de massa.

• Os escorregamentos em rocha tendem a ser mais suscetíveis à chuvas

concentradas, já os escorregamentos em maciços de solo dependem também dos
índices pluviométricos acumulados nos dias anteriores.

• A cobertura vegetal pode apresentar efeitos favoráveis e desfavoráveis aos

maciços.

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 Estabilidade de Taludes
• A ação antrópica acelera e amplia os processos de instabilização e podem deflagrar
movimentos de terra, como:

- redução da cobertura vegetal.

- vazamento na rede de abastecimento e esgoto.
- execução de cortes com geometria inadequada (alteração do estado de tensões).
- lançamento de entulho e lixo nas encostas.
- vibrações produzidas por tráfego intenso.
- execução deficiente de aterros (compactação, geometria e fundação).

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 Estabilidade de Taludes
• Podemos verificar nos taludes a possibilidade de uma massa de solo romper ou
não utilizando métodos de análise de estabilidade:

- Métodos analíticos.
- Métodos experimentais.
- Métodos observacionais.

• O método analítico utiliza o Fator de Segurança (FS), que é a razão entre os

esforços resistentes (ER) e pelos esforços instabilizadores (EI):

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 Forças em um talude infinito
• Considerando um material granular seco em
uma caixa de forma apoiada em uma superfície
inclinada com uma horizontal, formando um
ângulo β.
• Este ângulo coincide aproximadamente com o
ângulo de atrito interno dos materiais, com
ou sem saturação.

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 Estabilidade de Taludes
• Suponhamos que C-D esteja localizado na superfície de deslizamento, que existe
uma pressão intersticial, u, nesta superfície e que a coesão é nula, o coeficiente de
segurança (FS) pode ser expresso pela expressão:

• Se u=0:

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 Talude com rede de filtração
• Supondo que existe uma rede de filtração, ou seja, um
caminho que favorece a percolação e fluxo de água no solo,
cujas linhas tracejadas formam um ângulo α com a
horizontal, onde é apresentado um tubo piezométrico
instalado no maciço de solo.
• O-M a linha equipotencial que passa pelo centro da base do
elemento:

• Talude com infiltração temos que α = β:

• Considerando que γ=2γw:

• Se a rede atual paralela ao talude se encontra a uma altura

zw sobre a superfície de deslizamento: 12
 Talude finito
• Considerando que há coesão, o plano mais desfavorável passará pelo pé do talude,
onde é suposta uma fenda de tração de profundidade conhecida.
• P é o peso do bloco, N é a força normal, ϕ é o ângulo de atrito no plano de ruptura,
θ é o ângulo de inclinação do talude, v e u correspondem a pressão de água, na
fenda de tração e subpressão, respectivamente, T é a força de tração e A é a área da
base do bloco.

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Talude finito

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 Exemplo
• Um corte foi feito para a construção de moradias. Entretanto, foi identificado que
há no local uma família de descontinuidades paralelas à face do talude. Com isso,
uma análise de estabilidade precisa ser feita para saber se haverá a ruptura da
camada de solo residual, que está representado esquematicamente abaixo. O peso
específico do solo é de 25 kN/m³. A coesão é de 1,8 kN/m² e o ângulo de atrito é
de 45º. Sabendo de todos esses valores, diga se o bloco é estável ou não.

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