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Gerenciamento de Desastres
Manual de Procedimentos
Primeira Edição
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Plano de Ativação
GERENCIAMENTO DE DESASTRES
Manual de Procedimentos
Primeira Edição - 2015
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Este Manual foi publicado pela primeira vez pelo Centro de Resposta a
Desastres (CRD) em nome do Corpo de Bombeiros Militar de Pernabuco, em junho de
2015. Questionamentos sobre o conteúdo e solicitações de cópias deste Manual devem
ser feitas para a Diretoria Integrada Metropolitana do CBMPE em (81) 3182-
9117/9116/9115 ou dpo@bombeiros.pe.gov.br.
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO
Stênio Flávio Alves Xavier
Tenente Coronel BM - Chefe do Centro de Resposta a Desastres
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................6
2. CENÁRIO DE DESASTRES ................................................................................................. 7
3. CONCEITOS DA OPERAÇÃO ............................................................................................ 10
4. GERENCIAMENTO DAS OPERAÇÕES ............................................................................ 25
5. PROCEDIMENTOS DE GERENCIAMENTO ..................................................................... 29
6. ATUALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO ......................................................................................... 38
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1. INTRODUÇÃO
2. CENÁRIO DE DESASTRES
2.1 DEFINIÇÃO
Um desastre é considerado todo incidente ou situação crucial não rotineira, que
exija uma resposta especial dos órgãos operativos de defesa social, em razão da
possibilidade de agravamento conjuntural, com grande risco à vida e ao patrimônio. Por
exemplo:
Enchentes e grandes inundações;
Desabamentos de grandes estruturas;
Graves vazamentos de produtos perigosos;
Grandes deslizamentos de encostas;
Acidentes massivos envolvendo transporte aéreo e ferroviário;
Atos de terrorismo e/ou ocorrências envolvendo bombas e explosivos;
Grandes incêndios; e
Outros desastres naturais e tecnológicos.
2.2 DECLARAÇÃO
O presente Plano será ativado pelo Diretor Integrado Metropolitano do CBMPE
quando ocorrer incidentes ou situações cruciais não rotineiras, que exijam uma resposta
especial das OME's, em razão da possibilidade de agravamento conjuntural, desde que
seja considerado qualquer um dos critérios mencionados no item 2.1.
2.3 ESTÁGIOS
Os desastres podem ser considerados como tendo quatro fases:
Resposta inicial;
Fase de consolidação;
Fase de recuperação; e
Restauração da normalidade.
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1) Comandante da Emergência
Oficial superior, do posto de tenente-coronel QOC, designado pelo Diretor
Integrado Metropolitano que, auxiliado por uma equipe de gerenciamento e apoio,
possuindo as seguintes atribuições:
a) Assumir o comando geral da operação;
b) Coordenar as ações do CIC2;
c) Estabelecer as prioridades táticas para o seu turno de serviço;
d) Avaliar as informações da emergência;
e) Supervisionar as atividades dos comandos de área;
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2) Oficial de Informação
Oficial intermediário, do posto de capitão QOC ou QOA, designado pelo Diretor
Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Adquirir informações de inteligência relacionadas com a emergência;
b) Gerar previsões e simulações de cenários adversos e favoráveis;
c) Disponibilizar procedimentos, planos e mapas operacionais
relacionados com a emergência;
d) Obter a relação de especialistas para auxílio na emergência;
e) Registrar informações e emitir relatórios sobre a evolução da
emergência.
3) Oficial de Ligação
Oficial intermediário, do posto de capitão QOC, designado pelo Diretor
Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Servir de elemento de ligação com os demais órgãos envolvidos nas
ações de socorro e assistência;
b) Manter atualizado o cadastro dos órgãos de apoio;
c) Coordenar as visitas de dignitários no CIC2;
d) Repassar aos demais operadores do CIC2 as disponibilidades de
recursos externos;
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4) Oficial de Imprensa
Oficial intermediário, do posto de capitão, QOC ou QOA, designado pelo Diretor
Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Obter informações nos meios de comunicação que auxiliem o
gerenciamento da emergência;
b) Elaborar boletins informativos para o CIC2;
c) Organizar coletivas com os meios de comunicação, seguindo as
orientações e devidamente autorizadas pela CIC2 e Gabinete de
Gerenciamento de Crises da Secretaria de Defesa Social (SDS);
d) Integrar o CIC2 com o setor de comunicação do palácio do governo
estadual e da SDS.
5) Oficial de Operações
Oficial Superior, do posto de major QOC, designado pelo Diretor Integrado
Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
e) Coordenar as ações desenvolvidas pelos comandos de área;
f) Ordenar as comunicações entre os postos de comando de área (PCA);
g) Identificar as necessidades para as ações dos comandos de área;
h) Controlar os recursos empregados pelos comandos de área;
i) Executar o plano de operações do comando geral da operação e
supervisionar a execução dos planos dos comandos da área;
j) Zelar pelas condições de segurança das equipes dos postos de
comando das áreas e dos grupos de intervenção;
k) Supervisionar a desmobilização dos recursos empregados na área.
6) Oficial de Planejamento
Oficial superior ou intermediário, do posto de major ou capitão QOC, designado
pelo Diretor Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
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7) Oficial de Logística
Oficial intermediário, do posto de capitão, QOC ou QOA, designado pelo Diretor
Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Gerenciar os aspectos financeiros e administrativos da operação;
b) Suprir as necessidades logísticas das equipes da CIC2, dos postos de
comando de área e dos grupos de intervenção;
c) Supervisionar a instalação e manutenção das bases e dos postos de
comando de área, principalmente, sobre aspectos relacionados com
iluminação, subsistência, equipamentos de apoio e operacionais,
comunicação, transporte, energia, acomodação e combustível;
d) Gerenciar o emprego de viaturas, embarcações e aeronaves nos
procedimentos de mobilização e desmobilização;
e) Controlar os recursos internos e externos disponibilizados para a
operação.
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1) Comandante de Área
Oficial superior, do posto de tenente-coronel QOC, designado pelo Diretor
Integrado Metropolitano que, auxiliado por uma equipe de gerenciamento e apoio,
possuindo as seguintes atribuições:
a) Assumir o comando da operação na área para qual foi designado;
b) Coordenar as ações do posto de comando de sua área de
responsabilidade;
c) Estabelecer os procedimentos a serem executados para que sejam
atendidas as prioridades táticas estabelecidas pelo Centro Integrado
de Comando e Controle (CIC2);
d) Avaliar as informações dos cenários encontrados em sua área;
e) Reportar-se ao CIC2 periodicamente repassando as informações
relacionadas com o andamento da operação na sua área de
responsabilidade;
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2) Oficial de Ligação
Oficial intermediário ou subalterno, do posto de capitão ou tenente, QOC ou
QOA, designado pelo Diretor Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Servir de elemento de ligação com os demais órgãos envolvidos nas
ações de socorro e assistência na região de seu comando de área;
b) Manter atualizado o cadastro dos órgãos de apoio;
c) Coordenar as visitas de dignitários na base e no posto de comando;
d) Obter informações nos meios de comunicação que auxiliem o
gerenciamento da emergência na área;
e) Representar o comando da área em reuniões externas, quando de seu
impedimento.
3) Oficial de Operações
Oficial Superior, do posto de major QOC, designado pelo Diretor Integrado
Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Coordenar as ações desenvolvidas pelos grupos de intervenção;
b) Ordenar as comunicações entre os grupos de intervenção e o posto de
comando de área (PCA);
c) Identificar as necessidades para as ações dos grupos de intervenção;
d) Controlar os recursos empregados na emergência;
e) Executar o plano de operações do comando da área;
f) Zelar pelas condições de segurança dos grupos de intervenção e do
posto de comando;
g) Coordenar a desmobilizar dos recursos empregados na área.
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4) Oficial de Intervenção
Oficial intermediário ou subalterno, do posto de capitão ou tenente, QOC e
QOA, designado pelo Diretor Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Coordenar o briefing e os procedimentos de passagem de serviço,
entre os integrantes de seu grupo, em cada turno;
b) Coordenar as ações de intervenção desenvolvidas pelos integrantes
do grupo sob sua responsabilidade;
c) Informar as necessidades para as ações do seu grupo de intervenção;
d) Controlar os recursos empregados pelo seu grupo de intervenção;
e) Executar as ações estabelecidas no plano de operações do comando
da área;
f) Zelar pelas condições de segurança do seu grupo de intervenção.
5) Oficial de Planejamento
Oficial intermediário ou subalterno, do posto de capitão ou tenente QOC,
designado pelo Diretor Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Construir o plano de operações da área;
b) Elaborar os quadros táticos para as diversas informações relacionadas
com a emergência;
c) Coordenar as reuniões táticas;
d) Acompanhar a execução das prioridades táticas;
e) Organizar o serviço de reprodução e arquivamento de documentos;
f) Coordenar o briefing e os procedimentos de transferência de comando
em cada turno de serviço;
g) Analisar as informações de inteligência relacionadas com a
emergência; na área de responsabilidade de seu comando;
h) Disponibilizar procedimentos, planos e mapas operacionais
relacionados com a emergência;
i) Registrar informações e emitir relatórios sobre a evolução da
emergência;
j) Elaborar boletins informativos para o CIC2;
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6) Oficial de Logística
Oficial intermediário ou subalterno, do posto de capitão ou tenente QOC,
designado pelo Diretor Integrado Metropolitano, que possui as seguintes atribuições:
a) Promover recursos materiais e humanos para o PCA e grupos de
intervenção.
3.4 BRIEFING
Briefing é o ato de repassar informações e/ou instruções concisas e objetivas
sobre uma missão ou tarefa a ser executada.
Os briefings devem ser orientados de forma a seguir a seguinte estrutura:
Abertura da reunião pelo comandante do incidente;
Diagnóstico dos cenários adversos instalados;
Revisão e/ou atualização das decisões chaves;
Estabelecimento, revisão ou atualização das prioridades, limitações e
obstáculos;
Elaboração, revisão e atualização dos procedimentos:
Manejo de informações sensíveis;
Fluxo de informações;
Solicitações de recursos;
Táticas e segurança das ações.
Determinação da carga de trabalho;
Resumo e documentação das decisões chave.
3.8 LIGAÇÃO
Uma das estruturas essenciais no controle da emergência, a Ligação, será
desempenhada visando o contato com os representantes das instituições que estejam
trabalhando no incidente ou que possam ser convocadas. Como atribuição, inclui a
identificação dos representantes de cada uma das instituições, bem como sua localização
e linhas de comunicação.
Quanto à interação entre a coordenação do CIODS/BM, o CIC2 e as forças
amigas fica estabelecida a seguinte estrutura:
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4.1.1 NÍVEL 0
O nível “0” é caracterizado pelas ocorrências regulares do serviço operacional.
Nessa fase, os meios disponíveis para a resolução das ocorrências estão restritas ao
efetivo escalado operacionalmente e os mateirias existentes nas viaturas operacionais.
Não há ações específicas a serem desencadeadas, e a gestão das ações de socorro será
feita por mediação do CIODS e a SGE, conforme figura a seguir.
4.1.2 NÍVEL I
O nível “I” é caracterizado pelas ocorrências complexas pontuais que se
estendem em mais de 12h. Nesse nível, os recursos empregados para a resolução do
sinistro ainda ficam restritos ao efetivo escalado operacionalmente e os materias
existentes nas viaturas operacionais.
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4.1.3 NÍVEL II
Já o nível “II” é caracterizado por ocorrências complexas pontuais que se
estendem por mais de 12h e que necessitam de recursos extras para resolução do sinistro.
Nesse nível, o aporte gerencial será feito através do CIC2, PC e os recursos
advindos dos órgãos externos de apoio (Forças amigas), conforme figura a seguir.
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5. PROCEDIMENTOS DE GERENCIAMENTO
Sistema de comunicação;
Atendimentos realizados e pendentes;
Provável evolução;
Repasse de transferência aos comandos da operação.
5.4 DESMOBILIZAÇÃO
Finalizada a emergência, a desmobilização será feita de forma organizada e
planejada, priorizando os recursos humanos empregados inicialmente.
5.4.1 DESMONTAGEM DO PCA E DO PC
A desmobilização do desastre poderá ser autorizada pelas seguintes
autoridades:
1. Comandante Geral;
2. Subcomandante Geral;
3. Diretor Integrado Metropolitano ou Diretor Integrado do Interior.
5.5. DE-BRIEFING
Já finalizando a ocorrência, o De-briefing acontecerá após a desmobilização do
teatro de operações, sendo um feedback da emergência. É através do De-briefing que o
Comandante da Operação passará as instruções finais para a conclusão da ocorrência.
5.6. AVALIAÇÃO
A avaliação do gerenciamento do desastre será feita baseando-se nos dados
colhidos pelos Postos de Comando, bem como nas ações realizadas durante a operação.
A análise se dará em reunião com todas as OBMs envolvidas dias após o fechamento da
emergência, analisando as tomadas de decisão, o planejamento realizado, os
procedimentos de comando, entre outros, objetivando trazer melhorias na gestão de
futuros desastres. A avaliação será de responsabilidade do CRD juntamente com a
Diretoria Integrada da região afetada pelo desastre.
6. ATUALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
os processos de avaliação, deverão ser emitidos relatórios aos setores responsáveis pela
gestão do Plano, devendo ser designada comissão conjunta com o objetivo de propor as
adequações necessárias para a correção das inconformidades identificadas, que passarão
pela homologação dos setores gestores do Plano.
A incorporação de novos procedimentos, também, deverá ser alvo de uma
avaliação anual, a qual obedecerá o mesmo rito descrito anteriormente.
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ANEXO
PROCEDIMENTOS DE GERENCIAMENTO
Cenário Instalado
ITEM AÇÃO RESPONSÁVEIS
6 Despacho inicial CIODS, SGE ou CIC2
7 Ações de Primeira Resposta Comandante da Operação no Terreno
Estabelecimento de Posto de Comando
8 Comandante da Operação no Terreno
inicial: Avaliação inicial do cenário
Repasse de informações ao Comando
9 CIODS, SGE e/ou CIC2
da Operação
10 Início das ações de resposta 1ª Equipe de resposta
11 Acionamento das Equipes de Comando Diretor Integrado da área afetada
Detalhamento do planejamento de
12 Comandante da Operação no Terreno
resposta
Mobilização de recursos CIODS, SGE e/ou CIC2
13
complementares
14 Briefing complementar Comandante da Operação no Terreno
Divisão de grupos e distribuição de
15 Comandante da Operação no Terreno
recursos
16 Ativação do CIC2 Diretor Integrado da área afetada
17 Orientação aos grupos e embarque CRD e a Diretoria Integrada da área
Cenário em Desenvolvimento
ITEM AÇÃO RESPONSÁVEIS
Diretor Integrado da área afetada em conjunto
com o Comandante da Operação no terreno e
18 Estabelecimento de PCA e PC
o(s) Comandante(s) do(s) Quartel(is) da(s)
área(s) envolvida(s)
Comandantes da Operação no terreno, o que sai
19 Transferência de Comando
e o que entra
Diretor Integrado da área envolvida com apoio
20 Acionamento de apoio externo
do Subcomandante Geral
21 Continuação das ações de resposta Comandante da Operação no terreno que entra
22 Permuta de efetivo Diretoria Integrada da região afetada
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Desmobilização
ITEM AÇÃO RESPONSÁVEIS
Comandante Geral, Subcomandante Geral ou
24 Desmontagem do PCA e PC
Diretor Integrado da área afetada
Diretor Integrado da área afetada em conjunto
25 Embarque e Retorno
com o Comandante da Operação no terreno
26 De-Briefing Comandante da Operação no terreno
Avaliação
ITEM AÇÃO RESPONSÁVEIS
Diretoria Integrada e OBM(s) da área afetada,
27 Avaliação
juntamente com o CRD