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ODS 11: Conheça o Objetivo da ONU

para as cidades
Parte da Agenda 2030, o ODS 11 tem foco em criar cidades
inclusivas, sustentáveis e justas.

Por diversos motivos, as cidades são parte importante da vida no


Planeta. Até 2030, cerca de 60% da população mundial viverá em áreas
urbanas. Atualmente, quase um bilhão vivem em habitações irregulares
e, além disso, as cidades são responsáveis por 75% das emissões de
carbono na atmosfera, um dos Gases de Efeito Estufa (GEE). Portanto,
tornar as cidades mais sustentáveis e justas é essencial para a
sobrevivência do Planeta e da humanidade. Por isso, a vida urbana
figura entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para
2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente, no
ODS 11. Alguns espaços urbanos no mundo, inclusive aqui no Brasil, já
estão com ações práticas para atender ao ODS 11.

O que são ODS?


ODS é a sigla para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que
fazem parte da chamada “Agenda 2030”. Trata-se de um pacto global
assinado durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015 pelos 193 países
membros. A agenda é composta por 17 objetivos ambiciosos e
interconectados, desdobrados em 169 metas, com foco em superar os
principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no
Brasil e no mundo, promovendo o crescimento sustentável global até
2030.

Quais são os ODS?


Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável abarcam diferentes
temas, sejam de aspectos ambientais ou sociais. Assim como as metas
de cada ODS, eles foram construídos de maneira que fossem
interdependentes. Ou seja, quando um País conseguir atingir um deles,
muito provavelmente, terá conseguido avançar em outros. Bater todas
as metas do ODS 11, por exemplo, e chegar a uma cidade sustentável,
significa que o município também atingiu o ODS 6 (água limpa e
saneamento), o ODS 8 (crescimento econômico) e o ODS 15 (proteção
da vida na terra). Conheça a seguir cada um deles:
ODS 1 – Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as
suas formas, em todos os lugares.
ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável: acabar com a fome,
alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a
agricultura sustentável.
ODS 3 – Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e
promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
ODS 4 – Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva,
equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem
ao longo da vida para todos.
ODS 5 – Igualdade de gênero: alcançar a igualdade de gênero e
empoderar todas as mulheres e meninas.
ODS 6 – Água potável e saneamento: garantir disponibilidade e
manejo sustentável da água e saneamento para todos.

ODS 7 – Energia limpa e acessível: garantir acesso à energia barata,


confiável, sustentável e renovável para todos.
ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico: promover o
crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura: construir
infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e
sustentável, e fomentar a inovação.
ODS 10 – Redução das desigualdades: reduzir as desigualdades
dentro dos países e entre eles.
ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e
os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e
sustentáveis.
ODS 12 – Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de
produção e de consumo sustentáveis.
ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas
urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.
ODS 14 – Vida na água: conservação e uso sustentável dos oceanos,
dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
ODS 15 – Vida terrestre: proteger, recuperar e promover o uso
sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as
florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da
Terra e deter a perda da biodiversidade.
ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades
pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar
o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes,
responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
ODS 17 – Parcerias e meios de implementação: fortalecer os meios
de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento
sustentável.
ODS 11: foco nas cidades
A batalha pelo desenvolvimento sustentável será vencida ou perdida nas
cidades. Nesse contexto, o ODS 11 é aquele que busca tornar as cidades
e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Para
isso, ele se desdobra em dez metas. São elas:
11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura,
adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as
favelas.
11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros,
acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a
segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos,
com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de
vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos.
11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as
capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos
participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países.
11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio
cultural e natural do mundo.
11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o
número de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir
as perdas econômicas diretas causadas por elas em relação ao Produto
Interno Bruto (PIB) global, incluindo os desastres relacionados à água,
com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de
vulnerabilidade.
11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das
cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão
de resíduos municipais e outros.
11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos
seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as
mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência.
11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre
áreas urbanas, periurbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional
e regional de desenvolvimento.

11.b Até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e


assentamentos humanos adotando e implementando políticas e planos
integrados para a inclusão, a eficiência dos recursos, mitigação e
adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a desastres; e
desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a
Redução do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do
risco de desastres em todos os níveis.
11.c Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de
assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e
resilientes, utilizando materiais locais.
A partir de cada meta são estabelecidos os KPIs (Key Performance
Indicators), que são os indicadores-chave de desempenho. Por meio
deles é possível avaliar objetivamente o quanto se está ou não avançado
na conquista do objetivo. O Brasil tem a definição de seus indicadores, a
partir de sua realidade, assim como cada cidade tem seus próprios
parâmetros. Um exemplo é a Meta 11.1, que fala sobre garantia de
habitação segura e adequada a preço acessível. O indicador para saber
que essa meta já chegou ao final leva em consideração a proporção da
população vivendo em assentamentos precários, informais ou
inadequados. Nesse sentido, o setor imobiliário tem uma função
essencial.
Outro exemplo são os indicadores da meta 11.6 – reduzir o impacto
ambiental negativo das cidades. Neste caso, considera-se a redução da
proporção de resíduos sólidos coletados e a diminuição nas partículas
inaláveis nas cidades.

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