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Regulação do Metabolismo do Glicogênio

O glicogênio é um polissacarídeo de glicose, a forma pela qual nós reservamos


glicose para o período pós absortivo para fornecer energia para os tecidos. Locais de
armazenamento: tecido hepático e muscular. No muscular, toda glicose reservada é
utilizada pelo próprio músculo. Já no fígado, o a glicose reservada vai ser distribuída
para os outros tecidos, menos para o próprio tecido hepático.
Glicogenólise (degradação): pode ser confundido com glicogenoses
(patologias que por erro hereditário vão causar problemas na síntese/degradação do
glicogênio
Glicogênese (síntese)
Glicogênio muscular (Degradação): ocorre por ação de glicogênio fosforilase,
na forma inativa (b) ou ativa (a). Ativação se dá por modulação covalente, na qual a
glicogênio fosforilase quinase atua na ativação da fosforilase. Essa também precisa
ser ativada, e isso se dá por estímulo hormonal ou por impulso nervoso. Por impulso,
acontece maior liberação sarcoplasmática de Ca 2+, que vai aumentar a probabilidade
de se ligar à quinase, tornando a mesma ativa. Normalmente, também libera-se
epinefrina, que desencadeia cascata de fosforilação . Essa cascata vai ocorrer pela
ativação da proteína G, que uma vez ativada, sua subunidade vai ativar adenilato
ciclase, que produz segundo mensageiro AMPcíclico -> se liga à PKA -> PKA
(ativada) fosforila glicogênio fosforilase quinase, que quando ativada passa a ter mais
afinidade com Ca2+. Uma vez ativa, fosforila glicogênio fosforilase que atua na
degração do glicogênio.
Regulação alostérica pode estar presente pelo aumento da concentração de
AMP que tem baixas concentrações no músculo, mas na ativ. física, durante a
contração, teremos maior necessidade de utilização de ATP, consequentemente ADP
aumenta, 2ADPs se juntam e formam ATP + AMP, esse AMP se junta à mais AMPs
durante a contração para agir sobre a glicogênio fosforilase, regulando-a.
Síntese
A cascata de fosforilação que aumenta AMPc e de Ca2+, tanto a glicogênio
fosforilase quanto a glicogênio sintase serão fosforiladas. Essa fosforilação vai fazer
com que glicogênio fosforilase seja ativa, e a glicogênio síntese será inibida.
Glicose e gliconeogênese também não ocorrem ao mesmo tempo no mesmo
órgão porque a maioria das enzimas envolvidas são reversíveis, portanto serão
utilizadas em um único sentido. Isso ocorre com a glicogenólise e a glicogênese.
A glicogênio sintase depende de várias proteínas quinases, como a glicogênio
fosforilase quinase, PKA, GSK-3, todas se somam para fosforilar a glicogênio
sintase e inativá-la.
A reversão desse quadro ocorre de maneira oposta. Para parar de ativar a
adenilato ciclase, precisa desfazer-se da subunidade que está ativando-a. Isso ocorre
por ação GTPásica, que inativa a proteína G, que inativa adenilato ciclase, que para
de produzir AMPc.
AMPc está em concentração alta. Para reverter, usa-se a enzima
fosfodiesterase, hidrolisa AMPc em 5’-AMP. Sem produção de AMPc, não haverá
ativação de PKA.
As enzimas fosforiladas serão então desfosforiladas pela ação da PP1
(fosfoproteína fosfatase 1), ativando glicogênio sintase e desativando a glicogênio
fosforilase.
Regulação da Síntese
Insulina controla a síntese. O efeito da insulina é justamente o de desfosforilar
proteínas. Bloqueia GSK-3 e PKA, deixando de fosforilar as proteínas substrato
(deixam de inativar a glicogênio sintase). Ativa a fosfodiesterase, que hidrolisa AMPc
em 5’-AMP além de estimular a PP1. Por fim, também faz síntese do glicogênio
sintase, com auxílio da glicose.
Regulação do Metabolismo de Glicogênio Hepático
Semelhante ao do muscular, com a diferença: o estímulo, tendo como principal
o glucagon. No fígado a glicose vai ser redistribuída para corrigir a hipoglicemia que
estimulou a liberação de glucagon.
A epinefrina atua no receptor beta (β) e alfa (α); o receptor beta é o mesmo
que é estimulado pelo glicogênio muscular, com cascata de fosforilação e etc. Já no
receptor alfa, atua como o impulso nervoso, aumenta Ca2+, ativando a PK
dependente de cálcio; além disso, também é estimulada a produção de PKC, que não
permite que a glicose que está sendo degradada seja utilizada pelo próprio fígado.
A síntese de glicogênio hepático é promovida pela insulina, que não interfere
no transporte diretamente; mas indiretamente induz a produção de glicoquinase
(hexoquinase), responsável pela fosforilação da glicose. A própria glicose age como
reguladora de glicogênese e glicogenólise, porque sem ela não se pode sintetizar;
com ela em abundância, passa a sintetizar.
A glicose-1-fosfato (liberada na degradação) é isomerizada em glicose-6-
fosfato para sofrer ação de fosfatase para liberar fosfato e colocar no meio a glicose,
que atende à demanda dos tecidos.
Glicólise e gliconeogênese são antagônicas. Quando uma está ativa, a outra
está inativa. Diferem em três sítios:
o Glicose em glicose-6-fosfato;
o Frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato;
o Fosfoenolpiruvato em piruvato;
Ciclo de Cori: relacionado à glicose-lactato; regeneração de lactato utilizando uma via
de produção da glicose (gliconeogênese), obtenção dela na glicólise anaeróbica que
forma lactato, lactato percorre corrente sanguínea, no fígado vira piruvato que entra
na gliconeogênese e produz glicose.

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