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Quem tem acompanhado as notícias na TV nos últimos dias, com certeza
deve ter assistido a alguma reportagem sobre as "novas denúncias" contra
a Polícia Militar de São Paulo, no episódio da interceptação do ônibus
cheio de criminosos ligados ao PCC.
Na ocasião, um forte aparato policial abordou um ônibus que se dirigia
para a cidade de Sorocaba, resultando em tiroteio com os doze marginais
que ocupavam o veículo, e que acabaram morrendo em conseqüência da
troca de tiros.
Entre as armas apreendidas pela polícia, estavam fuzis AR-15, AK-47, FAL,
espingardas 12, além de pistolas e revólveres. Ou seja, farto armamento
bélico, que prova a capacidade ofensiva dos criminosos.
Como já era de se esperar, os movimentos pelos "direitos humanos", a OAB,
e outras entidades que não estão servindo, nos últimos anos, para
rigorosamente nada além de atacar a polícia paulista e fazer jogo
político-partidário, logo saíram da toca, e começaram a lançar suspeitas
sobre a operação da polícia. Como se sabe, para essas ilustres
organizações, todas as vezes que morrem criminosos, alguma coisa não
está certa. Afinal, os únicos que podem morrer são policiais e cidadãos
comuns. Não importa em que quantidade ou em que circunstâncias.
Exemplo disso foi o recente seqüestro de um jovem empresário de São
Bernardo do Campo, barbaramente torturado e assassinado por um bando
de canalhas travestidos de seres humanos, que agora, vão ficar na cadeia
comendo, bebendo, e como dizia meu pai, "coçando", às custas dos otários
que produzem e pagam impostos. Que eu saiba, a OAB não demonstrou
tanta diligência nesse caso como no do ônibus da Castelinho. Mas tudo
bem, afinal, para que defender o cidadão comum, não é mesmo?
O sr. Hélio Bicudo, para variar, lançou suspeitas desde o inicio sobre a
operação da polícia. Aliás, um perito foi contratado, e, segundo
informações, sem ter visitado o local do confronto, ou ter feito perícia nas
armas dos criminosos ou exame residual de pólvora nas mãos dos
marginais, logo atestou que havia ocorrido uma "emboscada", um
"massacre". Segundo consta, o fato de os marginais terem sido baleados
na cabeça ou nas costas atestaria a execução. É claro, não foi dito que os
marginais não foram baleados apenas nessas regiões do corpo. Quem
sabe, a partir de agora, toda vez que a polícia trocar tiros com bandidos
altamente perigosos e armados até os dentes, ela deva orientar os
criminosos a fazerem a gentileza de se colocarem numa posição em que
sejam baleados apenas em "áreas não-letais"?
Só espero que esse perito não tenha sido pago com dinheiro do
contribuinte, que já está tendo de sustentar o picadeiro que foi montando
em torno de outro caso rumoroso, envolvendo a tal de Glória Trevi, mais
um exemplo de sem-vergonhas internacionais que se escondem nessa
"República de Bananas" que o Brasil está se tornando, com a cumplicidade
de políticos e mídia.
Mas voltando ao caso da Castelinho, acusações foram feitas, denúncias
sem prova surgiram, e tudo ficou por isso mesmo. Contudo, alguém deve
ter se lembrado, em algum momento, que não estava pegando bem basear
as denúncias contra a ação policial apenas em suposições. Aliás, se o
Brasil fosse um país sério, esse tipo de acusação sem provas renderia um
belo processo por calúnia e difamação contra quem a apresentou. Mas
que nada! Os nossos "heróicos" defensores dos "direitos humanos"
arrumaram uma testemunha "idônea e acima de qualquer suspeita", um
bandido condenado, elemento de alta periculosidade, ligado ao principal
grupo criminoso de São Paulo, o PCC, para corroborar todas as suas
maravilhosas teorias! Francamente, fora os militantes políticos que
formam essas comissões de direitos humanos, quem levaria a sério uma
fonte dessas? E outra coisa que parece não chamar a atenção de ninguém:
a polícia usar informantes dentro do crime organizado, é imoral; mas os
apologistas do crime utilizarem bandidos e assassinos condenados para
atacar a polícia, é perfeitamente normal!
E o pior, é que o Brasil ainda vai acabar sendo denunciado por esses
cidadãos, tão prestativos com os "direitos humanos" dos criminosos, em
algum organismo internacional, onde, é claro, mais uma vez, vão vender a
imagem de que no Brasil atuam "grupos paramilitares", "esquadrões da
morte", "há presos políticos", "polícia secreta" etc.
E esse pessoal não está nem aí. Eles sabem muito bem que nas
entrevistas que derem, dificilmente serão questionados sobre a idoneidade
da fonte utilizada.
Mas esses senhores devem saber o que fazem. Afinal, é muito melhor
"bater em bêbado", do que atacar de frente os criminosos que estão
tomando conta de várias áreas dos grandes centros, que com certeza não
vão ficar quietos caso sejam incomodados (Tim Lopes que o diga!). Por
exemplo, qual órgão de imprensa levantou a importante questão do tráfico
de armas em território nacional? Não estou me referindo aos revólveres
apreendidos com bandidos pés-de-chinelo na fronteira Brasil-Paraguai,
mas o tráfico pesado, que abrange armas sofisticadas? Vale lembrar que
recentemente, a Polícia Federal apreendeu uma lista de armas
encomendadas que incluía "apenas" mísseis terra-ar russos SA-7 e
lança-foguetes portáteis B-40 (cópia chinesa dos RPG-7 russos). Surge a
pergunta: quem fez a encomenda? O tráfico de drogas brasileiro, cada vez
mais ousado? Ou os terroristas que utilizam o território nacional como
ponte para compra de armamentos? E sobre a notícia, veiculada de forma
casual e como se fosse a coisa mais normal do mundo, pelo Jornal
Nacional, de que um barco, apreendido na região amazônica pela polícia
federal, continha mais de uma tonelada de explosivos? Alguém se
manifestou sobre o fato de que esse material tinha como destino o
território colombiano?
Por outro lado, justiça seja feita: a parcialidade e/ou omissão da imprensa
não se restringe apenas aos criminosos brasileiros e seus "bem-feitores"
Os criminosos estrangeiros também são contemplados com altas doses
de indulgência, inclusive como forma de continuar acobertando as sujeiras
dos velhos amigos da extrema-esquerda brasileira.
Nunca é demais lembrar que os guerrilheiros das FARC possuem ligações
com políticos brasileiros, tendo sido inclusive recebidos, a portas fechadas,
na sede do governo do Rio Grande do Sul, como também é fato que o
prefeito de Ribeirão Preto defendeu a abertura de um escritório das FARC
na cidade. E que "coincidência", adivinhem qual o partido que governa o Rio
Grande do Sul e a cidade de Ribeirão Preto?
Dessa forma, enquanto as atenções estão todas voltadas ao novo jogo de
"faz-de-conta" sobre a viabilidade ou não de um "pacto" entre os candidatos
à presidência e o atual governo, visando a impedir acima de tudo uma crise
de grandes proporções ainda durante o governo FHC, outras questões de
suma importância não são respondidas.
Por exemplo, qual dos candidatos tratou a questão da segurança pública
com a seriedade merecida? Ou da crise colombiana, que tem tudo para se
estender para solo brasileiro?
Só espero que não estejamos assinando, em outubro, a nossa própria
"eutanásia".