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Rio de Janeiro
2012
1
UFRJ
Rio de Janeiro
2012
2
UFRJ
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Prof. nome, titulação, instituição
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Prof. nome, titulação, instituição
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Prof. nome, titulação, instituição
Rio de Janeiro
2012
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AGRADECIMENTOS
...ao Prof. Assed: não somente pela orientação preciosa, mas pela paciência e
palavras de incentivo, sem você jamais teria conseguido;
...ao Rodrigo, por estar ao meu lado no dia a dia e não esmorecer;
...à Paty, muito mais do que uma gerente, uma pessoa amiga e justa;
...ao tio Paulo e à minha mãe que me ensinaram que sonhar vale à pena;
...às minhas avós que me mostraram os dois lados da vida e sempre foram
exemplos;
...aos meus chefes e gerentes, Célia, Raimundo e Francisco que entenderam meu
sonho e permitiram que ele se realizasse; e
... ao pessoal do CPRA (e do CC), que tornam o dia a dia mais alegre.
6
RESUMO
Xavier, Gustavo. Gestão de Emergência Aplicada a Cenários de Vazamento de Óleo
para Atividade de Produção de Petróleo e Derivados na Região Offshore. Rio de
Janeiro, 2012. Dissertação (Mestrado) – Programa de Engenharia Ambiental, Escola
Politécnica e Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2012.
Mesmo com a existência de Normas para auxiliar a gestão das instituições observa-
permeando suas ações de rotina. O modelo foi moldado a partir das Normas de
ABSTRACT
Xavier, Gustavo. Gestão de Emergência Aplicada a Cenários de Vazamento de Óleo
para Atividade de Produção de Petróleo e Derivados na Região Offshore. Rio de
Janeiro, 2012. Dissertação (Mestrado) – Programa de Engenharia Ambiental, Escola
Politécnica e Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2012.
The human activities are becoming more intense and diverse in a period that a
climate change is also responsible for forcing the society to face unknown risks. This
complex equation results in new kids of emergencies and disasters that are also
order to fulfill this gap, this work proposes an auditable Emergency Management
System that intends to be applicable to all types of organizations and also is connect
with the functional management systems already implemented. The ISO Standards
for Management Systems and the main Emergency Management Systems were
considered in this model. The result is a four phase model, based on the PDCA cycle
and the need to be prepared to respond and maintain that capacity to all emergency
scenarios. In order to achieve better results, under the continual improvement policy,
only oil spill scenarios that have been identified for an oil rig, owned by a simple
organization. The model was effective with promising results. However, more tests
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 2-1 - Categorias dos diferentes tipos de Unidades Marítimas flutuantes (Fonte: HSE,
2007) ................................................................................................................................... 36
Quadro 2-2 - Categorias dos diferentes tipos de Unidades Marítimas fixas (Fonte: HSE,
2007) ................................................................................................................................... 36
Quadro 2-3 - Classificação por causa indicadora (Fonte: PETROBRAS, 2007) ................... 39
Quadro 2-5 - Modificação nas estratégias de Gestão de Desastres (Fonte: DOVERS, 2004)
............................................................................................................................................ 53
Quadro 2-7 - Primeiro passo para a avaliaçao de capacidade (Fonte: UNDP, 2008b) ......... 62
Quadro 2-8 - Segundo passo para a avaliaçao de capacidade (Fonte: UNDP, 2008b) ........ 63
Quadro 2-9 - Terceiro passo para a avaliaçao de capacidade (Fonte: UNDP, 2008b) ......... 63
Quadro 2-12 - Caracterização dos indicadores e métrica de performance (Fonte: Tuler et al,
2006 e IOSC, 2008 ) ............................................................................................................ 70
Quadro 2-13- Etapas para a implementação das normas ISO 9000 (Fonte: Adaptado de
ABNT, 2005) ........................................................................................................................ 76
Quadro 2-19 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Planejamento (Fonte: Adaptado de BSI,
2007) ................................................................................................................................... 88
15
Quadro 2-21 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Verificação (Fonte: Adaptado de BSI,
2007) ................................................................................................................................... 89
Quadro 2-22 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Análise pela Adiministração (Fonte:
Adaptado de BSI, 2007)....................................................................................................... 90
Quadro 2-23 - Técnicas recomendadas em função das fases do ciclo de vida (Fonte: AICHE,
1992 apud Maia Neto, 2007)................................................................................................ 95
Quadro 2-24 - Classificação da lista de verificação de perigos (Fonte: ISO 17776 apud Maia
Neto, 2007) .......................................................................................................................... 96
Quadro 2-26 - Categorias dos recursos tipicamente envolvidos na ER (Fonte: ISO, 2000) 100
Quadro 2-27 - Resumo dos objetivos e metas que devem ser atingidos os componentes da
resposta à emergência (Fonte: adaptado de ISO, 2000).................................................... 101
Quadro 2-28- Maiores vazamentos da história (fonte: HOFFMAN & JENNINGS, 2010) .... 107
Quadro 2-29 - Síntese dos principais processos de intemperismo do óleo no mar (fonte:
CARDOSO, 2007).............................................................................................................. 110
Quadro 4-1 - Tipos de licença e as atividades autorizadas pelas mesmas (fonte: adaptado
de http://www.anp.gov.br/meio/passo-a-passo). ................................................................ 161
Quadro 4-2 - Principais Normas Nacionais para Incidentes na Indústria do Petróleo (Fonte:
Adaptado de ANDRADE et al, 2007 e COSTA, 2007)........................................................ 164
Quadro 4-3 - Resumo dos indicadores e as metas associadas a cada objetivo ................. 169
Quadro 4-4 - Perigos que geram vazamentos de óleo para o exemplo em tela ................. 173
Quadro 4-7 - Matriz para avaliação quantitativa dos riscos ................................................ 176
Quadro 4-8 - Cenários que podem resultar em vazamento de óleo para o mar ................. 176
Quadro 4-13 - Reavaliação da Analise de Risco após as medidas mitigadoras ................. 181
Quadro 4-14 - Medidas necessárias para mitigar as consequências dos acidentes ........... 182
17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 21
3 DESENVOLVIMENTO................................................................................................... 116
4.3.1 Formulação Geral: Escopo, Aplicação, Requisitos Gerais e Definições iniciais para
o Sistema de Gestão de Emergência ............................................................................ 167
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivo
Objetivos específicos:
Uma das consequências desta política é que, uma vez atendidas às demandas
legais, os planos de emergência muitas vezes ficam a margem das ferramentas e
metodologias de gerenciamento das empresas por não serem diretamente ligados a
sua atividade fim, mas sim uma consequência possível e indesejável de sua
atividade.
Estudos, como o feito por Conceição & Ficher, 2006 demonstram resultados
positivos na redução de acidentes com a adoção de sistemas de gestão de QSMS
(Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde). Porém, nota-se que esses
sistemas são desenvolvidos tendo como principais objetivos:
SGI defende ainda que a organização deva permanecer alerta para a necessidade
de análise do cotidiano, migrando da avaliação excepcional quando da ocorrência de
acidentes para o comum das situações de trabalho, promovendo uma melhoria no
controle dos riscos (CONCEIÇÃO & FICHER, 2006). Desta forma, o SGI, também
não prevê a aplicação de seus conceitos na gestão das emergências e de seus
planos.
Segundo Neiva, 1986 (apud LIMA, 2003) metade das bacias sedimentares do
mundo com probabilidade de encontro de petróleo estão localizadas offshore. A
realidade nacional não é diferente, os dados apresentados pela Agência Nacional do
Petróleo – ANP em seu anuário estatístico de 2011 mostram a maior concentração
das atividades na região offshore bem como a perspectiva da manutenção deste
quadro para os próximos anos, dada a localização das reservas comprovadas.
1.5 Metodologia
IEMS IEMS
A figura 1-2 abaixo resume a contribuição das normas para elaboração deste
trabalho.
ARCABOUÇO OU MOLDURA DA GE
a) Ser adaptável a tipologia teste, com seus itens aplicáveis a esse cenário;
b) Contribuir para a identificação e mitigação de todos os riscos das
atividades;
c) Demonstrar que cada etapa do sistema de gestão é tratada como um
processo que recebe como entrada subsídios da etapa predecessora e seu
produto é subsídio para alimentar a etapa seguinte;
d) Ao ser aplicado, proporcionar as ferramentas necessárias para a
manutenção da prontidão e preparo para respostas a acidentes de
vazamento de óleo;
e) Promover métodos para a melhoria contínua das ações de resposta
atuação, verificação da adequação dos recursos humanos e materiais
envolvidos e todas as etapas anteriores do sistema de gestão de
emergência.
Figura 1-3 - Contribuição das normas e sistemas de gestão de emergência para a aplicação
conceitual
2 REFERENCIAL TEÓRICO
em exsudações naturais e com usos limitados que não geravam risco à sociedade
ou ao meio ambiente transformou-se em uma relação mais complexa e perigosa em
função do aumento das quantidades envolvidas e dos derivados processados que,
em contraste com a situação inicial, apresentam maiores riscos de acidentes
(MOLLE JR, 2004 apud PINTO, 2005).
Por suas características intrínsecas, o trabalho nas plataformas inclui uma ampla
diversidade de atividades tais como partidas de instalações e produção; paradas e
redução da produção; manuseio de equipamentos e materiais perigosos; controle
manual do processo; monitoramento da produção por sistema supervisório;
manutenções preventivas e corretivas; limpezas de máquinas e equipamentos;
32
139,7 63,1
74,3
9,9
45,2
752,5
16,2
132,1 75,7
239,4 14,7
7,4
LEGENDA
Reservas provadas de
petróleo (bilhões de barris)
Reservas provadas de
3
gás natural (trilhões m )
Figura 2-1 - Reservas provadas de petróleo e gás natural, segundo regiões geográficas em 2010
(Fonte: adaptado de ANP, 2011)
84.000 3.400
3.000
80.000
2.800
78.000
2.600
76.000
2.400
74.000 2.200
72.000 2.000
Figura 2-2 - Evolução da produção mundial de Petróleo e gás (Fonte: Elaboração própria a partir de
dados de ANP, 2011)
12.000 350.000
10.000 300.000
250.000
8.000
200.000
6.000
150.000
4.000
100.000
2.000
50.000
0
-
Reserva de petróleo em Terra (milhões de barris) Reserva de gás natural em Terra (milhões m³)
Reserva de petróleo no Mar (milhões de barris) Reserva de gás natural no Mar (milhões m³)
Figura 2-3- Distribuição das reservas comprovadas de petróleo e gás (Fonte: Elaboração própria a
partir de dados de ANP, 2011)
700.000 18000
600.000 16000
14000
500.000
12000
400.000
10000
300.000 8000
200.000 6000
4000
100.000
2000
-
0
2001 2002
2003 2004 2001 2002
2005 2006 2003 2004
2007 2008 2005 2006
2009 2010 2007 2008
2009 2010
Produção de petróleo em Terra (mil barris) Produção de gás natural em Terra (milhões m³)
Produção de petróleo no Mar (mil barris) Produção de gás natural no Mar (milhões m³)
Figura 2-4 - Evolução da produção de Petróleo e gás natural no Brasil (Fonte: Elaboração própria a
partir de dados de ANP, 2011).
Observa-se ainda que em 2010 foram perfurados 211 novos poços na região
oceânica.
Quadro 2-1 - Categorias dos diferentes tipos de Unidades Marítimas flutuantes (fonte: HSE, 2007)
Quadro 2-2 - Categorias dos diferentes tipos de Unidades Marítimas fixas (fonte HSE, 2007)
Evento Explicação
Falha da âncora Problemas com âncoras/linhas de ancoragem, sistemas de amarração e
equipamentos de içamento de âncoras.
Blowout Fluxo descontrolado de gás, óleo e/ou outros fluidos provenientes do
reservatório.
Tombamento Perda de estabilidade da plataforma, resultando na completa virada da unidade
(Emborcamento) (emborcar).
Colisão Contato acidental entre uma Unidade Marítima e uma outra unidade externa ou
embarcação. Também estão incluídas colisões com pontes, passadiços, etc., e
com navios engajados na atividade offshore de outras plataformas que não a
afetada, e entre duas instalações offshore.
Contato Contato acidental entre duas unidades da atividade offshore.
Acidentes com Qualquer evento causado por / ou envolvendo guindaste ou outro equipamento
guindaste para elevação.
Explosão Explosão.
Queda de Queda de objetos a partir de guindastes ou outros equipamentos de
material levantamento de carga. Queda do guindaste, botes salva-vidas que
acidentalmente caiam no mar e homem ao mar estão incluídos.
Incêndio Incêndio.
Afundamento Perda de flutuação ou afundamento da instalação.
Encalhe Contato da unidade flutuante com o fundo do mar.
Acidente com Acidente com helicóptero no heliponto ou outro lugar da instalação.
helicóptero
Entrada de Água Alagamento da unidade ou compartimento causando perda de estabilidade /
(Inundação) flutuação.
Adernamento Inclinação descontrolada da unidade.
Falhas das Falha de motores ou propulsores, incluindo sistemas de controle.
Máquinas
Fora de Posição Unidade acidentalmente fora da posição esperada ou a deriva fora de controle
Vazamento Perda de fluido ou gás para as circunvizinhanças causando poluição ou risco de
explosão/incêndio.
Dano estrutural Falha por quebra ou fadiga de suporte estrutural.
Acidente durante Quebra ou problemas durante o reboque.
reboque
Problema no Problema acidental com o poço, isto é, perda de uma barreira (coluna
poço hidrostática) ou outros problemas no poço.
Outros Outros eventos além dos especificados acima.
40
Algumas tipologias apontadas não são aplicáveis para unidades fixas como, por
exemplo, falha de ancoragem, afundamento, falha das máquinas, perda de posição
e acidente durante reboque, pois unidades de produção de lamina d’água profunda
como FPSO, FSU, e TLP são classificadas como flutuantes.
Figura 2-5 - Distribuição de acidentes por Unidade Marítima (Fonte: Elaboração própria a partir de
dados do Worldwide Offshore Accident Databank - WOAD, edição 1999)
41
Mitigação
Recuperação Preparação
Resposta
Figura 2-6 - Fases que compõem o ciclo de Gestão de Emergência, segundo metodologia CEM.
(fonte: elaboração própria)
A chave para uma resposta efetiva é estar preparado (STEEN et al, 2003). A
fase de preparação consiste em ações tomadas por governos, organizações, e
indivíduos para desenvolver capacidade operacional e facilitar uma efetiva resposta
à emergência (COVA, 1999) visando salvar vidas e reduzir os danos causados
(PETAK,1985).
As ações de recuperação são aquelas necessárias para fazer com que todos os
sistemas retornem ao seu estado original ou melhorem. São basicamente de dois
45
Quadro 2-4 - Processos, Fases e Níveis de um Sistema de Gestão de Emergência (Fonte: Adaptado
de Drabek, 1986)
COMUNIDADE
Mobilização pré-impacto
SOCIEDADE
INDIVÍDUO
Resposta
GRUPO
AÇÕES DE
ANÁLISE DE RISCOS
MITIGAÇÃO
DÉFICIT DE CAPACIDADE
AVALIAÇÃO DE
CAPACIDADE
RECUPERAÇÃO
INCREMENTO DE TRABALHO
ANUAL
Quadro 2-5 - Modificação nas estratégias de Gestão de Desastres (Fonte: DOVERS, 2004)
“DE” “PARA”
Foco nos Riscos Foco na Vulnerabilidade
Reação Medidas Proativas
Ações de uma única Agência / Indústria Parcerias
Baseado no conhecimento Abordagem multidisciplinar
Gerenciamento de Resposta Gestão de Risco
Planejamento Público Planejamento com as Comunidades
Comunicação para as comunidades Comunicação com as comunidades
Assim sendo, observa-se que a ocorrência de desastres, não são problemas que
podem ser solucionados de forma isolada. Analogamente, a Gestão de Emergências
somente é efetiva quando integra processos procedimentos e práticas. Quando esta
integração é feita corretamente, podem ser observados ao menos, três benefícios
(BRITTON, 2006):
Acordos
QUESTÕES CENTRAIS
Institucionais
Liderança
Conhecimento
Responsabilidade Indivíduo
Organização
Sociedade
PONTOS DE ENTRADA
• Envolver as partes interessadas e ter um planejamento claro são as chaves para uma
avaliaçao bem sucedida; e
• Esse passo é direcionado por três perguntas: Capacidade porque? Capacidade para
MOBILIZAR E quem? Capacidade para o que?
PLANEJAR
Quadro 2-7 - Primeiro passo para a avaliação de capacidade (Fonte: UNDP, 2008b)
Quadro 2-8 - Segundo passo para a avaliação de capacidade (Fonte: UNDP, 2008b)
Segundo passo: Conduzir a avaliação de capacidade (UNDP, 2008b)
É feita pela equipe de avaliação com a colaboração do grupo técnico de referência da
Determinar a empresa, do principal cliente e das partes interessadas ou pelas equipes que estão
capacidade conduzindo uma auto-avaliação.
desejada Ser ambicioso é positivo, mas a definição de níveis desejados muito altos (virtualmente
inexequíveis) causará decepção e descontentamento.
Pode ser feito por uma auto-avaliação.
As perguntas devem ser neutras.
Verificação da
capacidade É importante certificar-se que todos os participantes compreenderam como os sistemas de
existente avaliação e obtenção de dados funcionam, como os resultados serão utilizados – somente
para promover melhorias internamente ou para comparação entre organizações diferentes.
É importante definir se as respostas devem ser confidenciais ou não.
Quadro 2-9 - Terceiro passo para a avaliação de capacidade (Fonte: UNDP, 2008b)
Terceiro passo: Consolidar interpretar os resultados (UNDP, 2008b)
Uma vez que a análise foi realizada para a seção selecionada a equipe de avaliação irá consolidar e interpretar
os resultados.
O processo inicia-se com a comparação da capacidade existente com a desejada. Isso ajuda a determinar se a
capacidade existente é suficiente ou precisa de melhorias e ajuda a formular a resposta para o
desenvolvimento da capacidade – etapa seguinte no processo de desenvolvimento da capacidade -
estabelecendo o novo foco (UNDP, 2008b).
Conformidade
- Identificar os riscos de vazamento e probabilidades;
Análise de Risco
- Estabelecer estrutura de gestão e operação para obter os resultados e
Desenvolvimento alcançar os objetivos;
da estratégia
- Desenvolver estratégias locais e regionais; e
- Identificar e atender os requisitos legais.
Seu objetivo é assegurar que a capacidade de resposta planejada
Implementação
A RP&RA deve ser feita em momentos definidos do projeto, ainda que não
exista risco de vazamento e sempre observando a necessidade de propor ações /
medidas para resposta que sejam economicamente sustentáveis. É importante que
a resposta aos pontos de melhoria levantados pela Análise seja focada em “como e
quando” as ações corretivas serão tomadas e como esse processo será monitorado.
PREPARAÇÃO O
TERRENO
DESENVOLVER
E MANTER A ELABORAÇÃO
CAPACIDADE DO PLANO
DE PRONTIDÃO
E RESPOSTA INICIO DO
PROGRAMA
APOIO A ORGANIZAÇÃO E
RESPOSTA COMUNICAÇÃO
RESPOSTA
OPERACIONAL
Quadro 2-12 - Caracterização dos indicadores e métrica de performance (Fonte: Tuler, et al, 2006 e
IOSC, 2008)
Matemáticos Organizacionais / Orientados De Relação
pelo Objetivo
Quantitativo Estratégico Pressões Ambientais.
Semi-qualitativo Tático Sistemas estatais de meio ambiente e
Não-qualitativo Operacional ecológicos.
Qualitativo Resposta para vazamento de óleo.
71
Tuler et al (2006) também discutiu e revisou uma série metodologias para uma
abordagem quantitativa das performances de resposta. Ele resume as
características da mensuração ideal da seguinte forma:
O objetivo da certificação ISO por parte das empresas está centrado no maior
potencial competitivo, devido à melhoria da produtividade, retorno financeiro e
aperfeiçoamento das atividades produtivas através de revisão das metodologias
empregadas nos processos (LOVATTI, 2004 apud JULIÃO, 2010).
Mas nem sempre as empresas agem de forma proativa. Nos vários níveis de
governo, prevalece a visão de comando e controle. Essa metodologia foi definida por
Quazia (QUAZIA et al, 2001) como o conjunto de regulamentos e normas impostos
pelo governo que têm por objetivo influenciar diretamente as atitudes da empresa,
indicando padrões a serem cumpridos e estabelece sansões.
conhecida como política de controle de fim de tubo (do inglês end of tube) (CICCO,
2006).
A ISO 9000 aponta oito princípios que devem ser utilizados para conduzir a
organização à melhoria do desempenho das empresas, a saber: Foco no cliente;
Liderança; Envolvimento de pessoas; Abordagem de processo; Abordagem
sistêmica para a gestão; Melhoria contínua; Abordagem factual para tomada de
decisão; e Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores.
76
Quadro 2-13- Etapas para a implementação das normas ISO 9000 (Fonte: Adaptado de ABNT, 2005)
Etapas para Determinação e fornecimento dos recursos necessários para atingir os objetivos
implementação da qualidade;
da ISO Estabelecimento de métodos para medir a eficácia e a eficiência de cada
9000:2005 processo;
Aplicação dessas medidas para determinar a eficácia e a eficiência de cada
processo;
Determinação dos meios para prevenir não conformidades e eliminar suas
causas;
Estabelecimento e aplicação de um processo para melhoria contínua do sistema
de gestão da qualidade
Responsabilidade Clientes
da Direção
Satisfação
Realização do Saída
Requisitos Produto
Entrada Produto
Legenda
Atividades que agregam valor Fluxo de informação
Quadro 2-14 - Requisitos de um sistema de gestão da qualidade (Fonte: Adaptado de ABNT, 2008)
O produto, por sua vez, deve ser sempre melhorado e adequado para atender
as necessidades dos clientes, observando sempre a análise crítica em todas as
fazes do processo produtivo.
cliente e manter estes processos sob controle (ABNT, 2005). No caso de Sistemas
de Gestão de Emergência, o principal cliente é a sociedade e o produto e a redução
da ocorrência de acidentes, uma melhoria nas ações de mitigação quando de sua
ocorrência e um retorno mais rápido a condição inicial.
A série de normas NBR ISO 14.000 surgiu no segundo semestre de 1996, sendo
alterada em 2004, com o objetivo de especificar os requisitos necessários para que
uma empresa possua um Sistema de Gestão Ambiental eficaz para auxiliá-la a
alcançar seus objetivos ambientais e econômicos (MEDEIROS, 2008).
Planejamento
Aspectos ambientais
Análise Crítica pela Administração
Requisitos legais e subscritos
Objetivos e Metas
Programas de gestão ambiental
Figura 2-14- Modelo de sistema de gestão ambiental (fonte: adaptado de Quazie et al, 2001)
ela irá atendê-los. A política ambiental da empresa deve ser condizente e suficiente
para à natureza, escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos e
serviços (ABNT, 2004).
informada.
Definir e garantir capacitação de empregados por meio de formação apropriada,
treinamento ou experiência.
Competência, Identificar as necessidades de treinamento associadas com seus aspectos
treinamento e ambientais.
conscientização
Conscientizar a força de trabalho da importância da conformidade com a política
ambiental; dos aspectos e impactos ambientais das atividades e das
consequências da inobservância de procedimento(s) especificado(s).
Controle de
documentos Assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis e
acessíveis em seu local de uso.
Controle Identificar e planejar operações associadas aos aspectos ambientais para realiza-las
operacional sob condições procedimentadas e segundo critérios operacionais definidos.
EIM procedimento(s) para identificar potenciais situações de emergência / acidentes
que impactem o meio ambiente.
Definir como responderá a emergência / acidentes que impactem o meio ambiente.
Preparação e
resposta à Responder às emergências / acidentes, e prevenir ou mitigar os impactos ambientais
emergências adversos associados.
Analisar periodicamente e revisar procedimentos, especialmente, após ocorrências.
A organização deve também periodicamente testar seus procedimentos.
*identificadas somente as de relevância para este trabalho
Não conformidade, Investigar não conformidade(s), determinar sua(s) causa(s) e executar ações para
ação corretiva e evitar sua repetição.
ação preventiva
Avaliar a necessidade de ações para prevenir não conformidades e implementá-
las.
Registrar os resultados das ações corretivas e preventiva(s) executada(s).
Analisar a eficácia da(s) ação (ões) corretiva(s) e preventiva(s) executada(s).
Estabelecer e manter registros, para demonstrar conformidade com os requisitos.
Controle de
registros EIM procedimento(s) para a identificação, armazenamento, proteção, recuperação,
retenção e descarte de registros.
Planejar auditorias internas do sistema da gestão ambiental com intervalos
definidos.
Auditoria interna Definir responsabilidades e requisitos para se planejar e conduzir as auditorias,
para relatar os resultados e manter registros associados.
Determinar critérios de auditoria, escopo, frequência e métodos.
*identificadas somente as de relevância para este trabalho
85
pertinência e eficácia
A norma britânica British Standard 8800 (BS 8800) foi a primeira tentativa para
estabelecer uma referência normativa para implementação de um sistema de gestão
de segurança, saúde e meio ambiente (ARAÚJO, 2003). Apesar da norma britânica
permanecer válida, ela motivou diversas entidades normativas a elaborar em 1998
um conjunto de normas intituladas de OHSAS -Occupational, Health and Safety
Management Systems, visando a realização de auditorias e a certificação de
programas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente (KAPLAN & NORTON,
2004).
A OHSAS 18001 foi publicada pela primeira vez em 1999 e pode ser descrita
como um referencial usado para a certificação de sistemas de gestão da saúde e
segurança ocupacional (JORGENSEN et al, 2006 apud JULIÃO, 2010). Ela foi
desenvolvida em resposta às necessidades das empresas de gerenciar suas
obrigações de saúde e segurança no trabalho de uma maneira mais eficiente
(BRITISH STANDARDS INSTITUTION, 2002 apud JULIÃO, 2010).
Quadro 2-20 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Planejamento (Fonte: Adaptado de BSI, 2007)
Etapa Aspecto Observações / Considerações*
EIM procedimento(s) para a identificação contínua de perigos, avaliação de riscos e a
determinação dos controles necessários.
Identificação Identificar os perigos e os riscos de SST associados às mudanças na organização, no
de perigos, sistema de gestão, ou em suas atividades, antes da introdução de tais mudanças.
avaliação de
riscos e Documentar e manter atualizados os resultados da identificação de perigos, da
determinação avaliação de riscos e dos controles determinados.
de controles
Assegurar que os riscos de SST e os controles determinados sejam levados em
consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de
Planejamento
gestão da SST.
EIM procedimento(s) para identificar e ter acesso à legislação e a outros requisitos de
SST aplicáveis.
Requisitos Assegurar os requisitos legais e outros subscritos por ela sejam considerados no
legais e outros estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de gestão da SST.
Comunicar as informações pertinentes sobre os requisitos legais e subscritos às
pessoas que trabalham sob seu controle e às outras partes interessadas pertinentes.
EIM objetivos de SST documentados, nas funções e níveis pertinentes da organização.
Objetivos e EIM programa(s) para atingir seus objetivos.
programa(s)
Analisar criticamente a intervalos regulares e planejados o programa para atingir os
objetivos.
*identificadas somente as de relevância para este trabalho
Quadro 2-21 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Implementação e operação (Fonte: Adaptado de
BSI, 2007)
Etapa Aspecto Observações / Considerações*
A Alta Direção deve assumir a responsabilidade final pela SST e pelo sistema de
gestão da SST.
Recursos,
funções, A Alta Direção deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para EIM e
responsabilidades, melhorar o sistema de gestão da SST.
prestações de Identificar representante(s) da Alta Direção pela SST, independentemente de outras
contas e responsabilidades.
autoridades
Assegurar que as pessoas assumam responsabilidades por aspectos da SST sobre
os quais elas exercem controle.
Implementação e operação
Assegurar que qualquer pessoa que realize tarefas que possam causar impacto na
SST seja competente com base em formação apropriada, treinamento ou
experiência.
Comunicação, EIM procedimento(s) para comunicação interna entre os vários níveis e funções da
participação e organização, terceirizados e partes interessadas externas.
consulta EIM procedimento(s) para participação dos trabalhadores nas etapas da SST.
A documentação deve incluir: a política e os objetivos de SST; escopo do sistema
Documentação
de gestão; descrição dos principais elementos do sistema de gestão; e registros.
Controle de EIM procedimento(s) para aprovar, analisar criticamente e atualizar documentos,
documentos garantindo que estejam atualizados e acessíveis.
Continua
89
Quadro 2-22 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Implementação e operação (Fonte: Adaptado de
BSI, 2007) (conclusão)
Etapa Aspecto Observações / Considerações*
Identificar as operações e atividades que estejam associadas ao(s) perigo(s) para
implementação de controles.
Controle
operacional Implementar e manter controles operacionais de produtos, serviços e equipamentos,
sendo estes documentados na forma de procedimentos, especialmente, onde sua
ausência possa acarretar desvios em relação à política e aos objetivos de SST.
Identificar o potencial para situações de emergência.
Responder às situações reais de emergência, e prevenir ou mitigar as consequências
para a SST adversas associadas.
Preparação e Levar em consideração as necessidades das partes interessadas pertinentes, ao
resposta a planejar sua resposta a emergências.
emergências
Testar periodicamente seu(s) procedimento(s) para responder emergências.
Analisar periodicamente criticamente e, onde necessário, revisar seu(s) procedimento(s)
de preparação e resposta a emergências, em particular após o teste periódico e
ocorrência de situações de emergência.
*identificadas somente as de relevância para este trabalho
Quadro 2-23 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Verificação (Fonte: Adaptado de BSI, 2007)
Etapa Aspecto Observações / Considerações*
EIM procedimento(s) para medir quantitativa e qualitativamente regularmente o
desempenho da SST.
Monitoramento e
EIM procedimento(s) para monitorar o grau de atendimento aos objetivos de SST e a
medição do
eficácia dos controles e medidas tomadas (proativas e reativas).
desempenho
Estabelecer e manter procedimentos para a calibração e manutenção de
equipamento utilizado para monitorar ou medir o desempenho.
Avaliação do EIM procedimento(s) para avaliar periodicamente o atendimento aos requisitos legais
atendimento a aplicáveis.
requisitos legais
e outros Avaliar o atendimento (compliance) a outros requisitos por ela subscritos.
Quadro 2-24 - Resumo da Norma OHSAS 18000 - Análise pela Administração (Fonte: Adaptado de
BSI, 2007)
Etapa Aspecto Observações / Considerações*
administração A Alta Direção deve analisar criticamente o sistema de gestão da SST da
Análise pela
para tornar a gestão de riscos eficaz. Esta Norma recomenda que as organizações
desenvolvam, implementem e melhorem continuamente uma estrutura cuja
finalidade é integrar o processo para gerenciar riscos na governança, estratégia e
planejamento, gestão, processos de reportar dados e resultados, políticas, valores e
cultura em toda a organização (ABNT, 2009).
Mandato e Comprometimento
A GR e a busca por sua eficácia requerem comprometimento da alta administração, mas também
um planejamento rigoroso e estratégico em todos os níveis
Figura 2-15 - Representação esquemática do conteúdo da Norma ISO 31000 (Fonte: Adaptado de
ABNT, 2009)
93
Estabelecimento do Contexto
Articular seus objetivos definir os
parâmetros para GR, e estabelecer
o escopo e critérios de risco para o
restante do processo.
Figura 2-16 - Representação esquemática do conteúdo da Norma ISO 31000 (Fonte: Adaptado de
ABNT, 2009)
94
Quadro 2-25 - Técnicas recomendadas em função das fases do ciclo de vida (Fonte: AICHE, 1992
apud Maia Neto, 2007)
A. Preliminar de Perigos
Revisão de Segurança
A. de Confiabilidade
What IF / Checklist
Arvore de Eventos
Árvore de Falhas
Checklist
Humana
HAZOP
What if
FMEA
EVTE X X
Projeto Conceitual X X X X
Plantas Pilotos X X X X X X X X X
Projeto de Detalhamento X X X X X X X X X
Construção e Pré-Operação X X X X X
Operação e Rotina X X X X X X X X X
Expansões e Modificações X X X X X X X X X X
Desmobilização X X X X
A norma aponta que existem diferentes níveis de complexidade que devem ser
considerados nas análises de risco (ISO, 2000):
Quadro 2-26 - Classificação da lista de verificação de perigos (Fonte: ISO 17776 apud Maia Neto,
2007)
Hidrocarbonetos in natura; Radiação eletromagnética;
Hidrocarbonetos refinados; Radiação ionizante de fonte exposta ou não;
Outros materiais inflamáveis; Asfixiantes;
Explosivos; Gases tóxicos;
Perigos devido à alta pressão; Fluidos tóxicos;
Perigos associados a diferenças de altura; Sólidos tóxicos;
Objetos sob stress induzido; Substancias corrosivas;
Perigos em situações dinâmicas, como Perigos biológicos;
helicópteros, transporte, etc.; Perigos ergonômicos;
Perigos ao meio ambiente; Perigos psicológicos;
Superfícies quentes; Perigos relativos à segurança patrimonial (ex:
Líquidos quentes; sabotagem);
Superfícies frias; Uso de recursos naturais;
Líquidos frios; Perigos devido à assistência médica;
Chama aberta; Ruído
Eletricidade; Perigos envolvendo rotas de fuga ou meios de escape.
Quadro 2-27 - Resumo do Processo de Gerenciamento de Riscos de Acordo com a ISO 17776:2000
(Fonte: adaptado de ISO 2000)
Identificar os
avaliados, primeiro é necessário identificar os Perigos
perigos que podem afetar ou são gerados pela
operação em particular. Perigos externos devem
ser considerados.
Uma vez que os perigos foram identificados, os
riscos que eles representam para as pessoas,
meio ambiente e instalações devem ser
avaliados. Isso normalmente envolve apontar os
Avaliar os Critérios de
eventos que o iniciam, identificar as possíveis
Passo 2
Riscos Aceitabilidade
consequências do acidente e estimar sua
probabilidade de ocorrência.
Critérios de aceitabilidade são os objetivos
utilizados para julgar a tolerabilidade de um risco
ou sua consequência. Essa classificação fornece
a base para a decisão sobre gerenciamento dos
riscos.
A eliminação ou redução dos riscos onde é
necessário (observando os critérios para
Identificar
aceitabilidade) envolve reduzir sua probabilidade
medidas para
de ocorrência e/ou suas consequências.
redução dos
Uma abordagem focada deve ser usada para Riscos
Passo 3
A ISO 17776:2000 não foi elaborada com objetivo de ser um critério para a
certificação (ISO, 2000), é uma norma muito técnica, focada na identificação e
98
análise de riscos, portanto menos abrangente que a ISO 31000:2004. Para este
trabalho, o foco maior é no processo necessário para a gestão dos riscos, não
somente na sua identificação. A norma também aborda a o processo de
gerenciamento de riscos, apontando estratégias tanto para prevenir como para
controlar e mitigar os eventos identificados, porém também de forma mais
superficial. Pode ser encarada como complementar a ISO 31000:2004.
A Norma Internacional ISO 15544 foi elaborada pelo Comitê Técnico ISSO/TC
67, Materiais equipamentos e Estruturas Offshore para a Indústria de Petróleo e Gás
Natural, Subcomitê SC 6, Equipamentos de Processo e Sistemas (ISO, 2000).
Durante o levantamento bibliográfico foram encontrados poucos trabalhos, artigos e
livros que faziam referência a esta norma, assim sendo, conteúdo deste item
baseou-se exclusivamente na interpretação das informações contidas na mesma e
de sua emenda 1, publicada em 2009 (ISO, 2009b)
Ao contrário das demais normas aqui citadas, ela não apresenta uma estrutura
ou processo de gestão baseado no ciclo do “PDCA”, ou mesmo tem o intuito de ser
uma norma auditável. Em seu conteúdo apresenta diretrizes técnicas gerais para
que plataformas de petróleo, ainda em fase de construção, determinem quais as
medidas de resposta a emergência são necessárias, visando a segurança das
pessoas e minimizar os impactos ao meio ambiente, propriedade e às operações
(ISO, 2000b).
Seu conteúdo pode ser separado em duas partes: o corpo da norma e sete
anexos. O corpo do texto descreve os objetivos, requisitos funcionais e diretrizes
para a resposta a emergência em plataformas fixas ou FPSO localizadas na região
offshore. Os anexos têm caráter informativo e complementam as diretrizes dos
principais itens apresentados no corpo do texto. Vale ressaltar que a própria norma
recomenda que para plataformas móveis os planos de resposta a emergência
99
Quadro 2-28 - Categorias dos recursos tipicamente envolvidos na ER (Fonte: ISO, 2000)
Recursos Descrição
São geridos pela pessoa encarregada da instalação e estão disponíveis para
Da Unidade
utilização imediata.
Não são geridos pela pessoa encarregada da instalação, porém encontram-se
Da Área
na mesma área/região e estão disponíveis por acordos de cooperação mutua.
Não são geridos pela pessoa encarregada da instalação ou encontram-se na
Externos área/região. São recursos nacionais e internacionais que podem ser utilizados
de acordo com a necessidade.
Quadro 2-29 - Resumo dos objetivos e metas que devem ser atingidos os componentes da resposta à
emergência (Fonte: adaptado de ISO, 2000)
Item Objetivo
Identificar em linhas gerais as maneiras para garantir uma adequada Resposta a
Estratégia para resposta emergência.
a Emergência (ERS) Monitorar a adequação das medidas de ER para que sejam modificadas sempre
que necessário.
Plano de Resposta a Relatar claramente as principais informações para ER e as ações necessárias em
Emergência situações de Emergência.
Identificar a estrutura de comando de acordo com as emergências previstas
Comando e Controle
Estabelecer os papéis para os indivíduos e organizações na emergência.
Detecção da Estabelecer medidas e procedimentos para indicar a necessidade de ER em
Necessidade de ER tempo suficiente para que as ações necessárias sejam executadas.
Identificar as competências necessárias para lidar com as emergências.
Competência Selecionar indivíduos com habilidade comprovada para preencher seu papel na
emergência.
Manutenção de Manter os equipamentos necessários para a ER em condições para que tenham
Equipamentos de ER um desempenho adequado.
Disponibilizar informações confiáveis e suficientes para que as pessoas na
instalação possam agir adequadamente em emergências.
Prover meios para as pessoas da instalação se comunicarem com o encarregado
Comunicações pela emergência.
Prover a estrutura necessária para que a pessoa encarregada da emergência
consiga comunicar-se com a instalação e com os recursos externos que participes
da ER.
Dispor de rotas em todos os locais de trabalho para serem usadas em situações e
emergência.
Providenciar um local onde as pessoas possam reunir-se enquanto a emergência
Escape, Refúgio, é confirmada ou enquanto os preparativos para evacuação estão em andamento
Evacuação e Resgate Prover meios para que as pessoas da instalação consigam sair de maneira
controlada em situações de emergência.
Prover meios para transportar as pessoas que deixaram a instalação para um
local seguro.
Resposta à Emergências Minimizar o prejuízo ambiental decorrente de descargas da instalação.
Ambientais
Dispor de instalações médicas capazes de tratar os casos de doenças e
Resposta a emergências acidentados até que ajuda especializada possa chegar.
Médicas Dispor de cuidados médicos especializados para casos de doenças e acidentados
que não possam ser tratados na instalação.
Os derramamentos de óleo no mar, por sua vez, podem causar sérios danos
ambientais, econômicos e sociais. Esses efeitos normalmente são temporários e
localizados, embora a natureza e a duração de qualquer impacto dependam de uma
série de fatores (ITOPF, 2011). Estes fatores incluem o tipo e a quantidade de óleo e
seu comportamento uma vez derramado, as características físicas da área afetada,
as condições do tempo e a estação do ano, o tipo e a efetividade da resposta para
limpeza, além das características econômicas e biológicas da área e sua
sensibilidade à poluição (FERREIRA, 2010).
Toneladas Métricas
Figura 2-17 - Comparação entre o total de vazamentos gerados por Unidades Marítimas e navios
tanque (Fonte: GREEN & HAYWARD, 2010)
Quadro 2-30- Maiores vazamentos da história (fonte: HOFFMAN & JENNINGS, 2010)
Volume Vazado
Designação Ano Local
Milhões de galões m³
1 Golfo Árabe/Kuwait 380-520 1.436.400 - 1.965.600 1991 Kuwait
2 Deepwater Horizon 205 774.900 2010 Estados Unidos
3 Ixtoc1 140 529.200 1980 México
4 Atlantic Empress 90 340.200 1979 Trinidad e & Tobago
5 Fergana Valley 88 332.640 1991 Uzbequistão
6 Kolva River 84 317.520 1994 Rússia
7 Nowruz 80 302.400 1983 Irã
8 Castillo de Bellver 79 298.620 1983 África do Sul
9 Amoco Cadiz 69 260.820 1978 França
10 ABT Summer 51-81 192.780 - 306.180 1991 Angola
11 M/T Haven 45 170.100 1991 Itália
12 Oddyssey 40,7 153.846 1988 Canadá
13 Sea Star 35,3 133.434 1972 Oman
14 Irenes Serenade 30 113.400 1980 Grécia
15 Urquiola 29,4 111.132 1976 Espanha
16 Hawaiian Patroit 29,1 109.998 1977 Pacífico Norte
17 Braer 26 98.280 1993 Reino Unido
18 Sea Empress 19 71.820 1996 Gales
19 Othello 18-29 68.040 - 109.620 1970 Suécia
20 World Glory 13,5 51.030 1968 África do Sul
21 Torrey Canyon 25-36 94.500 - 136.080 1967 Reino Unido
22 Burmah Agate 10,7 40.446 1979 Estados Unidos
23 Exxon Valdez 10,8 40.824 1989 Estados Unidos
Quadro 2-31 - Síntese dos principais processos de intemperismo do óleo no mar (fonte: CARDOSO,
2007)
Aumento da viscosidade e
volume da mancha, próxima Turbulência, temperatura e
Emulsificação Horas a dias
ao valor da densidade da composição do óleo.
água.
2.6.3.1 Monitoramento
Além de utilizadas para contenção do óleo, as barreiras também podem ser úteis
para desviar manchas para locais menos vulneráveis ou mais favoráveis à aplicação
de técnicas de remoção e proteger locais estratégicos a fim de evitar que manchas
atinjam áreas de interesse ecológico ou socioeconômico (CARDOSO, 2007).
No Brasil ainda não existe uma legislação específica para queima in situ
(LANZILLOTTA, 2008).
Pode-se também utilizar jatos de água quente ou fria sob pressão para remoção
de superfícies impermeáveis do óleo, que depois deve ser recolhido e armazenado.
Este método, por ser bastante agressivo, só deve ser utilizado onde não haja
possibilidade de maior degradação das comunidades biológicas, para que a
operação não seja mais prejudicial que o próprio derrame (ARAÚJO, 2005 apud
CARDOSO, 2007).
2.6.3.7 Biorremediação
Segundo o Oil Spill intelligence Report (apud ETKIN, 1998), 37.5% das
respostas à vazamentos por óleo nas últimas três décadas envolveram a utilização
de dispersantes, 60.5% contaram com técnicas de contenção e recolhimento e
43.4% tiveram métodos de remoção manual. Em 17.2% de todas as respostas e em
45.8% das respostas que incluíram a utilização de dispersantes, sua utilização foi a
única metodologia empregada.
Quadro 2-32 - Metodologias de limpeza utilizadas no passado em vazamentos de óleo (fonte: ETKIN,
1998)
Método de Resposta Percentuais
Dispersantes 37.5%
Biorremediação 2.2%
In-situ burning (queima no local) 3.4%
Manuais (absorventes, pás) 43.5%
Contenção e Recolhimento 60.5%
Outros (incluindo dispersão natural) 5.2%
Dispersantes Químicos (Exclusivamente) 17.2%
116
3 DESENVOLVIMENTO
A organização dos subitens a seguir, baseia-se no modelo das normas ISO para
facilitar a apresentação de seu conteúdo.
O Sistema de Gestão de Emergência visa, portanto, fornecer uma base para que
as organizações possam organizar suas políticas e sistemas de gestão com a
finalidade de identificar e reduzir os riscos existentes em suas atividades, reduzir a
vulnerabilidade das comunidades e outras organizações em função destas
atividades, preparar-se para a resposta a emergências de forma a minimizar as
consequências de potenciais acidentes e promover a resiliência tanto da
organização como para das comunidades e outras organizações que possam ser
afetadas por essas emergências. O desenvolvimento da capacidade de resiliência
da organização comumente é atribuída ao Plano para Continuidade de Negócios.
DEFINIÇÃO DA POLÍTICA, PRINCÍPIOS, OBJETIVOS, METAS, INDICADORES E DAS INTERFACES COM O SISTEMA DE GESTÃO DA
ORGANIZAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS,
ANÁLISE DOS RISCOS E DE
VULNERABILIDADE
DEFINIÇÃO
AÇÕES DE
DOS RISCOS
MITIGAÇÃO SATISFAÇÃO E
ACEITÁVEIS
DIRETRIZES ATENDIMENTO
PARTES CLIENTES
INTERESSADAS PARTES
PLANEJAMENTO PARA
SOCIEDADE ATUAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INTERESSADAS
DA CAPACIDADE
ÓRGÃOS SOCIEDADE
REGULADORES ÓRGÃOS
REQUISITOS IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO REGULADORES
LEGAIS E REQUISITOS
REQUISITOS LEGAIS E
SUBSCRITOS MANUTENÇÃO DA
ANALISE E REQUISITOS
CAPACIDADE E PRONTIDÃO AÇÕES PARA
INVESTIGAÇÃO SUBSCRITOS
MELHORIA
DE ACIDENTES DO SISTEMA
ATUAÇÃO: EMERGÊNCIAS E CAPACIDADE
AUDITORIAS
SIMULADOS RESPOSTA
RECUPERAÇÃO
AVALIAÇÃO DA RESILIÊNCIA
RESPOSTA E CONTINUIDADE
RECUPERAÇÃO SIMULADOS DE NEGÓCIOS
Legenda
Planejar (Plan) Realizar (Do) Avaliar (Check) Implementar (Act)
Fases Planejamento e Desenvolvimento e Avaliação e Implementação de
Preparação Execução Checagem Melhorias
a) Descrição do item;
A política pode ser definida como o conjunto dos meios que permitem alcançar
os efeitos desejados, ou seja, os objetivos. Desta forma, a política fornece o
arcabouço para o estabelecimento e análise crítica dos objetivos. Para isso, deve
ser condizente e suficiente levando em conta a natureza, escala e impactos
potenciais previstos para as atividades, produtos e serviços.
Objetivos e Metas do
Objetivos e Metas SGE
Política
Requisitos subscritos
Política do SGE
Figura 3-2 - Responsáveis, Insumos e Produtos da fase inicial na definição da política do SGE
Política do GSE
Organização
Requisitos subscritos
Figura 3-3 - Responsáveis, Insumos e Produtos na definição dos objetivos da análise de risco e
de vulnerabilidade
124
A identificação dos perigos deve ser a mais completa possível, visando levantar
todos os perigos existentes, sem inicialmente preocupar-se com avaliação de sua
significância, seja por frequência de ocorrência, seja por sua severidade ou impactos
esperados. É aconselhável que a metodologia leve em consideração estudos e
levantamentos sobre a percepção de riscos da força de trabalho.
Requisitos subscritos
Percepção de riscos
Força de Trabalho
Levantamento de todos os perigos existentes
Requisitos subscritos
Vulnerabilidade da organização e da
circunvizinhança
Análise de Risco e de
Vulnerabilidade Informações que das perdas e alterações
previstas no cotidiano de acordo com os
cenários previstos para as atividades
defesa civil especializados, como parte consultada mesmo que não existam
exigências quanto a isso.
Requisitos subscritos
Vulnerabilidade da
organização e da
circunvizinhança
Investigação e Análise Análise de
Informações da Residência e Recuperação da
de acidentes e Vulnerabilidade
comunidade
incidentes Pontos de maior
vulnerabilidade da
organização e da
circunvizinhança
Os critérios para definição do risco aceitável por sua vez, devem ser
retroalimentados com informações da revisão da análise de vulnerabilidade, da
análise de resiliência e de ocorrências reais. A análise de vulnerabilidade permite
uma melhor compreensão dos impactos previstos para a circunvizinhança,
materializando as potenciais perdas e alterações que um eventual acidente geraria
no cotidiano e, desta forma observar se essas são aceitáveis em função da
frequência de ocorrência. A análise de resiliência e a observação dos impactos e da
efetiva resiliência da organização e da comunidade após uma ocorrência real podem
afetar os critérios de risco aceitável. Informações da atuação das equipes de
resposta e da capacidade de resposta também podem afetar a definição do risco
aceitável, já que a atuação na resposta a um evento tem limitações, sobretudo
técnicas e tecnológicas.
Política do SGE
Organização
Requisitos subscritos
Necessidade de possuir
capacidade para resposta –
Cenários Acidentais Resposta para quê?
Análise de Risco e
de Vulnerabilidade Impactos para a propriedade, vida e meio ambiente
das atividades, produtos e serviços
Política do SGE
Organização
Requisitos subscritos
Cenários Acidentais
das ações para adequação. O terceiro, quarto e quinto passos podem ocorrer
concomitantemente à Fase de Planejamento e Atuação (próxima etapa desta Fase).
Requisitos subscritos
Organização
Resultados da análise crítica
Cenários Acidentais
Avaliação da
capacidade Identificação de oportunidades para melhoria:
(monitoramento de incremento da capacidade
indicadores)
Capacidade existente
Metodologia utilizada para avaliação Identificação da
Capacidade de resposta
Organização e de resiliência
Responsáveis pelas análises e pela aprovação Capacidade em
desenvolvimento
A análise de resiliência, por sua vez, pode fornecer subsídios para a mitigação
do risco, aumentando a resiliência da comunidade e da organização, fazendo com
que o risco torne-se aceitável.
Requisitos subscritos
Recursos financeiros
Ações para
Reavaliação da capacidade (simulados e emergências) desenvolver
capacidade*
*Ações iniciadas nesta fase, porém realizadas durante toda a vida útil do empreendimento / organização, uma vez que são
continuamente revisadas para melhor adequarem-se as situações previstas
O Sistema de Gestão de Emergência por sua vez deve ter outras formas de
avaliação e checagem além da avaliação da atuação em emergências e simulados.
Para isso, durante a Etapa de Planejamento a organização deve prever e definir os
procedimentos para realização de auditorias e também de análise e investigação de
acidentes. Apesar de serem definidos na Fase de Planejamento, as três formas de
avaliação do Sistema de Gestão de Emergência são descritas nas etapas da Fase
de Avaliação e Checagem.
141
Definição de técnicas e
procedimentos para análise
Requisitos crítica periódica
Clientes, partes
interessadas e
sociedade Resultados da Satisfação
Necessidade de medidas e
formas de compensação
a) Implementação e Operação;
d) Recuperação
Para que as ações destes planos sejam levadas a cabo, esta fase deve
contemplar minimamente:
Implementação dos
Medidas de mitigação de riscos (finalizadas ou em finalização) recursos para comunicação
e tecnologias necessárias
Gerenciamento
de Riscos Revisão das Medidas de mitigação de riscos (em função da
avaliação de simulados e emergências)
O produto final desta fase é uma estrutura de resposta pronta para atuar e um
ambiente organizacional e comunitário resiliente.
Requisitos subscritos
Recursos financeiros
Órgãos
Requisitos legais
reguladores
Entretanto, essa atuação não deve ficar restrita ou mesmo aguardar a ocorrência
de acidentes ou desastres para que toda a estrutura seja testada. Para testar toda a
sua estrutura e organização para resposta a emergências e buscar oportunidades
149
3.5.4 Recuperação
d) Substância(s) envolvida(s);
Informações das
Informações das condições dos sistemas e equipamentos antes consequências reais para
e após o acidente (última modificação ou manutenção realizada comparação com as
e o tempo decorrido desde então) previstas para o cenário
Perícia do
acidente (feita Informações das consequências do acidente
pela Organização)
Informações das causas do acidente
Perícia do
acidente (feita por Informações a respeito do atendimento a normas legais
órgãos externos*) vigentes
*Agências de Regulação e Fiscalização; Órgãos Públicos; Forças Armadas; e Sistemas de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
3.6.2 Auditorias
Requisitos subscritos
Necessidade de revisão
dos procedimentos e
Definição da Periodicidade / Necessidade de Revisão e planos
Responsáveis pela realização
Avaliação do atendimento
Órgãos aos objetivos e metas
Requisitos legais
Reguladores estabelecidos para as fases
e etapas e para o Sistema
de Gestão de Emergência
identificadas. É importante que essa avaliação seja feita após cada situação real e
simulada e promova uma discussão sobre a necessidade de revisão do Sistema de
Gestão de Emergência. Para os simulados é aconselhável que organização defina
um ciclo após o qual irá revisar seus planos e procedimentos em função destes
resultados.
Classificação das
Informações da real residência e capacidade de recuperação da oportunidades para
comunidade
melhoria de acordo com
sua pertinência e
Comparação resiliência prevista x praticada pela comunidade e Ações para necessidade ou não de
organização Melhoria do tratamento
Sistema
Tempo necessário para recuperação (previsto x realizado)
Ações para Melhoria do
Sistema: necessárias para
Avaliação da recuperação (foi possível o retorno às condições pré-
correção das oportunidades
acidente?)
para melhoria consideradas
pertinentes
Identificação de ações para mitigação e redução dos impactos de
futuras emergências
Avaliação da
Registro da classificação
Resposta e
Simulados Real Capacidade de Resposta da Organização de pertinência das ações e
das Ações para Melhoria
do Sistema
Necessidade de revisão dos procedimentos e planos
Equipe de Gestão Avaliação, pesquisa e debate para seleção das ações para compor o
de Emergência Plano de Ação para a Melhoria do Sistema
Figura 3-22 - Responsáveis, Insumos e Produtos da fase de ações para melhoria do sistema
159
DIRETORIA
Gerência de Qualidade,
Gerência de Relacionamento Gerência de Operação,
Segurança, Saúde, Meio
com Cliente e Marketing Manutenção e Logística
Ambiente e Licenciamento
Uma empresa que explora e produz petróleo e gás natural relaciona-se com
diversos órgãos reguladores e agências governamentais: Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); Ministério de Minas e
Energia; Ministério do Trabalho e Emprego; Ministério da Pesca; Marinha do Brasil;
entre outros.
Quadro 4-2 - Principais Normas Nacionais para Incidentes na Indústria do Petróleo (Fonte: Adaptado
de ANDRADE et al, 2007 e COSTA, 2007)
Norma Legal Data Ementa
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
Lei 6938 31/08/81
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
Lei 9605 12/02/98 condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras
providências.
Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição
Lei 9966 28/04/00 causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou
perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.
IN IBAMA 01 14/07/00 Dispõe sobe registro de dispersantes químicos
Dispõe sobre o uso de dispersante químico em derramamento de
CONAMA 269 14/09/00
óleo no mar
Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual
CONAMA 293 12/12/01
para incidentes de poluição por óleo
Decreto 4.871 06/11/03 Regulamenta o Plano de Área previsto na Lei 9.966.
Revoga a Resolução CONAMA no 293/01 e Dispõe sobre o conteúdo
mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de
poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em
CONAMA 398 11/07/08 portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas
terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias,
estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta
a sua elaboração
A produção no FPSO dar-se-á por meio de quatro (4) poços produtores e um (1)
poço injetor todos verticais, e produzirão por surgência natural, até o limite de water-
165
cut de 50%. A partir de então, será utilizado o método de elevação artificial gas lift
contínuo. As linhas de produção dos poços conectam-se ao turret, localizado no
FPSO. A partir do turret, existem coletores de produção (manifolds) projetados para
receber o fluxo da linha de produção dos poços.
a unidade de produção será equipada com um flare que deverá ser utilizado em
casos de necessidade operacional ou emergência.
Quadro 4-3 - Resumo dos indicadores e as metas associadas a cada objetivo (conclusão)
Levantar todos os perigos existentes nas instalações, atividades e produtos da organização, analisar
os riscos considerando informações da organização e de empresas que realizam atividades similares
e identificar os ecossistemas e comunidades afetadas, classificando-os segundo sua vulnerabilidade.
Quadro 4-4 - Perigos que geram vazamentos de óleo para o exemplo em tela
Perigo Consequência
Falha de vedação na cabeça do poço Vazamento de óleo
Descontrole do poço Vazamento de óleo
Rompimento das linhas de produção Vazamento de óleo
Rompimento do Riser Vazamento de óleo
Furo nas linhas de processo Vazamento de óleo
Ruptura nas linhas de processo Vazamento de óleo
Furo nos vasos de processo Vazamento de óleo
Ruptura nos vasos de processo Vazamento de óleo
Falha nas bombas de transferência entre os vasos da FPSO Vazamento de óleo
Furo na linha do tratador eletrostático Vazamento de óleo
Ruptura da linha do tratador eletrostático Vazamento de óleo
Furo na linha dos trocadores de calor Vazamento de óleo
Ruptura da linha dos trocadores de calor Vazamento de óleo
Furo nas linhas de drenos dos equipamentos e vasos Vazamento de resíduo oleoso
Ruptura das linhas de drenos dos equipamentos e vasos Vazamento de resíduo oleoso
Furo no vaso de drenagem Vazamento de resíduo oleoso
Falha nas Bombas de drenagem Vazamento de resíduo oleoso
Falha em válvulas, juntas e conexões na bomba de drenagem Vazamento de resíduo oleoso
Ruptura nas linhas de processo Vazamento de resíduo oleoso
Furo nos tanques de armazenagem de óleo da FPSO Vazamento de óleo
Ruptura nos tanques de armazenagem de óleo da FPSO Vazamento de óleo
Falha em válvulas, juntas e conexões entre as bombas e mangotes de
transferência entre os tanques de armazenagem da FPSO Vazamento de óleo
Falha nas bombas de transferência entre os tanques de armazenagem da
FPSO Vazamento de óleo
Furo nos tanques de armazenagem de óleo diesel Vazamento de diesel
Ruptura nos tanques de armazenagem de óleo diesel Vazamento de diesel
Continua
174
Quadro 4-4 - Perigos que geram vazamentos de óleo para o exemplo em tela (conclusão)
Perigo Consequência
Furo em mangote de transferência de diesel da embarcação de apoio para
Vazamento de óleo diesel
a FPSO
Ruptura no mangote de transferência de diesel da embarcação de apoio
Vazamento de óleo diesel
para a FPSO
Falha nas bombas de transferência de diesel da embarcação de apoio para
Vazamento de óleo
a FPSO
Afundamento do FPSO Vazamento de óleo
Furo no mangote de transferência em offloading da FPSO para o Navio
Vazamento de óleo
Aliviador
Ruptura no mangote de transferência em offloading da FPSO para o Navio
Vazamento de óleo
Aliviador
Falha nas conexões e flange das bombas de transferência de offload da
Vazamento de óleo
FPSO para o Navio Aliviador
Furo nos tanques da embarcação de apoio Vazamento de óleo diesel
A combinação destes critérios gera uma matriz, que representa uma avaliação
quantitativa dos riscos avaliados. Os critérios para aceitabilidade dos riscos são
apresentados na matriz que classifica os riscos em: Não Tolerável (NT), Moderado
(M) e Tolerável (T).
176
III Crítica T M M NT NT
II Marginal T T M M M
I Desprezível T T T T M
Quadro 4-8 - Cenários que podem resultar em vazamento de óleo para o mar
Quadro 4-8 - Cenários que podem resultar em vazamento de óleo para o mar (conclusão)
experiência em situações reais e que por qualquer motivo não estejam mais ligados
a cargos gerenciais na estrutura de resposta – normalmente ligados às exigências
de saúde ocupacional. Essa medida visa promover a transferência do conhecimento
na organização e desenvolver e consolidar sua cultura de resposta a emergências.
4.3.3.4 Recuperação
dos locais passíveis de serem afetados para permitir que a organização direcione os
esforços de resposta e também indenize adequadamente os prejudicados.
4.3.4.2 Auditorias
Caso necessário o responsável pela ação pode negociar novo prazo e atualizar
o andamento das ações do Plano de Ação para Melhoria do Sistema de Gestão
utilizando o próprio programa de interface com o banco de dados.
5 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JERNELÖV, Arne. The Threats from Oil Spills: Now, Then, and in the Future.
Ambio: A Journal of the Human Environment , Stockholm, Sweden, p. 353-366.
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standard ISO 14001 lead to performance benefits? IEEE Transactions on
Engineering Management, Newark, Estados Unidos, v. 53, p. 508-519. Nov,
2006. Disponível em:
<http://ieeexplore.ieee.org/xpls/abs_all.jsp?arnumber=1715643>. Acesso em: 21
jan. 2010
RAMSEUR, Jonathan L.. Deepwater Horizon Oil Spill: The Fate of the Oil.
Washington, Dc: Congressional Research Service, 2010. 24 p.
UNDP. United Nations Development Program. Bureau For Crisis Prevention And
Recovery. Governance For Disaster Risk Management: ‘How To’ Guide.
Genebra, 2007. 61 p.
VALEUR, J.r.; CLOWERS, M.. Structure and Functioning of the ISO 14001
and OHSAS 18001 Certified HSE Management System of the Offshore
Installation South Arne. In: SPE International Conference On Health, Safety,
And Environment In Oil And Gas Exploration And Production, 8., 2006, Abu
Dhabi. Papers Presented at SPE International Conference on Health, Safety, and
Environment in Oil and Gas Exploration and Production. Texas: Society Of
Petroleum Engineers, 2006. p. 183 - 190.
WHITE, I. New Directions in Marine Pollution Control. In: Shipping in the New
Millenium, 1999, Brisbane, Australia. Anais eletrônicos... Brisbane:ITOPF , 2003
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