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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA- PPGEM

Plano de Trabalho

INSPEÇÃO DE TUBULAÇÕES DE AÇO INOXIDÁVEL ATRAVÉS DO


MONITORAMENTO DE SUAS PROPRIEDADES ELETROMAGNÉTICAS

ALUNA: Grace Kelly Neves da silva

COORDENADOR DO PROJETO: Prof. Dr. Josinaldo Pereira Leite


PROJETO: Estudo do endurecimento dos materiais via propriedades magnéticas

JOÃO PESSOA
2019
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

1.1 Fase Ferrita

A Ferrita, também conhecida como ferro α, é o ferro puro com estrutura cúbica de corpo
centrado. Esta fase é responsável pelas propriedades magnéticas dos aços por ser ferromagnética.
O ferro puro também pode se apresentar com a estrutura cristalina cúbica de face centrada. Neste
caso essa fase é denominada de austenita e é paramagnética. Estas fases estão presentes nos aços
e neste trabalho será estudada a fase ferrita em um aço inoxidável duplex (TAVARES 2010,
NORMANDO 2010, CALLISTER 2007, FARGAS 2009, FIALHO 2015, CULLITY 2009).
Os aços inoxidáveis duplex são formados por uma fase denominada de ferrita e outra de
austenita. A primeira é ferromagnética e a segunda paramagnética. Todas as transformações que
ocorrem nessa classe de material se deve somente a fase ferrita, pois a austenita não sobre
transformações (TAVARES 2010, SILVA 2009, FARGAS 2009, FIALHO 2015, CAMERINI
2015).
As propriedades magnéticas dos aços inoxidáveis são influenciadas pela presença de fases
prejudiciais às propriedades de resistência à corrosão e tenacidade. Entre estas fases fragilizantes
destacam a fase coe a fase o. A primeira é formada na faixa de temperaturas 350°Ca 550°C e a
segunda para temperaturas entre 600°C e 1000°C (FRANÇA NETO 2011, LO 2007,
MAGNABOSCO 2012). Estas fases são produtos da decomposição da fase ferrita do material
que é ferromagnética. A formação dessas fases leva a mudança da permeabilidade do material
devido à característica paramagnética das fases formadas (FIALHO 2015, SILVA 2016).

JUSTIFICATIVA

A ferrita é uma fase ferromagnética e o produto da sua decomposição, devido a ciclos


térmicos como soldagem, é uma fase paramagnética denominada de sigma. Esta transformação
muda a permeabilidade do material. Neste contexto, o ensaio eletromagnético de medição do
campo induzido na região de reversibilidade do movimento dos domínios magnéticos vem sendo
aplicado, por ser sensível a mudança da permeabilidade do material, mesmo em situações onde
a quantidade de fase sigma formada é inferior a 4 % (SILVA 2016). Entretanto, um estudo maior
nesta região é necessário para levantamento de parâmetros para monitoramento de estruturas em
serviços, de modo, a prever o exato momento de paradas para manutenção e assim evitar danos
ambientais, pessoais e econômicos, em estruturas do setor de petróleo e gás.
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FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Tubulações de aços inoxidáveis são aplicadas nos setores de petróleo e gás. Estas quando
submetidas a ciclos térmicos como de soldagem podem sofre formação de fases prejudiciais à
tenacidade do material e com isso levar ao rompimento dessas estruturas. A principal fase
deletéria, que é fruto da decomposição da fase ferrita, é conhecida como sigma. Uma quantidade
de 4% dessa fase já é suficiente para fragilização da estrutura. Vários ensaios eletromagnéticos
como de correntes parasitas e baseados na análise ruído de Barkhousen vem sendo aplicado para
acompanhamento dessa fase. Contudo, esses ensaios não tem precisão para detectar quantidades
de fase sigma abaixo de 4%, que é a região necessária para realização de monitoramento e
previsão de determinação do melhor momento de parada para manutenção. Porém, o ensaio de
medição de campo magnético induzido na região de reversibilidade do movimento das paredes
dos domínios magnéticos mostra ser sensível nesta região, mas necessita de um estudo maior do
efeito da geometria nas medidas.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
Desenvolver um ensaio eletromagnético para acompanhamento da decomposição da fase
ferrita em um aço inoxidável duplex, devido à formação da fase sigma.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estudar o efeito da geometria na interação entre campo magnético induzido e material.
Estudar o efeito da variação da quantidade de fase ferrita na interação entre campo
magnético induzido e material.
Simular pelo Método dos Elementos Finitos o efeito da geometria e da permeabilidade.
Levantar parâmetros para monitoramento pelo ensaio, na região de formação de
quantidades de fase sigma inferiores a 5%.

INOVAÇÃO CONCEITUAL DA PROPOSTA

Os ensaios não destrutivos de maior utilização para monitoramento de tubulações e


estruturas, tais como: correntes parasitas, raio x e etc, exigem equipamentos sofisticados e de
alto custo. Nossa proposta é utilizar basicamente um sensor Hall e uma bobina, a fonte de tensão
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utilizada para alimentação do solenoide é um equipamento simples e de baixo custo. Logo, nossa
proposta e conceitualmente simples e de fácil movimentação podendo ser utilizada para
inspeção em campo.

REFERENCIAL TEÓRICO

A Ferrita é o ferro puro com estrutura cúbica de corpo centrado, também é responsável
pelas propriedades magnéticas dos aços por ser ferromagnética. Devido a ciclos térmicos como
a soldagem seu produto é gerado pela sua decomposição, gerando assim uma fase
paramagnética denominada de Sigma.
Nas figuras abaixo é exibido o produto da decomposição da fase ferrita para temperaturas
abaixo de 6000C, a fase u', que se caracteriza por ser de tamanho manométrico e uniformemente
distribuída no interior da fase cc. E também a fase formada da decomposição da ferrita para
temperaturas acima de 6000C, que é conhecida como fase sigma. Esta se forma a partir de
contorno de grão da ferrita.

Figura 1: Produtos da decomposição da fase ferrita. (a) Fase a' formada abaixo de
600 0C. (b) Fase c formada acima de 600 0C

(a) Precipitado de em uma amostra de aço inoxidável duplex.


Fonte: Pardal 2009 APUD OTÁROLA, 2005.
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b) Microestrutura da amostra de AID 2507 envelhecida a 8000C por 1 hora.


Fonte: Adaptado de ROMANA, 2009

2. Ensaios Eletromagnéticos Na Região De Reversibilidade Dos Domínios

Valores de campo magnético induzido na região de reversibilidade magnética do


movimento das paredes dos domínios magnéticos têm sido utilizados para acompanhamento de
fases fragilizantes em aços inoxidáveis duplex e determinação da direção de fácil magnetização
em aços ao carbono comum (SILVA, 2016a, 2016b, LEITE 2014). Na Figura 2 temos o princípio
de funcionamento do ensaio. Neste, uma intensidade de campo magnético é gerada por um
solenoide e um sensor de campo magnético é posicionado entre a amostra e o material. O sensor
é responsável pela medição do campo magnético induzido da interação entre campo magnético
e amostra (SILVA 2016).

Figura 2: Princípio de medição

Solenóide

Amostra

SenSor Hall

Fonte: Silva 2016


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2.1. Acompanhamento da formação da fase a'

Transformações de fases encontradas no aço UNS SI 3803 abaixo de 5500C são resultados
do seu mecanismo de decomposição. Este é composto pela decomposição espontânea da matriz
de ferrita, em que regiões ricas e pobres em soluto, que originam a fase u' nas regiões ricas, por
meio de flutuações de composição. SILVA et al., (2016) estudaram este processo de
transformação por meio de técnicas não destrutivas. A formação da fase u' em aços inoxidáveis
duplex foi estudada na temperatura de 475 0C em períodos de tempo estudadas até 200h
conforme a figura 3.
Silva (2016) observou que as amostras envelhecidas na temperatura de 4750C teve a
presença de duas regiões de endurecimento pelo que mostram os resultados de dureza, sendo
cada uma com diferentes taxas.

Figura 3: Variação da permeabilidade magnética e dureza para amostras do material


475 0C (b).
C

Tempo deEnvelhecimento (h)

Fonte: SILVA, 2016.

Medidas de largura a meia altura foram utilizadas para acompanhar transformações


microestruturais causadas pela decomposição da ferrita. Essas medidas são sensíveis à formação
da fase (Ê, que é produto da decomposição da fase ferrita. Essa nova fase, por possuir uma
composição química próxima a da ferrita provoca o alargamento do pico (200) do espectro de
raios X do material. Essas medidas caem com a formação da nova fase.
Os resultados da permeabilidade magnética, calculados com base na tensão de saída do
sensor de efeito Hall, tiveram um comportamento semelhante aos das medidas de meia altura, e
foram afetados pelas variações microestruturais dos materiais em estudo. A tensão de saída do
sensor é proporcional à densidade das linhas de fluxo magnético que o atinge. As curvas de
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permeabilidade magnética revelam redução significativa para os tempos de envelhecimento


inferior a 50 h e tendência a estabilizar após este tempo de envelhecimento.
A fase u' é paramagnética e se forma uniformemente distribuída no interior da ferrita.
Deste modo, os valores de permeabilidade caem devido à formação da fase não ferromagnética
e pela dificuldade do movimento das paredes dos domínios magnéticos causadas pela
microestrutura da nova fase (SILVA 2016).

2.2. Acompanhamento da formação da fase o por medidas de campo magnético induzido

Oliveira (2016) acompanhou a formação da fase fragilizante sigma. Estas fases se


formam para temperaturas acima de 600°C e apresentam dureza em torno de 900 HV. Uma
quantidade de 4% dessa já é suficiente para fragilização do material (TAVARES 2010). O estudo
foi realizado através de medidas de campo magnético induzido em amostras submetidas a
intensidades de campo magnético, na região de reversibilidade do movimento das paredes dos
domínios magnéticos.
A Figura 4 mostra o comparativo entre a densidade de fluxo magnético, energia de impacto
e percentual de fase o a partir da aplicação de uma intensidade de campo magnético (OLIVEIRA,
2016). Oliveira (2016) observou que o aumento do percentual de fase o provoca a redução da
energia de impacto e da densidade de fluxo magnético. A fase sigma se caracteriza por ser
paramagnética e o aumento de sua quantidade leva a redução da permeabilidade do material
(SILVA 2016). Além disso, valores superiores a 4% levam a redução da energia absorvida, pois
essa fase tem elevada dureza e reduz a tenacidade do material.

Figura 4: Comparativo do percentual de energia de impacto x Fase Sigma x Densidade


de fluxo magnético para AID SAF 2205 nas temperaturas de 8000C e 9000 C.

sigma (Vol.
Fonte: OLIVEIRA, 2016.
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METODOLOGIA

1. Revisão Bibliográfica. Será realizada uma revisão bibliográfica dos ensaios


eletromagnéticos utilizados para acompanhamentos de transformações de fases e entre
eles os aplicados a aços inoxidáveis duplex.
2. Confecção de amostras. Três tipos de amostras serão utilizadas no presente trabalho:
amostras com 24 mm de diâmetro e espessuras de 2, 4, 6, e 8 mm; amostras com
espessuras de 8 mm e diâmetros de 8, 12, 16 e 24 mm de diâmetros; amostras quadradas
de 8 mm de espessura e diagonais de 8, 12, 16 e 24 mm. O primeiro grupo será para o
estudo do efeito da espessura. O segundo para o estudo do efeito do diâmetro e o terceiro
para analisar a mudança de geometria da seção. Todas amostras serão usinas no
Laboratório de Mecânica do IFPB.

3. Tratamento térmico. Serão realizados tratamentos térmicos na temperatura de 8500C por


tempos de 15 min, I h e 2 horas para obtenção de diferentes quantidades de fase sigma
no material na região de estudo. Serão utilizadas amostras com 24 mm de diâmetro e
espessura de 2, 4, 6 e 8 mm para cada tempo de tratamento, bem como na condição do
material como recebido, que é considerada como o tempo zero de tratamento. Esta
temperatura foi escolhida por ser a de maior cinética de formação dessa fase.
4. Caracterização microestrutural. As amostras serão caracterizadas por microscopia óptica,
sendo utilizados os reagentes Behara e KOH para revelar as fases ferrita e sigma,
respetivamente.
5. Determinação da quantidade de fase sigma e ferrita. Vinte micrografias de cada tempo
de tratamento, bem como da condição inicial serão capturas do microscópio óptico. A
quantidade de fase ferrita será determinada pela diferença entre a quantidade de fase
sigma em cada amostra e a condição inicial antes da decomposição da ferrita. Visto que
a fase sigma é o produto da decomposição da ferrita. A quantidade de fase ferrita será
determinada a partir de um programa de tratamento de imagem já desenvolvido no
laboratório.
6. Caracterização magnética. Uma intensidade de campo magnético de 270 A/m será
aplicada em cada amostra e o valor de campo magnético induzido determinado por um
sensor de campo magnético da bancada desenvolvida no laboratório.
7. Simulação pelo Método dos Elementos Finitos. Os valores de campo magnético
induzidos nas amostras com diâmetro de 24 mm e espessuras de 2, 4, 6 e 8 mm serão
utilizados como parâmetros experimentais para calibração da simulação e depois
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extrapolados para outras condições na região de estudo. O programa de Elementos


Finitos a ser utilizado será o Ansys cuja licença o laboratório já possui. A bancada
experimental a ser utilizada já possui uma simulação pelo Método dos Elementos Finitos
e será necessário a entrada das novas condições experimentais a serem analisada.
8. Correlação entre os resultados e publicações. Os resultados experimentais e simulados
serão utilizados para levantamento de parâmetro de monitoramento na região de estudo
do presente trabalho. Os trabalhos resultantes serão publicados.

CRONOGRAMA

Legenda:

l. Revisão bibliográfica;
2. Confecção de amostra;
3. Tratamento térmico;
4. Caracterização microestrutural;
5. Determinação da quantidade de fase sigma e ferrita;
6. Caracterização magnética;
7. Simulação pelo método dos elementos finitos;
8. Análise dos resultados;
9. Publicações e Defesa
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Sons, 2007.
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GRAHAM, C. D. Introduction to Magnetic Materials. 2. ed. New Jersey: John Wiley & Sons,
2009. 544 p.
FARGAS, G.; ANGLADA, MATEO, A. Effect of the annealing temperature on the mechanical
properties, formability and corrosion resistance of hot-rolled duplex stainless steel, Journal of
Materials Processing Technology. v. 209, pp. 1770-1782, 2009.
FIALHO, W. M. L., Ensaio Não Destrutivo baseado em medidas de campo magnético para
acompanhamento da fase sigma em um aço inoxidável duplex, Tese de D.Sc., p. 129, Depto.
Eng. Mecânica/UFPB, João Pessoa, PB, Brasil, 2015.
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2011. 105 p. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) — Departamento de Engenharia
Mecânica, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Paraíba, PB, Brasil, 2011. LEITE, J, P.,
Técnica não destrutiva para análise da interação de linhas de campo magnético e material, Tese
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LO, K.H.•, LAI, J.K.L.•, SHEK, c.H.•, LI, D.J. Magnetic and transformation behavior of duplex
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OLIVEIRA, A. V. G. , Ensaio eletromagnético para detecção de fase sigma em aços inoxidáveis
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PARDAL, J.M., Efeitos dos Tratamentos Térmicos nas Propriedades Mecânicas, Magnéticas e
na Resistência à Corrosão de Aços Inoxidáveis Supeduplex, Tese de D.Sc., p. 440, Depto. Eng.
Mecânica/UFF, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2009.

ROMANA, R., Cinéticà de formação de fase sigma entre 7000C e 9000 C no aço inoxidável
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- Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), São Bernardo do Campo, SP,
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SILVA, E. LEITE, J. P.; FRANÇA NETO, F. LEITE, J. P.; FIALHO, W. M.
ALBUQUERQUE, V. H. TAVARES, J. M. R. S., Evaluation of the Magnetic
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TAVARES, S. S. M., PARDAL, J. M., GUERREIRO, J. L., GOMES, A. M., DA SILVA, M.
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Orientador

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