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O QUE É A DOR?
A DOR que deveras sente." "A dor é inerente à vida, como um mal
necessário."
F. Pessoa
IASP (International Association of the Study of the Pain)
Farmacologia da dor
NOCICEPÇÃO
LESAO TECIDUAL:
Estímulo de nociceptores
DOR
Farmacologia da dor
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Dor lenta
NOCICEPTORES:
Sec XIX, Von Frey – São receptores cutâneos específicos na mediação do toque, calor, CLASSIFICAÇÃO DA DOR
frio, dor. As terminações nervosas livres foram implicadas como receptores da dor.
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Percepçao central
DOR AGÚDA DOR CRÔNICA VISÃO GERAL DO
Causa Estímulo nocivo/Lesão tissular multifatoreal
CIRCUITO NOCICEPTIVO
Adrenérgica: Vegetativa:
freq. Cardíaca Anorexia Modulaçao
Resposta org.
freq. Respiratória Insônia Via descendente 1. Transdução
ansiedade depressão Impulso doloroso recebido pelo
nociceptores e transformado em
Objetivo terapêutico cura Alívio/adaptação potencial de ação
2. Transmissão
Via de tratamento Parenteral, oral Oral, retal, transdermico
Impulso é conduzido até a coluna
Dose analgésico Padrão – responde bem ao tratamento individualizada posterior da medula
3. Modulação
Transmissao
Mecanismo de controle da dor por
estímulos inibitórios descendentes
4. Percepção
Consciência geral do evento
traumático, sensação e resposta
emocional
Transduçao
Farmacologia da dor
Farmacologia da dor
DOR NOCICEPTIVA
NE
GABA
endorfinas
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Neuraugia do trigemio
ATIVADORES e SENSIBILIZADORES:
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Adaptado de: Pereira JL. Gestão da dor oncológica. In: Barbosa A, Neto I,
editores. Manual de Cuidados Paliativos. Lisboa: Núcleo de Cuidados Paliativos /
Centro de Bioética da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; 2006.
ANALGÉSICOS
1º degrau de dor:
Grupo da Pirazolona
Ácido salicílico
ÁCIDO
Ácido acetilsalicílico ACETILSALICÍLICO
Salicilato de metila
Diflunisal
Sulfassalazina
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HISTÓRICO
Acetylspirsäure (Alema) - spirea - gerero planta säure - ácido
Séc. V a.C. Hipócrates– preparações casca salgueiro para febre e dores 1. Efeito analgésico
Séc. I d.C. Dioscorides – emplasto c/ casca
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
2. Efeito antipirético
de folha de salgueiro
1829 – Leroux (farmac.) – Isolou a salicina, 3. Efeito anti-inflamatório
7. Efeito antigotoso
Aspirina diminui a produção de PGs por inibição da enzima COX. 1971- John Vane – Aspirina e fármacos similares como Indometacina:
Vane JR. Inhibition of prostaglandin synthesis as a mechanism of action for the aspirin-like drugs. Nature, 1971, 231, 232–235.
Inibem síntese de Prostaglandinas por inibição da enzima COX.
Vane, J.R., 1971
Roth GJ, Majerus PW. The mechanism of the effect of Aspirin on human platelets: 1 Acetylation of a particulate
fraction protein. J Clin. Invest 1975;56:624– 32.
M.C.
Fosfolipase A2
Acido Araquidônico
Lipoxigenase
AAS
Hidroperóxidos Endoperóxidos cíclicos
Leucotrienos
Prostaglandinas
Dor
Inflamação
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Hipotálamo
da E 2
io PG
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sín
AA Vasodilatação
Sudorese
Vasoconstrição
Tremor Muscular
Febre
PE
HA HP
Bactérias
Distribuição Microcirculação
sistêmica Pirogêno
Exógeno
Macrófago
PE Pirogênio PE
Endógeno
Circulante IL 1
fosfolpídeos fosfolpídeos
t1/2 – dose terapêutica: 2 a 3 h
PLA2 PLA2 dose tóxica: 15 a 30 horas
acido aracdônico acido aracdônico Eliminação – renal
COX1 COX1
PGG e PGH
PGG e PGH
prostacicl. Sintetase
Tromboxana Sintetase
PGI2
TXA2
Antiagregante plaquetária
Agregante plaquetária
Farmacologia da dor
SISTEMA MANIFESTAÇÃO
Ácido Aceilsalicílico
GI
POSOLOGIA:
Renal
EFEITOS COLATERAIS
1. Anti-plaquetário –
▪ 50 - 320 mg/dia (Goodman & Gilman, 11ª ed.)
▪ 75–100 mg 1 x ao dia para prevenção de eventos CV sérios
▪ 160–300 mg em situações clínicas onde é requerido um efeito SNC
antiplaquetário imediato (ex. isquemia)
▪ Patrono et al, 2004 (Sociedade Européia de Cardiologia)
Plaquetas
Hipersensibilidade
3. Anti-reumático – 6000 mg
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TOXICIDADE
150 – 175 mg/ Kg peso corporal
INTERAÇÕES FARMACOLÓLICAS 10-30 g têm levado pacientes à morte (Goodman & Gilman 11ª ed.)
IECA – AAS pode atenuar a eficácia dos IECA ao bloquear a síntese de PGs
vasodilatadoras e natriuréticas. Pré-operatório de certas cirurgias
- Hiperpotassemia→ bradicardia em idosos, hipertensos, diabéticos
Alérgicos ao AAS
▪ INTRODUÇÃO
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É um pouco menos eficaz do que os AINEs. Tem melhor atividade analgésica em dor
aguda pós-cirúrgica do que na dor de longo prazo de osteoartrite. Não possui efeito anti-inflamatório significativo
Farmacologia da dor
Fev/2008
FARMACOCINÉTICA
Administração – via oral
Absorção – conc. plasmática máxima em 30-60 min
LPP: 20-30%
Biotransformação – hepática
É antipirético pela inibição de COX-2, e mais provável que atua sobre a COX-2 t1/2: 2 horas
dependente da produção de PGE2 induzida que ocorre em células endoteliais cerebrais após
Excreção - Filtração Glomerular
desafio inflamatório.
No entanto, sua ação antipirética pode ser distinta do seu efeito antinociptivo que Secreção Tubular Ativa
pode ser exercida por diferentes modos de ação.
(Ek et al. , 2001; Engström et al, 2012;.. Yamagata et al, 2001).
Engström Ruud et al., 2013
Biotransformação
Biotransformação do Acetoaminofen
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EFEITOS INDESEJÁVEIS
- Hepatotoxicidade*
TRATAMENTO PARA INTOXICACAO COM
- Reações Cutâneas Alérgicas
- Leve alteração na contagem de leucócitos PARACETAMOL
N-ACETIL CISTEÍNA
Primeiras 24 h – náusea, vomito, dor abdominal e anorexia
2-4 dias após ingestão – sinais clínicos:
aumento das aminotransferases plasm. 140 mg/Kg – VO- dose de ataque
aumento da bilirrubina 70 mg/Kg – VO – 4/4h → em 17 doses sucessivas
tempo de protombina prolongado
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
CONTA-INDICAÇÕES
INDUTORES
HEPATOTÓXICOS
- Bebidas Alcoólicas ENZIMÁTICOS
- Diarréia a mais de 48 horas
- Febre elevada prolongada (>39,5°C) • Barbitúricos • Alcool
• Hidantoínas • Retinóicos
- Vômito contínuo a mais de 12 horas
• Carbamazepina • Macrolídeos
- Desnutrição • Isoniazida • Estatinas
- Associação com indutores enzimáticos • Sulfimpirazona • Biguanidas
- Hepatites e outras doenças hepáticas • Rifampicina
- DENGUE Informe SNVS/Anvisa/UFARM nº 2, de 25/02/2002
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dipirona
Novalgina®
fenilbutazona
DERIVADOS DA Butazolidina®
PIRAZOLONA
oxifembutazona
Tanderil®
L-arginina → NO
GCs
GTP GMPc
PKG
abertura dos canais de K sensíveis ao ATP
Hiperpolarização
Redução do impulso nociceptivo
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FARMACOCINÉTICA DA DIPIRONA
FARMACOCINÉTICA
Excreção
Rápida absorção por via oral Pró-fármaco A maior parte da dose administrada (mais do que 90%) é excretado através dos rins,
Biodisponibilidade de 100% (metabólitos ativos) na forma de metabolitos:
Hidrolise não enzimática no TGI em metabólito biologicamente ativo: AAA (aproximadamente 50%),
4-metilaminoantipirina (MAA) FAA (aproximadamente 25%),
Distribuição: lipossolúvel AA (aproximadamente 15%)
LPP: A extensão da ligação de proteína do plasma é MAA (aproximadamente 10%)
57,6%, - MAA - 4-metilaminoantipirina Meia vida de eliminação:
47,9% - AA - 4-aminoantipirina
17,8% - FAA - 4-formilaminoantipirina
14,2% - AAA - 4-acetilaminoantipirina
DOSE DIPIRONA T1/2 DOS METABÓLICOS
Metabolismo:
MAA
No fígado MAA é metabolizada, pela N-acetiltransferase a um segundo (4-metilaminoantipirina)
AA - 4-aminoantipirina
metabolito ativo, AA.
CYP 3A4 do citocromo P-450 estão envolvidos na metabolismo alguns 750 mg 2,5 3,5
metabólitos. 3000mg 4 5,5
POSOLOGIA
Queda de PA • Crianças:
Novalgina® 1 gota/2kg de peso
Danos no SNC
Farmacologia da dor
NOMES COMERCIAIS
Dipirona -
Anador® (Boehringer)
Magnopyrol® (Abbott)
Novalgina® (Hoechst)
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