Você está na página 1de 9

19/05/2014

Faculdade de Ciências Médicas Histórico


e da Saúde de Juiz de Fora
Utilizados desde 1846 quando os anestésicos
inalatórios foram descobertos, permitindo que
FARMACOLOGIA as cirurgias fossem realizadas.
Aula 10:

Sistema Nervoso Central (SNC):


4- Anestésicos Locais e Gerais

Oliver Wendell Holmes


(1809 – 1894)
Profª Karina Coutinho Ferraz Neurologista, poeta e filósofo americano,
Maio – 2014 1 cunhou em 1847 a palavra: “Anestesia”.

Introdução Introdução
Anestesia ► grego: Anaisthesis
Para ser um Anestésico o
fármaco deve ser: Sem Sensação

Anestesia:
Perda total ou parcial da sensibilidade geral ou de um
prontamente controlável, de modo que a órgão em particular, e pode ser produzida por uma
indução e a recuperação da anestesia sejam doença ou por um agente anestésico.
rápidas, permitindo que o nível de anestesia
seja ajustado conforme o necessário durante

Analgésicos:
a cirurgia. Substâncias que aliviam ou previnem a dor.
Analgesia = An + algesia
Sem + dor

Introdução Introdução


Anestesia local Anestesia geral
Tipos de Anestesia Cirúrgica:
Inibem especificamente Inibem especificamente
as vias sensoriais as vias sensoriais
periféricas centrais (Consciência)
1- Anestesia geral: anestesia com perda da
consciência.
Anestésico Local: Anestésico Geral:

localmente aplicado, sistemicamente aplicado,


capaz de inibir a percepção capaz de abolir a percepção das
2- Anestesia local: anestesia de um órgão ou de das sensações. sensações.
- Inibe transmissão da informação - Inibe transmissão da informação
uma parte superficial do corpo. (do impulso nervoso) (do impulso nervoso)
- Dor (principalmente) - Dor (principalmente)
- Movimento - Movimento

1
19/05/2014

Histórico - Anestésicos locais


1. Anestésicos Locais

Erythroxylon coca folhas mastigadas por índios sul-


(Coca) americanos – produziam
dormência da língua

Histórico - Anestésicos locais Histórico - Anestésicos locais

A procaína, um substituto
sintético da cocaína, foi
descoberta em 1905 e a
partir deste, muitos outros
anestésico locais (AL)
Albert Niemann
(1795-1870) foram desenvolvidos.

• Efeito de dormência devia-se à cocaína – substância


oriunda das folhas do arbusto coca.
• 1860 – isolou e observou os poderes da cocaína em
produzir entorpecimento.
• Cocaína - primeiro anestésico local.

Aspectos químicos - Anestésicos locais Aspectos químicos - Anestésicos locais

- São bases fracas.


1 – Anestésico Local com
ligação ÉSTER

- Inativados no plasma ou
tecidos pelas esterases.
Ex: Procaína, Cocaína,
Tetracaína, Benzocaína.
Cadeia Ligação Região
lateral Éster ou aromática
(amina) Amida
2 – Anestésico Local com
ligação AMIDA

- Mais estáveis, meia-vida


plasmática mais longa.
Ex: Lidocaína, Mepivacaína,
Bupivacaína, Prilocaína,
Ropivacaína, chinchocaína

2
19/05/2014

Vias de Administração - Anestésicos Locais Vias de Administração - Anestésicos Locais


Anestesia Local em Odontologia

1 - Anestésico Tópico
(Benzocaína e Lidocaína)
- Aplicado à mucosa oral e penetra até
2 a 3 mm)
- Permite penetração indolor da agulha
com Anestésico Injetável).

2 - Anestésico Injetável
(Potência: Bupivacaína > Lidocaína >
Mepivacaína)

- Infiltrativa: injetado nos tecidos para


alcançar as terminações nervosas
(solução anestésica banha as
terminações nervosas)
- Bloqueio de Campo: injetado próximo
aos troncos nervosos (próximo do
local da incisão).

Vias de Administração - Anestésicos Locais Em todos os casos, o AL precisa difundir-se


do local de administração (pele, mucosa,
vaso) até o axônio dos nervos sensitivos.

O AL injetável é aplicado fora do Epineuro dos nervos periféricos e deve


penetrar no Endoneuro (envolve as fibras nervosas, principalmente A e C,
onde residem os canais de Na+)

Mecanismo de Ação - Anestésicos Locais Potencial de ação:


Potencial de
• A excitabilidade elétrica é o que possibilita as repouso: - 70 mV
membranas das células nervosas gerar e propagar
potenciais de ação essenciais para a comunicação
no sistema nervoso.

• Esta excitabilidade elétrica depende principalmente


de canais de sódio voltagem-dependente (se abrem
quando a membrana é despolarizada).

3
19/05/2014

Mecanismo de Ação - Anestésicos Locais Hidrofobicidade, difusão e ligação - Anestésicos Locais

Os anestésicos se ligam ao lado


citoplasmático (intracelular) do
Canal de Na+ regulado por
voltagem, e bloqueiam este
canal, inibindo a geração e
propagação do impulso nervoso
nas membranas neuronais.

Este também é o mecanismo de ação de alguns antiarrítmicos


(classe I – lidocaína) e de vários antiepilépticos (fenitoína,
carbamazepina).

Efeitos adversos - Anestésicos Locais Efeitos adversos - Anestésicos Locais


Envolvem principalmente o SNC e o sistema cardiovascular - No Sistema Cardiovascular:
- No SNC:
- Depressão do miocárdio (redução da contratilidade cardíaca).
- Mistura de efeitos depressores (baixas concentrações) e estimulantes (altas - Bloqueio da condução elétrica
concentrações). - vasodilatação
- Efeitos estimulantes: inquietação, tremor, as vezes convulsões
acompanhadas de confusão mental, agitação extrema.
- Um aumento da dose produz depressão profunda do SNC e depressão
respiratória (ameaça à vida). Arritmias e queda da PA (pode colocar a vida em risco)

Os efeitos da cocaína no SNC são


diferentes. Produz euforia em doses bem
abaixo das que causam outros efeitos no
SNC. Isto se deve ao seu efeito de A cocaína é exceção.
também bloquear a recaptação de Como inibe a recaptação de NORA, aumenta a ativ.
noradrenalina, aumentando a
concentração desta na fenda sináptica, simpática, levando à taquicardia, aumento do débito
provocando estimulação de algumas áreas cardíaco, vasoconstrição e aumento da PA.
Morte por overdose de cocaína. cerebrais.

Farmacocinética - Anestésicos Locais

AL com ligação éster


Ex: Procaína, Tetracaína, Benzocaína (uso apenas na superfície)
- metabolizados rapidamente (minutos) por esterases (plasmáticas e teciduais).
AL com ligação amida
Ex: Lidocaína, Mepivacaína, Bupivacaína, Prilocaína, Ropivacaína.
- metabolizados no fígado (CYP450).

- Meias-vidas plasmáticas, em geral, são curtas, de cerca de 1-2 horas.


- Atuam por 2-3 horas.
- Os efeitos adversos devem-se ao escape dos AL para a circulação sistêmica.
- Co-administrados com um vasoconstritor (adrenalina): reduz a ação
vasodilatadora dos AL, reduzindo a absorção sistêmica e prolongando o efeito
local.
- Variam na rapidez com que penetram nos tecidos (início de ação) (lidocaína
rapidamente) e variam quanto à duração de ação (bupivacaína: longa
duração).

4
19/05/2014

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Rang, HP, Dale, MM, Ritter, JM, Moore, PK. Farmacologia. 6ª ed.
Guanabara Koogan, 2007. cap. 44.

Rang, HP, Dale, MM, Ritter, JM, Moore, PK. Farmacologia. 7ª ed.
- A benzocaína é incomum: usada como pó para Guanabara Koogan, 2012. cap. 42.
curativo em úlceras de pele dolorosas (enfermagem)
ou como pastilha/spray pra garganta.

Exercício 2. Anestésicos gerais

Por que os anestésicos locais são menos efetivos


quando injetados em tecidos inflamados?

Anestésicos Gerais - Introdução Primeiro anestésico geral usado foi o Óxido nitroso
Óxido Nitroso (N2O) ou “gás
hilariante”
Cirurgiões tinham que operar na
velocidade do “relâmpago”, maioria Foi o primeiro a usar e
das operações era de amputações. testar seus efeitos em vários
indivíduos, inclusive nele próprio
Anestésicos Gerais: e no Primeiro Ministro da
Pavimentaram o caminho Inglaterra.
Humphrey Davy (1080)
para cirurgias modernas. Respirou cinco grandes doses desse gás e
imediatamente perdeu a consciência e permaneceu nessa
condição por cerca de três horas.
“Era muito agradável a euforia que o "gás hilariante" trazia.”

Dentista americano (Horace Wells): extração de 1 dente sob


ação do gás.

5
19/05/2014

O Éter e o Clorofórmio também foram utilizados com Anestésicos Gerais


fins anestésicos
a) Anestésicos Inalatórios
Éter: Extração dentária sob efeito dessa
substância (Morton). 1 - Isoflurano
2 - Desflurano
Éter também ganhou publicidade
3 - Sevoflurano
de modo desonroso: “brincadeiras com
éter”, 4 - Óxido nitroso
5 - Enflurano
usado para produzir euforia entre 6 - Halotano
William Morton convidados.
(1819 - 1868)
Gás inalado Alvéolos Sangue Cérebro
Clorofórmio: Alívio de dores do parto (James Simpson).

1853: Rainha Vitória deu a luz ao sétimo filho sob a influência


do clorofórmio.

Anestésicos Gerais Estágios da Anestesia Geral


b) Anestésicos Intravenosos O estado anestésico para fins clínicos consiste em 3 ações:

1 - Barbitúricos (Tiopental e Metoexital) 1 – Perda da consciência


2 - Benzodiazepínicos (Midazolam e Diazepam)
3 - Propofol 2 – Analgesia
4 - Cetamina
3 – Relaxamento muscular
5 - Analgésicos opióides (Morfina, Fentanila, Sifentanila,
Alfentanila, Ramifentanila)
6- Sedativos-hipnóticos diversos: Etomidato,
dexmedetomidina)

Os anestésicos gerais são usados em cirurgias, de


modo a tornar o paciente inconsciente e não-responsivo ao
estímulo doloroso.
Com frequência, os agentes intravenosos são usados 4 – Redução da atividade reflexa
para indução da anestesia.

Estágios da Anestesia Geral Estágios da Anestesia Geral


O estado anestésico para fins clínicos consiste em 3 ações:
1 – Perda da consciência = perde a consciência, não 1 – Perda da consciência
responde aos estímulos não-dolorosos, mas responde de uma
maneira reflexa ao estímulo doloroso. Respiração irregular.
2 – Analgesia
2 – Analgesia = Cessa o movimento e a respiração torna-se
regular. Com o aprofundamento anestésico, os músculos 3 – Relaxamento muscular
relaxam completamente. Respiração progressivamente
superficial. Combinação de fármacos.
Exemplo:
3 – Relaxamento muscular = Cessam a respiração e o Agente indutor I.V. : propofol
controle vasomotor e ocorre a morte dentro de poucos + para manter a inconsciência e analgesia com inalatório:
óxido nitroso ou halotano
- suplementado com agente analgésico I.V. : opiáceo
- produzir paralisia muscular: bloqueador neuromuscular -
Atracúrio)

6
19/05/2014

Mecanismo de Ação dos Fármacos Anestésicos Gerais:


Mecanismo atual de ação dos Anestésicos Gerais
Efeito sobre canais iônicos
Antes acreditava-se que o anestésico geral reduzia
a condução axonal (requer concentrações anestésicas cerca de 3
a 10 vezes maiores, teoria ficou muito frágil).
Hoje, o mecanismo mais aceito dos anestésicos é:
inibição da transmissão sináptica.
Em relação à transmissão sináptica, seu
bloqueio é causado:
Inibem a transmissão Potencializam a ação de
1 – Interferência na liberação do sináptica por inibir receptores inibitórios:
Receptores Excitatórios: do GABA
Neurotransmissor.
de Glutamato, de Glicina.
2 – Antagonismo específico do Ex.: Cetamina, óxido nitroso Fármacos anestésicos se ligam em
neurotransmissor na membrana pós-
de Acetilcolina (ACh) sítios específicos na proteína do receptor,
sináptica.
da Serotonia (5-HT) exercendo sua função sobre o canal
3 – Estabilização da membrana pós- iônico.
sináptica. Franks & Lieb.,
Molecular and cellular mechanisms of general anaesthesia. Nature, 367:607 – 614,1999.

Dados recentes mostram que o principal alvo dos anestésicos


gerais é o receptor GABAA - canal de cloreto.
a) Anestésicos Gerais Inalatórios
Aspectos Farmacocinéticos

A concentração no ar inspirado vai determinar a


concentração do anestésico que atingirá o sangue.
A concentração do anestésico no sangue deve subir
Anestésicos inalatórios e intravenosos com propriedades rapidamente e entrar em equilíbrio, bem como deve cair para o
sedativo-hipnóticas ativam diretamente os receptores GABAA em um nível subanestésico (quando a administração cessar) assim
sítio de ligação diferente do GABA, no entanto, em baixas que o paciente recupere a consciência com o mínimo de
concentrações, podem facilitar a ação do GABA de aumentar a retardo.
entrada de íons cloreto.

a) Anestésicos Gerais Inalatórios a) Anestésicos Gerais Inalatórios


Aspectos Farmacocinéticos
Aspectos Farmacocinéticos Veia
Pulmonar

Pulmão
Esquerdo
Traquéia Artéria
Pulmonar
Pulmão
Ar
Direito Membrana
Alveolar

Membrana
Alguns anestésicos penetram e deixam o Capilar
Coração
organismo por meio dos pulmões. Fluxo de Sangue
Hemácia

Outros (Halotano) atingem concentração significativa Os anestésicos são todos pequenas moléculas
na circulação periférica e sofrem metabolização hepática lipossolúveis que cruzam a membrana alveolar com
(causa toxicidade no fígado - hepatite). grande facilidade.

7
19/05/2014

a) Anestésicos Gerais Inalatórios


Aspectos Farmacocinéticos Fatores que determinam a velocidade de indução e
da recuperação da anestesia:

a) Propriedades do anestésico:
Solubilidade: coeficiente de partição.

b) Fatores fisiológicos:
Portanto, é a velocidade da liberação do anestésico taxa de ventilação alveolar e débito cardíaco.
aos pulmões e da sua retirada dos pulmões (por meio do ar
inspirado) e da corrente sanguínea,
que determinam o comportamento cinético, global de
um anestésico.

a) Anestésicos Gerais Inalatórios


Indução e recuperação da anestesia geral
Solubilidade dos anestésicos:
Como o fluxo sanguíneo cerebral é uma fração substancial
Exemplos: do Débito Cardíaco e a Barreira hematoencefálica é livremente
permeável aos anestésicos, consequentemente a concentração de
Fármaco Coeficiente de Partição Indução/Recuperação
anestésico no cérebro é praticamente a do sangue arterial.

Sangue:gás Óleo:gás
Metabolismo e Toxicidade
Éter 12,0 65 Lenta
Halotano 2,4 220 Média Para o paciente submetido a cirurgia:
Embora não seja muito relevante como via de eliminação para
Óxido nitroso 0,5 1,4 Rápida maioria dos anestésicos usados,
Enflurano 1,9 98 Média Halotano
sofre metabolização hepática,
Isoflurano 1,4 91 Média
Desflurano 0,4 23 Rápida sendo 30% convertido em

Sevoflurano 0,6 53 Rápida brometo, Hepatotóxico


Ácido trifluoracético

Metabolismo e Toxicidade Características dos Anestésicos Gerais Inalatórios


Coeficiente de
Para a equipe de médicos e profissionais em Partição CAM Indução / Consideraçõe
Anestésico Efeitos Adversos
Sangue Óleo (% v/v) Recuperação s importantes
exposição a baixas concentrações dos anestésicos, /gás /gás
Éter 12,0 65 1,9 Lenta Irritação respiratória, Uso obsoleto
por períodos prolongados, nos centros cirúrgicos: náusea, vômito.
Halotano 2,4 220 0,8 Média Hipotensão, Arritmia, Uso está caindo
Hepatotoxicidade
Exposição Crônica ao Halotano e outros Óxido 0,5 1,4 Rápida Raros (arritmia com o uso Combinar com
nitroso prolongado /repetidos) outros
anestésicos
Enflurano 1,9 98 0,7 Média Convulsões (leve), Muito usado e
Hipertermia malígna (raro) menos riscos de
Incidência aumentada de doença hepatotoxicidade
hepática, leucemia, aborto que halotano
espontâneo e malformações Isoflurano 1,4 91 1,2 Média Raros (Isquemia coronária Muito usado
congênitas em cardiopatas) como alternativa
ao halotano
Desflurano 0,4 23 6,1 Rápida Irritação respiratória, tosse Muito usado
Medidas devem ser implantadas para minimizar o escape e broncoespasmo
dos anestésicos no ar das salas cirúrgicas.

8
19/05/2014

b) Características dos Anestésicos Intravenosos


b) Anestésicos Gerais Intravenosos (I.V.)

Produzem a inconsciência em cerca de 20 Indução /


Considerações
segundos. Anestésico Recuperação Efeitos Indesejáveis
(I /R) importantes

Tiopental Indução Rápida Depressão cardiovascular e Uso como agente de


São normalmente usados para indução da (ocorre acúmulo, respiratória. indução da anestesia.
lenta recuperação
anestesia (tiopental, etomidato e propofol). – ressaca)
Etomidato Rápidas (I/R) Efeitos excitatórios durante a I e R Menos depressor
Causa dor no local da injeção Cardiovasc. e resp.
Os pacientes (apreensivos) preferem a
Propofol Rápida I Depressão cardiovascular e Possível uso de
injeção intravenosa por não ter um aspecto Muito rápida R respiratória. infusão contínua
ameaçador associado à máscara facial. Causa dor no local da injeção
Quetamina Lenta I Efeito psicotomiméticos durante Boa analgesia e
Efeitos R recuperação. Náuseas, vômitos e amnésia.
para todo o organismo e o efeito salivação no pós-operatório.
Distribuição rápida anestésico está relacionado à sua Midazolam Lentas I / R Pequena depressão cardiovascular É mais usado como
concentração no sangue. e respiratória. sedativo no pré-
operatório.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Rang, HP, Dale, MM, Ritter, JM, Moore, PK. Farmacologia. 6ª ed.
Guanabara Koogan, 2007. cap. 36.

Rang, HP, Dale, MM, Ritter, JM, Moore, PK. Farmacologia. 7ª ed.
Guanabara Koogan, 2012. cap. 40.

Você também pode gostar