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Noções de Anestesiologia

SANDRA LUFT PALADINO


E N F. ª S A Ú D E M AT E R N O I N FA N T I L E O B S T E T R Í C I A

DO UTORANDA EM SAÚDE E MEI O AMB I ENTE

ENFERMAGEM - UNIVILLE
Objetivos da Anestesia:
Estado de relaxamento, perda da sensibilidade e dos reflexos, de forma
parcial ou total, provocada pela ação de drogas anestésicas, é evitar a
dor e facilitar o ato operatório pela equipe cirúrgica.

ANESTESIA tem origem grega:


an = privação
aísthesis = sensação
ia = perda da sensibilidade
CARVALHO, 2016.
Conceitos de Anestesia:

“É um estado de analgesia, relaxamento e perda da sensibilidade


dolorosa com perda de consciência e certo grau de amnésia.”

“É a perda da sensibilidade numa parte do corpo ou em todo ele,


induzida pela administração de substâncias químicas.”
HISTÓRIA DA ANESTESIA
Nos primórdios alguns cirurgiões consideravam a DOR uma consequência
inevitável do ato cirúrgico sem nenhuma preocupação em empregar técnicas
que aliviassem o sofrimento relacionado ao procedimento. As primeiras
tentativas de alívio da dor foram feitas com métodos puramente físicos como
pressão e gelo, bem como uso de hipnose,

ingestão de álcool e preparados botânicos.

https://www.youtube.com/watch?v=uvzyiCVhWxc
História...

Por volta dos séculos IX a XII a esponja


soporífera tornou-se um dos métodos
mais populares de prover analgesia.
Preparada a base de mandrágora e
outras ervas, tinha como seus
principais compostos morfina e
escopolamina.
Agentes Inalatórios
➢ O éter dietílico já era um composto conhecido quando no século XVI Paracelsus observou suas propriedades
anestésicas em galinhas.

➢ Cirurgião-Dentista Horace Wells percebeu as propriedades anestésicas do óxido nitroso em 10 de dezembro


de 1844, quando participou de uma exibição de um "cientista itinerante", Gardner Quincy Colton. Na ocasião
Wells notou que um jovem não percebeu que havia sofrido uma lesão na perna enquanto estava a inalar o
óxido nitroso.

➢ Em 1845 Wells fracassou em sua tentativa de demonstrar publicamente uma extração dentária sem dor com
o uso do óxido nitroso. Tal fracasso o perturbou profundamente culminando com seu suicídio em 1848.

➢ Na verdade o óxido nitroso é uma droga mais analgésica do que anestésica (é um fraco anestésico).

https://www.youtube.com/watch?v=uvzyiCVhWxc
Em 16 de Outubro de 1846 a anestesiologia tem seu marco inicial com William Thomas
Green Morton, realizando uma anestesia baseada em éter no paciente Edward Gilbert Abbott
para que o cirurgião John Collins Warren retirasse um tumor que lhe tomava a glândula sub-
maxilar e uma parte da língua. Foi no Hospital Geral de Massachussets.

Depois de perder a consciência e “deixar cair a cabeça”, Morton se vira para Warren e diz:
'Seu paciente está a sua espera Dr!'. Warren fez a excisão do tumor com a rapidez habitual e o
paciente não desferiu nenhum grito de dor. Depois de terminar, Warren, emocionado, fala
para a plateia incrédula: 'Isso, senhores, não é nenhum embuste'. Desde esse dia a
humanidade venceu a dor.
Em 4 de Novembro de 1847 James Young Simpson, obstetra
em Edinburgh, Escócia utilizou, como sugerido por David Waldie,
clorofórmio para alívio da dor do parto vaginal. Tal fato suscitou
diversos debates médicos e religiosos acerca da dor do parto
como um castigo divino. John Snow (João das Neves), inglês,
administrou clorofórmio à Rainha Vitória para alívio das dores do
parto. Tal fato serviu de endosso à analgesia de parto
minimizando as discussões de cunho religioso.
Anestésicos locais
▪ Em 1884 Sigmund Freud estudava os efeitos estimulantes da cocaína no sistema nervoso central.

▪ Carl Koller percebeu que a amostra de cocaína recebida de seu amigo Freud, ao entrar em contato com a
língua, a deixava anestesiada. Percebeu ali a possibilidade de utilização de uma solução de cocaína para
aplicação tópica em cirurgias oftalmológicas.

▪ Koller conduziu então, juntamente com Gustav Gartner estudos com sucesso em olhos de sapos, coelhos e
cachorros.

▪ Foi uma das primeiras aplicações dos anestésicos locais.

▪ Em 1884, Willian H. e Richard Hall realizaram bloqueios de nervos periféricos bem como do plexo braquial.
Anestésicos locais
August Bier utilizando-se da técnica descrita por Heinrich Quincke
realizou a primeira cocainização deliberada da medula espinhal.
Permitiu inclusive que seu assistente realizasse uma punção lombar
nele mesmo. Em seguida os papéis se inverteram e Bier realizou uma
punção em Hildebrandt. Ambos apresentaram cefaléia após a
experiência. A cefaléia inicialmente fora atribuída às comemorações
pelo sucesso em obter anestesia com a técnica empregada. Mais tarde
ficou mais claro que a cefaléia pós punção da dura-máter relacionava-
se à perda de líquor pelo orifício realizado. August Bier e Theodor
Tuffier dividem o mérito do início da então chamada raquianestesia.
No Brasil
# Em 1847 Roberto Lobo e Domingos Azevedo Marinho realizaram
a primeira anestesia baseada em éter que se tem relato no Brasil.

# Em 1927 o Prof. Leonidio Ribeiro fez uso do óxido nitroso.

# Em 1936 foi utilizado o ciclopropano por Álvaro de Araujo Auino


Sales.

# Em 1948 foi fundada a Sociedade Brasileira de Anestesiologia.


TIPOS DE ANESTESIA:
▪ INALATÓRIA
GERAL ▪ INTRAVENOSA
▪ BALANCEADA

• PERIDURAL
• RAQUIDIANA
REGIONAL • BLOQUEIO DE PLEXOS
NERVOSOS

• GERAL
COMBINADA
• REGIONAL

LOCAL
Medicamento Pré-Anestésico:
▪Consiste na administração de uma ou mais drogas antes do ato anestésico;

▪Tem o objetivo de sedação, indução suave da anestesia, redução da dose total de


anestésicos, prevenção de náuseas e vômitos e diminui a ansiedade do paciente;

▪É prescrita mediante avaliação do anestesista na consulta pré-anestésica, sendo


administrada cerca de 60minutos antes do procedimento cirúrgico;

▪Medicamentos mais utilizados: Barbitúricos, diazepínicos, morfina, fentanil...

Depressoras do sistema nervoso central, usados como anticonvulsivos, sedativos e hipnóticos.


Tipos de Anestesias
Anestesia Geral: Administra-se o anestésico por via inalatória, endovenosa ou combinado (inalatória
e endovenosa). Atua no SNC, nos centros de percepção da dor, causando um estado reversível de:

1. Amnésia (perda temporária da memória)

2. Inconsciência (hipnose)

3. Analgesia (ausência da dor)

4. Relaxamento muscular

5. Bloqueio de reflexos autonômicos

https://www.youtube.com/watch?v=u9UYaknSOLQ
Vídeo de anestesia geral:
https://www.youtube.com/watch?v=v65zbUg7QNE
https://www.youtube.com/watch?v=I7vnZ5Sm91k
https://www.youtube.com/watch?v=1ckI7z4GFT4&feature=youtu.be
Fases da Anestesia Geral:
1. Indução: inicia-se com a administração de agentes anestésicos e prolonga-se até o
momento da incisão cirúrgica. A intubação ocorre no início desta fase.

2. Manutenção: é a manutenção do paciente em plano cirúrgico até o final da cirurgia,


podendo ser realizada por inalação e/ou drogas endovenosas.

3. Emersão: superficialização do estado de anestesia, dependendo da profundidade e


duração da anestesia obtida, coincidindo com a saída do paciente da SO. A extubação
ocorre geralmente nessa fase.
Anestesia Geral

❑ Inalatória:
❑Por aspiração de anestésico gasoso como óxido nitroso;

❑Quando se suspende a administração anestésica, o vapor ou gás é eliminado por meio dos pulmões;

❑Intravenosa:
❑Injeção de várias drogas;

❑Ação rápida, fácil de dosar;

❑Eliminação depende do funcionamento de órgãos como rins e fígado.


ANTAGONISTAS DOS OPIÓIDES:
Tem a função de anular a ação de outro fármaco, revertendo seus
efeitos rapidamente. (Ex.: Flumazenil e Narcan)
FÁRMACOS ADJUVANTES:
Visam efeitos adversos como controle da pressão arterial,
frequência cardíaca e tratamento de intercorrências (Ex.: Atropina,
Efedrina)
Parcial/Regional:
A anestesia regional é um procedimento anestésico usado em cirurgias mais simples,
onde o paciente pode permanecer acordado. Este tipo de anestesia bloqueia a dor em
apenas uma determinada região do corpo, como um braço, uma perna ou toda região
inferior do corpo, abaixo do abdômen. Comprometimento da sensibilidade de uma área
do corpo, extensão variável, sem ser acompanhada da inconsciência. Ex. Epidural,
Raquidiana, tronculares, plexulares;

“os anestésicos deprimem temporariamente as terminações nervosas periférica sensitivas sem afetar outro
tecido, com perda da sensibilidade e da dor”
TRONCULARES:
Coloca anestésico em contato com determinado tronco nervoso em varias
regiões do corpo. Ex: Bloqueio do nervo radial, cubital.
Anestesia tronculares:
PLEXULARES:
O Anestésico injetado em troncos nervosos de um plexo
(interconexão de nervos, vasos sanguíneos ou linfáticos).
Ex: Bloqueio do Plexo Braquial, para cirurgias de ombro e
membros superiores; Bloqueio Intravenoso de Bier para
cirurgias rápidas de membros superiores e eventualmente
dos membros inferiores (utiliza-se torniquete).
ANESTESIA PLEXO BRAQUIAL
Anestesia plexo braquial
Técnica executada pelo anestesista:

1. Paciente em decúbito dorsal com o braço aberto;

2. Apalpa-se a artéria axilar;

3. Introduz-se a agulha;

4. Aspira e injeta o anestésico, que normalmente é Lidocaina 2% com ou sem


vasoconstritor {adrenalina};
Bloqueio Intravenoso de Bier
Técnica executada pelo anestesista:

1. Puncionada uma veia do dorso da mão;

2. Garroteia-se o membro e injeta-se o anestésico {Lidocaina 1% sem vasoconstristor};

3. Passa-se outro garrote abaixo do anterior e retira-se o primeiro;

✓Utilizada para procedimento com duração de uma hora;

✓O segundo garrote só pode ser retirado 30 minutos após anestesia;


Tipos de Anestesias
Vídeo Bloqueio Intravenoso de Bier
https://www.youtube.com/watch?v=olqArTGR7BU

Vídeo Bloqueio Plexo Braquial


Com neuroestimulação:
https://www.youtube.com/watch?v=Yw8Y_IQWYHk

Ecogiado

https://www.youtube.com/watch?v=kS6lO0mPYus
Espinhais: raquidianas (intradural) e peridural (epidural)
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso

ANESTESIA EPIDURAL

RAQUIANESTESIA
Bloqueio anestésico:
anestesia local antes da anestesia regional
Raquidiana
(raquianestesia, anestesia intra-tecal e anestesia subaracnoídea).

Indicada para as cirurgias na região abdominal e de membros inferiores, porque o


anestésico é depositado no espaço subaracnóide da região lombar, produzindo
insensibilidade aos estímulos dolorosos por bloqueio da condução nervosa.
Sistema Nervoso e as meninges

• Paciente DL ou sentado, pernas fletidas;


• Assepsia rigorosa;
• Crista Ilíaca até coluna;
• L3 e L4;
• Agulha de raqui.

• Complicações Comuns: hipotensão,


bradicardia, náusea e vômito.
Epidural (peridural)

O anestésico é depositado no espaço peridural, ou seja, espaço virtual entre o ligamento


amarelo e a dura-máter o anestesista não perfura a duramater.
O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as raízes nervosas.
Anestesia peridural ou epidural
Anestesia peridural ou epidural
Cateter epidural
CATETER PERIDURAL
Punção com agulha
Punção com cateter
Fixação do cateter peridural
Como posicionar o paciente?
Dialogar com o paciente

Posicionar o paciente em posição fetal, pernas fletidas ou


sentado na mesa operatória com as pernas para fora da
Cuidados de mesa,

Enfermagem
no pré e trans coluna em arco,

anestesia
regional queixo no tórax,

ombros e membros superiores relaxados,


Fique atento a sinais perigosos
❖Perda de consciência
❖Tontura
❖desmaio
❖Convulsões
❖Parada cardiorrespiratória

❖Tenha sempre preparado o carrinho de emergência para reanimação


Cuidados gerais no pré e trans anestésico
o Monitorar os sinais vitais
o Monitorar o PO2
o Monitorar níveis de consciência
o Monitorar reflexos motores
o Instalar e monitorar acesso venoso e fluidoterapia
o Monitorar débito urinário

https://www.youtube.com/watch?v=itTelHUiSWc
Anestesia local

Empregada para procedimentos menores nos quais o local


cirúrgico é infiltrado com um anestésico local como
lidocaína ou bupivacaína.

Este tipo de anestesia não envolve perda da consciência e


depressão das funções vitais, produzindo perda da
sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução
nervosa.
Tipos

Anestesia local por instilação: mucosas, olhos, ouvido


Anestesia local refrigeração: por meio de spray, anestésico tópico
Links complementares:
https://www.youtube.com/watch?v=Xz_aj0E_dkk
https://www.youtube.com/watch?v=-sjDPZ9hwPk
https://www.youtube.com/watch?v=f3Ign5Paw9Y
https://www.youtube.com/watch?v=QCzUwCvHnHU
https://www.youtube.com/watch?v=1ckI7z4GFT4
NOÇÕES DE ANESTESIOLOGIA
Pré e pós-anestesia

Prof.ª Sandra Luft Paladino


Enf.ª Esp. Saúde Materno Infantil e Obstetrícia

Doutoranda em Saúde e Meio Ambiente


PRÉ-ANESTESIA
Coleta de informações sobre as condições clínicas do paciente a ser
operado. Obedece a uma metodologia sistemática para acessar todos os
focos de alteração orgânica, anatômica ou funcional, responsáveis por
implicações atuais ou por potencial risco para eventos futuros.

As inadequações nas condições clínicas do paciente devem ser


melhoradas, sempre que possível, antes da intervenção anestésico-
cirúrgica, garantindo ao paciente maior reserva fisiológica para manter a
homeostase diante do estresse induzido pelo trauma anestésico.
OJETIVOS: visa reduzir os riscos do paciente à morbidade associada
ao procedimento cirúrgico e às doenças coexistentes e à sua preparação
física e psicológica para a operação e a anestesia
■ Determinar o estado físico;
■ Avaliar o estado psicológico;
■ Solicitar exames necessários;
■ Solicitar avaliação de médicos de outras especialidades;
■ Estimar o risco anestésico-cirúrgico;
■ Orientar e tranquilizar o paciente;
■ Preparar o paciente para o procedimento cirúrgico;
■ Escolher a técnica anestésica e identificar a necessidade de cuidados especiais no pós-
operatório;
■ Planejar o controle da dor pós-operatória;
■ Obter o consentimento pós-informado;
Resolução 1.802/2006
Prevê a avaliação pré-anestésica com consulta prévia a internação.
Avaliação Pré - anestésica
Exceto em situações de emergência prevê:

✓ Anamnese;

✓ Exame físico;

✓ Avaliação do prontuário;

✓ Avaliação dos exames complementares;

✓ Determinação do risco anestésico-cirúrgico;

✓ Preparo do paciente;
Avaliação Pré-anestésica
■ HF e HP;
■ Sistema cardiovascular: HAS Estágio 3, especialmente descompensada pode levar adiamento da
cirurgia;
■ Gasto metabólico e capacidade funcional estimada;
■ Estratificação do Risco Cardiovascular;
■ Índice de Risco Cardíaco de Goldman – Risco I = Risco Muito Baixo .... Risco IV = Risco Excessivo;
■ Risco Pulmonar: as complicações pulmonares são as mais frequentes neste processo,
especialmente em pacientes com histórico de pneumopatias;
■ Possíveis indicadores de dificuldade para intubação: pescoço curto, distância tireomentoniana,
palato estreito, distância entre os incisivos, etc...;
■ Sistema Endócrino: DM, hipo/hipertireoidismo, paratireoide e suprarenais;
■ Doenças renais, hepáticas, coagulopatias, entre outras;
■ Histórico de eventos anestésicos;
■ Medicamentos com efeito neurológico
RISCO ANESTÉSICO: Utiliza-se a classificação do estado físico proposta

pela American Society of Anesthesiologists (ASA), para estratificação do risco com base
no estado clínico.
Exames mínimos necessários:
ASA 1
< 60anos HT e HB

> 60anos HT, HB, ECG, creatinina e glicemia

> 75anos HT, HB, ECG, creatinina, glicemia e Rx de Tórax

ASA 2
Qualquer idade HT e HB mais exames de acordo com a doença

Com Doença Cardiovascular HT, HB, ECG, Rx Torax, creatinina, Sódio e Potássio {se usar diuréticos}

Com Diabetes HT, HB, Ecg, creatinina, glicemia, Sódio e Potássio

ASA 3,4,5
Hb/Htc, ECG, RX de tórax, creatinina, glicemia, Na+, K+ e exames de acordo
com a doença
Jejum pré-operatório
A orientação sobre o jejum deve ser
clara. Pacientes adultos, sem fatores
que alterem o esvaziamento
gástrico, devem seguir as seguintes
orientações: jejum de 8 horas após
refeição completa, 6 horas após
refeição leve e 2 horas após
ingestão de água ou líquidos sem
resíduos.
Tempo do jejum:
Medicação Pré-anestésica
A medicação pré-anestésica ideal deve proporcionar diminuição da
apreensão e da ansiedade, tornando o paciente capaz de enfrentar o
estresse anestésico-cirúrgico com calma e confiança. Também deve
reduzir a atividade reflexa e produzir amnésia, para que a recuperação
seja suave e sem lembranças desagradáveis.
Profilaxia para Tromboembolismo
Determinadas condições clínicas, como fumantes, idade avançada,
câncer, uso de quimioterápicos, imobilidade, obesidade, insuficiência
venosa periférica, disfunção cardíaca, diabetes, doença inflamatória
gastrintestinal, gravidez e uso de estrógenos, estão associadas a maior
risco de tromboembolismo venoso no período pós-operatório. Esse risco
também depende do tipo do procedimento (alto grau de invasão,
trauma e imobilização). Nessas situações, esquemas de profilaxia
farmacológica são necessários.
Transfusão de Concentrado de Hemácias
Há indicação quando o nível de hemoglobina no pré-operatório:

■ For inferior a 10 g/dl, em pacientes com anemia falciforme;

■ For inferior a 7 g/dl, na anemia aguda;

■ Nos portadores de insuficiência coronariana para manter


hemoglobina em torno de 9 a 10 g/
Hipertermia Maligna
Afecção hereditária e latente do musculo esquelético, potencialmente fatal.
Sem sinais aparentes essa síndrome é caracterizada por uma resposta
hipermetabólica aos anestésicos voláteis assim como relaxantes musculares
despolarizantes.

* 1/50.000 adultos * 1/15.000 crianças


Recuperação Pós-anestésica:
■ IMEDIATA: minutos
■ INTERMEDIARIA: minutos/horas
■ TARDIA: normalidade motora e sensorial

Para avaliação utiliza-se o Índice de Aldrete e Kroulik:


1. Respiração;
2. Circulação;
3. Atividade;
4. Consciência;
5. SpO2;
Índice Aldrete e Kroulik
A utilização de pontos de uma tabela para avaliar o estado físico do paciente
teve sua origem em 1953, quando Apgar começou a avaliar recém-nascidos e criou
a sua sistemática. Em 1970, Aldrete e Kroulik propuseram um sistema numérico de
avaliação pós-anestésica permitindo uma coleta de dados com critério definido
realizada pela enfermeira da RA. A partir de então, muitas Salas de Recuperação
Pós Anestésicas incorporaram esse sistema de avaliação numérica no exame inicial
de admissão do paciente na RA e em intervalos regulares até o momento da alta,
sendo o mais utilizado atualmente.
Liberação pós alta anestésica: do CC para unidade de origem
Previamente a alta algumas condições devem ser consideradas:

■ SSVV estáveis e Saturação normal;

■ Orientação em tempo e espaço;

■ Ausência de sangramento não só da ferida operatória, como tambem dos drenos e sondas;

■ Ausência de dor ou o mínimo de dor possível;

■ Ausência de náuseas, vômito e retenção urinária;

■ Presença de sensibilidade cutânea após bloqueio raqui/peridural e movimentação ativa dos


quatro membros;

■ Escala de Aldrete e Kroulik entre 8-10pontos;


Liberação pós alta anestésica: do CCA para residência
Previamente a alta algumas condições devem ser consideradas:

■ Escala de Aldrete e Kroulik 9-10;

■ SSVV estáveis a 60minutos;

■ O paciente precisa ser capaz de ingerir liquido e de se locomover como antes, se a cirurgia
permitir;
OBRIGADA!

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