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DOR

Não existe estímulo doloroso e sim estímulo nocivo

Lesão tecidual – quando o tecido é agredido várias substâncias químicas dentro das células se
rompem e esses conteúdos intracelular é espalhado pelo espaço extracelular

- A terminação nervosa capta essas substancias químicas e avisa o SN e

Processo inflamatória serve para proteção

Dor nociceptiva faz parte de um composto de sintomas que fazem parte do processo
inflamatória
- edema
- rubor
- calor local
- dor é um sintoma que esta presente no processo inflamatório decorrente de uma lesão
tecidual
MEDIADORES PERIFÉRICOS DA DOR

- Localização e presença dessa agressão tecidual, vários caminhos são percorridos dentro do
SNC para levar essas informações

FISIOLOGIA DA DOR - é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com


potencial e/ou real lesão tecidual, resultado da elaboração e abstração cerebral de uma dada
informação sensorial (IASP, 1979).

A nova definição (2021) afirma que dor é:


"Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou semelhante
aquele associado a dano tecidual real ou potencial", e é expandido sobre
pela adição de seis notas-chave e a etimologia da palavra dor para mais
Contexto valioso:
• A dor é sempre uma experiência pessoal que é influenciada em diferentes graus por
fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A dor não pode ser inferida apenas
da atividade em neurônios sensoriais.
• Através de suas experiências de vida, os indivíduos aprendem o conceito de dor.
• O relato de uma pessoa de uma experiência como dor deve ser respeitado.
• Embora a dor geralmente tenha um papel adaptativo, pode ter efeitos adversos sobre
função e bem-estar social e psicológico.
• A descrição verbal é apenas um dos vários comportamentos para expressar a dor;
incapacidade de comunicação não nega a possibilidade de que um animal humano ou não
humano
experimenta dor
- forma de avaliar/encarar meu paciente

- Modelo Biopsicossocial da dor mostrando as interações complexas entre a dor crônica e


fatores biológicos, psicológicos e sociais

Nocicepção: é uma resposta do organismo à uma lesão tecidual real que pode ou não
ser acompanhada da experiência da dor.
Tipos de dor:
• Persistente: aquela que caracteriza inúmeras entidades clínicas, induzindo o indivíduo a
realizar comportamentos de remoção da dor. Pode ser de origem nociceptiva (por ativação
direta de nociceptores) ou neuropática (por agressão do SNP ou SNC).
• Crônica: parece não servir a nenhum propósito útil. Não é sintoma e sim doença,
disfuncional, cérebro entende a dor, mas não tem justificativa da sua origem, é idiopática.
• Aguda: relacionada ao primeiro efeito lesivo.
• Nociplástica: dor complexa de longo prazo, um dos três mecanismos de dor, definidos pela
Associação Internacional para o Estudo da Dor como "dor que surge da nocicepção alterada,
apesar de não haver evidências claras de dano tecidual real ou ameaçado, causando a ativação
de nociceptores periféricos ou evidência de doença ou lesão do sistema somatossensorial que
causa a dor – resultado de uma lesão previa pois depois que a lesão foi tradada o cérebro ainda
entende que existe dor
"Os outros dois mecanismos são dor nociceptiva e dor neuropática. Dor
generalizada e aumento da dor foram sugeridos como características clínicas importantes.
- SOFRE UMA LESÃO TECIDUAL e sente dor, a lesão é curada, mas a dor continua. Dor continua,
pois, a lesão foi um gatilho para desenvolver a dor crônica
- estímulo nocivo prévio em alguém com fibromialgia =

Componentes da nocicepção e as fibras periféricas relacionadas (Fields, 1990)


Convergência visceral e somática no mesmo nível medular e enviando projeções ascendentes
em direção ao córtex cerebral (Adaptado de Kandel, 2000)
Regiões de projeção de dor referida sobre a superfície corporal

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DOR

Analgésicos anti-inflamatórios não hormonais (AINH's):


• Salicilatos (AAS, Aspirina, Buferin, Melhoral, Sonrisal)
• Derivados do ácido antranílico (Postan, Mobilisin) DOR MUSCULOESQUELÉTICA
• Derivados do ácido enólico (Anartrit, Feldene, Inflamene) DOR OSTEOARTICULAR
• Derivados pirazolônicos (Anador, Novalgina, Tandrex) DOR
• Derivados indolacéticos (Indocid, Benflogin, Flogoral) DOR DE GARGANTA
• Derivados do ácido acético (Biofenac, Cataflam, Voltaren) DOR DE GARGANTA
• Derivados do ácido propiônico (Flanax, Motrin, Profenid)
• Derivados do aminofenol (Cefalex, Dôrico, Tylenol, Tylex) DOR DE CABEÇA
• Derivados sulfonanilídicos (Nisulid, Scalid, Scaflam)
Mecanismos de Ação:
• Inibem a cascata de conversão do ácido araquidônico
• Competem com as prostaglandinas e prostaciclinas
• Inibem migração e quimiotaxia leucocitária
• Inibem a síntese de superóxidos
• Inibem produção de prostaglandinas pelo pirogênio

Analgésicos morfínicos: Hidroxibenzoato de Viminol


• Agonistas fracos (Doloxene, Sylador, Tramal, Tylex, Selux)
• Agonistas Potentes (Dimorf, Dolantina, Demerol, Fentanil) Tipo morfina
• Antagonistas (Narcan)
Mecanismos de Ação:
• Inibição tecidual de neurotransmissores (SP, neuropeptídeos) em sítios
locais ou no sistema nervoso
• Inibição da liberação de SP na medula espinhal
• Inibição de dopamina nos núcleos da base
• Ativação de circuitos moduladores descendentes

Corticosteróides:
• Ação curta (Cortisonal, Flebocortid)
• Ação intermediária (Depo-Medrol, Meticorten, Prednisona)
• Ação Prolongada (Celestone, Diprospan, Decadron)
Mecanismos de Ação
• Reduzem a permeabilidade vascular
• Inibem fosfolipase-A2 (prostaglandina)
• Inibem formação de ácido araquidônico

Antidepressivos:
• Aminas terciárias (Tryptanol, Tofranil, Anafranil)
• Aminas secundárias (Pamelor, Ludiomil)
• Aminas atípicas (Deprax, Eufor, Prozac, Aropax)
• IMAO (Parnate, Stelepar, Aurorix)
Mecanismos de Ação:
• Têm ação sedativa, miorrelaxante e anti-inflamatória
• Promovem o bloqueio da recaptação de serotonina
• Inibem ação da monoamina-oxidase

Neurolépticos: distúrbios mentais e comportamentais


• Alifáticos (Amplictil, Neuleptil)
• Piperidinas (Melleril)
• Butirofenonas (Droperidol, Haldol, Haloperidol)
• Benzamidas (Dogmatil, Equilid)
Mecanismos de Acão:
• Indicados principalmente em associação com outros fármacos e tem principal indicação na
dor disestésica ou de origem em neuropatia
• Promove ação antihistamínica, anticolinérgica periférica e bloqueadora dopaminérgica
central
Miorelaxantes:
• Baclofeno (Lioresal)
• Flupirtina (Katadolon)
• Carisoprodol (Mioflex, Dorilax, Tandrilax)
• Orfenadrina (Dorfen, Dorflex, Flexdor, Rielex)
Mecanismos de Ação:
• Bloqueiam a ação de NT excitatórios nos núcleos sensitivos
• Inibem reflexos polissinápticos da medula espinhal
• Hiperpolarizam terminais dos aferentes primários

Anestésicos Locais:
• Curta duração (Procaína, Lidocaína, Xylocaína)
• Longa duração (Tetracaína, Marcaína)
Mecanismos de Ação:
• Inibem o fluxo do Na+
• Antagonizam ação de aminoácidos excitatórios

Derivados do Ergot: enxaqueca


• Parcel, Enxak, Cefaliv, Migrane, Cefalium
Mecanismos de Acão:
• Promovem inibição de canais iônicos de axônios periféricos
• Inibem potenciação pós-tetânica na medula espinhal

TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOR


Procedimentos Neurorrestaurativos: consistem na remoção de agentes que distorcem a
estrutura nervosa ou que objetivou a reaver a continuidade dos elementos do
sistema nervoso periférico.
• Descompressões Nervosas: indicadas nos casos em que há compressão de estruturas
nervosas por vasos, ossos ou estruturas relacionadas, massas
“expansivas etc.
• Neurólise: remoção de estruturas neurais que por traumatismo promovem
comprometimento de outras áreas íntegras (neuromas).

Procedimentos Neuroablativos:
• Amputações: utilizada no passado para o tratamento de dores neuropáticas incapacitantes e
rebeldes. I
• Simpatectómicas: remoção cirúrgica de estruturas que compõem o sistema nervoso
vegetativo simpático. Indicadas para o tratamento da causalgia, dor visceral e dor isquêmica.
Pode ser química (fenol) ou cirúrgica.
• Neurotomias/Neurectomias/Rizotomias: geralmente indicadas para
neuralgias localizadas.
• Cordotomias/Mielotomias: tem a finalidade de reduzir o fluxo de informações dolorosas
desde a periferia até os centros integradores sensoriais.
• Estimulação elétrica do SNC: estimulação elétrica intermitente por implantação de elétrodos
em sítios do SNC.
AVALIAÇÃO DA DOR

“Não há nenhuma técnica objetiva que mensure ou possa demonstrar a real ocorrência da dor.
O comportamento doloroso e, não propriamente a dor, é que são avaliados pelo observador”
- Ador é muito subjetiva, cada um reage de um jeito pois aprendemos com a vida ou “família”

Tipos de Escalas:
 Nominais: números identificam e definem os intervalos de gradação do fenômeno.
 Ordinais: são capazes de ordenar sequencialmente as informações coletadas
 Intervalares: possibilitam ordenar e estabelecer distâncias entre os elementos
apresentados.
 Razão: permitem comparações numéricas de intensidade entre os estímulos

Anamnese: inclui a história e as características da dor e de outros sintomas que a ela se


associam:
 Aspectos cronológicos
 Localização
 Ritmo e periodicidade
 Características sensitivas da dor
 Incapacidades e prejuízos gerados
 Fatores predisponentes e desencadeantes
 Fatores aliviante
 Interferência de fatores psicológicos

Exame Físico:
 Postura e expressão facial
 Estado nutricional, pele, aparência adequada
 Anormalidades vegetativas: PA, FC, padrão respiratório, diâmetro pupilar, obstipação,
náuseas, vômitos etc.
 Avaliação da região afetada: inspecionar, palpar e percutir, buscando possíveis alterações
tipo palidez, hiperemia, cianose, alterações pigmentares, hiper ou anidrose, atrofias e
assimetrias musculares, tegumentares e de anexos
 Exame Neurológico: avaliar a sensibilidade somática, a motricidade, função dos nervos
cranianos e funções simbólicas.
 Exames Complementares: EMG, R-X, TAC, RMN, Eletrodiagnóstico.

Instrumentos de avaliação
 Algesiômetro de Von Frey
 Questionário de dor de McGill
- de 1 – 10: dimensão sensitiva; de 11 – 15: dimensão afetiva; 16: dimensão avaliativa;
de 17 – 20: miscelânea.
 Questionário de dor de McGill reduzido
 Escala de Andrasik e Gracely
 Conjunto de monofilamentos para testes de sensibilidade cutânea de Semmes-
Weinstein (estesiômetro)
 Inventário para dor de Winsconsin
 Escala de Borg – dispneia
 Escala de regime analgésico
 Escala do humor
 Escala Visual Analógica
 Escala de incapacidades e comprometimentos funcionais decorrentes da dor

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