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COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA DA INFRAERO SOBRE O ANO DE 2017

Nós chegamos ao final de 2017 firmes no propósito do reestabelecimento e reequilíbrio


financeiro do sistema aeroportuário sob responsabilidade da Infraero, a terceira maior
empresa aeroportuária do mundo. O desafio de administrar 59 aeroportos em todo o Brasil
encontrou amparo na reconstrução da gestão de uma empresa robusta e eficiente, como
demonstram as mais recentes pesquisas de satisfação de passageiros realizadas pelo
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

Entre as iniciativas tomadas no decorrer desta gestão, destacam-se o plano de


sustentabilidade da empresa, a redução da estrutura de suporte com os programas de
demissão voluntária – saímos de um patamar de 14 mil funcionários para 9 mil atualmente
–, a reestruturação da alta gestão da empresa, além de estudos para a revisão do modelo
estratégico do setor aeroportuário brasileiro, visando o aumento da sua competitividade
operacional e financeira.

Conseguimos êxito em outras ações, como a retomada dos voos regulares no aeroporto
de Pampulha e a manutenção do aeroporto de Congonhas na rede de aeroportos
administrada pela Infraero. Importante não esquecer que a volta dos voos em Pampulha
terá, ainda, papel complementar ao Aeroporto Internacional de Confins, que é capaz de
operar como hub de conexões e atender demanda doméstica e internacional devido à sua
alta conectividade e capacidade operacional superior.

Entretanto, é necessário esclarecer que a decisão do Governo Federal não implica na


quebra do contrato de concessão do Aeroporto Internacional de Confins, visto que não há
um único dispositivo legal, regulamentar ou contratual que assegure a exclusividade de
atuação naquela região. As diretrizes da Política Nacional de Aviação Civil são claras e
asseguram à sociedade brasileira o desenvolvimento de sistema de aviação civil amplo,
seguro, eficiente. Sempre compatível com a sustentabilidade ambiental, integrado às
demais modalidades de transporte e alicerçado na capacidade produtiva e de prestação de
serviços nos âmbitos nacional, sul-americano e mundial.

Cabe ressaltar, ainda, que nos parâmetros técnicos apurados pela Infraero, a decisão desse
governo de excluir do programa de privatização o aeroporto de Congonhas, garante o
funcionamento de aeroportos de menor porte. Consequentemente, garante o
funcionamento de o todo sistema aeroportuário brasileiro, preservando o atendimento,
que é de interesse social, para a consolidação do compromisso com a integração nacional.

Seguimos na direção da governança, em fase de implementação na empresa, buscando


benchmarks internacionais e parceiros privados. Para fortalecer nosso projeto, temos em
mãos um relatório técnico da Roland Berger, uma das maiores consultorias internacionais
com especialização em sistemas aeroportuários. Esse relatório, inclusive, aponta uma
saída sustentável para a Infraero e a necessidade do braço público, dentro do propósito de
garantir a integração nacional por meio do subsídio cruzado.

Portanto, caminhamos para um resultado financeiro quatro vezes maior que o do ano de
2016. Hoje, o resultado final da Infraero é impactado pelo desequilíbrio da Navegação
Aérea e, sobretudo, pelo prejuízo contabilizado por nossas participações nas cinco
primeiras concessões aeroportuárias, as quais não temos gestão direta. Sem esses efeitos,
muito em breve teremos resultados ainda melhores.
Certos de que 2018 será um ano importante para a confirmação e consolidação de tudo o
que foi traçado e planejado desde o início dessa gestão, encerramos o ano com saldo
positivo.

Atenciosamente,

Antonio Claret de Oliveira

Presidente da Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

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