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ANÁLISE DA ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL CONSIDERANDO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E A
QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA
Ezequiel da Rosa Honorato
Departamento de Engenharia Elétrica
Faculdade SATC
Criciúma, Brasil
ezequiel_honorato@hotmail.com
Resumo — O trabalho descreve o desenvolvimento de uma
metodologia de analise das fontes de iluminação artificial,
considerando a eficiência energética e a qualidade da energia
elétrica. Onde foram avaliados os tipos de lâmpadas para
iluminação de interior e avaliando a eficiência luminosa e o
que cada tipo de lâmpada tem como consequência ligada ao
sistema elétrico, causando distúrbios na rede. Estas tarefas
foram realizadas em uma sala de estudo, com a utilização de
um analisador de energia, onde foi possível verificar as
distorções harmônicas, fator de potência e as potências de
cada lâmpada. Esta pesquisa visa viabilizar a melhor
lâmpada, sendo considerada a eficiência energética e a
qualidade da energia elétrica.
Palavras – chave: Lâmpada; Eficiência energética; Qualidade da
energia elétrica
I. INTRODUÇÃO (TÍTULO I)
Com um mercado amplo no setor de
iluminação, o consumidor apenas sabe escolher a lâmpada
conforme a eficiência energética ou pelo preço inicial, sem
ter noção do impacto ao sistema elétrico. Dependendo das
características das lâmpadas, pode gerar distúrbios
eletromagnéticos no sistema, podendo acarretar no aumento
das perdas e falhas de equipamentos.
Este fato acontece, pois o consumidor não
possui conhecimento, bem como, não existe nenhuma
metodologia ou parâmetro que mensure qual a lâmpada é
mais adequada, levando em consideração a qualidade da
energia e a eficiência energética. Com a existência de um
selo de qualidade ou uma metodologia, o consumidor seria
orientado na escolha da mesma, podendo comparar e
escolher a lâmpada adequada, ou seja, que não polua o
sistema elétrico e tenha uma boa eficiência.
Partindo desse pressuposto, este trabalho de
pesquisa visa desenvolver um estudo baseado em análise
experimental para verificar qual o tipo de lâmpada mais
adequado para o uso em ambientes internos.
II. ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
Presentemente existem diversos tipos e
modelos de lâmpadas no mercado para iluminação
residencial. Assim, o projetista tem opção para escolher as
lâmpadas adequadas para cada ambiente, podendo levar em
consideração a eficiência energética e a qualidade da
energia. [1]
As lâmpadas podem ser classificadas em duas
Oswaldo Hideo Ando Junior
Departamento de Engenharia Elétrica
Faculdade SATC
Criciúma, Brasil
oswaldo.junior@satc.edu.br
categorias: as lâmpadas incandescentes que geram
luminosidade através de um efeito secundário que é a
passagem da corrente elétrica por um filamento, e as
lâmpadas de descargas que se utilizam de gás para ionizar o
meio. Quando uma corrente elétrica passa pelos filamentos,
esta corrente provoca uma descarga do gás no interior do
tubo, onde os átomos do mercúrio se colidem com os
elétrons do gás, assim emitindo energia luminosa. [1]
No mercado atual, existem diferentes modelos
de lâmpadas para a escolha, como por exemplo: as lâmpadas
incandescentes, fluorescentes e de Diodo Emissor de Luz
(LED). Lâmpadas estas que serão o foco deste trabalho,
viabilizar a melhor lâmpada para o uso em residências,
considerando os efeitos causados na rede elétrica e sua
eficiência energética.
III. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
O conceito de eficiência energética é a
utilização de energia de forma racionada, ou seja, consumir
menos energia para desenvolver alguma atividade. Portanto,
ser energeticamente eficiente consiste em reduzir perdas e
evitar desperdícios, aumentando a qualidade do serviço em
todos os processos. A eficiência energética se baseia em dois
conceitos. [2]
O primeiro é o técnico, a substituição de
aparelhos por outros mais eficientes e modernos que possam
executar a mesma tarefa. [2]
O segundo conceito onde a eficiência
energética é fundamental é quando o consumo da energia já
está disponibilizado de forma econômica, mudando os
hábitos e costumes de usuários.
Devido ao grande aumento da demanda da
energia elétrica, ou seja o aumento de consumo de energia
elétrica diversos países estão tentando evitar o desperdício,
buscando uma forma de consumir energia de forma racional,
implantando medidas que possam reduzir estas perdas e
melhorando o meio ambiente.
Em uma residência um dos sistemas que mais
consome energia elétrica é a iluminação, portanto, se deve
elaborar um bom projeto luminotécnico para se obter uma
alta eficiência energética. Para conseguir uma boa eficiência
energética deve-se considerar o tipo de lâmpada adequada
para o ambiente, tentar aproveitar ao máximo a iluminação
natural, distribuir adequadamente as lâmpadas, verificar o
fluxo luminoso adequado ao ambiente, para que assim não
seja necessária a instalação em abundância de luminárias. A
consequência da distribuição inadequada pode levar ao
desperdício de energia elétrica e a falta; pode acarretar
desconfortos visuais nos cômodos, como também levar a
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frequente manutenção nas lâmpadas. [4]
No Brasil o selo PROCEL classifica os
equipamentos conforme o melhor aproveitamento de
energia. Sabendo que a energia sofre diferentes
transformações, como por exemplo, energia térmica, no caso
das lâmpadas esta energia é classificada como um
desperdício, quando tem a finalidade de iluminar um
ambiente. [3]
rede cargas não lineares, afetando a qualidade da energia
elétrica, como por exemplo, reduzindo o fator de potência.
[6]
O fator de potência é a razão da potência
aparente pela potência ativa consumida por um
equipamento, conforme a equação 1.

IV. QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

Onde:
A qualidade de energia está relacionada em
FP: deslocamento de fase;
manter o nível de tensão; manter a forma de onda na
P: potência ativa; e
frequência fundamental, sendo que não prejudique ou
S : potência aparente.
danifique equipamentos, e mantendo uma continuidade de
fornecimento de energia. [5]
Esta equação representa o fator de potência
Devido ao aumento da fiscalização do governo
considerando o fasor da distorção harmônica, sendo
com a qualidade da energia elétrica entregue aos
estudada neste artigo.
consumidores, onde os distúrbios que afetam a Qualidade da
Energia Elétrica (QEE) podem ser provenientes de V. ESTUDO DE CASO: ILUMINAÇÃO RESIDÊNCIAL
aparelhos, equipamentos dos consumidores ou equipamentos
da concessionária. Os equipamentos que podem afetar a
Este trabalho tem como base o estudo das
QEE são cargas não lineares, sedo que podem distorcer a
forma de onda senoidal, como por exemplo, reatores de lâmpadas utilizadas para a iluminação de ambientes, sendo
lâmpadas fluorescentes, que trabalham em alta frequência, feito um estudo de análise da eficiência energética, por meio
assim gerando harmônica na rede. [6] de dados técnicos e da medição da potência consumida,
analisando os distúrbios causados pelas lâmpada, que afetam
Os prejuízos com a QEE são elevados. Com o
o sistema de potência.
aumento da harmônica no sistema elétrico, aumenta as
No Brasil, cada ambiente possui uma
perdas de energia, interferências com aparelhos de
comunicação, etc., acarretando em prejuízos econômicos. dinâmica diferente de atividades, que vem ao encontro das
[20] necessidades específicas de cada segmento. Pode-se
encontrar em ambientes prediais, vários tipos de tarefas a
Dependendo do distúrbio e de sua magnitude,
serem executadas, desde a mais crítica até a mais simples,
estes acarretam prejuízos econômicos às empresas, podendo
exigindo de cada uma, em particular, diferentes níveis de
ocasionar a instabilidade do sistema e se não for solucionado
iluminamento [7].
pode assim atingir todo sistema.
O ambiente modelo é de uma sala de estudo
com área de 4,8m², dimensões com 1,45 metros de
A. Deformação da Onda comprimento e largura de 3,30 metros, conforme mostra a
Fig. 1. A sala é utilizada como laboratório e sala de
É a deformação da forma de onda senoidal da pesquisa, situada no prédio da eletrônica, em anexo no pátio
tensão ou da corrente em regime constante, ocasionado por: da Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão
a) Harmônicas: quando possuem cargas não lineares (SATC). A planta da sala deste estudo possui um pé direito
ligadas ao sistema elétrico, assim distorcendo a forma de 3,30 metros e as características do ambiente como a
de onda senoidal, gerando frequências múltiplas a reflexão, foram escolhidas de acordo com a norma NBR -
frequência fundamental (60 Hz). [2]; 5413.
b) Interharmônicas: são efeitos gerados sobrepostos ao
sinal da frequência fundamental, sendo o aparecimento
de modulações na amplitude da forma de onda da tensão
e corrente. [2]; e
c) Ruídos: corresponde ao ruído eletromagnético gerado
pela alta frequência de chaveamento de conversores.
[18].

B. Variação de Frequência do Sistema Elétrico

São pequenas variações da frequência

fundamental, causada pelo desequilíbrio entre a geração de
energia e a demanda solicitada para o consumo. [2, 5].

C. Fator de Potência Fig. 1 - Planta baixa da sala de estudo.

O estudo foca buscar uma metodologia de

Os equipamentos eletrônicos estão cada vez
escolha de lâmpadas para consumidores que não tenham
mais presentes no dia a dia. Estes equipamentos drenam da
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conhecimentos nestes assuntos, ou seja, uma dona de casa. aquisição é o mais elevado, R$153, já a lâmpada
Foi utilizada uma sala de estudo como ambiente modelo fluorescente tubular (L.F.T) e a florescente compacta
para a realização do estudo luminotécnico. (L.F.C) apresentam a mesma vida útil e o mesmo consumo,
A Tab. 1 apresenta as características do porem a lâmpada fluorescente tubular apresenta um valor de
ambiente modelo. aquisição maior, por precisar comprar um reator para a
mesma funcionar.
Tab. 1 - Características do Ambiente de Estudo. As lâmpadas incandescente apresentam o
Características do ambiente Descrição menor valor de aquisição, mas em contrapartida apresenta o
Dimensão 1,45 x 3,3metros maior consumo e a menor durabilidade, sendo que o
conjunto de lâmpadas para iluminar o ambiente modelo pode
Tipo de atividade desenvolvida Sala de pesquisa - 300 ser observado no gráfico da Fig. 2.
lux
Refletância piso 10%
Refletância parede 50%
Refletância teto 80%
Altura do plano de trabalho 0,75 metros
Intervalo de manutenção do 6 meses - 0,85
sistema
Iluminação natural Não considerada

O ambiente em estudo é uma sala que

necessita de 300 lux, conforme tabela NBR 5413, possui um
ambiente claro, com uma refletância piso de 10%, da parede
de 50% e 80% para teto, pelo fato ser claro. Para cálculo
luminotécnico foi utilizado um fator de depreciação de 0,85, Fig. 2 - Gráfico dos custos unitários e total para iluminar o ambiente.
pelo fato de ser feito uma manutenção semestral.
Sendo um ambiente claro durante dias claros, Analisando os dados do gráfico da fig.2 e da
assim sendo um ambiente tranqüilo para estudos, devido o tab.2, consegue-se notar os custos das lâmpadas para
conforto visual do mesmo. iluminar o ambiente, em relação a custo das lâmpadas.
O gráfico da fg.2 tem com auxilio a compra
das lâmpadas, caso o consumidor tenha interesse somente no
A. Estudo da Eficiência Energética e Custos
custo de aquisição das mesmas, sem levar em consideração a
eficiência energética, sendo um ganho agregado em longo
Em virtude de todas as características das prazo.
lâmpadas, da tecnologia e eficiência energética, cada Também para auxiliar o consumir a ter outras
conjunto de lâmpada possui um custo de projeto. A tab.2 opções de escolha das características das lâmpadas, faz-se
mostra os valores para analise da eficiência energética das um estudo da vida útil das lâmpadas.
lâmpadas e custos, para prosseguir de forma mais clara o Analisando o gráfico é notória a diferença da
trabalho, e também para melhorar a interpretação dos dados vida útil de cada lâmpada, sendo que as lâmpadas LED (L.L)
analisados Na tab.2 as relações de custos de cada conjunto estão cada vez mais aumentando sua vida útil, juntamente
de lâmpada. com as compactas.
O gráfico da fig.3 ilustra a Vidal útil de cada
Tab. 2 - Análise de custo
lâmpada, sendo que as lâmpadas incandescentes (L.I)
consumida

Eficiência energética
Preço de compra(R$)

apresentam a menor durabilidade.

por hora (KWh)
Durabilidade(h)
Lâmpadas

lumens/W
Energia

Incandescentes 5,12 1000 0,2 13,5

Fluorescente
20,40 8000 0,04 67,5
Tubolar
Fluorescente
15,00 8000 0,04 67,5
Compacta
Led
153,00 30000 0,027 90
Fig. 3 - Vida útil das Lâmpadas Testadas.
Analisando a Tab. 2, pode-se perceber que em
eficiência energética ou consumo, a lâmpada LED (L.L) é Sendo no gráfico da figura 4 e 5 L.I as
melhor, possuindo uma eficiência de 90 lm/KW e um lâmpadas incandescentes, L.F.T lâmpadas fluorescentes
consumo de energia de0,027 KW, porém seu preço de tubular, L.F.C lâmpadas fluorescente compacta e L.L

lâmpada de Led.
No gráfico da Fig. 4 são expostos os valores
da energia consumida em KWh. No que se pode notar,
dentro da gama de lâmpadas testadas, percebe-se o domínio
da lâmpada LED. A lâmpada Incandescente apresenta o
maior consumo, por possuir uma baixa eficiência energética,
assim necessitam de uma potência maior para iluminar o
ambiente.
Fig. 4 - Potência Consumida por Hora (KWh)
Na Fig. 5 é possível observar a eficiência
energética de cada lâmpada, sendo que a lâmpada LED(L.L)
possui a maior eficiência energética com um valor de
90lumens/watts. As lâmpadas fluorescentes compactas
(L.F.C) e tubulares (L.F.T) apresentam o mesmo valor de
eficiência energética, e a lâmpada incandescente(L.I)
apresenta o menor índice de eficiência energética.
Fig. 5 - Eficiência Energética.
Com base nas tabelas e gráficos pode-se
perceber que dependendo das características técnicas de
cada lâmpada, existe uma gama de diferença entre elas.
As lâmpadas LED apresentam um menor
consumo de energia para obter as características para
iluminar o ambiente; já as lâmpadas fluorescentes e
compactas apresentam o mesmo consumo de energia para
iluminar o ambiente e como já previsto a lâmpada
incandescente tem o pior desempenho em eficiência
energética, pelo fato de ser formada por um filamento de
tungstênio, sendo uma resistência, assim tendo perda de
energia pelo efeito Joule.
B. Análise da Qualidade da Energia Elétrica
Os testes foram realizados com lâmpadas que
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são mais utilizadas em sistema de iluminação de ambientes
internos. De forma, foi feito um estudo luminotécnico do
ambiente, A Tab. 3 mostra as características e a quantidade
de lâmpadas utilizadas para a realização dos testes.
Tab. 3 - Lâmpadas Testadas
Lâmpadas Potência (W) Lumens Quantidade
Incandescente 100 1350 2
Fluorescente 20 1200 2
compactas
Fluorescente 40 2700 1
Tubolar
Lampada de Led 9 810 3
Com esta diversidade de lâmpadas existentes
no mercado, foram selecionadas as lâmpadas da tabela
acima, pelo fato de serem as mais utilizadas em residências,
sendo que a incandescente esta saindo do mercado. Algumas
desvantagens, sendo que para iluminar o ambiente necessita
de duas unidades de lâmpadas incandescente, a mesma
quantidade para á lâmpada fluorescente compacta, já a
lâmpada Led precisa de 3 unidades, juntamente mais três
conversores Ca/CC, e a lâmpada fluorescente tubular apenas
uma unidade, precisando de um reator.
Os dados obtidos da distorção harmônica total
de corrente das lâmpadas seguem na fig.6.
Fig. 6 - Distorção harmônica total de corrente
Analisando o gráfico da distorção harmônica
total de corrente, as lâmpadas incandescentes (L.I) possui
um valor baixo de 4,2%, sendo um valor desprezível. Já as
lâmpadas fluorescente compacta (L.F.C), possui o maior
valor de distorção harmônica de corrente, com 117,5%,
sendo um valor bem acima, caso seja um ambiente
iluminado com estas lâmpadas, podendo acarretar grandes
problemas na qualidade da energia, como interferência
eletromagnéticas, um fator de potência baixo.
Como se percebe, a lâmpada fluorescente
tubular (L.F.T) possui distorção harmônica total de corrente
de 18,7%, sendo que é uma lâmpada com tubo de descarga e
possuindo um reator eletrônico.
Valores obtidos através do analisador de
energia, a respeito da qualidade da energia, sendo que foi
utilizada lâmpadas LED de luz branca 9 w, somando 27 w,
utilizando um conversor eletrônico. Como se observa, a fig.6
possuindo um valor de distorção harmônica total de corrente
de 18,1%, tendo uma distorção harmônica quase igual da
L.F.T.
A fig.7 mostra os valores de distorção
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harmônica total de tensão. sistema de potência elétrico, mas já existem filtros que
conseguem suavizar este problema, porém necessita de um
investimento para a instalação destes filtros.

VI. ANALISES COMPARATIVOS DO RESULTADO

Analisando os dados do ponto técnico, onde

regem a luminotécnica, todas as lâmpadas são adequadas
para iluminar o ambiente, ou seja possuem iluminamento
adequado, temperatura de cor índice de reprodução de cor.
Analisando pelos custos, sendo que nos
valores já esta incluso o valor total para aquisição das
lâmpadas e luminárias, tem -se que a lâmpada de menor
Fig. 7 - Distorção harmônica total de tensão. valor é a incandescente , custando R$5,12, mas apresenta
uma vida útil muito baixa de 1000h. As lâmpadas
Percebe-se que 1,9% é o valor de distorção fluorescentes compactas tiveram um custo de aquisição de
harmônica total de tensão no ambiente teste, possuindo o R$15,00 e apresenta uma vida útil de 8000h, sendo a mesma
maior valor de distorção harmônica de tensão a lâmpada vida útil da lâmpada fluorescente tubular, que possui um
fluorescente compacta(L.F.C), com 2,8%, devido o alto valor de aquisição de R$35,40, neste valor inclui a aquisição
valor de distorção harmônica de corrente. do reator e de uma luminária para alojar uma lâmpada
A Tab. 4 mostra os valores das grandezas fluorescente tubular, já a lâmpada Led, a de maior valor de
elétrica medidas. aquisição (R$153,00), possuindo uma vida útil de 30000h,
sendo a lâmpada de maior durabilidade deste estudo.
Tabela 4 - Valores das grandezas elétricas medidas Para montagem do gráfico, foi considerado o
maior valor em 100%, sendo assim foi montado em
Corrente (ma)

Potência (kw)
Tensão(v)

DhtV(%)
Lâmpada

potência

DhtI(%)
Fator de

porcentagem, analisando o custo da lâmpada de Led que é a

mais cara, mas em vida útil possui a maior, assim consegue-
se destacar como a lâmpada compacta a melhor opção, por
apresentar um valor de aquisição baixo e uma vida útil
Incandescente 227 3,9 0,16 1,00 4,2 1,9
intermediária.
Lâmpada compacta 226,9 1,1 0,02 0,66 117,5 2,8
Lâmpada fluorescente A fig. 9 mostra um gráfico colocando em
225,7 1,2 0,02 0,97 18,7 2,5 ranking as lâmpadas.
tubular
Lâmpada LED 224,8 1,1 0,03 -0,95 18,1 2,5

A Tab. 4 demonstra os valores obtidos com as

lâmpadas necessárias para iluminar o ambiente escolhido
para estudo. Como se pode perceber em relação à qualidade
de energia elétrica, as lâmpadas que possuem uma maior
distorção harmônica de corrente são as lâmpadas
fluorescentes compactas. A Fig. 8 mostra o ranking das
lâmpadas no quesito qualidade de energia elétrica.

Figura 8 - Ranking das lâmpadas no quesito qualidade de energia elétrica.

Para montar o ranking das lâmpadas, no

quesito qualidade de energia elétrica, foi considerado a Fig. 9 - Gráfico de analise do custo e vida útil das lâmpadas
distorção harmônica e fator de potência das lâmpadas. .
A lâmpada fluorescente tubular, ficou no Do ponto de vista da eficiência energética a
melhor colocação que a lâmpada de Led, pelo fato de lâmpada que apresenta o melhor índice é a lâmpada de Led,
possuir um fator de potência maior, pois o valor de distorção 90lumens/Watts, a lâmpada fluorescente tubular e compacta
harmônica são bem próximos. apresentam a mesma eficiência energética de 67,5
A lâmpada fluorescente compacta apresenta o lumens/Watts, sendo a lâmpada incandescente com o menor
maior índice de distorção harmônico. Esta lâmpada afeta o índice em eficiência energética com 13,5 lumens/Watts,

sendo um dos fatores que a mesma está saindo de ser
comercializada.
Analisando a qualidade de energia, as
lâmpadas incandescentes apresentam uma distorção
harmônica de corrente irrelevante, e fator de potencia
unitário, sendo a melhor lâmpada neste quesito, a segunda
lâmpada é a lâmpada de Led, com uma distorção harmônica
de corrente de 18,1%, e um fator de potencia de 0,95
capacitivos, e a lâmpada fluorescente tubular apresenta um
valor de 18,7% de distorção harmônica e um fator de
potência de 0,97 indutivos.
As lâmpadas fluorescentes compactas,
apresentam os piores valores no quesito qualidade de energia
elétrica, com uma distorção harmônica de corrente de
117,5% e com um fator de potência de 0,66 indutivos.
Analisando os gráficos, percebe-se que a
melhor solução, analisando a eficiência energética e a
qualidade da energia elétrica é a lâmpada Led, pois a mesma
apresenta o maior valor de eficiência energética, e na
qualidade da energia elétrica, tendo um distúrbios baixo. A
lâmpada compacta apresenta um valor insignificativa na
qualidade da energia elétrica, mas apresenta uma eficiência
energética muito abaixo das outras lâmpadas, tendo 60% a
menos em eficiência energética que as lâmpadas
fluorescentes.
A fig. 10 faz um comparativos das lâmpadas,
analisando a eficiência energética e a qualidade da energia
elétrica.
Figura 10 - Gráfico de analise da qualidade da energia elétrica e eficiência
energética das lâmpadas
Assim analisando todo o conjunto, a melhor
lâmpada para o consumidor obter é a lâmpada fluorescente
tubular, por apresentar, um índice de reprodução de cor de
79, sendo um valor tolerável para o ambiente estudo, já que
foi concluído que todas as lâmpadas apresentam
características luminotécnicas aceitáveis, tendo um valor de
aquisição pouco acima das lâmpadas fluorescentes
compactas, de R$ 5,40 a mais, mas apresentam boas
características na qualidade de energia elétrica.
Com uma segunda opção fica a lâmpada
fluorescente compacta, a mesma possui um valor de
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aquisição do projeto baixo, porem mesmo por apresentar o
pior índice na qualidade da energia elétrica, a mesma para
ambientes internos e para consumidor comum, é viável.
Em terceiro fica a lâmpada Led, pois a mesma
apresenta um valor de aquisição elevado, mesmo
apresentado uma alta eficiência energética, porem não sendo
um projeto de baixo custo, por ser uma tecnologia nova,
assim entende-se.
E a quarta e ultima opção para o consumidor é
a lâmpada incandescente, mesmo apresentando o menor
valor de aquisição, mas apresenta uma vida útil muito baixa,
e uma eficiência energética muito abaixo comparando com
todas as lâmpadas, sendo estes dois quesitos os piores do
grupo.
VII. CONCLUSÃO
A estrutura que rege este trabalho sobre a
qualidade da energia elétrica e a eficiência energética das
lâmpadas residenciais acerca da luminotécnica visa obter a
melhor opção para o iluminamento de residências, sendo
relevantes as características técnicas e análise de custo e
consumo, sendo que foi fundamentado com base em normas
de luminotécnica, da qualidade da energia e eficiência
energética.
Do ponto de vista dos resultados obtidos, a
lâmpadas apresentaram os valores esperados pela
fundamentação teórica, mas em contra partida dos analises,
do que se esperava a lâmpada Led a melhor solução, onde
não foi possível pelo alto preço de aquisição da mesma, por
ainda ser uma tecnologia nova para utilizar em residências.
As lâmpadas fluorescentes compactas
apresentam uma boa eficiência energética e um valor de
aquisição baixo, porem na qualidade de energia elétrica a
mesma a pior nos quesitos distorção harmônica e fator de
potência.
As lâmpadas incandescentes, apresentou custo
mais baixo a melhor na qualidade de energia elétrica, porem
em eficiência energética e vida útil é a pior lâmpada, e
eficiência energética, pode-se analisar um custo alto a longo
prazo.
Já a lâmpada fluorescente tubular, nas analises
sempre ficando com valores intermediários, e com valores
de eficiência bom, valor de aquisição não muito elevado em
relação a lâmpada compacta, tendo uma vida útil igual a
lâmpada compacta.
Assim este trabalho mostra as melhores
soluções no custo, eficiência energética e qualidade da
energia elétrica, sendo subdivididas em grupos para uma
analise mais completa, assim dependendo da preocupação do
consumidor, ele consegue fazer a melhor escolha.
VIII. REFERÊNCIAS
[1] MASCIA R.A. Estudo comparativo entre lâmpadas fluorescentes
compactas e lâmpadas Incandescentes, considerando a Viabilidade
Econômica. 2011. 70 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia elétrica)
- Universidade Federal do Pampa, Alegrete, 2011.
[2] BALTAZAR, A. Carlos dos Santos. Qualidade da Energia no
Contexto da Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro. 2007. 139
f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) - Universidade de
São Paulo, 2007.
 7
[3] CARDOSO, Rafael Balbino, Avaliação da Economia de Energia
atribuída ao Programa Selo PROCEL em Freezers e
Refrigeradores. 2008. 189 f. Dissertação
(Mestrado de Engenharia de Energia) - Universidade Federal De
Itajubá, 2008.

[4] FILHO, J. Mamede. Instalação elétrica Industrial. 7. ed. Rio de

Janeiro: LTC, 2007.

[5] ANDO JÚNIOR, O. H. Power Quality Energy: Concepts,

Classification and Methodology for Identifying and Quantifying
Disturbances of Power Quality Energy. Lambert Academy Publishing,
2012.

[6] CANOVA, Jairo Luiz. Proposta de Procedimentos para a Medição

da Qualidade de Energia Elétrica de um Barramento de 230 KV do
Sistema Interligado. 2009. 169 f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Elétrica) - Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
2009.

[7] IEC 61000 -3-2, ―Electromanetic Compatibility (EMC) – Part 3: Limits,

Sect 4:Limitatio for harmonic current emissions. International Standard
IEC 61000-3-2, Edition 3, November 2005.