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TRABALHO
2 – DA PROVA EMPRESTADA
Embora alguns autores defendam que o art. 818 da CLT basta por si
mesmo no Processo do Trabalho, a maioria crê ser aplicável ao Processo do
Trabalho a regra do art. 373 do CPC conjugada com o art. 818 da CLT. Desse
modo, no Processo do Trabalho, o reclamante tem o ônus de comprovar os
fatos constitutivos do seu direito, e o reclamado, os fatos modificativos,
extintivos e impeditivos do direito do autor. Desse modo, no Processo do
Trabalho:
O juiz que se omite é mais nocivo que o juiz que julga mal. Sob outro
enfoque, cumpre destacar que a finalidade do processo é a justa composição
da lide, aproximando-se da realidade, bem como dar a cada um o que é seu.
Nesse sentido, ensina Jorge Luiz Souto Maior: “É verdade que, sob o ponto de
vista teórico, o direito processual tem avançado muito em direção à busca da
produção de resultados concretos e justos na realidade. Essa mudança vem
desde o início do movimento denominado ‘movimento em prol do acesso à
justiça’, encabeçado por Mauro Cappelletti, tendo atingido, mais recentemente,
a fase da busca pela plena efetividade da prestação jurisdicional, que pode ser
traduzida pela conhecida frase de Chiovenda: ‘o processo deve dar a quem
tem um direito tudo aquilo e precisamente aquilo que ele tem o direito de obter’.
Mas o processo deve almejar mais, pois um processo despreocupado com a
justiça das suas decisões pode simplesmente dar a cada um o que é seu, ou
seja, ao rico, sua riqueza, ao pobre, sua pobreza”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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375
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2003. p. 121
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BEBBER, Júlio César. Revelia e livre convencimento. In: Processo do trabalho: temas atuais. São
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2002. v. III. p. 535. 17 Art. 344.
FAVORETTO, Isolde. Comportamento processual das partes como meio de prova. Porto Alegre:
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