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Professor: Cláudio R. Duarte Ano: 2ª Data: 18/09/19

Geografia – Avaliação 1 Semestre: 2º Nota: / 10,0

Orientações gerais:

 O tempo máximo para a realização do instrumento avaliativo é de 100 minutos. Não


haverá tempo suplementar.
 O tempo mínimo para a realização da avaliação é de 40 minutos.
 Concentre-se na realização do instrumento avaliativo.
 O entendimento do enunciado faz parte do processo avaliativo.
 Utilize linguagem formal e adequada ao instrumento avaliativo. Não serão aceitas
abreviaturas, gírias etc.
 Todas as questões devem ser respondidas a caneta azul ou preta.
 Só serão avaliadas as respostas que estiverem no espaço reservado a elas.
 Preenchimento do gabarito de teste: preencher todo o quadradinho, ou
colocar um grande X. Alternativa rasurada será anulada!
 Não é permitido o uso de corretivos. Quando ocorrer um erro coloque-o entre
parênteses e risque apenas uma vez.
 Consulte o relógio e gerencie o seu tempo.
 Entregue sua avaliação após leitura criteriosa de sua produção.

Competências e habilidades desenvolvidas nesta avaliação


Competência de área 2 –
H6 - Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
Competência de área 6
H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida
humana com a paisagem.
H27 - Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração
aspectos históricos e(ou) geográficos.
H28 - Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos
histórico-geográficos.
H29 - Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os
com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 - Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas
Objetivos específicos Objetivos a serem Indicação de material
recuperados
- Descrever e analisar processos de interação dos Módulo 4–.
elementos naturais no Brasil.
- Analisar e explicar a apropriação econômica dos Módulo 4–
recursos naturais no Brasil.
- Descrever os traços básicos da formação da população Módulo 11 e D. Ribeiro,
e do povo brasileiro “O povo brasileiro”.
PARTE A: “Vale a pena ver de novo” (0,5 – H6, h27, 29)
1) O mapa apresenta
os principais desertos
ou regiões semi-áridas
do mundo. Nesses
lugares as
precipitações ficam
quase sempre abaixo
300 mm por ano.
Escolha um desses
desertos e explique: a
sua gênese segundo
alguns fatores
climáticos e a forma
possível de sua
ocupação econômica.

Foto: Deserto de Atacama


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Parte B – Discursiva (9,5 pontos)
Verifique os três mapas do relevo brasileiro anexados na folha final, segundo as
classificações dos geógrafos: Aroldo de Azevedo (anos 40), Aziz Ab’Sáber (1970) e
Jurandyr Ross (1989). Eles servirão como base de muitas questões desta prova.

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2) Segundo as classificações do relevo mais antigas, não havia demarcação da Depressão
periférica paulista, ou para ser mais exato, segundo Ross, da “Depressão Periférica da
Borda leste da bacia do Paraná”. Isso que pode ser reconhecido no esquema do perfil de
relevo abaixo. Identifique os nomes das unidades de relevo de I a V (menos IV, que são
as Cuestas de Botucatu), no esquema a seguir. (0,5 – h6, 29)

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3) Ainda sobre o esquema acima: qual destas unidades de relevo possui um
embasamento rochoso cristalino? E embasamento sedimentar? Quais dessas unidades são
mais propícias à mineração ou à agricultura no estado de São Paulo? Justifique. (0,5- h28)
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4) Introduza no esquema acima as “intrusões basálticas” ou “derrames vulcânicos
recentes” e explique que tipo de solo e de uso econômico essas intrusões e derrames
permitiram no interior de São Paulo. (0,75 – h26, 29)
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5) Numa comparação atenta dos mapas de Aroldo de Azevedo, Aziz Ab’ Sáber e Jurandyr
Ross, podemos notar a introdução de sucessivas diferenciações e modificações de áreas.
(2,0 – H26, 29). As mudanças nessas classificações, suas diferentes propostas, são
decorrentes não apenas da quantidade de informação e estudo disponível em cada época
histórica, mas devido à consideração de critérios variados como a altimetria, aspectos
geoestruturais e morfoesculturais e a influência dos climas atuais e antigos. Responda:
a) Analise e explique as metamorfoses da classificação do relevo na Região Norte ou
Amazônica do primeiro (Azevedo) para o último mapa (Ross).
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b) Sabe-se que a Amazônia tem diversas províncias geológicas com minérios importantes.
Cite estes minérios e suas unidades de relevo segundo um dos mapas. Tire conclusões
sobre qual mapa permite apontar com mais precisão as unidades de relevo com a
presença de tais minérios.
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c) Indique como podemos perceber a consideração da base geológica, dos processos
erosivos e do clima equatorial úmido na classificação do relevo amazônico feita por
Jurandyr Ross. Para isso, comece descrevendo as características desse clima para, em
seguida, tirar conclusões sobre as unidades por ele delimitadas nessa região.

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d) Quais unidades de relevo, segundo a classificação de Ross, estão associadas
diretamente a rios e bacias hidrográficas importantes do Brasil? Cite-as abaixo.
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6) a) Identifique o nome dos
domínios morfoclimáticos de I a
VI e insira no mapa o nome de
biomas de pelo menos duas
áreas de transição. (1,5 – h29)
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b) Descreva o domínio natural/morfoclimático da Caatinga em todos os seus elementos.
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c) O povo brasileiro se formou em íntima relação com as nossas regiões naturais.
Crioulos, caboclos, sertanejos, caipiras e gaúchos ligaram-se à terra em domínios
morfoclimáticos específicos. Identifique o(s) domínio(s) original(is) de cada um deles.
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7) Quais ações antrópicas (ou seja, ações socioeconômicas) ameaçam hoje, de modo
específico, os domínios naturais enumerados por I, IV e V no mapa acima? (1,0 – h28)
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8) Explique o que é o efeito El Niño e como ele influencia os climas do Brasil e de regiões
do Hemisfério Sul. (0,75 – h29)
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9) Leia os trechos de três grandes intérpretes do sentido do Brasil. (2,5 – h26, 27)
I- “O país colonial, fruto de uma expansão que lhe é externa, nasce no bojo de uma
concepção de território a conquistar, isto é, sob o signo da violência. Tal pecado de origem
perpetua-se ao longo de nossa formação histórica. A imagem da terra a ocupar é bastante
cara às classes dominantes, a população sendo vista como um instrumento desse processo.
A visão do espaço a se ganhar é recorrente, do colonizador lusitano ao fazendeiro paulista

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que conquista as terras do Oeste. Para o primeiro, as populações nativas eram parte dessa
natureza, dádivas do solo a serem exploradas (...). Para o segundo, o homem é apenas um
instrumento a serviço da realização do produto local, o boi, ou a planta, ou o minério. (...)
Assim vai sedimentando-se uma ótica, ao nível das classes dominantes, de claro conteúdo
anti-humano, onde o país é identificado com o seu espaço, sendo a população um atributo
dos lugares” (MORAES, Antônio Carlos R. Ideologias geográficas. São Paulo: Hucitec, 1988,
p. 93-4).

II- “No Brasil, os homens pobres e livres, os dependentes de um senhor de terras, os que
não eram nem proprietários nem proletários, eram forçados a viver um tipo particular de
privação e de semi-exclusão. (...) Forçando a nota, digamos que na falta da propriedade só
a proteção [e o favor] salvava alguém de ser ninguém, mas sem torná-lo um igual, já que
se ficava aquém das garantias gerais do direito” (SCHWARZ, Roberto. A viravolta
machadiana, 2004).

III- “Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser
dos brasileiros, que permitem distingui-los, hoje, como sertanejos do Nordeste,
caboclos da Amazônia, crioulos do litoral, caipiras do Sudeste e Centro do país,
gaúchos das campanhas sulinas, além de ítalo-brasileiros, teuto-brasileiros, nipo-
brasileiros etc. Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como
brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais,
ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou
outra parcela da população. (...) Subjacente à uniformidade cultural brasileira,
esconde-se uma profunda distância social, gerada pelo tipo de estratificação que o
próprio processo de formação nacional produziu. O antagonismo classista que
corresponde a toda estratificação social aqui se exacerba, para opor uma
estreitíssima camada privilegiada ao grosso da população, fazendo as distâncias
sociais mais intransponíveis que as diferenças raciais. (...) O espantoso é que os
brasileiros, orgulhosos de sua tão proclamada, como falsa, "democracia racial",
raramente percebem os profundos abismos que aqui separam os estratos sociais. O
mais grave é que esse abismo não conduz a conflitos tendentes a transpô-lo,
porque se cristalizam num modus vivendi que aparta os ricos dos pobres, como se
fossem castas e guetos. Os privilegiados simplesmente se isolam numa barreira de
indiferença para com a sina dos pobres, cuja miséria repugnante procuram ignorar
ou ocultar numa espécie de miopia social, que perpetua a alternidade [disparidade,
assimetria, separação]. O povo-massa, sofrido e perplexo, vê a ordem social como
um sistema sagrado que privilegia uma minoria contemplada por Deus, à qual tudo
é consentido e concedido. Inclusive o dom de serem, às vezes, dadivosos, mas
sempre frios e perversos e, invariavelmente, imprevisíveis. Essa alternidade só se
potencializou dinamicamente nas lutas seculares dos índios e dos negros contra a
escravidão. Depois, somente nas raras instâncias em que o povo-massa de uma
região se organiza na luta por um projeto próprio e alternativo de estruturação
social (...). (RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
São Paulo: Cia. das Letras, 1995.)
Responda:
a) Resuma quais são as visões do povo brasileiro lançadas por cada um dos textos acima.
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b) Como é que crioulos ou caboclos, caipiras, sertanejos, gaúchos, matutos ou gringos se
relacionam ao que dizem os textos acima? Por outro lado, como é que eles participaram
ou se organizaram em lutas sociais regionais?

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Desafio
Explique qual é a situação atual (geoeconômica e ecológica) dos rios da bacia do Rio Paraíba do
Sul. (h26)
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