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INTRODUÇÃO
Ademais, diversos pesquisadores ao redor do mundo tentam responder qual dos 225
genes presentes no cromossomo 21 (HSA21) levam a alterações no sistema nervoso central. A
serina-treonina-quinase, codificada pelo gene DYRK1A, está relacionado a proliferação de
neuroblastos durante o desenvolvimento fetal. Uma mutação neste gene foi identificada em
indivíduos com SD, o que levou cientistas realizarem diversas pesquisas relacionadas a esse
gene. Em modelos de Drosophila carregando o gene mutado foram observados uma redução
dos lobos ópticos e cerebral central.
2. RESENHA
O entendimento acerca dos genes envolvidos nas doenças cardíacas congênitas (DCC)
é restrito a poucos genes, contrastando com o conhecimento dos genes envolvidos no
desenvolvimento embrionário do coração, o qual evolui rapidamente ao passar do tempo. O
estudo afirma que muitos genes se tornaram alvos, devido sua grande participação deste
desenvolvimento, porém as pesquisas eram realizadas com coortes fenotipicamente
heterogenias, o que diminuía o poder da detectar associações específicas com variantes gênicas
destes diversos estudos.
Por conseguinte, alguns dos genes descrito inicialmente pelos autores são: CRELD1,
GATA4, ALK2, TBX5 e NKX2.5. Primeiramente, o CRELD1 foi o mais gene mais estudado
e a identificação de uma mutação de sentido trocado nele ocorreu em uma coorte de casos
simples de AVSD. Entretanto, foi constatado uma baixa penetrância desta mutação, além de ter
encontrado associações com outras mutações. Uma outra mutação é a de sentido trocado do
gene GATA4 que está relacionado com manifestações simples da AVSD. Semelhante ao
CRELD1, fatores ambientais e genéticos estão associados, visto que, um dos motivos citados
pelos autores, é a presença de portadores em filhos de pais não afetados.
A fim de deixar registrado, a hipótese dos autores é de que variantes genéticas raras,
incompletamente penetrantes em um euplóide, manifestam-se de forma sinérgica com a
trissomia do 21 para aumentar os riscos de desenvolver AVSD.
O estudo identificou seis (06) genes com proporção significativa para aumento do risco
de AVSD a partir dos indivíduos participantes: COL6A1, COL6A2, CRELD1, FBLN2, FRZB
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e GATA5. Alguns desses genes ainda não haviam sido relacionados ao desenvolvimento de
AVSD e/ou CHD em portadores de trissomia do 21.
Um dos genes DSCR que o estudo traz é o DYRK1A/MNBH. Este gene, como dito
anteriormente, está relacionado a expressão de uma enzima durante a proliferação de
neuroblatos. Essa expressão ocorre em diversas regiões do SNC e, dependendo do grau de
comprometimento, poderá levar alterações leves a graves do desenvolvimento cognitivo.
Para este estudo foram gerados modelos de murino transgênico com superxpressão
do gene DYRK1A. Para isso, foram utilizados quarto (04) murinos carregando cópias do
transgene, após micronjeção e posteriormente confirmado pela análise de Southern blot.
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desenvolvimento. É importante ressaltar que no estudo não foram realizados testes a fim de
averiguar se a capacidade olfativa foi afeta pela superexpreção deste gene.
Outro achado importante desta pesquisa é que esta mutação não leva a alterações do
ciclo circadiano, o qual é um período de aproximadamente 24 horas em que o ciclo biológico
da maioria dos seres vivos – incluindo os humanos – se baseiam, sendo influenciado
principalmente pela variação de luz e temperatura.
Esses achados, entre os diversos outros encontrados neste estudo, nos permite
deduzir quais são as alterações em humanos e, com isso, propor tratamentos nas clínicas
médicas com intuito de contornar tal disfunção motora. Entretanto, tais terapêuticas
demanda extremo cuidado, visto que ainda existem poucas pesquisas que elucidam a
fisiopatologia por traz desta mutação. Destarte, ainda são necessários mais estudos acerca
desta superexpreção do gene DYRK1A com o intuito de sanar todas dúvidas antes de se
postular uma terapia para os indivíduos portadores de SD.