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CONCÍLIOS - CONCÍLIO
1ª PARTE
Disse, certa vez, o Papa Paulo VI, que “quem não ama a Igreja, não ama Jesus
Cristo”, uma vez que a Igreja é o Corpo místico de Cristo!
CONCÍLIOS DO ORIENTE
Foram oito, que se ocuparam, quase que exclusivamente, de erros doutrinários que
ocorreram no oriente. Os Bispos participantes foram, quase que totalmente, do
oriente. O ocidente era representado por um Legado Papal ou algum Bispo.
Decisões Principais:
- Confissão de fé contra Ario: igualdade de natureza do Filho com o Pai.
“Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não
criado, consubstancial ao Pai”. *S. Atanásio foi o grande defensor desta doutrina.
- Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira
lua cheia da primavera (no hemisfério norte).
- Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria,
Antioquia, Jerusalém.
Decisões Principais:
- Cristo é uma só Pessoa e duas naturezas;
- Definição do dogma da maternidade divina de Maria, contra Nestório, patriarca de
Constantinopla, que foi deposto.
- Maria, é THEOTOKOS, “Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus tirou dela a
sua natureza divina, mas porque é dela que Ele tem o corpo sagrado dotado de uma
alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a
carne”.
- Condenou o pelagianismo (de Pelágio), que negava os efeitos do pecado original.
Decisões Principais:
- Reafirma a Cristologia do Concílio anterior, “na linha dos santos Padres,
ensinamos unanimemente a confessar um só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus
Cristo, o mesmo perfeito em divindade e perfeito em humanidade, o mesmo
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto de uma alma racional e
de um corpo, consubstancial ao Pai, segundo a divindade, consubstancial a nós
segundo a humanidade, ‘semelhante a nós em tudo com exceção do pecado’ (Hb
4,15); gerado do Pai antes de todos os séculos segundo a divindade, e nesses
últimos dias, para nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, Mãe de
Deus, segundo a humanidade”.
Decisões Principais:
- Reafirma a Cristologia do Concílio anterior: Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho
Único que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem mudanças,
sem divisão, sem separação. A diferença das naturezas não é de modo algum
suprimida pela sua união, mas antes as propriedades de cada uma são
salvaguardadas e reunidas em uma só pessoa (uma só hipóstase)”.
- Condenação da simonia, dos casamentos mistos e das ordenações absolutas
(realizadas sem que o novo clérigo tivesse determinada função pastoral).
05. CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA II
Data: 05/05 a 02/07 de 553
Papa: Virgílio (537-555)
Imperador: Justiniano
Decisões Principais:
- Condenação dos nestorianos (Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Ciro e Ibas de
Edessa).
“Não há senão uma única hipóstase [ou pessoa], que é Nosso Senhor Jesus Cristo,
Um na Trindade... Aquele que foi crucificado na carne, Nosso Senhor Jesus Cristo,
é verdadeiro Deus, Senhor da glória e Um na Santíssima Trindade”
“Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma
forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também,
não tem senão uma única e mesma operação”.
“Um Deus e Pai do qual são todas as coisas, um Senhor Jesus Cristo para quem são
todas as coisas, um Espírito Santo em quem são todas as coisas”
Decisões Principais:
- Condenação do monotelitismo, heresia defendida pelo patriarca Sérgio de
Constantinopla que ensinava haver só a vontade divina em Cristo.
- Este Concílio ensinou que Cristo possui duas vontades e duas operações naturais,
divina e humana, não opostas, mas cooperantes, de sorte que o verbo feito carne
quis humanamente, na obediência a seu pai, tudo o que decidiu divinamente com o
Pai e o Espírito Santo, para a nossa salvação.
- A vontade humana de Cristo “segue a vontade divina, sem estar em resistência
nem em oposição em relação a ela, mas antes sendo subordinada a esta vontade
todo-poderosa”.
Decisões Principais:
- Contra os iconoclastas (destruidores de imagens): há sentido e liceidade na
veneração de imagens.
“Para proferir sucintamente nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições
da igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração.
Uma delas é a representação pictórica das imagens (ícones), que concorda com a
pregação da história evangélica, crendo que, de verdade, e não na aparência, o
Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que
se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco”.
- Contra os iconoclastas (destruidores de imagens): há sentido e liceidade na
veneração de imagens.
“Nós definimos com todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da
cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer
em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas
santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas
paredes e mesas, nas casas e nas ruas; sejam elas as imagens do Senhor Deus,
dos santos anjos, de todos os santos e justos”. Latria (=adoração) Dulia
(=veneração)
Decisões Principais:
- Excomunhão do patriarca de Constantinopla, (Fócio), que foi condenado.
- O culto das imagens foi confirmado.
CONCÍLIOS DO OCIDENTE
Decisões Principais:
- Confirmação da Concordata de Worms, que assegurava à Igreja plena liberdade na
escolha e ordenação dos seus bispos, terminando, assim, as brigas pelas
investiduras.
- Estabeleceu um tempo de paz entre Estado e Igreja;
- Fortalecimento da disciplina eclesiástica;
- Confirmação do celibato sacerdotal.
Decisões Principais:
- Condenou o antipapa Anacleto II.
- Vetou o exercício da medicina e da advocacia pelo clero.
- Rejeitou a usura e o lucro.
- Decretou que só os cardeais seriam eleitores de Papas.
Decisões Principais:
- Necessidade de 2/3 dos votos na eleição do papa, ficando excluído qualquer
recurso às autoridades leigas para dirimir dúvidas do processo eleitoral.
- Rejeição do acúmulo de benefícios ou funções dentro da Igreja por parte
de uma mesma pessoa.
- Recomendação da disciplina da regra aos monges e cavaleiros regulares, que
interferiam indevidamente no governo da Igreja.
- Condenou heresias da época, de fundo dualista (catarismo) ou de pobreza mal
entendida (pattária, movimento dos pobres de Lião/Valdenses). Autoriza usar armas
contra eles.
- Declarou nulas as ordenações dos Anti Papas Otaviano Guido e João de Estruma.
Decisões Principais:
- A condenação dos albigenses e valdenses;
- Condenação dos erros de Joaquim de Fiore, que pregava o fim do mundo para
breve, apoiando-se em falsa exegese bíblica;
- Declaração da existência dos demônios como sendo anjos bons que abusaram do
seu livre arbítrio pecando: “com efeito, o diabo e outros demônios foram por Deus
criados bons em sua natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa”
- A realização de mais uma cruzada para libertar o Santo Sepulcro, em Jerusalém,
que se achava nas mãos dos muçulmanos; a profissão de fé na eucaristia, tendo
sido então usada a palavra “transubstanciação”
- A obrigação da confissão e da comunhão anuais.
- Fixou normas sobre a disciplina e a liturgia.
- Fez legislação sobre os impedimentos matrimoniais.
- Começa a aparecer a tentativa de fixação do número sete para os sacramentos.
Decisões Principais:
- Excomunhão e deposição do imperador Frederico II da Alemanha, por ser
usurpador de bens eclesiásticos.
14. CONCÍLIO DE LYON II
Data: 07/05 a 17/07 de 1274
Papa: Gregório X (1271-1276)
Decisões Principais:
- Procedimentos referentes ao Conclave, eleição do Papa em recinto fechado;
- Volta à unidade da Igreja latina com a Igreja grega (Constantinopla)
- Reafirmou o Conclave para a eleição papal.
Decisões Principais:
- Supressão da Ordem dos Templários (Cavaleiros Soldados);
- Contra o modo de viver a pobreza dos franciscanos, chamados “Espirituais” que
adotavam idéias heréticas sobre a pobreza.
Decisões Principais:
- Resignação do Papa, Gregório XII (1405-1415)
- Deposição do Anti Papa, João XXIII (1410-29/05/1415)
- Deposição do Anti Papa avinhense, Benedito XIII (1394-1415) em 26/07/1417
- Eleição de Martinho V em 11/11/1417
- Extinção do Grande Cisma do Ocidente (1305-1378)
- Condenação da doutrina de João Hus, João Wiclef e Jerônimo de Praga,
precursores de Lutero.
- Decreto relativo à periodicidade dos Concílios;
- Rejeição do Conciliarismo
- Prevalência do poder do Papa