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AdenT1100P PDF
AdenT1100P PDF
Aqui podemos comparar com a nova aparência em que se inclui o friso de opções:
Como ativar o novo friso de opções
Para mudar da antiga barra de menus para o novo friso, executa-se a função “Ajudas>Ver>Estilo de
menu>Friso”.
Menu “Ficheiro”
O antigo menu “Ficheiro” encontra-se agora no ícone situado na esquina superior esquerda da
janela do programa.
Menu “Edição”
O antigo menu “Edição” encontra-se agora no painel da zona direita do menu “Geometria”.
Menu “Resultados”
O antigo menu “Resultados” desdobra-se nos seguintes novos menus:
“Listagens”.- Inclui as funções dos antigos submenús “Resultados>Listagens”,
“Resultados>Relatórios”, “Resultados>Medições” e “Resultados>Fabricação”:
Ao instalar o programa, incluem-se nesta barra vários ícones úteis (novo, abrir, guardar, etc.). Caso
pretenda eliminar algum deles, pode faze-lo pressionando com o botão direito sobre o ícone e
selecionando “Remover da barra de ferramentas de acesso rápido”.
Caso pretenda adicionar novos ícones nesta barra, basta localizar a função pretendida no novo friso,
pressionar com o botão direito do rato sobre ela e selecionar “Adicionar à barra de ferramentas de acesso
rápido”.
Também é possível modificar os ícones incluídos na barra de ferramentas de acesso rápido, ou reorganizá-
los pressionando sobre a barra com o botão direito e selecionando “Personalizar a barra de ferramentas
de acesso rápido”. Mostra-se de seguida, uma caixa de diálogo como a da imagem seguinte, que permite
adicionar ícones, eliminá-los ou reorganizá-los.
Por exemplo, as vigas de laje metálicas debaixo de uma laje maciça que já era possível definir desde a
versão anterior, trabalham de forma separada da laje (sem conexão).
Vigas mistas em flexão negativa
Ainda que a disposição de um perfil metálico debaixo de uma cabeça de betão possa fazer pensar que as
vigas mistas só trabalham em flexão positiva e, portanto, devam utilizar-se unicamente em vãos
biapoiados, esse pensamento não é correto: pode estabelecer-se um mecanismo resistente misto entre
as armaduras tracionadas e o perfil metálico em flexão. Nesse caso, o programa dimensiona as armaduras
de negativos necessárias.
Janela-Visualização
Números de nós secundários
As barras situadas dentro uma parede resistente, as barras de inércia variável e as vigas de laje de uma
laje reticular ou laje maciça, geram nós interiores ao modelar a estrutura (que desaparecem quando se
perde a modelação). A estes nós chamamos-lhe nós secundários. Desde esta versão é possível indicar
que se mostre o seu número (através da função Geometria > Nó > Numerar Nós Secundários) de forma
independente da opção equivalente para o resto de nós (através da função Geometria > Nó > Numerar
Nós).
Também é possível ativar esta opção nos filtros de visualização ou no apartado de Geometria da função
Ficheiro > Opções > Todas as Opções.
Etiquetas emergentes
Filtros de visualização para etiquetas emergentes
Inclui-se uma nova e mais potente gestão das etiquetas emergentes entre os filtros de visualização:
Geometria, ações, deslocamentos, reações, tensões…
Função ‘Orbitar’
Na função Ajudas > Preferências ecrã, existe uma nova opção para poder ativar ou desativar a função
‘Orbitar’ ao manter pressionado o botão principal do rato. Na versão anterior, esta funcionalidade estava
sempre ativa.
Geometria
Seleção múltipla de barras
Nas funções em que se selecionam várias barras, enquanto se vão selecionando as barras estas vão
aparecendo assinaladas em cor magenta. Dessa forma é fácil comprovar quais são as barras já
selecionadas.
Conjuntos
Nova funcionalidade da caixa de conjuntos
Ao selecionar um conjunto, faz-se “duplo clique” com o botão primário do rato em cima da sua seção,
ligação, opções de fogo, espessura ou cor, tem a mesma funcionalidade que pressionar sobre o
correspondente ícone para assim alterar essa propriedade do conjunto, porém de uma forma mais fácil e
produtiva.
Fogo em conjuntos
Uma nova propriedade denominada Considerar ao Fogo é e adicionada às propriedades de um conjunto.
Serve para excluir da comprovação ao fogo as barras pertencentes aos conjuntos que tenham desativada
esta opção. Um caso típico é excluir o conjunto formado pelas madres ou vigas secundárias de uma nave
ou cobertura ligeira, que em algumas normas não necessita de comprovação ao fogo, enquanto que para
os pilares, pórticos ou vigas entre pórticos pertencem ao mesmo recinto de incêndio.
Aparecem dois novos botões na barra de ferramentas da caixa de conjuntos Considerar ao fogo e Não
considerar ao fogo e aparece uma nova coluna na lista desta mesma caixa. No relatório de fogo aparecem
indicados os conjuntos cujas barras ficam excluídas da comprovação ao fogo.
Verificação de Geometria
Comprova-se, desde esta versão, que as vigotas de uma laje unidirecional não apoiem numa viga de laje
fictícia (de uma laje). Este erro considera-se severo: impede calcular os esforços da estrutura.
Ações
Ações sísmicas
Ao calcular as ações sísmicas, se a massa sísmica participante é menor que a indicada em opções de
cálculo sísmico, emite-se uma mensagem de aviso, inclusive no final do cálculo automático. Mantém-se a
mensagem já existente no relatório de sismo.
Aqui se mostram as tipologias permitidas pelo programa. Em função da situação da viga, esta
será de uma ou outra tipologia:
Viga mista com cabeça retangular de betão no caso da viga ser uma viga metálica por debaixo
de uma laje maciça ou ser uma viga situada dentro de uma laje unidirecional (que não seja de chapa)
ou ser uma viga isolada.
Viga mista com laje de chapa paralela quando a viga se situa numa laje unidirecional de chapa
cujas nervuras sejam paralelas à viga.
Viga mista com laje de chapa NÃO paralela quando a viga se situa numa laje unidirecional de
chapa cujas nervuras não sejam paralelas à viga. Nesse caso considera-se que as nervuras são
ortogonais à viga. No caso de ser uma viga de fronteira entre duas lajes de chapa, uma paralela e
outra não, considera-se que a viga é do caso ‘NÃO paralela’, que é a situação mais desfavorável.
Será necessário introduzir os seguintes parâmetros:
Dado Descrição
Altura (h) A altura da cabeça de betão será em geral Automático, para que coincida
com a altura da laje em que se situa. No caso de a viga ser fronteira entre
dois planos de lajes de diferente altura, o programa utilizará o maior valor
de ambos.
Quando existam vigas isoladas, fora de qualquer laje unidirecional ou de
laje, será necessário fixar a altura de forma explícita.
Largura (b) Pode definir-se a largura da cabeça de betão igual ao banzo do perfil
metálico ou então indicar-se um valor. Ver o apartado Cálculo de vigas
mistas para mais informação sobre esta largura e a largura efetiva.
Separação (g) No caso de lajes de chapa com nervuras paralelas à viga, pode fixar-se
uma separação entre as chapas situadas em cada lado da viga, de forma
a que se incremente a largura da nervura situada sobre el alma de a viga.
De esta forma se facilita a colocação dos conetores de transverso.
Após pressionar o botão Aceitar, selecione as vigas ou vigas de laje que pretende converter em vigas
mistas. Caso selecione uma barra que seja um pilar, ou que não tem seção atribuída, ou uma seção que
não é de aço estrutural em forma de I ou H, não se irá criar a viga mista e aparecerá uma mensagem
indicando esse facto.
Na vista 3D da estrutura e em todas as listagens, todos os relatórios, etiquetas emergentes e desenhos
em que apareça o nome da seção de uma viga mista, aparecerá conjuntamente o nome da seção metálica
com o da cabeça de betão, por exemplo: IPE-300 + BET-60x16.
Para eliminar uma viga mista (e deixá-la como uma viga metálica ou uma viga de laje metálica), utiliza-
se a função Seções e dados > Vigas Mistas > Eliminar…
Para modificar uma viga mista, utiliza-se a função Seções e dados > Vigas Mistas > Modificar…. Ao
selecionar seguidamente uma viga mista, aparece uma caixa de diálogo como a de Introduzir, porém só
com aqueles dados (e desenho) que sejam aplicáveis ao tipo de viga mista selecionado.
Vigas mistas e lajes
No caso de vigas mistas com lajes de chapa, a largura de apoio das chapas é o banzo do seu perfil
metálico, pelo que nos desenhos aparecerá essa largura como a largura da viga.
No caso de lajes unidirecionais de vigotas ou lajes de painéis alveolares, a largura do apoio das
vigotas ou lajes de placas alveolares é a largura da sua cabeça de betão, pelo que nos desenhos aparecerá
essa largura como a largura da viga.
No caso de lajes maciças, nos desenhos indica-se a largura da sua cabeça de betão. Nessa largura, não
se calcula armadura de reforços na laje, uma vez que a viga mista já tem a armadura que cobre os
esforços dessa zona.
Considerações adicionais e limitações
A utilização de vigas mistas em está sujeita às seguintes considerações:
A alma da viga mista (eixo Yp) será sempre perpendicular à laje na qual se situa a sua cabeça de betão.
Na verificação de geometria verifica-se (e corrige-se) esta condição.
Não se permite que o perfil metálico da viga mista seja de alma aligeirada (Boyd ou Cellular Beam),
entre outros motivos porque não estão contempladas nas normas utilizadas (EN 1994-1-1 nem AISC
360-10) nem é congruente com o modelo de vigas Vierendel comummente utilizado para estudar as
vigas de alma aligeirada.
O programa não suporta vigas mistas de inércia variável.
Não é possível realizar ligações do em que intervenham vigas mistas.
Não se permite que as lajes (unidirecionais ou maciças) se apoiem na parte inferior de uma viga mista
(laje suspensa), uma vez que implicaria inverter a viga mista (perfil metálico por cima e betão por
baixo), algo não previsto neste tipo de elementos.
Podem existir conjuntos formados por vigas mistas. Nesse caso, todas as barras do conjunto têm a
mesma seção de aço e a mesma cabeça de betão.
Caso se altere o pré-dimensionamento de uma viga mista, esta perderá a sua condição de viga mista,
passando a ser uma viga metálica ou uma viga de laje metálica.
Características do betão das vigas mistas
Através da função Seções e dados > Vigas Mistas > Características… pode-se definir as constantes
mecânicas (módulo de elasticidade ou de Young, coeficiente de Poisson e coeficiente de dilatação térmica)
correspondentes à cabeça de betão das vigas mistas. Essas mesmas constantes, porém, para o perfil
metálico da viga mista, obtêm-se da base de dados de perfis.
O coeficiente redutor devido à fluência e retração do betão e à eficácia da conexão de corte, multiplica o
módulo de Young secante do betão, Ecm, para obter um módulo de Young eficaz, Ec,eff. Um valor de 0,50
é o valor pré-definido.
Como exemplo, para um coeficiente 0,50, a rigidez E·Iz de uma viga mista formada por:
IPE 400 (E = 200 GPa, A = 84,5 cm2, Iz = 23.130 cm4)
Cabeça de betão de 60x20 cm (Ecm = 27,26404 GPa, A = 1.200 cm2, Iz = 40.000 cm4)
É:
Caso E·I
Perfil metálico 46.260 kN·m2
Cabeça de Betão 10.906 kN·m2
Viga Mista 126.524 kN·m2
Nesse caso, os conetores de transverso serão colocados em cada lado dessa nervura central de forma
alternativa (em filas paralelas).
BIM
Exportação de nomes para IFC
Exportam-se para o formato Ifc os nomes das barras, lajes, muros, vigas de laje e sapatas, em uma nova
propriedade criada com esse cometido e cujo nome é “TricalcName”.
Ao adicionar o modificar uma das propriedades, uma caixa de diálogo permite definir os seus dados: nome
da propriedade, tipo de dado (texto, etiqueta, booleano, número inteiro, número real, URL ou data),
número de decimais (para os números reais) e valor da propriedade.
Propriedades gerais para toda a estrutura
A ficha “Estrutura” permite definir propriedades livres que se incluirão no nível geral de a estrutura. A
opção “Exportar informação de estrutura” permite ativar ou desativar a exportação destas propriedades,
que se incluirão em um conjunto de propriedades com o nome que se indique na casa “Nome do conjunto”.
A lista de propriedades a incluir pode personalizar-se através dos botões “Adicionar”, “Modificar” e
“Eliminar”, do mesmo modo descrito para as propriedades do projeto.
Ao adicionar ou modificar uma das propriedades, uma caixa de diálogo permite definir os seus dados:
nome da propriedade e tipo de dado:
Nome de cada barra, sapata, laje, etc.
Material de cada elemento (betão, aço, etc.).
Pré-dimensionamento (série e seção).
Número do elemento.
Sapatas IfcFooting
Lêem-se do Ficheiro Ifc as entidades do tipo IfcFooting, salvo as do tipo STRIP_FOOTING que
correspondem a sapatas corridas e que alguns programas (por exemplo Autodesk Revit®) utilizam para
exportar as sapatas de muros. Não se adicionam opções para a criação de sapatas assim importadas,
porém adicionam-se opções no filtro de importação para criar ou não criar as sapatas e para vê-las ou
não.
Quando uma classe IfcFooting contenha um pilar que nasça dela, o nó do pilar será considerado como
encastrado e definir-se-á uma sapata nele. Se da classe IfcFooting nascem vários pilares o programa
criará uma laje de fundação em lugar de uma sapata.
Cálculo
Cálculo de esforços
Renumeração automática da estrutura
Se ao modelar ou calcular os esforços da estrutura, esta não estava renumerada, aparecia uma mensagem
advertindo para esse facto. Desde esta versão, pode, opcionalmente, fazer com que o programa renumere
nesse momento a estrutura e siga posteriormente com a modelação e o cálculo que se estava realizando.
Vigas mistas e vigas de laje metálicas debaixo da laje
Ainda que visualmente ambos tipos de elementos são idênticos, seu comportamento estrutural e sua
incidência no cálculo de esforços realizado pelo programa são muito diferentes. Podemos dizer que a viga
de laje metálica é um caso de viga mista em que a eficácia da conexão de corte é nula, e portanto, betão
e aço laminado deixam de trabalhar em conjunto.
Em ambos os casos, ao montar a matriz de rigidez da estrutura para o cálculo de esforços, haverá que
somar os elementos finitos que modelam a laje (idênticos em ambos os casos) e os elementos de barra
que modelam a viga de laje metálica ou a viga mista.
Se nos centramos na rigidez à flexão, E·Iz, tomando como exemplo uma viga mista formada por:
IPE 400 (E = 200 GPa, A = 84,5 cm2, Iz = 23.130 cm4)
Cabeça de betão de 60x20 cm (Ecm = 27,26404 GPa, A = 1.200 cm2, Iz = 40.000 cm4)
Temos (com um coeficiente de redução por retração, fluência e eficácia da conexão igual a 0,50):
Caso E·I
Perfil metálico 46.260 kN·m2
Cabeça de Betão 10.906 kN·m2
Viga Mista 126.524 kN·m2
Ou seja, tendo em consideração que a rigidez da laje já foi introduzida através dos elementos finitos,
soma-se a seguinte rigidez:
Se 126.524 kN·m2 – 10.906 kN·m2 = 115.618 kN·m2
a barra é uma viga mista, soma-se a rigidez
2
Se a barra é uma viga de laje metálica, soma-se a rigidez do IPE, 46.260 kN·m
Vigas Mistas
Para detalhes específicos do cálculo de vigas mistas referentes à normativa utilizada, ver o Manual de
Normas.
Dado que as vigas mistas contam com armadura na cabeça de betão, unido ao facto de em um mesmo
pórtico e planta poderem concorrer vigas mistas e vigas de betão armado, algumas das funções de cálculo
de vigas mistas do programa são comuns às das barras de betão armado. Ainda assim, caso disponha
deste módulo , é necessário dispor do módulo de barras de betão armado.
Para calcular e armar as vigas mistas, existe um submenu Vigas Mistas dentro do menu de cálculo. Em
todo o caso, se na estrutura existirem vigas mistas e barras de betão armado, estas serão calculadas
conjuntamente, independentemente de se utilizar a função de cálculo de armadura de barras ou a de
cálculo de vigas mistas. Este facto fica assinalado com a seguinte mensagem:
No entanto, são independentes as listagens e gráficos de erros das barras de betão e das vigas mistas.
Pórticos
Muitos dos cálculos a serem feitos nas vigas mistas, particularmente o cálculo do comprimento efetivo
de uma cabeça de betão, o grau mínimo de eficiência da conexão transversal a ser considerada e o
dimensionamento dos conectores transversais, depende de uma correta identificação dos vãos.
Portanto, se uma viga principal localizada entre dois pilares é dividida em seções para suportar vigas
secundárias (algo muito comum nas lajes de chapa metálica), é altamente recomendável que essas
vigas principais façam parte de um pórtico de Tricalc.
Materiais
As vigas mistas utilizam os materiais definidos na função Cálculo> Materiais ..., pelo que:
O betão e as armaduras são os definidos para vigas e diagonais na ficha Betão Armado.
O aço estrutural do perfil metálico é definido para barras na ficha Aço Estrutural. Não se pode definir
um tipo de aço diferente deste, algo que pode ser feito em barras de aço não mistas através das
opções particulares de comprovação de seções.
O tipo, a família e o material dos conectores transversais são definidos na ficha conectores transversais.
Os dados a serem definidos para os conectores transversais, oriundos da base de dados descrita no
apartado Base de Dados de Conetores de transverso, são:
Dado Descrição
Tipo de conetor Atualmente, com base em dados de conectores transversais, apenas se
incluem pernos do tipo liso (espargos) com cabeça, os quais são soldados
ao perfil metálico com pinos de cerâmica (pinos roscados e terminais de
cerâmica).
Família Permite selecionar qualquer uma das famílias de conectores transversais
armazenados na base de dados. O programa é fornecido com as normas
de produto correspondentes à EN ISO 13918, AWS D1.1 e AWS D1.1M.
Tipo de aço Permite selecionar qualquer um dos tipos incluídos na base de dados
correspondente à família selecionada. O limite elástico e a resistência à
tração do tipo selecionado são mostrados na caixa.
Segurança Permite definir o coeficiente parcial de segurança ao esforço rasante. Na
norma europeia EN 1994-1-1 é, por predefinição, V = 1,25. Na norma
americana AISC 360-10 é, por predefinição, v = 0,65.
As opções referentes à parte de betão armado são as mesmas que as das vigas de betão, tendo em
consideração que:
As vigas mistas com cabeça de betão formada por uma laje de chapa, só tem armadura longitudinal
superior: não têm nem armadura inferior nem estribos.
A fissuração só se estuda na face superior.
Adicionou-se a ficha Vigas mistas, onde se englobam as opções referentes a estes elementos que não
têm aplicação nas barras de betão armado.
Dado Descrição
Eficácia da conexão Fixa a percentagem de eficiência de uma conexão transversal entre betão
e aço estrutural. As normas estabelecem um mínimo para uma viga ser
considerada como mista. Esse mínimo é considerado pelo programa ao
calcular a viga mista e vem refletido no relatório de barras de Betão e
Mistas correspondente. Também é possível definir uma conexão de corte
como completa, o que equivale a uma percentagem de eficácia 100%.
Soldadura No caso de vigas mistas com lajes de chapa, é necessário definir como os
conectores são soldados ao perfil de metal: seja através da chapa
(somente possível com espessuras não muito grandes) ou diretamente
no banzo do perfil (porque a chapa tem perfurações que permitem colocá-
la após a soldagem dos conectores)
Diâmetro min / máx Define o diâmetro mínimo e máximo da haste dos conectores a serem
usados. A lista de diâmetros é preenchida a partir da família de conectores
atualmente selecionados em Cálculo> Materiais, ficha Conectores
Transverso.
Módulo altura Fixa o módulo de altura para os conetores de transverso.
Módulo separação Fixa o módulo da separação longitudinal entre eixos de conetores de
transverso, exceto no caso de vigas mistas com laje de chapa metálica
ortogonal, em cujo caso, o módulo de separações será a distância entre
eixos das nervuras da chapa metálica.
Número por fila Permite indicar o número máximo de conetores por fila. No caso de lajes
de chapa paralela à viga, só se permite um conetor por fila.
Minimizar número Permite priorizar a utilização de menos conetores mas de diâmetro maior
face à utilização de mais conetores mas de menor diâmetro
Viga apoiada Permite indicar se a viga (ou a laje) fica apoiada em prumos até ao
endurecimento do betão (e portanto até que a viga trabalhe como mista).
Esta opção tem incidência no cálculo da flecha da viga mista.
Cálculo à flexão
O cálculo dos momentos resistentes da seção mista, tanto em flexão positiva como em flexão negativa,
baseia-se no programa no comportamento plástico da seção, no qual os materiais trabalham à
seguinte tensão (ver mais detalhes no Manual de Normas):
O betão comprimido trabalha com tensão 0,85·fcd (0,85·fc’ em norma americana)
O betão em tração é desprezado
O aço estrutural, em tração ou compressão, trabalham com tensão fyd (Fy na norma americana)
As armaduras, em tração ou compressão, trabalham com tensão fsd (Fsr na norma americana). Só se
considera a armadura em compressão se estiver confinada através de estribos.
A chapa das lajes de chapa despreza-se no programa.
Para que essa assunção seja correta, as normas utilizadas no programa exigem o cumprimento de alguns
requisitos (para mais informação, ver o Manual de Normas):
O perfil metálico deve permitir a sua comprovação, a nível de seção, com uma distribuição plástica de
tensões. Nos Eurocódigos Estruturais implica que a seção seja de classe 1 ou 2, enquanto que na
norma AISC 360-10 implica que a seção seja compacta o não esbelta.
A armadura deve ter suficiente ductilidade. Nos Eurocódigos Estruturais implica que tenham de ser da
classe B ou C; na EHE ou EHE-08 implica que sejam do tipo SD.
Para ter em consideração o grau de eficácia da conexão de corte, limita-se a profundidade da cabeça de
compressão de betão ou a tração nas armaduras.
Cálculo ao transverso e torsão
Em geral, a resistência ao transverso e torsão das vigas mistas, de acordo com as normas utilizadas, são
resistidos pelo perfil de aço estrutural, de acordo com o estabelecido na EN 1993 ou na AISC 360.
Unicamente, no caso da cabeça de betão poder ter estribos (o que no programa ocorre quando a laje não
é uma laje de chapa), a torsão reparte-se entre o perfil metálico e a cabeça de betão em função da sua
rigidez relativa à torsão.
Cálculo ao esforço rasante: conetores de transverso
Os conetores de transverso são os encarregados de transmitir o esforço rasante (transverso horizontal
paralelo à viga) entre a cabeça de betão e o perfil metálico. Portanto, são imprescindíveis para poder
considerar uma ação mista da seção.
Para determinar a resistência de um conetor segue-se o indicado nas normas utilizadas, que a calculam
como o mínimo entre a resistência do aço do conetor e a resistência por plastificação no betão.
A distribuição dos conetores ao longo da viga realiza-se com base nos seguintes pressupostos:
As normas permitem uma repartição uniforme dos conetores ao longo de cada tramo de viga em
estudo, para o que é necessário que a conexão seja dúctil. Este é o critério adotado pelo programa,
para verificar que a conexão possa ser dúctil.
Os tramos em estudo estabelecem-se entre as seções críticas estabelecidas nas normas: seções de
momento máximo (positivo ou negativo), extremos da barra e seções em que deixe de ter momento
positivo ou negativo.
De acordo com as normas, o esforço rasante total a transmitir calcula-se com critérios de capacidade,
ou seja, em base da máxima compressão ou tração resistente da cabeça de betão, tendo em
consideração o grau de eficácia da conexão de corte estabelecida. Este critério é certamente muito
conservador, porque é independente dos esforços aos que está submetida a viga.
No relatório de barras de betão e mistas detalha-se, em cada seção, o esforço rasante de cálculo
estabelecido com estes critérios e o esforço rasante resistente aportado pelos conetores atualmente
colocados.
Devido a que a largura eficaz da cabeça de betão ser maior que a zona de ação dos conetores, as normas
europeias estabelecem a necessidade de uma armadura horizontal e perpendicular à viga que absorva
esse transverso.
No caso da cabeça de betão ter estribos (ou seja, quando não se trata de uma laje de chapa), são os
ramos horizontais desses estribos os encarregues de resistir a esse transverso.
No caso de lajes de chapa, o programa não coloca nenhuma armadura específica. O habitual é resolver
com a armadura de distribuição da laje de chapa, com base na quantia (em cm2/ml) que se indica no
Relatório de barras de betão e mistas.
Cálculo ao fogo
Em situação de incêndio, avalia-se a resistência da seção tendo em consideração a perda de resistência
dos materiais (betão, aço estrutural, armaduras e conetores de transverso) devido à temperatura
alcançada em cada ponto da seção.
As opções relativas ao fogo das vigas mistas, estabelecem-se de acordo com o seguinte critério:
A opção de Cálculo ao fogo ativado e o tempo em minutos a resistir em situação de incêndio, indicam-
se na ficha Vigas.
O isolamento da parte de aço estrutural indica-se no apartado de vigas de aço, com a salvaguarda de
que, em vigas mistas, se assume sempre que a opção Só três faces expostas está ativada.
O isolamento da cabeça inferior, estabelece-se na ficha Lajes no caso da viga mista ser do tipo Cabeça
retangular de betão, e da ficha Lajes de chapa no caso de vigas mistas desse tipo.
A armadura e conetores resultantes do cálculo serão os máximos entre a situação normal e a situação
com fogo. No relatório de barras de betão e mistas detalha-se a quantia de armadura e conetores
necessários em ambas as situações.
Ver o Manual de Normas para mais informação.
Métodos de Cálculo Manuais e Automatizados
O método de cálculo utilizado em Tricalc.21 não se encontra limitado à habitual situação de
obrigatoriamente ter de considerar as vigas mistas como bi-apoiadas. Esse processo é habitual em
cálculos manuais ou em programas antigos e em folhas de cálculo pois simplificam imenso o cálculo mas
limitam fortemente as opções do projetista (somente vigas mistas bi-apoiadas).
Com Tricalc.21 o projetista tem a liberdade de optar por outras soluções estruturais, pois Tricalc irá
calcular e dimensionar as armaduras necessárias para as vigas mistas poderem trabalhar com momentos
fletores negativos. Permite-se assim modelar e dimensionar vigas mistas para grandes superfícies
industrias ou comerciais e para projetos de reabilitação.
Paredes resistentes
Quantia mínima
A quantia mecânica mínima de tração simples ou composta das normas espanholas EHE e EHE-08 só se
aplicará, desde esta versão, se o axial de tração de cálculo é maior do que a resistência à tração do betão,
Ac·fct,d. O resto das normas suportadas pelo programa não é aplicável uma vez que não se exige uma
quantia mecânica mínima em el caso tração simples ou composta.
Em todo caso, sempre é respeitada da quantia geométrica mínima estabelecida em todas as normas.
Resultados – Listagens
Relatórios
Relatório de barras de betão e mistas
Nesta versão cria-se um novo relatório de Barras de Betão e Mistas, que amplia as capacidades da
listagem de Peritagem de Barras para as vigas e pilares de betão armado (que se mantém no programa)
além de incluir a informação referente às vigas mistas. No caso de solicitar uma listagem de peritagem de
uma viga mista, aparece na própria listagem uma mensagem indicando que não está disponível para as
vigas mistas e que se solicita o relatório em seu lugar.
Ao solicitar o relatório aparece uma caixa de diálogo idêntica à de outros relatórios:
Como particularidade deste relatório (e que não tem a listagem de peritagem), a informação do formato
Resumido é diferente da dos formatos completos:
No caso de pilares de betão armado, no formato resumido só aparece a informação referente à
combinação mais desfavorável (combinação péssima), enquanto que nos relatórios completos, aparece
também a informação das combinações de máxima compressão, máxima tração e máxima flexão em
cada eixo e um gráfico com as superfícies de interação N – My – Mz.
N+ N+
Mz My Mz My
N- N-
N+ N-
N+ My
(86,62; 1,73; 5,58)
(147,68; 2,95; 9,52)
Mz N-
My
No caso de vigas mistas, nos formatos completos aparecem gráficos com o diagrama de trações e
compressões da seção e, em caso de incêndio, gráficos da temperatura e coeficiente redutor da
resistência ao longo da seção.
Descrição do relatório de vigas mistas
Dados iniciais
Os exemplos mostrados de seguida correspondem aos Eurocódigos Estruturais. No caso de utilizar a
norma americana AISC 360-10 altera-se ligeiramente a nomenclatura, porém os dados mostrados são
essencialmente os mesmos.
Na parte inicial do relatório de uma viga, indica-se a sua seção (tanto do perfil metálico como da cabeça
de betão) e, caso se tenha comprovado ao fogo, o tipo e as espessuras de isolamento tanto do perfil
metálico como da cabeça de betão.
Seguidamente indicam-se alguns parâmetros globais da viga mista:
Na norma europeia, o coeficiente de eficácia da conexão de corte, a largura eficaz da cabeça de betão,
limitam-se com base no comprimento entre pontos de momento nulo, Le, que o programa calcula a
partir do diagrama de momentos do vão. Na norma americana, a largura eficaz da cabeça de betão,
limita-se com base no comprimento total do vão, L.
Mostra a classe da seção de aço, e caso cumpra as limitações impostas ao modelo de cálculo utilizado.
Na norma europeia limita-se a um máximo de 2,5 a relação entre o momento plástico positivo
resistente da seção mista e o momento plástico resistente da seção metálica isolada. No relatório
mostra-se essa relação e se cumpre essa limitação.
Esforços normais
Nesta parte do relatório estuda-se a resistência a esforços normais (axial e momento), tanto em flexão
positiva como negativa e, se o fogo está ativo, em situação normal e de incêndio.
Nas vigas mistas, as armaduras superiores e inferiores estarão normalmente tracionadas no caso de flexão
negativa. No caso de flexão positiva, se o tipo de viga mista permite a colocação de estribos, estas
armaduras estarão comprimidas e calcular-se-á a armadura de compressão necessária. Porém, se o tipo
de viga mista no permite colocar estribos, não se terá em consideração a armadura comprimida nem se
calculará essa armadura.
Se o relatório for completo, também aparecerá uma imagem com a força de tração (em vermelho) ou
compressão (em azul) por unidade de altura na seção de momento máximo (negativo ou positivo). De
referir que em flexão positiva, ainda que toda a parte de betão se situe por cima da fibra neutra, só se
considera a compressão de uma parte do mesmo, para ter em consideração o coeficiente de eficácia da
conexão de corte. Se a conexão de corte fosse ‘completa’, ter-se-ia em consideração a compressão em
todo o betão situado acima da fibra neutra.
Força por unidade de altura
Na comprovação com fogo, adiciona-se uma tabela com a temperatura alcançada em zonas significativas
da seção e com o coeficiente redutor da resistência em função dessa temperatura e material.
Se o relatório for completo, também aparecerá uma imagem com a força de tração (em vermelho) ou
compressão (em azul) por unidade de altura na seção de momento máximo (negativo ou positivo) afetada
do coeficiente de redução por ação da temperatura. Também aparece a temperatura alcançada em cada
ponto da seção, e o coeficiente redutor da resistência em função dessa temperatura.
Força por unidade de altura Temperatura Fator redutor k,teta
Esforços tangenciais
Nesta parte do relatório indica-se a comprovação ao transverso vertical, torsão e aos efeitos combinados
de transverso e torsão, tanto em situação normal como com fogo.
Conetores de transverso
Nesta parte do relatório estuda-se a comprovação ao esforço rasante entre perfil metálico e cabeça de
betão, que devem proporcionar os conetores de transverso, tanto em situação normal como de incêndio.
Na primeira tabela indica-se a resistência de cada conetor isolado, devido à resistência do próprio conetor
como por plastificação do betão, e tendo em consideração os diferentes coeficientes redutores
dependentes de cada norma e situação geométrica.
Em caso de incêndio adiciona-se a temperatura alcançada nos conetores e no betão situado junto a eles,
e os correspondentes coeficientes redutores da sua resistência, tendo em consideração que nos conetores,
este fator é ku, = fu. / fy. cujo valor máximo é 1,25.
No relatório completo, além de indicar as características dos isolantes definidas tanto para o perfil metálico
como para a cabeça de betão (que pode ser diferente se esta é retangular ou em uma laje de chapa),
para cada barra indica-se:
A espessura e superfície de isolamento a colocar tanto no perfil metálico como na cabeça de betão.
A temperatura alcançada no perfil metálico, a face inferior do betão e as armaduras.
Se cumpre ou não.
Listagem de Geometria / barras
Nesta versão incrementou-se a informação desta listagem quando solicitada em formato Completo. Além
disso à informação que aparece no formato Resumido (que não muda relativamente a versões anteriores),
adiciona-se o pré-dimensionamento e o GUID (identificador único global, utilizado para identificar
univocamente um elemento em um modelo BIM).
Medições
Preço do aço estrutural
Na caixa de diálogo de Preços introduz-se agora o preço do aço estrutural de vigas, pilares e diagonais.
Este valor utiliza-se na seção de Aço laminado do relatório de Medições, onde agora, além dos kg de aço,
aparece o seu valor.
Medição das vigas mistas
O betão e armaduras das vigas mistas serão medidas conjuntamente com a medição do resto das barras
de betão.
O aço estrutural mede-se exatamente da mesma forma que qualquer outra barra de aço estrutural.
Na medição do aço estrutural (tanto na listagem como no relatório) aparece uma nova tabela Conetores
de transverso para a medição dos mesmos. Para poder medir os conetores de transverso será necessário
que esteja calculada a tabela global de fabricação. Se não estiver calculada aparecerá uma advertência.
Relatório de medições de paredes resistentes de betão
Na parte de paredes resistentes de betão, incluem-se títulos de novos capítulo que identificam o plano,
parede ou sapata a que corresponde cada apartado do relatório de medição.
Ainda assim, se o relatório é do tipo Completo, separa-se em tabelas independentes a medição da
armadura base da parede (horizontal, vertical, estribos e reforços do contorno) da medição das armaduras
de reforço (reforços superiores, inferiores e laterais, no caso em que existam na parede).
Resultados – Planos
Armadura de vigas de betão e mistas
Comprimento máximo de varões de armadura
Quando em Resultados – Desenhos > Armaduras > Opções…, selecionamos Aplicar também à
montagem, desde esta versão realiza-se a ligação dos varões de montagem em casos em que
anteriormente não era possível:
Durante o processo de definição destes pontos de corte, os já definidos desenham-se em ecrã através de
umas tesouras de cor vermelha:
Para definir um ponto, selecione a opção pretendida e pressione o botão Introduzir >>. Seguidamente
pressione com o botão primário do rato encima do varão de montagem ou reforço a cortar. Os pontos a
definir podem ser:
No eixo do pilar. Pode-se definir uma distância (positiva para a direita, negativa para a esquerda) para
deslocar esse ponto relativamente ao eixo do pilar.
No centro do vão
Na origem ou final do vão. Pode-se definir uma distância (positiva) para deslocar esse ponto para o
interior do vão.
Através do botão Eliminar >> pode-se eliminar um determinado ponto de corte.
Através do botão Eliminar todos, eliminam-se todos os pontos de corte definidos em TODA a estrutura.
Ter em consideração que os pontos de corte definidos são permanentes: não se perdem ainda que se
volte a calcular a armadura da estrutura ou ainda que se modifique a sua geometria.
Acresce, que no quadro de materiais se acrescenta também a família e material dos pernos de transverso.
Desenhos
Preenchimento de pilares
Na caixa de opções de desenhos adicionou-se a opção Desenhar legenda explicativa dos pilares
(associada à já existente Preencher elementos seccionados diante). Quando se ativa, aparece nos
desenhos uma legenda com o significado do tipo de preenchimento realizado.
Existem dois modelos de preenchimentos / sombreados (A ou B). Seleciona-se o pretendido na lista
situada à direita da opção anterior. Junto à lista existe um botão (…) que mostra ambos os modelos.
Em versões anteriores utilizava-se sempre o modelo A. Se pretende alterar um modelo em um
determinado desenho, deve-se selecionar o modelo pretendido e seguidamente recalcular o desenho.
Alçados de estruturas metálicas
No cálculo dos desenhos com pilares metálicos, uma nova opção Pilares metálicas que atravessam
alçados, permite que o desenho seja calculado seguindo este critério, interrompendo o desenho das vigas.
Armadura de punçoamento
No desenho da armadura de punçoamento dos ábacos e lajes, quando dois ramos longitudinais sejam
colineares e a sua armadura seja idêntica, unem-se as armaduras longitudinais em uma só para os dois
ramos.
O desenho da seção dos ramos pode-se mudar de posição nesta versão, utilizando a função Resultados
– Desenhos > Desenhos > Mover seção.