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Planejamento Estratégico Internacional

Capítulo 0 - Estratégia em si
Estratégia é a escolha do meio mais otimizado na busca dos objetivos estatais. O Estado
precisa priorizar seus objetivos, pois objetivos estão atrelados aos recursos estatais.
Portanto, para possuir uma boa estratégia o Estado necessita de um meio para atingir
seus objetivos prioritários por meio da melhor utilização de seus recursos.
Capítulo 1 - A história da prática da estratégia da Antiguidade à Napoleão
Em um período estabelecido desde a Idade Antiga até a Era moderna a estratégia pode
ser definida como um meio utilizado pelos governos militares para atingir seus objetivos,
devido a predominância dos atores militares nas estratégias de guerra. Não haviam
muitos recursos para alcançar os objetivos estatais, portanto as estratégias eram
soft/primitivas. A obtenção de poder estava ligada à ganhos territoriais e econômicos,
portanto os objetivos estatais eram sobrevivência, expansão e exploração. O capital era
estritamente estatal, objetivos estatais e a guerra era conduzida pelo Estado. As guerras
europeias durante a era moderna eram caracterizadas pelas dificuldades tanto em reter
soldados e recrutá-los quanto fatores socioeconômicos. As guerras nesse período eram
ilimitadas, o que gerou problemas econômicos, socias e esgotamento. O serviço militar
não era popular, os exércitos eram compostos de mercenários o que tinha grande custo e
fazia com que os Estados evitassem a guerra. Nessas guerras os ataques eram lentos e
defensivos.
Capítulo 2 - A evolução da guerra moderna
Com a criação da República Francesa em 1792, o regime revolucionário adotou uma
abordagem nova e radical de conduzir a guerra, incluindo a criação de um exército de
cidadãos levantados por recrutamento (guerrilla) , o início da ordenação econômica e
produção de guerra em larga escala, bem como guerra ideológica e doutrinação. É
importante ressaltar que a participação civil é influenciada pelo sentimento de nação
incitado desde a Revolução Francesa com o fim da monarquia até a criação da República
Francesa. A concepção de estratégia muda, pois o pensamento militar e o pensamento da
sociedade se aproximam e o entendimento de guerra muda (passa a ser conduzida
também por atores não-estatais, inclusão do indivíduo como ator predominante,
ideologia/nacionalismo, inserção de outras fontes de capital, etc).
As revoluções industriais possibilitaram o avanço na forma de guerrear. O avanço
tecnológico promovido melhorou problemas de comunicação e locomoção e a guerra se
tornou um negócio lucrativo. Outros fatores além do aspecto militar foram levados em
consideração no planejamento estratégico estatal, como o aspecto naval, aéreo, etc. Por
isso, a Inglaterra esteve à frente nas revoluções industriais e obteve vantagem em relação
aos outros países. A partir das Guerras Mundiais, é pensada a guerra total, pois envolve
toda a sociedade internacional, incluindo a ideologia/nacionalismo. A Guerra Fria segue
essa linha de pensamento, mas rompe com as estratégias tradicionais de guerras
anteriores.
Capítulo 3 e 4 – Teoria Estratégica / Causas da Guerra e Condições para a Paz
Clausewitz via a guerra como uma trindade paradoxal composta por emoção,
oportunidade e razão. Esses grupos representam respectivamente a população, os
militares e o governo. A interação dessas três tendências determinam o caráter da guerra
(ou seja, sua peculiaridade). O entendimento da natureza da guerra (tipo de guerra) é
primordial para desenvolver uma estratégia efetiva. Para Clausewitz, guerra é um ato de
força para obrigar o adversário a realizar sua vontade. Portanto, guerra é um instrumento
para atingir um objetivo político o diferenciando de outros tipos de violência.
“Guerra é a continuação da política por outros meios” (Clausewitz).
Guerra também se difere de uma simples competição por envolver força. Nesse sentido a
estratégia é sobre fazer a força útil para propósitos políticos. A lógica da estratégia pode
se aplicar a paz.
Guerra é um ato natural para o sistema internacional, é inevitável, sua natureza é eterna,
mas suas particularidades variam. Há um grande debate que busca entender se a guerra é
natural ao ser humano ou é originada pelo estímulo. Mas, a natureza humana não é
obrigatoriamente a causa das guerras, pode ser a causa da paz. A guerra pode ser gerada
por miscalculation, misperception e misunderstanding. As guerras intraestatais são mais
numerosas do que as guerras interestatais . Isso se dá por conta dos choques
civilizacionais (Huntington) , ou seja, diferenças civilizacionais levam à guerra.
Capítulo 5 – Cultura Estratégica
O argumento político cultural foi trazido por Snyder no desenvolvimento de uma teoria
de cultura estratégica para interpretar a doutrina nuclear soviética. Estudiosos
argumentaram que características nacionais com raízes profundas que moldam suas
experiências históricas caracterizaram as estratégias dos Estados durante a Guerra Fria.
Assim, o processo decisório estratégico é impactado pela cultura. Os elementos que fazem
parte da cultura de um Estado são linguagem, valores, crenças, religião, entre outros. O
comportamento de um Estado, ou seja, a política externa do Estado e a estratégia durante
Direito dos Costumes, é um exemplo de como a cultura está enraizada nos Estados. As
fontes da cultura estratégica sãos geográficas, políticas e sociais. São fontes que ditam a
cultura estratégia dos Estados.

Capítulo 7 – Tecnologia e Estado de Guerra


A tecnologia militar frequentemente reflete diferentes características nacionais, ou seja
está diretamente ligada a cultura estratégica. Há grande dificuldade em entender o papel
das tecnologias militares devido a constante mudanças que ocorrem. Outra dificuldade é
a relação entre mudança qualitativa e quantitativa. Além disso, há tecnologias com
impactos mais imediatos e rápidos que outras. A tecnologia convencional superior pode
ser compensada por respostas assimétricas, como a guerra irregular e a ameaça de armas
de destruição maciça.
Capítulo 15 – Intervenção Humanitária e Operações de Paz
A intervenção humanitária pode ser vista como fornecimento de assistência humanitária
e a proteção dos direitos humanos de um Estado. A visão crítica a essa ação entende que
a intervenção humanitária é uma intervenção militar sem consentimento do Estado que
acaba gerando crise humanitária e conflitos. Dessa forma, a intervenção humanitária fere
a soberania do Estado.
Após a Guerra Fria, os Estados começaram a realizar diversas operações de paz para
impor seus interesses e ganhar zonas de influência. Ou seja, a configuração de poder passa
a ser totalmente ideológica e política. O Estado promove uma operação de paz para
difundir a sua ideologia.
Capítulo 16 – Cyberpower
O cyberpower, ou poder cibernético, é uma nova configuração de poder dos Estados. Ter
influência no ciberespaço, ou convergir informações em estratégia, muda o caráter da
guerra. Portanto, o mundo contemporâneo é afetado, influenciado e moldado pelo
ciberpower e este possui importância vital para os estudos de estratégia.

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