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datados entre 2001 e 2007. O principal objectivo deste trabalho passa por analisar a
problema e por ser a área em que, futuramente, incidirá a nossa actividade profissional.
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Revisão de Literatura
1. Osteoporose
esquelética e do risco de fracturas (Carvalho et al., 2004 cit. por Elsangedy, 2006). A
cada ano milhões de mulheres no mundo inteiro. Esta enfermidade tem sido encarada,
nos dias de hoje, como a doença do século, pois vem atingindo uma elevada quantidade
de indivíduos.
causas não são totalmente conhecidas, estando a ela associados factores de risco
múltiplos, uns que podem ser modificáveis (alimentação, actividade física) e outros não
manter um estilo de vida saudável, pois são cada vez mais elevados os números de
pessoas doentes de osteoporose. Tanto nos Estados Unidos como no Brasil, a previsão
de futuros enfermos com esta afecção é assustadora e com base nos dados da
Organização Mundial de Saúde “ (…) em 2025 haverá mais de um bilião e cem milhões
de idosos para uma população de oito biliões e duzentos milhões de habitantes” Campos
(2003, p. 2). Assim, tendo em conta que a osteoporose é uma doença que se desenvolve
na idade avançada, quer dizer que no referido ano a maior parte da população sofrerá
desta patologia (Campos, 2003) caso não sejam tomadas medidas preventivas.
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Os tipos de osteoporose que ocorrem com mais frequência na terceira idade são a
devido à sua alta incidência e os seus efeitos negativos na condição física e social da
tratamento como com a reabilitação (Matsudo e Matsudo, 1991 cit. por Elsangedy,
2006). Por esta razão, muitos autores têm vindo a comprovar os efeitos benéficos da
O envelhecimento do ser humano tem sido alvo de atenção por parte dos autores
que, sensibilizados com o aumento da faixa etária de indivíduos com 60 e mais anos,
Matsudo (2001, cit. por Cleto, 2006, p. 7) alerta que o envelhecimento é “um
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apresentando considerável variação individual.” De acordo com Verderi (2002, cit. por
refere Matsudo (2001, cit. por Cleto, 2006), diferem de indivíduo para indivíduo. Este
Cleto, 2006, p. 6). Deste modo, o autor salienta a importância que têm vindo a dar à
população idosa que, mais fragilizada, necessita de maior assistência e amparo por parte
Zazula e Pereira (2003, cit. por Elsangedy, 2006) afirmam que vários problemas
mineral óssea. Por outro lado, Matsudo (2001, cit. por Cleto, 2006) faz menção aos
vida que um indivíduo adquire com a idade. Deste modo, sugere que os idosos devem
ser vistos como seres activos, que ainda têm muito para oferecer, evitando preconceitos
(2004, cit. por Cleto, 2006) acerca deste assunto refere que, apesar da redução da
um bom desempenho físico e mental nos anos vindouros. Salienta, ainda, que os
indivíduos activos quer ao nível físico, cognitivo e social serão sempre reconhecidos.
são, de acordo com Matsudo (2001, cit. por Cleto, 2006, p. 7), consequência da “(…)
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(…)”. Estas perdas ocorrem a nível cardiovascular, força muscular e equilíbrio, sendo
responsáveis pelo declínio da capacidade funcional dos indivíduos desta faixa etária.
conhecido por ossificação ou osteogénege (Chen et al., 1999 cit. por Elsangedy, 2006),
matriz orgânica (cálcio e fósforo) e matriz óssea que actuam de forma equilibrada entre
si, garantindo deste modo um endurecimento ósseo que resulta da interacção entre estes
componentes orgânicos (Kessel, 2001 cit. por Elsangedy, 2006). Os osteoclastos são as
que lhes são aplicadas. A força mecânica utilizada através de cargas e contracções
estímulos poderá provocar a diminuição da massa esquelética (Frateschi, 2002 cit. por
adulto este processo torna-se ineficiente devido a pequenos défices na formação que
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persistem após ter sido completado o ciclo de remodelação (ACSM, 2003 cit. por
Elsangedy, 2006).
formação óssea na região submetida à carga.” Acerca deste assunto Carvalho (2002, cit.
por Elsangedy, 2006) corrobora que quanto maior a deformação imposta, maior será a
De acordo com Greve (1999, cit. por Elsangedy, 2006), a falta de actividade física
pelo organismo, ou seja, quanto mais estimulado for o esqueleto, através de actividades
que ofereçam uma sobrecarga tensional, maior será a resposta adaptativa, exibindo
Existe uma relação entre o nível de actividade física e o volume do osso, daí que a
2. Actividade Física
Matsudo (2001, cit. por Cleto, 2006, pp. 8-9) define actividade física como “ (…)
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gasto calórico acima do basal”. O exercício físico é, igualmente, determinado como uma
organizado e repetitivo que melhora ou mantém uma ou mais variáveis da aptidão física.
A mesma fonte acrescenta que a aptidão física não deve ser confundida com um
comportamento, mas tido como uma característica que o indivíduo possui ou alcança
flexibilidade.
auxilio e controlo da diabetes, da artrite, das doenças cardíacas e dos problemas como o
Segundo Tenório et al. (2005, cit. por Elsangedy, 2006) a actividade física tem um
sedentarismo e pela promoção do exercício físico. Para além disto, o mesmo autor
preconiza que a prática regular de exercícios físicos actua, igualmente, como medida
período de aquisição de massa óssea, mas também contribuem para atrasar a perda óssea
associada ao envelhecimento. Daí que vários autores defendam que a prática regular do
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exercício físico deve ser implementada desde muito cedo. Acerca deste assunto,
Santarém (2005, cit. por Cleto, 2006) reflecte que a actividade física auxilia desde a
actividade física na juventude são importantes para que as pessoas alcancem uma boa
massa óssea, pois admite-se ser o parâmetro mais importante para se prever a
o indivíduo que praticou actividade física durante toda a sua vida chega à velhice com
desencadeamento de osteoporose.
pois como estes estão fixos aos ossos, favorecem o aumento da massa óssea. Estas,
(Knoplich, 2001 cit. por Cleto, 2006). Deste modo, o autor defende que a pessoa que
muscular, os mais apropriados para o indivíduo osteopórico, fazendo com que este
patologia (Matsudo, 2001 cit. por Cleto, 2006). Igualmente, Ernest (2001, cit. por Cleto,
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sistemática (…)”, pois ajuda a retardar a perda mineral óssea nas mulheres. Na mesma
linha, Santos (1996, cit. por Cleto, 2006) defende a vantagem de se estimular a estrutura
“poupança óssea” (Matsudo e Matsudo, 1992 cit. por Lima e Vasconcelos, 2003).
importância para que as pessoas alcancem uma boa massa óssea, que é aceite como o
2001, cit. por Lima e Vasconcelos, 2003). Em consenso, Campos (2003) sublinha que a
praticada deste a infância, já que proporciona uma massa muscular mais forte e, com
isso, uma estrutura esquelética bem desenvolvida. A mesma autora, referindo Nieman
músculos mais fortes e densos tinham uma relação com a prática da actividade física
desde sempre. Este facto serviu para demonstrar que “(…) o desenvolvimento dos ossos
fortes numa fase precoce da vida pode ser traduzido numa menor incidência de
osteoporose na velhice”, de acordo com Nieman (1999, cit. por Campos, 2003, p. 4).
Rebelatto et al., 2006), é considerada uma estratégia primária muito eficaz, pois
Cleto, 2006, p. 11) entende que a actividade física é um ponto fundamental na qualidade
de vida e saúde do idoso, todavia “(…) o tipo de exercícios a ser realizado depende do
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organismo e da vontade de cada um (…)”. Não há nenhum modelo estabelecido que nos
indique os exercícios que devem ser praticados pelos idosos, sendo fulcral que estes
enquanto que na fase adulta estes podem reduzir significativamente a perda ou aumento
da densidade óssea. O mesmo autor frisa que a frequência e o tempo de actividades com
entre os diversos investigadores (ACSM, 1995 cit. por Elsangedy, 2006). Contudo, a
maior parte dos estudos tem revelado que a actividade física com carga produz efeitos
benéficos sobre os ossos, sendo considerada mais vantajosa que os exercícios aeróbios
cit. por Elsangedy, 2006). Além deste benefício, Campos (2003) ressalta que o treino de
massa muscular, apresentando efeitos sobre os principais riscos de fractura do osso pela
osteoporose. Campos (2003, p. 5) acrescenta que “(…) os exercícios com pesos podem
cit. por Lima e Vasconcelos, 2003) acrescenta, com base nos estudos do Colégio de
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sendo que primeiro devem ser aplicados os exercícios de força, seguindo-se os
osteoporose, o ACSM (1995, cit. por Campos, 2003) destaca a prática de exercícios
cedo até a fase adulta para garanti-la na pré-menopausa e evitar a sua perda na pós-
menopausa. Porém, a mesma fonte dá mais ênfase às actividades que envolvem pesos,
saudável. Dinác (1996, cit. por Campos, 2003) justifica revelando que, nos seus estudos,
os atletas que treinaram com pesos apresentaram cerca de 40% mais de densidade óssea
O exercício físico assegura a massa óssea quer por forma directa, acção sobre o
próprio esqueleto, quer por acção indirecta, através do aumento da força muscular, já
que a densidade óssea costuma ser equiparável à força muscular (Osteoporose, 2005 cit.
por Cleto, 2006). Sendo assim, Campos (2003) menciona que a saúde óssea é
esqueleto. Para complementar, Wilmore & Costill (1999, cit. por Campos, 2003)
devidamente estabelecido.
entre as quais destacam como mais adequadas as que são realizadas sob a acção da
gravidade. As actividades aeróbias são importantes, devendo ser realizadas com uma
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frequência de 3 a 5 vezes por semana, com intensidade entre os 60 e os 85% da
frequência cardíaca máxima, bem como outros exercícios que ajudem a fortificação da
musculatura. Estes autores consideram, igualmente, que a natação poderá ser uma mais
valia para doentes de osteoporose, devendo esta ser praticada especialmente pelos
adequadas aos osteopóricos, Cohen (1998, cit. por Cleto, 2006) recomenda: a
O treino com pesos por oferecer forte sobrecarga tensional, de acordo com
Mcilmain (1999, cit. por Elsangedy, 2006), actua de forma positiva no processo de
osteogénese, sendo considerado um estímulo favorável à estrutura óssea, para que esta
se apresente mais resistente e forte. Sendo assim, Herlihy (2002, cit. por Elsangedy,
2006) explica que são mais aconselháveis os exercícios com pesos, pois apresentam
pode ser comprovada pelos estudos realizados por Nelson et al. (1994, cit. por
de controle. Similarmente, Menkes et al. (1993, cit. por Elsangedy, 2006) num estudo
idêntico observou que a execução deste tipo de exercícios, mas em indivíduos inactivos,
pode favorecer a remodelação local e força óssea. Ainda, acerca do treino com pesos,
Lanzillotti et al. (2003; ACSM, 1995 cit. por Elsangedy, 2006) refere que estes
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resistência. Por outro lado, Gurgel (2002, cit. por Elsangedy, 2006), concluiu que a
De acordo com Kelly (1998, cit. por Elsangedy, 2006), as actividades aeróbias
Santarém (2001, cit. por Elsangedy, 2006) os exercícios aeróbios não apresentam
curta duração e alta intensidade. Layne e Nelson (1999, cit. por Elsangedy, 2006) são
essenciais para se manter o corpo saudável, não produzem efeitos tão significativos
A caminhada surge como um dos exercícios mais praticados pelos idosos, todavia
esta actividade não é, segundo Nelson et al. (1991, cit. por Elsangedy, 2006), a mais
indicada para as mulheres na pós-menopausa, visto não prevenir a perda óssea. Este
facto pode estar associado à carga imposta pela actividade, que deve ser maior que das
actividades realizadas na vida diária, para que seja desencadeada força passível de
formação óssea.
dada primazia aos exercícios que envolvem pesos, por revelarem melhores resultados no
processo de remodelação óssea (Brill & Macera, 1999 cit. por Lima e Vasconcelos,
2003).
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Discussão
Com base nos artigos analisados, pudemos constatar que acerca da osteoporose os
forma de prevenção, pois todos assumem que a actividade física deve ser implementada
desde muito cedo – infância – até à idade adulta contribuindo, assim, para o aumento da
massa óssea, a sua manutenção ou, então retardar a sua perda na chegada à velhice.
estudiosos afirmam que a partir dos 50 anos ocorrem desequilíbrios entre o processo de
formação reage perante estímulos mecânicos, daí que a prática de exercício físico seja
A maioria dos autores mencionados refere que os exercícios com pesos são os
outras actividades, cuja força mecânica exercida não se sobrepõe ao peso do corpo. As
actividades aeróbias são um exemplo pois, apesar de serem adequadas à terceira idade,
actividades do quotidiano são indicadas pelos autores como forma do idoso preservar as
suas capacidades funcionais, mas não como medida preventiva para a osteoporose.
De uma forma geral, todos os autores referidos comprovaram que a prática regular
garantir uma boa densidade óssea chegada a velhice. Os estudos realizados com
No decurso desta pesquisa foi bem patente os benefícios que a actividade física
pode propiciar para a manutenção ou até aumento da massa óssea, devendo ser adoptada
para se prevenir esta patologia, acordando que a prática planeada de actividade física
constitui a melhor opção. Os exercícios com pesos foram os que mais resultados
idosos.
estar dos idosos, justificando a frase popular “dar vida aos anos e não anos à vida”.
Tratar da osteoporose pode ser um início, visto que esta patologia condiciona a vida dos
seus doentes e, por apresentar uma elevada prevalência, constitui um grave problema de
saúde pública.
preferência com o auxílio da actividade física, de modo a se obter ossos mais saudáveis
e uma massa óssea mais densa, evitando o risco de fracturas. Para tal, torna-se
indispensável uma informação correcta à população, que deve ser a primeira a tomar a
seu cargo as medidas necessárias para combater esta doença, pois prevenir é a melhor
(http://www.drashirleydecampos.com.br)
(http://www.programapostural.com.br)
(http://www.jvianna.com.br)
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