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Uma doutrina que exclui qualquer cooperação humana para salvação não poderia
ser popular. A arrogância e o desejo de justificação pelos méritos são as pretensões que
assaltam todos os homens. Certamente, se fosse possível a nós alcançar tão preciosa
salvação pelos nossos esforços, a salvação seria reduzida a um direito constituído num
direito passível de ser exigido a Deus. Consequentemente, o homem alimenta em relação
a si, sentimento de orgulho crescente. Mas para o desapontamento do mundo o caminho
de salvação do homem exclui qualquer motivo de autoglorificação como disse Francis
Schaeffer:
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A Justificação pela fé somente é aplicada àquele que chega a Cristo de mãos
vazias, sem apresentar nenhum mérito, reconhecendo sua total falência espiritual
semelhante aquele publicano na parábola contada pelo nosso senhor que nem sequer
ousava levantar os olhos aos céus. Aqueles que se achegam a Cristo como pobres que
encontram Nele a justiça que em si mesmo não tem. Esses pobres, como diz o
profeta Isaías “se alegrarão no Santo de Israel” (Is 2919). A forma como o pobre recebeu
a bem-aventurança só pode levá-lo a excluir toda a jactância. Ele sabe melhor do que
qualquer outro que sua salvação é somente pela graça. Ele sabe que não tem do que se
orgulhar. Um cristão orgulhoso é em si, uma contradição. Por isso, uma compreensão
correta da justificação só poderá levar-nos ao caminho: humildade.