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Apresentação dos conceitos filosóficos: A justiça em Aristóteles

Para Aristóteles, dentro da própria palavra justiça já se encontra várias explicações


para a mesma, sendo o indivíduo classificado como “justo” e “injusto”, começa então a
explicação do conceito de justiça. Injusto é aquele que transgrede a lei, que não
respeita a igualdade, quem quer mais do que é devido, e quem é iníquo. Justo é quem
observa a lei e quem respeita a igualdade.
A justiça então é a virtude do homem desejar apenas o que lhe cabe, o que lhe tem
direito, como na questão dos bens, onde o homem justo só deseja o dinheiro que virá
do seu trabalho, o que ele merece ganhar, nem mais e nem menos do que lhe é
devido. Enquanto o homem injusto deseja ter mais do que deveria, conseguindo então
esse dinheiro de formas erradas.
Aristóteles remarca que a justiça é a rainha das virtudes, atestando que ela faz bem
não só para o justo mas também para as pessoas que o cercam. A justiça comparece
como uma virtude que, presente no homem, é um bem que também pertence ao outro,
pois pela ação do justo a justiça produz o que é de interesse para outro (seja superior
ou igual).
A justiça é a forma perfeita de excelência moral porque ela é a prática efetiva da
excelência moral perfeita. Ela é perfeita porque as pessoas que possuem o sentimento
de justiça podem praticá-la não somente a sim mesmas como também em relação ao
próximo. (ARISTÓTELES, 1996, p. 195).

A justiça é separada em: Justiça Universal e Justiça Particular, que encontram várias
outras subdivisões.
A principal justiça utilizada para o nosso problema ético é Justiça política, que se dá no
âmbito das relações dos indivíduos na polis, pertinente ao status civitatis do cidadão
perante seus iguais. Bittar (2010) explica que “existente no meio social, é a justiça que
organiza um modo de vida que tende à autossuficiência da vida comunitária
(autárkeian), vigente entre homens que partilham de um espaço comum” (BITTAR,
2010, p. 140).

Conforme se extrai dos escritos de Aristóteles, o justo político:

Se apresenta entre as pessoas que vivem juntas com o objetivo de assegurar a


autossuficiência do grupo – pessoas livres e proporcionalmente ou aritmeticamente
iguais. Logo, entre pessoas que não se enquadram nesta condição não há justiça
política, e sim a justiça em um sentido especial e por analogia. (ARISTÓTELES, 1996,
p. 205).
Conclui-se que a justiça é uma virtude que se praticada devidamente por cada
indivíduo melhorará não só a sua própria experiência, mas também a daqueles que lhe
rodeiam, e que é de enorme importância para o desenvolvimento da vida em
sociedade.

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