Você está na página 1de 12

ANEXO 35

Página 1

NOTA TÉCNICA: (A) Fluxo financeiro das operações de crédito a contratar e (B)
Operações de Crédito em execução e com expectativa de prorrogação durante o Plano de
Recuperação Fiscal.

(A) Fluxo financeiro das operações de crédito a contratar durante o Plano de


Recuperação Fiscal
I – Introdução

Trata-se de nota explicativa sobre o fluxo financeiro projetado para as operações


de crédito que o Estado possa pleitear durante a vigência do Regime de Recuperação
Fiscal conforme previsto no artigo 11, da Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de
2016.

Por meio da Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, foi instituído o


Regime de Recuperação Fiscal dos Estados que envolve a ação planejada, coordenada e
transparente de todos os Poderes, órgãos, entidades e fundos dos Estados e do Distrito
Federal para sanar os desvios que afetaram o equilíbrio das contas públicas, por meio da
implementação das medidas emergenciais e das reformas institucionais determinadas no
Plano de Recuperação elaborado previamente pelo ente federativo que desejar aderir a
esse Regime.

O plano prevê, no artigo 11 da Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de


2016, a autorização para operações de crédito para finalidades específicas, conforme
abaixo:

“Art. 11 Enquanto vigorar o Regime de Recuperação Fiscal, poderão ser contratadas


operações de crédito para as seguintes finalidades:
I - financiamento de programa de desligamento voluntário de pessoal;
II - financiamento de auditoria do sistema de processamento da folha de pagamento de
ativos e inativos;
III - financiamento dos leilões de que trata o inciso VII do § 1o do art. 2o;
IV - reestruturação de dívidas com o sistema financeiro;
V - modernização da administração fazendária;
VI - antecipação de receita da privatização de empresas de que trata o inciso I do §
1o do art. 2o;
VII - demais finalidades previstas no Plano de Recuperação.”
ANEXO 35
Página 2

No Plano de Recuperação Fiscal, o Estado do Rio de Janeiro considera o


pleito de 05 (cinco) operações de créditos, referentes aos itens acima discriminados,
da seguinte forma:

 Item II: Auditoria da Folha – R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais);


 Item III: Leilões para Restos a Pagar – R$ 3.058.723.786,00 (três bilhões,
cinquenta e oito milhões, setecentos e vinte e três mil, setecentos e oitenta e
seis reais);
 Item V: Modernização Fazendária – R$ 250.000.000,00 (duzentos e
cinquenta milhões de reais);
 Item VII: Empresas (Reestruturação Administrativa) – R$ 200.000.000,00
(duzentos milhões de reais); e
 Item VII: Pagamento de Precatórios – R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de
reais).
II – Das Premissas Utilizadas

Para projeção do fluxo financeiro das operações a contratar foi consideradas


as seguintes condições financeiras:

 Prazo: 10 anos;
 Carência: 2 anos;
 Sistema de Amortização: Sistema de Amortização Constante (SAC);
 Taxa de Juros: 120% CDI; e
 Comissão de Crédito: 0,25% (zero, vinte e cinco por cento) do valor do
empréstimo.

As datas de contratação das operações foram projetadas conforme quadro


abaixo.

Quadro I - Operações de Crédito a Contratar – Data de contratação


Operação Previsão de Contratação
AUDITORIA FOLHA 15/12/17
LEILÕES 15/12/18
MODERNIZAÇÃO 15/12/17
DEMAIS - EMPRESAS 15/06/18
DEMAIS - PRECATÓRIOS 15/12/20
ANEXO 35
Página 3

III - Memória de Cálculo

A memória de cálculo de cada operação segue, em anexo, à Nota Técnica.


Abaixo, o Quadro II apresenta resumo dos custos das operações citadas.

Quadro II – Resumo Custo Financeiro das Operações a Contratar


DEMAIS - DEMAIS -
OBJETO AUDITORIA FOLHA LEILÕES MODERNIZAÇÃO TOTAL
EMPRESAS PRECATÓRIOS
VALOR FINANCIADO 50.000.000,00 3.058.723.786,00 250.000.000,00 200.000.000,00 1.000.000.000,00 4.558.723.786,00
TOTAL DE LIBERAÇÕES 50.000.000,00 3.058.723.786,00 250.000.000,00 200.000.000,00 1.000.000.000,00 4.558.723.786,00
PRINCIPAL 50.000.000,00 3.058.723.786,00 250.000.000,00 200.000.000,00 1.000.000.000,00 4.558.723.786,00
JUROS 32.943.875,00 2.152.923.521,18 164.719.375,00 140.794.250,00 703.678.333,34 3.195.059.354,52
COMISSÃO DE CRÉDITO 125.000,00 7.646.809,47 625.000,00 500.000,00 2.500.000,00 11.396.809,47
COMISSÃO DE COMPROMISSO - - - - - -
TOTAL 83.068.875,00 5.219.294.116,65 415.344.375,00 341.294.250,00 1.706.178.333,34 7.765.179.949,99

As condições das operações de crédito, como garantias, contragarantias e


fluxos financeiros, são definidas à época da contratação, podendo alterar de acordo
com o objeto e a instituição financeira para cada operação.

IV – Dos Riscos Associados

Quanto ao risco associado à contratação de novas operações de crédito,


destaca-se que ao contratar operações de crédito, o Estado aumenta o seu
endividamento. Neste caso, é necessário verificar o impacto da operação de crédito
pleiteada no serviço e no estoque da dívida consolidada do Estado.

(B) Operações de Crédito em execução e com expectativa de prorrogação durante o


Plano de Recuperação Fiscal.

I – Introdução

Trata-se de nota explicativa sobre a previsão de desembolso de recursos de


operações de crédito, em execução, celebradas pelo Estado do Rio de Janeiro, bem
como aquelas com expectativa de prorrogação.
O Estado do Rio de Janeiro vem enfrentando severa crise fiscal, provocada
principalmente pela frustação da arrecadação derivada do arrefecimento da atividade
econômica, pela redução significativa da receita de royalties e participações especiais,
dada a diminuição do preço do barril de petróleo.
Diante desse quadro, o Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro decretou,
por meio do Decreto nº 45.692, de 17 de junho de 2016, reconhecido pela Assembleia
ANEXO 35
Página 4

Legislativa, por meio da Lei nº 7.483, de 8 de novembro de 2016, estado de calamidade


pública, no âmbito da administração financeira do Estado do Rio de Janeiro, devido às
incertezas sobre a realização das receitas estaduais em decorrência do cenário
econômico nacional.
O estado de calamidade impacta a prestação de serviços públicos essenciais,
como segurança pública, saúde, educação, mobilidade e gestão ambiental, frente à
indisponibilidade de recursos financeiros no caixa estadual.
Com base no Relatório de Gestão Fiscal referente ao 2º quadrimestre de 2016, o
Estado do Rio de Janeiro apresentou descumprimento do limite máximo de 200% entre
a DCL e RCL, conforme limites previstos no art. 30 da Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) e Resolução do Senado nº 40, de 2001.
Diante do descumprimento do aludido limite, iniciaram-se discussões junto à
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para se interpretar o art. 31 da LRF, que estipula,
in verbis:
“Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo
limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três
subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no
primeiro.
§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive
por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da
dívida mobiliária; (...)”

A STN formalizou consulta à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN),


por meio da Nota Técnica nº 149/2016/COPEM/SURIN/STN/MF-DF, de 13 de
dezembro de 2016, em que questiona se os desembolsos a realizar de operações de
crédito já contratadas, e eventualmente prorrogadas, estão ou não legalmente
enquadrados nas restrições do dispositivo mencionado acima.
Por meio do Parecer PGFN/COF nº 1923/2016, de 19 de dezembro de 2016, a
PGFN se manifestou no sentido de ser vedada a contratação de novas operações de
crédito, e afirma que operações de crédito já realizadas não são afetadas pela proibição
prevista no dispositivo em comento.
A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, em parecer
apresentado no âmbito do processo nº E-12/001/63/2017, aprovou a Promoção nº
ANEXO 35
Página 5

01/2017/NFOF/SUAJUR/SEFAZ, de 6 de janeiro de 2017, que acolhe o entendimento


da PGFN. Ressalta, todavia, que prosseguindo os desembolsos das operações em curso,
que estes respeitem o limite necessário à conclusão das obras e serviços iniciados em
relação a um conjunto de projetos e que seja realizado exame prévio e detalhado dos
projetos e programas vinculados aos empréstimos contratados e respectivas liberações,
para que se decida, conforme a urgência, necessidade e economicidade, aqueles que
devem ser priorizados.
Nesse contexto, instituiu-se a Comissão Executiva de Financiamentos Externos,
por meio do Decreto Estadual nº 45.995, de 11 de maio de 2017, para estabelecer
critérios objetivos para as liberações.

II – Das Premissas Utilizadas

No Anexo I desta Nota Técnica, constam as previsões atualizadas de desembolso


das operações, internas ou externas, em curso ou vencidas com solicitação de
prorrogação. O Anexo I detalha os dados gerais das operações e os valores previstos de
desembolso nos exercícios de 2017 a 2019, considerando suas prorrogações, se
confirmadas pela Comissão de Financiamento Externo (COFIEX) do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão.

Das Operações em Curso com Pedido de Prorrogação

Em relação às operações externas, importante destacar que o Estado do Rio de


Janeiro encaminhou à COFIEX pleito de prorrogação de seis operações e propostas de
cortes ao final do exercício de 2016. A propósito, a solicitação de prorrogação atinge as
seguintes operações: i) “Programa de Inclusão Social e Oportunidades para Jovens no
Rio de Janeiro - Caminho Melhor Jovem”; ii) “Programa Nacional de Desenvolvimento
do Turismo - PRODETUR”; iii) “Programa de Renovação e Fortalecimento da Gestão
Pública - PROGESTÃO II”; iv) “Programa Estadual de Transportes II - PET II”; v)
“Programa Estadual de Transportes II - PET II Adicional”. Adicionalmente, conforme
sugestões da Secretaria do Tesouro Nacional, todas as operações externas em execução
sofrem redução, à exceção do “Programa Estadual de Transportes II - PET II”.
Importante destacar, todavia, que apesar de ter sido enviado pleito com pedido de
prorrogação de cinco operações externas, o “Caminho Melhor Jovem” teve seu
encerramento oficializado pelo credor. Nesse sentido, por meio da correspondência
ANEXO 35
Página 6

CBR-2293/2017, de 10 de julho de 2017, o Banco Interamericano de Desenvolvimento


(BID) informa a expiração do prazo da operação “Programa de Inclusão Social e
Oportunidades para Jovens no Rio de Janeiro - Caminho Melhor Jovem” e solicita a
devida prestação de contas do empréstimo, o que enseja a dificuldade de sua
prorrogação.
As condições das operações de crédito, como garantias, contragarantias e fluxos
financeiros, são definidas à época da contratação, podendo alterar de acordo com o
objeto e a instituição financeira para cada uma das operações, quais sejam: : i)
“Caminho Melhor Jovem”; ii) “PRODETUR”; iii) “PROGESTÃO II”; iv) “PET II”; v)
“PET II Adicional”.

Das Operações em Curso sem Pedido de Prorrogação

No que tange às operações internas, existem apenas cinco em fase de execução e


nenhuma delas com pedido de prorrogação, dentre as quais duas foram colocadas à
disposição, pela Secretaria de Estado de Obras (SEOBRAS), à credora Caixa
Econômica Federal, para que sejam rescindidas, quais sejam: “Saneamento para Todos
I”, parcialmente, e “Via Light”, integralmente. O projeto “Saneamento para Todos I”
ainda apresenta valor a desembolsar de R$ 230.574.503,81 (duzentos e trinta milhões,
quinhentos e setenta e quatro mil, quinhentos e três reais e oitenta e um centavos), sendo
a proposta de rescisão parcial, que não compõe esse valor, de R$ 33.602.944,45 (trinta e
três milhões, seiscentos e dois mil, novecentos e quarenta e quatro reais e quarenta e
cinco centavos). A operação “Via Light”, apesar de ter sido celebrada em junho de 2011,
apresenta execução de apenas 0,4%. O órgão executor informa que teve inúmeros
problemas com ocupações irregulares do tráfico fluminense no local de execução do
projeto.
As operações internas restantes referem-se a “Contrapartida PAC”, “Programa
Coordenado de Investimentos - PROCOI” e “Saneamento para Todos II”. Primeiro, a
operação “Contrapartida PAC” já está praticamente encerrada, com execução de 97%.
Segundo, o “PROCOI” teve grande parte dos recursos, que estavam em conta bancária,
arrestados. O órgão executor e a Caixa Econômica Federal (CAIXA) encontram-se em
fase de negociação para o prosseguimento dos desembolsos do resíduo de modo que não
ANEXO 35
Página 7

seja necessária a completa restituição do total arrestado. Por fim, o projeto “Saneamento
para Todos II” segue sua execução.
No que tange às operações externas, apenas o programa “RIORURAL
Adicional”, com vencimento ao final de 2018, não contém solicitação de prorrogação.

Das Operações Encerradas ou Canceladas

O Anexo II desta Nota Técnica contém o Anexo V1 vigente, com posição de 31


de dezembro de 2016, que não reflete o panorama atual das operações de crédito do
Estado do Rio de Janeiro mas serve para ilustrar o endividamento do Estado.
No que se refere às operações em execução, contidas no Anexo V, há que se tecer
alguns comentários. As operações “Programa Obras Complementares Arco
Metropolitano - Arco Metropolitano” e “Programa de Melhorias e Implantação da
Infraestrutura Viária - Pró-Vias” foram canceladas pelo credor Corporação Andina de
Fomento (CAF), assim como “Estudos e Projetos da Linha 4 do Metrô”, “Delegacia
Legal” e “Programa de Modernização da Administração Estadual na modalidade de
Gestão - PMAE” relativas ao credor Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), de modo que não há desembolsos pendentes referentes a operações
junto a este Banco. As operações “Programa de Modernização da Gestão Fazendária no
Estado do Rio de Janeiro - PROFAZ”, “Programa de Renovação e Fortalecimento da
Gestão Pública - PROGESTÃO”, do “Projeto Desenvolvimento Rural Sustentável em
Microbacias Hidrográficas - RIORURAL” já foram executadas e encerradas. Apesar de
constar na categoria de “pleito protocolado”, os subcréditos “Metrô E e F” do BNDES já
foram contratados e executados por meio de um único contrato de financiamento, de 26
de fevereiro de 2016, que totalizou R$ 444.811.123,92 (quatrocentos e quarenta e quatro
milhões, oitocentos e onze mil, cento e vinte e três reais e noventa e dois centavos).

III – Metodologia

No que tange à autorização de novos desembolsos de operações externas em


execução, cabe à Comissão Executiva de Financiamentos Externos do Estado do Rio de
Janeiro examinar os projetos e programas vinculados a financiamentos do Estado,
considerando a urgência e prioridade das ações de Governo.
1
Documento que compõe o Acompanhamento do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal (PAF) do
Contrato de Confissão, Promessa de Assunção, Consolidação e Refinanciamento de Dívidas, firmado com
a União, no âmbito da Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997.
ANEXO 35
Página 8

Referentemente às operações internas, que representam menor volume pendente


de desembolso, os órgãos executores competentes encontram-se em tratativas para
definir critérios de liberação de recursos.

IV – Dos Riscos Associados

Quanto ao “Anexo V - Demonstrativo das Operações de Crédito”, constam


estimativas de desembolsos de todas as operações de crédito, tanto em curso, quanto a
serem contratadas, bem como de parcelamentos que comporão a dívida consolidada
estadual.
Pela atípica conjuntura por que passa o Estado do Rio de Janeiro, há que se
ponderar que o Anexo V vigente, referente à última revisão do PAF, em 2016, não
representa a realidade das liberações previstas.
Diversos foram os motivos para que se desenhasse o cenário instável no que
tange às execuções desses empréstimos. De início, cabe destacar as decisões judiciais
sobre mandados de arrestos de recursos em contas específicas de projetos arcados com
financiamentos contraídos pelo Estado, que geraram insegurança, não somente aos
executores dos programas, como também aos credores e ao Estado como um todo.
Para os credores, a retirada, ainda que involuntária, de dinheiro dessas contas
afronta a obrigatoriedade contratualmente determinada de utilização dos recursos para
fazer frente tão somente às despesas dos projetos. Para os órgãos executores, surge a
dificuldade de prestação de contas dos valores liberados, uma vez que estes foram
arrestados para pagamento de folha salarial do funcionalismo público do Estado. Nesse
caso, o credor, quando não cancela a operação, suspendendo o desembolso dos valores
que ainda seriam liberados, informa que desembolsos futuros só ocorrerão depois de
realizada a prestação de contas dos valores anteriormente liberados e, evidentemente, de
restituição dos valores objeto de arresto. Com a frágil situação econômica do Estado,
não é possível ao menos estimar um calendário de recomposição de tais valores
arrestados.
Por fim, a continuidade dos desembolsos, sejam de operações de crédito internas
ou externas, pressiona a trajetória da relação DCL/RCL, tornando mais difícil seu
retorno ao limite de endividamento de 200%.
ANEXO 35
Página 9

No caso de interrupção de todos os projetos vinculados a operações de crédito


em execução, muitos deles próximos de sua finalização, se pode gerar custo
desproporcional e elevado prejuízo para a sociedade.

V – Conclusão

Há que se frisar a situação inédita em que se encontra o Estado do Rio de


Janeiro. Pela primeira vez nas últimas duas décadas, no exercício de 2016, o Estado do
Rio de Janeiro não honrou tempestivamente muitas de suas obrigações, as quais vinha
mantendo sob controle.
Frente à grave crise atualmente vivenciada, o Regime de Recuperação Fiscal,
instituído por meio da Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, representa
instrumento essencial para que o Estado tenha ferramentas para retomar a prestação de
serviços públicos essenciais à sociedade e atender às suas despesas obrigatórias
pendentes, como a remuneração de seus servidores ativos e inativos, e pensionistas.
É cediço que qualquer desembolso de recursos de operações de crédito implica
no aumento da dívida consolidada líquida e que, para reconduzir o limite de
endividamento ao patamar estipulado, o cenário mais indicado seria a não realização de
mais liberações desses recursos. Mas, ao mesmo tempo, temos conhecimento do grave
prejuízo que podemos observar, caso todas as operações em execução tenham seu curso
interrompido.
ANEXO 35
Página 10

Anexo I
PREVISÃO DE DESEMBOLSOS

Dados Gerais Previsão de Desembolsos


A desembolsar informado pelo
Previsão Desembolso Previsão Desembolso Previsão Desembolso
órgão executor
Pedido 2017 2018 2019
Executor Programa/Credor Vencimento Observações (após cortes propostos na COFIEX)
Prorrogação USD USD USD
USD
(A) = (B + C + D) (B) (C ) (D)
OPERAÇÕES EXTERNAS EM EXECUÇÃO E PASSÍVEIS DE PRORROGAÇÃO
SEAPEC RIORURAL Adicional/BIRD 30/11/2018 - 45.500.196,45 16.297.080,72 29.203.115,74
SETUR PRODETUR/BIRD 30/08/2017 12 meses 39.490.000,00 13.500.000,00 25.990.000,00 -
Prorroga çã o i ncerta
USD 9 mi l hões ref.
SEGOV PRÓGESTÃO II/BIRD 30/06/2017 12 meses SES di fi ci l mente
15.422.012,37 9.000.000,00 6.422.012,37 -
s erã o executados
SETRANS/CENTRAL PET II/BIRD 30/06/2017 24 meses 8.950.502,58 6.491.568,58 2.098.767,00 360.167,00
SETRANS/CENTRAL PET II Adicional/ BIRD 30/06/2017 24 meses 160.525.719,20 124.425.623,63 22.373.964,14 13.726.131,40
Total em USD 269.888.430,60 169.714.272,93 86.087.859,25 14.086.298,40
Total em R$, câmbio de 25 de julho a R$/USD 3,1550 R$ 851.497.998,54 R$ 535.448.531,09 R$ 271.607.195,93 R$ 44.442.271,45
OPERAÇÕES INTERNAS
CEDAE (SEOBRAS) Saneamento para Todos I - R$ 230.574.503,81 R$ 16.000.000,00 R$ 214.574.503,81 R$ -
CEDAE (SEOBRAS) Saneamento para Todos II - R$ 331.671.587,82 R$ 16.000.000,00 R$ 315.671.587,82 R$ -
SEOBRAS* Contrapartida PAC - R$ 535.000,00 R$ 535.000,00 R$ - R$ -
SEOBRAS ** FINISA PROCOI/CEF - R$ 63.560.665,45 R$ - R$ 63.560.665,45 R$ -
Total em R$ R$ 626.341.757,08 R$ 32.535.000,00 R$ 593.806.757,08 R$ -
Total Geral, em R$, câmbio de 25 de julho a R$/USD 3,1550 1.477.839.755,62 567.983.531,09 865.413.953,01 44.442.271,45
* De a cordo com i nforma ções da SEOBRAS, a des pei to de o s a l do a des embol s a r no â mbi to des ta opera çã o s er de R$ 20.235.463, 46, s ó s erá des embol s a do R$ 535.000,00 poi s nã o há ma i s metas no â mbi to do projeto.
** Um dos contra tos da SEOBRAS (Vi a Li ght), no va l or de R$ 259.338.332,31, de 28 de junho de 2011, tem a pena s 0,4 % de execuçã o e nã o es tá contabi l i za do nes ta pl a ni l ha .
Conforme i nforma ções da SEOBRAS, a opera çã o Vi a Li ght foi col oca da à di s pos i çã o do credor pa ra s er ca ncel a da .
ANEXO 35
Página 11

Anexo II
DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO – ANEXO V DO PAF

R$ Mil Preços de dez/2016


OPERAÇÕES A CONTRATAR COM PLEITO NÃO PROTOCOLADO

Entidade
Contrato 2016 2017 2018 Total
Financeira
PMAE DEFENSORIA (SUBCRÉDITO A) BNDES 6.765 6.765
PMAE DEFENSORIA (SUBCRÉDITO B) BNDES 1.577 1.577
PAC COMUNIDADE CAIXA 111.710 111.710
SALDO A ESPECIFICAR A definir 1.080.449 1.080.449
Total 0 1.200.500 0 1.200.500

Preços de dez/2015
OPERAÇÕES A CONTRATAR COM PLEITO PROTOCOLADO ATE O EXERCICIO 2016

Entidade
Contrato 2016 2017 2018 Total
Financeira
PARCELAMENTO MUNICÍPIO (DÍVIDA ATIVA X DÍVIDA CEDAE - DECRETO
44.814/2014) A definir 72.331 72.331
METRÔ (SUBCRÉDITO G) BNDES 494.605 494.605
METRÔ (SUBCRÉDITO H) BNDES 494.605 494.605
METRÔ (SUBCRÉDITO E) BNDES 222.406 222.406
METRÔ (SUBCRÉDITO F) BNDES 222.406 222.406
PARCELAMENTO CONCESSIONÁRIAS A definir 192.707 192.707
PARCELAMENTO MUNICÍPIO (DIVIDA ATIVA X PRECATORIOS) A definir 330.127 330.127
Total 2.029.186 0 0 2.029.186
ANEXO 35
Página 12
Preços de dez/2015
OPERAÇÕES EM EXECUÇÃO
Entidade
Contrato 2016 2017 2018 Total
Financeira
AM - ARCO METROPOLITANO CAF 167.219 167.219
INCLUSÃO SOCIAL - SEASDH-BID - FASE I BID 72.774 14.533 118.607 205.913
INFRAESTRUTURA II - TRANSPORTES BIRD 3.236 3.584 28.669 35.489
MRE - MALHA RODOVIARIA ESTADUAL - PRÓ VIAS - CAF CAF 433.145 433.145
PRODETUR BID 156.192 136.668 4.960 297.820
PROFAZ (PROFISCO) BID 30.515 30.515
PROGESTÃO BIRD 29.038 29.038
PROGRAMA DE SANEAMENTO PSAM BID 557.567 544.140 493.326 1.595.033
RIO METRÓPOLE PROGESTÃO II BIRD 62.251 114.702 176.953
RIORURAL BIRD 13.124 13.124
RIORURAL - ADICIONAL BIRD 173.682 177.427 351.109
TRANSPORTES - AQUISIÇÃO DE TRENS (ADICIONAL PET II BIRD 501.575 501.649 1.003.224
BNDES - EXPANSÃO DO METRÔ CONTRATO 12.1.169B BNDES 6.795 6.795
INFRAESTRUTURA PAC - MOBILIDADE CAIXA 20.040 20.040
METRÔ LINHA 4 - FASE I BNDES 1.642 1.642
OPERAÇÃO ESTRUTURADA CAIXA 63.561 63.561
PAC II - SANEAMENTO CAIXA 106.013 150.692 88.272 344.977
PMAE/SEPLAG BNDES 1.585 1.585
PRO-TRANSPORTE - VIA LIGHT CAIXA 25.907 116.580 116.580 259.067
SANEAMENTO - PAC CAIXA 91.216 91.357 98.611 281.184
SEGURANÇA DELEGACIA LEGAL BNDES 9.173 9.173
Total 2.526.250 1.851.331 949.025 5.326.606

Você também pode gostar