EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA 24a VARA CÍVEL

DA CAPITAL

PROCESSO: 06/126.487-4

FERNANDO FLÁVIO DE ARRUDA SIMÕES,

engenheiro, perito judicial, nomeado nos autos da ação de
POSSESSÓRIA EM GERAL ajuizada por CONDOMINIO EDIFICIO
TANGER contra MANOEL ANTONIO RODRIGUES DE PAULA
JRUNIOR E OUTRO, face ao R. Despacho de fls. 463 dos autos, vem
mui respeitosamente prestar os seguintes

ESCLARECIMENTOS
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1.- CRÍTICAS E ANÁLISES

1.1.- CRÍTICAS DA PATRONA DO AUTOR
(fls.450/451 )
Baseado nas considerações apresentadas pelo assistente
técnico do autor, o ilustre patrono do autor, solicita esclarecimentos as
respostas dadas aos quesitos de n os 8,9,10,11,14,21,27 e 28.

No item 1.3, Criticas do Assistente Técnico do Autor, o

signatário apresenta os esclarecimentos solicitados acima.

1.2.- CRÍTICAS DO PATRONO DO réu (fls. 459/461)

O ilustre patrono do réu concorda com o laudo apresentado
pelo signatário.

1.3.- CRÍTICAS DO ASSISTENTE TÉCNICO DO

autor (fls.453/457)

O ilustre assistente técnico do requerente, diverge parcialmente

do laudo apresentado pelo signatário, nos tópicos a seguir analisados:

CRÍTICA: O quesito 8(oito) foi parcialmente respondido, uma vez que

não informa se o telhado é área privativa dos réus.

ANÁLISE: O equipamento de aquecimento solar encontra-se instalado

em área comum pertencente ao condominio.
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CRÍTICA: Na resposta dada no item 9(nove), o nobre assistente técnico

do autor diverge parcialmente da resposta, posto que a instalação do
equipamento de aquecimento por energia solar não atende aos preceitos
da Norma Brasileira (NBR 5419) da ABNT cuja finalidade é
regulamentar os sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas(SPDA) de estruturas.

ANÁLISE: Não foi constatado em nossa vistoria nenhum sistema de

aterramento do equipamento de aquecimento por energia solar.

CRÍTICA: A resposta ao quesito 10(dez) está incompleta, já que, não foi

respondido se a falta de aterramento poderia causar ou não acidente e que
tipo de acidente poderia ocorrer.

ANÁLISE: No caso de uma descarga atmosférica vir a atingir as partes

metálicas do equipamento o mesmo poderá sofrer danos, assim como o
telhado pertencente ao condominio.

CRÍTICA: O equipamento instalado pelos réus no telhado pertencente ao

condominio, pode causar danos como vazamento e quebra de telhas.

ANÁLISE: A critica é parcialmente procedente, uma vez que a

probabilidade da ocorrência de vazamento existe, entretanto a quebra de
telhas por manutenção do equipamento só ocorrerá se houver negligencia
dos profissionais da assistência técnica.

CRÍTICA: A cobertura erigida pelos requeridos não registrou até a

presente problemas de queda de telhas, mas o risco está lá, latente,por
conta de alterações produzidas.

ANÁLISE: Em condições normais a queda de telha é improvável,

entretanto se ocorrer um dano da natureza tal como um forte vendaval, tal
fato pode vir a ocorrer.
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CRÍTICA: Existe a interligação entre as varandas uma vez que foram

eliminadas as muretas que separam as varandas do arco arquitetônico do
condominio.

ANÁLISE. A critica é improcedente, pois, apesar da ocupação do arco

arquitetônico pelos requeridos, as varandas não se interligam.

CRÍTICA: A origem dos vazamentos pelo equipamento de energia solar

poderá ser observada ao se realizar testes de estanqueidade na área
ocupada pelo requerido sobre o arco arquitetônico e no telhado.

ANÁLISE: A critica é improcedente uma vez que, o equipamento de

aquecimento de água por energia solar encontrava-se em perfeito
funcionamento e, caso houvesse algum tipo de vazamento o mesmo seria
detectado em nossa vistoria, o que não ocorreu.

Com relação a impermeabilização da área sobre o arco

arquitetônico, não constatamos em nossa vistoria nenhum tipo de
infiltração na parte inferior da laje do arco.

CRÍTICA: A origem da infiltração na parede da suíte do apartamento

poderia ser constatada mediante teste de estanqueidade na área sobre o
arco arquitetônico ocupado pelos réus e no telhado onde acha-se instalado
o equipamento de energia solar.
ANÁLISE: A infiltração ocorre na parede de divisa do dormitório com o
banheiro da suíte, portanto longe da área ocupada sobre o arco
arquitetônico, deste modo, a origem do vazamento pode estar relacionada
à tubulação de água pluvial que desce pela referida parede.
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1.4.- CRÍTICAS Da ASSISTENTE TÉCNICa DO réu

(fls.469/470)

A ilustre assistente técnica do requerido, não formulou

nenhuma critica direta ao laudo apresentado pelo signatário.

2.- ENCERRAMENTO

Nada mais havendo a relatar, damos por encerrado os presentes

esclarecimentos, permanecendo à disposição de V. Excia. para quaisquer
outros porventura necessários.

São Paulo, 27de novembro de 2.007.

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FERNANDO FLÁVIO DE ARRUDA SIMÕES
Engenheiro - CREA 142.679/D
Membro Titular do IBAPE.