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1 Maxwell PDF
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Equações de Maxwell
Prof. Lucas Heitzmann Gabrielli
Regimes estáticos
No regime eletrostático:
∇×𝓔=0 ∇ ⋅ 𝓓 = 𝜌˜
No regime magnetostático:
∇×𝓗=𝓙 ∇⋅𝓑=0
𝓓 = 𝜀𝓔
𝓑 = 𝜇𝓗
𝓙 = 𝜎𝓔
Após a descoberta de que as correntes elétricas produzim campos magnéticos em 1820 por
Oersted, Michael Faraday demonstrou em 1831 que o oposto também era verdade: uma corrente
elétrica é induzida em um circuito condutor quando o fluxo magnético através desse circuito
varia.
dΦ d
𝒱emf = − = − ∬ 𝓑 ⋅ d𝐒
d𝑡 d𝑡
𝑆
O sinal negativo mostra que a corrente gerada pela força eletromotriz induzida terá direção tal
que o campo magnético por ela gerado será oposto à variação do fluxo magnético (lei de Lenz).
A força sobre uma carga 𝑞 estática e a tensão resultante são dadas por:
𝐅s
𝐅s = 𝑞𝓔 ⇒ 𝒱 = ∫ ⋅ d𝐥 = ∫ 𝓔 ⋅ d𝐥
𝑞
Assim, a força eletromotriz em um circuito fechado estacionário pode ser calculada como:
∂𝓑
𝒱emf = ∮ 𝓔 ⋅ d𝐥 = − ∬ ⋅ d𝐒
∂𝑡
∂𝑆 𝑆
ℬ(𝑡)𝐚𝑧
ℓ
2
− 2ℓ 0 ℓ 𝑥
2
𝑅
− 2ℓ
Exemplo: transformador
𝒱(𝑡) 𝑅
Campo estacionário
Uma carga 𝑞 com velocidade 𝐮 sob uma densidade de fluxo magnético 𝓑 experimenta uma força
𝐅m = 𝑞𝐮 × 𝓑
𝒱 = ∫ 𝐮 × 𝓑 ⋅ d𝐥
Se o condutor for parte de um circuito fechado então a força eletromotriz resultante no circuito
será:
𝒱emf = ∮ 𝐮 × 𝓑 ⋅ d𝐥
∂𝑆
Exemplo: barra deslizante
𝐮
𝒱 ℎ
Caso geral
Neste caso a força eletromotriz será composta por ambos os termos obtidos nas condições
anteriores:
dΦ
𝒱emf = ∮ (𝓔 + 𝐮 × 𝓑) ⋅ d𝐥 = −
d𝑡
∂𝑆
Observando que
d ∂𝓑
∬ 𝓑 ⋅ d𝐒 = ∬ ⋅ d𝐒 − ∮ 𝐮 × 𝓑 ⋅ d𝐥
d𝑡 ∂𝑡
𝑆 𝑆 ∂𝑆
obtemos novamente:
∂𝓑
∇×𝓔=−
∂𝑡
Área: 𝑆
𝜔 𝓑(𝑡) = 𝐵0 sin(𝜔𝑡)𝐚𝑦
𝑧
𝑥 𝑦
Continuidade
(Cheng 7-3; Sadiku 9.4, 9.5; Balanis 1.2)
∇ × 𝓗 = 𝓙 ⇒ ∇ ⋅ 𝓙 = ∇ ⋅ (∇ × 𝓗) = 0
Maxwell então introduziu uma densidade de corrente de deslocamento à lei de Ampère para
torná-la consistente com a continuidade de carga:
∂𝓓
∇×𝓗=𝓙+
∂𝑡
Equações de Maxwell
∇ ⋅ 𝓓 = 𝜌˜ ∯ 𝓓 ⋅ d𝐒 = ∭ 𝜌˜ d𝑉 Lei de Gauss
∂𝑉 𝑉
𝓓 = 𝜀(𝐫)𝓔
Meio dispersivo: a resposta do meio à excitação dos campos não é instantânea, ou, de maneira
equivalente, 𝜀 ou 𝜇 dependem da frequência dos campos. Dispersão está diretamente ligada a
perdas no material de forma análoga a oscilações harmônicas amortecidas.
∞
Meio não linear: 𝜀 ou 𝜇 dependem da magnitude dos campos. A maior parte dos materiais pode
ser considerada linear para intensidades de campos até certos limites.
Meio anisotrópico: 𝜀 ou 𝜇 dependem da direção dos campos. Comum em cristais (uni- e biaxiais)
e materiais magnéticos.
𝓓 = 𝜀𝓔 + 𝜉𝓗 𝓑 = 𝜇𝓗 + 𝜁 𝓔
Potenciais
(Cheng 7-4; Sadiku 9.6)
𝓑=∇×𝓐
Usando a lei de Faraday:
∂𝓐
∇ × (𝓔 + )=0
∂𝑡
Assim definimos o potencial escalar 𝒱 para descrever 𝓔 como:
∂𝓐
𝓔 = −∇𝒱 −
∂𝑡
mantendo consistência com as definições utilizadas para campos eletrostáticos.
𝓐 [Tm] : potencial magnético vetorial
𝒱 [V] : potencial elétrico escalar
Condição de Lorenz
∂𝒱 ∂2 𝓐
∇ × ∇ × 𝓐 = ∇(∇ ⋅ 𝓐) − ∇2 𝓐 = 𝜇𝓙 − ∇ (𝜇𝜀 ) − 𝜇𝜀 2 ⇔
∂𝑡 ∂𝑡
∂2 𝓐 ∂𝒱
⇔ ∇2 𝓐 − 𝜇𝜀 2
= −𝜇𝓙 + ∇ (∇ ⋅ 𝓐 + 𝜇𝜀 )
∂𝑡 ∂𝑡
∂2 𝓐
∇2 𝓐 − 𝜇𝜀 = −𝜇𝓙
∂𝑡 2
Equação para o potencial escalar
∂2 𝒱 𝜌˜
∇2 𝒱 − 𝜇𝜀 2
=−
∂𝑡 𝜀
∇ ⋅ (𝓔 × 𝓗) = 𝓗 ⋅ (∇ × 𝓔) − 𝓔 ⋅ (∇ × 𝓗)
1
𝜀|𝓔|2 [J/m3] : densidade de energia elétrica armazenada
2
1
𝜇|𝓗|2 [J/m3] : densidade de energia magnética armazenada
2
𝜎|𝓔|2 [W/m3] : densidade de potência ôhmica dissipada
Exemplo: fio condutor
𝐼
Campos harmônicos
(Cheng 7-7; Sadiku 9.7; Balanis 1.7)
Até agora a dependência temporal das grandezas estudadas não estava especificada, podendo
tomar qualquer forma. Analisaremos o caso especial em que essas grandezas se comportam
com dependência senoidal no tempo, pois em problemas lineares é possível decompor os
campos e fontes utilizando séries ou transformadas de Fourier e resolver cada componente
independentemente das demais (por superposição).
Note que para sermos definirmos uma representação fasorial é necessário fixar a dependência
temporal.
Equações de Maxwell
Podemos olhar para a representação fasorial como a componente em uma dada frequência para
a transformada de Fourier da grandeza em questão. Assim, a convolução que existe nas relações
constitutivas para meios dispersivos (com perdas) transforma-se em simples multiplicação no
domínio da frequência:
𝐃 = 𝜀(𝜔)𝐄 𝐁 = 𝜇(𝜔)𝐇
Vetor de Poynting
Como o vetor de Poynting envolve um produto entre os campos, perdemos a relação de
linearidade, então um pouco mais de cuidado é necessário:
Conhecendo a dependência temporal do vetor de Poynting podemos calcular seu valor médio:
𝑇
1 1 2𝜋
𝐏𝑚 = ∫ 𝓟 d𝑡 = ℜ{𝐄 × 𝐇∗ }, onde 𝑇 =
𝑇 2 𝜔
0
Com base no resultado anterior, utilizamos a seguinte identidade para deduzir o teorema de
Poynting no domínio da frequência:
∇ ⋅ (𝐄 × 𝐇∗ ) = 𝐇∗ ⋅ (∇ × 𝐄) − 𝐄 ⋅ (∇ × 𝐇∗ )
Cheng: Sadiku:
• R.7-7 • P 9.3
• R.7-27 • P 9.11
• P.7-2 • P 9.12
• P.7-5 • P 9.22
• P.7-7
• P.7-10
• P.7-15