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Á terra, quando usada em técnicas construtivas, se tem nomenclaturas diferentes, (Minke,

2011), quando se refere a terra em termos científicos chama-se loma que é uma mistura de
argila, silte, areia e ocasionalmente agregados como gravilha, cascalho e pedras. Quando se
tem tijolos não cozidos e feitos à mão, em moldes de madeira onde são deixados expostos
para a secagem se denomina em termos de ‘tijolos ecológicos’ ou ‘adobes’ são geralmente
empregados
pelo fato que o tijolo denominado de adobe sua composição leva água, fibras naturais e palha,
já o tijolo ecologico se caracteriza por ser feito somente por terra compactada.
Quando a terra é compactada entre moldes de madeira, usualmente chamadas de
cofragem, designa-se por terra batida ou popurlamente taipa de pilão. Já a terra misturada
com fibras naturais como palha, capim, amassadas com os pés e posterior-

mente essa terra for usada para preencher uma trama feita de madeira ou bambu, essa
tecnica e denominada taipa de mão.
A utilização da terra permite diversas técnicas distintas que quando se analisado à
rapidez de execução, quantidade de material necessário e aos resultados obtidos, o que
determina a opção por uma certa técnica pode ser elementos de ordem cultural transmissão
de uma habilidade, climática quando certos elementos, como chuva, ventos, frio, calor, são
realmente desfavoráveis, ou material disponíveis no local. A maior relevância de um ou outro
fator varia fundamentalmente do fator socioeconómico de um povo civilização agrícola,
nómade, comerciante, etc..
De acordo com (Dethier, 1984) foram inventariadas em todo o mundo em torno de
vinte métodos tradicionais de construção em terra crua onde foi possível identificar 18
métodos diferentes de utilização do material, agrupados em 3 famílias quanto à sua forma de
utilização, e os organizaram em 12 grandes grupos de acordo com o seu principio construtivo,
formando assim o diagrama das técnicas fundamentais de construção com terra, figura 14.
sse diagrama de tecnicas de construção se classifica conforme a sua utilização que difere pelo
seu estado em que a terra se encontra e pela tecnica para caracterizar o seu metodo de
construção.
O termo taipa, genericamente empregado, significa a utilização de solo, argila ou terra como
matéria-prima básica de construção.
Um dos sistemas construtivos mais utilizados na antigüidade, a taipa de pilão era considerada
o mais sólido sistema de construção em terra crua, já que as paredes eram construidas de
formas inteiras e de forma monolitica, iam se solidificando progressivamente, com o passar
dos tempos.
Diversos sistemas construtivos usam a terra como o principal matéria prima para a
construção. A escolha se da por cada sistema está diretamente ligado ao tipo de solo
disponível e a cultura que se manifesta em cada região. A taipa de pilão é um sistema
construtivo que pode ser utilizado para execução de fundações e paredes. Neste sistema, o
solo é preparado onde após e compactado em formas de madeira. Muitas vezes, se tem o
acresimo de algum tipo de aglomerante durante a preparação do solo para se ter ainda
mais os parâmetros estruturais.

Determinar onde a construção começou com taipa de pilão é tão dificil quanto dizer onde
nasceu o homem. As ruínas mais antigas, mostra o uso da taipas nas construções, foram
encontradas no Oriente Médio. A taipa foi difundida por quase todos os lugares onde a terra
foi usada como material de construção.
Inúmeros exemplos de construções em taipa são encontrados por todos os
continentes, com as mais diversas soluções construtivas , expressões estéticas,formas e
volumetrias. Exemplos disso são a fortaleza em Baños de la Encina, figura 15, na Espanha,
que e considerado uma das construções mais bem presenvadas que foi feita utilizando a
tecnica de taipa de pilão os remanescentes da cidade de Chan Chan no Peru que foram
feitos por volta de 1300 D.C e ainda cobre a área de cerca de 28 km².
A relação do homem com a terra sempre foi conheçida e é necessário preservar essa
tradição. Entretanto, é muito importante desenvolver e aprimorar técnicas de construção.

com terra de modo a equiparar sua eficiência aos sistemas construtivos hoje estabelecidos no
mercado. Sem dúvida, as técnicas de constução proveniente da terra são importantes para o
conhecimento histórico dos processos e o reconhecimento dos valores históricos e estéticos,
porém as técnicas têm que seguir esta história e acompanhar os benefícios do
desenvolvimento. Hoje há inúmeros construtores em diversos países que desenvolvem e
constroem com taipa de pilão.
A construção em taipa tem sofrido altos e baixos ao longo da história. Na verdade, o atual
interesse constitui apenas umas das tantas ondas de popularidade onde revalorização da
técnica tem surgido sempre ligada a uma época de crise, quando a falta de re cursos
económicos ou materiais se tornaram fatores preponderantes, que não se tem em acesso em
determinadas pares do mundo.
A taipa de maneira geral no Brasil, remonta ao tempo da chegada dos portugueses,
durante a colonização. Segundo (Oliveira , 2012), a taipa de pilão foi edificada pela primeira
vez, em abril de 1531, por ocasião da passagem pelo Rio de Janeiro da expedição de Martin
Afonso de Souza. Na região Sudeste, na região metropolitana de São Paulo se encontra várias
cidades com exemplos desse tipo de construção em taipa de pilão. A técnica da taipa de pilão
foi muito empregada para habitação no Brasil, em virtude da necessidade de obter proteção
contra os perigos de animais e também dos habitantes nativos e pela escassez de materiais
construtivos como os existentes na Europa. Daí a necessidade de improvisar utilizando como
matéria prima o barro, que era e ainda é abundante, principalmente na região nordeste do
Brasil, com terra
de modo a equiparar sua eficiência aos sistemas construtivos.
A técnica consiste em comprimir a terra em formas de madeira no formato de uma grande
caixa, figura 15, onde o barro socado é disposto em camadas de aproximadamente quinze
centímetros de altura. O barro é socado e quando atinge mais da metade da altura recebe,
transversalmente, pequenos paus roliços envolvidos em folhas, geralmente de bananeiras,
produzindo orifícios cilíndricos para o formato de novas paredes.

Os taipais são dispostos de modo a formar fiadas horizontais de blocos de taipa e têm as juntas
verticais normalmente desencontradas. O critério de escolha do terra não se assemelham
plenamente, de vez que depende de qual área a construção estará inserida. Sabe-se que deve
ser uma mistura bem dosada de argila e areia e alguma fibra vegetal, crina de animal ou
mesmo estrume. O barro é colocado em pequenas quantidades, em camadas sucessivas de
aproximadamente 20 cm, que se reduzem a 10 ou 15 cm depois de comprimidas. A secagem
durava de 4 a 6 meses dependendo do clima em que a cosntrução estara inserida, a fim que as
paredes necessitem receber revestimento geralmente se aplica argamassa de cal e areia, isso
faz com se aumente a resistência.
Como a parede em seu periodo de secagem não podia receber água ou sofrer
insidente umidade, alguma providências devem ser tomadas, entre elas o uso de grandes
beirais e a elevação acima do terreno com alvenaria de pedra, figura 16, onde os taipais são
dispostos de modo a formar fiadas horizontais de blocos de taipa e têm as juntas verticais
normalmente desencontradas.
Nos projetos de arquitetura onde se refere a construções feitas a partir da tecnica de taipa
de pilão, o desenho proposto tem uma relação totalmente direta com o material e com o
sistema construtivo onde venha a ser adotado, ou seja, é totalmente evidente que uma
cobertura feita em cantaria usando pedras brutas tenha uma forma que se dife de outras. Se
resalta a importante relação entre o material da construção, e os tipos dos elementos
estruturais e o desenho que se tem o edifício. Então, ao quando se mais se usa cujo o
principal material é a terra e o sistema construtivo se da através da taipa de pilão,
necessariamente devem-se se levar em conta suas especificações.

A taipa tem suas características, principalmente, como elemento estrutural moldado


in loco que mostra elevada resistência à compressão e baixa resistência à tração, figura 17.
Então se deve tomar as devidas e soluções quando o caminho que direcionam as forças
configurarem momentos de torção, de flexão ou esforços de cisalhamento na parede.
Quando o resultante das forças nas paredes de taipa de pilão deve ser sempre perpendicular
à superfície resistente. Obrigatoriamente prefere-se evitar que as paredes de taipa de pilão
recebam cargas horizontais, essas cargas devem ser distribuídas de modo igual, onde suas
forças são direcionadas de modo igualitário.

O conceito em que se cresce o termo sustentável foi dado necessariamente encima do que é
preciso atender às necessidades e sem invalidar que as futuras gerações tenham atendido

suas próprias necessidades. É visto que o setor da construção civil é um dos que causam
maior impacto no todo o meio ambiente. Além do uso de muito dos recursos naturais,
principalmente da agua como principal matéria-prima, o setor ainda consome grande parte
da energia disponível em todo mundo na transformação e transporte desses materiais ate o
seu destino final.
A construção também e grande gerador de entulho, classificado como resíduo
sólido, que se da durante o processo de execução como também na demolição das obras. É
papel de quem se envolve com o setor propor novas ideias, e novas ações que vão de
encontro com o desenvolvimento das atividades da construção à preservação do meio
ambiente e a reutilização dos matérias de forma mais sustentável.
A taipa de pilão, pode demostrar ótimos resultado diante dos desafios colocados no atual
panorama, pois, quando bem usada, apresenta baixo consumo de energia no processo de
produção, e também pode não requerer transporte de matéria-prima e é totalmente
reciclável, voltando a sua forma inicial, pois quando demolidas, as paredes voltam quase
totalmente à condição original de solo. Além de todas essas características, a taipa possui
inércia térmica, que permite trocas de umidade com o meio, garantindo assim, menor ou
nenhum consumo de energia na climatização do ambiente construído.
A sua conservação preservação perante o tempo, a água é uma das principais
ameaças das edificações. Apesar da facilidade do sistema construtivo, a preservação da
edificação de terra, sob o ponto de vista da técnica, é uma das mais difíceis e vem sendo
aprimorada a cada ano. Segundo (Santiago, 1993), a terra é um material de grande
complexidade devido ao comportamento físico-químico diversificado dos seus
argilominerais. Isto implica a necessidade de investigações e muito cuidado nos
procedimentos de intervenção em patrimônios arquitetônicos de terra onde a restauração
preza a conservação do projeto inicial e seus materiais construtivos.
A taipa de mão é uma técnica construtiva de vedação caracterizada por uma armação
em trama (de madeira e ou bambu que recebe o fechamento em barro. O seu carater
artesanal pode ser um ponto positivo quando se trata da auto construção quando o
proprietário é tambem a principal idealizador, devido à facilidade de manuseio de seus
materiais.
Porém, há estudos e registros de experiéncias inovadoras que podem
agilizar o processo construtivo da taipa de modo, bem como
melhorar o seu desempenho técnico.
A taipa de mão, também conhecida como pau-a-pique, barro armado, taipa de sopapo ou
taipa de sebe, consiste em armar uma estrutura de ripas de madeira ou bambu e revesti-lá
com uma mistura de terra. Foi trazida pelos portugueses e é com certeza a técnica mais
conhecida e usada no Brasil, principalmente em regiões interioranas, devido a sua
simplicidade em execução Porém não é muito aceita nos meios urbanos devido sua aparência
rústica.
Essa técnica construtiva está associada aos índios que usavam a palha na construção
de suas ocas. E foi sendo adaptada ao clima de cada região: sendo pouco empregada no clima
quente e úmido do Norte, se ajustando melhor ao clima quente e seco do Nordeste. Essa
acomodação aos rigores do clima gera uma grande quantidade deste tipo de manifestação
construtiva no panorama da arquitetura nacional, (Lemos, 1979).
O termo pau-a-pique que é mais usado quando se pretende referir a taipa de mão se
da às peças de madeira ou bambu, que são colocadas “a pique” sobre o baldrame, ou seja,
perpendicularmente a ele. Trata-se da técnica construtiva mais comum no Brasil, por sua
simplicidade e facilidade, pois qualquer pessoa, mesmo que não seja especialista no assunto,
pode construir com esta técnica. A taipa de mão, é processo construtivo antigo, conservado
pela tradição oral e conhecido por toda a população rural que vai se apromiroando e sendo
usada de geração em geração.
As paredes de taipa de mão do período colonial, figura 18, quase sempre fazem parte de uma
estrutura de madeira bastante rígida, formada por esteios, vigas baldrames, frechais e vergas
superiores e inferiores. Serve como vedação de uma estrutura independente ou como paredes
internas de edificações com paredes externas de taipa de pilão.
Primeiramente uma estrutura de madeira é montada com esteios, com secção normalmente
quadrada, de palmo um de lado, enterrada no solo a profundidades variáveis, com um tipo de
fundação formada pela continuidade do tronco em que era cortado o esteio, recebiam
encaixes para a colocação de vigas baldrames, figura 19, mais altas que o solo para evitar a
penetração da água, pois a madeira é um material muito perecível com a variação da umidade.
Fazendo uma fundação em forma de U, que será enterrada no chão, para se fincar ripas.
A parte extrema dos esteios, figura 20, que fica enterrada, não devem ser quadrada, pelo
formato das árvores. E popularmente denominada nabo. As madeiras cumuns serem usadas
eram a Aroeira ou Braúna. Os baldrames são ligados aos esteios entre os esteios e os frechais
são então colocados paus roliços verticais denominados de paus-a-pique, de
aproximadamente 10 cm de diâmetro. A estes são ligados horizontalmente outros mais finos,
compondo uma malha quadrangular, em apenas um dos lados ou nos dois lados.
Uma trama é amarrada com cipo, linho, cânhamo ou buriti. Feita a trama, a terra
misturada como agua e fibras era jogada e apertada com as mãos, daí o nome de taipa de
mão.
As aberturas na taipa de mão, diferente de outras técnicas, são feitas depois que toda a
estrutura jà está levantada onde são escolhidos os locais de abertura, utilizando uma serra
para eliminar as faixas de ripas. Então se marca as aberturas com batentes. Então se faz o
barreamento, que consiste em recobrir a estrutura com a mistura de terra.
Necessita fazer três barreamentos para recobrir todos os espaços vazios protegendo
as peças de madeira de ataques cupins, sendo que o último barreamento deve ser feito com o
auxílio de uma espátula para alisar as paredes.
Após cerca de um mês do ultimo barreamento deve-se fazer um revestimento a base
de terra e cal, e para finalizar deve-se fazer uma pintura de cal. Quanto a cobertura das
construções em taipa de mão, é importante que seja leves pois a estrutura possui pouca
resistência a compressão e também tenham um beiral de no minimo 50cm para proteger da
água da chuva.
Essas construcões feitas apartir da taipa de mão requer manunteção durante todo seu
uso, evitando buracos em sua estrutura e buracos no telhado, porem podem ser facilmente
reparados com o uso de terra.
Atualmente, as taipas de mão são empregadas nas zonas rurais em construções rústicas ou
como técnica alternativa nas edificações das classes de baixo poder aquisitivo. Ainda é
encontrada praticamente em todos os estados brasileiros, e se diverge em varias formas e
tecnicas de coberturas, figura 22, com a adaptação do meio em que a construção está inserida.
Adobe é uma palavra de origem árabe, que foi assimilada pelo espanhol e transmitida às
Américas, onde foi adotada também pelo idioma inglês. Ela significa tijolos de terra crua. A
técnica da construção com o adobe consiste em confeccionar tijolos de terra crua em fôrmas
de madeira, e secá-los ao sol ou ao ar na sombra. Esta técnica pode ser usada para a
construção de paredes, e também para a construção de abóbadas ou cúpulas. Seu
componente básico é a terra, que pode ser moldada à mão devido ao estado maleável. Com
essa tecnica construtiva se consegue executar grande variedade de formas construtivas
retas, e curvas. O adobe pertence ao grupo de técnicas construtivas que utilizam materiais
naturais de maior antiguidade, e que, a nível global, permanece vigente,
sendo em muitas regiões ainda a principal
ou única opção
para edificar.
Por ser uma técnica muito utilizada em todo o mundo, desde tempos longínquos até a
atualidade, percebe-se a qualidade e a durabilidade do adobe.
No entanto, para alcançar estes resultados há alguns cuidados a serem tomados. segundo,
(Silva,2000) destaca escolher terrenos planos e ligeiramente elevados para a construção,
projetar casas em formatos próximos ao quadrado, para maior estabilidade, manter uma
distância mínima de 1,00 metro entre portas e janelas e, proteger a edificação contra as
chuvas, por meio de telhados com beirais largos.
Adobe é uma técnica de construção com uma inquestionavel simplicidade de
fabricação e edificação e talvez por essa razão a maioria das construções em terra antigas,
muitas delas ainda habitadas atualmente, foram feitas em adobe. Este fato leva a considerar
que esta técnica começou sendo introduzida na Península Ibérica durante a ocupação árabe.
No sul de portugal onde são frequentes os edifícios de habitação com alvenaria em adobe
com a composição de solo arenoso e cal, ainda em condições de conservação que datam do
início do século XX.
A tecnica de construção com adobe chegou ao Brasil, com os portugueses, em seu
período colonial, na qual a mão-de-obra era escrava, os materiais para construção de moradias
eram precários. Foi uma tecnica construtiva bastatante utilizada em construções das regiões
norte, nordeste e centro-oeste, principalmente em igrejas. onde teve maior predominância
nos engenhos e cidades rurais no século XVI. Um exemplo dessa tecnica aplicada e a casa casa
canônica, figura 23, que foi construida no seculo XXII em estilo colonial a partir de blocos de
adobe,
elhas e chão de barro, e hoje e conciderada um patrimonio cultural da cidade de de
Diamantino no mato grosso do sul.
O adobe é considerado juntamente, à pedra e à madeira, o primeiro material a ser trabalhado
dentro de principios de modulação, isto é, de elemento componente pré-manufaturado,
passível de estocagem e posteriormente a montagem na edificação.
Primeiramente deve-se analisar a terra ideal para fabricar o adobe onde ela tem que ser de
15% a 30% composta de argila para poder dar uma boa liga. Usar uma terra com muita argila
vai fazer com que o tijolo encolha e possivelmente ocorra rachaduras. Já uma terra com pouca
argila pode ocossionar o esfarelamento do tijolo.
O adobe tem em sua constituição básica e formada por, silta ou argila fina, a argila, a
areia e o cascalho, além da água. Trata-se da conjunção de elementos encontráveis no solo
subsuperficial, comum. Pode se chamar essa composição de "mistura básica", à qual podem
ser adicionados outros elementos, tais como as resinas e as fibras naturais. A composição
proporcional desses elementos dependerá a qualidade da mistura, encontrada in natura ou
preparada.
A mistura ideal terá variações, de acordo com o tipo de solo encontrado para o adobe e com o
tipo de alvenaria a que se destina.
Essas variacões implicam também em um gradiente de controle bastante elástico, já que na
maior parte dos lugares e oportunidades a qualidade da produção decorre de conhecimento
empírico, com as limitações que isso impõe.
Nessas condições se compreende outras variações no uso de aditivos, para a melhoria
das caracteristicas do material. Atualmente mesmo a mescla considerada ideal não deve
dispensar a adição de resinas e fibras, porque só a massa não terá a consistência e plasticidade
necessárias à resistência ideal para fazer alvenarias que possam concorrer com as demais hoje
praticadas no Brasil.

Inicialmente após se fazer um a mistura de terra que deve conter uma quantidade
moderada de água, e acrescida fibras, palha por exemplo para que após secagem o bloco não
crie rachaduras, molda-se o bloco, é importante comecar preenchendo os cantos. Deve-se
arremessar a mistura nas formas, figura 24, para que não fique ar dentro do tijolo. O tijolo
varia conforme o tamanho da forma, é ideal que ela não seja muito grande para facilitar o
manuseio, pode-se usar uma forma que molde vários tijolos ao mesmo tempo.
Assim que a forma esteja preenchida é possivel retirá-la de maneira que o barro se manterá
de forma igual. O tijolo recem moldado não deve ser manuseado e secar no local onde foi
desenformado e protegido da chuva, os tijolos secam em pelo menos 3 dias dependendo do
clima e durante o processo de secagem ele deve ser virados de maneira que possam secar
uniformemente. A forma de construir com adobe é igualmente simples, semelhante colocação
do tijolo convencional formando uma alvenaria, figura 25. O assentamento dos adobes é
realizado com argamassa à base de terra a fim de se obter um melhor comportamento de
conexão entre os materais, uma vez que se mantêm o mesmo nível de retracção, evitando-se
assim o aparecimento de fissuras ou destacamento de material. Em termos de estéticos as
paredes de adobe podem ficar com os adobes à vista, sem tratamento superficial, figura 26, ou
estes podem ser rebocados com uma argamassa à base de terra. Além do adobe convencional
realizado à mão, existem outras técnicas para a realização de adobe, como por exemplo, o
adobe mecanizado, conheçido como superadobe.
A técnica da terra ensacada, chamada de superadobe, é um processo construtivo no qual sacos
de polipropileno são preenchidos com solo argiloso e moldados no próprio local através do
apiloamento do mesmo por processo artesanal ou semi-industrial, através de pistões.
A preparação é feita no próprio local, colocando o solo umedecido em sacos de
polipropileno onde ela será socada, com o auxílio de um socador manual ou mecânico, e em
seguida coloca no local onde será a parede, em fiadas de 20 cm de altura. Quando a parede
estiver na altura desejada, os sacos de polipropileno são retirados das laterais e reboca-se a
parede. A principal característica do superadobe é sua simplicidade e rapidez em relação ao
adobe comum. Além de ser um material com baixo custo e conforto térmico e acústico, as
construções tem grande resistência e suportam conturbações variadas.
O processo construtivo do superadobe se inicia cavando um buraco no terreno
fazendo a marcaçäo de onde ficará a construção, então preenche-se com pedras e com
gravilhas. Essa fundação de pedras pode ser substituída por uma feita com o superadobe mas
com os sacos preenchidos com terra e cimento. Após começa o processo de enchimento dos
sacos de polietileno seguido do apiloamento. Os sacos devem ter no mínimo 40cm de largura.
As primeiras fiadas até atingirem 50 cm de sacos de polietileno devem ser preenchidos com
uma mistura de terra e cimento depois segue as fiadas de sacos preenchidos com terra.
Marcadores definem espaços para batentes de portas e janelas. E empilhando corretamente
cercam os espaços para vedação, figura 27.
As vantagens de modo geral encontradas em utilizar adobe como tecnica de construção
consiste em ser um material ecológico e sustentável, já que o barro é um elemento
reutilizável, e quando não cozido, pode ser triturado e umedecido para voltar ao estado
original.
Sua produção não necessita de grande quantidade de energia e ainda é um excelente
isolante térmico, mantendo a temperatura dos ambientes sempre balanceados. Além disso,
construções de adobe podem absorver até 30 vezes mais umidade do que uma de tijolo
cozido. Tambem o adobe e um excelente regulador de umidade, o barro tem a propriedade de
expelir e armazenar água devido à alta capilaridade de suas moléculas.
É um material muito poroso onde construções de adobe podem absorver até 30 vezes
mais umidade do que uma de tijolo cozido. Ambientes sob paredes de adobe se tornam
salubres, pois há pouca variação de umidade, normalmente estabilizam em 50 % o ano todo.
As vantagens do superadobe são semenhantes a do adobe onde os grandes conhecimentos
técnicos que qualquer pessoa podem colaborar na construção de um projeto. O processo é
considerado uma técnica de construção ecológica justamente por dispensar um processo
industrializado de fabricação e transporte da fábrica até o canteiro de obras e atividades que
usualmente consomem combustíveis fósseis e produzem rejeitos tóxicos. Além disso o adobe
pode ser usado ilimitadamente.
Já as desvantagens em construções com tijolos de adobe são que elas precisam ser
protegidas da umidade, e não são todos os locais onde se pode implementá-lo, já que ele se
desintegra facilmente em contato direto com a chuva. Seu uso também não é próprio para
edifícios com mais de um pavimento. Além disso, o adobe não é um elemento padronizado,
podendo variar a quantidade e o tipo de areia, argila e outros agregados de cada lugar onde a
terra é extraída.
Outra desvantagem é que ao secar, o barro se contrai e podem aparecer fissuras. Para
diminuir este processo é necessário, enquanto o tijolo seca, mantê-lo sempre umedecido para
que não seque rápido demais.
A tecnica construtiva solo-cimento que se caracteriza o tijolo ecológico começou a ser usado
no Brasil no século XX, partindo da necessidade de introdução e uso de maneira mais
econômica em habitações populares e desde então sua utilização tem aumentado, pois
provoca menores impactos ambientais em relação a outros materiais .
O tijolo ecológico supre a mesma necessidade de tijolo convencional, pore, seu processo de
fabricação é diferente, ele é composto por terra, água e cimento, que apos sua mistura é
prensada até onde possa se adquirir a consistência ideal, não necessitando de processos
posteriores, como no tijolo convencional, que precisa ser cozido para adquirir sua resistência.
Desta forma evitando assim os gazes poluentes e o desmatamento. Na fabricação permite
várias vantagens para o usuário como o isolamento térmico e acústico.
Atualmente o tijolo ecológico é aceito como material de construção de alta qualidade,
não só pelos estudos realizados por universidades, mas também pelo grande número de obras
realizadas, as quais demonstraram resistência e solidez ao longo dos anos.
egundo (Filho, 2014) os solos maisindicados são os arenosos, aqueles que apresentam uma
quantidade de areia na faixa de 60% a 80% da massa total da amostra considerada. O cimento
é essencial para dar liga e plasticidade ao tijolo ecológico, é ele que aumenta a resistência e faz
a junção dos agregados.
A água tem papel fundamental na cura do tijolo-ecológico, pois o mesmo precisa
permanecer úmido para obter a resistência necessária. Ela não deve ser em excesso, sendo a
mistura apenas úmida de forma a não afetar o material no processo de prensagem.
Após a escolha do solo é preciso preparar os componentes para realizar a dosagem,
fazendo, em seguida, o amassamento do material. Este amassamento, figura 28, pode ser feito
de forma manual ou mecânica através de betoneiras ou outros. O material devidamente
misturado é moldado por meio de prensa e apos devem ser alinhados de maneira que não
haja sobrecarga .
A secagem deve ser feita de forma que os blocos não fiquem expostos ao vento e ao sol e
possam ser molhados com regador ou mangueira, pelo período mínimo de sete dias, onde
poderá alcançar 60 a 65% da cura necessária.
O mercado brasileiro possui diversos modelos de tijolos ecológicos, podendo ser especificados
de acordo com a aplicação. ou de acordo com o projeto, mão de obra, materiais, equipamento
locais e outras condições especificamente. As medidas dos Tijolos Ecológicos mais comuns são
:
25,0 cm x 12,5 cm x 7,00 cm. Peso 3,200 Kg.
30,0 cm x 15,0 cm x 7,00 cm. Peso 4,100 Kg.
Essas medidas são usadas para diversos projetos, figura 29, de diversas finalidades onde nota-
se que os tijolos ecologicos tambem tem furos onde se tem uma maior opção de utilização e
manejo para a facilitação da construção .e encaixe já não necessita de cortes para instalação
de componentes hidráulicos ou elétricos em seu uso em paredes, tornando menor a mão de
obra necessária e eliminando os gastos com finalizações de paredes.
As principais diferenças com relação ao tijolo cerâmico que é queimado e ao tijolo ecológico,
inclue, principalmente, um sistema de encaixe que facilita a execução, não necessita de forma,
uma vez que a execução da estrutura de concreto envolve furos dos tijolos e as cintas, vergas
e contra-vergas utilizam os tijolos e as canaletas para suportar maior pressão vertical,
podendo chegar a seis vezes mais em relação ao bloco cerâmico e proporcionar conforto
térmico e acústico devido a existência dos furos verticais que funcionam como exaustores pois
passagem da instalação elétrica e hidráulica nos furos verticais, evitando abertura de
alvenaria.
A aplicação da cerâmica sobre o tijolo e facultativo pois o tijolo apresenta padrão
estético decorativo e a aplicação de texturas sobre o reboco ou sobre o tijolo, e também
apresentação de maiores vantagens ambientais e econômicas em relação ao tijolo cerâmico,
além de usar menos cimento que o tijolo de concreto.
Embora, seja possível construir vários tipos de edificações, devido ao peso, o tijolo
ecológico é mais utilizado em edificações térreas para minimizar os custos com a estrutura da
edificação. Além disso, o tijolo ecológico é certificado pelas normas ABNT e é considerado
economicamente viável porque, devido às suas características estéticas e ergonômicas,
proporciona redução nos custos finais da obra.
O tijolo ecológico requer um profissional experiente, com conhecimento básico da
técnica, aplicação e requisitos do sistema na montagem e colocação de batentes e ferragens. É
muito comum que profissionais da áre aconstrutiva despreparados usem os tijolos ecológicos
como tijolos tradicionais, fazendo cortes nos tijolos que não são apropriados, ao invés de usar
os modelos de tijolos já preparados para uso. Dessa maneira, pode acabar encarecendo um
pouco a mão de obra, já que os construtores precisarão de treinamento.
O tijolo ecológico pode ser usado em climas secos, mas em climas muito úmidos ou em
locais onde há maior exposição à úmida as para minimizar os custos com a estrutura da
edificação. Além disso, o tijolo ecológico é certificado pelas normas ABNT e é considerado
economicamente viável porque, devido às suas características estéticas e ergonômicas,
proporciona redução nos custos finais da obra.
O tijolo ecológico requer um profissional experiente, com conhecimento básico da
técnica, aplicação e requisitos do sistema na montagem e colocação de batentes e ferragens. É
muito comum que profissionais da áre aconstrutiva despreparados usem os tijolos ecológicos
como tijolos tradicionais, fazendo cortes nos tijolos que não são apropriados, ao invés de usar
os modelos de tijolos já preparados para uso. Dessa maneira, pode acabar encarecendo um
pouco a mão de obra, já que os construtores precisarão de treinamento.
O tijolo ecológico pode ser usado em climas secos, mas em climas muito úmidos ou em
locais onde há maior exposição à úmida as para minimizar os custos com a estrutura da
edificação. Além disso, o tijolo ecológico é certificado pelas normas ABNT e é considerado
economicamente viável porque, devido às suas características estéticas e ergonômicas,
proporciona redução nos custos finais da obra.
O tijolo ecológico requer um profissional experiente, com conhecimento básico da
técnica, aplicação e requisitos do sistema na montagem e colocação de batentes e ferragens. É
muito comum que profissionais da áre aconstrutiva despreparados usem os tijolos ecológicos
como tijolos tradicionais, fazendo cortes nos tijolos que não são apropriados, ao invés de usar
os modelos de tijolos já preparados para uso. Dessa maneira, pode acabar encarecendo um
pouco a mão de obra, já que os construtores precisarão de treinamento.
O tijolo ecológico pode ser usado em climas secos, mas em climas muito úmidos ou em
locais onde há maior exposição à úmida
de, não é muito adaptavel sendo que e ainda não foi testado de modo tecnico.
Hoje o tijolo ecológico ou tijolo solo-cimento é aceito como material de alta qualidade
e os estudos realizados demonstram resistência e solidez. Não existe um material
completamente ecológico e sustentável, mas a adoção de práticas, recursos e materiais que
visam minimizar os impactos ambientais, favorecem o planeta e a evolução na edificação
brasileira e do mundo.
Assim a substituição do tijolo ecologico em lugar do tijolo comum deve considerar não
apenas os custos diretos, mas também os benefícios indiretos do mesmo. O uso do tijolo
ecológico em construções pode proporcionar melhoria qualidade de vida dos residentes
devido às suas propriedades térmicas. Proporciona também segurança aos usuários, quando
confeccionado respeitando as normas adequadas para garantir a durabilidade, segurança e
aplicabilidade construtiva.
Pode influenciar na qualidade do ar do local onde é produzido, uma vez que não há
emissão de poluentes em seu processo fabril. Frisando a viabilidade econômica o tijolo em
questão pode variar seu valor de acordo com o local de compra e demanda do mesmo.A
possibilidade de substituição do material convencional e mais pesquisas sobre o assunto, o uso
do tijolo ecológico em construções pode cada vez mais tornar-se comum, contribuindo assim
para a sustentabilidade na construção e emprego de tecnicas construtivas.
Rammed earth, em tradução literal terra batida, o nome em ingles dado especificamente ao
que se conheçe como taipa de pilão, e a tecnica construtiva de terra batida onde de modo
industrial foi modernizadada e se tornou um processo in loco pre- fabricado que além do seu
processo de fabricação original onde se usa forma para comprimir a terra, onde o barro é
compacto horizontalmente e disposto e em camadas, tambem se usa de modo industrial uma
mecanização de compactação das camadas do solo em uma fôrma de cerca de 45 cm de
espessura. Esta abordagem industrial inovadora abre novos horizontes para a o que se
conheçe como taipa de pilão.
As prioridades ambientais são a preocupação em todo o mundo onde a busca de materiais de
alta performance e novas técnicas de produção estão se combinando para estimular materiais
e métodos de construção imaginativos, engenhosos e extraordinários. Desde o concreto
reforçado com carbono super leve até a madeira laminada com cola produzida a partir de
galhos recuperados de tamanho reduzido, a revoluçao industrial com novos materiais no início
do século XX, reformou a produção e alterou a maneira como se constroi e percebe os limites
dos materiais de construção tradicionais.
Essa união de tradição e tecnologia está por trás de um novo olhar na taipa de pilão
como um bloco de construção pré-fabricado para edifícios. A terra batida é um material de
construção tradicional feito de uma mistura úmida de argila, palha, cal, cascalho e quando se
tem caracter pré fabricado se tem o uso de estabilizadores, como emulsões de cimento ou
asfalto.
A mistura é comprimida com um compactador por uma prensa industrial ou marreta,
em um molde, cofragem de madeira. Uma empresa austríaca Lehm Ton Erde foi a primeira
empresa do mundo a iniciar o processo de taipa de pilão denominado rammed earth de modo
e caracter indutrial onde o processo de fabricação intensiva foi controlado para modular um
centro de visitantes ornitológicos em Sempach, figura 29, na Suíça. Projetado pela empresa de
arquitetura MLZD, o prédio foi o primeiro a usar painéis de terra batida pré-fabricados.
O cimento e usado na taipa de pilão industralizada pois essamedidas de projeto
construtivo e integrada na estrutura da parede pois reduzem a intensidade da abrasão. Essa
forma de abrasão ocorre sempre que a água flui pela parede. Se a água na fachada se esvair
muito rapidamente, ela varrerá as partículas do material, se ele correr mais devagar, então
muito mais intacto ele permanecerá.
As paredes de terra batida devem, portanto, incluir verificações de erosão para
diminuir a velocidade do fluxo de água ao longo de suas superfícies. Estas camadas horizontais
podem consistir em pedras e elementos de argila cozida que se projetam da fachada, ou então
de cursos de argamassa de calcário e lima que correm nivelados com o plano da parede
(Tonerde,2015).
Eles têm o mesmo efeito em qualquer forma de construção em que o fluxo de água
desacelera e, com ele, a erosão. O material em si inibe naturalmente a erosão e após os
primeiros anos, a camada de barro mais externa terá sido lavada e mais pedras serão expostas,
tornando a superfície da parede mais áspera.
Como tal, contém o seu próprio mecanismo de proteção contra a erosão, uma vez que
o cascalho descoberto estabiliza a parede. As barreiras de terra entre as pedras estão agora
mais encastradas na fachada e se expandem quando expostas à chuva. Este processo de
inchamento garante que a água não penetre mais na parede, cujo efeito cumulativo é o fim da
erosão. Como ele pode ser previsto e controlado, figura 32, por verificações, esse processo é
chamado de erosão calculada. Deve ser integrado ao design e planejamento técnico.
Devido à estrutura terra batida, a erosão e os danos parciais não se tornarão óbvios e críticos.
Um processo mínimo de erosão é dado em todos os casos e será técnicamente explicado. As
paredes de terra passam idealmente por um processo de envelhecimento natural,
especialmente devido à resistência aos raios UV dos pigmentos da terra.
Devido ao seu ressecamento e à atividade higroscópica onde consiste no processo natural de
envelhecimento da terra, microorganismos e fungos não podem se desenvolver. As fachadas
mostram ao longo de décadas quase nenhuma mudança de cor, a intensidade da cor torna-se
ainda mais forte à medida que o tempo passa. Com um processo técnico nas bordas e
superfícies, a manutenção e ser necessária sempre que notar divergencias.
Mesmo que a erosão se intensifique, as paredes de terra batida podem ser retocadas
com a mesma matéria-prima, de modo que o reparo é dificilmente visto.
A terra com argila em sua composição mostra um teor de umidade de equilíbrio de cerca de 6
a 7%, o que significa que ela quanto seca e que igualmente comparada aa madeira, e tem a
capacidade de absorver a umidade do ar muito rapidamente e liberá-la na mesma velocidade.
Embora esta qualidade de secagem rápida as construções de terra batida precisam ser bem
protegidas contra a penetração de umidade, especialmente a partir de cima através de
medidas construtivas.
De modo a evitar a humidade ascendente so solo, as paredes devem ser colocadas em
bases de betão que devem se elevar no minimo a 35 cm do solo, figura 32, fixado ou desatado.
Como um isolamento horizontal entre o betão e a primeria camada de terra batida deve se
espalhar impermeabilizante mais conheçido popularmente como betume.
As aberturas das portas e janelas são pré dimensionados e construídos durante a compressão
da mistura no molde, com a carga sendo transferida para o lado. As partes inferiores da
parede são construídas em concreto (pré-fabricadas) ou feitas em aço. No caso de aberturas
de portas maiores oude janelas, as faixas de concreto armado feitas de concreto misturado são
integradas nas paredes de terra. A cobertura, figura 34, deve ser fixada nas paredes de terra
onde respeitem o valor de esforços pre calculados e dimensionados.
Uma das grandes vantagens de se usar o sistema cosntrutivo e a sua resistencia a ruido, a
espessura e a densidade das paredes significam que a transmissão de ruído é reduzida. Isso é
particularmente útil se você quiser evitar o barulho do tráfego ou em paredes entre moradias.
O silenciamento do ruído externo proporciona um ambiente mais silencioso e protegido,
particularmente evidente no mau tempo.
Paredes internas de terra batida também são extremamente úteis para fornecer
isolamento acústico entre áreas com diferentes necessidades, salas de aula , entre áreas de
estar e de dormir, ou entre uma sala pública ou familiar. Testes laboratoriais feitos indicam
uma classificação de transmissão de som de mais de 50 decibéis para uma parede de terra
batida de 250 mm.
E paredes mais espessas, feitas com alvenaria normal tem de suporte de carga padrão
de 300 mm, isso significa que paredes feitas com tecnica construtiva rammed earth
proporcionam um isolamento acústico bem superior.

O caminho para a inserção de rammed earth, taipa de pilão mecanizada,no Brasil, deve se
basear nas experiências bem sucedidas, principalmente na Austrália e Estados Unidos, que
comprovam a viabilidade da técnica. No Brasil há abundância de matéria prima, barata e de
fácil acesso, além de disponibilidade das mesmas ferramentas, equipamentos e máquinas
utilizadas no exterior.
Isto viabiliza o uso da rammed earth dentro do país mesmo que em construções
pontuais. A taipa de pilão mecanizada necessita de mão de obra especializada. A formação de
mão de obra é deficiente mesmo na prática da técnica vernacular. O uso mecanizado que
rammed earth envolve facilita a formação de mão de obra, diminui o tempo deconstrução, o
número de trabalhadores na obra e consequentemente o custo da obra. A inexistência de
gastos energéticos consideráveis na transformação da matéria prima em alvenaria compensa
as emissões de CO2 produzidas pelo uso mecanizado. A pesquisa de projeto e fabricação de
máquinas, que utilizem fontes renováveis de energia é importante para a evolução de
qualquer processoconstrutivo sustentável.
A restauração do patrimônio histórico esta restrita ao uso dos processos manuais da
técnica da taipa de pilão de modo tradicional, a fim de garantir as características da construção
original. Assim, a construção com a taipa de pilão mecanizada é incompatível para o mercado
da restaura-
ção o uso da rammed earth sugere ao mercado de novas construções.
Para que a técnica ganhe espaço no mercado nacional, como um sistema tecnológico
sustentável, é primordial que se intensifiquem os estudos sobre rammed earth baseados nos
dados consolidados e conhecimentos empíricos, adquiridos em milênios da taipa de pilão
tradicional. São poucos os materiais construtivos de carater inovador aceitos e financiamentos
para a construção no Brasil, geralmente se restringem aos blocos de concreto, tijolos
queimados, estruturas metálicas e de concreto armado.
Diante do cenário atual, a inserção da taipa de pilão mecanizada no mercado da
construção sustentável no Brasil é possível em pequena escala. Como no exterior,deve se
inserir na construção de residências unifamiliares ou iniciativas independentes empresas,
ONGs, outros que procurem novas formas de construção sustentável no país.

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