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Exame Físico Do Sistema Respiratório
Exame Físico Do Sistema Respiratório
1. Inspeção
O tórax é observado tanto com o paciente sentado como com o paciente deitado.
III. Tiragem: retração dos espaços intercostais. Pode ser difusa ou localizada, ou seja,
supraclavicular, infraclavicular, intercostal ou epigástrica. Indica atelectasia pulmonar
(dificuldade de se expandir).
2. Palpação
2.1. Pesquisa de inflamações
a) Sensibilidade: Processos inflamatórios pleuropulmonares determinam uma zona de maior
sensibilidade na parede torácica correspondente. Lesões extensas do ápice pulmonar podem
provocar contratura dos músculos da região.
b) Temperatura cutânea: Com o dorso das mãos, deve-se verificar a temperatura cutânea,
comparando-a com a do lado oposto. Uma zona de calor pode indicar comprometimento
pleuropulmonar subjacente.
c) Edema e enfisema subcutâneo: Edema é sinal precoce de obstrução da VCS. Enfisema
subcutâneo é indicativo de pneumotórax hipertensivo. Esses dois sinais são melhor observados
nas fossas supraclaviculares e espaços intercostais.
d) Palpação dos grupos ganglionares regionais: adenomegalias mais ou menos fixas, de
consistência média, com tendência a se fundirem para depois se fistulizarem, são mais comuns
na tuberculose. Gânglios axilares e supraclaviculares, quando duros e isolados, de aparecimento
relativamente recente trazem suspeita de malignidade.
3. Percussão
Deve ser iniciada pela face posterior, de cima para baixo, com o médico atrás e à direita do
paciente. Cada hemitórax é percutido separadamente. Em seguida, deve-se percutir e comparar
várias regiões.
a) Pulmões: som claro pulmonar.
Hérnias diafragmáticas do lado esquerdo podem produzir um som timpânico, por permitirem a
passagem de vísceras ocas e sua interposição entre o hemidiafragma e o pulmão. Derrame líquido
na cavidade pleural tende a se localizar nas regiões de maior declive; com o paciente sentado, é
possível reconhecer derrames pleurais pela presença de macicez na região infraescapular. Se houver
hidropneumotórax, acima da macicez haverá timpanismo à percussão. A estenose brônquica (p. ex.
na DPOC) provoca hipersonoridade.
Outras afecções parenquimatosas provocam macicez: neoplasias periféricas, infarto pulmonar
volumoso, pneumopatias lobares, cavidades periféricas contendo cistos. No enfisema, na crise de
asma, nos cistos aéreos e nas cavernas insufladas, o acúmulo de ar provoca hipersonoridade,
tendendo ao timpanismo.
4. Ausculta
É a principal etapa do exame físico pulmonar. Inicialmente o examinador se coloca atrás do
paciente que deve estar com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, com a boca
entreaberta, sem fazer ruído.
De modo sistemático, ausculta-se a face posterior do tórax, passando para as faces laterais e
anterior, lembrando que os pulmões estão cerca de 4 dedos abaixo da escápula. Deve-se auscultar e
comparar as regiões simétricas, pedindo ao paciente que faça algumas respirações profundas e tussa
algumas vezes para separar os ruídos permanentes dos eventuais (sem valor semiológico).