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Capítulo 1
1. A Plataforma Continental e suas definições
Mar Territorial
Nos termos da convecção, a soberania do Estado costeiro sobre o seu território
e suas águas interiores estende-se a uma faixa de mar adjacente – mar territorial –
com dimensão de até 12 milhas marítimas (1 m.m.= 1.852 metros) a partir das linhas
de base.
No mar territorial, o Estado costeiro exerce soberania ou controle pleno sobre
a massa líquida e o espaço aéreo sobrejacente, bem como sobre leito e o subsolo
deste mar. O mar territorial brasileiro de 200 m.m. – instituído pelo Decreto-lei nº
1.098, de 25 de março de 1970 – passou a ser de 12 m.m., com a vigência da Lei nº
8.617.
Zona Econômica Exclusiva
A zona econômica exclusiva (ZEE) é uma zona situada além do mar territorial
e a este adjacente e não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de
base a partir das quais se mede a largura do mar territorial (CNUDM).
A Convenção garante ao Estado costeiro, direitos de soberania para fins de
exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou
não vivos das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo
(CNUDM).
Plataforma Continental
Figura 1.1 – Modelo analítico a ser utilizado para entendimento dos processos físicos.
Largura: 230km
Largura: 100km
Largura: 100km
QPC: 200m
1.4. Escalas
Espaciais Temporais
Microescala < 𝟏𝒎 Supramaregráficos < 12h
Pequena escala 𝟏 − 𝟏𝟎𝟒 𝒎 Maregráficos 12 – 24h
Meso escala 𝟏𝟎𝟒 − 𝟏𝟎𝟓 𝒎 Submaregráficos (inercial) 24h – poucas semanas
Larga escala > 𝟏𝟎𝟓 𝒎 Sazonal 1 ano
- - Interanual > 1 ano
1.5. Velocidades
𝑣⃗ → velocidade total;
𝑣⃗𝑣𝑚 → velocidade forçada pelo vento médio;
Capítulo 2
2.1. O Modelo de Águas Rasas e suas Equações
(x) direção
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 1 𝜕𝑃 𝜕2 𝑢 𝜕2 𝑢 𝜕2 𝑢
+𝑢 +𝑣 + 𝑤 − 𝑓𝑜 𝑣 = − ̅ + 𝐴𝐻 ( 2
+ ) + 𝐴𝑉 𝜕𝑧 2 (2)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜌 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 2
(y) direção
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 1 𝜕𝑃 𝜕2 𝑣 𝜕2 𝑣 𝜕2 𝑣
+𝑢 +𝑣 + 𝑤 + 𝑓𝑜 𝑢 = − ̅ + 𝐴𝐻 ( 2
+ ) + 𝐴𝑉 𝜕𝑧 2 (3)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜌 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 2
(z) direção
𝜕𝑤 𝜕𝑤 𝜕𝑤 𝜕𝑤 1 𝜕𝑃 𝜕2 𝑤 𝜕2 𝑤 𝜕2 𝑤
+𝑢 +𝑣 + 𝑤 = −̅ + 𝐴𝐻 ( + 2)
+ 𝐴𝑉 −𝑔 (4)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜌 𝜕𝑧 𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 𝜕𝑧 2
Equação da continuidade
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤
+ + = 0 (5)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝑓 = 2Ω s𝑒𝑛𝜃0 (6)
Curiosidade!!!!
Os Corpos que se deslocam na
superfície do planeta Terra estão
sujeitos ao efeito de Coriolis o qual
deflete a trajetória dos corpos para o
lado esquerdo, no Hemisfério Sul, e
para o lado direito, no Hemisfério
Norte. O efeito de Coriolis ocorre
devido ao movimento de rotação da
Terra: especificamente, a Terra
rotaciona mais rápido no Equador do
que nos pólos devido à diferença de largura entre os pontos.
Como vimos no exemplo acima, para completar uma rotação em 24 horas, as
regiões equatoriais percorrem aproximadamente 1.674 km a cada hora. Entretanto,
nas proximidades dos pólos, a Terra gira em torno de 0,00008 km a cada hora. O
desenvolvimento de fenômenos meteorológicos como furacões e ciclones são
exemplos de impacto do efeito de Coriolis.
Mas será que o movimento de escoamento da água em um ralo estaria sujeito
a este efeito?
O efeito de Coriolis depende da escala do movimento e da massa do corpo que
se desloca. A pia é muito pequena e a rotação do escoamento é dada pelo seu design.
Portanto, qualquer sujeira, vibração ou irregularidade em sua superfície influenciam
muito mais o escoamento da água do que a aceleração de Coriolis.
Uma outra parametrização comumente realizada é a partição da densidade:
1 0
𝜌̅ =
𝐻
∫−𝐻 𝜌𝑜 (𝑧)𝑑𝑧 (8)
Figura 2.1 – Modelo de Plataforma Continental para o modelo de águas rasas e suas
equações.
10
𝐷
𝛿= ≪1 (13)
𝑙
𝐷
Δ= ≪1 (14)
𝐿
𝑙
≤1 (15)
𝐿
𝜀 ≤1 (16)
𝜀𝐿 ≤ 1 (17)
𝜕𝑃 𝜕𝑃𝑜 ̃
𝜕𝑃
𝜕𝑧
=
𝜕𝑧
+ 𝜕𝑧 (18)
𝜕𝑃̃
onde = 0.
𝜕𝑧
11
𝜕𝑃𝑜
≈ −𝜌̅ 𝑔 (19)
𝜕𝑧
𝜕𝑃
= −𝜌̅ 𝑔 (20)
𝜕𝑧
ℎ
∫𝑧 (20) → 𝑃𝑧 = 𝜌̅ 𝑔(ℎ − 𝑧) + 𝑃𝑎 (21)
𝜕𝑃 𝑃2 − 𝑃1
( ) =
𝜕𝑥 𝑧 Δ𝑥
𝜕𝑃 𝜕𝜂 𝜕𝑃𝑎
= 𝜌̅ 𝑔 + (22)
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑥
12
𝜕𝑃 𝜕𝜂 𝜕𝑃𝑎
= 𝜌̅ 𝑔 + (23)
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕 𝜕𝑃 𝜕 𝜕𝑃
( )= ( )=0
𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑦
𝜕
(∇𝐻 𝑃) = 0 (24)
𝜕𝑧
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎 𝜕2 𝑢
+𝑢 +𝑣 + 𝑤 − 𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 −̅ + 𝐴𝐻 (∇2𝐻 𝑢) + 𝐴𝑉
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜌 𝜕𝑥 𝜕𝑧 2
(25)
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎 𝜕2 𝑣
+𝑢 +𝑣 + 𝑤 − 𝑓𝑜 𝑢 = −𝑔 −̅ + 𝐴𝐻 (∇2𝐻 𝑣) + 𝐴𝑉
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜌 𝜕𝑦 𝜕𝑧 2
(26)
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤
+ + = 0 (27)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Logo, temos:
̅
𝜕𝑢 ̅
𝜕𝑢 ̅
𝜕𝑢 ̅
𝜕𝑢 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎 𝜏𝑠𝑥 −𝜏𝑏𝑥
+ 𝑢̅ + 𝑣̅ + 𝑤
̅ − 𝑓𝑜 𝑣̅ = −𝑔 −̅ + 𝐴𝐻 (∇2𝐻 𝑢̅) + ̅𝐻
(28)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜌 𝜕𝑥 𝜌
ℎ ℎ ℎ
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤
∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑑𝑧 = 0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
ℎ𝑡 ℎ𝑡 ℎ𝑡
̅
𝜕𝑢 𝜕𝑣̅
+ + 𝑤ℎ − 𝑤ℎ𝑡 = 0 (30)
𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜏𝑠 = 𝜏𝑠𝑥 𝑖⃗ + 𝜏𝑠𝑦 𝑗⃗
⃗⃗⃗⃗
(31)
𝜏𝑏 = 𝜏𝑏𝑥 𝑖⃗ + 𝜏𝑏𝑦 𝑗⃗
⃗⃗⃗⃗
𝑑𝜂 𝜕𝜂 𝜕𝜂 𝜕𝜂
𝑤ℎ = = +𝑢
̅ + 𝑣̅ (32)
𝑑𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕ℎ𝑡
Onde = 0.
𝜕𝑡
𝜕 ℎ𝑡
𝑢̅ > 0, > 0 → 𝑤ℎ𝑡 > 0
𝜕𝑥
𝜕𝜂 ̅
𝜕𝑢 𝜕𝑣̅ 𝜕ℎ𝑡 𝜕ℎ𝑡
+𝐻( + ) − 𝑢̅ − 𝑣̅ =0 (34)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
⃗⃗⃗⃗.
2.3. Parametrização da tensão de Cisalhamento do Vento (𝝉)
a. Superfície
2 2 ) 1⁄
𝜏𝑠𝑥 = 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐶10 𝑢𝑎𝑟 (𝑢𝑎𝑟 + 𝑣𝑎𝑟 2 (35)
2 2 ) 1⁄
𝜏𝑠𝑦 = 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐶10 𝑣𝑎𝑟 (𝑢𝑎𝑟 + 𝑣𝑎𝑟 2 (36)
• 1,2 , se 4m/s ≤ |𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗|
𝑎𝑟 ≤ 11𝑚/𝑠
103 𝐶10 = (37)
• 0,49 + 0,065|𝑣 𝑎𝑟 , se 11m/s ≤ |𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗| ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗|
𝑎𝑟 ≤ 25𝑚/𝑠
b. Fundo
2 2 ) 1⁄
𝜏𝑠𝑥 = 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐶10 𝑢𝑎𝑟 (𝑢𝑎𝑟 + 𝑣𝑎𝑟 2 (38)
2 2 ) 1⁄
𝜏𝑠𝑦 = 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐶10 𝑣𝑎𝑟 (𝑢𝑎𝑟 + 𝑣𝑎𝑟 2 (39)
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎
+𝑢 +𝑣 − 𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 −̅ (40)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜌 𝜕𝑥
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎
+𝑢 +𝑣 + 𝑓𝑜 𝑢 = −𝑔 −̅ (41)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜌 𝜕𝑦
𝜕𝜂 𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕ℎ𝑡 𝜕ℎ𝑡
+𝐻( + )−𝑢 −𝑣 =0 (42)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑑𝜁 𝜕𝑢 𝜕𝑣
= (𝜁 + 𝑓𝑜 ) ( + ) (43)
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝑣 𝜕𝑢
𝜁= − (44.a)
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑑𝜁 𝜕𝑢 𝜕𝑣
(43) ≠ 0 => ( + ) ≠ 0
𝑑𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑑 𝜁+𝑓𝑜
( )=0 (44.b)
𝑑𝑡 𝐻
𝜕𝑣⃗
(𝑣⃗ ∙ ∇)𝑣⃗ ≪
𝜕𝑡
𝑈
𝜀ℓ = |𝑓 |ℓ ≪ 1
𝑜
𝜂 ≪ 𝐻𝑜 𝑈
𝜀𝐿 = |𝑓 |𝐿 ≪ 1
𝑜
𝜕𝑢 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎
− 𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 −̅ (46)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜌 𝜕𝑥
𝜕𝑣 𝜕𝜂 1 𝜕𝑃𝑎
+ 𝑓𝑜 𝑢 = −𝑔 −̅ (47)
𝜕𝑡 𝜕𝑦 𝜌 𝜕𝑦
𝜕𝜂 𝜕 𝜕
+ (𝑢𝐻𝑜 ) + (𝑣𝐻𝑜 ) = 0 (48)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑈 = 𝑢 ∙ 𝐻𝑜
𝑈 ∙ 𝑉 = [𝐿2 𝑇 −1 ] (49)
𝑉 = 𝑣 ∙ 𝐻𝑜
𝜕𝑉 𝜕𝜂 𝐻𝑜 𝜕𝑃𝑎
+ 𝑓𝑜 𝑈 = −𝑔𝐻𝑜 − ̅
(51)
𝜕𝑡 𝜕𝑦 𝜌 𝜕𝑦
𝜕𝜂 𝜕𝑈 𝜕𝑉
+ + = 0 (52)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 1 𝜕𝑃
+ 𝑢 +𝑣 + 𝑤 = −̅ + 𝑓𝑣 (54)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜌 𝜕𝑥
1 3 4
2
1 – Aceleração local;
2 – Termos da aceleração advectiva;
3 – Força de gradiente de pressão;
4 – Força de Coriolis.
1 𝜕𝑃
−𝑓𝑣 = − ̅ (55)
𝜌 𝜕𝑥
1 𝜕𝑃
𝑓𝑢 = − ̅ (56)
𝜌 𝜕𝑦
1 𝜕𝑃
𝑔 = −̅ (57)
𝜌 𝜕𝑧
𝜏⃗
Figura 2.5 – Representação esquemática para elevação da superfície livre () e velocidade
geostrófica (𝑉𝑔 ) no hemisfério sul, para um vento de norte.
20
𝑔 𝜕𝜂
(55) → 𝑉𝑔(𝑥) = (58)
𝑓𝑜 𝜕𝑥
𝑔 𝜕𝜂
(56) → 𝑉𝑔(𝑦) = (59)
𝑓𝑜 𝜕𝑦
𝜏𝑠𝑥 −𝜏𝑏𝑥
(55) → ̅𝐻
(60)
𝜌
𝜏𝑠𝑦 −𝜏𝑏𝑦
(56) → ̅𝐻
(61)
𝜌
Observemos os exemplos:
A B
𝜏⃗
A B
𝜏⃗
𝜏⃗
Observação
A pressão em uma profundidade é determinada pelo
peso da água acima, de acordo com a relação
hidrostática. Logo, as altas e baixas pressões estão
relacionadas a elevação e rebaixamento do nível do
mar. Essa variação nos permite inferir sobre o fluxo
geostrófico, estando inteiramente relacionado ao
formato da superfície do mar.
𝑣⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑝 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐹 (62)
Figura 2.9 – Representação esquemática de uma Plataforma Continental, com fundo plano.
𝑔 𝜕𝜂
𝑣𝑝 = ̅̅̅
⃗⃗⃗⃗⃗ (63)
𝑓𝑜 𝜕𝑥
𝑣⃗ = 0 ⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑝 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐹 = 0 (64)
𝑣⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑝 𝑒 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝐹 = 0 (65)
# direção x:
𝜕𝜂 𝜕2 𝑢𝐹
−𝑓𝑜 (𝑣
⃗⃗⃗⃗⃗𝑝 + ⃗⃗⃗⃗⃗)
𝑣𝐹 = −𝑔 + 𝐴𝑉 (66)
𝜕𝑥 𝜕𝑧 2
# direção y:
𝜕 2 𝑣𝐹
𝑓𝑜 𝑢𝐹 = 𝐴𝑉 (67)
𝜕𝑧 2
24
𝑣⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗,
𝑣𝑝 𝑢 = 𝑤 = 0, 𝑒𝑚 𝑧 = +∞ (69)
𝑑 4 𝑣𝐹 𝑓𝑜2
+ 𝑢𝐹 = 0 (70)
𝜕𝑧 4 𝐴2𝑉
−𝑧⁄ 𝑧
𝑣𝐹 = − 𝑣𝑃 𝑒 𝛿𝐵 𝑐𝑜𝑠 (72)
𝛿𝐵
onde,
𝑓 2𝐴
𝑆 = |𝑓𝑜| 𝑒 𝛿𝐵 = √ |𝑓 𝑣| (73)
𝑜 𝑜
−𝑧⁄ 𝑧
𝑢 = 𝑢𝐹 = −𝑆 𝑣𝑃 𝑒 𝛿𝐵 𝑠𝑒𝑛 (74)
𝛿𝐵
−𝑧⁄ 𝑧
𝑣 = 𝑣𝑝 + 𝑣𝐹 = 𝑣𝑃 ( 1 − 𝑒 𝛿𝐵 𝑐𝑜𝑠 ) (75)
𝛿𝐵
25
Figura 2.10 – Representação esquemática das velocidades geradas pela Força de Gradiente
de Pressão e Atrito uma Plataforma Continental.
𝜌𝐷
𝐾= 𝑣𝑃2 (76)
2
A estimativa para o tempo de decaimento por atrito (“spin down time”), pode
ser escrita como:
𝐷 1 𝐷
𝑡𝐹 = |𝑓 |
= (78)
𝛿𝐵 𝑜 √2𝐴𝑣 |𝑓𝑜 |
26
Este também pode ser considerado o tempo entre o momento em que aparece
o gradiente de pressão e o balanço geostrófico é estabelecido. Isto na presença do
atrito.
O transporte de volume por unidade de distância horizontal, devido à
velocidade associada a força de atrito, pode ser escrito como.
𝛿 𝑣𝑝
𝑢𝑓 = ∫0 𝐵 𝑢𝐹 𝑑𝑧 ≈ −𝑆 𝛿𝐵 (79)
2
𝛿 𝛿𝐵
𝑣𝑓 = ∫0 𝐵 𝑣𝐹 𝑑𝑧 ≈ − 𝑣𝑝 (80)
2
̅ 𝑃 = 𝑈𝐹 𝑖⃗ + 𝑉𝐹 𝑗⃗
𝕍 (81)
𝜕𝑢 𝜕𝑣
𝜏⃗𝐵 = −𝜌̅ 𝐴𝑣 [ 𝑖⃗ + 𝑗⃗], 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑧 = 0 (82)
𝜕𝑧 𝜕𝑧
1
Tensão = força/área
27
𝑆 −𝑧⁄ 𝑧 𝑧 𝜕𝑣𝑝
𝑤 = [1 − 𝑒 𝛿𝐵 (𝑠𝑒𝑛 + 𝑐𝑜𝑠 )] (83)
2 𝛿𝐵 𝛿𝐵 𝜕𝑥
𝜕𝑣𝑝
onde é a parcela da vorticidade relativa do interior invíscido do fluido, que é
𝜕𝑥
chamada de bombeamento de Ekman.
# em z = h
𝜏𝑠𝑥 = 0 (84)
𝜕𝑣𝐹
𝜏𝑠𝑦 = 𝜌̅ 𝐴𝑣 (85)
𝜕𝑧
# em z << h
𝑣 = 𝑣𝑝
(86)
𝑢=0
ℎ−𝑧
1 − 𝛿 ℎ−𝑧 ℎ−𝑧
𝑢 = 𝑢𝐹 = ̅ 𝛿𝑠 𝑓𝑜
𝑒 𝑠 [𝑠𝑒𝑛 ( ) − 𝑐𝑜𝑠 ( )] 𝜏𝑠𝑦 (87)
𝜌 𝛿𝑠 𝛿𝑠
ℎ−𝑧
1 − ℎ−𝑧 ℎ−𝑧
𝑣 = 𝑣𝑝 − ̅ 𝑒 𝛿𝑠 [𝑠𝑒𝑛 ( ) − 𝑐𝑜𝑠 ( )] 𝜏𝑠𝑦 (88)
𝜌𝛿𝑠 𝑓𝑜 𝛿𝑠 𝛿𝑠
28
2𝐴
𝛿𝑠 = √ |𝑓 𝑣| (90)
𝑜
1
𝑢 = 𝑢𝑓 = ̅ 𝛿𝑠 𝑓𝑜
𝜏𝑠𝑦 (91)
𝜌
1
𝑣 = 𝑣𝑝 − ̅ (92)
𝜌𝛿𝑠 𝑓𝑜
Esquematicamente, temos:
1
⃗𝕍
⃗⃗ = ⃗⃗)
(𝜏⃗⃗⃗⃗𝑠 + 𝐾 (93)
̅ 𝑓𝑜
𝜌
1
𝑊𝐸 = ̅ 𝑓𝑜
∙∇x𝜏 (94)
𝜌
• C – Rotacional do vento
o 𝑪𝟏 – Subsidência
Como podemos observar, temos a presença de uma
convergência que no exemplo A está associado ao transporte de
Ekman à esquerda do vento. No exemplo B, a convergência
ocorre devido a um maior transporte junto à costa que, diminui em
direção ao largo. Em ambos os casos, temos o fenômeno de
subsidência costeira, pois o bombeamento de Ekman é
negativo.
31
o 𝑪𝟐 – Ressurgência
Capítulo 3
Antes de iniciarmos o estudo das Ondas na Plataforma Continental, vamos
relembrar alguns conceitos importantes. Ao relembrarmos estes conceitos, fica claro
que as Ondas Mecânicas podem ser descritas como sinais que se propagam em uma
velocidade diferente a observada no meio propagante, transferindo perturbação sem
muito movimento de matéria e com velocidade de transmissão geralmente constante.
Vale lembrar que Ondas transportam energia sem efetivamente transportarem
matéria.
A superfície do mar apresenta variações contínuas de nível. Em qualquer local,
a superfície livre () é erguida e rebaixada, em relação a uma posição média. Visando
descrever o fenômeno das ondas, são usados os seguintes termos, relativos a um
único distúrbio simples.
também que a frequência angular () é calculada pela relação = 2/T; a velocidade
de fase (c) é a velocidade na qual a onda viaja (c = L/T = /k) enquanto que a
velocidade de grupo (cg) é a velocidade na qual a energia das ondas de propaga
(cg = d / dk). A “Esbeltez” de uma onda é uma relação entre a altura da onda (H) e o
seu comprimento (L).
A Figura 3.2 e a Tabela 1 mostram a designação dos diversos tipos de ondas
na superfície do mar, seus períodos, energia relativa, suas causas e as forças
controladoras das características das ondas.
Fazem parte
Gravidade e desta categoria
Ondas de longo Tormentas e
> 5 min efeito de os tsunamis e
período terremotos
Coriolis marés de
tormenta.
Períodos Atração
Gravidade e
Ondas de maré fixos diurnos gravitacional
efeito de --
ordinárias ou semi- do Sol e da
Coriolis
diurnos Lua
Tormentas e
Gravidade e atração --
Ondas trans-
> 24 h efeito de gravitacional
maré
Coriolis do Sol e da
Lua
𝛿 ≪ 1 → Á𝑔𝑢𝑎𝑠 𝑟𝑎𝑠𝑎𝑠
𝜀 ≪ 1 → 𝑅𝑜𝑠𝑠𝑏𝑦 (𝐿𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜)
𝜀𝐿 ≪ 1 → 𝐵𝑜𝑢𝑠𝑠𝑖𝑛𝑒𝑠𝑞
𝑓 = 𝑓𝑜 → 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑓
Temos:
𝜕𝑢 𝜕𝜂
− 𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 (3.1)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
𝜕𝑣 𝜕𝜂
+ 𝑓𝑜 𝑢 = −𝑔 (3.2)
𝜕𝑡 𝜕𝑦
𝜕𝜂 𝜕 𝜕
+ (𝐻𝑜 𝑢) + (𝐻𝑜 𝑣 ) = 0 (3.3)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Figura 3.3 – Variação da Superfície livre em uma PC com fundo plano e semi-infinita.
37
𝜕2
( + 𝑓𝑜 ) 𝜂 − 𝑔𝐻𝑜 ∇2 𝜂 = 0 (3.4)
𝜕𝑡 2
𝑢𝐻𝑜 = 0 , 𝑒𝑚 𝑥 = 0
(3.5)
𝑢 =0, 𝑒𝑚 𝑥 = 0
𝜂 = 𝜂̂ (𝑥 ) cos(ℓ𝑦) , 𝑒𝑚 𝑡 = 0
Onde:
𝜂̂ é a amplitude da onda;
ℓ é o nº de onda na direção y.
2𝜋
OBS: ℓ = ; 𝜆𝑦 é o comprimento de onda na direção y.
𝜆𝑦
2𝜋
OBS: 𝑤 =
𝑇
Introduzindo (3.6) em (3.4), temos:
𝑑 2 𝜂𝑜 𝑤 2 −𝑓𝑜 2
+( − ℓ2 ) = 0 (3.7)
𝑑𝑥 2 𝑔𝐻𝑜
𝜕 𝜕𝜂 𝜕𝜂
+ 𝑓𝑜 =0, 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.8)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
38
𝑑𝜂𝑜 𝑓𝑜 ℓ
− 𝜂𝑜 = 0 , 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.9)
𝑑𝑥 𝑤
𝑤 2 −𝑓𝑜 2
1º caso: ( − ℓ2 ) ≥ 0
𝑔𝐻𝑜
1⁄
𝑤 2 −𝑓𝑜 2 2
2
onde, ( −ℓ ) 𝜖 ℝ
𝑔𝐻𝑜
𝛼𝑤−𝑖𝑓𝑜 ℓ
𝑎= 𝑏 (3.11)
𝛼𝑤+𝑖𝑓𝑜 ℓ
2𝑓𝑜 ℓ
𝜂 = 𝑏 cos(−𝛼𝑥 + ℓ𝑦 − 𝑤𝑡) + 𝑏 𝑐𝑜𝑠 (𝛼𝑥 + ℓ𝑦 − 𝑤𝑡 − )
𝛼𝑤
(3.12) (3.13)
I II
39
Figura 3.4 – Modelo esquemático de uma onda incidente (I) e refletida (R).
Observação.:
1) Composição de duas ondas;
2) Há uma diferença de fase entre as duas ondas;
3) Supondo duas ondas, uma vindo de norte (𝜂𝑁 ) e outra vindo de sul ( 𝜂𝑆 ) não há
geração de uma onda estacionária.
2𝑓𝑜 ℓ
𝜂𝑁 = 𝑏 cos(−𝛼𝑥 + ℓ𝑦 − 𝑤𝑡) + 𝑏 𝑐𝑜𝑠 (𝛼𝑥 + ℓ𝑦 − 𝑤𝑡 − )
𝛼𝑤
# Onda de Sul (𝜼𝑺 )
2𝑓𝑜 ℓ
𝜂𝑆 = 𝑏 cos(−𝛼𝑥 − ℓ𝑦 − 𝑤𝑡) + 𝑏 𝑐𝑜𝑠 (𝛼𝑥 − ℓ𝑦 − 𝑤𝑡 + )
𝛼𝑤
𝑤 2 −𝑓𝑜 2
2º caso: ( − ℓ2 ) ≤ 0
𝑔𝐻𝑜
𝜂𝑜 = 𝑎𝑒 𝛼𝑥 + 𝑏𝑒 −𝛼𝑥 , (3.15)
1⁄
𝑓𝑜 −𝑤 2 2 2
𝑜𝑛𝑑𝑒 𝛼 = ( −ℓ ) (3.16)
𝑔𝐻𝑜
𝑎 = 0, 𝛼𝑤 + 𝑓𝑜 ℓ = 0 (I)
ou
𝛼𝑤 − 𝑓𝑜 ℓ = 0; 𝑏 = 0 (II)
𝑓𝑜 ℓ
𝛼𝑤 + 𝑓𝑜 ℓ = 0 → 𝑤 = − (3.18)
𝛼
𝑎 = 0 → 𝜂𝑜 = 𝑏𝑒 −𝛼𝑥 (3.19)
41
𝑤 2 = 𝑓𝑜2 (3.21)
(Oscilação inercial)
𝑤 2 = 𝑔𝐻𝑜 ℓ2 (3.22)
(Relação de dispersão da onda longa de gravidade)
𝑢=0 (3.23)
𝑓𝑜 ℓ
𝑥
𝑣 = 𝑔𝜂𝑜 ℓ 𝑏𝑒 𝑤 𝑐𝑜𝑠(ℓ𝑦 − 𝑤𝑡) (3.24)
𝑓𝑜 ℓ
𝑥
𝜂 = 𝑏𝑒 𝑤 𝑐𝑜𝑠(ℓ𝑦 − 𝑤𝑡) (3.25)
𝜕𝜂
−𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 (3.26)
𝜕𝑥
Fisicamente, temos:
𝑓𝑜 ℓ
< 0 → 𝑓𝑜 ℓ < 0
𝑤
𝑤 2 = 𝑔𝐻ℓ2
(relação de dispersão de Onda de Kelvin)
• Máximo de energia da onda fica restrita à PC todo o ciclo de vida das ondas
confinadas está limitado à PC.
• Em PC com fundo plano, temos a presença de duas ondas longas: Poincaré
e Kelvin.
• Se houver variação topográfica, é possível a existência das ondas confinadas.
< <
Figura 3.5 – Propagação de uma onda em uma PC inclinada.
43
X=0
Z=0
𝜕 𝜕2
[( + 𝑓𝑜2 ) 𝜂 − ∇ ∙ (𝑔𝐻𝑜 ∇𝜂 )] − 𝑓𝑜 𝑔 𝐽 (𝐻𝑜 , 𝜂 ) = 0 (3.27)
𝜕𝑡 𝜕𝑡 2
A equação (3.27) é uma forma mais geral para a equação (3.4) usando uma
topografia inclinada.
Usando a condição de contorno cinemática:
𝐻𝑜 𝑢 = 0 , 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.28)
𝜕 𝜕𝜂 𝜕𝜂
𝐻𝑜 ( + 𝑓𝑜 =0, 𝑒𝑚 𝑥 = 0) (3.29)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Condição de confinamento
Condição inicial
𝑑 𝑑𝜂 𝑤 2 −𝑓𝑜2 𝑓𝑜 ℓ 𝑑𝐻𝑜
(𝐻𝑜 𝑑𝑥 ) + ( − ℓ2 𝐻𝑜 − ) 𝜂̂ = 0 (3.32)
𝑑𝑥 𝑔 𝑤 𝑑𝑥
̂
𝑑𝜂
𝐻𝑜 (−𝑤 ) + 𝑓𝑜 ℓ𝜂̂ = 0 , 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.33)
𝑑𝑥
𝜂̂ → 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 → +∞ (3.34)
3) Uma onda subinercial (𝒘 < |𝒇𝒐 |), com um pequeno número de onda
1 𝑤2
(ℓ2 < 𝑅2 ( 𝑓2 − 1)), unidirecional (propagação ciclônica), chamada de Onda
𝑜
de Kelvin.
4) Para (𝒘 > |𝒇𝒐 |), a onda de Kelvin é substituída pela onda de borda.
1 𝑤2
5) Para ℓ2 < 𝑅2 ( 𝑓2 − 1) não há onda de borda. Em seu lugar, aparecem as
𝑜
Mecanismo de restauração
𝜏 + 𝑓𝑜 𝜕𝑣 𝜕𝑢
𝑉𝑝 = ; 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝜏 = −
𝐻𝑜 + 𝜂 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝑓𝑜 𝜏2 + 𝑓𝑜
𝑉𝑝1 = 𝑉𝑝 2 → =
𝐻1 𝐻2 + 𝜂
𝐻2 + 𝜂
𝜏2 = 𝑓𝑜 ( − 1)
𝐻1
46
𝜏2 + 𝑓𝑜
𝑉𝑝 2 =
𝐻2 + 𝜂
𝑓𝑜 < 0 ; 𝐻1 > 𝐻2
𝜂 ≪ 𝐻1 − 𝐻2
𝐻2 + 𝜂 < 𝐻1
OBS.: Ondas de borda, ondas de Kelvin e ondas de Poincaré são ondas de gravidade.
𝐻2 + 𝜂
− 1 < 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜 → 𝜏2 > 0
𝐻1
𝑜 𝑓𝑙𝑢í𝑑𝑜 𝑎𝑑𝑞𝑢𝑖𝑟𝑒 𝑣𝑜𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎.
Figura 3.8 - Modelo esquemático de uma onda sofrendo refração devido a perda de
profundidade.
Exemplo de solução
𝑑𝑥
, 0≤𝑥≤𝐿
𝐻𝑜 (𝑥) = { 𝐿 (3.35)
𝐷 , 𝑥>𝐿
1⁄
𝑓2 − 𝑤2 2
̃ℓ = (ℓ2 + 𝑜 ) ;
𝑔𝐷
49
𝜇−1
𝛾= ;
2
𝑤 2 − 𝑓𝑜2 𝑓𝑜
𝜇= + ;
𝑔𝛼ℓ 𝑤
𝑑
𝛼=
𝐿
𝛾(1 − 𝛾) 2
𝕃𝛾 (𝑎) = 1 − 𝛾𝑎 − 𝑎 +⋯
2!
Se ℓ é pequeno, 𝜆 é grande, isso faz com que o mecanismo de refração não funcione.
Partindo de 3.36:
1⁄
𝛿∆ 𝑤2 2 𝑓 𝑓
𝕃𝛾 (2ℓ𝐿) {[1 + ℓ2 𝐿2 (1 − )] − 𝑤𝑜 − ∆ (1 − 𝑤𝑜 )} + 2∆𝕃′𝛾 (2ℓ𝐿) = 0 (3.37)
𝑓02
𝑓𝑜2 𝐿2 𝐿 2 𝑑
onde: 𝛿 = = (𝑅) ; ∆ = 𝐷 → 𝑞𝑢𝑒 é 𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑭𝒓𝒐𝒖𝒅𝒆.
𝑔𝐷
𝕃′𝛾 é a derivada de 𝕃𝛾 .
𝕃𝛾 (2ℓ𝐿) = 0 (3.37a)
Figura 3.11 – Exemplo de propagação de uma onda em uma plataforma continental de fundo
plano.
Observe as Equações
𝜕𝑢 𝜕𝜂 𝜕𝜂𝑎
= −𝑔 +𝑔 (3.38)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝜂 𝜕
+ 𝜕𝑥 (𝐻𝑢 ) = 0 (3.39)
𝜕𝑡
Condições de contorno
(3.38) → 𝜂 = 0 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.40)
(3.39) → 𝜇 = 0 𝑒𝑚 𝑥 = 𝐿 (3.41)
𝜕2 𝜂 𝜕2 𝜂 𝜕 2 𝜂𝑎
2
− 𝑔𝐻 = (3.42)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 2 𝜕𝑥 2
𝑑2𝜂
̂ 𝑤2
2
+ 𝜂̂ = −𝐾 2 ̂
𝜂𝑎 𝑒 𝑖𝐾𝑥 (3.44)
𝑑𝑥 𝑔𝐻
Assumindo que:
𝜂̂ = 0 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.45)
̂
𝑑𝜂
− 𝑖𝐾 ̂
𝜂𝑎 = 0 𝑒𝑚 𝑥 = 𝐿 (3.46)
𝑑𝑥
̂𝑎 𝑠𝑒𝑛(𝛼𝑥)
𝐾𝜂
𝜂= 𝑐𝑜𝑠(𝑤𝑡) (3.48)
𝛼 𝑐𝑜𝑠(𝛼𝐿)
53
𝐾𝜂̂𝑎 cos(𝛼𝑥)
𝜇=− √𝑔𝐻 [1 − 𝑐𝑜𝑠(𝛼𝐿)] 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡) (3.49)
𝛼
onde,
𝑤
𝛼= (3.50)
√𝑔𝐻
Figura 3.12 – Elevação da superfície livre na região costeira em uma plataforma continental
de fundo plano.
𝜂𝑚á𝑥 na costa é:
𝐾𝜂̂𝑎
𝜂𝑚á𝑥 = 𝑇𝑔(𝛼𝐿) (3.51)
𝛼
𝐿 = 105 𝑚;
ℎ = 100𝑚;
54
𝑤𝐿
𝛼𝐿 = ≈ 0,4; 0,4 < 1 → 𝑇𝑔(𝛼𝐿) ≈ 𝛼𝐿
√𝑔𝐻
Assumindo que:
̂𝑎
𝜂𝑚á𝑥 ≈ 𝐾𝐿𝜂 (3.52)
2𝜋 2
Temos que, no Equador, 𝐾 = 2𝜋𝑎⁄2 = 𝑎 , onde 𝒂 é o raio de deformação da terra.
2
𝜂𝑚á𝑥 ≈ ∙ 𝐿 ∙ ̂
𝜂𝑎 → 𝜂𝑚á𝑥 ≪ ̂
𝜂𝑎 (3.53)
𝑎
3.3.2. Co-oscilação
Usando PC utilizada na secção 3.3.1, (Figura 3.11), temos:
𝜕𝑢 𝜕𝜂
= −𝑔 (3.54)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
𝜕𝜂 𝜕
+ (𝑢𝐻) = 0 (3.55)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
𝜕2 𝜂 𝜕2 𝜂
2
− 𝑔𝐻 =0 (3.56)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 2
55
𝜂 = 𝜂𝑜 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (3.57)
𝑢=0 𝑒𝑚 𝑥 = 𝐿 (3.58)
Soluções:
𝑐𝑜𝑠[𝛼(𝐿−𝑥)]
𝜂 = 𝜂𝑜 𝑐𝑜𝑠(𝑤𝑡) (3.59)
𝑐𝑜𝑠(𝛼𝐿)
𝑠𝑒𝑛[𝛼(𝐿−𝑥)]
𝑢 = −𝜂𝑜 √𝑔𝐻 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡) (3.60)
𝑐𝑜𝑠(𝛼𝐿)
De (3.59), temos:
(𝜂𝑚á𝑥 )𝐷 𝐾 ̂
𝜂𝑎 2𝐿
(𝜂𝑚á𝑥 )𝐶
= 𝑠𝑒𝑛(𝛼𝐿) ≈ 𝐾𝐿 = ≪1 (3.62)
𝛼 𝜂𝑜 𝑎
Logo:
(𝜂𝑚á𝑥 )𝐶 ≫ (𝜂𝑚á𝑥 )𝐷
56
⃗⃗
𝜕𝑉 ⃗⃗𝑉
𝑉 ⃗⃗ 𝜏𝑠 −𝜏𝑏
+∇∙ ⃗⃗ × 𝑉
+ 𝑓𝑜 𝐾 ⃗⃗ = −(𝐻𝑜 + 𝜂)𝑔∇𝜂 + (3.63)
𝜕𝑡 𝐻𝑜 +𝜂 ̅ 𝐻𝑜
𝜌
𝜕𝜂 𝜕𝑈 𝜕𝑉
+ + =0 (3.64)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Substituindo:
⃗⃗ = 〈𝑉
𝑉 ⃗⃗ 〉 + 𝑉
⃗⃗
(3.65)
𝜂 = 〈𝜂〉 + 𝜂̃
⃗⃗ 〉 = 〈𝜂〉 = 0
〈𝑉 (3.66)
⃗̃⃗ 〉 = 𝜕〈𝑉〉
⃗⃗
𝜕𝑉 ⃗⃗〉
𝜕〈𝑉 ⃗⃗
𝜕𝑉 ⃗⃗〉
𝜕〈𝑉 ⃗⃗
𝜕𝑉 𝜕 ⃗⃗
1) 〈 〉=〈 + 〉=〈 ⃗⃗ 〉〉 + 𝜕 〈𝑉
〉 + 〈 〉 = 〈〈𝑉 (3.67)
𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝜕𝑡
⃗̃⃗ 〉 + 𝑉
⃗̃⃗ 𝑉
⃗̃⃗ ] =
⃗⃗𝑉
𝑉 ⃗⃗ 1
2) ∇∙ ≈ 𝐻 ∇ ∙ (𝑉 ⃗⃗ ) = 1 ∇ ∙ [〈𝑉
⃗⃗ 𝑉 ⃗⃗ 〉〈𝑉
⃗⃗ 〉 + 2 〈𝑉
⃗⃗ × 𝑉
𝐻𝑜 +𝜂 𝑜 𝐻 𝑜
1
⃗̃⃗ 𝑉
⃗⃗ 〉〈𝑉〉) + (𝑉
= 𝐻 ∇ ∙ [(〈𝑉 ⃗̃⃗ )] (3.68)
≈ 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐻𝑜 ≫ 𝜂
4)
〈𝑔(𝐻𝑜 + 𝜂)∇𝜂〉 = 𝑔[〈𝐻𝑜 ∇〈𝜂〉〉 + 〈𝐻𝑜 ∇𝜂̃〉 + 〈〈𝜂〉∇〈𝜂〉〉] + 〈〈𝜂〉∇𝜂̃〉 + 〈𝜂̃∇〈𝜂〉〉 + ⋯ 〈𝜂̃∇𝜂̃〉 =
1
⃗̃⃗ 𝑉
− (𝑔𝜂̃〈𝜂̃〉 + 𝐻 ∇ 〈𝑉 ⃗̃⃗ 〉) = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝜏𝑀
(3.70)
𝑜 ̅𝐻
𝜌 𝑜
⃗⃗〉
𝜕〈𝑉 1 〈𝜏
⃗⃗⃗⃗〉−〈𝜏
⃗⃗⃗⃗⃗〉 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝜏
⃗⃗ 〉〈𝑉
+ 𝐻 ∇ ∙ (〈𝑉 ⃗⃗ 〉) + 𝑓𝑜 𝐾
⃗⃗ × 〈𝑉
⃗⃗ 〉 = 𝑔𝐻𝑜 ∇〈𝜂〉 + 𝑠 𝑏
+ 𝜌̅𝐻𝑀 (3.71)
𝜕𝑡 𝑜 ̅ 𝐻𝑜
𝜌 𝑜
Capítulo 4
4. Correntes geradas pelo vento
As grandes correntes marítimas influem sobre o clima, aumentam ou diminuem
a temperatura das águas costeira podendo auxiliar ou dificultar o trajeto dos navios.
As correntes marítimas são verdadeiros rios de água salgada e constituem um dos
três principais tipos de movimentos oceânicos, juntamente com as ondas e as marés.
As correntes são o único movimento do mar que determina o transporte de grandes
massas de água até regiões muito afastadas de seu ponto de origem.
Podem aparecer tanto junto aos litorais como em pleno oceano; podem ser
pequenas e locais, de interesse apenas para uma área restrita, ou de grandes
proporções, capazes de estabelecer trocas de água entre pontos distantes; podem
ainda ser de superfície ou de profundidade. Neste último caso, sua trajetória é vertical,
horizontal e, em certos casos, oblíqua. Como possuem salinidade, temperatura,
densidade e, às vezes, até cor características, podem ser individualizadas.
Para estudar a formação de correntes pela ação direta dos ventos, basta
comparar a carta da repartição dos ventos com a das correntes marinhas. Aos ventos
alísios correspondem as correntes equatoriais; aos ventos de oeste das regiões
temperadas correspondem as correntes de leste; aos ventos violentos de oeste do
oceano Antártico corresponde à deriva para leste.
Os ventos podem também criar correntes ao impulsionarem águas que, ao se
acumularem numa área da plataforma continental, ocasionam desníveis locais e,
consequentemente, a formação de correntes para restabelecer o equilíbrio (balanço
entre gradiente de pressão e força de Coriolis).
A pressão atmosférica age de modo semelhante: a alta pressão provoca o
abaixamento do nível das águas (subsidência); a baixa pressão tem efeito contrário
(soerguimento). Os processos de subsidência e soerguimento provocam uma
diferença de nível das águas e a consequente formação de correntes, via
Bombeamento de Ekman.
Do ponto de vista energético, estima-se que a potência total das correntes
oceânicas de todo mundo esteja por volta de 5 mil gigawatts, ou seja, com uma
densidade de potência por volta de 15 Kw/m 2. Estimou-se que captando apenas
milésimo da energia disponível na Corrente do Golfo, isso representaria 21 mil vezes
mais energia que toda energia concentrada na vazão das Cataratas do Niagara e
atenderia a 35% da necessidade energética do estado da Florida.
Apesar das correntes marítimas e costeiras se moverem apenas com 2% da
velocidade dos ventos que as influenciam, a diferença de densidade entre o ar e a
água do mar é muito grande (~835 vezes), com isso é necessária uma corrente
marítima de menor velocidade que o vento para gerar uma mesma quantidade de
energia. Para ser ter uma ideia uma corrente marítima de 19,2 km/h é equivalente a
ventos de 176 km/h.
𝑢
𝐷 = 0,1 |𝑓∗| (4.1)
𝑜
60
𝜏𝑠
onde: 𝑢∗ = √ (4.2)
̅
𝜌
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Exemplo: |𝑉 𝑎𝑟 | = 8𝑚. 𝑠
−1
; 𝑢∗ = 10−2 𝑚. 𝑠 −1 ; 𝜃 = 23°𝑆
𝐷 ≈ 18𝑚
𝜕𝑈 𝜕𝜂 𝜏𝑠𝑥 −𝜏𝑏𝑥
− 𝑓𝑜 𝑉 = −𝑔𝐻𝑜 + ̅ 𝐻𝑜
(4.3)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜌
𝜕𝑉 𝜕𝜂 𝜏𝑠𝑦 −𝜏𝑏𝑦
+ 𝑓𝑜 𝑈 = −𝑔𝐻𝑜 + ̅ 𝐻𝑜
(4.4)
𝜕𝑡 𝜕𝑦 𝜌
𝜕𝜂 𝜕𝑈 𝜕𝑉
+ + =0 (4.5)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Usaremos:
1 1
𝐹⃗ = ̅ 𝐻𝑜
⃗⃗ =
𝜏𝑠 ; 𝐵
⃗⃗⃗⃗ 𝜏
⃗⃗⃗⃗
̅ 𝐻𝑜 𝑏
; 𝐻𝑜 = 𝐻𝑜 (𝑥) (4.6)
𝜌 𝜌
Equação de onda:
𝜕 𝜕2
[( 2 + 𝑓𝑜2 ) 𝜂 − ∇ ∙ (𝑔𝐻𝑜 ∇𝜂) + ∇ ∙ 𝐹⃗ + ∇ ∙ 𝐵
⃗⃗] + 𝑓𝑜 (∇ × 𝐹⃗ − ∇ × 𝐵
⃗⃗)
𝜕𝑡 𝜕𝑡
− 𝑔𝑓𝑜 𝐽(𝐻𝑜 , 𝜂) = 0
(4.7)
Condição de contorno:
𝑈 = 0 , 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (4.8)
61
Ou
𝜕 𝜕𝜂 𝜕𝜂 𝑓𝑜 1
+ 𝑓𝑜 = (𝐹𝑦 − 𝐵𝑦) + (𝐹𝑥 − 𝐵𝑥), 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (4.9)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝑔𝐻𝑜 𝑔𝐻𝑜
𝐹𝑥 = −𝑢∗2 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≥0
𝐹𝑦 = 0 , ∀𝑡 (𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑡) (4.10)
𝜕2 𝜕2 𝜂
(𝜕𝑡 2 + 𝑓𝑜2 ) 𝜂 − 𝑔𝐻𝑜 𝜕𝑥 2 = 0 (4.11)
𝜕𝜂 𝑢2∗
=− , 𝑒𝑚 𝑥 = 0 (4.12)
𝜕𝑥 𝑔𝐻𝑜
1⁄
𝑢∗2 𝑥 2 2 𝑠𝑒𝑛(|𝑓𝑜 |𝑡−𝜋⁄4)
𝜂 = |𝑓 | [𝑒 − ⁄𝑅 +( ) 1 − ⋯] (4.13)
𝑜 √𝑔𝐻𝑜 𝜋 (|𝑓𝑜 |𝑡) ⁄2
√𝑔𝐻𝑜
Onde: 𝑅 = (4.14)
|𝑓𝑜 |
Válida para 𝑇 > |𝑓𝑜−1 | → período inercial maior que a força de Coriolis.
𝑢∗2 𝑥⁄
𝜂𝑛𝑜 = |𝑓 | 𝑒− 𝑅 → levantamento pelo vento “wind setup”. (4.15)
𝑜 √𝑔𝐻𝑜
62
1⁄
𝑢∗2 2 2 𝑠𝑒𝑛(|𝑓𝑜 |𝑡−𝜋⁄4)
𝜂𝑜𝑠 = |𝑓 | ( ) 1 → oscilação amortecida devido ao denominador.
𝑜 √𝑔𝐻𝑜 𝜋 (|𝑓𝑜 |𝑡) ⁄2
𝑈𝑛𝑜 = 0
𝑢2∗ −𝑥⁄
𝑉𝑛𝑜 = (1 − 𝑒 𝑅) (4.16)
𝑓𝑜
Logo temos:
𝑢∗2 𝜏𝑠
= ̅ 𝑓𝑜
(4.17)
𝑓𝑜 𝜌
Fazendo:
𝑢 = 𝑢𝑝 + 𝑢𝑓
(4.18)
𝑣 = 𝑣𝑝 + 𝑣𝑓
Obtemos:
𝑢𝑝 = 0
𝑢∗2 𝑥⁄
𝑣𝑝 = − 𝑒− 𝑅 (4.19)
𝑓𝑜 𝐻𝑜
𝑢∗2 𝑧 𝑧
𝑢𝑓 = (𝑐𝑜𝑠 + 𝑠𝑒𝑛 )
𝑓𝑜 𝐷 𝐷 𝐷
(4.20)
𝑢∗2 𝑧 𝑧
𝑣𝑓 = (𝑐𝑜𝑠 − 𝑠𝑒𝑛 )
𝑓𝑜 𝐷 𝐷 𝐷
63
𝐹𝑦 = 𝑢∗2 , 𝑡 ≥ 0
𝜕2 𝜕2 𝜂
(𝜕𝑡 2 + 𝑓𝑜2 ) 𝜂 − 𝑔𝐻𝑜 𝜕𝑥 2 = 0 (4.22)
𝜕 𝜕𝜂 𝑓𝑜
= 𝑢∗2 em x = 0 (4.23)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝑔𝐻𝑜
64
• Solução de Crépon:
1⁄ 𝑐𝑜𝑠(𝑓 𝑡−𝜋)
−𝑢∗2 𝑓𝑜 −𝑥 2 2 𝑜
𝜂=
𝑓𝑜 √𝑔𝐻𝑜
∙ |𝑓 | [𝑓𝑜 𝑡𝑒 ⁄𝑅 −( )
𝜋
4
𝑓𝑜 𝑡
⋯+ ⋯] (4.24)
𝑜
• Solução não-oscilatória
−𝑢∗2 𝑓 −𝑥⁄
𝜂= ∙ |𝑓𝑜| 𝑡𝑒 𝑅 (4.25)
√𝑔𝐻𝑜 𝑜
É função do tempo:
𝑢∗2 −𝑥⁄
𝑈= (1 − 𝑒 𝑅) (4.26)
𝑓𝑜
−𝑥⁄
𝑉 = 𝑢∗2 𝑡𝑒 𝑅 (4.27)
𝜕𝜂
−𝑓𝑜 𝑉 = −𝑔𝐻𝑜 (4.28)
𝜕𝑥
𝜕𝑉
+ 𝑓𝑜 𝑈 = 𝑢∗2 (4.29)
𝜕𝑡
Obs.:
1- 𝑉 é geostrófico
2- Nas proximidades da costa, 𝑉 → 0
𝜕𝑉
= 𝑢∗2
𝜕𝑡
−𝑢∗2 −𝑥⁄
𝑢𝑝 = 𝑒 𝑅 (4.30)
𝑓𝑜 𝐻𝑜
𝑢∗2 𝑡 −𝑥⁄
𝑣𝑝 = 𝑒 𝑅 (4.31)
𝐻𝑜
𝑢∗2 𝑧 𝑧
𝑢𝑓 = (𝑐𝑜𝑠 𝐷 + 𝑠𝑒𝑛 𝐷) (4.32)
𝑓𝑜 𝐷
−𝑢∗2 𝑧 𝑧
𝑣𝑓 = (𝑐𝑜𝑠 𝐷 − 𝑠𝑒𝑛 𝐷) (4.33)
𝑓𝑜 𝐷
0
𝑈 = ∫−𝐻 𝑢 𝑑𝑧 = 0 (4.34)
𝑜
0 −𝑢∗2
𝑈𝑝 = ∫−𝐻 𝑢𝑝 𝑑𝑧 = (4.35)
𝑜 𝑓𝑜
0 𝑢2
𝑈𝑓 = ∫−𝐻 𝑢𝑓 𝑑𝑧 = 𝑓∗ (4.36)
𝑜 𝑜
0
𝑉 = ∫−𝐻 𝑣 𝑑𝑧 = 𝑢∗2 𝑡 (4.37)
𝑜
0
𝑉𝑝 = ∫−𝐻 𝑣𝑝 𝑑𝑧 = 𝑢∗2 𝑡 (4.38)
𝑜
0
𝑉𝑓 = ∫−𝐻 𝑣𝑓 𝑑𝑧 = 0 (4.39)
𝑜
Figura 4.3: Representações do jato costeiro para vento de norte e de sul do Hemisfério Sul.
67
4.2. Ressurgência
Ressurgência é o afloramento da picnoclina gerada por uma divergência
superficial das correntes.
Na plataforma continental há:
• Ressurgência costeira: causada pela divergência do transporte de deriva do
vento perpendicular à costa.
PS.: se não houver divergência do transporte de deriva do vento, não há ressurgência
costeira.
• Ressurgência de quebra de plataforma continental: causada por meandros
ou vórtices ciclônicos da corrente de contorno oeste (Corrente do Brasil ou
Corrente Norte do Brasil):
- Marés internas;
- Ressurgência costeira em PC estreita.
68
𝑥𝑠 = 0
{ 𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≥ 0 (4.40)
𝑦𝑠 = 𝐻∗
𝑥𝑏 = 0
(4.41)
𝑦𝑏 = 0
𝑈 = 0 𝑒𝑚 𝑥=0 (4.42)
• Solução não-oscilatória:
1⁄
−𝑢∗2 𝑡 𝑓𝑜 −𝑥 𝐻22 𝜕 2 −𝑥⁄
𝜂1 = [𝑒 ⁄𝑅 + (𝐻 ) 𝑒 𝑅𝑖 ] (4.42.1)
√𝑔𝐻 |𝑓𝑜 | 𝐻 1 𝐻2
𝐻 −𝑥⁄ 𝐻2 −𝑥⁄
𝑉1 = 𝑢∗2 𝑡 ( 𝐻1 𝑒 𝑅 + 𝑒 𝑅𝑖 ) (4.43.1)
𝐻
𝑢∗2 𝑡 𝑓𝑜 𝐻 1 −𝑥⁄ 𝐻2 𝑥⁄
𝜂2 = |𝑓 |
[− 22 (𝜕𝐻1 𝐻2 ) ⁄2 𝑒 𝑅 + 𝑒− 𝑅𝑖 ] (4.43.2)
′ 𝐻1 𝐻2 𝑜 𝐻 𝐻1
√𝑔
𝐻
𝐻2 −𝑥⁄ −𝑥⁄
𝑉2 = 𝑢∗2 𝑡 (𝑒 𝑅 −𝑒 𝑅𝑖 ) (4.44.2)
𝐻
Onde:
√𝑔𝐻
𝑅=
|𝑓𝑜 |
69
𝜌2 −𝜌1
𝜕= (4.45)
𝜌1
√𝑔′𝐻
𝑅𝑖 =
|𝑓𝑜 |
OBS.:
1) Para 𝒙 ≫ 𝑹
𝑢∗2
𝜂1 = 𝜂2 ; 𝑉1 = 𝑉2 = 0 ; 𝑈1 = ; 𝑈2 = 0
𝑓𝑜
Isto é, apenas o transporte de Ekman na camada superior não é nulo. Usando valores
numéricos:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
|𝑉 𝑎𝑟 | = 8𝑚. 𝑠
−1
; 𝑢∗ = 10−2 𝑚. 𝑠 −1 ; 𝑈 = 1,8 𝑚2 𝑠 −1
2) 𝑹𝒊 < 𝒙 < 𝑹
𝜂1 −𝑢2 𝑡 𝑓
1
[𝜂 ] = ∗ |𝑓𝑜 | [𝐻1 ] (4.46)
2 √𝑔𝐻 𝑜 𝐻2
𝑈 𝑢2 𝐻 1
[ 1 ] = 𝑓∗ 𝐻2 [ ] (4.47)
𝑈2 𝑜 −1
𝐻1
𝑉
[ 1 ] = 𝑢∗2 . 𝑡 [𝐻𝐻2 ] (4.48)
𝑉2
𝐻
3) 𝒙 ≪ 𝑹𝒊
𝑈1 = 𝑈2 = 0 ; 𝑉1 = 𝑢∗2 𝑡 ; 𝑉2 = 0
1
𝜂1 √𝑔𝐻
𝑓
[𝜂 ] = −𝑢∗2 𝑡 |𝑓𝑜 | [ 1 ] (4.49)
2 𝑜
𝐻 𝐻
√𝑔′ 1 2
𝐻
Isto é:
𝑈 = 𝑈1 + 𝑈2 = 0 e 𝑈1 = 𝑈2 = 0 ; 𝑉2 = 0
Assim, o único transporte não nulo é de 𝑉1, devido ao jato costeiro, além disso,
𝜂1 ∙ 𝜂2 < 0 e 𝑔 ≫ 𝑔′. Logo |𝜂1 | < |𝜂2 | → 0 o modo baroclínico é predominante.
Se:
𝜂2 > 0 → 𝜂1 < 0 → Ressurgência
𝜂2 < 0 → 𝜂1 > 0 → Subsidência
• Velocidade vertical
𝑑𝜂2 𝑢∗2 𝑓𝑜
𝑤𝜂2 = ≈ |𝑓𝑜 |
(4.50)
𝑑𝑡 𝐻 𝐻
√𝑔′ 1 2
𝐻
• Afloramento da picnoclina
- Vento impulsivo, paralelo à costa, “soprando” por um intervalo de tempo suficiente
para causar a afloramento.
- Desprezar o modo barotrópico (𝜂1 = 0).
- Durante o período do vento
𝑑𝑣1 𝑢2
+ 𝑓𝑜 𝑢1 = 𝐻∗ (4.51)
𝑑𝑡 1
𝑑𝑣2
+ 𝑓𝑜 𝑢2 = 0 (4.52)
𝑑𝑡
Ι
𝑣1 + 𝑓𝑜 ε1 = 𝐻 (4.53)
1
𝑣2 + 𝑓𝑜 ε2 = 0 (4.54)
𝑡 𝜏𝑦
Onde:Ι = 𝑢∗2 𝑡 = ∫0 𝜌 𝑑𝑡 [𝐿2 𝑇 −1 ]
1
𝑡 𝑡
𝜀1 = ∫0 𝑢1 𝑑𝑡 e 𝜀2 = ∫0 𝑢2 𝑑𝑡
➢ 𝑣𝑝 depois do afloramento:
𝑑𝑣 𝑑𝑣
𝑓𝑜 + 𝑑𝑥 𝑓𝑜 + 𝑑𝑥2
; (4.55)
ℎ1 ℎ2
Conservando 𝑣𝑝 :
𝑑𝑣 𝑑𝑣
𝑓𝑜 𝑓𝑜 + 𝑑𝑥 𝑓𝑜 𝑓𝑜 + 𝑑𝑥2
= ; = (4.56)
𝐻1 ℎ1 𝐻2 ℎ2
𝑔 𝑑
𝑣2 = 𝑓 (ℎ1 + ℎ2 − 𝛿ℎ1 ) (4.58)
𝑜 𝑑𝑥
𝑔 𝑑ℎ2
𝑣2 = 𝑓 (4.59)
𝑜 𝑑𝑥
𝑑 2 ℎ2 𝑓𝑜2 𝑓𝑜2
− ℎ2 = − , (4.61)
𝑑𝑥 2 𝑔𝐻2 𝑔
𝜀2 = 0 𝑒𝑚 𝑥 = 0
73
𝜀1 = 𝑥𝑜 ; 𝜀2 é 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑜
𝑒𝑚 𝑥 = 𝑥𝑜 { ℎ1 = 0
ℎ2 é 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑜
ℎ1 → 𝐻1
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝛼 → +∞ {
ℎ2 → 𝐻2
Soluções:
Ι 𝐻2
𝑥𝑜 = 𝑓 𝐻 = 𝑅𝑖 (4.62)
𝑜 1 𝐻1 +𝐻2
−𝑥−𝑥𝑜
ℎ1 = 𝐻1 (1 − 𝑒 𝑅𝑖 ) , 𝑥 ≥ 𝑥𝑜 (4.63)
𝑥−𝑥𝑜
𝑓 𝛿𝑔𝐻2
𝑣1 − 𝑣2 = |𝑓𝑜 | 𝑒− 𝑅𝑖 , 𝑥 ≥ 𝑥𝑜 (4.64)
𝑜 √𝑔′ 𝐻
Como não há atrito com o fundo, essas soluções se mantêm caso o vento cesse. Se
Ι é maior, 𝑥𝑜 é maior e vice-versa.
74
Capítulo 5
5. Circulação termohalina
5.1. Fluido quase-geostrófico
➢ A exceção das descargas fluviais, a plataforma continental é homogênea.
➢ Gradientes de densidade causados por fluxo de flutuabilidade “buoyancy flux”.
➢ Os gradientes de densidade são pequenos pois, a água estuarina já está
suficientemente misturada.
𝜕 𝜕2 𝑢
−𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 𝜕𝑥 (𝜂 + 𝜂𝑑 ) + 𝑘 𝜕𝑧 2 (5.1)
𝜕 𝜕2 𝑣
𝑓𝑜 𝑢 = −𝑔 𝜕𝑦 (𝜂 + 𝜂𝑑 ) + 𝑘 𝜕𝑧 2 (5.2)
0 𝜌−𝜌0
𝜂𝑑 = ∫𝑧 𝑑𝑧 , onde:
𝜌0
𝑧 𝜌
̃
𝜌 = 𝜌0 + 𝜌̃ → 𝜂𝑑 = ∫0 𝑑𝑧 (5.3)
𝜌0
̃
𝜌
No problema: 𝜌 = 𝜀 < 0 (á𝑔𝑢𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎 𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑃. 𝐶. )
0
1 𝜕𝜌
𝜀= (𝑆 − 𝑆0 ) , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑆 é 𝑎 𝑠𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒.
𝜌0 𝜕𝑆
𝜀 = 𝛽∆𝑆 (5.4)
1 𝜕𝜌
𝛽=𝜌 , é o coeficiente de contração salina (5.5)
0 𝜕𝑆
76
∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆0 (5.6)
0
𝜂𝑑 = 𝛽 ∫𝑧 Δ𝑆 𝑑𝑧 (5.7)
Observe:
Aproximação:
𝑑(∆𝑆) 𝑆𝐿 − 𝑆𝑐
=
𝑑𝑥 𝐿
𝜕
Também: 𝜕𝑧 (∆𝑆)𝑥=𝐿 = 0
𝜕𝜂 𝑧 𝜕2 𝑢
−𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 𝜕𝑥 + 𝑔𝛽(∆𝑆)𝑥=𝐿 + 𝑘 𝜕𝑧 2 (5.8)
𝐿
𝜕2 𝑣
𝑓𝑜 𝑢 = 𝑘 𝜕𝑧 2 (5.9)
5.3. Atrito
𝜕𝑢 𝜕𝑣
𝑘 𝜕𝑧 = 0 ; 𝑘 𝜕𝑧 = 0 , 𝑒𝑚 𝑧 = 0 (5.11)
𝜕𝑢 𝜕𝑣
𝑘 𝜕𝑧 = 𝑟𝑢 ; 𝑘 𝜕𝑧 = 𝑟𝑣 , 𝑒𝑚 𝑧 = −𝐻 (5.12)
𝑣⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑝 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑓
No problema:
𝑢𝑝 = 0
𝑔 𝜕𝜂 𝛽(∆𝑆)𝑥=𝐿 ∙𝑧
𝑣𝑝 = [ − ]
𝑓𝑜 𝜕𝑥 𝐿
(5.13)
𝑢𝑓 = 𝑢
𝑣𝑓 = 𝑣 − 𝑣𝑝
𝜕𝑣
= 0 𝑒𝑚 𝑧 = −𝐻 (5.15)
𝜕𝑧
De (5.15) e (5.12):
𝑣 = 0 𝑒𝑚 𝑧 = −𝐻 (5.16)
78
𝑧+𝐻 𝑧+𝐻 𝑧⁄
𝑢𝑓 = [𝐴 𝑠𝑒𝑛 ( ) − 𝐵 𝑐𝑜𝑠 ( )] 𝑒 − 𝐷
𝐷 𝐷
𝑧+𝐻 𝑧+𝐻 𝑧⁄
𝑣𝑓 = [𝐴 𝑐𝑜𝑠 ( ) + 𝐵 𝑠𝑒𝑛 ( )] 𝑒 − 𝐷
(5.17)
𝐷 𝐷
2𝑘
𝐷 = √|𝑓 |
{ 𝑜
De (5.17) em (5.12):
𝑟𝐷
𝑔𝛽(∆𝑆)𝑥=𝐿 𝐷 1+ 𝑘
𝐴= − ∙ 𝑟𝐷
𝑓𝑜 𝐿 2+
𝑘
𝑔𝛽(∆𝑆)𝑥=𝐿 𝐷 1 (5.18)
𝐵=− ∙ 𝑟𝐷
𝑓𝑜 𝐿 2+
𝑘
𝑟𝐷
𝜕𝜂 𝛽(∆𝑆)𝑥=𝐿 𝐻 𝐷 1+ 𝑘
=− (1 − ∙ ) (5.19)
𝜕𝑥 𝐿 𝐻 2+𝑟𝐷
𝑘
𝑟𝐷
𝑔𝛽(∆𝑆)𝑥=𝐿 1+
𝑘
𝑣𝑝 = − [(𝑧 + 𝐻 ) − 𝐷 ∙ 𝑟𝐷 ] (5.20)
𝑓𝑜 𝐿 2+ 𝑘
𝑟𝐷
1+ 𝑘
(𝑧 > −𝐻 + 𝐷 𝑟𝐷 ),
2+ 𝑘
Capítulo 6
6. Frentes na plataforma continental
➢ Região onde há intensificação de gradientes horizontais ou quase-
horizontais de propriedades.
➢ São regiões instáveis, onde processos de meso e pequena escala são
bastantes importantes.
➢ Em geral, as fontes separam duas ou mais massas de água.
𝑄𝛿𝑡
𝛿𝑇 = 𝜌𝐶 (6.1)
𝑝ℎ
𝛿ℎ = 𝛼ℎ𝛿𝑡 (6.2)
𝛿ℎ
Ou: 𝛿𝜌 = 𝜌 (6.3)
ℎ
𝐻
𝑉 = ∫0 𝜌𝑔𝑧 𝑑𝑧 (6.5)
Logo:
𝑉 = [𝑚. 𝑇 −2 ] = 𝐽. 𝑚−2,
81
1
𝛿𝑉 = 2 𝑔𝛿𝜌[ℎ(𝐻 − ℎ)] (6.6)
De (6.4) e (6.6):
𝛿𝑉 1 𝑔𝛼𝑄(𝐻−ℎ)
=2 (6.7)
𝛿𝑡 𝐶𝑝
𝑑𝑉 1 𝑔𝛼𝑄(𝐻−ℎ)
=2 (6.8)
𝑑𝑡 𝐶𝑝
𝑑𝐸𝑏
= 𝜏𝑏 𝑢𝑏 (6.9)
𝑑𝑡
𝑑𝐸𝑏
= 𝜌𝐶𝑑 𝑢𝑏3 (6.11)
𝑑𝑡
𝑑𝐸𝑠 3
= 𝜌𝑎𝑟 ∙ 𝐶10 ∙ 𝑢𝑎𝑟 (6.12)
𝑑𝑡
𝑑𝑉 𝑑𝐸𝑏 𝑑𝐸𝑠
≤𝜀 +∆ (6.13)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
2𝜀𝐶𝑝 𝐶𝑑 𝜌 3
2∆𝐶𝑝 𝐶10 𝜌𝑎𝑟 𝑢𝑎𝑟
𝐻
3 ≤ + 3 (6.14)
𝑢𝑏 𝑔𝛼𝑄 𝑔𝛼𝑄𝑢𝑏
Simpsom e Hunter (1974) e Simpsom et. al (1978) mostram que a coluna se apresenta
homogênea quando:
𝐻
log10 (𝑢3 ) ≤ 2,7 (6.15)
𝑏
𝑑
−𝑓𝑜 𝑣 = −𝑔 𝑑𝑥 (ℎ + ℎ′) (6.16)
𝑑𝑣
+ 𝑓𝑜 𝑢 = 0 (6.17)
𝑑𝑡
𝑑
−𝑓𝑜 𝑣 ′ = −𝑔 𝑑𝑥 (ℎ + ℎ′ − 𝜀ℎ) (6.18)
𝑑𝑣′
+ 𝑓𝑜 𝑢′ = 0 (6.19)
𝑑𝑡
𝑑𝑣
𝑓𝑜 𝑓𝑜 +𝑑𝑥
(1+𝜀)𝐻
= (6.20)
ℎ
𝑑𝑣′
𝑓𝑜 𝑓𝑜 + 𝑑𝑥
= (6.21)
𝐻 ℎ′
84
2+𝜀 2 1 ℎ
(𝜀𝐷2 − 𝐷 + ) =1
1+𝜀 1+𝜀 𝐻
(6.22)
ℎ′ 1 ℎ
=( − 𝜀𝐷2 )
𝐻 1+𝜀 𝐻
𝑑
Onde 𝐷 = 𝑅 𝑑𝑥 ; onde 𝑅 é o raio de deformação
Condições de contorno:
ℎ′ = 0 𝑒𝑚 𝑥 = −𝑏 (6.23)
ℎ = 0 𝑒𝑚 𝑥 = 𝑎 (6.24)
De (6.17) a (6.19):
𝑣 = −𝛿𝑓𝑜
(6.25)
𝑣 ′ = 𝛿′𝑓𝑜
𝑣 = −𝑓𝑜 𝑎 𝑒𝑚 𝑥 = 𝑎
(6.26)
′
𝑣 = −𝑓𝑜 𝑏 𝑒𝑚 𝑥 = 𝑏
Condições aproximadas:
ℎ = 𝐻 + 𝑂(𝜀𝐻) 𝑒𝑚 𝑥 = −𝑏
(6.27)
ℎ′ = 𝐻 + 𝑂(𝜀𝐻) 𝑒𝑚 𝑥 = 𝑎
(6.28)
85
𝑥
ℎ 1 sen ℎ (𝑅𝑖 )
= (1 − 𝑎 ) + 𝑂 (𝜀)
𝐻 2 sen ℎ 𝑅𝑖
𝑥
ℎ′ 1 sen ℎ (𝑅𝑖 )
= (1 + 𝑎 ) + 𝑂 (𝜀)
𝐻 2 sen ℎ (𝑅𝑖 )
√𝜀𝑔𝐻⁄2
Onde 𝑅𝑖 = é o raio de deformação interno.
|𝑓𝑜 |
𝑥
𝑓𝑜 𝑅𝑖 𝑥 cos ℎ (𝑅𝑖 ) 1
𝑣=− [ + 𝑎 ] + 𝑂 (𝜀 ⁄2 )
2 𝑅𝑖 cos ℎ ( )
𝑅𝑖
(6.29)
𝑥
𝑓𝑜 𝑅𝑖 𝑥 cos ℎ (𝑅𝑖 ) 1
𝑣′ = − [ − 𝑎 ] + 𝑂 (𝜀 ⁄2 )
2 𝑅𝑖 cos ℎ ( )
𝑅𝑖
De (6.28) e (6.24):
𝑎 𝑎
= cotg ℎ ( ) → 𝑎 = 1,2 ; 𝑅𝑖 = 𝑏
𝑅𝑖 𝑅𝑖
86