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ESTUDO DE

IDENTIFICAÇÃO DE
PASSIVO AMBIENTAL
AVALIAÇÃO
PRELIMINAR E
ESTUDO DE INVESTIGAÇÃO
CONFIRMATÓRIA

CARACTERIZAÇÃO
HIDROGEOLÓGICA

GRANDE LAGO
TRANSPORTE E
COMÉRCIO DE DERIVADOS
DE PETRÓLEO LTDA

TRR ARADIESEL

CNPJ: 06.887.378/0001-35
RUA BRAS EMILIANO, Nº 542
ÁREA INDUSTRIAL
CEP: 85.875-000
SANTA TEREZINHA DE ITAIPU/PR

SETEMBRO DE 2019

MONITORAR CONSULTORIA AMBIENTAL LTDA


Rua: Mato Grosso, 2342 - Centro.
Cascavel – PR
Fone: (45) 3303-4575
monitorarconsultoriaambiental@gmail.com
Estudo de Identificação de Passivo Ambiental
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
1.1 Identificação ............................................................................................................................5
2 AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE PASSIVO AMBIENTAL ........................................................ 7
2.1 Histórico ..................................................................................................................................7
2.2 Caracterização do Entorno .....................................................................................................7
2.3 Caracterização do Empreendimento ................................................................................... 12
2.4 Caracterização Hidrogeológica ............................................................................................ 18
2.5 Modelo Conceitual Inicial ..................................................................................................... 25
3 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA DE PASSIVO AMBIENTAL ....................................... 27
3.1 Avaliação de Compostos Orgânicos Voláteis - COV ........................................................... 27
3.2 Sondagens Realizadas ........................................................................................................ 28
3.3 Plano de Amostragem de Solo ............................................................................................ 35
3.4 Plano de Amostragem de Água Subterrânea ...................................................................... 36
3.5 Resultados Analíticos .......................................................................................................... 37
3.6 Resultados Analíticos de Solo e Água Subterrânea ............................................................ 38
3.7 Modelo Conceitual Confirmatório ......................................................................................... 40
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 41
5 RESPONSABILIDADE TÉCNICA ......................................................................................... 42

Anexos:

Anexo I – Certificado de Calibração do Detector de Gases


Anexo II – Boletim de Recebimento, Cadeia de Custódia e Resultados Analíticos
Anexo III – Declaração de Responsabilidade
Anexo IV – Anotação de Responsabilidade Técnica

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FIGURAS

Figura 1: Carta Topográfica com localização do município e do empreendimento ................................................. 6

Figura 2: Comparação de imagens multitemporais................................................................................................. 9

Figura 3: Corpos Hídricos Superficiais e Poços cadastrados no entorno. ............................................................ 10

Figura 4: Classificação da área do entorno e uso e ocupação ............................................................................. 11

Figura 5: Fotos da pista de carregamento, descarregamento e canaletas. .......................................................... 13

Figura 6: Fotos de filtro e braço de carregamento ................................................................................................ 13

Figura 7: Fotos da bomba, filtro e sump. .............................................................................................................. 14

Figura 8: Fotos da área de tancagem. .................................................................................................................. 14

Figura 9: Fotos da descarga, boca de visita e monitoramento. ............................................................................ 15

Figura 10: Fotos da caixa separadora. ................................................................................................................. 15

Figura 11: Croqui do empreendimento com instalações atuais ............................................................................ 17

Figura 12: Mapa geológico do Estado do Paraná ................................................................................................. 19

Figura 13: Aspectos pedológicos das sondagens ................................................................................................. 19

Figura 14: Mapa com sentido de fluxo superficial ................................................................................................. 21

Figura 15: Fotos do ensaio de percolação ............................................................................................................ 22

Figura 16: Perfil da sondagem utilizada para ensaio de condutividade hidráulica ................................................ 23

Figura 17: Ábaco para definição do coeficiente de condutividade hidráulica ........................................................ 23

Figura 18: Fotos do ensaio de condutividade hidráulica ....................................................................................... 24

Figura 19: Mapa Pluviométrico do Estado ............................................................................................................ 25

Figura 21: Modelo Conceitual Inicial ..................................................................................................................... 26

Figura 21: Fotos da avaliação de COV ................................................................................................................. 28

Figura 22: Fotos da sondagem ST-01 para coleta de solo ................................................................................... 29

Figura 23: Fotos da sondagem ST-02 para coleta de solo ................................................................................... 30

Figura 24: Fotos da sondagem ST-03 para coleta de solo ................................................................................... 30

Figura 25: Fotos da amostragem e leitura de COV nas amostras. ....................................................................... 30

Figura 26: Mapa com localização das sondagens efetuadas, avaliação de COV e ensaios ................................ 31

Figura 27: Perfil de sondagem ST-01 para coleta de solo .................................................................................... 32

Figura 28: Perfil de sondagem ST-02 para coleta de solo .................................................................................... 33

Figura 29: Perfil de sondagem ST-03 para coleta de solo .................................................................................... 34

Figura 30: Medição e Amostragem do poço cacimba ........................................................................................... 36

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Cronograma do histórico ambiental. ........................................................................................................ 7

Tabela 2: Características dos tanques subterrâneos do empreendimento ........................................................... 12

Tabela 3: Ficha Técnica de Vistoria, conforme Anexo IX – SEMA 032/2016 ........................................................ 16

Tabela 4: Modelo Conceitual Inicial da Área. ........................................................................................................ 26

Tabela 5: Plano de Amostragem de Solo, UTM Datum SIRGAS 2000, zona 21S. ............................................... 35

Tabela 6: Plano de Amostragem de Água, UTM Datum SIRGAS 2000, zona 21S. .............................................. 36

Tabela 7: Tabela dos valores orientadores para qualidade do solo e água. ......................................................... 37

Tabela 8: Resultados analíticos de BTEX, PAH e TPH para solo coletado em 20/07/2019. ................................. 38

Tabela 9: Resultados analíticos de BTEX, PAH e TPH para água coletada em 20/07/2019 ................................ 39

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1 INTRODUÇÃO

Com intuito de renovação de Licença de Operação junto ao Instituto Ambiental do Paraná


- IAP, a empresa GRANDE LAGO TRANSPORTE E COMÉRCIO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO
LTDA, contratou a Monitorar Consultoria Ambiental para realizar a Caracterização Hidrogeológica e
Avaliação Preliminar e Investigação Confirmatória de Estudo de Identificação de Passivos Ambientais
na área do empreendimento que abriga um TRR (Transportador Revendedor Retalhista).

Os trabalhos executados levam em consideração Resolução SEMA N° 032/2016 - Anexo


VII, que define as diretrizes mínimas para elaboração de estudos de identificação de passivos
ambientais em empreendimentos revendedores de combustíveis.

A etapa de campo para os estudos preliminar e confirmatório foi realizada nos dias 16 e 20
de julho de 2019.

1.1 Identificação

DADOS DO EMPREENDIMENTO

Razão Social GRANDE LAGO TRANSPORTE E COMÉRCIO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA


Nome Fantasia TRR ARADIESEL
Endereço Rua Bras Emiliano, nº 542 – Área Industrial
Município/PR Santa Terezinha de Itaipu/PR – CEP: 85.875-000
CNPJ 06.887.378/0001-35
Licença de Operação Nº 22489 – validade: 03/12/2019
Coordenada Central UTM 759.361 mE / 7.182.961 mS – Zona 21S – SIRGAS2000
Telefone (45) 3541-0225
Status Em operação
DADOS DA CONTRATADA
Razão Social Monitorar Consultoria Ambiental Ltda
Nome Fantasia Monitorar Consultoria
Responsável Técnico Allan Korte
Título Profissional Geólogo
CREA-PR 71.425/D

A área em apreço está inserida na carta topográfica de articulação SG.21-X-D-III-3-SO,


código ao milionésimo MI-2832-3-SO, Folha Santa Terezinha de Itaipu, escala 1:25.000, elaborada
pelo ministério do Exército - Diretoria de Serviço Geográfico. O centro geométrico do local foi usado
como referência, sendo as coordenadas UTM 759.361 mE / 7.182.961 mS, zona 21S, DATUM SIRGAS
2000, estando a aproximadamente 292 metros de altitude em relação ao nível do mar.

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Figura 1: Carta Topográfica com localização do município e do empreendimento

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2 AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE PASSIVO AMBIENTAL

Conforme o Anexo VII da resolução SEMA 032/2016, esta etapa tem como objetivo principal
constatar evidências, indícios ou fatos que permitem suspeitar da existência de contaminação na
área em avaliação, por meio de levantamento de informações disponíveis sobre o uso atual e
pretérito da área, de modo a subsidiar o desenvolvimento das próximas etapas de investigação.

2.1 Histórico

O histórico das modificações realizadas no empreendimento, assim como também de


vazamentos ocorridos e operações realizadas, foi levantado através de consultas aos proprietários,
funcionários e vizinhos.

Na tabela 1 consta o resumo dos principais eventos de cunho ambiental em ordem


cronológica de acontecimentos.

Tabela 1: Cronograma do histórico ambiental.

DATA EVENTO

2004 Início das atividades

O empreendimento iniciou suas atividades como transportador revendedor retalhista (TRR)


em meados de 2004, já com os equipamentos e layout atuais, não sendo efetuada nenhuma reforma
até o momento. Ocupa um terreno de aproximadamente 1.750 m², sendo que a área comprometida
com as instalações do SASC e edificações é de 500 m². Segundo as informações levantadas com o
proprietário, nunca ocorreram acidentes ou vazamentos de hidrocarbonetos.

Anteriormente a instalação do TRR, o local e o entorno era destinado a uso exclusivamente


agrícola e nunca apresentou nenhum tipo de infraestrutura.

Até o momento não foram realizadas outras investigações ambientais ou monitoramento


ambiental.

2.2 Caracterização do Entorno

Para a avaliação multitemporal da área do entorno do empreendimento foi considerado um


raio de 200 metros a partir do terreno e consultas ao software Google Earth, onde foi possível
comparar imagens desde junho de 2003 até janeiro de 2019 (Figura 02). Na área do empreendimento
é observada a própria instalação das edificações, não apresentando outras alterações. No entorno
são observadas alterações das áreas agrícolas para áreas industriais, com implantação de várias
edificações.
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Dentro do raio de 200 metros, não existem corpos aquosos que sofreriam influência direta
da atividade do empreendimento. Uma provável carga poluidora advinda da atividade na área poderia
afetar o Córrego Ipanema que dista aproximadamente 860 metros na direção do fluxo superficial
que tem sentido Noroeste.

O abastecimento de água para as atividades inerentes ao empreendimento e para consumo


humana é suprido através da rede pública da SANEPAR.

Através de consulta ao site do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS),


provido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e no site do Instituto das Águas do Paraná, existem
2 poços ou pontos de captação cadastrados dentro do raio de 200 metros. Dentro do raio de 1.000
metros existem 7 poços tubulares ou pontos de captação cadastrados com outorga de uso de direito
e dispensa de outorga, vencidas ou não.

Dentro das cercanias do empreendimento existe um poço cacimba, atualmente lacrado e


sem uso, apresentando profundidade do lençol freático medido em 16,81 metros. Nas vistorias no
entorno, não foram encontrados outros poços tubulares ou poços cacimba não cadastrados.

Na figura 03 está ilustrado o corpo hídrico mais próximo e os pontos de captação


cadastrados no SIAGAS sobre a imagem de satélite obtida no software ARCGIS (Digital Globe).

Os efluentes domésticos do empreendimento são destinados para fossa séptica, pois a área
não é atendida por rede coletora de esgoto. Os efluentes oleosos da pista de abastecimento e área
de tancagem são destinados a caixa separadora de água e óleo exclusiva e posteriormente ligado a
galeria de águas pluviais.

Na área do entorno há receptores e bens a proteger como áreas exclusivamente industriais,


além das pessoas que estão diretamente ligadas a área de influência. Não existem escolas, igrejas,
creches ou residências no entono imediato. A figura 4 ilustra o uso e ocupação do solo na área do
entorno considerando o raio de 200 metros. Considerando a Resolução do CONAMA 273/2000 e a
norma ABNT-NBR 13786/2001 para classificação do entorno de unidades de abastecimento, o local
classifica-se na Classe III. O município faz uso de poço tubular profundo para abastecimento público.

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Figura 2: Comparação de imagens multitemporais.

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Figura 3: Corpos Hídricos Superficiais e Poços cadastrados no entorno.


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Figura 4: Classificação da área do entorno e uso e ocupação

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2.3 Caracterização do Empreendimento

O empreendimento GRANDE LAGO TRANSPORTE E COMÉRCIO DE DERIVADOS DE


PETRÓLEO LTDA atua como Transportador Revendedor Retalhista (TRR), iniciou suas atividades
em meados de 2004 e não passou por reformas até o momento.

Possui edificações administrativas e instalações para armazenamento, descarregamento e


carregamento de diesel, num terreno de aproximadamente 1.750 m2, sendo que a porção operacional
e comprometida com as instalações e edificações tem aproximadamente 500 m2. A movimentação
média mensal é 80 mil litros de combustível. Para suprimento de água tanto para as atividades e
consumo humano utiliza a rede pública da SANEPAR.

A pista de carregamento e de descarregamento é revestida em concreto armado


impermeável com superfície alisada em boas condições, cercado por canaletas metálicas de
drenagem oleosa recuadas em relação a projeção da cobertura e estão ligadas a caixa separadora
de água e óleo. Opera com 1 bomba de abastecimento com 1 bico, 1 braço de carregamento e 2
filtros de diesel. Todos estes equipamentos são dotados de sump em suas bases com sistema de
monitoramento.

O armazenamento de combustíveis se dá através de 02 tanques subterrâneos de 30 mil


litros de capacidade cada, plenos, do tipo jaquetado de parede dupla, sendo destinado 1 tanque de
30m³ para diesel S500 e 30m³ para diesel S10. Os tanques apresentam piso de concreto
impermeável sobre as bocas de descarga, cercada por canaleta metálica de drenagem oleosa,
apresentam sump nas bocas de descarga e bocas de visita, respiros com válvulas de vácuo, sensores
de vazamentos e monitoramento intersticial, porém o controle de estoque é realizado manualmente.
Não foram fornecidas informações a respeito de testes de estanqueidade.

Tabela 2: Características dos tanques subterrâneos do empreendimento

TANQUE CAPACIDADE (m3) MÓDULO PRODUTO INSTALAÇÃO (ano) STATUS

TQ-01 30 Pleno Diesel S500 2004 ATIVO

TQ-02 30 Pleno Diesel S10 2004 ATIVO

O tratamento dos efluentes oleosos gerados na pista de carregamento, descarregamento e


área de tancagem, são realizados através uma caixa separadora de água e óleo com placas
coalescentes e posterior lançamento na galeria de águas pluviais.

As informações do empreendimento conforme as condições atuais estão tabuladas na


Tabela 03, seguindo o modelo do Anexo IX da resolução SEMA 032/2016 para empreendimentos
desta natureza. As figuras 8 a 10 apresentam as condições operacionais atuais. Na figura 11 é
apresentado o layout das instalações atuais na área do empreendimento, contendo pista, área de

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tancagem e edificações.

Figura 5: Fotos da pista de carregamento, descarregamento e canaletas.

Figura 6: Fotos de filtro e braço de carregamento

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Figura 7: Fotos da bomba, filtro e sump.

Figura 8: Fotos da área de tancagem.

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Figura 9: Fotos da descarga, boca de visita e monitoramento.

Figura 10: Fotos da caixa separadora.

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Tabela 3: Ficha Técnica de Vistoria, conforme Anexo IX – SEMA 032/2016


Data da Vistoria: 16/07/2019
Empreendimento

Tipo do Empreendimento: Transportador Revendedor Retalhista


Razão Social: GRANDE LAGO TRANSPORTE E COMÉRCIO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
Dados

Nome Fantasia: POSTO PRESA


Bandeira: Branca
E-mail do empreendimento: aradiesel.adm@gmail.com
Telefones de contato: (45) 3541-0225
Data de Instalação: 2004 Data da última reforma: --- Sim Não N.A. *
básicos
Dados

Nº Tanques ( 2) Ano Instalação (2004) Nº Bombas ( 2) Nº Bicos (2) Capacidade total ( 60) m³
X
Observações: 2 Tanques Plenos de 30
Transporte Próprio de Combustíveis: X
Piso da pista de abastecimento com concreto armado e superfície alisada: X
Sistema de drenagem oleosa (canaletas) no entorno da pista de abastecimento: X
Área de abastecimento e tancagem

Piso da área de descarga em concreto armado e superfície alisada: X


Sistema de drenagem oleosa (canaletas) na área de tanques subterrâneos: X
Descarga selada - NBR 15.138 - Restritor de mangueira (CRUZETA) : X
Possui sistema de respiro de tanques (válvula de vácuo): X
Spill de tanques, Câmara de contenção da descarga de combustível - NBR 15.118: X
Controle de estoque de Combustíveis: ( X ) manual ( ) automático X
Monitoramento intersticial nos tanques subterrâneos: X
Aparelho/ano de instalação: STATUS-ES / 2004 X
Sensor Monitoramento - bombas ( X ) filtros ( X ) X
Aparelho/ano de instalação: STATUS-ES / 2004 X
Teste de Estanqueidade do SASC datado de :
Estanque ( ) Não Estanque ( )
CSAO para área da(s) pista(s): X
separadora

placas coalescentes ( X ) Volume ( L/h ) X


Caixa

CSAO para área de lavagem: X


placas coalescentes ( ) Volume ( ) X
Possui sistema de reuso de efluentes: X
Interferência Filtro Monitoramento

Câmara de contenção sob a unidade abastecedora- Sump de Bomba - NBR 15.138: X


Ambiental

Canaleta interna à projeção da cobertura das bombas e áreas de descarga- NBR 14605: X
Câmara de Contenção (sump) da unidade de filtragem de diesel: X
Tanques c/ Parede: Simples ( ) Dupla NBR 13.212 ( ) Jaquetado NBR 13.785 ( X ) X
Descarga à Distância: ( ) Drenagem Oleosa ( ) X
subterrânea diesel

Filtro de Diesel: área descoberta ( ) área coberta ( X ) Piso concretado ( X ) X


Drenagem Oleosa na área do filtro de óleo diesel: X
Local servido por rede de drenagem de águas pluviais: X
Sistema de drenagem pluvial independente do sistema de drenagem oleosa: X
Local servido por rede pública de esgotos: X
Esgoto sanitário ligado na rede pública: X
Esgoto Sanitário tratado no local, em: fossa séptica ( X ) filtro biológico ( ) sumidouro ( X ) X
Resíduos
Possui área de armazenamento de resíduos (Classe I): X
Abastecimento público da cidade se utiliza de água subterrânea: X
Data do último estudo de passivos ambientais: X
Sitio contaminado: solo ( ) água subterrânea ( ) X
Informações diversas

Óleo usado: Tq subterrâneo ( ) Parede simples ( ) Parede dupla ( ) Monitor. Interst. ( ) Tambor ( ) Tanque aéreo ( )
Bacia de contenção ( ) Área coberta ( ) Sem cobertura ( )
Lavagem de veículos: área coberta ( ): integral ( ) parcial ( ) a céu aberto ( ) decantador ( ) CSAO própria ( )
placas coalescentes ( ) filtro ( ) Sistema de tratamento de efluentes ( )
Efluente final da lavagem de veículos: rede de esgotos ( ) Solo ( ) galeria ( ) rio ( ) reuso ( )
Efluente final da drenagem oleosa pista/tanques: rede de esgostos ( ) solo ( ) rio ( ) galeria ( X ) reuso ( )
Abastecimento de água: rede pública ( X ) poço tubular profundo ( ) poço comum ( ) Rio ( ) Mina ( )
Bacia hidrográfica: Micro Bacia Córrego Ipanema - Bacia Hidrográfica Paraná 3
Responsável pelas informações: Rodrigo Peron
Cargo: Sócio Proprietário
* (N.A.) - Não aplicável.

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2.4 Caracterização Hidrogeológica

Esta etapa contempla o Estudo Hidrogeológico preconizado no Anexo VI da resolução SEMA


032/2016. Para a Caracterização Hidrogeológica foram utilizados os dados obtidos na etapa de
campo, bem como consulta a base de dados de órgãos oficiais e relatórios anteriores. Serão
apresentados aspectos geológicos, hidrogeológicos, características geotécnicas e pluviometria.

2.4.1 Geologia

O arcabouço geológico da cidade de Santa Terezinha de Itaipu, situada na porção oeste do


Estado do Paraná, está compreendido, na sua totalidade, por litologias efusivas básicas mesozóicas
da Bacia do Paraná.

A área do empreendimento está situada em um relevo materializado por seqüências de


rochas vulcânicas pertencentes à Formação Serra Geral (Grupo São Bento) da Bacia do Paraná. Estas
seqüências são constituídas por extensos derrames de rochas ígneas, predominando basaltos, de
idade jurássica-cretácica.

Para a avaliação da geologia na área de influência direta do empreendimento inicialmente


foi efetuado um mapeamento expedito de superfície, visando a análise do relevo, processos de
intemperismo, sistema de drenagem superficial e possíveis afloramentos rochosos.

O substrato da área é composto por uma camada de solo residual maduro sobre rocha
saprolítica originada da decomposição da rocha basáltica. Com a execução de 3 (três) sondagens foi
possível observar o perfil litológico do terreno, que apresentou, do topo para a base:

- Camada de solo maduro de textura argilosa, de coloração marrom avermelhado, com


baixa umidade e baixa plasticidade e com espessura superior a 6,00 metros.

As sondagens realizadas nesta etapa atingiram a profundidade máxima de 6,00 metros de


profundidade em virtude da influência das instalações investigadas e não interceptaram o aquífero
freático. Foram realizadas 3 sondagens com trado helicoidal manual, com profundidades entre 5,00
a 6,00 metros, totalizando 16,50 metros lineares perfurados. Os perfis de sondagens e o registro
fotográfico são apresentados no item 3.2 deste relatório. Conforme medição do poço cacimba,
localizado dentro das cercanias, o lençol freático está a 16,81 metros de profundidade. Este poço
encontra-se lacrado e sem uso no momento

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Figura 12: Mapa geológico do Estado do Paraná

Figura 13: Aspectos pedológicos das sondagens

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2.4.2 Hidrogeologia

O município de Santa Terezinha de Itaipu, onde se situa a área do empreendimento, faz


parte integrante da unidade hidrogeológica denominada “Aqüífero Serra Geral”.

O Aqüífero Serra Geral compreende as rochas que compõem a seqüência de derrames de


lavas basálticas com intercalações de lentes e camadas arenosas que capeiam as formações
paleozóicas da Bacia do Paraná. Essa formação é resultante do intenso magmatismo fissural, iniciado
quando ainda perduravam as condições desérticas de sedimentação da Formação Botucatu, atingindo
espessuras de até 1500 metros.

Sob o ponto de vista hidrogeológico, as rochas vulcânicas se comportam como aqüíferos


fraturados ou fissurais. A circulação da água se dá através das superfícies de descontinuidade,
quando não preenchidas por mineralizações secundárias, com diâmetro efetivo suficiente a
possibilitar o fluxo d’água.

As rochas efusivas da Formação Serra Geral são aqüíferos pouco porosos, devendo ser
consideradas rochas-reservatório de baixa qualidade. Porém, em locais que se apresentam altamente
fraturadas, falhadas, brechadas ou com intensas zonas amigdaloidais, podem se tornar bons
aqüíferos.

Dois aspectos podem ser detectados na circulação da água subterrânea nas rochas
vulcânicas da Formação Serra Geral; uma no horizonte regolítico, e outra, no da rocha propriamente
dita. Estas duas circulações, não apresentam nenhuma correspondência entre os seus níveis
piezométricos, formando circulações independentes, com alguma inter-relação, no que diz respeito
a provável recarga.

A circulação da água no horizonte regolítico se faz próximo ao contato com a rocha pouco
alterada ou sã. Muitas vezes ocorre o afloramento dessa água sob a forma de fontes, que são pontos
de surgência do fluxo subterrâneo não confinado. Estas fontes constituem o alimentador do fluxo
básico da rede hidrográfica. A descarga destas fontes, na maioria das vezes, se faz na meia encosta
próximo aos vales ou nos pontos de seccionamento da superfície estrutural, pela erosão.

A circulação da água subterrânea, dentro das rochas vulcânicas da Formação Serra Geral
esta ligada, as descontinuidades geoestruturais que atingiram o conjunto dos derrames. Nesse
domínio a matriz do maciço rochoso é caracterizada pela inexistência ou presença muito reduzida de
espaços intergranulares. Nesse meio, a água encontra-se em espaços representados por fissuras ou
fraturas, juntas ou ainda em falhas e, em casos particulares, em vesículas, amígdalas, aberturas de
dissolução, zonas de decomposição, dentre outros.

O mapa potenciométrico da área do empreendimento não pode ser confeccionado em


virtude de não ser interceptado o lençol freático até a profundidade investigada (6,00 m) e de ser

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localizado apenas 1 poço cacimba. O poço cacimba está localizado dentro das cercanias e apresenta
nível de água medido em 16,81 metros de profundidade. Este poço está lacrado e não apresenta uso
no momento. Com base nos dados obtidos em campo, pode-se afirmar que até a profundidade
investigada (16,81 metros) há um único aquífero, de caráter livre, no manto de alteração.

Considerando que o sentido de fluxo geralmente acompanha a superfície topográfica, neste


caso, o sentido de fluxo foi inferido segundo a cota do terreno, retirada da carta topográfica, que na
área de estudo tem direção preferencial SE►NW, correndo em direção ao Córrego Ipanema, que é
um afluente do Rio Passo-Cuê, que tem sua foz no Rio Paraná, já no Lago de Itaipu. O
empreendimento está inserido na micro bacia do Córrego Ipanema, dentro da Unidade Hidrográfica
Paraná 3.

Devido a apresentar apenas uma variação pedológica nas sondagens executadas e não
interceptar o aquífero freático, as seções hidrogeológicas não serão apresentadas. Na figura 14 está
o mapa potenciométrico do entorno com o sentido de fluxo superficial.

Figura 14: Mapa com sentido de fluxo superficial

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2.4.3 Ensaio de percolação

A capacidade de percolação do solo da área do empreendimento foi definida através de dois


ensaios cujos procedimentos foram baseados na NBR 13.696/1997. Os ensaios foram realizados na
área do empreendimento em solo autóctone.

Para a confecção do teste, primeiramente é realizada uma cava vertical com trado manual
helicoidal de 15 cm de diâmetro, de modo que o fundo da cava esteja aproximadamente no mesmo
nível do sistema de tratamento de esgoto. Após a retirada dos materiais soltos no fundo da cava é
feita a cobertura do fundo com cerca de 5 cm de brita. Neste caso as cavas foram realizadas com
3,0m de profundidade, isto porque esta á a profundidade máxima utilizada para o sistema de
tratamento de efluente. Na segunda etapa é então realizado o processo de saturação do terreno,
enchendo-se a cava com água até a profundidade de 15 cm do fundo. Deve-se manter esta altura
durante pelo menos 4 horas, completando com água na medida em que o nível desce. Se toda a
água colocada inicialmente infiltrar no solo dentro de 10 minutos, pode-se começar o ensaio
imediatamente.

A taxa de percolação é determinada da seguinte maneira. Coloca-se 15 cm de água na


cava acima da brita, cuidando-se que para durante todo o ensaio, não seja permitido que o nível da
água supere os 15 cm. Imediatamente após o enchimento, determinar a queda do nível d’água na
cava a cada 30 minutos (caso o rebaixamento ultrapasse os 15 cm deve-se fazer a leitura a cada 10
min). O ensaio deve se repetir desta maneira até que se obtenha diferença de rebaixamento dos
níveis entre as duas determinações sucessivas inferior a 1,5cm em pelo menos três medições
necessariamente. O cálculo da taxa para cada cava é feito dividindo-se o intervalo de tempo entre
as determinações pelo rebaixamento lido na última determinação.

Resultado: em 10 min, o rebaixamento foi de 8,0 cm (0,08m) para o ensaio EP-01. Desta
maneira, o valor da taxa de percolação obtido foi de 125 min/m.

Figura 15: Fotos do ensaio de percolação

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2.4.4 Ensaio de condutividade hidráulica

A condutividade hidráulica do solo da área do empreendimento foi definida através de dois


ensaios de infiltração, realizados com a execução de sondagens de 12 cm de diâmetro e com 40 cm
de profundidade. Este tipo de ensaio foi realizado segundo os procedimentos definidos pela ABGE
(1996).

O furo de sondagem é realizado com trado manual helicoidal de 12 cm de diâmetro, por onde
se insere um anel de PVC de mesmo diâmetro e com 9,80 cm de comprimento. Dentro do anel é
então inserida certa quantidade de água, até a mesma apresentar pouca turbidez (poucos sólidos
em suspensão), a partir de onde é iniciado o ensaio. Este procedimento é feito para a obtenção da
saturação do solo. Mede-se então o tempo necessário para a infiltração da água da boca até o final
do anel, até a estabilização da infiltração, obtida através de seis leituras semelhantes, ou com até
10% de diferença entre elas (ver Figura 16).

Com estes dados é então usada a fórmula para a definição da condutividade hidráulica do
ensaio: K= Q/h x 1/ (Cu x r) - Onde K é a condutividade hidráulica, Q é a vazão, r é o raio do furo e
Cu é o coeficiente de condutividade para solos não saturados, retirado do ábaco da Figura 17.

ANEL DE
h PVC

L
FURO DE
SONDAGEM

2r

Figura 16: Perfil da sondagem utilizada para ensaio de condutividade hidráulica

4000

2000

1000

700

400

200

100

70
L/h=1,00
L/h=0,90
Cu 40
L/h=0,75
L/h=0,60
L/h=0,50
20 L/h=0,40
L/h=0,30
L/h=0,20
L/h=0,10
10
8
6

1
1 2 4 6 8 10 20 40 70 100 210 400 700 1000 2000 4000

h/r

Figura 17: Ábaco para definição do coeficiente de condutividade hidráulica

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Resultados: o tempo necessário para infiltração foi de 4’28’’ para o ensaio EC-01. Desta
maneira, solo no local possui uma condutividade hidráulica (K) de 5,44 x 10-5 m/s.

Figura 18: Fotos do ensaio de condutividade hidráulica

2.4.5 Geotecnia

O local é influenciado pelo domínio das efusivas vulcânicas basálticas. A relativa


homogeneidade observada para cada derrame basáltico e sua consequente isotropia, reflete boas
características e comportamento geotécnico satisfatório que, por sua vez, resulta em sítios com baixa
fragilidade ambiental.

De um modo geral, os solos residuais derivados de basaltos apresentam comportamento


geotécnico satisfatório, com boas respostas às solicitações de esforços e aos processos externos, ou
seja, a incidência de fenômenos gravitacionais é baixa. A erodibilidade destes solos em talude é
baixa, geralmente com Є menor que 1 (MINEROPAR, 2004).

Na área em estudo não foram observados aterros ou cortes nem observou-se


movimentação gravitacional de massa. A profundidade do aquífero freático é de 16,81 metros.

2.4.6 Pluviometria

O aquífero livre (lençol freático) oscila naturalmente durante os períodos de chuva e


estiagem. Desta forma, a pluviometria fornece informações acerca do volume de água disponível
para recarga natural do aquífero.

No mês de execução do presente estudo a região apresentou um regime de poucas chuvas,


com índices pluviométricos acumulados para o mês na ordem de 45mm a 50mm, que inferiores à
média mensal histórica. A Figura 19 apresenta o mapa de precipitação pluviométrica do Estado do
Paraná para o mês de julho de 2019.
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Figura 19: Mapa Pluviométrico do Estado

2.5 Modelo Conceitual Inicial

Considerando as informações obtidas no histórico operacional e constatações in loco, foi


elaborado um modelo conceitual inicial para a área investigada, que se encontra apresentado na
Tabela 4. A Figura 20 apresenta a planta da empresa com o apontamento das áreas suspeitas ou
com potencial de contaminação.

Considerando que as instalações estão concentradas e a área é pequena, foi delimitada


apenas uma área com potencial de contaminação (AP-01), que considera a pista de carregamento e
descarregamento, bombas, filtro de diesel, tanques subterrâneos e caixa separadora, foi
determinada a avaliação de COV, a realização de três sondagens para verificação e amostragem de
solo.

Para avaliação do aquífero freático foi coletada amostra do poço cacimba dentro das
cercanias do empreendimento.

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Tabela 4: Modelo Conceitual Inicial da Área.

Fontes Mecanismos Mecanismos Caminhos de Vias de


Fontes Receptores
Área Primárias Primários de Secundários de Transporte dos exposição
Secundárias
Liberação Liberação Contaminantes
A partir do solo os
Dispersão de contaminantes
Suspeita de
Pista de produto através migram Inalação de
infiltração de
carregamento Suspeita de da lixiviação dos verticalmente até a vapores em
produto
, tanques solo compostos franja capilar. Na ambiente
combustível no Funcionários
AP-01 subterrâneos, contaminado químicos por água subterrânea aberto e
solo subsuperficial e terceiros.
bombas, em fase gravidade até a ocorre a dispersão ingestão de
a partir do tanque,
filtro, caixa residual franja capilar e dos compostos água
bombas e
separadora contaminação da através de subterrânea
tubulações
água subterrânea movimentos de
advecção.

Figura 20: Modelo Conceitual Inicial

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3 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA DE PASSIVO AMBIENTAL

O objetivo desta etapa é confirmar ou não a existência de contaminantes em solo e água


subterrânea levando-se em consideração as premissas levantadas na etapa anterior.

Em função do cenário apresentado na avaliação preliminar, foi realizado uma investigação


de COV, executadas 3 sondagens e o perfil avaliado em função da concentração de COV e coletadas
amostras de solo e coletada amostra de água do poço cacimba.

3.1 Avaliação de Compostos Orgânicos Voláteis - COV

Esta etapa do trabalho visa à investigação de prováveis fontes contaminantes ocorrendo


em fase vapor no subsolo. Este tipo de contaminação é gerado através da volatilização de
combustíveis presentes principalmente em fase residual e/ou fase livre em subsuperfície.

Considerando a avaliação preliminar, a identificação dos pontos com potencial e suspeitos


de contaminação e principalmente o risco a segurança devido as incertezas quanto a localização de
tubulações de combustíveis, rede elétrica e malha de aterramento, decidiu-se realizar avaliação de
COV na área com potencial de contaminação, apenas em locais críticos e com segurança, não sendo
implantada uma malha regular. Em locais onde eventualmente observa-se valores anômalos, é
realizado o adensamento da malha para detalhamento.

Para a avaliação de gás no subsolo foram realizadas 6 leituras qualitativas de vapores


orgânicos no solo subsuperficial. Foram realizadas avaliações de COV na área AP-01, ao redor da
pista de carregamento, tanques subterrâneos, a jusante das bombas e filtros e ao redor da caixa
separadora.

Imediatamente após a perfuração foi introduzido no furo uma haste de ferro oca e
perfurada, para melhor fluência de gás volátil, acoplada ao aparelho de leitura e detector de gases,
sendo que este é ajustado de modo a eliminar as concentrações de metano com sensor PID, as
leituras são detectadas em ppm. Nestes locais foram feitas medições da concentração de compostos
orgânicos voláteis (COV) a 1,0m de profundidade, sendo que não foram observados valores
anômalos, a concentração obtida foi de 0 ppm.

O certificado de calibração do detector de gases da marca Eagle, utilizado para registro da


fase vapor, encontra-se apresentado no Anexo I. O registro fotográfico desta etapa pode ser
observado na figura 21. Em virtude de não serem observadas concentrações anômalas, os dados
não serão apresentados interpolados. A disposição dos pontos avaliados e os respectivos valores
medidos estão apresentados na figura 26.

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Figura 21: Fotos da avaliação de COV

3.2 Sondagens Realizadas

Considerando a compilação de todos os dados apresentados, foi determinada a realização


de 3 sondagens na área AP-01, a jusante das instalações do SASC, visando interceptar possíveis
plumas de contaminação. A locação dos pontos de sondagem foi validada junto à gerência do local,
visando à identificação de interferências subterrâneas.

O equipamento de perfuração utilizado na execução das sondagens foi o trado helicoidal


manual de 2” de diâmetro, composto por hastes metálicas de 1 metro cada.

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Após o rompimento do piso foi iniciada a execução das sondagens a trado, sendo coletadas
duas alíquotas de solo a cada metro. A primeira amostra ficou reservada para registro de COV e a
segunda amostra ficou reservada para envio ao laboratório, em caso de seleção da amostra.

A profundidade das sondagens se limitou a influência das instalações e possível infiltração


de contaminantes e a penetratividade do equipamento, as sondagens variaram entre 5,00 a 6,00
metros de profundidade. Uma vez que não foram obtidas concentrações anômalas de COV, a
distribuição das sondagens levou em consideração a localização de equipamentos com potencial de
contaminação e o sentido de fluxo do aquífero freático, de modo a interceptar possíveis plumas de
contaminação oriundas da operação.

A sondagem ST-01 foi executada na área AP-01, ao lado de 1 dos tanques subterrâneos. O
perfil da sondagem não apresentou anomalias de COV, com concentrações de 1 ppm. A amostragem
ocorreu aos 4,00 metros de profundidade devido a possível infiltração de contaminantes e a base
dos equipamentos. A sondagem foi interrompida aos 6,000 metros de profundidade por não
apresentar indícios de contaminação.

A sondagem ST-02 foi executada na área AP-01, a jusante das bombas e filtros de diesel.
O perfil da sondagem não apresentou anomalias de COV, com concentrações de 0 ppm. A
amostragem ocorreu aos 4,00 metros de profundidade devido a possível infiltração de
contaminantes. A sondagem foi interrompida aos 5,00 metros de profundidade por não apresentar
indícios de contaminação.

A sondagem ST-03 foi executada na área AP-01, a jusante da caixa separadora. O perfil da
sondagem não apresentou anomalias de COV, com concentrações de 0 ppm. A amostragem ocorreu
aos 3,00 metros de profundidade devido a possível infiltração de contaminantes e a base do
equipamento. A sondagem foi interrompida aos 5,50 metros de profundidade por não apresentar
indícios de contaminação.

Nas figuras 22 a 25 há o registro fotográfico da execução das sondagens e avaliação de


COV nas amostras. Na figura 26 estão localizadas as sondagens executadas e demais instalações e
informações consideradas. As figuras 27 a 29 apresentam os perfis litológicos de cada sondagem.

Figura 22: Fotos da sondagem ST-01 para coleta de solo

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Figura 23: Fotos da sondagem ST-02 para coleta de solo

Figura 24: Fotos da sondagem ST-03 para coleta de solo

Figura 25: Fotos da amostragem e leitura de COV nas amostras.

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Legenda

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GRAN DELAGO TRAN SP.ECOM. CN PJ:06. 887. 378/0001- 35
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45)3303-
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Figura 27: Perfil de sondagem ST-01 para coleta de solo

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Figura 28: Perfil de sondagem ST-02 para coleta de solo

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Figura 29: Perfil de sondagem ST-03 para coleta de solo

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3.3 Plano de Amostragem de Solo

O escopo analítico adotado para este projeto foi BTEX, PAH e TPH fingerprint. A análise de
TPH foi incluída para avaliação quanto a presença de misturas complexas não resolvidas (MCNR),
que indicam a fração de hidrocarbonetos que apresentam-se degradados.

As amostras coletadas foram inicialmente acondicionadas em sacos plásticos e


posteriormente transferidas para frasco de vidro com tampa em guarnição de teflon para impedir o
escape de voláteis, fornecidas pelo laboratório credenciado para a realização das análises. Em cada
frasco, o preenchimento com solo foi efetuado evitando-se a formação de vazios, situação indesejada
de acúmulo e perda de voláteis. Posteriormente cada frasco foi devidamente identificado,
armazenado em caixas térmicas refrigeradas e encaminhas para o Laboratório Aquaplant Química
do Brasil Ltda.

As análises de solo foram realizadas de acordo com APHA, AWWA, WEF. Standard Methods
for Examination of Water and Wastewater. 20th ed. 1998 e 21st ed. 2005 e U. S. Environmental
Protection Agency – USEPA.

A condição climática no dia de coleta era céu ensolarado e temperatura em torno de 17ºC.

Na tabela 5 constam as coordenadas UTM de cada ponto de sondagem, bem como a


profundidade, leitura de COV e justificativa de seleção da amostra.

Tabela 5: Plano de Amostragem de Solo, UTM Datum SIRGAS 2000, zona 21S.

Relatório de
LOCAL UTM X UTM Y Profundidade Data Hora COV Justificativa
Ensaio Laboratório

ST-01 759.356,66 7.182.961,99 4,00 m 20/07/2019 8:00 1 Prof. Instalações 23475/2019.0

ST-02 759.366,91 7.182.967,16 4,00 m 20/07/2019 8:20 0 Prof. Instalações 23476/2019.0


ST-02 759.371,54 7.182.973,85 3,00 m 20/07/2019 9:10 0 Prof. Instalações 23477/2019.0

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3.4 Plano de Amostragem de Água Subterrânea

O escopo analítico adotado para este projeto foi BTEX, PAH e TPH fingerprint. A análise de
TPH foi incluída para avaliação quanto a presença de misturas complexas não resolvidas (MCNR),
que indicam a fração de hidrocarbonetos que apresentam-se degradados.

O poço cacimba está lacrado, foi rompido a tampa e a amostragem foi realizada diretamente
no poço com auxílio de bailer descartável.

A amostra foi acondicionada em frascaria apropriada, fornecida pelo laboratório, nova sem
qualquer tipo de uso anterior, com seus respectivos preservantes, conforme o parâmetro a ser
analisado. A amostra foi devidamente identificada, refrigerada e enviada ao laboratório, para as
respectivas análises.

A condição climática no dia de coleta era céu ensolarado e temperatura variando em torno
de 17ºC.

Na tabela 6 constam as coordenadas UTM do poço cacimba amostrado. Na figura 30 estão


as fotos da medição e da amostragem do poço

Tabela 6: Plano de Amostragem de Água, UTM Datum SIRGAS 2000, zona 21S.

Nível de Água Relatório de Ensaio


LOCAL UTM X UTM Y Data Hora
(m) Laboratório

Poço Cacimba 759.329,86 7.182.936,22 16,81 20/07/2019 9:56 23529/2019.0

Os procedimentos de amostragem e análise de água mostraram-se satisfatórios, conforme


preconizado pela USEPA, 1989, e CETESB, no Guia de Orientação para Coleta e Preservação de
Amostras e Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Ambas foram realizadas de acordo
com APHA, AWWA, WEF. Standard Methods for Examination of Water and Wastewater. 20th ed. 1998
e 21st ed. 2005 e U. S. Environmental Protection Agency - USEPA.

Figura 30: Medição e Amostragem do poço cacimba

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3.5 Resultados Analíticos

Os valores utilizados para comparação com os resultados analíticos das amostras de solo e
água foram os Valores Orientadores estabelecidos pela Resolução SEMA Nº. 032/2016 e seu Anexo
VII.

Segundo a Decisão de Diretoria da CETESB n°103/2007 deve ser considerado na


investigação o cenário mais restritivo existente na área e vizinhança. Na classificação da área do
entorno foi observado que o uso e ocupação do solo existem áreas industriais, desta forma, optou-
se por utilizar o cenário de Intervenção Industrial para avaliação da contaminação de solo e/ou água.

Os resultados analíticos originais, a cadeia de custódia e boletim de recebimento estão no


Anexo II.

Tabela 7: Tabela dos valores orientadores para qualidade do solo e água.

SEMA Nº 032/2016

Intervenção Intervenção Intervenção Investigação


COMPOSTO água
Agrícola Residencial Industrial

mg/Kg de peso seco ug/L

Benzeno 0,06 0,08 0,15 5


BTEX

Tolueno 30 30 75 700

Xilenos Totais 25 30 70 500

Etilbenzeno 35 40 95 300

Antraceno - - - 5

Benzo [a]antraceno 9 20 65 1,75

Benzo [k]fluoranteno 0,38 1 10 0,05

Benzo [g,h,i]perileno - - - 0,05

Benzo [a]pireno 0,4 1,5 3,5 0,7

Criseno - - - 0,05
PAH

Dibenzo [a,h]antraceno 0,15 0,6 1,3 0,18

Fluoranteno - - - 1

Fenantreno 15 40 95 140

Indenol [1,2,3-cd] pireno 2 25 130 0,17

Naftaleno 30 60 90 140

Pireno 0,1 10 100 -

TPH Total¹ 1.000 600


Legenda: Valores orientadores referentes à Resolução SEMA Nº. 032/16.
Nota 1 – CETESB, 2006.

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Estudo de Identificação de Passivo Ambiental

3.6 Resultados Analíticos de Solo e Água Subterrânea


Tabela 8: Resultados analíticos de BTEX, PAH e TPH para solo coletado em 20/07/2019.
Resultados Analíticos
SEMA Nº. 032/2016

COMPOSTO mg/Kg

ST-01 ST-02 ST-03


Intervenção Industrial
4,00 m 4,00 m 3,00 m
Benzeno 0,15 <0,0080 <0,0080 <0,0080

Tolueno 75 <0,0080 <0,0080 <0,0080

Xilenos Totais 70 <0,0240 <0,0240 <0,0240

Etilbenzeno 95 <0,0080 <0,0080 <0,0080

Benzo (a)pireno 3,5 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Dibenzo (a,h)antraceno 1,3 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Benzo (g,h,i)perileno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Indeno (1,2,3–cd)pireno 130 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Naftaleno 90 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Acenaftileno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Acenafteno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Fluoreno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Fenantreno 95 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Antraceno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Fluoranteno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Pireno 100 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Benzo (a)antraceno 65 <0,00005 <0,00005 <0,00005

Criseno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Benzo (b)fluoranteno - <0,00005 <0,00005 <0,00005

Benzo (k)fluoranteno 10 <0,00005 <0,00005 <0,00005

TPH Total 1000 <0,5 <0,5 <0,5


Legenda: O valor em vermelho indica teor acima dos valores de Intervenção Industrial.

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Tabela 9: Resultados analíticos de BTEX, PAH e TPH para água coletada em 20/07/2019
Valor de Referência
Resultados Analíticos
Lista Holandesa e SEMA Nº. 032/2016
COMPOSTO ug/L

Intervenção1 Poço Cacimba


Benzeno 5 <0,5000

Tolueno 700 <0,5000

Xilenos Totais 500 <1,5000

Etilbenzeno 300 <0,5000

Acenafteno - <0,005

Acenaftileno - <0,005

Antraceno 5 <0,005

Benzo(a)antraceno 1,75 <0,005

Benzo(a)pireno 0,7 <0,005

Benzo(b)fluoranteno - <0,005

Benzo(g,h,i)perileno 0,05 <0,005

Benzo(k)fluoranteno 0,05 <0,005

Criseno 0,05 <0,005

Dibenzo(a,h)antraceno 0,18 <0,005

Fenantreno 140 <0,005

Fluoranteno 1 <0,005

Fluoreno - <0,005

Indeno(1,2,3–cd)pireno 0,17 <0,005

Naftaleno 140 <0,005

Pireno - <0,005

TPH Total 600 <50


Nota 1 – Valor de intervenção segundo a Resolução SEMA Nº. 032/2016.

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3.7 Modelo Conceitual Confirmatório

O modelo conceitual é a representação de um sistema ambiental, assim como os processos


biológicos, químicos e físicos, que determinam o transporte de contaminantes a partir das fontes,
através dos meios, até os receptores envolvidos.

O empreendimento iniciou suas atividades em 2004 já com todas as atuais instalações. Até
o momento não foram realizadas reformas e também nunca houve algum estudo de identificação de
passivo ambiental nesta área.

O substrato da área é composto por uma camada de solo residual maduro sobre saprolítico
originado da decomposição da rocha basáltica da Formação Serra Geral. Possui camada de solo
maduro de textura argilosa, de coloração marrom avermelhado, com baixa umidade e baixa
plasticidade e com espessura superior a 6,00 metros. Há um poço cacimba, lacrado, que apresenta
o aquífero freático em 16,81 metros de profundidade. O mapa potenciométrico local apresenta que
o sentido de fluxo do aquífero freático tem direção preferencial para Noroeste. A condutividade
hidráulica (k) é igual a 5,44x 10-5 m/s e a taxa de percolação é de 125 min/m.

Considerando o histórico do empreendimento e a situação atual do empreendimento, foi


delimitada 1 área com potencial de contaminação que compreende a pista de
carregamento/descarregamento, área de tancagem, bombas, filtro de diesel e caixa separadora.

A área com potencial de contaminação foi investigada através da avaliação de COV,


execução de 3 sondagens com coleta de amostras de solo e coleta de amostra de água do poço
cacimba.

A avaliação de COV não apresentou concentração anômalas nos pontos investigados, com
concentrações de 0 ppm. Os perfis das sondagens apresentaram concentrações de 1 e 0 ppm por
todo o perfil.

Os resultados analíticos das amostras de solo das sondagens ST-01, ST-02 e ST-03, não
apresentaram concentrações dos compostos BTEX, PAH e TPH acima dos limites de intervenção
estipulados pelo IAP para áreas industriais. Todas concentrações ficaram abaixo dos limites de
detecção.

Os resultados analíticos da amostra de água do poço cacimba, não apresentaram


concentrações para os compostos BTEX, PAH e TPH acima dos valores de intervenção.

Recomenda-se que o empreendimento mantenha as boas práticas e realize as manutenções


periódicas dos equipamentos para evitar futuras contaminações.

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4 CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos neste trabalho de Estudo de Identificação de Passivo
Ambiental, Estudo Preliminar e Estudo Confirmatório preconizados pela SEMA032/2016, a Monitorar
Consultoria Ambiental conclui que a área não apresenta alterações nos padrões de qualidade para
solo e água subterrânea.

A área do empreendimento está assentada geologicamente sobre um perfil de alteração


proveniente de rochas basálticas da Formação Serra Geral. O perfil litológico apresenta solo de
textura argilosa de coloração marrom avermelhada, com espessura superior a 6,00 metros.

Até a profundidade investigada (6,00 metros) não foi interceptado o aquífero freático. O
poço cacimba localizado no empreendimento, apresenta profundidade de 16,81 metros até o aquífero
freático. O sentido de fluxo do lençol freático tem direção SE►NW, correndo em direção ao Córrego
Ipanema, afluente do Rio Passo-Cuê, que tem sua foz no Rio Paraná.

O Modelo Conceitual Inicial indicou 1 área com potencial de contaminação, composta pela
pista de carregamento e descarregamento, tancagem, bombas, filtro de diesel, tubulações e caixa
separadora. Esta área foi investigada com avaliação de COV e a execução de três sondagens com
coleta de amostras de solo e coleta de amostra de água do poço cacimba.

Os resultados analíticos das amostras de solo das sondagens ST-01, ST-02 e ST-03
apresentaram concentrações para os compostos BTEX, PAH e TPH abaixo dos valores de intervenção
para áreas industriais estipulados pelo IAP.

Os resultados analíticos da amostra de água do poço cacimba apresentaram concentrações


para os compostos BTEX, PAH e TPH abaixo dos valores de intervenção estipulados pelo IAP.

Conforme os resultados obtidos neste estudo confirmatório de identificação de passivos


ambientais, não foram encontrados indícios de contaminação em fase residual, nem em fase
dissolvida, nem em fase livre nas áreas investigadas.

Os resultados e conclusões aqui apresentados são restritas as condições na data de


execução da amostragem e apenas para as áreas investigadas, não podendo ser extrapolados ou
generalizados.

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5 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Esta avaliação preliminar e confirmatória de estudo de identificação de passivo ambiental


foi realizada pelo geólogo Allan Korte, CREA-PR 71.425/D. A Anotação de Responsabilidade Técnica
encontra-se no Anexo IV e declaração de responsabilidade conforme a resolução SEMA 032/2016,
encontra-se no Anexo III.

Cascavel, 10 de setembro de 2019.


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REFERÊNCIAS

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contaminações por combustíveis decorrentes de vazamentos em postos de serviço e outros
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combustíveis.1999.32 p. Procedimento Interno. São Paulo. 1999.

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595 p.

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hidrocarbonetos de petróleo. 2002. 187 p. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Estadual
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