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SUMÁRIO
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11.8 Direito de greve e de associação sindical ...................................................... 36
12. REGIME DISCIPLINAR ................................................................................. 37
12.1 Sindicância ................................................................................................. 38
12.2 Processo administrativo disciplinar ................................................................ 39
13. RECURSOS: ................................................................................................ 41
14. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: .................................................... 41
14.1 Responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva ................................. 42
14.2 Teoria do risco administrativo ....................................................................... 45
14.3 Teoria do risco integral ................................................................................. 46
14.4 Responsabilidade omissiva: subjetiva............................................................ 46
14.5 Poder Público garantidor da integridade de pessoas e coisas sob sua custódia 47
14.6 Responsabilização por atos judiciais: ............................................................ 48
14.7 Responsabilização decorrente de obra: ......................................................... 48
14.8 Responsabilidade Civil, Penal e Administrativa .............................................. 49
14.9 Ação de regresso ........................................................................................ 49
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 52
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1 ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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1.1 Princípio da descentralização: artigo 10, Decreto-Lei 200/67:
1.2 Desconcentração
Órgão são criados por LEI, não mediante ato administrativo (art. 84, IV, a,
CF). Podem ser classificados conforme a esfera de atuação, posição estatal e a
composição
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a) independentes: são os derivados da Constituição, representam os
Poderes do Estado. Não são subordinados hierarquicamente e somente são
controlados uns pelos outros. (ex: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados,
Senado Federal, Chefias do Executivo, Tribunais e Juízes e Tribunais de
Contas).
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atividades, as funções são distribuídas em vários centros de competência, sob a
supervisão do órgão de chefia.
2. AUTARQUIAS:
2.1 Características:
A) Definição: Pessoa jurídica de direito público que presta serviço típico
da Administração Pública.
B) Criação/extinção: Criada por lei específica
C) Patrimônio: 100% público
D) Responsabilidade civil: Direta e objetiva. Estado responde
subsidiariamente/garantidor.
E) Regime pessoal: estatutário.
F) Regime de bens: públicos.
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G) Privilégios: tributários SIM quanto a impostos (art. 150, VI, a, CF) –
não tem imunidade quando foge da finalidade específica. Também tem
privilégios processuais (art. 183, CPC), prazo em dobro.
H) Controle: Tribunal de Contas (não há hierarquia e subordinação), só
controle de legalidade.
ATENÇÃO: a OAB não é autarquia, é uma entidade independente, pois:
-Não está vinculada a nenhum órgão administrativo
- Não está sujeita a controle ministerial
- Regime de pessoal: celetista (não exige concurso público)
- Não está sujeita ao controle do TC.
- Não integra Administração Direta ou Indireta
- É uma entidade SUI GENERIS
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Trata-se apenas de uma qualificação dada a uma autarquia ou fundação
que tenha um contrato de gestão com seu órgão supervisor, no caso um
ministério, cumprindo metas de desempenho, redução de custos e eficiência.
Assim, para ser uma agência executiva basta apenas uma qualificação dada por
um Ministro de Estado. Exemplos: Instituto Nacional de Metrologia,
Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro); Agência Nacional do
Desenvolvimento do Amazonas (ADA) e Agência Nacional do Desenvolvimento
do Nordeste (Adene) (ALVES, 2019, p. 57).
A previsão das agências executivas está na Lei 9.649/98, que dispõe
sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras
providências. O artigo 51 estabelece os requisitos necessários para que uma
autarquia ou fundação seja qualificada como agência executiva:
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a avaliação do seu cumprimento. E, o Poder Executivo definirá os critérios e
procedimentos para a elaboração e o acompanhamento dos Contratos de
Gestão e dos programas estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento
institucional das Agências Executivas.
Os Decretos 2.487/1998 e o 2.488/1998 disciplinam as agências
executivas federais, dispõe sobre a qualificação como Agências Executivas,
estabelece critérios e procedimentos para a elaboração, acompanhamento e
avaliação dos contratos de gestão e dos planos estratégicos de reestruturação
e desenvolvimento institucional das entidades qualificadas e definem medidas
de organização administrativa específicas para as autarquias como Agências
Executivas.
A qualificação poderá ser mediante iniciativa do Ministério supervisor,
desde que tenha anuência do Ministérios da Administração Federal e Reforma
do Estado, o qual verificará o cumprimento dos seguintes requisitos, pela
entidade candidata à qualificação (art. 1º, §1º, do Decreto 2.487/1998):
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concessão de serviço público ou o exercício de poder de polícia” (SALOMÃO
FILHO, 2001, p. 15).
São autarquias de regime especial, responsáveis pela regulamentação,
controle e fiscalização de serviços públicos transferidos ao setor privado.
Exemplos: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica; ANATEL – Agência
Nacional das Telecomunicações; ANP – Agência Nacional de Petróleo; ANVISA
– Agência Nacional de Vigilância Sanitária; ANAC – Agência Nacional de
Aviação Civil e ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
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Sabe-se que todo contrato de concessão (como os contratos
administrativos em geral) possui o duplo aspecto: o que diz respeito ao seu
objeto, referente à execução da atividade delegada ao particular; o que diz
respeito ao aspecto financeiro, referente aos direitos do contratado, que é, em
regra, empresa capitalista que objetiva o lucro; disso resulta a presença, na
concessão, de cláusulas regulamentares, que visam garantir que o serviço seja
prestado pela forma mais adequada ao interesse público, e de cláusulas
contratuais, que objetivam garantir o direito da concessionária ao equilíbrio
econômico-financeiro.
A lei 9.986/2000 e a lei n. 13.848/2019 vão regular a gestão e organização
das agências reguladoras, nelas está previsto que os dirigentes serão escolhidos
pelo Chefe do Executivos, dependendo da aprovação pelo Senado Federal. São
dirigidas por um colegiado, formado por 4 conselheiros ou diretores e 1
presidentes, diretor-presidente ou diretor-geral (Art. 4º, da lei 9.986/2000). Os
requisitos para ser presidente, diretor-presidente ou diretor-geral, estão
elencados no artigo 5º, da Lei 9.986/2000. Seu mandado será de 5 anos (a partir
da Lei 13.848/2019).
Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada ficam
impedidos de exercer atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado
pela respectiva agência, por período de 6 (seis) meses, contados da exoneração
ou do término de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória.
Nesse período, que antes era chamado de “quarentena”, pois antes da
alteração que trouxe a lei 13.848/2019, o prazo era de quatro meses, o ex-
dirigente fica proibido de exercer atividades ou prestar qualquer serviço no setor
regulado pela respectiva agência, por um período de seis meses (art. 8º, da Lei
9.986/2000) , contados da exoneração ou do término do mandato. Durante esse
período o dirigente continua vinculado à Agência, fazendo jus à remuneração
compensatória equivalente ao cargo de direção que exercia (DI PIETRO, 2017,
p. 603).
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3. AUTARQUIAS FUNDACIONAIS OU FUNDAÇÕES AUTARQUICAS OU
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO:
3.1 Características
4.1 Características:
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D) Responsabilidade civil: Direta e objetiva. Estado responde
subsidiariamente.
E) Regime pessoal: Celetista/empregado público (apesar de submetido
à concurso).
F) Regime de bens: privados com prerrogativa de público.
G) Privilégios: Foro da Justiça Federal. Não tem prazo em dobro. Não
tem processuais. Tem imunidade tributária sobre a atividade principal, mas não
sobre os demais bens.
H) Controle: Tribunal de Contas.
5. EMPRESA PÚBLICA:
5.1 Características
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6. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
6.1 Características
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acordo com as alterações que trouxe a lei 13.822/2019, os agentes públicos
serão celetistas.
É uma espécie de autarquia, vão adquirir personalidade jurídica a partir
da criação por lei e vai integrar a administração indireta de todos os entes
consorciados.
Somente o consórcio público de direito público pode exercer poder polícia.
A União não pode participar sozinha junto com municípios, o estado
também deverá integrar o consórcio, o mesmo se aplica aos consórcios públicos
de direito privado!
9. PARAESTATAIS
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9.1 Organizações Sociais (OS):
➢ Pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, criadas por particulares
para a execução de serviços públicos não exclusivos do Estado, previstos
em lei. A lei 9.637/98 autorizou que fossem repassados serviços de: ensino,
pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do
meio ambiente, cultura e saúde.
➢ Requisitos:
➢ Pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos
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➢ Devem ter sido constituídas e se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos
objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos
instituídos na lei 9790/99.
➢ Podem receber verba pública, mas não podem receber cessão de bens e
servidores.
➢ São instituídas pelo Poder Público, por servidores públicos de certa entidade
estatal e com seus próprios recursos, sob forma de Fundação, Associação
ou Cooperativa.
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9.4 Serviços Sociais Autônomos (Sistema S):
10. PRINCÍPIOS
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10.2 Princípio da indisponibilidade do interesse público
Todos, sem exceção, estão sujeitos ao império da lei. Quando não houver
previsão legal, não há possibilidade de atuação da Administração Pública.
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10.5 Princípio da Moralidade
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Art. 39, §2º. CF: formação constantes.
Segundo a doutrina, ele pode ser descrito sob duas perspectivas:
1) Da atuação do servidor público espera-se o melhor desempenho
possível de suas atribuições, a fim de obter melhores resultados.
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10.10 Princípio da ampla defesa e do contraditório
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11 AGENTES PÚBLICOS
Segundo a redação do inciso II, do artigo 37, da CF, com redação dada
pela Emenda Constitucional n. 19/98:
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Entram na categoria de militares: polícia militar, corpo de bombeiros e membros das
forças armadas (marinha, exército e aeronáutica).
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a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração
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Observe que o artigo 37, inciso II, da CF, fala somente na exigência de
concurso público para cargo ou emprego público, sem mencionar as funções,
segundo José Afonso da Silva (2003, p. 659) “deixa a Constituição, porém, uma
grave lacuna nessa matéria, ao não exigir nenhuma forma de seleção para
admissão às funções (autônomas) referidas no artigo 37, I, ao lado dos cargos e
empregos. Admissões a função autônoma sempre foram fontes de
apadrinhamentos, de abusos e de injustiças aos concursados”, todavia, Di Pietro
já discorda, sustentando que a função só existe para prazo determinado, para
atender necessidades temporárias e excepcionais ao interesse público, nos
termos do artigo 37, inciso IX, da CF, pois em razão da nova redação do artigo
V, a função de confiança, de livre provimento e exoneração, só poderá ser
possível nos limites da direção, chefia e assessoramento, que são preenchidas
por servidores ocupantes de cargo efetivo, já o cargos em comissão, até sofrem
menor restrição, porque seu preenchimento por servidor de carreira só é exigido
nas condições e percentuais mínimos previstos em lei (DI PIETRO, 2017, p. 695-
698).
Os casos excepcionais de interesse público dos contratos temporários
estão regulados no artigo 2º, da Lei 8.745/93. O artigo 4º, traz o prazo de
contratação, sendo possível a prorrogação em casos expressamente previstos
no parágrafo único do mesmo dispositivo. O artigo 9º, III e o artigo 5º,
estabelecem que o pessoal contratado temporariamente não poderá ser
novamente contratado, salvo na hipótese do artigo 2º, inciso I e IX, mediante
prévia autorização do Ministro do Planejamento de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão e do Ministrado de Estado.
Os municípios que querem contratar temporariamente devem
estabelecer, por lei própria, as hipóteses de contratação e o regime jurídico
aplicado aos mesmos.
Ainda sobre o ingresso, o artigo 37, inciso III, da CF, fixa o prazo de dois
anos para a validade de um concurso público, podendo ser prorrogado por igual
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período uma única vez. Essa prorrogação é a critério da Administração Pública,
não havendo direito subjetivo dos candidatos aprovados de prorrogação.
Diferente do direito subjetivo do candidato aprovado dentro do número de vagas,
ele possui o direito de nomeação.
O artigo 37, inciso IV, da CF, traz em sua redação que “durante o prazo
improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira”, significa dizer
que mesmo que a Administração Pública realize novo concurso, durante a
vigência do concurso anterior, os candidatos aprovados terão prioridade na
nomeação.
As pessoas portadoras de deficiência, o inciso VIII, do art., 37, da CF,
determina que “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para
as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão”, tal
dispositivo não é autoaplicável, devendo o interessado adotar medidas judicias
cabíveis em caso de omissão do Poder Público na promulgação da lei. O
procedimento para a reserva de vagas aos portadores de deficiência está
regulado pela Decreto n. 3.298/99, que regulamenta a lei n. 7.853/89. No âmbito
federal, a lei n. 8.112/90, assegura 20% das vagas oferecidas em concursos para
portadores de deficiência (art. 5º, §2º). Esse percentual já muda na Resolução
n. 75/09, do CNJ, determina que no concurso para ingresso na magistratura “as
pessoas com deficiência que declararem tal condição, no momento da inscrição
preliminar, terão reservados, no mínimo 5% (cinco por cento) do total de vagas,
vedado o arredondamento superior”.
Quanto ao ingresso do servidor público também se aplica o disposto no
artigo 7º, inciso XXX, da CF, o qual veda diferenças de salário, de exercício de
função e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
Contudo, essa proibição não é absoluta, não podemos deixar de observar o
artigo 39, §3º, da CF, principalmente no que estabelece a parte final, a qual
permite que o legislador, através de lei, estabeleça requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo exigir, em razão do princípio da
razoabilidade. Exemplo: limitação de idade para cargos policiais, neste sentido
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a Súmula 686, do STF: “O limite de idade para a inscrição em concurso público
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.
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11.4 Da estabilidade
Em regra, após três anos de exercício (art. 41, caput, da CF), assim,
passando pelo estágio probatório o servidor nomeado por concurso público,
poderá perder seu cargo através das seguintes hipóteses:
a) por virtude de sentença judicial transitada em julgado
b) mediante processo administrativo
c) em razão da avaliação de desempenho
d) exoneração por violação ao limite com despesa de pessoal previsto no artigo
169, §4º, disciplinado pela LC n. 101/01. Neste caso haverá a perda do cargo
o servidor efetivo após a redução de 20% das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança, exoneração de servidores não estáveis e
exoneração dos que adquiriram estabilidade sem concurso, de acordo com
o art. 33, da Emenda n. 19. Após estas medidas é que será possível a
exoneração de um servidor público concursado estável. A exoneração do
servidor dependerá de ato normativo motivado. O servidor fará jus a
indenização correspondente a um mês de remuneração por cada ano de
serviço. Seu cargo será considerado extinto por quatro anos (art. 169, §6º,
da CF);
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11.5 Formas de provimento
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sofreu em sua capacidade física ou mental, após verificação em inspeção
médica. Caso fique incapacitado, será aposentado por invalidez. Segundo o §2º,
do referido artigo, na readaptação é necessário ser respeitada a habilitação
exigida, o nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos, se não houver
cargo compatível vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente,
até que haja uma vaga.
A reversão, conforme o disposto no artigo 25, da Lei 8.112/90, é o retorno
do servidor aposentado por invalidez, quando a junta médica oficial declarar que
não existem mais os motivos que levaram à aposentadoria ou, então, no
interesse da administração, desde que:
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razão da reintegração de outro servidor ao cargo que está ocupando, conforme
o artigo 29 da Lei n. 8.112/90.
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acumulem proventos com os vencimentos de cargo em
comissão” (DI PIETRO, 2017, p. 725).
REMUNERAÇÃO OU
VENCIMENTOS
Vencimentos Vantagens
básicos pecuniárias
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ii.
Poder executivo: governador
iii.
Poder judiciário: desembargadores (aqui também se incluem os
membros do MP e Defensores Públicos).
c) No âmbito municipal: teto é o subsídio do prefeito.
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11.9 Regime Previdenciário Próprio do Servidor - SPPS
Cargo temporário
Art. 201 e ss,
RGPS
da CF Emprego público
Estados
Servidores DF
titulares de
RPPS Art. 40, CF
cargos
efetivos da: Municípios
Autarquias
Fundações
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*A regra é que os detentos de cargo efetivo se enquadram no SPPS, mas
isso depende se o ente federado tenha criado um regime próprio para seus
servidores. Caso não tenha feito, seguirá o regime geral.
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assim, significa dizer que as regras trabalhistas é que se aplicaram a estas
empresas.
Quanto aos demais servidores, que não possuem a lei específica,
inicialmente o Supremo Tribunal Federal entendeu que a norma constitucional
se trata de norma de eficácia limitada, não podendo ser aplicada enquanto não
for disciplinada em lei específica. Contudo, ao julgar os mandados de injunção
n. 670-ES, 708-DF e 712-PA, o STF decidiu em aplicar a lei geral de greve, até
que seja suprida a omissão legislativa. Mas esta autorização é restringida para
algumas categorias que estejam relacionadas a manutenção da ordem pública,
assim, não se aplicando para os policiais civis (DI PIETRO, 2017, p. 719).
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➢ Penalidade mais grave: DEMISSÃO!
12.1 Sindicância
➢ Arquivamento.
➢ Aplicação da pena de advertência ou, então, de suspensão até 30 dias.
➢ Bem como, pode resultar na instauração do processo administrativo
disciplinar.
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No caso de advertência ou suspensão até 30 dias, essas penalidades
poderão ser aplicadas pelo próprio chefe do departamento (art. 141, inciso III,
Lei 8.112/1990). Agora, se o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição
de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação
de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
obrigatória a instauração de processo disciplinar.
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3) Relatório: conclusivo (natureza de parecer pois a comissão vai apenas
opinar), não é vinculante! O relatório deverá indicar o dispositivo legal
e regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes
ou atenuantes. O relatório é remetido a autoridade que determinou a
sua instauração para julgamento. O julgamento acatará o relatório da
comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
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13. RECURSOS:
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Note que neste momento não estamos tratando sobre responsabilidade
criminal ou administrativa do agente, mas sim, da responsabilização do Poder
Público perante a terceiros, em razão de um dano causado pelo seu agente
público (terminologia genérica para agentes políticos, servidores públicos,
empregados públicos e particulares em colaboração com a administração
pública).
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Ação
Dano
Responsabilidade
SUBJETIVA
Nexo causal
A culpa se caracteriza
Dolo ou culpa pela imprudência,
imperícia ou negligência.
Ação
Nexo causal
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Condutas lícitas: princípio da isonomia/igualdade – eu não vou prejudicar um
para beneficiar outros. Assim, o estado (representando todos) deve arcar com
esse prejuízo.
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2) POLO ATIVO:
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Contudo, se a vítima concorre com o dano o ônus é repartido entre o
Poder Público e a vítima, de acordo com a sua parcela de culpa no dano.
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➢ OMISSÃO CULPOSA: o Estado deveria agir e não age para evitar
o dano:
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14.6 Responsabilização por atos judiciais:
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14.8 Responsabilidade Civil, Penal e Administrativa
➢ Na negativa de autoria
➢ Inexistência de fato
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Neste caso, a responsabilidade aplicada é a subjetiva, isto é, a Fazenda
Pública, por meio de seus procuradores, deve comprovar o dolo ou a culpa do
agente para obter o ressarcimento da quantia condenada a pagar a vítima, ou
seja, só será possível o regresso quando houver culpa ou dolo do agente!
Algumas observações importantes:
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Por fim, interessante destacar o artigo 28, da Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro (LINDB), que traz que não cabe responsabilização solidária
de servidor que edita parecer jurídico de caráter opinativo com o servidor que
pratica o ato baseado na opinião. Salvo, se comprovado dolo ou erro grosseiro:
“O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro”.
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REFERÊNCIAS
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30. ed. rev. atual e apl.
Rio de Janeiro: Forense, 2017.
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