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Licenciatura de Engenharia Informática

Trabalho de Desenvolvimento Nº 1
Tecnologias Internet

Ligações de dados intercontinentais

Alexandre Santos, nº 20141351

António Cavaco, nº 20160217

Docente

Osvaldo Santos

1
Índice
Introdução ............................................................................................................................................................................ 4

Backbone ............................................................................................................................................................................. 5

O que é Backbone?.................................................................................................................................................... 5

Como funciona .............................................................................................................................................................. 6

História .................................................................................................................................................................................. 8

Tipos de Cabos Submarinos ....................................................................................................................................... 10

Onde e como são instalados ....................................................................................................................................... 11

A segurança ....................................................................................................................................................................... 12

Portugal .............................................................................................................................................................................. 13

A Fibra Óptica................................................................................................................................................................... 14

Benefício para as empresas ........................................................................................................................................ 15

Conclusão ........................................................................................................................................................................... 17

Referências ............................................................................................................ Error! Bookmark not defined.

2
Índice de Figuras

Figura 1 - Espinha Dorsal ............................................................................................................................................... 5


Figura 2 - Ligações Intercontinentais........................................................................................................................ 6
Figura 3 - Backbone nacional ....................................................................................................................................... 7
Figura 4 - Backbone intercontinental [11].............................................................................................................. 7
Figura 5 - Cabo submarino coaxial. ......................................................................................................................... 10
Figura 6 - Cabo submarino telegráfico................................................................................................................... 10
Figura 7 - Instalação dos cabos submarinos ....................................................................................................... 11
Figura 8 - Unidade de derivação, repetidor e equipamento terminal de um sistema submarino
ótico. ............................................................................................................................................................................................ 12
Figura 9 - cabo fibra ótica [9] .................................................................................................................................... 14
Figura 10 - Compras online ........................................................................................................................................ 15
Figura 11 - Internet das coisas [9]........................................................................................................................... 15
Figura 12 - Ligação EllaLink ....................................................................................................................................... 16

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Introdução

No âmbito da Unidade Curricular de Tecnologias Internet, foi-nos proposto que abordássemos o


tema de Redes Intercontinentais. Este tema que visa aprofundar o nosso conhecimento sobre as
Redes que ligam os continentes, os Backbones, a fibra optica, a história por detrás da evolução e a
participação de Portugal no desenvolvimento das Redes Intercontinentais.

4
Backbone

O que é Backbone?

Backbone é responsável por interligar servidores, isto é, ligar as centrais das operadoras de
internet aos servidores externos, seja em que local estiverem.

Tem a função de identificar a rede por onde passam os dados de cada utilizador e possibilita o
envio e receção das informações do servidor.

Espinha dorsal é o que significa backbone em português, e melhor não se podia aplicar, pois
aplicado a tecnologia tem a mesma função que a espinha dorsal do corpo humano. Todas as
informações que o cérbero envia passam pela coluna.

[1]

Figura 1 - Espinha Dorsal

5
Como funciona

Para fazermos ligação a internet é preciso um ip, que é o número de identificação do computador.
Esse número é copiado pelo modem ou router que temos nas nossas casas, ou num sítio publico. O
computador recebe esse ip para se identificar na rede local, porém esse ip não dá acesso a servidores
externos, quem dá esse acesso é o router que também tem um ip.

Figura 2 - Ligações Intercontinentais.

6
O Backbone entra aqui como sendo a central que liga as operadoras aos servidores externos.

Existem vários Backbones:

 Backbone nacional

Responsáveis pelas comunicações entre regiões.

Figura 3 - Backbone nacional

 Backbone internacional

Responsáveis pela comunicação entre diferentes países do mesmo continente.

 Backbone intercontinental

Responsáveis pela comunicação entre continentes.

Figura 4 - Backbone intercontinental [11]

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História

As primeiras conexões submarinas foram registadas em meados da década de 1850, poucos anos
após a invenção do telégrafo.

Em 1858 foi lançado ao mar o primeiro cabo ligando a Inglaterra à América do Norte. Na época
eram muito frágeis e protegidos por uma mistura de cânhamo alcatroado (substância produzida com
a folha da planta Cannabis) e uma borracha indiana. [2]

Ao contrário dos sinais telegráficos, as transmissões telefônicas perdiam muita potência no cabo
e tinham de ser amplificadas, através de repetidores, a cada 50 ou 100 quilômetros.

Tal técnica já existia a partir de 1910, mas para instalação em terra firme e não a muitos
quilômetros abaixo da superfície do mar, onde não se teria mais acesso aos repetidores. Estas
dificuldades impediram, nos anos 20 e 30 do século passado, a interligação da Europa com a América
com cabos telefônicos submarinos.

Os progressos decisivos da técnica foram registados pouco antes e durante a Segunda Guerra
Mundial. Com um novo tipo de plástico para o isolamento elétrico, foi desenvolvido o cabo coaxial –
com um condutor interno e outro externo, este em formato de tubo.

Com o novo tipo de cabo, foi possível um novo processo de transmissão, semelhante ao do rádio
– na técnica, fala-se de processo de ondas portadoras. E, finalmente, foi aperfeiçoada a técnica das
válvulas eletrônicas, empregadas então nos repetidores, como amplificadoras de banda larga.

Em 1943, o primeiro cabo coaxial submarino com os novos repetidores foi instalado através do
mar da Irlanda, para a ilha de Man. No entanto, ele só podia funcionar a uma profundidade máxima
de cerca de 400 metros.

Nos anos seguintes, foram instalados outros cabos submarinos entre o Reino Unido e a Bélgica, a
Holanda, a Dinamarca e a Alemanha. No início dos anos 1950, foi instalado então um cabo em águas
bem mais profundas, entre a Flórida e Cuba. [3]

Desde então, as conexões submarinas evoluíram, passaram a ser feitas por fibra óptica e, hoje,
atravessam distâncias cada vez maiores e com velocidade de tráfego extremamente alta. [2]

A velocidade média de transmissão de dados pelos cabos é de aproximadamente 4 Tbps (terabits


por segundo) e alguns projetos em andamento prometem multiplicar esse número.

8
A Google também tem projetos que envolvem cabos de 60 Tbps entre os Estados Unidos e Japão.
Para efeito de comparação, a empresa de tecnologia afirmou que a velocidade de 60 Tbps é cerca de
10 milhões de vezes mais rápida do que a taxa de tráfego de dados de um modem convencional. [2]

9
Tipos de Cabos Submarinos

Existem três tipos de cabos submarinos – telegráfico, coaxial e de fibra ótica – diferem
essencialmente no tipo de condutor dos sinais.

 No cabo telegráfico existe apenas um condutor de cobre e um isolante, com o retorno


do sinal feito através do mar;
 No cabo coaxial existe um condutor central de cobre, circundado por material isolador
(polietileno) e uma bainha em cobre, em que o campo eletromagnético fica confinado,
sendo os sinais transmitidos com muito menor atenuação e dispersão do que nos
cabos de cobre anteriores;
 No cabo ótico existe um ou mais pares de fibras que guiam o sinal de luz
infravermelha. [4]

Figura 6 - Cabo submarino telegráfico Figura 5 - Cabo submarino coaxial.

Figura 7 - Cabo submarino de fibra ótica.

10
Onde e como são instalados

São instalados debaixo do solo e também debaixo dos oceanos.

É a instalação nos oceanos que causa maior dificuldade. É uma obra bastante complexa
composta por cabos de fibra ótica que já são responsáveis por 99% do transporte de todo tráfego de
dados internacional, em que se tem de pensar em todas as possibilidades para garantir uma vida longa
e estabilidade de ligações.

Têm de pensar na imprevisibilidade do ambiente marinho, como os animais movimentarem


o solo, a erosão, na vida que um cabo tem, neste momento existe uma estimativa de 25 anos. Também
as dificuldades burocráticas, como licenças para a instalação dos cabos, todas as obras realizadas no
oceano, precisam da autorização dos órgãos ambientais para garantir que o serviço não provoque
danos á fauna e flora. A rede deve construída num local mais plano possível, preferencialmente sem
fendas, oscilações de terreno ou tremores que possam influenciar o sinal. [5]

Figura 7 - Instalação dos cabos submarinos

[
11 13]
A segurança

Atualmente há formas de instalar equipamentos diretamente nos cabos. De acordo com o


documentário “Inside: The Dark Web”, produzido pela BBC, o sinal dos cabos é enfraquecido a cada
80 quilômetros. Para evitar a interrupção da conexão, há um mecanismo específico que funciona
como um repetidor de sinal. É justamente este ponto que tem a segurança ameaçada.

Lá, hackers montam condutores óticos que copiam as informações e as retransmitem em outra
direção. Dessa forma, os dados chegam ao destinatário como se nada tivesse acontecido. [6]

Figura 8 - Unidade de derivação, repetidor e equipamento terminal de um sistema submarino ótico.

12
Portugal

A posição geoestratégica de Portugal e a sua vocação atlântica, aliada a uma forte capacidade de
inovação, permitiram que Portugal tivesse tido um papel relevante no desenvolvimento de
tecnologias e equipamentos relacionados com os cabos submarinos.

A 8 de junho de 1870, entrou ao serviço o primeiro cabo telegráfico submarino, que ligava
Portugal (Carcavelos) a Inglaterra. Na inauguração foram trocadas as primeiras mensagens entre o
Rei D. Luís I e a Rainha Vitória. Ao longo das décadas seguintes, Portugal atraiu várias companhias
inglesas, norte- -americanas, alemãs e italianas de cabos submarinos para a amarração de cabos no
seu território, em particular nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde.

A CPRM (Companhia Portuguesa Rádio Marconi) iniciou, em 1969, a operação e utilização de


cabos telefónicos internacionais com a amarração simultânea de dois cabos em Sesimbra: um com a
África do Sul designado SAT-1 e outro com a Inglaterra designado Portugal – Reino Unido 1

Hoje, perto de um milhão de quilómetros de cabos submarinos óticos cruzam os cinco oceanos, as
autoestradas eletrónicas sob o mar, Portugal, como um dos principais nós no Oceano Atlântico, conta com
10 amarrações de sistemas submarinos internacionais, sendo o único país no mundo com ligações
estabelecidas em cabo submarino direto com todos os continentes, à exceção da Antártida, com excelente
integração na rede internacional e com baixas latências para os principais destinos de tráfego de voz e de
dados.

A Internet, como a conhecemos nos dias de hoje, requer velocidades e capacidades elevadas só
possíveis com a transmissão ótica. O cabo submarino ótico é, por isso, a grande autoestrada das
comunicações. Por aqui passa 99% do tráfego Internet entre os vários continentes – voz, dados, imagens
– convertido digitalmente em sequências de “0” e “1”. Como a velocidade de um sinal ótico através de
fibra ótica é de cerca de 200.000 km por segundo, o sinal demora 5 milissegundos por cada mil quilómetros
percorridos. Assim, a transmissão de um email ou a execução de uma complexa operação financeira entre
Lisboa e Nova Iorque (que distam cerca de 6.000km), demora 30 milissegundos

13
A Fibra Óptica
Fibra óptica é um filamento flexível e transparente fabricado a partir de vidro ou plástico
extrudido e que é utilizado como condutor de elevado rendimento de luz, imagens ou impulsos
codificados. Têm diâmetro de alguns micrómetros, ligeiramente superior ao de um fio de cabelo
humano.[1] Por ser um material que não sofre interferências eletromagnéticas, a fibra óptica possui
uma grande importância em sistemas de comunicação de dados.

Inicialmente as fibras ópticas eram utilizadas como guias de transmissão de sinais ópticos e
operavam entre distâncias limitadas, pois apresentavam grande perda de luz na transmissão, alto
calor que os lasers produziam e tinham problemas com as emendas.

Contudo, em meados dos anos 70, ocorreu um aprimoramento significativo das técnicas ópticas
utilizadas e, devido a isso, tornou-se possível a monitoração de grandezas e a troca de informações a
longas distâncias.

Nos anos 80, tornou-se disponível, o primeiro cabo fibra óptica intercontinental desse tipo.
Instalado em 1988, o cabo associado ao sistema TAT-8, tinha capacidade para 40.000 conversas
telefônicas simultâneas

Há dois tipos de denominação recorrentes às


fibras ópticas, os quais possuem características e
finalidades próprias.

Fibra óptica monomodo - apresenta um


único caminho possível de propagação e é a mais
utilizada em transmissão a longas distâncias
(devido a baixas perdas de informação).

Fibra óptica multimodo - permite a Figura 9 - cabo fibra ótica [9]


propagação da luz em diversos modos e é a mais
utilizada em redes locais (LAN), devido ao seu custo moderado. [7]

De uma forma muito simplificada, podemos dizer que a luz se propaga no interior da fibra por
meio de reflexões entre o núcleo e a bainha – embora a radiação eletromagnética não seja visível, já
que tem frequências na banda do infravermelho. [4]

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Benefício para as empresas

Atualmente das grandes empresas são poucas as que não têm backbones, porém devido a sua
manutenção ser cara, tal como os backbones, algumas empresas utilizam empresas terciarias de
Telecom de maneira a reduzir o custo usando serviços das empresas.

Backbone ajudou substancialmente o desenvolvimento da internet das coisas.

Quase tudo do que nós conhecemos atualmente está ligada a rede e isso possibilita que as
empresas, evoluam mais rapidamente, tenham tudo mais informatizado, organizado, com custos de
manutenção e mão de obra mais baratos, e assim conseguem ser mais prestáveis aos seus clientes
oferecendo-lhes melhores serviços.

Isto possibilitou que as compras e vendas online se tornassem o sucesso que são hoje. Hoje
qualquer empresa que venda roupa, tecnologia, comida, entre outros, tem online o seu seite onde os
clientes podem comprar qualquer utensilio, ou comida sem sair do seu conforto.

Figura 11 - Internet das coisas [9]

Figura 10 - Compras online

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No Futuro

O consórcio BELLA já está a preparar o cabo submarino que vai ligar Portugal à América do Sul
sem passar pelos EUA! Um cabo submarino intercontinental de nova geração em fibra ótica, com
10.000 km de comprimento que permite elevadas capacidades de troca de tráfego de internet para
investigação e educação, mais em concreto 100 gigabites por segundo.

De nome EllaLink, vai ligar as estações terrestres de Sines, em Portugal e Fortaleza, no Brasil e
está previsto estar terminado no final de 2020. [8]

Figura 12 - Ligação EllaLink

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Conclusão

Assim, concluímos que as Redes Intercontinentais, são a mais rápida e fidedigna fonte de transição
de dados que existe. Aprendemos as várias ligações que têm entre continentes, como se ligam e o quão
estáveis são e o quão cruciais são para a maioria dos países. Ficamos assim a conhecer a vasta rede
que conecta o mundo e o quão difícil foi começar a construir e também alguns dos planos para o
futuro.

Deixamos em destaque o catálogo da exposição “O cabo submarino num mar de conetividades”


que contém toda a informação útil sobre o tema que abordámos e que não poderia deixar de
recomendar e o mapa com as atuais redes intercontinentais. Ambos disponíveis nos links abaixo.

O cabo submarino num mar de conetividades - https://www.fpc.pt/wp-


content/uploads/2017/07/Cat%C3%A1logo-da-exposi%C3%A7%C3%A3o-3.pdf

Mapa de Redes Intercontinentais - https://submarinecablemap.com/#/

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Obras Citadas

[1] 12 10 2019. [Online]. Available: http://www.copeltelecom.com/site/blog/o-que-e-


backbone/.

[2] “cabos-submarinos-o-mundo-conectado-em-fracao-de-segundos,” 13 10 2019. [Online].


Available: https://eletronet.com/cabos-submarinos-o-mundo-conectado-em-fracao-de-
segundos/.

[3] “1956-primeiro-cabo-tele,” 13 10 2019. [Online]. Available: https://www.dw.com/pt-


br/1956-primeiro-cabo-telef%C3%B4nico-atrav%C3%A9s-do-atl%C3%A2ntico/a-
268244.

[4] “O cabo submarino num mar de conetividades,” [Online]. Available:


https://www.fpc.pt/wp-content/uploads/2017/07/Cat%C3%A1logo-da-
exposi%C3%A7%C3%A3o-3.pdf. [Acedido em 13 10 2019].

[5] 13 10 2019. [Online]. Available: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/instalacao-


de-backbones-demanda-apoio-de-robos-submarinos_14805_10_22.

[6] “tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-cabos-submarinos,” [Online]. Available:


https://olhardigital.com.br/noticia/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-cabos-
submarinos/57006. [Acedido em 13 10 2019].

[7] “Fibra Óptica,” [Online]. Available: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_%C3%B3ptica.


[Acedido em 13 10 2019].

[8] 12 10 2019. [Online]. Available: https://www.123rf.com/photo_26107437_the-


backbone.html.

[9] 13 10 2019. [Online]. Available: https://www.minhaconexao.com.br/blog/backbone-e-


sua-importancia-para-a-conexao-da-internet/.

[10 13 10 2019. [Online]. Available:


] https://personalpages.manchester.ac.uk/staff/m.dodge/cybergeography/atlas/more_isp_
maps.html.

18
[11 13 10 2019. [Online]. Available: https://internetwithoutborders.org/cabos-submarinos-
] e-bens-comuns-ate-quando-vamos-deixar-nossos-dados-serem-controlados-por-
multinacionais/.

[12 13 10 2019. [Online]. Available: https://www.tfxbrasil.com/2015/09/como-a-internet-


] chega-a-todos-curiosidades.html.

[13 13 10 2019. [Online]. Available: https://shifter.sapo.pt/2015/05/microsoft-investe-em-


] projectos-de-cabos-submarinos/.

[14 14 10 2019. [Online]. Available: http://hoje.unisul.br/curso-de-internet-das-coisas-


] inova-a-oferta-de-pos-a-distancia/.

[15 14 10 2019. [Online]. Available:


] https://www.mercadoeconsumo.com.br/2019/01/30/ticket-medio-das-compras-online-
cresce-em-janeiro/.

[16 “Ellalink,” [Online]. Available: https://expresso.pt/dossies/diario/2019-01-15-


] EllaLink.-O-cabo-submarino-que-vai-ligar-Portugal-a-America-do-Sul-sem-passar-pelos-
EUA-1. [Acedido em 13 10 2019].

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