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Desafios da Energia

Carlos Laia
Curso de P
Pós-Graduaação
Desenvolvimento Su ustentável e Agenda 211 Local
FCT/UNL GDM/CMO O

2
Desafios da Energia, Carlos Laia
Preço do Barril do Petróleo

19/9/2008
Preço do Barril do Petróleo
1970 - 2008

Revolução Iraniana

20 anos
10 anos
ustentável e Agenda 211 Local
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Desenvolvimento Su

10$
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3 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Desenvolvimento baseado nos combustíveis fósseis…
ustentável e Agenda 211 Local
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…mas 1/3 da população mundial não tem acesso a


electricidade e quase metade ainda cozinha com lenha
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5
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Poderemos continuar neste caminho ?

19/9/2008
Contexto Mundial

• Nos últimos 2 anos os preços do petróleo (e da energia)


subiram até níveis históricos
• A subida dramática dos preços é sobretudo motivada pelo
aumento da procura
ustentável e Agenda 211 Local

• Os p
países em desenvolvimento são os principais
p p responsáveis
p
pelo aumento da procura de energia: China e Índia
• Alguns dos países exportadores encontram-se nas regiões
mais instáveis do Mundo
• Apesar da subida de preços, o aumento da procura atinge taxas
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record (em 2004


2004, o aumento da procura foi de 4
4,3%)
3%)
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Contexto Europeu

• As reservas europeias de gás e de petróleo estão em declínio


• A União Europeia é o segundo maior mercado interno e um dos
maiores importadores mundiais de energia
• 80% do consumo de energia é de origem fóssil
ustentável e Agenda 211 Local

• Actual dependência energética externa é de 50%. Se nada se


fizer em 2030 será cerca de 70%
fizer, 70%.
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19/9/2008
Quais os desafios da energia ?
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9
E i
Economia

Desafios da Energia, Carlos Laia


Segurança
A bi t
Ambiente

19/9/2008
A Estratégia Europeia
Competitividade:
Agenda
g de Lisboa
ustentável e Agenda 211 Local
Pós-Graduaação

Segurança de Ambiente:
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Desenvolvimento Su

abastecimento Quioto
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11
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O desafio da competitividade

19/9/2008
Ambiente
• Gases com efeito de estufa (GEE) Alterações climáticas
• Emissões acidificantes a nível local/regional
g
ustentável e Agenda 211 Local

Principais Poluentes Efeito


SOX (óxidos de enxofre) Degradação dos edifícios e outros
objectos patrimoniais

Chuvas ácidas
NOX (óxidos de azoto) Doenças respiratórias

Chuvas ácidas
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Degradação dos edifícios


Partículas em suspensão Associadas à ocorrência de várias
doenças respiratórias, cardíacas e
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cancerosas
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VÍDEO: Security of electricity and gas supply:
Europe spins its Energy Web
(DG TREN, 2004)
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Desafios da Energia, Carlos Laia
E Portugal ?

19/9/2008
Contexto Português

• Elevada dependência energética


• Intensidade
I t id d energética
éti mais
i elevada
l d na UE15
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• Taxa de crescimento da procura de energia final das mais


elevadas da EU15 (entre 1990 a 2003: PT=3.5%/ano;
PT 3.5%/ano; UE15 =
1%/ano)
• Consumo per capita inferior à média europeia (clima ameno,
taxas de posse de equipamentos inferior, …)
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Desenvolvimento Su
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Intensidade Energética do PIB - evolução
290

270
e energética ((tep/MEur95)
ustentável e Agenda 211 Local

250

Portugal
230 EU 25
EU 15
Grécia
210
Itália
Intensidade

Espanha
190
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Desenvolvimento Su

170

150
Curso de P

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Ano

16 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Consumo de energia primária - 2004
Carvão
Importação Electricidade
13% Gás Natural
2%
13%
Hidríca
3%
Eólica
ustentável e Agenda 211 Local

0%
Renováveis
14% Biomassa
Bi
11%

Petróelo
58%
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Desenvolvimento Su

¾ Dependência externa: Portugal importa 85% da energia primária


¾ Factura energética portuguesa : 7 000 milhões de Euros
(saldo importador líquido em 2007)
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Produção de energia eléctrica (só Continente)
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Consumo de energia final em Portugal:
1994 e 2004

Edifícios Total: 14288 kgep


29% Residencial
R id i l
21%
Indústria
35%
Serviços
8%
ustentável e Agenda 211 Local

Transportes
36%

Total: 19995 kgep


Edifícios
32% Residencial
18% Indústria
31%
Serviços
14%
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Transportes
37%
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Consumo de energia nos edifícios (PT)
• Sector dos edifícios e dos transportes
com maiores taxas de crescimento do
consumo de energia
ustentável e Agenda 211 Local

• Taxa de crescimento média do


consumo de energia final no sector
dos edifícios na última década: 4%/ano
• Edifícios são fortemente
consumidores de energia eléctrica:
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representa 60% da energia


g final
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Desenvolvimento Su

• Taxa de crescimento média do


consumo de energia eléctrica nos
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edifícios:
difí i 6%/ano
6%/
20 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008
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21
Desafios da Energia, Carlos Laia
E os Municípios?

19/9/2008
Papel do Município ao nível da energia
• Consumidor
C id ded energia
i -> Racionalização
R i li ã
ustentável e Agenda 211 Local

• Produtor e distribuidor de energia (e de água)


• Responsável pelo Planeamento/Licenciamento
• Motivador para a racionalização dos consumos e da
utilização de energias renováveis
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22 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


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23
E a estratégia ?

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Diagnóstico efectuado.

19/9/2008
1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
1.
ustentável e Agenda 211 Local

2 ENERGIAS RENOVÁVEIS
2.

3 ALTERAÇÃO DE PARADIGMA
3.
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Eficiência Energética

• Reduz as emissões de Gases com Efeito de


Estufa ->
> Quioto
• Ao utilizar melhor a energia, reduz as
ustentável e Agenda 211 Local

necessidades de importação -> segurança


do abastecimento
• Permite reduzir custos para os agentes
económicos e sociedade em geral
geral, tornando
a economia mais competitiva, criando
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actividade e emprego na área da eficiência


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Desenvolvimento Su

energética -> Agenda de Lisboa


Objectivo: reduzir em 20% o consumo de energia em 2020
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19/9/2008
Um recurso importante: os NEGAJOULES
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Desafios da Energia, Carlos Laia
Políticas de EE em Portugal

19/9/2008
PNAEE
Legislação de EE em Portugal
• SGCIE – Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos em
Energia
g (DL
( 71/2008, de 15 de Abril - Revogou
g o RGCE))
• RCCTE – Regulamento das Características do Comportamento
ustentável e Agenda 211 Local

Térmico dos Edifícios (DL 80/2006, de 4 de Abril)


• RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de
Climatização em Edifícios (DL 79/2006, de 4 de Abril)
• SCE – Sistema
Si t Nacional
N i l de
d Certificação
C tifi ã Energética
E éti e da
d
Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (DL 78/2006, de 4 de Abril)
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• Diversos DL
DL’s
s que obrigam a etiquetagem obrigatória em diversos
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tipos de equipamentos (frigoríficos, máquinas de lavar louça e


roupa, lâmpadas, pequenas unidades de climatização…)
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SGCIE
• Abrange instalações com consumo superior a 500 tep/ano, que se
devem registar (até 15/10/2008 ou quando atingirem 500 tep/ano)
• Obrigatoriedade de realizar Auditorias Energéticas periódicas:
ustentável e Agenda 211 Local

• Periodicidade de 6 anos quando > 1000 tep/ano


• Periodicidade de 8 anos quando < 1000 tep/ano
• Como resultado da AE, surge o PREn – Plano de Racionalização
do Consumo de Energia
Energia, visando a melhoria dos indicadores de
intensidade energética e carbónica
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• Uma
U a vez
e PREn apaprovado
o ado pe
pela
a DGEG,
G G, surge
su ge o ARCE
C – Acordo
co do de
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Racionalização dos Consumos de Energia


• ADENE efectua o acompanhamento do processo
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RCCTE
• OBJECTIVOS
• Satisfazer as exigências de conforto térmico, bem como as
necessidades de AQS (Água Quente Sanitária) sem dispêndio
excessivo de energia
• Evitar patologias na construção provocadas pelas condensações
ustentável e Agenda 211 Local

• ÂMBITO DE APLICAÇÃO
• Fracções
acções autó
autónomas
o as de ed
edifícios
c os novos,
o os, ou g
grandes
a des
reabilitações, sem sistemas de climatização centralizados
Pós-Graduaação

• Excepções: edifícios “porta aberta”, locais de culto, instalações


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industriais, garagens, armazéns, edifícios agrícolas (zonas


históricas ou edifícios classificados, instalações militares e de
segurança,
g ç , quando
q for incompatível)
p )
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30 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Curso de P
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31
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19/9/2008
Balanço Térmico - Inverno
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Balanço Térmico - Verão


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RCCTE
• EXIGÊNCIAS - São limitadas as necessidades de energia útil:
• para aquecimento,
i t arrefecimento,
f i t produção
d ã de
d AQS e as
necessidades globais de energia primária

• Os PARÂMETROS ESSENCIAIS são:


ustentável e Agenda 211 Local

• para aquecimento: coeficientes de transmissão térmica dos


elementos da fachada,, factor de forma,, ganhos
g solares úteis
• para arrefecimento: factores solares (sombreamentos), nível de
inércia térmica, transmissão térmica dos elementos opacos
• na produção de AQS, o número de pessoas que ocupam
permanentemente o edifício e o tipo de equipamento a usar.
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• Para a produção de AQS é OBRIGATÓRIO Ó o recurso a sistemas


solares térmicos (em alternativa, outros sistemas de energia
renováveis))
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RSECE
• OBJECTIVOS
• Satisfazer os requisitos de conforto térmico e de qualidade do ar
interior, em condições de eficiência energética
• Garantir a qualidade
q alidade e segurança
seg rança dos sistemas de climati
climatização
ação
através do estabelecimento de condições para a sua concepção,
ustentável e Agenda 211 Local

instalação e manutenção
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RSECE

REG
EDIFÍCIOS DE SERVIÇOS
APLICÁVE
A
GULAMEN
NOVOS EXISTENTES
PEQUENO
EL

GRANDES GRANDES
NTO

PEQUENOS EDIFÍCIOS S
EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS
EDIFÍCIOS
ustentável e Agenda 211 Local

Sistemas Sem sistemas


de ou com Com sistemas Com sistemas
climatizaçã sistemas < 25 > 25 kW > 25 kW
o kW

80%
RCCTE requisitos Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável
RCCTE
Pós-Graduaação

Requisitos
q
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Simulação Simulação Auditoria


Desenvolvimento Su

para novos
RSECE Não aplicável numérica numérica
sistemas de
energética e
simplificada detalhada PRE
climatização
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35 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


RSECE

REG
O APLICÁVE
EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS
A
GULAMEN
NOVOS EXISTENTES
EL
NT
ustentável e Agenda 211 Local

Sistemas de Com sistemas > 25 Com sistemas a


Outros casos Outros casos
climatização kW instalar > 25 kW

80% requisitos
RCCTE RCCTE
Aplicável Não aplicável Não aplicável
Pós-Graduaação

Requisitos para Requisitos para


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RSECE novos sistemas de Não aplicável novos sistemas de Não aplicável


climatização climatização
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SCE
• OBJECTIVOS
• Assegurar a aplicação regulamentar do RCCTE e do RSECE
• Certificar o desempenho energético e a qualidade do ar interior
nos edifícios
ustentável e Agenda 211 Local

• Identificar medidas correctivas ou melhorias de eficiência


energética aplicáveis aos edifícios e sistemas de climatização

• ÂMBITO
O DE APLICAÇÃO
C Ç O
• Os novos edifícios
Pós-Graduaação

• Os g
grandes edifícios de serviços
ç
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Desenvolvimento Su

• Os edifícios existentes (habitação e serviços), para os actos de


venda e locação, incluindo o arrendamento
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38
SCE

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19/9/2008
Energias Renováveis

Produção
P d ã Energia
E i Solar
S l (Té
(Térmica),
i )
de Calor Biomassa, Biogás, Geotermia
ustentável e Agenda 211 Local

Energia Solar (Fotovoltaica e


Produção de Termoeléctrica), Biomassa, Biogás,
Electricidade Geotermia, Hídrica, Oceanos (Ondas,
Marés, etc.)
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(Bio)
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Biodiesel, Bioetanol, etc.


Combustíveis
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Energias Renováveis:
Benefícios
1. Protecção do ambiente
¾ Redução das emissões de gases com efeito de estufa
¾ Minimização da poluição local e regional
2. Segurança de abastecimento e independência energética
ustentável e Agenda 211 Local

¾ Aproveitamento de um recurso nacional


¾ Garantia contra variações de preço
3. Produção descentralizada
¾ Promoção da sustentabilidade a nível local
¾ Optimização da rede de transporte de electricidade
Pós-Graduaação

4. Emprego e indústria
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Desenvolvimento Su

¾ FER produzem mais emprego por kWh gerado que fontes


convencionais
¾ Inovação tecnológica
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40 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


BIOGÁS

• O biogás é um gás combustível, constituído principalmente


por metano e CO2,, q
p que é obtido p
pelo p
processo natural de
degradação da matéria orgânica
ustentável e Agenda 211 Local

• Tal como o gás natural, o biogás pode ser utilizado para


produção de calor e para a produção de electricidade
• As tecnologias principais, nomeadamente os motores de
combustão interna e as turbinas a gás, apresentam um
custo da ordem de 1 200 € por kW instalado
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BIOGÁS: Produção de calor e electricidade em :

• Aterros sanitários
• ç
ETAR – Estações de Tratamento de Águas
g Residuais
• Biodigestores nas Agro-Indústrias (ex: suiniculturas)
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ENERGIA EÓLICA

• Os aerogeradores convertem a energia do vento em


electricidade
l t i id d
• O desenvolvimento das tecnologias tem permitido reduzir
progressivamente
p g o custo até níveis qquase competitivos
p com
as energias tradicionais, em torno de 1,3 M€ por MWe
ustentável e Agenda 211 Local

• Simultaneamente, a potência unitária média dos aerogeradores


comercializados
i li d tem vindo
i d a aumentar, permitindo
i i d assim
i
reduzir o número de torres e o impacte na paisagem
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MINI e MICRO-HÍDRICA

• Aproveitamentos de “quedas” de água em rios e ribeiros


• Aproveitamentos de desníveis em condutas de água
(abastecimento e saneamento)
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SOLAR TÉRMICO

• A produção de águas quentes sanitárias através da energia solar é


actualmente uma tecnologia consolidada
• Habitações, piscinas, gimnodesportivos, hotéis, estabelecimentos
de saúde,
saúde balneários de indústrias e serviços,
ser iços etc.
etc
ustentável e Agenda 211 Local

• O aquecimento de águas de piscinas é outro campo de aplicação


importante
p para o solar térmico. Outras aplicações:
p p ç calor de baixa
temperatura para processo industrial, aquecimento ambiente, etc.
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45 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


SOLAR TÉRMICO

• A partir
ti do
d 2º semestret de
d 2006 passou a ser obrigatório
b i tó i a
inclusão de sistemas solares térmicos para AQS na construção
de novas unidades de habitação (Regulamento das
Características de Comportamento Térmico de Edifícios)
ustentável e Agenda 211 Local

• Para aceder ao regime bonificado da microgeração, é


necessário
á i instalar
i t l ou ter
t instalado
i t l d 2 m²² de
d colectores
l t solares
l
térmicos
• As despesas
p com a aquisição
q ç de sistemas solares térmicos são
dedutíveis à colecta (IRS), até 30% das respectivas
importâncias, com o limite máximo de 777 €. Esta dedução já é
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acumulável
lá l com as deduções
d d õ relativas
l ti a encargos com imóveis
i ó i
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SOLAR FOTOVOLTAICO
Integrado em Edifícios (BiPV)
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47 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


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48
Centrais Fotovoltaicas
SOLAR FOTOVOLTAICO

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19/9/2008
SOLAR FOTOVOLTAICO

Crystalline Silicon (c-Si)


ustentável e Agenda 211 Local

Thin Film (a-Si, CIS, CdTe, etc.)


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49 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


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50
SOLAR FOTOVOLTAICO

Desafios da Energia, Carlos Laia


19/9/2008
EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA GLOBAL
ACUMULADA

Average annual
2.4 GW
growth rate of
g
more than 35%
ustentável e Agenda 211 Local

since 1998
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51 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


ATÉ FEVEREIRO 2008
DIFERENTES POSSIBILIDADES DE ENQUADRAMENTO LEGAL

• Venda integral à rede pública (DL 312/2001 e DL 225/07)


• Economicamente interessante
ustentável e Agenda 211 Local

• Difícil de licenciar
• Produtor-Consumidor
Produtor Consumidor (DL 68/2002)
• Economicamente não viabiliza o investimento (excepto
hídirca), mas garante sempre escoamento e valorização da
energia produzida
• Licenciamento incerto…
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• Auto consumo
Auto-consumo
Desenvolvimento Su

• O investimento nunca é recuperado


• Sem entraves no licenciamento
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A PARTIR DE MARÇO 2008
MICRO-GERAÇÃO – “RENOVÁVEIS NA HORA”
DL 363/2007
363/2007, de 2 de Novembro

• Aplica-se
Aplica se a unidades de muito baixa potência (até 5, 75 kW)
• Fontes renováveis de energia ou cogeração
ustentável e Agenda 211 Local

• Ligação em Baixa Tensão, monofásica


• Entrega da totalidade da energia produzida à rede eléctrica
• Dois regimes remuneratórios:
• Regime geral
• Regime bonificado (só até 3,68 kW)
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• Considerável
C id á l simplificação
i lifi ã d
dos procedimentos
di t d
de
Desenvolvimento Su

licenciamento (online – Sistema de Registo da Microgeração)


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53 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Curso de P
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54
Desafios da Energia, Carlos Laia
19/9/2008
ALTERAÇÃO DO PARADIGMA
55

Consumo de Energia na Europa

Consumo de energia primária UE-25 (1750 Mtep) 2005

Transportes
T t
19%
ustentável e Agenda 211 Local

Terciário
9% Indústria
17%

Doméstico
16% Usos não-
energéticos
éti
6%
Pós-Graduaação

Perdas em
FCT/UNL GDM/CMO O

transformação
Desenvolvimento Su

33%
Curso de P

55 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Curso de P
Pós-Graduaação
Desenvolvimento Su ustentável e Agenda 211 Local
FCT/UNL GDM/CMO O

56
Desafios da Energia, Carlos Laia
Um novo modelo de abastecimento energético

19/9/2008
“VIRTUAL UTILITIES”, “SMART GRIDS”, ETC.

Monitorização, Controlo e Gestão centralizada da geração


descentralizada
ustentável e Agenda 211 Local
Pós-Graduaação

FCT/UNL GDM/CMO O
Desenvolvimento Su
Curso de P

57 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA NUM SISTEMA
ELECTROPRODUCTOR
ustentável e Agenda 211 Local
Pós-Graduaação

FCT/UNL GDM/CMO O
Desenvolvimento Su
Curso de P

58 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Principais benefícios resultantes da Geração Descentralizada

• Aproveitamento mais eficiente dos recursos energéticos


ustentável e Agenda 211 Local

• Fornecimento de electricidade com grande fiabilidade e


qualidade
• Redução das emissões de CO2 e de poluentes
• Redução
ç das p
perdas no transporte
p e distribuição
ç de
electricidade
• Redução do investimento necessário ao reforço da rede
Pós-Graduaação

FCT/UNL GDM/CMO O
Desenvolvimento Su

eléctrica
é
Curso de P

59 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Tecnologias para a Geração Descentralizada:
Renováveis + micro
micro-geração
geração
Principais tecnologias particularmente apropriadas à geração
descentralizada actualmente disponíveis
p no mercado ou ainda
em fase de desenvolvimento
ustentável e Agenda 211 Local

Motores de combustão interna

Micro-turbinas a gás

Pilhas de combustível
Pós-Graduaação

FCT/UNL GDM/CMO O
Desenvolvimento Su

Motores Stirling
Curso de P

60 Desafios da Energia, Carlos Laia 19/9/2008


Curso de P
Pós-Graduaação
Desenvolvimento Su ustentável e Agenda 211 Local
FCT/UNL GDM/CMO O

61
(June 2006)

Desafios da Energia, Carlos Laia


VÍDEO: What are we waiting for?

19/9/2008
Curso de P
Pós-Graduaação
Desenvolvimento Su ustentável e Agenda 211 Local
FCT/UNL GDM/CMO O

62
Desafios da Energia, Carlos Laia
Muito obrigado !

carlos.laia@ceeeta.pt

19/9/2008

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