Você está na página 1de 20

RESUMO SISTEMA GASTROINTESTINAL

→ INTRODUÇÃO

● O sistema gastrointestinal é composto por uma porção tubular, essa ​porção tubular
vai envolver desde la da faringe, laringe, esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo,
colo ascendente, colo descendente, colo sigmóide e reto. Além da porção tubular
nós temos ​os órgãos anexos ​que vão participar também do processo da digestão
dos alimentos.
● os órgãos anexos vão produzir secreções que vão ser liberadas na luz de algum
segmento tubular e essas secreções vão participar do processo de digestão
● o pâncreas é um órgão misto que é dividido em 2 tipos, o pâncreas endócrino ​que
é responsável pela produção de hormônios como a insulina e o glucagon que não
estão relacionados com a digestão, apenas com a absorção de glicose e temos o
pâncreas exócrino que é responsável pela liberação de suco pancreático no
duodeno
● a ​bile ​NÃO tem enzima, tem sais biliares/ ácidos biliares que ​facilitam o processo de
digestão e absorção de LIPÍDIO apenas.
● Toda a porção tubular vai ter sua parede composta por 4 camadas teciduais desde a
faringe ao reto; o sistema digestório nesta parede vai ter um sistema nervoso que é
exclusivo do sistema gastrointestinal, que é chamado de ​sistema nervoso entérico
que funciona independente do sistema nervoso autônomo, então ele tem
automatismo, mas sistema nervoso autônomo modula o funcionamento do sistema
nervoso entérico.
● Toda parede desde o esôfago até o reto vai ser composta por 4 camadas: na face
mais interna tem a mucosa​, indo na direção externa tem ​submucosa​, depois tem
duas camadas de ​músculo liso​, duas camadas porque há uma ​camada circular
que quando se contrai, diminui ou fecha a luz, há também a ​camada muscular
longitudinal ​que quando se contrai, realiza propulsão céfalo-caudal (peristaltismo),
após essas camadas musculares tem a serosa, que é a parte externa da porção
celular, no estômago além da muscular circular e longitudinal, tem a ​muscular
oblíqua
● O sistema nervoso entérico é formado por uma rede neuronal que está inserida
entre as camadas da parede da porção tubular, existem duas redes neuronais: a
rede que fica entre a mucosa e a muscular circular que é chamada de ​plexo
submucoso e a rede que fica entre muscular circular e muscular longitudinal,
chamado de ​plexo mioentérico​.
● O plexo submucoso controla secreção e plexo mioentérico controla motilidade, é só
ver onde eles estão, plexo submucoso e plexo mioentérico juntos formam sistema
nervoso entérico.
● O músculo liso que está presente na camada circular e longitudinal vai ser um
músculo do tipo unitário e essa musculatura lisa vai apresentar a formação de
ondas lentas
● OBS : Como é a contração do ​músculo esquelético​? Libera cálcio no retículo
sarcoplasmático, se liga à troponina c, a troponina c vai mudar a configuração da
tropomiosina, expondo o sítio de ligação da actina a cabeça da miosina, miosina
então muda a sua posição, se liga a actina e puxa. Isso ocorre na unidade
sarcômero.
● eu tenho esfínter esofágico superior, esfínter, esofágico inferior, esfínter pilórico,
esfínter ileocecal e esfínter anal externo. Todo esses esfíncteres eles são
compostos por músculo liso, e tem a capacidade de manter a contração
constantemente sem fadigar, pois eles conseguem realizar contração, ciclo das
pontes cruzadas e travam.
● o músculo liso gastrointestinal ele tem um potencial de repouso instável, isso faz
com que essas células respondam rapidamente a qualquer estímulo.
● eu consigo pela presença de conteúdo, ou pela presença de acetilcolina, porque o
sistema nervoso parassimpático é o sistema da digestão, então o sistema nervoso
parassimpático estimula a motilidade e secreção sempre, o estímulo faz com que as
minhas células musculares respondam rapidamente formando um potencial de
ação, eu tenho uma instabilidade aí que é chamada de ​ondas lentas​, onde o meu
potencial de repouso é negativo, porque o potencial de repouso da célula se
aproxima ao potencial de equilíbrio de potássio que é negativo.
● O músculo liso no sistema gastrointestinal , ele não tem o potencial de repouso
constante, esse potencial de repouso oscila, ele não vai ser sempre -60, ele fica
oscilando de -60 a -40, sempre se aproximando do limiar de disparo, então essa
célula ela está constantemente próxima a responder a qualquer estímulo, isso faz
com que um estímulo mínimo permita com que ocorra motilidade, qualquer estímulo.
Essa reação do potencial de repouso é chamado de ​ondas lentas​. Essas ondas
lentas elas vão gerar um rítimo do movimento de contração, cada segmento vai ter
uma frequência de ondas lentas a ser gerada, isso faz com que cada segmento
tenha uma movimentação, um ritmo de movimentação específico.
● As minhas ondas lentas vão aproximando o meu potencial de repouso, do limiar de
disparo. Quando eu tenho um estímulo, atingindo o limiar de disparo eu vou gerar os
potenciais que são chamados de ​potenciais em ponta. Quanto maior for o
estímulo, maior a quantidade de potencial em ponta, quanto maior a quantidade de
potencial em ponta, maior a intensidade de contração.
● O sistema nervoso entérico ele vai estar inserido, entre muscular circular e
muscular longitudinal, que é o meu ​plexo mioentérico​, o plexo mioentérico vai
participar modulando, controlando justamente a contração da musculatura lisa.
● Além do plexo mioentérico, nós temos o plexo submucoso (controla secreção). Os
dois são redes neuronais, o plexo submucoso está entre submucosa e muscular
circular, quando ele é ativado eu estímulo secreção, secreção de mucosa. Esses
plexos recebem terminações nervosas simpáticas e parassimpáticas, eles têm
autonomia,porém eles recebem terminações nervosas simpáticas e
parassimpáticas, que podem estar aí modulando o funcionamento tanto do plexo
submucoso como do plexo mioentérico.
● Quando chega conteúdo na luz da porção tubular, essas terminações nervosas são
ativadas e induzem a reflexos, que pode ser curto ou longo. O ​reflexo curto vai ser
uma estimulação de presença de conteúdo, por exemplo, no plexo submucoso ativa
a essa rede neuronal diretamente e com isso já produz uma resposta estimulando
secreção. Já no reflexo longo o mesmo estímulo vai ativar neurônios que vão para
o SNC que vai enviar uma resposta também induzindo a secreção.
● Então existem duas formas de estimular secreção e motilidade, o ​reflexo curto ​que
é apenas SN Entérico com a estimulação direta e resposta local ou ​reflexo longo
com a presença do SNC, envolvendo a ativação do parassimpático.
● A maioria dos reflexos longos são chamadas de ​reflexo vago-vagal pois ativam
terminações nervosas que vão pra SNC pelo nervo vago e após o processamento a
resposta ao estímulo também é conduzida pelo nervo vago.
● a função do ​parassimpático é intensificar a ação que já está sendo realizada pela
resposta local.
● São necessárias ​fibras nervosas motoras e sensitivas no sistema gastrointestinal
pois é preciso perceber a presença do conteúdo ali presente, ascender para o SNC
e então enviar uma resposta (que pode ser simpática ou parassimpática) por meio
de uma fibra motora.
● A ​resposta simpática ​inibe motilidade pois estimula a contração de esfíncter e inibe
a contração da parede, na secreção também inibe, com exceção da secreção
salivar.
● Já o parassimpático estimula motilidade e secreção. Os receptores
parassimpáticos presentes na parede a maior parte é M3 excitatória e no esfíncter
M2, mas se observa na parede a presença de M2 e nos esfíncteres presença de M3,
o que faz a respostas serem de contração ou relaxamento é a quantidade desses
receptores presentes, se tiver mais M3 haverá contração e se tiver mais M2 haverá
inibição.


→ SECREÇÕES DO SGI

● Uma célula secretora no processo gastrointestinal normalmente produz ​enzimas


que são proteínas ( nem toda proteína é enzima mas todas as enzimas são
proteínas) e para sintetizar uma proteína a minha célula precisa ter um núcleo, um
retículo endoplasmático rugoso para realizar a transcrição e tradução e o complexo
de golgi para finalizar o processo de síntese dessa proteína que é uma enzima
● quando a gente fala de ​proteases ​normalmente as minhas proteases elas são
armazenadas na sua forma inativa que no caso da secreção pancreática é chamada
de ​zimogênios porque se eu produzo uma enzima na sua forma ativa dentro da
célula essa enzima vai digerir a própria célula.
● Para que essa célula libere essas enzimas ela precisa receber um ​estímulo ​e ele
não fica liberando as secreções a todo direito até mesmo porque produzir enzimas
gasta energia porque preciso fazer transcrição, tradução, transporte dessa proteína
por vesícula que sai do retículo endoplasmático, vai pro complexo de golgi que vai
finalizar essa proteína, então eu vou ter consumo de energia e essa célula precisa
de um estímulo para que ela libere essas secreções
● Quem produz secreção são glândulas ou células secretoras, então essas células
secretoras podem estar sozinhas, agindo de maneira solitária como por exemplo,
células caliciformes produzem uma secreção mucosa (​mucina​) que normalmente
tem uma função de proteção, para diminuir atrito, porque tanto no esôfago como no
intestino grosso – colo transverso e colo sigmóide – tem atrito entre o conteúdo na
luz (que está com a consistência sólida) e a parede dessa porção tubular, então a
mucina é usada para diminuir esse atrito, sendo extremamente importante para
permitir a passagem deste conteúdo sem causar lesão na parede.
● Tem células secretoras que funcionam em conjunto, que se organizam em grupos e
quando isso acontece, elas são chamadas de ​glândulas​, ou seja, glândulas são
grupos de células que produzem algum tipo de secreção e liberam essa secreção
ou na luz tubular (exócrinas) ou na circulação sanguínea (endócrinas).
● Glândulas tubulares são células epiteliais diferenciadas que se invaginam e essas
células da extremidade distal da glândula se diferenciam e produzem secreções,
mas não tem uma alteração morfológica muito evidente, como por exemplo as
glândulas presentes na mucosa gástrica.
● A ​glândula salivar vai ser composta por glândulas acinares que tem um
comportamento exclusivo que dão origem a dois tipos de secreções e também tem
uma participação das células ductais para produzir uma saliva sempre hipotônica
● Osmolaridade da saliva vai ser sempre menor do que a osmolaridade do plasma
sanguíneo, o que pode acontecer é a osmolaridade se aproximar mais ou menos a
do plasma sanguíneo, mas sempre se mantendo menor


● A ​saliva ​é importante não só para o processo de digestão e é por isso que as
glândulas salivares vão ser a exceção a regra de antagonismo do sistema nervoso
autônomo, porque a saliva tem na sua composição não só enzimas, mas também
várias substâncias bactericidas, bacteriostáticas que vão controlar a proliferação de
microorganismos na cavidade oral, então a saliva tem também uma função protetora
dessa cavidade oral.
● Como a glândula salivar ​não vai ter uma comunicação com terminações nervosas, e
eu não tenho na cavidade oral uma parede tubular que pode controlar essa
secreção, então eu vou ter uma secreção de glândula salivar exclusivamente pelo
sistema nervoso autônomo (controla a secreção).
● Existem dois grupos de glândulas salivares, as glândulas salivares menores que
produzem uma quantidade pequena de saliva, e as ​glândulas salivares maiores
que serão responsáveis por produzir grande quantidade de saliva
● As ​glândulas maiores são compostas pela parótida, submandibular e a sublingual,
e são responsáveis por quase a totalidade da secreção de saliva.
● Todas elas são compostas por glândulas acinares, só que elas vão ter dois tipos de
glândulas acinares, os​ ácinos mucosos ​e ​ácinos serosos
● Os ​ácinos mucosos são responsáveis pela produção de muco da porção mucosa
da saliva .Os ​ácinos serosos​ são responsáveis pela produção de enzimas
● As glândulas salivares possuem composições diferentes, a ​sublingual ​ela é
formada principalmente por ácinos mucosos, a ​submandibular ​é uma glândula
mista, possui tanto ácinos mucoso quanto ácinos serosos, e a ​parótida é formada
principalmente por ácinos serosos.
● A principal enzima que vai participar do processo de digestão e está presente na
saliva é a ​amilase​. Essa enzima é muito importante e a amilase salivar também é
chamada de ptialina. É responsável pelo início da digestão de carboidratos
complexos pois ela ​só atua em em cadeia polissacarídica, como por exemplo
macarrão. A amilase vai até a cadeia polissacarídica e quebra as ​ligações alfa
(1,4)​, ela só atua nesse tipo de ligação, tanto a salivar quanto a pancreática.
● Além dessas enzimas, temos também a produção de ​mucina ​que é rica em
bicarbonato e muito importante para a proteção da mucosa da cavidade oral, é
produzida em excesso em situações de aumento de temperatura e ingestão de
alimentos muito ácidos como limão.
● Com a presença de conteúdo também haverá a secreção de uma substância
chamada calicreína ​a partir da glândulas salivares. Ela é importante pois aumenta o
fluxo sanguíneo para as glândulas salivares, pois como eu preciso secretar mais
saliva eu vou demandar mais fluxo sanguíneo (suporte energético), assim
permitindo um metabolismo mais acelerado dessa glândula.
● Os ​ácinos serosos, que produzem uma secreção primária. Essa secreção
primária que é liberada pelos ácinos é isotônica (a osmolaridade da secreção
primária é igual a osmolaridade do plasma sanguíneo). Quando essa secreção
primária isotônica segue para o ducto, nas ​células ductais vão ocorrer algumas
alterações iônicas, nas quais terão saída e entrada de íons diferentes e não há no
ducto passagem de água.
● Nos ​ductos das glândulas salivares, há saída de íons, que será maior que a
entrada de íons. Quando ocorre isso, a osmolaridade diminui.
● Fluxo salivar interfere na composição da saliva, deixando ela menos hipotônica. Se
eu aumento o meu fluxo, a minha saliva fica menos hipotônica. Se eu diminuo meu
fluxo, essa saliva se torna mais hipotônica. è do fluxo salivar e não fluxo sanguíneo.
● A ​saliva ​depende do tempo de contato com as células ductais para definir sua
osmolaridade.
● Então quando eu tenho liberação de ​acetilcolina nas glândulas ​submandibular e
na ​parótida​, eu estímulo uma secreção mais volumosa. Quando há ativação
simpática e eu libero ​noradrenalina nas glândulas ​submandibular e na ​parótida​,
eu também estímulo, mas de forma mais branda, diminuindo o volume. O tempo de
ação simpática será menor em relação ao tempo de ação parassimpática.
● Quando tem conteúdo na cavidade oral, na superfície dorsal da língua, há
terminações nervosas aferentes​, que levarão o sinal até o tronco cefálico, o qual
tem a presença de núcleos salivares superiores e inferiores. Quando chega uma
ativação aferente dos núcleos salivares superiores e inferiores, esses núcleos, por
uma ação parassimpática, vão mandar uma estimulação para as glândulas
submandibular e parótida, ​aumentando​ assim a secreção salivar.
● A submandibular e a parótida recebem terminações nervosas tanto ​simpáticas
quanto ​parassimpáticas o que acontece quando eu tenho efeito parassimpático é
muito mais potente que induz a uma secreção muito maior que a ativação simpática,
tanto quando eu tenho liberação de acetilcolina ou noradrenalina eu tenho efeito
excitatório​ nessa células tanto acinares quanto nas ductais
● Se eu tenho uma ação ​parassimpática ​eu aumento a secreção e se eu tenho uma
inibição ​parassimpática que normalmente está associada a uma ativação simpática
mas é muito mais a inibição parassimpática que faz diminuir a secreção então eu
consigo aí modular a minha secreção salivar e quando eu tenho presença de
conteúdo, visualizo, sinto cheiro que eu tenho uma resposta parassimpática a minha
secreção aumenta, ativação dos núcleos salivares superior e inferior que ativam o
tronco encefálico aumentando a secreção.
● Uma ​célula acinar tem tanto receptores adrenérgicos quanto colinérgicos e ambos
esses receptores vão induzir a uma resposta estimulando secreção, tão eu vejo aqui
não um efeito antagônico mas um efeito sinérgico​, um trabalho em conjunto
conduzindo a uma mesma resposta tanto nas células acinares quanto nas células
ductais.
● A ​atropina tem um efeito ​antagônico ​à acetilcolina, ou seja, a ação dela é
antagonista ao parassimpático, então o efeito dela é diminuir secreção salivar já que
é antagonista.
● A secreção do estômago é extremamente ácida; nós temos ali a presença do ácido
clorídrico (HCl) que é liberado pelas glândulas da mucosa, células especializadas
que são as parietais que vão produzir esse HCl e essa acidez é muito importante
pra eu conseguir digerir esse meu conteúdo, então a acidez associada à motilidade
do estômago permite com que ocorra ​liquefação
● Em cada região da mucosa gástrica - ​cárdica, oxíntica e pilórica - vão ter
glândulas tubulares com composição distintas, independente da região vão ter
células produtoras de muco. Na região ​cárdica as glândulas só tem células
produtoras de muco, mas na região ​oxíntica além das células produtoras de muco,
na região mais caudal da glândula tubular terá a presença de células parietais e
células principais​, na região pilórica além das células produtoras de muco vai ter
a presença das ​células G​.
● Células produtoras de muco são células que secretam muco, as ​células parietais
vão ser responsáveis pela liberação do ácido clorídrico e do fator intrínseco, as
células principais produzem pepsinogênio – enzima na forma inativa – e as
células G ​são células produtoras de gastrina (hormônio).
● As ​células G presentes na região pilórica liberam a ​gastrina na circulação
sanguínea e não para a luz do estômago, a gastrina tem um papel extremamente
importante no controle da secreção de ácido clorídrico.
● Gastrina não compõe suco gástrico. Ela é liberada para a circulação sanguínea, e
essa gastrina é um peptídeo gástrico, ela vai para a circulação sanguínea e atua
nas células parietais, estimulando essas células parietais. Ou seja, ela é produzida
na mucosa gástrica e atua na mucosa gástrica, a função dela é participar do
processo da digestão.
● O ácido clorídrico ​é o responsável (pela presença do hidrogênio) pela acidez
presente na luz do estômago. Ele vai ser secretado pelas ​células parietais ​que,
em sua forma ​inativa​, possui uma morfologia completamente diferente da sua
morfologia na forma ativa. Quando ela está ​ativa​, ela muda a sua morfologia para
aumentar a superfície de membrana dela e deixar essa célula muito mais eficiente
na excreção de ácido clorídrico.Quando está na forma inativa ela libera pouco
hidrogênio e isso permite com que o pH se eleve, mas quando ela é ativada
aumenta tanto a superfície de membrana dela que libera altíssimas quantidades de
hidrogênio e cloreto.O ​cloreto tem um transportador de membrana que permite a
saída constante dele, então se eu aumento a superfície de membrana da célula
parietal, eu libero automaticamente mais cloreto, já o hidrogênio não. Para
conseguir liberar mais hidrogênio é necessário não só aumentar a superfície de
membrana, mas ativar a​ bomba de prótons​.
● O primeiro passo é ativar a célula parietal através de estímulos como: efeito
parassimpático, presença de conteúdo e liberação de gastrina. No ​citosol ​dessa
célula há uma grande quantidade de ​túbulo vesículas (ou vesículas tubulares) e
elas estão isoladas. Na membrana ​dessas vesículas estão presentes a bomba de
prótons e canal de cloreto. No citosol da minha célula também temos os
canalículos, eles comunicam o interior da célula com a superfície. A minha célula
na forma inativa essas túbulo vesículas e os canalículos estão isolados, sem
comunicar entre si e com o ambiente externo, a única superfície de membrana é a
membrana apical, dessa forma, a célula inativa libera pouquíssimo hidrogênio.
Quando eu ​ativo a célula parietal os ​canalículos vão se fundir nas laterais só que
não é só a fusão entre as ​membranas dos canalículos que acontece, também
haverá a fusão entre as membranas das túbulo vesículas e a dos ​canalículos.
Quando essa célula se torna ativa, a morfologia dela permite que ela se torne capaz
de liberar muito mais ácido clorídrico, então eu consigo ter a variação de pH. Quanto
maior o número de células parietais ativas, menos será o pH, mais ​ácido será o
ambiente. Além de alterar morfologicamente, há a ativação da​ bomba de prótons
● Existem receptores na membrana basal da célula parietal, que são excitatórios e
inibitórios (que para serem definidos, precisam saber qual tipo de proteína G eles
estão associados. Se estiver associado a proteína G excitatória, há a ativação da
bomba). Os receptores ​excitatórios são receptores para ​acetilcolina, gastrina e
histamina​. Tanto acetilcolina, liberada pelo sistema nervoso parassimpático, quanto
gastrina, liberadas pela célula G, quanto a histamina, liberadas pelas células do tipo
enterocromafins, ao se ligarem ao receptor, vão induzir a uma resposta intracelular
de a​tivação de uma proteína G ​que induz a ativação de bomba de próton e aí eu
tenho ​liberação de hidrogênio​. Cloreto é difusão facilitada.
● Como faço para ​inativar essa bomba? Duas substâncias inativas: as
prostaglandinas e as ​somatostatina​, modulando um excesso de liberação de
hidrogênio.
● Como eu modulo​? Com uma substância que eu inibo a atividade da bomba de
prótons, como a ​somatostatina (principal). Normalmente eu tenho liberação de
somatostatina quando o conteúdo já começa a ser liberado para o duodeno, para ir
modulando essa secreção.
● O ​controle da secreção de HCl é dividido didaticamente em 3 fases ( ​cefálica,
gástrica e intestina​l) que vão envolver onde meu conteúdo se encontra então eu
vou ter um processo de sinalizações que vão fazer com que eu estimule a secreção
do HCl e cada fase vai ser descrita dependendo de onde está meu conteúdo.
● Na ​fase cefálica o meu conteúdo não está em ​nenhum dos segmentos tubulares e
o que ativa essa fase é pensamento, visão, olfato ou alimento na cavidade oral,
então eu tenho uma ativação da fase cefálica por um estímulo exclusivamente
parassimpático que vai na glândula tubular, induzir a liberação de acetilcolina no
plexo e esse plexo vai liberar acetilcolina para as ​células parietais induzindo a
ativação ​dessas células.
● A ​fase gástrica​, é caracterizada com a presença do conteúdo no estômago e ela é
estimulada pela presença de conteúdo que vai gerar reflexo longo e ​reflexo curto​,
eu tenho ativação parassimpática ​e tenho também ativação do ​SN Entérico​, essa
fase é a que mais libera secreção.
● A ​fase intestinal ​é caracterizada pelo ​conteúdo ​liberado para duodeno​, o que
acontece com a secreção gástrica é de ​inibição da secreção que começa desde o
final da fase gástrica e assim eu consigo controlar a secreção de ácido clorídrico
para evitar excesso ou falta, liberando a quantidade certa na hora certa.
● Na ​fase cefálica tem uma ativação exclusiva ​parassimpática​, então tem estímulos
externos que vão ativar o sistema nervoso parassimpático que via sistema nervoso
entérico vai induzir a ativação de ​célula parietal via ​liberação de acetilcolina​,
ativação de célula G​.Tem ​terminação nervosa em toda superfície da mucosa, da
submucosa, do plexo submucoso, então chega a terminação parassimpática em
toda essa superfície que vai ativar as regiões e vai induzir a ​liberação de gastrina​,
porque vai induzir a ativação também de células, em uma intensidade pequena, mas
por uma ativação do sistema nervoso entérico via sistema nervoso
parassimpático.Tanto gastrina ​quanto ​acetilcolina estimula ​células do
tipo-enterocromafins que liberam ​histamina ​e tem assim a liberação de três
substâncias excitatórias de ​célula parietal que vai induzir a ativação das células,
então vai ser recrutado um grande número de células parietais e além disso, ativar
bombas de prótons​.Essa fase cefálica é importante, porque assim que o conteúdo
chegar no estômago já vai ter uma quantidade de suco gástrico esperando ele, não
precisa começar a produzir assim que chega, então já vai sendo preparado o
ambiente para receber o alimento.
● Ao começar a secretar, inicia deglutição e o conteúdo vai se encaminhar para
estômago e aí entra na ​fase gástrica que tem o ​reflexo longo e o ​reflexo curto​,
porque tem o conteúdo presente ali na luz do estômago.
● A ​distensão pela presença do conteúdo faz um ​reflexo vago-vagal e a presença
de ​produtos da digestão também faz um ​reflexo vago-vagal​, ou seja, um reflexo
longo onde há ativação parassimpática, o conteúdo presente no estômago ativa
neurônios aferentes que via nervo vago vão mandar essa informação para
sistema nervoso central que vai processar a informação e entender que tem
conteúdo no estômago, ativando o parassimpático e mandando uma resposta via
nervo vago que é estímulo da secreção, aí tem uma estimulação dele induzindo a
ativação do plexo submucoso ​e além disso a ​presença desse conteúdo ativa
diretamente o plexo submucoso que vai estimular ainda mais essa ​secreção,
então na ​fase gástrica tem o ​reflexo longo que envolve o parassimpático e o
reflexo curto que envolve somente o sistema nervoso entérico, além disso a
presença de produtos da digestão ativa diretamente a célula G que junto com
acetilcolina super estimula as células do tipo enterocromafins​, e eu tenho alta
atividade de ​células parietais​, essa vai ser a fase que eu vou liberar a maior
quantidade de​ ácido clorídrico.
● No final da ​fase gástrica​, quando meu ​piloro está para começar a abrir, eu vou ter
a ativação de ​células D​, que estão presentes também na mucosa gástrica, essas
células D produzem ​somatostatina que ​inibe a ​bomba de prótons​, então quando
eu estou finalizando a fase gástrica e entrando na fase intestinal, quer dizer que eu
já consegui digerir bastante o meu conteúdo, mas não digeri tudo, pois duodeno é
um tubo, ele não funciona como reservatório, é totalmente diferente de estômago,
então eu não posso liberar o conteúdo do estômago de uma vez para o duodeno, eu
vou ​liberando aos poucos​, ou seja, eu vou digerindo o meu conteúdo que está no
estômago e quando eu já tenho uma quantidade suficiente de conteúdo digerido eu
libero um pouco e fecho o piloro, e continuo digerindo .Isso é um processo, a
saída de conteúdo do estômago não se dá de uma só vez, pois só ele tem a
capacidade de funcionar como um reservatório, conforme ele vai digerindo ele vai
liberando. No ​final da fase gástrica eu já tenho algum conteúdo que está digerido,
e eu não preciso continuar estimulando mais ainda as minhas células parietais, eu
vou conseguir digerir de forma eficiente. Por isso que ativa a célula D, para liberar
somatostatina e aí sim eu começar a ​modular ​(não inibe) a ação das células
parietais.
● Saindo da fase gástrica, eu vou entrar na ​fase intestinal​, nessa fase o conteúdo
está chegando no ​duodeno​. No duodeno a presença de conteúdo vai ativar células
da ​mucosa duodenal​, essas células produzem dois hormônios (​secretina e
colecistocinina​), que são peptídeos gástricos, esses dois hormônios são
extremamente importantes no processo de indução de ​secreção pancreática​. Se o
conteúdo está chegando no duodeno , eu preciso digerir ele, quem vai participar da
digestão no duodeno vai ser ​pâncreas e a bile​, só que o duodeno precisa avisar,
pois são glândulas anexas.
● A colecistocinina atua diretamente na vesícula biliar fazendo uma ​contração de
parede e liberando a secreção no ​duodeno​. A ​secretina e a ​colecistocinina atuam
juntas no pâncreas induzindo a secreção do suco pancreático​. A ​secretina
também vai atuar diretamente nas ​células parietais e nas células G inibindo a
ação delas. Além disso, a secretina estimula células D que produzem
somatostatina​ que tem efeito ​inibitório​ para a produção de​ ácido clorídrico.
● Além de ​ácido clorídrico as minhas ​células principais ​que estão na região
oxíntica vão liberar ​pepsinogênio (forma inativa). Esse ​pepsinogênio é ​ativado
pela acidez do estômago​, ou seja, é necessária a associação entre célula parietal
e célula principal. Pois de nada adianta liberar pepsinogênio em pepsina se o
ambiente não estiver ácido, pois só se estiver ácido que ele ativa e vira ​pepsina. As
células principais ​também vão responder à ​acetilcolina e a ​gastrina e vai então
liberar pepsinogênio​, ele vai para a luz do estômago e encontra o ambiente ácido
que é a única forma de transformar pepsinogênio em pepsina, que é uma ​protease
e vai digerir proteínas.
● Além de protease, têm lipase também. Assim como a lipase ​liberada pela glândula
salivar​, essa ​lipase liberada pela ​mucosa gástrica não têm uma ação eficiente.
Não é que a lipase pancreática seja uma enzima mais potente, mas o ambiente de
sais biliares ​permite uma ação mais efetiva.
● Célula parietal também produz fator intrínseco, se a célula parietal estiver ativa,
ela vai liberar fator intrínseco, extremamente importante para a absorção de
vitamina B12.
● Todas as ​células acinares no pâncreas ​são produtoras de enzimas ​e tenho
também células produtoras de ​muco que são as células ductais e elas não tem
função de alterar osmolaridade até mesmo porque ​a secreção pancreática é
isotônica e não hipotônica igual a saliva, não porque não ocorre troca iônica no
ducto mas porque no ​ducto dos ácinos pancreáticos é permeável à água​, então
conforme eu tenho movimento do soluto o solvente vai atrás.
● O suco pancreático que é dividido em dois componentes: ​aquoso rico em
bicarbonato e ​enzimático​ rico em enzimas
● As ​células acinares são produtoras do ​componente enzimático ​e as ​células
ductais são responsáveis pela secreção do ​componente aquoso e esse produto é
liberado no ducto que vai seguir para o ​duodeno​, esse componente aquoso é rico
em ​bicarbonato​.
● O que tá chegando no duodeno? tá vindo do estômago que é o produto da
liquefação que foi realizada ( proteínas, carboidratos e lipídios) que tem que ser
digerida por enzimas e então as ​células acinares vão produzir o ​componente
enzimático que tem ( amilases, proteases, lipases etc) e além disso o produto que
está vindo é ​extremamente ácido e aí eu tenho que neutralizar essa acidez porque
a mucosa duodenal não tem uma barreira de muco protetora então eu não posso
permitir que o meu ambiente permaneça ácido, e a presença do suco pancreático é
que vai realizar essa neutralização a partir da liberação do ​componente aquoso
rico em bicarbonato.
● O ​duodeno quando recebe conteúdo vindo do ​estômago​, ele vai liberar
principalmente dois hormônios : ​secretina e colecistocinina​. Esses hormônios no
pâncreas vão estimular ​secreção pancreática​, mas essa essa secreção vai
ocorrer em resposta não somente a presença de conteúdo na luz duodenal, mas
também devido uma ​estimulação parassimpática​, que é capaz de iniciar o
processo de secreção pancreática.
● Na ​secreção pancreática eu também tenho fase cefálica, fase gástrica e fase
intestinal.
● Na ​fase cefálica e na ​fase gástrica eu tenho uma resposta neuronal, com liberação
de ​acetilcolina estimulando uma secreção limitada, mas uma secreção tanto do
componente aquoso como do ​componente enzimático​, para que quando esse
conteúdo chegue ao ​duodeno​, eu já tenha um ambiente favorável a presença dele.
● A fase que eu vou ter a maior secreção vai ser a ​fase intestinal​, pois eu vou ter
nessa fase a liberação de hormônios que vão induzir de maneira direta essa
secreção pancreática.
● O ​pepsinogênio produzido pelas células principais da mucosa gástrica​, só que é
produzido na forma ​inativa​, é liberada essa protease na forma inativa, mas é
preciso ativar por ​PH ácido​, mas aqui o suco pancreático é liberado no duodeno
que não têm PH ácido, então é necessário outro mecanismo para induzir a ativação
dessa enzima e o organismo fez com que a mucosa do duodeno (final do duodeno
– início do jejuno – células de borda em escova) tenha a capacidade de produzir
uma enzima chamada ​enterocinase que vai ativar ​tripsinogênio em ​tripsina que
por sua vez, ativa mais tripsinogênio e outras enzimas que estão na forma inativa,
então é extremamente importante que tenha a mucosa com as células da borda em
escova funcionais.
● Além das proteases tem a ​amilase pancreática com a função de quebrar ​ligações
alfa 1,4 ​e produzir ​dissacarídeos e também só vai atuar em cadeias
polissacarídicas, em carboidratos complexos, o organismo não absorve
dissacarídeos, então é necessária a ação de ​dissacaridases que vão quebrar os
dissacarídeos e liberar os monossacarídeos.
● As ​lipases pancreáticas vão atuar quebrando os lipídeos e o processo de digestão
e absorção de lipídeos é completamente diferente de carboidratos e proteínas,
porque esse processo necessita da ação de ​ácido biliares​, os sais biliares
● A secreção pancreática tem sua regulação estudada em três fases: a fase cefálica
e gástrica​, onde chegando no pâncreas​, exclusivamente nessa fase tem uma
estimulação neuronal, somente uma ativação ​parassimpática ​vai fazer com que eu
tenha o início de uma secreção pancreática que é branda, a ​fase intestinal vai
fazer com que tenha uma secreção bem acentuada, porque o conteúdo vai estar no
duodeno​, então precisa da ação do suco pancreático bem intensa.
● Na ​mucosa duodenal existem dois tipos de células: ​as células I e as células S​. As
células I ​são ativadas quando temos ​produto da digestão (proteínas, carboidratos,
lipídios) na luz duodenal; quando essas células são estimuladas elas liberam na
circulação sanguínea a colecistocinina e assim, quando ela passa pelo pâncreas
ativa as ​células acinares que produzem do ​componente enzimático pancreático​.
Só que tá chegando lá no duodeno não só produtos da digestão, mas também
hidrogênio​, uma secreção ácida e esse alto nível de hidrogênio no duodeno
estimula as células S​. Essa células liberam a ​secretina na corrente sanguínea que,
ao passar pelo pâncreas, vai estimular as ​células ductais a liberar o ​componente
aquoso ​rico em bicarbonato que ao chegar na luz duodenal vai neutralizar o
hidrogênio. Essas substâncias não chegam separadas, pois ao mesmo tempo que
chegam os produtos da digestão chega também hidrogênio, então as células I e S
são ativadas ao mesmo tempo, assim como a ação delas vai acontecer ao mesmo
tempo, pois libera suco pancreático com componente aquoso e enzimático.
● Além dessas secreções, há também no ​intestino delgado​, as secreções das
células da borda em escova​, no final do duodeno e início de jejuno. Ali eu tenho a
liberação das dissacaridases (os dissacarídeos somente serão digeridos aqui no
final), ou seja há a finalização da digestão de carboidrato, que começou na ​amilase​.
Além disso, às células da borda em escova também vão liberar peptidases​, que
vão finalizar digestão de ​proteínas​, que foram iniciadas pela digestão de
proteases. Então, no início de jejuno, há a finalização da digestão de carboidratos e
proteínas.
● Intestino grosso não digere mais nada. No cólon ascendente tem pouca absorção
de íons, mas a principal absorção será a de água​. Então, eu terei ao longo do
intestino grosso, a absorção de água e a secreção importante, será a secreção de
muco, para diminuir atrito.

→ MOTILIDADE DO SGI

● Motilidade ​é só cavidade oral e porção tubular.


● A ​regulação intrínseca que vai ser coordenada pelo sistema nervoso entérico que
é formado pelos plexos submucoso e pelo plexo mioentérico
● O ​sistema nervoso entérico tem um papel importante nesses movimentos e
associado a ele temos também o ​controle extrínseco que é realizado pelo sistema
nervoso autônomo ​onde eu tenho o ​sistema nervoso parassimpático
estimulando a motilidade, ao estimular a motilidade ele induz a contração de
parede​ e ​relaxamento de esfíncter
● Nós temos um ​controle químico ​e ​mecânico quando a presença do meu conteúdo
vai induzir a ativação dessas ​terminações nervosas aferentes que vão mandar o
sinal fazendo o ​reflexo curto ​ou ​reflexo longo ​que aí a gente vai conseguir ativar
tanto o ​controle intrínseco quanto o extrínseco
● A presença do ​conteúdo ​na luz ativa diretamente ( no caso da motilidade) o ​plexo
mioentérico e induz uma ativação do ​sistema nervoso autônomo ​que vai ser via
sistema nervoso​ parassimpático​ que vai induzir um ​aumento ​na motilidade.
● Quando eu tenho uma dilatação ​da parede eu vou ter a ativação de
mecanorreceptores que vão ativar ​plexo mioentérico e vão ativar ​sistema
nervoso autônomo que vai induzir um aumento na motilidade, então o simples fato
de eu ter a presença do conteúdo eu tenho também uma ativação parassimpática
que induz a um aumento de motilidade.
● O ​plexo mioentérico fica entre a camada de ​muscular circular e a ​muscular
longitudinal, esse plexo vai ser responsável pelo ​controle ​da motilidade
diretamente ou via ​sistema nervoso autônomo​, então o ​sistema nervoso
entérico é ​independente do sistema nervoso autônomo mas o sistema nervoso
autônomo vai ​modular ​essa motilidade através do plexo mioentérico
● Toda parede do trato gastrointestinal é composta por 4 camadas: a ​mucosa​,
submucosa​, muscular circular (diminui a luz), ​muscular longitudinal (encurta o
tubo e a associação da circular com a longitudinal faz com que empurre o conteúdo)
e a​ serosa​.
● Quando o conteúdo ​está na luz, além de produtos da digestão, vai causar uma
distensão de parede ativando as ​terminações nervosas aferentes no ​plexo
mioentérico ​que vão induzir a uma ativação direta do plexo mioentérico (​reflexo
curto​), quando se tem o estiramento de parede ativa ​quimiorreceptores e
mecanorreceptores​, ao ativar mecanorreceptores, os ​neurônios aferentes
mandam sinal para ​plexo mioentérico que, por sua vez, responde diretamente
induzindo a uma ​contração de parede e relaxamento de esfíncter​, ao mesmo
tempo essas terminações nervosas aferentes mandam sinal para SN autônomo​,
ativa ​parassimpático que por sua vez manda resposta para ​plexo mioentérico
induzindo ao ​aumento ainda maior da motilidade​.
● Reflexo curto ​e ​reflexo longo vão funcionar de maneira semelhante tanto para
induzir secreção quanto para induzir motilidade.


● NA IMAGEM: essa mucosa aqui é de ​estômago​, dá para ver esse comportamento
de epitélio, processo de ​invaginação formando as ​glândulas tubulares​, onde as
células da região mais profunda são responsáveis pela produção do ​suco gástrico​,
então tem aqui o ​plexo submucoso que se comunica com o ​SNC e ele vai
controlar aí as secreções da mucosa e o ​plexo mioentérico ​vai modular a
motilidade, se comunica tanto com a muscular circular quanto com a ​muscular
longitudinal e com ​o SNC​, então sempre tem uma comunicação de
quimiorreceptores​, ​mecanorreceptores que vão mandar sinal para plexo
submucoso​, para ​plexo mioentérico e vão mandar esse sinal também para SNC​,
tendo uma ativação tanto do ​reflexo curto​ quanto do ​reflexo longo​.
● Tanto reflexo curto como o ​reflexo longo ​por uma ativação de ​sistema nervoso
entérico pelo ​plexo mioentérico​, vai induzir aumento na ​contração de parede,
estimulando a contração na parede (toda a parede: esôfago, estômago, intestino
delgado,grosso, reto), mas esse mesmo plexo vai induzir a uma inibição na
contração de esfíncteres, isso eu chamo de motilidade.
● Eu tenho ​reflexo curto quando o estiramento induz uma ativação direta de ​plexo
mioentérico​, e um reflexo longo ​quando o estiramento induz a ativação de
parassimpático e o parassimpático por sua vez induz uma ativação de ​plexo
mioentérico​.
● Aqui nós vemos a ​inervação parassimpática chegando em todos os segmentos
da minha ​porção tubular​, todos os segmentos via ​nervo vago ou ​via nervo
pélvico eles vão receber terminação nervosa ​parassimpática​, e essa terminação
nervosa parassimpática vai ser responsável por ​modular a motilidade​, quanto
secreção, aqui nós estaremos enfatizando motilidade. Além de receber terminação
nervosa parassimpática, também recebe ​terminação nervosa simpática​, que no
caso aqui tirando a ação da glândula salivar, na motilidade os efeitos são
antagônicos​, então, no quesito motilidade a resposta simpática é antagônica a
parassimpática.
● O ​reflexo gastrocólico, que é um reflexo que o ​estômago induz no ​intestino
grosso​, é uma ação do estômago para controlar a motilidade do intestino grosso. O
estômago quando recebe conteúdo ele avisa o intestino grosso que precisa liberar
espaço, aí o intestino grosso ​aumenta a motilidade para isso, esse é o reflexo
gastrocólico.
● É bom lembrar que o ​sistema nervoso simpático atua no sistema gastrointestinal
e que a questão de receptores é muito complexa, mas de forma bem generalizada
nós temos nas ​paredes ​o predomínio dos receptores ​beta 2​, que é inibitório. Já nos
esfíncteres nós vamos ter a maioria de ​alfa 1 que é excitatório, então aí eu consigo
ver a ação na inibição da motilidade, porque com a presença de ​noradrenalina​,
como na parede temos beta 2, vai induzir ao ​relaxamento ​dessa parede, e se eu
tenho​ alfa 1 ​em esfíncter eu vou ter uma ​contração​, e isso ​inibe ​a motilidade.
● Já o ​sistema nervoso parassimpático​, na parede a presença predominante de
M3​, que é excitatório e nos ​esfíncteres predominantemente M2​, que é inibitório. Aí
com a ​acetilcolina eu induzo a uma ​contração de parede e ​relaxamento de
esfíncter, como resposta a um estímulo direto do plexo mioentérico (reflexo curto)
ou via parassimpático (reflexo longo).
● Toda parede do ​sistema gastrointestinal é composta por músculo liso, esse
músculo liso é do tipo​ unitário
● No ​músculo liso não tem sarcômero. As minhas ​fibras se organizam de forma
perpendicular​, não paralelas, por isso que quando eu vejo no microscópico eu não
vejo estrias, não tem áreas de concentração de miosina. As minhas fibras, os
filamentos de miosinas ​estão ancorados em corpos densos e essas fibras não são
paralelos, são perpendiculares, e entre uma fibra e outra eu tenho só f​ilamentos de
actina​.
● No ​músculo liso o ​estímulo ​da contração ( que se dá sempre pelo aumento de Ca
intracelular e no esquelético o cálcio vem só do retículo sarcoplasmático porque a
forma de estímulo é uma só) o músculo liso é contraindo involuntariamente, pode
ser por uma ​resposta neuronal direta​, ​canais voltagem dependentes​, indução de
potencial de ação nessa membrana abrindo Ca na membrana, ​canais ligantes
dependentes quando tenho associacao de hormônio ou neurotransmissor aos
receptores acoplados ao canal de Ca na membrana da célula e eu tenho canais
dependentes de t3 onde eu tenho receptores de membrana que estão acoplados a
uma proteína G e vão induzir ao aumento de 2 mensageiro que induz a membrana
de canal no retículo endoplasmático ( a única que se assemelha ao aumento de Ca
no músculo esquelético ).
● A fonte de Ca no músculo liso pode ser de retículo sarcoplasmático ou extracelular,
dependendo da forma que esse músculo é ativado.
● Como ocorre a contração na ​musculatura lisa​? Ao aumentar Ca intracelular, o ​Ca
se liga a ​calmodulina e forma um ​complexo cálcio-calmodulina​, este complexo
ativa uma quinase que é uma ​miosina cinase e vai ​fosforilar a miosina​, quando
ela fosforila ela ​expõe o sítio de ligação da cabeça de miosina a actina e
enquanto essa miosina estiver fosforilada, vai realizar ciclo das pontes cruzadas​,
vou encurtar a fibra induzindo​ contração​.
● Existem 2 tipos de musculatura lisa, o músculo que faz ​contração fásica​, depois
de realizar o ciclo das pontes cruzadas, quando a miosina se desprende da actina
ele desfosforila a miosina que não consegue mais se ligar a actina e aí o músculo
vai​ relaxar
● O outro é o músculo que faz a ​contração tônica​, como o caso dos esfíncteres,
como ele faz contração tônica sem fatigar? No músculo que realiza contração
tônica, vai realizar o ​ciclo das pontes cruzadas​, vai encurtar a fibra, só que a
miosina fosfatase que é a enzima que ​desfosforila a miosina​, não vai
desfosforilar quando a miosina estiver solta da actina, ou seja, no músculo que faz
contração tônica, ​a enzima desfosforila a miosina enquanto ela está associada
a actina​, realizando o ​movimento de trava​, travando a miosina na actina depois
que realizou o ciclo das pontes cruzadas. Quando desfosforila a miosina ainda
presa na actina, a miosina não se solta da actina, mantendo a fibra contraída ​por
um período prolongado sem realizar ciclo das pontes cruzadas, então não vai
consumir ATP e não vai fadigar o músculo.
● A diferença do músculo liso que realiza ​contração fásica do que realiza ​contração
tônica é somente o momento de atuação da ​enzima que desfosforila, se atua
enquanto está ​ligado é contração tônica e se atua quando ela ​dissocia é contração
fásica, porque se desfosforila enquanto ela está solta da actina, o músculo vai
relaxar logo depois de contrair
● No músculo liso, o potencial de repouso da membrana característico dessa
musculatura, ​oscila​, ele não fica constantemente em uma faixa. Esse potencial de
membrana fica oscilando, por exemplo: de -60 a -40, pois eu tenho uma
permeabilidade de membrana a íons ​que permite a oscilação da polaridade da
membrana. Essa oscilação de polaridade ​aproxima o potencial de repouso ao
limiar de disparo​, não atingindo ele. Isso acontece sempre, constantemente, o
limar de repouso fica nessa oscilação. Essa ​oscilação forma ​ondas​, ondas de
alteração na eletronegatividade desse potencial de membrana, essas ondas são
chamadas de ​ondas lentas​ (características de músculo liso)
● A fibra muscular lisa ela está sempre pronta a responder a estímulos.
● Quando eu desloco essa onda lenta para uma eletronegatividade menor, a minha
onda lenta ​alcança limiar de disparo​, quando alcança limiar de disparo ela induz a
formação de pontecial de ação que é chamado de ​potencial em ponta​. Se eu gero
potencial de ação, eu induzo o aumento de cálcio intracelular que vai gerar
contração​.
● A minha musculatura ela é do tipo ​unitária​, quando eu induzo uma contração em
uma região eu vou induzir um grupo expressivo de células, causando uma
contração coordenada e uniforme​ naquela região
● Após a ​mastigação​, vamos iniciar o processo de deglutição que é divida em 3
fases: ​fase oral, fase faríngea e fase esofágica.
● A única fase ​voluntária é a oral, quando entra na fase faríngea com a ativação de
sensores somatossensoriais já não consigo mais controlar o movimento de
deglutição e esse conteúdo vai para estômago, quando chega lá é o fim do
processo de deglutição.
● Com o centro da ​deglutição ​ativado, vou induzir o ​palato ​a ser puxado para cima
para fechar a comunicação da cavidade oral ​com as ​fossas nasais​, e assim
impedir que o conteúdo vá para lá. Além disso, há também uma movimentação para
baixo da epiglote​, fechando a traqueia e evitando que o conteúdo entre nela.
Quando esse conteúdo cai na traqueia por algum errinho, os ​mecanorreceptores
presentes nela vão, rapidamente, ativar uma ​contração intensa de ​músculos
expiratórios e abdominais​, gerando o ​reflexo da tosse​, para então eliminar esse
conteúdo sólido que não deveria estar lá. Ao fim da ​fase faríngea​, com o
fechamento de palato e de epiglote​, o conteúdo é desviado para o ​esfíncter
esofágico superior​.
● A presença do conteúdo faz com que o ​esfíncter esofágico superior ​relaxe e o
conteúdo passa para ​esôfago​, assim finalizando a ​fase faríngea e dando início a
fase esofágica​. Nessa fase, o conteúdo está na luz do esôfago e induz a
movimentos peristálticos das paredes, que é a indução da ​contração fásica da
circular e da longitudinal ​seguida por relaxamento, e isso acontece em sequência
ao longo de todo comprimento esofágico. Acontece então a ​peristalse primária e,
para garantir que não restou nada dentro do esôfago acontece a ​peristalse
secundária​. Assim, o conteúdo é direcionado para ​esfíncter esofágico inferior
que, com a presença de conteúdo, vai abrir e deixar ele passar, chegando no
estômago​ e finalizando o processo de ​deglutição​.
● Eu tenho terminações nervosas desde a região da faringe e por todo o
prolongamento do esôfago e elas mandam sinais para o centro da deglutição ​no
t​ronco encefálico​, na​ região bulbar​.
● O ​primeiro movimento que o ​estômago ​realiza é o relaxamento receptivo.
Quando o conteúdo começa a chegar no estômago, ativa o ​reflexo curto e o
vagovagal ​que vão induzir a um relaxamento na região cárdica oxíntica, a
musculatura do estômago tem uma capacidade enorme de aumentar o seu
tamanho, então ele realiza o ​armazenamento receptivo para ir armazenando esse
conteúdo.
● Então enquanto esse estômago está realizando relaxamento receptivo, ele já
começa a realizar o seu segundo tipo de movimento​, então primeiro ele relaxa
para receber esse conteúdo, enquanto ele está recebendo, eu tenho uma área no
primeiro terço do estômago (terço superior​), formado por célula diferenciadas,
que são as ​célula de Cajal​. Essas células são conhecidas como as ​células
marca-passo do estômago​. Essas células realizam ondas lentas e têm a
capacidade de disparar inicialmente os ​potenciais em ponta​, quando esse
estômago recebe conteúdo; após ou durante o relaxamento receptivo. Essas
células de Cajal induzem à formação de potencial em ponta, assim, a musculatura
circular contrai, mas não fecha a luz
● Então, há ​contração de musculatura circular e longitudinal em direção a piloro,
comecei no ​terço superior​, vou caminhando em direção a ​piloro​. Piloro está
fechado. Quando eu realizo essa contração em direção a piloro, meu estômago está
cheio de suco gástrico mais alimento, quando eu começo a realizar esse movimento
de contração em direção a piloro, eu vou comprimir o meu conteúdo em direção a
região pilórica. Com o piloro fechado, o que vai acontecer? Ao realizar essa
compressão e não fechar a luz, o meu conteúdo vai voltar dentro do ​estômago​,
porque esofágico inferior está fechado também, é nesse momento que ocorre
refluxo​, porque o esofágico inferior estiver aberto, esse conteúdo volta para
esôfago.
● Com a ​circular contraída​, mas não fechada eu vou empurrando esse conteúdo.
Com o piloro fechado​, eu pressiono na direção de piloro, o meu conteúdo volta. Ao
voltar, eu misturo o meu alimento ao suco gástrico e realizo a ​digestão mecânica.
Ele funciona como se fosse um liquidificador. Esse movimento é chamado de
retropropulsão​.
● Quando eu tenho a mudança dessa textura para liquida, eu mando o sinal para
piloro ​começar a abrir, piloro abre e logo fecha e eu tenho uma estimulação
parassimpática​. E aí eu entro no ​terceiro movimento para o ​esvaziamento
gástrico​.
● A ​colecistocinina e ​secretina ​do duodeno quando são liberadas, elas ​diminuem a
frequência de abertura de ​piloro​, aumentando o tempo de ​esvaziamento gástrica​,
vai levar mais tempo para esvaziar estômago.
● Quando eu tenho situações como a náuseas, o aumento de batimento cardíaco,
tontura, presença de salmonella ou algum alimento que possa vir ​prejudicar ​eu vou
ter ativação do ​centro do vômito e aí eu vou induzir o ​movimento de peristalse
inversa e aí quando eu vou ativando esse centro associado a ele tem a ​área de
ânsia ​que tanto ativa​ o centro do vômito​ e​ o centro do vômito​ ativa a​ ânsia
● A área de ânsia vai aumentar a salivação para proteger cavidade oral que vai
receber um conteúdo ácido.
● Bom, além disso, eu vou ter um movimento de ​peristalse inversa e depois eu
preciso a induzir um relaxamento de esfíncteres​, ​pilórico ​e ​esofágico inferior ​e
começa a retornar o conteúdo que associado a uma contração de musculatura
respiratória que ​fecha o glote para o conteudo nao ir pra ​traqueia​, realizar uma
contração abdominal​ e abro ​esfíncter superior​.
● Para que o ​intestino delgado consiga realizar funções, ele tem a capacidade de
realizar dois tipos de movimentação: de ​segmentação e a ​peristalse​, a peristalse
vai exercer a propulsão céfalo-caudal ​e a segmentação vai misturar e ​expor a
mucosa​.
● No ​movimento de segmentação é importante enfatizar a consistência do conteúdo
no ​intestino delgado​, ele vai estar líquido, o movimento de segmentação realiza
uma ​contração fásica da musculatura circular ​em um ponto específico, na região
contrai e divide o conteúdo em duas partes, ​contração fásica é contração seguida
de relaxamento, então contraiu e relaxou, ao relaxar o que está líquido vai voltar
misturando, além disso, ao empurrar esse conteúdo, expõe essa parte da ​mucosa a
esse conteúdo, facilitando a absorção. Então o movimento de segmentação se dá
para permitir a ​mistura do conteúdo as secreções e a exposição de mucosa​. A
contração segmentar não tem uma direção definida, porque é uma contração
somente da circular, ocorrendo em pontos diferentes.
● Na ​peristalse tem a ​contração da musculatura circular antes do conteúdo, o
relaxamento da musculatura circular após e uma ​contração da longitudinal​,
contrai aqui, relaxa aqui e contrai longitudinal, fazendo uma ​propulsão
céfalo-caudal​, empurrando o conteúdo.
● Esses movimentos são controlados tanto pelo ​sistema nervoso entérico quanto
pelo ​sistema nervoso autônomo
● Existe um movimento que ocorre durante os ​períodos inter digestivos​, quando
não está se alimentando, entre as refeições e nesse período quando não está
chegando conteúdo no estômago, no intestino delgado ocorre a ativação, se
pressupõe que é por um peptídeo chamado ​motilina​, que faz com que aconteça
momentos de intensa atividade, ou seja, momento de formação de potencial em
ponta seguido de aquiescência​.
● O ​complexo motor migratório, é um movimento que se ​assemelha a ​peristalse
secundária do esôfago que serve para garantir que não fique nenhum conteúdo no
esôfago, então o complexo motor migratório serve para tirar qualquer resíduo que
tenha permanecido no intestino delgado após o período de digestão, por isso esse
complexo é conhecido como a faxineira do intestino delgado
● Entre íleo e cólon ascendente nós temos a ​válvula íleo cecal​, e nós temos o
esfíncter ileocecal. Quando eu pressiono o meu conteúdo na direção do esfíncter
ileocecal eu vou induzir ao ​relaxamento​, como em todo os outros esfíncteres, ele
está aqui para impedir que vaze o excesso para o cólon ascendente e retorne
conteúdo de ​cólon ascendente para o íleo​. Esse esfíncter ileocecal também pode
ser estimulado quando o meu conteúdo chega lá no ​estômago​, induz o relaxamento
desse esfíncter e a indução do ​aumento de peristalse na região do íleo​. Esse
processo é chamado de ​reflexo gastroileal​, que é o estômago recebendo conteúdo
e induzindo o aumento do peristaltismo na região ileal, e relaxamento de esfíncter
ileocecal, para levar mais conteúdo para cólon ascendente, e assim estar tirando
conteúdo do intestino delgado para que possa receber mais conteúdo.
● A motilidade do ​intestino grosso é muito semelhante a motilidade do intestino
delgado, só que ela recebe o nome diferente. Devido às características anatômicas
do intestino grosso e pela presença das ​haustras​, seguindo a anatomia eu realizo
uma contração da musculatura circular, seguida de relaxamento em um ponto
específico. Contrai a circular, relaxo em um ponto específico. No i​ntestino delgado
eu chamo isso de ​movimento de segmentação. ​No ​intestino grosso eu faço esse
mesmo movimento, só que como eu sigo as haustras intestinais, eu chamo isso de
contrações haustrais.
● Além das contrações austrais, o ​intestino grosso também realiza ​contração de
circular, relaxamento da região posterior e contração de longitudinal. Só que no
intestino grosso eu inicio, normalmente no cólon transverso, a contração da circular
e sigo num movimento único e bem rápido e vai até reto, esse movimento é
chamado de​ movimentação em massa
● O intestino grosso sofre o reflexo mais comum, que é o ​reflexo gastrocólico. ​O que
o reflexo gastrocólico faz? Da anterior para a posterior, se meu reflexo é no ponto
anterior, induzindo o ponto posterior, é excitatório, porque eu preciso desocupar
espaço. Então, eu tenho o estômago estimulando motilidade de intestino grosso,
então há indução de ​contrações haustrais​ e na ​movimentação em massa.
● O que é o ​reflexo da defecação​? Eu tenho t​erminações nervosas aferentes
também, porque aqui é parede de porção tubular do sistema gastrointestinal, então
eu tenho ​plexo mioentérico e terminações nervosas aferentes. Eu vou mandar
um sinal quando ocorre dilatação dessa parede para o ​sistema nervoso central​,
que ativa centro da defecação e eu mando uma resposta que aumenta motilidade
no cólon sigmóide, levando mais conteúdo para reto e eu vou induzir um
relaxamento de esfíncter anal interno. Aí dá a vontade de defecar.

Você também pode gostar