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Geradores CA

Estrutura Básica

A estrutura básica dos geradores, ou transformadores, de corrente alternadas são


baseados em alguns princípios físicos, alguns mais básicos e outros mais avançados. Esses
princípios são importantes para compreendermos a função de cada parte básica do gerador.

Antes de iniciar, uma consideração precisa ser feita. Segundo Lavoisier, ‘Na natureza
nada se cria, tudo se transforma’, logo, vamos pensar esses geradores como de fato
transformadores. Como uma pilha que transforma energia química em energia elétrica, esse
equipamento que estudamos nesse trabalho transforma energia mecânica em energia elétrica.

Agora feita essa ressalva vamos aprofundar em alguns conceitos, segundo Halliday a
carga elétrica é uma propriedade intrínseca das partículas fundamentais de que é feita a matéria
e que associado a esta carga existe um campo elétrico que é um campo vetorial, constituído por
uma distribuição de vetores, um para cada ponto de uma região em torno de um objeto
eletricamente carregado. Nisso, Michael Faraday trouxe a ideia de imaginar que os espaços nas
vizinhanças de um corpo eletricamente carregado erro ocupado por linhas de forças, que são
conhecidas hoje como linhas de campo elétrico. E uma relação entre essas linhas de campo e os
vetores do campo elétrico é que em qualquer ponto, a orientação de uma linha de campo
retilínea ou a orientação da tangente a uma linha de campo não-retilínea é a orientação do
campo elétrico 𝐸⃗ nesse ponto.

Um outro conceito importante para a gente é o de Fluxo elétrico, Φ = ∑ 𝐸⃗ ∙ ∆𝐴 que é


o campo elétrico vezes a variação da área, isto é, o fluxo elétrico é proporcional as linhas de
campo elétrico que atravessam a superfície gaussiana.

É também importante lembrarmos de outro conceito, o de corrente elétrica, o Halliday


mostra que um fluxo de elétrons é que forma essa corrente, mas precisa que haja um fluxo
líquido de cargas através da superfície, como o fluxo de água dentro de uma mangueira. Essa
corrente elétrica forma um campo magnético. Disso, surgiu a hipótese que daí origem a ao tema
do trabalho, será que um campo magnético em movimento gera uma corrente elétrica?

A partir de experimentos, Joseph Henry e Michael Faraday responderam a essa


pergunta, em 1831. Foram feitos experimentos e em um deles foi colocada uma espira ligada a
um galvanômetro, uma espécie de amperímetro, numa espira onde ficava passando por dentro
dela um imã e daí surgiram três conclusões importantes:

1. Precisa ter movimento relativo entre a espira e imã;


2. Quanto mais rápido o movimento, maior a corrente;
3. A corrente muda de sentido.

Essa corrente produzia é chamada de corrente induzida. Faraday descobriu que uma força
eletromotriz e uma corrente podem ser induzidas em uma espira, fazendo variar a quantidade
de campo magnético que atravessa a espira. Com isso, percebeu que ao invés de variar o imã
poderíamos variar a bobina, através de movimento, ou seja, energia cinética.
Nesse contexto aparece outro cientista, Heinrich Friedrich Lenz, que inventou uma regra,
que levou seu nome, para determinar o sentido da corrente induzida na espira. Ele disse que “a
corrente induzida em uma espira tem um sentido tal que o campo magnético produzido pela
corrente se opões ao campo magnético que induz a corrente”. Observado isso podemos prevê
e projetar o sentido da corrente elétrica, que se opõe ao sentido da bobina. Isso implica que a
corrente produzida nesse caso será alternada, pois como ela se opõe a bobina e está estar em
movimento, em algum momento a corrente será máxima, noutro zero e noutro mínima. Como
a figura abaixo mostra.

Figura 1 – Gerador de corrente alternada

Para entendermos melhor como funciona a partir do sua básicas do “gerador” de corrente
alternada, observe essa próxima figura, nela está o imã (1), que vai interagir com a bobina (2),
que será ativada por uma força mecânica (4), no caso das hidrelétricas a força da água, e (3) os
anéis coletores que levaram a corrente para sua aplicação.

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Figura 2 - Esquema de funcionamento

A próxima imagem vai exemplificar melhor como é um gerador desse que recebe o
nome de dínamo.
Figura 3 - Dínamo Simples

Referencias

Figura 1 -
http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.
nsf%2Fdocs%2F40A0E2ABD99123CF0325740C00496689

Figura 2 - http://fma.if.usp.br/~mlima/teaching/4320292_2012/Cap8.pdf

Figura 3 -
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Fmagoo%2
FABAAAA3_wAB-
2.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.ebah.com.br%2Fcontent%2FABAAAA3_wAB%2Fgerad
or-corrente-
continua&docid=a9G9nYVSQjIQLM&tbnid=AzeuYu0SPBF9VM%3A&w=600&h=505&client=firef
ox-
b&bih=669&biw=1366&ved=0ahUKEwilkLHK0brMAhVIhZAKHbibB9QQMwgiKAUwBQ&iact=mr
c&uact=8#h=505&w=600

Bibliografia
HALLIDAY, David, 1916 – Fundamentos de física, volume 3: eletromagnetismo / Halliday,
Resnick, Jearl Walker ; tradução e revisão técnica Ronaldo Sérgio de Biasi. – Rio de Janeiro :
LTC. 2009

*Eu não sei onde colocar essa referência TELECURSO – Transformadores, indução
eletromagnética e Gerador de corrente alternada - https://www.youtube.com/watch?v=f7W-
JAuol6A

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