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CENTRO DE ENGENHARIAS - CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CAPTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA


PROF: ADRIANO ARON F. MOURA

OTÁVIO FEITOSA SILVA


JOSÉ ARIMATEA FERREIRA DA COSTA JÚNIOR
GABRIEL AMARAL SOUTO
KAIO CESAR SILVA FERNANDES DE MEDEIROS

TRABALHO AVALIATIVO PARA A 3ª NP

MOSSORÓ
2018
1) Método do fluxo de carga continuado e equivalentes externos

1) Como a curva QV pode ser obtida utilizando simplesmente um método


de fluxo de carga em corrente alternada?

As características da estabilidade de tensão de um sistema eléctrico podem ser


identificadas através do cálculo do conjunto dos menores valores próprios e os
respectivos vectores próprios da matriz reativa reduzida do Jacobiano 𝐽𝑅𝑄𝑉 . Sendo,

Onde
z = Representa o vector próprio direito de 𝐽𝑅𝑄𝑉 .
Λ = Representa a matriz diagonal dos valores próprios de 𝐽𝑅𝑄𝑉 .
h= Representa o vector próprio esquerdo de 𝐽𝑅𝑄𝑉 .
Tendo

E substituindo em

Tem-se

Como 1/z=h, tem-se

Ou

Matricialmente, pode-se obter

Desta forma, a i-ésima tensão modal relaciona-se com a correspondente injeção


reativa modal por:

A amplitude de cada variação modal da tensão é igual ao produto entre o inverso


do valor próprio λi e a amplitude da variação modal da potência reativa. Se o valor de
λ1 for próximo de zero, uma pequena variação da carga no barramento 1 provocará uma
grande variação da tensão nesse barramento. No entanto, os outros barramentos não
serão afetados. Desta forma, o colapso de tensão ocorrerá no barramento 1.
Infelizmente, as matrizes Jacobianas dos Sistemas Eléctricos atuais não são matrizes
diagonais. Porém, a matriz Jacobiano pode ser diagonalizada usando a análise modal.
2) Defina barras internas, fronteiras e externas em estudos de equivalente
externos de sistemas de potência.

As barras internas estão na parte monitorada da rede elétrica de uma empresa,


onde existe informações sobre o estado e configuração das mesmas. As barras de
fronteiras fazem a interligação entre o sistema interno e o sistema externo.
As Barras externas consistem em ser a parcela do sistema externo apontada
como a parte não monitorada do sistema. Nela, é feita a avaliação da reação a uma
contingência no SI (Redes de empresas adjacentes ao SI e as zonas não monitoradas). A
título de estudo de equivalente externos, o objetivo consiste na análise a reação do
sistema externo a contingências no sistema externo.

Aluno 2

1) Método do fluxo de carga continuado e equivalentes externos

1) Obtenha o equivalente Ward Linear do sistema das notas de aula


(detalhe os cálculos).

Tabela 1 – Dados das barras

Barra PG PC
MW MW Rad
1 - 0 0
2 20 0 -
3 0 45 -
4 0 40 -
5 0 60 -

Tabela 2 – Dados dos circuitos

Circuito De Para r x
pu pu
1 1 2 0,02 0,06
2 1 3 0,08 0,24
3 2 3 0,06 0,18
4 2 4 0,06 0,18
5 2 5 0,04 0,12
6 3 4 0,01 0,03
7 4 5 0,08 0,24

Considerando que o modelo adotado para resolução da questão é o Ward linear,


apenas a parte reativa é considerada. Sendo assim, os valores de admitância são
calculados e apresentados abaixo:
A partir disso, tem-se os cálculos dos elementos da diagonal principal:

A seguir, mostra-se a matriz admitância obtida a partir dos cálculos dos


elementos, já mostrados.

Após a remoção da barra externa, a seguinte matriz é obtida:


Através da equação 1 determinar-se o fluxo de potência.

Considerando o valor base de 100MVA (padrão), são estabelecidos os valores da


potência em pu.

Dessa forma, o sistema torna-se:

Quando as barras internas são retiradas para que seja efetuado o cálculo do
equivalente é obtido o seguinte sistema:

Removendo o equivalente externo, faz-se necessário anular a coluna através de


operações matriciais, obtendo assim a matriz mostrada abaixo:

Esta matriz é determinada considerando

Em seguida, tem-se que, , resultando na seguinte matriz:

Na sequência, , a matriz se tornará:


Agora, remove-se a barra externa e obtém-se o sistema equivalente mostrado a
seguir:

2) Explique em detalhes as fórmulas dos passos preditor e corretor e


explique o método do fluxo de potência continuado.

• Passo Preditor:
A equação do mismatch (resíduo) do fluxo de potência pode ser reformulada
como segue:

Linearizando a equação anterior: (para cálculo do vetor tangente)

Uma equação a mais é necessária devido a introdução do parâmetro de


continuação lambda.

São duas equações: uma de potência ativa, uma de potência reativa (dois Fs) e a
outra envolvendo ek que indica a variável que varia como parâmetro de continuação.
Assim, no início, ek=[0 0 1].
• Passo Corretor

Para o passo corretor, deve-se manter fixa uma variável de F, como por exemplo
lambda que multiplica a potência no começo indicando que a mesma não varia. Para
assim, se calcular o ponto de interseção.

No passo corretor são seguidos os passos adiante:


➢ Caminha-se em direção a um ponto da curva, corrigindo o ponto do passo
preditor.
➢ Escreve-se a equação da variação do parâmetro de continuação porque a variável
de continuação foi adicionada ao sistema. Se o Jacobiano vier a ser singular (pontos
próximos do ponto de colapso), muda-se o parâmetro de continuação.
➢ Resolve-se o sistema de equações acima pelo método de Newton-Raphson e
acha-se um ponto sobre a curva.

Aluno 3

1) Equivalentes externos

1) Obtenha o equivalente Ward Não-Linear do sistema das notas de aula (detalhe


os cálculos).
Tabela 3: Dados referente a linha de transmissão

Linha Impedância (pu) Susceptância Capacitiva


(pu)
1 – 2 (1) 0,02 + j0,06 0,03
1 – 2 (2) 0,02 + j0,06 0,03
1–3 0,06 + j0,18 0,02
1–4 0,06 + j0,18 0,02
2–4 0,03 + j0,09 0,025
3–5 0,08 + j0,24 0,03
3–6 0,08 + j0,24 0,03
4–6 0,07 + j0,21 0,015
5–6 0,05 + j0,15 0,01
Fonte: Autoria própria, 2018.

Tabela 4: Dados do barramento

Barra Tipo Tensão


Módulo (pu) Ângulo (°)
1 REF 1,06 0
2 PV 1,00 0,25
3 PQ 1,00 0,97
4 PQ 1,00 0,73
5 PV 1,04 4,92
Fonte: Autoria própria, 2018.

Admitâncias:

𝑦12(1) = 𝑦12(2) = 1 0,02 + 𝑗0,06 = 5 − 𝑗15

𝑦13 = 1 0,06 + 𝑗0,18 = 1,667 − 𝑗5

𝑦14 = 1 0,06 + 𝑗0,18 = 1,667 − 𝑗5

𝑦24 = 1 0,03 + 𝑗0,09 = 3,33 − 𝑗10

𝑦35 = 1 0,08 + 𝑗0,24 = 1,25 − 𝑗3,75

𝑦36 = 1 0,08 + 𝑗0,24 = 1,25 − 𝑗3,75

𝑦46 = 1 0,07 + 𝑗0,21 = 1,43 − 𝑗4,29

𝑦56 = 1 0,05 + 𝑗0,15 = 2 − 𝑗6

Os elementos da diagonal principal da matriz de admitâncias:


𝑦11 = 𝑦12(1) + 𝑦12(2) + 𝑦13 + 𝑦24 + 𝑗 𝐵12(1)/2 + 𝑗 𝐵12(2)/2 + 𝑗 𝐵13/2 + 𝑗 𝐵24/2
= 15 − 𝑗44,95.

𝑦22 = 𝑦12(1) + 𝑦12(2) + 𝑦24 + 𝑗 𝐵12(1)/2 + 𝑗 𝐵12(2)/2 + 𝑗 𝐵24/2 = 13,33 − 𝑗39,9

𝑦33 = 𝑦13 + 𝑦35 + 𝑦36 + 𝑗 𝐵13/2 + 𝑗 𝐵35/2 + 𝑗 𝐵36/2 = 4,1667 − 𝑗12,46

𝑦44 = 𝑦14 + 𝑦24 + 𝑦46 + 𝑗 𝐵14/2 + 𝑗 𝐵24/2 + 𝑗 𝐵46/2 = 6,43 − 𝑗19,23

𝑦55 = 𝑦35 + 𝑦56 + 𝑗 𝐵35/2 + 𝑗 𝐵56/2 = 3,25 − 𝑗9,71

𝑦66 = 𝑦36 + 𝑦46 + 𝑦56 + 𝑗 𝐵36/2 + 𝑗 𝐵46/2 + 𝑗 𝐵56/2 = 4,68 − 𝑗13,98

Os elementos que se encontram fora da diagonal principal serão a parte negativa da


admitância que foi calculada anteriormente. Diante disso, a matriz de admitância será:

15 − j44,95 −10 + j30 1,667 − j5 1,667 − j5 0 0


−10 + j30 13,33 − j39,9 0 3,33 − j10 0 0
1,667 − j5 0 4,1667 − j12,46 0 1,25 − j3,75 1,25 − j3,75
1,667 − j5,00 3,33 − j10,00 0 6,43 − j19,23 0 1,43 − j4,2
0 0 1,25 − j3,75 0 3,25 − j9,71 2 − j6
( 0 0 1,25 − j3,75 1,43 − j4,29 2 − j6 4,68 − j13,

Eliminando as barras 1 e 2:

4,1667 − j12,46 0 1,25 − j3,75 1,25 − j3,75


0 6,43 − j19,23 0 1,43 − j4,29
( )
1,25 − j3,75 0 3,25 − j9,71 2 − j6
1,25 − j3,75 1,43 − j4,29 2 − j6 4,68 − j13,98

𝐿4
Considerando 𝐿4 = 𝑋44:
4,1667 − j12,46 0 1,25 − j3,75 1,25 − j3,75
0 6,43 − j19,23 0 1,43 − j4,29
( )
1,25 − j3,75 0 3,25 − j9,71 2 − j6
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 − j0,00000

Fazendo L3 = L3 – L4 x X34:
4,1667 − j12,46 0 1,25 − j3,75 1,25 − j3,75
0 6,43 − j19,23 0 1,43 − j4,29
( )
−1,78 + j15,36 −0,61 + j1,84 2,395 − j7,135 0
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 − j0,00000
Já para L2 = L2 – L4 x X24:

4,1667 − j12,46 0 1,25 − j3,75 1,25 − j3,75


−0,3817 + j1,15 6 − j17,91 −0,61 + j1,84 0
( )
−1,78 + j15,36 −0,61 + j1,84 2,395 − j7,135 0
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 − j0,000

Então, para L1 = L1 – L4 x X14:


3,383 − j11,42 −0,38 + j1,15 −1,78 + j15,36 0
−0,38 + j1,15 6 − j17,91 −0,61 + j1,84 0
( )
−1,78 + j15,36 −0,61 + j1,84 2,395 − j7,135 0
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 − j0,000

𝐿3
Agora, considerando 𝐿 = 𝑋33:
3,383 − j11,42 −0,38 + j1,15 −1,78 + j15,36 0
−0,38 + j1,15 6 − j17,91 −0,61 + j1,84 0
( )
−0,75 + j0,0018 −0,257 + j0,0008 1 + j0,000 0
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 − j0,000

Fazendo L2 = L2 – L3 x X23:
3,383 − j11,42 −0,38 + j1,15 −1,78 + j15,36 0
−0,84 + j2,53 5,84 − j17,44 0 0
( )
−0,75 + j0,0018 −0,257 + j0,0008 1 + j0 ,000 0
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 − j0,000

Para L1 = L1 – L3 x X13:
2,5 − j7,39 −0,84 + j2,53 0 0
−0,84 + j2,53 5,84 − j17,44 0 0
( )
−0,75 + j0,0018 −0,257 + j0,0008 1 + j0 0
−0,27 + j0,0003 −0,31 + j0,004 −0,429 + j0,0005 1 + j0

Por fim, a matriz resultante yEQ:

15 − j44,95 −10 + j30 1,667 − j5 1,667 − j5


−10 + j30 13,33 − j39,9 0 3,33 − j10
( )
1,667 − j5 0 2,5 − j7,39 −0,84 + j2,53
1,667 − j5 3,33 − j10 −0,84 + j2,53 5,84 − j17,44,

Com isso, podemos estabelecer as potências ativas e reativas equivalentes:


𝑃𝑖 = Σ|𝑉𝑖 | |𝑉𝑘 |(𝐺𝑖𝑘 cos 𝜃𝑖𝑘 + 𝐵𝑖𝑘 sen 𝜃𝑖𝑘 )

𝑄𝑖= Σ |𝑉𝑖| |𝑉𝑘|(𝐺𝑖𝑘sen𝜃𝑖𝑘− 𝐵𝑖𝑘cos𝜃𝑖𝑘 )

Para a barra 3 temos:

𝑃3𝐸𝑄
=1,03[1,06(−1,667cos(0,975−0)+5𝑠𝑒𝑛(0.975−0))+1,03(2,5cos(0,975−0,975)−7,39𝑠𝑒𝑛(0
,975−0,975))+1,04 (−0,837cos(0,975−0,735)+2,53𝑠𝑒𝑛(0.975−0,735))]
𝑃3 𝐸𝑄=0,151 𝑝𝑢.

𝑄3𝐸𝑄
=1,03[1,06(−1,667sen(0,975−0)−5𝑐𝑜𝑠(0.975−0))+1,03(2,5sen(0,975−0,975)+7,39𝑐𝑜𝑠(0
,975−0,975))+1,04 (−0,837sen(0,975−0,735)−2,53𝑐𝑜𝑠(0.975−0,735))]
𝑄3 𝐸𝑄=−0,272 𝑝𝑢.

Para a barra 4, temos:

𝑃4𝐸𝑄
=1,04[1,06(−1,667cos(−0,735−0)+5𝑠𝑒𝑛(−0,735−0))+1(−3,33cos(−0,735−0,254)+10𝑠𝑒𝑛
(−0,735−0,254))+1,03 (−0,837cos(−0,735−0,975)+2,53𝑠𝑒𝑛(−0,735−0,975))+1,04
(5,837cos(−0,735+0,735)−17,438𝑠𝑒𝑛(−0,735−0,254))]
𝑃4 𝐸𝑄=−0,421 𝑝𝑢

𝑄4𝐸𝑄
=1,04[1,06(−1,667𝑠𝑒𝑛(−0,735−0)−5cos(−0,735−0))+1(−3,33𝑠𝑒𝑛(−0,735−0,254)−10cos
(−0,735−0,254))+1,03 (−0,837𝑠𝑒𝑛(−0,735−0,975)−2,53cos(−0,735−0,975))+1,04
(5,837𝑠𝑒𝑛(−0,735+0,735)+17,438cos(−0,735−0,254))]
𝑄4 𝐸𝑄=−0,290 𝑝𝑢

Portanto, as potências complexas podem ser escritas da seguinte forma:


𝑆3= 0,151 −𝑗0,272 𝑝𝑢
𝑆4= −0,421 −𝑗0,290 𝑝𝑢
2) Defina equivalente Ward Estendido e explique o método.

O método de Ward estendido corresponde à junção do método da injeção de


Ward com o método desacoplado, uma vez que acrescenta-se uma resposta de reativos
através da diferença entre a potência reativa resultante pelos dois métodos.
O método é caracterizado por permitir que os resultados de injeção extra de
reativo sejam obtidos pela elaboração de barras PV fictícias ou pela adição de
admitâncias shunt nas barras de fronteira, como ilustra a Figura 1.

Figura 1: Elaboração das potências reativas nas barras de fronteiras.

O método de Ward estendido procura atribuir características de respostas de


fluxos ativos e reativos que se adequam as necessidades práticas. Diante sua simples
implementação e resultados confiáveis torna-se um modelo padrão em diversas
concessionárias de energia nos setores de controle.

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