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Superintendência de Fiscalização – SUFIS

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇO – COFIS/CN

A metodologia de acompanhamento da prestação dos serviços em terminais


rodoviários permitirá o estabelecimento de panorama, principalmente pela aplicação
de procedimentos de fiscalização nos 6 (seis) momentos dos serviços de TRIIP:
 A pré-venda (1);
 A aquisição do bilhete de passagem (2);
 O embarque (3);
 O veículo (4);
 A viagem (5); e
 O desembarque (6).

PRÉ 1
6 VENDA 2

DESEM VENDA

5 3

VIAGEM EMB
4

VEÍCULO

Figura 1 - Momentos fundamentais da prestação de serviço na visão do usuário

Os momentos formam o todo da prestação do serviço na visão dos usuários


e que deverão ser fiscalizadas para que a adequada prestação dos serviços seja
assegurada.
As principais mudanças são a inserção da rotina de gestão dos serviços de

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TRIIP como um todo nos terminais rodoviários e a padronização dos procedimentos.
A abordagem da fiscalização deve ser a mesma do usuário, de forma que
todos os itens que sejam sensíveis para o usuário devem ser objeto de atenção do
fiscal.

1.1. Detalhamento das atividades de implantação

1.1.1. Nos PFA

Partindo da premissa de divisão e responsabilidade sobre o conjunto dos


serviços prestados pelas linhas de TRIIP, não seria possível fiscalizar o todo, caso o
servidor atuasse apenas nos terminais rodoviários onde são lotados. Assim, os
servidores terão autonomia de propor fiscalizações embarcadas, técnico-operacionais
e comandos para fiscalizar o todo dos serviços que lhe foram atribuídos.
Contudo, de forma a evitar duplicidade de esforços para fiscalizar aspectos
comuns a linhas de uma mesma empresa (por exemplo, garagem), a realização destas
ações de fiscalização deve ser precedida de planejamento e estabelecimento de
justificativas operacionais suficientes, aprovadas pelos supervisores e conhecidas pelos
Coordenadores.
O planejamento mensal do PFA será enviado pelo Supervisor do PFA ao
Coordenador de Fiscalização, com antecedência mínima de 15 dias para o início do
mês em que as atividades serão executadas, que dentro dos indicadores de todos os
serviços dos PFA da Regional, avaliará e encaminhará à SUFIS, se necessário, a
solicitação dos recursos necessários para execução das operações.
Assim, o servidor poderá se utilizar de diversas ferramentas de fiscalização
para identificar irregularidades e prestação inadequada de serviços:
 Intensificar a fiscalização de serviço no PFA ou na par origem/destino;
 Fiscalização embarcada e comando operacional;
 Fiscalização na Dependência de Empresas - Passageiros;
Além do planejamento das ações, o Núcleo é responsável por supervisionar o
controle de entrega dos relatórios em conjunto com os supervisores dos postos. Os
relatórios devem ser salvos na rede, no servidor de backup da Regional, organizado

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com pastas por PFA e por mês. Após o preenchimento e aprovação do supervisor, os
relatórios devem ser salvos nas respectivas pastas e seu nome deverá observar o
seguinte padrão: “SIGLADOPFA-PREFIXO-ANO-MÊS”, como por exemplo: “bsb-12-
0112-00-2013-06”.

2. PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO

O procedimento de fiscalização foi dividido para corresponder aos momentos


fundamentais, na visão dos usuários, durante a prestação dos serviços de transporte.
O servidor responsável pelo serviço deverá aplicar o procedimento previsto
para cada momento de forma a perceber se está adequado à lei, aos decretos,
resoluções e demais normas pertinentes.
As diretrizes gerais dos procedimentos estão previstas no Manual de Apoio à
Fiscalização da SUPAS e nas instruções de serviços da SUFIS.

2.1. Pré-venda

O pré-venda se inicia na busca de informação sobre a oferta de serviços e é


finalizada quando os usuários se apresentam para adquirir o bilhete no guichê. A
aquisição via internet foi colocada no pré-venda, já que sua fiscalização se assemelha
ao procedimento deste momento.
O pré-venda caracteriza-se principalmente como fonte de informações sobre
a condição de prestação dos serviços. A comparação dos sítios de comercialização de
bilhetes das empresas com as informações do SGP é um ponto de partida para o
procedimento de investigação pelo servidor responsável por determinado serviço.
Os seguintes procedimentos devem ser adotados na fiscalização do “pré-
venda”:
a) Levantamento da TAR e LOP correspondente, data de publicação e
alterações posteriores;
b) Busca e acesso aos sítios eletrônicos das empresas detentoras das
outorgas;
c) Conferência entre as informações encontradas nos sítios eletrônicos e as

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disponíveis no Sistema de Gerenciamento de Permissões (SGP);
 Regularidade trabalhista http://www.tst.jus.br/certidao/
d) Busca, conhecimento e comparação das informações de outros meios de
divulgação utilizados pela empresa com as informações cadastradas nos
sistemas da ANTT.

2.1.1. Venda

A venda abrange desde a contratação do serviço até o embarque. Os


seguintes procedimentos devem ser adotados na fiscalização da “venda”:
a) Pesquisa e preparação das informações previstas no SGP, principalmente
os seccionamentos, tarifas e preços dos bilhetes de passagens, tarifas
promocionais;
b) As condições de acessibilidade dos guichês;
c) As condições do atendimento preferencial dos guichês;
d) A divulgação de informações obrigatórias;
e) As disposições do Decreto 2.521/98 sobre os prepostos;
f) A correta emissão de bilhetes;
g) A comercialização antecipada de bilhetes de passagens, remarcação e
devolução de bilhetes e valores pagos;
h) A concessão e reservas de gratuidades e benefícios tarifários aos idosos e
portadores de necessidades especiais;
i) Os processos de indenização de dano ou extravio de bagagens pendentes.

2.1.2. Embarque

O embarque consiste desde a chegada física do usuário no local de embarque


até o início do deslocamento do ônibus.
A fiscalização do embarque envolve principalmente:
a) Identificação dos passageiros;
b) Conferência do bilhete, sua emissão e modelo;
c) Despacho preferencial das bagagens e despacho de encomendas;

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d) O transporte de animais, produtos perigosos e que exponham a risco os
passageiros e tripulantes;
e) Apresentação e observância dos procedimentos de segurança;
f) Procedimentos dos prepostos, em geral;
g) Observância do horário de saída, conforme quadro de horários cadastrado
na ANTT;
h) Cadastramento do motorista no SISMOT;
i) O atendimento das disposições da Lei 11.975/09 nos casos de atraso;
j) Observância do esquema operacional e seccionamentos autorizados.

2.1.3. Veículo

A fiscalização do veículo foi separada do procedimento de fiscalização de


embarque devido a sua complexidade. Este momento visa verificar as condições do
veículo do embarque até o desembarque.
A fiscalização do veículo envolve:

a) Condições de segurança, ou seja, existência e funcionamento dos


equipamentos obrigatórios, além das condições gerais de conservação do
ônibus;
b) Condições conforto;
c) Condições de higiene;
d) Porte de documentos obrigatórios;
e) Cadastramento do ônibus no SISFROTA
f) Acessibilidade do veículo;
g) Fiscalização do cronotacógrafo, principalmente nos casos de atraso,
interrupção ou suspensão da viagem e que existirem indício de
irregularidades cometidas em locais diversos do ponto de fiscalização.

Em caráter preventivo o servidor responsável pela linha pode adotar visitas às


garagens visando corrigir problemas de segurança, conforto e higiene. As fiscalizações
preventivas nas garagens devem ser planejadas e inseridas nas escalas de serviço de
forma a não prejudicar o funcionamento do PFA.
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2.1.4. Viagem

A viagem propriamente dita se inicia desde o início da saída do veículo do


local de embarque até a parada do ônibus no local de desembarque, no terminal de
destino.
A fiscalização deste momento será realizada durante fiscalização embarcada
de rotina ou ordens de serviço embarcada. Há a possibilidade de realizar a fiscalização
em comando, quando houver justificativa operacional, em ponto intermediário do
itinerário.
A fiscalização da viagem propriamente dita consiste principalmente em:
a) Identificação dos passageiros, se houver embarque nos pontos de seção
intermediários da linha;
b) Despacho das bagagens e encomendas nos pontos de seção intermediários
da linha;
c) Apresentação observância dos procedimentos de segurança;
d) Procedimentos dos prepostos, em geral;
e) Observância do esquema operacional, como o cumprimento do esquema
operacional, inclusive itinerário percorrido, localização e tempos nos pontos de seção,
parada e refeição;
f) Observância do esquema operacional e seccionamentos autorizados;

2.1.5. Desembarque

O desembarque envolve desde a parada do veículo na plataforma de


desembarque até a resolução do contrato de transporte, ou seja, cessem todas as
obrigações da empresa com relação ao passageiro.
A fiscalização do desembarque abrange:
a) Observância das proibições, como a de retenção de bilhetes;
b) Devolução das bagagens e encomendas;
c) Procedimentos dos prepostos, em geral;
d) Observância do horário de chegada de acordo com o quadro de horários
e o esquema operacional cadastrados na ANTT;

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e) Fiscalização do cronotacógrafo, principalmente nos casos de atraso,
interrupção ou suspensão da viagem e que existirem indício de irregularidades
cometidas em locais diversos do ponto de fiscalização.

3. LEVANTAMENTO DE DADOS E RELATÓRIOS

Nesta etapa o objetivo principal é estabelecer a ideia de fluxo de informações


desde o servidor responsável pelo procedimento de fiscalização de linhas até a
coordenação de fiscalização, sendo possível avaliar como estão os serviços prestados.
Todas as fiscalizações devem ser devidamente registradas no SISFIS.

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