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Olá!
Eis a primeira aula do curso sobre a Lei 8.112/1990, que dispõe sobre o
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais. O nosso objetivo é prepará-lo para a conquista da
tão desejada vaga no concurso do Tribunal Superior Eleitoral – T.S.E., cujas
provas serão realizadas no dia 12 de fevereiro de 2012.
Bons estudos!
Fabiano Pereira
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1. Agentes públicos
Para que possamos entender com mais clareza a exposição dos principais
dispositivos da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Federais), é
necessário que conheçamos antes o conceito de agente público e as
classificações formuladas pelos principais doutrinadores brasileiros.
Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física que
exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou gratuitamente,
sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública em nome do
Estado.
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Afirma ainda o professor que os agentes públicos podem ser estudados em
três categorias distintas: os agentes políticos, os servidores públicos e os
particulares em colaboração com o poder público.
a) Agentes políticos
b) Servidores estatais
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9 servidores temporários, contratados por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art.
37, IX, da CF/88), que exercem funções públicas sem estarem
vinculados a cargo ou emprego público.
a) Agentes políticos
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Como exemplos podemos citar os chefes do Poder Executivo
(Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares
imediatos (Ministros, Secretários estaduais, distritais e municipais), os
membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores) e os
magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.
b) Agentes honoríficos
c) Agentes delegados
d) Agentes credenciados
e) Agentes administrativos
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Servidores públicos titulares de cargos efetivos são aqueles que
ingressaram no serviço público mediante concurso público e que, portanto,
podem adquirir a estabilidade após 03 (três) anos de efetivo exercício. Esses
servidores também são chamados de estatutários, pois são regidos por um
estatuto legal, responsável por disciplinar seus principais direitos e deveres em
face da Administração Pública.
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As empresas públicas e sociedades de economia mista (integrantes
da Administração Pública Indireta) adotam necessariamente o regime celetista
para os seus empregados, apesar de serem obrigadas a realizar concurso público
para a contratação de pessoal.
2. Disposições preliminares
É regra geral que cada ente estatal (União, Estados, Municípios e DF)
possua o seu próprio regime estatutário, responsável por regular os direitos e os
deveres de seus servidores. Somente para exemplificar, destaca-se que no
Estado de Minas Gerais é a Lei 869/52 que estabelece o regime jurídico de
seus servidores. Por outro lado, na minha querida cidade de Montes
Claros/MG, o regime jurídico dos servidores públicos municipais foi instituído
pela Lei Municipal 3.175/03.
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A Lei Federal 8.112/90 (que instituiu regime jurídico dos servidores
públicos da União, fundações públicas de Direito Público e autarquias) serviu e
tem servido de parâmetro normativo para vários Municípios e Estados
brasileiros, o que não invalida as legislações dos respectivos entes.
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2.2. Regime celetista
Regime celetista é aquele inicialmente aplicável às relações jurídicas
existentes entre empregados e empregadores no campo da iniciativa privada,
amparado pela Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº.
5.542/43). Entretanto, o regime celetista (que ainda pode ser chamado de
trabalhista ou de emprego) também pode ser aplicado no âmbito da
Administração Pública brasileira.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que o regime especial
“visa disciplinar uma categoria específica de servidores: os servidores
temporários”, contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, que
assim dispõe:
“IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.
Conforme destacado, o próprio dispositivo constitucional atribui à lei de
cada ente estatal a prerrogativa de estabelecer os casos que podem ensejar a
excepcional contratação de agentes sem a realização de concurso público.
Na esfera federal, foi editada a Lei 8.745/93, que tem por objetivo
disciplinar os contratos temporários no âmbito da Administração Direta
federal, autárquica e fundacional.
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professor substituto e professor visitante, admissão de professor e pesquisador
visitante estrangeiro, entre outras.
Os agentes contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, não
podem ser considerados estatutários, uma vez que estão submetidos a regime
contratual. Também não podem ser considerados celetistas, pois não são
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), apesar de estarem
sujeitos ao regime geral de previdência.
4. Provimento
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e) a idade mínima de dezoito anos;
f) aptidão física e mental.
O § 2º, artigo 5º, da Lei 8.112/90, determina que “às pessoas portadoras
de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de
que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso”.
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Portadora de Deficiência, estabeleceu, em seu artigo 37, § 1º, o percentual de
5% (cinco por cento).
4.3.1. Nomeação
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Aqui é importante destacar o teor da súmula vinculante nº. 13 do Supremo
Tribunal Federal, que declara expressamente que
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,
ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.”
Pode ter certeza disso. Perceba que os dois cargos públicos são distintos,
possuindo atribuições diferentes. Apesar de José já possuir um vínculo com o
TSE, iniciará um novo vínculo, com características distintas, a partir do momento
que assinar o termo de posse no cargo de Analista Judiciário.
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5. Necessidade – a administração somente pode adotar tal medida
quando não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação
excepcional e imprevisível.
4.3.2. Posse
Conforme destacado anteriormente, a posse ocorrerá no prazo
improrrogável de até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de
nomeação.
A contagem do prazo se inicia no dia subsequente ao da publicação do
referido ato e é ininterrupta. Assim, se o candidato foi nomeado no dia 05 de
dezembro de 2011, o prazo final para tomar posse é o dia 04 de janeiro de 2012.
Em se tratando de nomeação de alguém que já seja servidor (que fora
aprovado em concurso público para outro cargo) e que se enquadre, na data de
publicação do ato de provimento, em algumas das situações listadas a seguir, o
prazo de 30 dias será contado após o término do impedimento;
1ª) gozo de licença por motivo de doença em pessoa da família;
2º) gozo de licença para o serviço militar ou para capacitação;
3ª) férias;
4ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País;
5ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
6ª) licença:
7ª) gozo de licença à gestante, à adotante e à paternidade;
8ª) licença para tratamento da própria saúde;
9ª) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
10) esteja participando de competição desportiva nacional ou convocação
para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior;
11) esteja em deslocamento para nova sede em virtude de remoção,
redistribuição, requisição ou cessão.
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A posse é o ato pelo qual o candidato, após prévia aprovação em concurso
público, declara formalmente o interesse em estabelecer um vínculo jurídico
com a Administração. Esse mesmo raciocínio se aplica para aqueles que foram
nomeados para cargos em comissão, já que a investidura no cargo também
ocorrerá através da posse.
4.3.3. Exercício
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Com a assinatura do termo de posse, o agente torna-se servidor.
Todavia, é com o efetivo exercício que se inicia a contagem dos prazos para o
surgimento de direitos relacionados ao tempo de serviço, a exemplo de férias,
estabilidade, algumas licenças etc.
O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova
sede.
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4.3.4.1. Promoção
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14
C 13
12
11
10
ANALISTA JUDICIÁRIO B 8
A 3
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A primeira promoção do servidor ocupante do cargo de Analista Judiciário
somente irá ocorrer depois de 5 (cinco) anos, oportunidade em que haverá a
mudança da CLASSE A-5 para a CLASSE B-6.
15 6.957,41
14 6.754,77
C 13 6.558,03
12 6.367,02
11 6.181,57
10 5.848,22
9 5.677,88
7 5.351,95
6 5.196,07
5 4.915,86
4 4.772,68
A 3 4.633,67
2 4.498,71
1 4.367,68
Calma! Esse não é o único valor que você irá receber no fim do mês. A Lei
11.416/2006 ainda prevê o pagamento de uma GAJ (Gratificação de Atividade
Judiciária) correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do vencimento.
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Desse modo, assim que você entrar em exercício no cargo de Analista
Judiciário estará recebendo o valor de R$ 4.367,68 (CLASSE A-1) + R$ 2.183,84
(GAJ de 50%) = R$ 6.551,52 (sem levar em conta os demais benefícios
previstos legalmente).
4.3.4.2. Readaptação
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Por outro lado, a reversão a pedido do servidor somente poderá ser
deferida pela Administração caso exista vaga no momento da análise do
pedido.
4.3.4.4. Reintegração
4.3.4.5. Recondução
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1ª) Inabilitação em estágio probatório referente a outro cargo
federal: suponhamos que Zé das Couves seja titular do cargo de Analista do
Seguro Social no INSS, gozando de estabilidade. Todavia, como é muito
estudioso, Zé foi aprovado recentemente no concurso público para o cargo de
Analista Judiciário do Tribunal Superior Eleitoral. Nesse caso, como Zé já era
servidor público federal e foi aprovado para exercício em outro cargo público
também integrante da estrutura federal, poderá solicitar vacância (deixar o
cargo sem ocupante) em seu cargo no INSS para submeter-se ao estágio
probatório no TSE.
Ao término do estágio probatório, caso seja reprovado, Zé não precisará
entrar em desespero, pois será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado
no INSS.
4.3.4.6. Aproveitamento
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O texto constitucional prevê ainda uma outra hipótese de disponibilidade,
que ocorre em virtude da reintegração de servidor demitido injusta e
ilegalmente de seu cargo. Nesses termos, ocorrendo a reintegração do anterior
ocupante do cargo, o atual ocupante, se estável, caso não possa ser
reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente (o cargo está/será colocado
em disponibilidade até posterior aproveitamento (CF/88, art. 41, § 2º).
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A avaliação do Estágio Probatório ocorrerá durante o interstício de trinta e
seis meses (esse é o entendimento que deve prevalecer para a prova da
CONSULPLAN), período no qual a sua aptidão e capacidade serão objetos de
avaliações periódicas, observando-se os seguintes fatores:
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sua aptidão e a sua capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do
cargo”.
Absurdo, né? Acontece que a confusão ficou ainda maior quando o Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento do Mandado de Segurança 9373/DF, de
relatoria da Ministra Laurita Vaz, decidiu que estágio probatório e estabilidade
são institutos diferentes. Desse modo, o prazo do estágio probatório na esfera
federal deveria ser aquele previsto no artigo 20 da Lei 8.112/90, isto é, 02
(dois) anos.
"MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. ESTÁGIO
PROBATÓRIO. ART. 20 DA LEI Nº. 8.112/90. ESTABILIDADE.
INSTITUTOS DISTINTOS. ORDEM CONCEDIDA.
1. Durante o período de 24 (vinte e quatro) meses do estágio probatório, o
servidor será observado pela Administração com a finalidade de apurar sua
aptidão para o exercício de um cargo determinado, mediante a verificação de
específicos requisitos legais.2. A estabilidade é o direito de permanência no
serviço público outorgado ao servidor que tenha transposto o estágio probatório.
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Ao término de três anos de efetivo exercício, o servidor será avaliado por uma
comissão especial constituída para esta finalidade.
3. O prazo de aquisição de estabilidade no serviço público não resta vinculado ao
prazo de estágio probatório. Os institutos são distintos. Interpretação dos arts.
41, § 4º da Constituição Federal e 20 da Lei nº. 8.112/90.
4. Ordem concedida. (MS 9373/DF, Ministra LAURITA VAZ, STJ, S3 -
TERCEIRA SEÇÃO, 25/08/2004)"
Agora parecia que tudo estava resolvido, pois o próprio texto da lei
8.112/90 havia sido alterado para 03 (três) anos, não restando, portanto,
qualquer discussão.
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aquisição da estabilidade no serviço público para 03 (três) anos, visto que, apesar
de institutos jurídicos distintos, encontram-se pragmaticamente ligados.
III - Destaque para a redação do artigo 28 da Emenda Constitucional nº. 19/98,
que vem a confirmar o raciocínio de que a alteração do prazo para a aquisição da
estabilidade repercutiu no prazo do estágio probatório, senão seria de todo
desnecessária a menção aos atuais servidores em estágio probatório; bastaria,
então, que se determinasse a aplicação do prazo de 03 (três) anos aos novos
servidores, sem qualquer explicitação, caso não houvesse conexão entre os
institutos da estabilidade e do estágio probatório.
PROCURADOR FEDERAL. PROMOÇÃO E PROGRESSÃO NA CARREIRA. PORTARIA
PGF 468/2005. REQUISITO. CONCLUSÃO. ESTÁGIO PROBATÓRIO. DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. INEXISTÊNCIA.
IV – Desatendido o requisito temporal de conclusão do estágio probatório, eis que
não verificado o interstício de 03 (três) anos de efetivo exercício da impetrante no
cargo de Procurador Federal, inexiste direito líquido e certo de figurar nas listas de
promoção e progressão funcional, regulamentadas pela Portaria PGF nº.
468/2005. (MANDADO DE SEGURANÇA Nº. 12.523 – DF -
2006/0284250-6 / RELATOR: MINISTRO FELIX FISCHER)
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Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento na entidade ou órgão a que pertencer. Contudo, somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de natureza
especial, cargos de provimento em comissão do grupo-direção e assessoramento
superiores (DAS) de níveis 6, 5 e 4 (ou equivalentes).
O estágio probatório ficará suspenso nas situações abaixo, sendo retomado
a partir do término dos impedimentos:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família;
b) licença por motivo de afastamento do cônjuge, por prazo indeterminado
e sem remuneração;
c) licença para atividade política;
d) afastamento para missão no exterior para servir em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, com a perda
total da remuneração.
4.5. Estabilidade
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Nos termos do artigo 41 da CF/88 “são estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público”.
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O servidor que perder o cargo fará jus à indenização correspondente a um
mês de remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
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A exoneração também rompe o vínculo entre a Administração e o servidor,
mas não possui caráter punitivo, podendo ocorrer a pedido do servidor ou de
ofício (ex officio), por iniciativa da Administração (como acontece, por
exemplo, quando o servidor é reprovado no estágio probatório).
Nesse caso, o servidor não está sendo punido pela prática de alguma
irregularidade ou infração funcional. Está sendo dispensado simplesmente para
permitir que a Administração cumpra os limites de gastos com pessoal, nos
termos do artigo 169 da CF/88.
5. Remoção e redistribuição
5.1. Remoção
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A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de sede.
Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de uma
unidade localizada no bairro “X”, para outra unidade localizada no bairro “Y”,
dentro da mesma cidade.
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Mesmo antes de ser revogada pela Lei 9.527/97, a transferência já havia
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Portanto,
caso encontre alguma referência à expressão “transferência” (como forma de
deslocamento do servidor) em questões sobre a Lei 8.112/90, lembre-se de que
esse instituto não mais existe.
5.2. Redistribuição
O artigo 37 da Lei 8.112/90 define a redistribuição como o deslocamento
de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema Integrado de Pessoal Civil da
União).
A redistribuição tem por objetivo ajustar a lotação e a força de trabalho às
reais necessidades da Administração, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade.
Na redistribuição, ocorre o deslocamento do cargo, e não do servidor,
como ocorre na remoção. Entretanto, caso o cargo esteja provido, o servidor é
deslocado juntamente com esse.
A redistribuição sempre ocorrerá de ofício (ex officio), observando-se os
seguintes preceitos:
a) Interesse da administração;
b) Equivalência de vencimentos;
c) Manutenção da essência das atribuições do cargo;
d) Vinculação entre os graus de responsabilidade e de complexidade das
atividades;
e) Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
f) Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.
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6. Da substituição
Nos termos do art. 38, § 2º, da Lei 8.112/1990, o substituto fará jus à
retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de
Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias
de efetiva substituição, que excederem o referido período.
Penso que a CONSULPLAN não irá se aprofundar nesse tema, que ainda é
bastante controvertido na Administração Pública Federal. Todavia, em respeito
ao “princípio da precaução”, é importante que você saiba que no âmbito da
Justiça Eleitoral tem vigorado o mesmo entendimento manifestado pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão através do Ofício Circular nº
01/SRH/MP, expedido em 28/01/2005, que assim se manifestou:
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16. A reversão pode ser definida como o retorno à atividade de servidor
que já se encontrava aposentado, podendo ocorrer de ofício ou a
pedido.
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QUESTÕES COMENTADAS
01. (Procurador de 2ª Classe / Município de Salvador 2006/FCC) De
acordo com a doutrina, agente público é toda a pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta,
(A) incluindo-se os servidores públicos, estatutários e celetistas, bem
como os agentes políticos, estes desde que investidos mediante
nomeação e não detentores de mandato eletivo.
(B) inclusive os particulares que atuam em colaboração com o poder
público, mediante delegação, requisição, nomeação ou designação.
(C) não se incluindo na categoria os agentes políticos, detentores de
mandato eletivo.
(D) não se incluindo na categoria os militares.
(E) somente incluindo-se na categoria aqueles que possuem vínculo
estatutário ou celetista com a Administração.
Comentários
GABARITO: LETRA B.
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(C) para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos.
(D) o servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa.
(E) os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do
servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei
que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
Federal e seus regulamentos.
Comentários
(E) O texto da assertiva deve ser considerado correto, pois não é a Lei
8.112/90 que irá estabelecer os critérios de promoção e progressão em relação
às várias carreiras existentes no âmbito da Administração Pública Federal. A
título de exemplo, destaca-se que para disciplinar a carreira dos Auditores Fiscais
da Receita Federal do Brasil foi criada a Lei 10.593/02, enquanto que para
disciplinar a carreira dos Policiais Rodoviários Federais foi criada a Lei 9.654/98.
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GABARITO: LETRA A.
GABARITO: LETRA A
Comentários
Além disso, deve ficar bem claro que somente a posse pode ocorrer
mediante procuração específica, não abrangendo o exercício, que é ato de
natureza personalíssima (o servidor tem que comparecer ao local de trabalho
pessoalmente e iniciar o exercício das atribuições inerentes ao cargo). Assertiva
incorreta.
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(D) A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que
promover o servidor. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
GABARITO: LETRA B
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II. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica
oficial.
Comentários
Item I – O prazo de 30 (trinta) dias para a posse deverá ser contado da
publicação da nomeação e não da publicação do ato de aprovação em concurso
público. Assertiva incorreta.
Item II – Somente poderá ser empossado em cargo público aquele que for
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Desse modo, é
imprescindível a realização de prévia inspeção médica oficial. Assertiva incorreta.
Item III – Esse realmente é o prazo legal para que o servidor empossado
em cargo público entre em exercício. Caso ocorra o transcurso do prazo sem que
o servidor entre em exercício, ocorrerá a sua exoneração. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA E
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07. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Armando, Técnico
Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (estável), foi
reinvestido no cargo anteriormente ocupado, diante da invalidação da
sua demissão por decisão administrativa, com ressarcimento de todas
as vantagens. Nos termos da Lei no 8.112/90, ocorreu a
(A) readaptação.
(B) reversão.
(C) recondução.
(D) reintegração.
(E) ascensão.
Comentários
GABARITO: LETRA D.
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Tício foi inabilitado no estágio probatório relativo ao cargo de Analista.
Neste caso, Tício será
(A) reintegrado ao cargo de Técnico.
(B) exonerado de ambos os cargos.
(C) revertido ao cargo de Técnico.
(D) reconduzido ao cargo de Técnico.
(E) demitido de ambos os cargos.
Comentários
Deve ficar claro que a recondução pode ocorrer por opção do servidor
(durante o período do estágio probatório) ou de ofício, no caso de reprovação no
estágio probatório.
GABARITO: LETRA D.
Comentários
A Lei 8.112/90, em seu art. 25, § 4º, prevê que “o servidor que retornar à
atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer,
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria”.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
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A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de sede.
Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de uma
agência de atendimento localizada no bairro “X”, para outra agência de
atendimento localizada no bairro “Y”, dentro da mesma cidade.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
Em regra, a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação
da nomeação. Entretanto, se o nomeado for servidor público (aprovado em
outro concurso público), é possível que o prazo seja estendido em algumas
situações especiais.
O § 2º, art. 13, da Lei 8.112/90, por exemplo, estabelece que se no
momento de publicação da nomeação o servidor estiver gozando de alguma das
licenças ou afastamentos arrolados abaixo, o prazo de trinta dias para a posse
somente será contado a partir do término do gozo, a saber:
1ª) licença por motivo de doença em pessoa da família;
2ª) licença para o serviço militar;
3ª) licença para capacitação;
4ª) férias;
5ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o
regulamento;
6ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
7ª) deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
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8ª) participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior,
conforme disposto em lei específica;
9ª) licença à gestante, à adotante e à paternidade;
10) licença para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União,
em cargo de provimento efetivo;
11) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
12) licença para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
13) licença por convocação para o serviço militar;
GABARITO: LETRA A.
Comentários
(A) O inc. III, art. 37, da CF/1988, prevê que o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Sendo assim, ao publicar um edital de concurso público anunciando o prazo de
validade original de 02 (dois) anos, a Administração está atuando em
conformidade com o texto constitucional. Assertiva incorreta.
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Apesar de o Superior Tribunal de Justiça possuir entendimento consolidado
no sentido de que os candidatos aprovados dentro do número de vagas
oferecidas no edital possuem direito líquido e certo à nomeação (RMS 20.718/SP,
de relatoria do Ministro Paulo Medina), compete à Administração decidir sobre o
momento mais conveniente e oportuno para realizá-las, desde que respeitado o
prazo de validade do certame.
Desse modo, não pode ser considerada ilegal a nomeação de aprovados em
número menor que o de vagas, pois o concurso público ainda estava em vigor e,
a qualquer momento, a Administração poderia realizar novas nomeações, o que
torna a assertiva incorreta.
(C) O § 2º do art. 12 da Lei 8.112/90 prevê que “não se abrirá novo
concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado”. Desse modo, como ainda existiam 10 (dez)
candidatos aprovados dentro do número de vagas e ainda não nomeados, a
Administração realmente estaria proibida de realizar um novo concurso público,
por isso a assertiva foi considerada correta.
(E) Nos comentários apresentados na letra “A”, ficou claro que o prazo de
validade do concurso público é de até 02 (dois) anos, prorrogável uma vez, por
igual período. Isso significa que se a Administração fixar o prazo de validade do
certame em 01 (um) ano, poderá prorrogá-lo por mais 01 (um) ano; se fixar o
prazo de validade em 06 (seis) meses, poderá prorrogá-lo por mais 06 (seis)
meses, e assim por diante. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA C.
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(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.
(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a
ampla defesa.
(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas mediante
decisão administrativa transitada em julgado.
(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para
provimento do cargo.
(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já
adquiriu estabilidade.
Comentários
O art. 41 da CF/88 é expresso ao afirmar que são estáveis após três anos
de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Adquirida a estabilidade, o servidor
público estável só perderá o cargo:
1º) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2º) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
3º) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa; ou
4º) Para o cumprimento dos limites estabelecidos no art. 169 da CF/88
(Responsabilidade Fiscal).
GABARITO: LETRA B.
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Comentários
GABARITO: LETRA D.
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ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se estivesse
trabalhando.
Perceba que o texto da assertiva afirmou que a aposentadoria de João
estaria automaticamente sujeita à cassação, o que não é verdade. Isso porque
ao ser reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, João sequer irá receber
aposentadoria, mas sim a remuneração normal pelo exercício do respectivo
cargo. Assertiva incorreta.
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21. A quitação com as obrigações militares e eleitorais incluem-se entre
os requisitos para a investidura em cargo público.
São vários os requisitos básicos previstos no art. 5º da Lei 8.112/1990 para
investidura em cargo público federal, a saber: a nacionalidade brasileira; o gozo
dos direitos políticos; a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; a idade mínima de
dezoito anos e aptidão física e mental. Assertiva correta.
22. O concurso público tem validade de até dois anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão
fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário
de grande circulação.
Ademais, está correto o texto da assertiva ao afirmar que o concurso
público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período, pois essa previsão consta expressamente no art. 12 da Lei
8.112/1990.
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Analisando-se o texto constitucional, conclui-se que não há qualquer
vedação à possibilidade de um estrangeiro assumir função comissionada no
Poder Executivo. Todavia, é necessário que tal provimento esteja
regulamentado em lei. Assertiva incorreta.
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27. A UFMT deveria convocar os aprovados no concurso público de
2008, antes de convocar os novos concursados, para assumir o cargo de
professor titular.
A Constituição Federal não proíbe a realização de um novo certame
enquanto estiver em vigor concurso público com prazo de validade não expirado.
Todavia, impõe a obrigatoriedade de que seja dada prioridade de nomeação aos
candidatos aprovados no primeiro concurso público, caso ainda em vigor.
Somente após a expiração do prazo de validade do concurso público
anterior é que os novos concursados poderão ser nomeados para assumir os
respectivos cargos ou empregos públicos, sob pena de afronta ao inc. IV, do art.
37, da CF/1988. Assertiva correta.
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(Agente Administrativo/Ministério da Previdência Social 2010/CESPE)
De acordo com o Regime Jurídico Único (RJU) e a Consolidação de Leis
do Trabalho (CLT), julgue os itens subsequentes.
33. A exoneração é forma de vacância que possui caráter punitivo.
As espécies de penalidades que podem ser aplicadas aos servidores
públicos federais estão previstas expressamente no art. 127 da Lei 8.112/90,
sendo elas a advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, destituição de cargo em comissão e destituição de função
comissionada.
Em nenhum momento o texto legal se refere à exoneração como uma
espécie de penalidade. Isso porque a exoneração se caracteriza como um
instrumento de ruptura da relação jurídica existente entre o servidor e a
Administração, sem intuito de punição.
Apesar de ser considerada uma forma de vacância do cargo público, não
possui caráter punitivo. Assertiva incorreta.
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(Analista Processual/MPU 2010/CESPE) Considerando que o direito
administrativo regule a função administrativa do Estado, o serviço
público e os sujeitos neles envolvidos, julgue o item a seguir.
36. As nomeações para provimento de cargo público comissionado são
atos exclusivos do Poder Executivo.
O texto da assertiva está incorreto, pois somente são de competência do
Poder Executivo as nomeações para cargos públicos comissionados no âmbito do
próprio Executivo.
É importante esclarecer que os poderes Legislativo e Judiciário também
possuem cargos comissionados (cargos de confiança) em suas respectivas
estruturas. Assim, cada poder possui competência para realizar as nomeações
para cargos comissionados em seus respectivos quadros.
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empregados públicos, pois não são regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
Assim, é correto afirmar que esses agentes estão incluídos em uma
terceira categoria de agentes administrativos, cujos direitos e deveres estão
previstos em um contrato administrativo, regido pelo direito público. Assertiva
incorreta.
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42. Pela redistribuição, o servidor é deslocado do cargo que antes
ocupava para cargo diverso situado no âmbito do quadro de pessoal do
mesmo órgão ou entidade.
O artigo 37 da Lei 8.112/90 define a redistribuição como o deslocamento
de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema Integrado de Pessoal Civil da
União).
A redistribuição tem por objetivo ajustar a lotação e a força de trabalho às
reais necessidades da Administração, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade.
Na redistribuição, ocorre o deslocamento do cargo, e não do servidor,
como ocorre na remoção. Assim, o servidor não passa a ocupar cargo diverso
daquele que ocupava anteriormente, mas sim o mesmo cargo, em outro órgão ou
entidade. Assertiva incorreta.
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49. Se determinado servidor não puder estar presente no dia da posse,
ela poderá ocorrer mediante procuração específica.
O texto da assertiva está correto, pois o a posse poderá dar-se mediante
procuração específica, nos termos do § 3º, do art. 13, da Lei 8.112/1990.
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06. (CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Laranjeiras/2005) É
estável o servidor após:
A) Nomeação em virtude de concurso público e depois de 1 (um) ano de
efetivo exercício.
B) Nomeação em virtude de concurso público e após 2 (dois) anos de
efetivo exercício.
C) Nomeação em virtude de concurso público e após 3 (três) anos de
efetivo exercício.
D) Nomeação em virtude de concurso público e após 5 (cinco) anos de
efetivo exercício.
E) Nomeação para o exercício de cargo em comissão, após 10 (dez)
anos no cargo.
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11. (CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Caratinga-MG/2010) De
acordo com a lei nº. 8.112/90, NÃO é hipótese de vacância do cargo
público:
A) exoneração
B) demissão
C) promoção
D) reversão
E) readaptação
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e) terá o prazo de dez dias prorrogáveis por mais dez, contados da data
da posse.
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25. (FCC/Técnico Judiciário TRF 1ª Região/2011) Ana Maria foi
nomeada para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa do
TRF - 1ª Região. Nesse caso, a Administração Pública deve saber que,
em matéria de posse e exercício, o correto é:
a) Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
b) A posse ocorrerá no prazo de quarenta e cinco dias contados da
publicação do ato de provimento.
c) A posse não poderá dar-se mediante procuração, ainda que
específica.
d) O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em
exercício, é de trinta dias, contados da data da posse.
e) A posse em cargo público independe de prévia inspeção médica
oficial.
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GABARITO
25.A
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