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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS

CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA


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Olá!

Eis a primeira aula do curso sobre a Lei 8.112/1990, que dispõe sobre o
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais. O nosso objetivo é prepará-lo para a conquista da
tão desejada vaga no concurso do Tribunal Superior Eleitoral – T.S.E., cujas
provas serão realizadas no dia 12 de fevereiro de 2012.

Conforme destaquei na aula demonstrativa, o nosso curso será focado


nas questões elaboradas pela Consulplan. Todavia, como são poucos os
concursos públicos realizados por essa banca, também utilizaremos algumas
questões do CESPE (quando necessário) e, principalmente, da Fundação Carlos
Chagas.

Essa é uma excelente estratégia de estudo, já que a Fundação Carlos


Chagas tem o hábito de elaborar questões que exigem do candidato apenas o
conhecimento literal da legislação (a exemplo da Consulplan), enquanto o
CESPE privilegia o conhecimento doutrinário e jurisprudencial.

Para obter o máximo de aproveitamento, aconselho que você resolva


TODAS as questões que serão disponibilizadas durante o curso (duas ou três
vezes), principalmente aquelas que não possuem comentários (questões para
fixação do conteúdo). Tenho certeza de que você não terá dificuldade alguma
para interpretá-las e acertá-las, mas, se isso ocorrer, lembre-se de enviar para o
fórum todos os seus questionamentos, pois o nosso objetivo é garantir que você
gabarite as questões sobre a Lei 8.112/1990.

No mais, se tiver alguma sugestão, crítica ou elogio que possam melhorar


a qualidade e produtividade do nosso curso, estou à sua disposição no e-mail
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br.

A sua participação é extremamente importante!

Bons estudos!

Fabiano Pereira

Ps.: também estou à sua disposição no FACEBOOK, é só clicar no


link www.facebook.com.br/professorfabianopereira

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS


LEI 8.112/1990 E SUAS RESPECTIVAS ALTERAÇÕES

1. Agentes Públicos ...................................................................... 03


1.1. Classificação dos Agentes Públicos ................................ 04
1.1.1. Celso Antônio Bandeira de Mello ................................. 04
1.1.2. Hely Lopes Meirelles ................................................... 06
2. Disposições preliminares .......................................................... 10
2.1. Regime estatutário ........................................................ 10
2.2. Regime celetista ............................................................ 11
2.3. Regime especial ............................................................. 12
3. Regime jurídico único ............................................................... 13
4. Provimento
4.1. Disposições gerais ......................................................... 14
4.2. Reserva de vagas aos portadores de deficiência nos concursos
públicos ............................................................... . 15
4.3. Formas de provimento .................................................... 17
4.3.1. Nomeação .................................................................... 17
4.3.1.1. Direito subjetivo à nomeação ................................... 17
4.3.2. Posse ........................................................................... 20
4.3.3. Exercício ...................................................................... 21
4.3.4. Formas de provimento derivado .................................. 22
4.4. Estágio probatório .......................................................... 29
4.5. Estabilidade .................................................................... 35
4.6. Hipóteses de vacância .................................................... 37
5. Remoção e redistribuição .......................................................... 38
6. Da substituição ......................................................................... 41
7. Resumo de Véspera de Prova .................................................... 42
8. Questões Comentadas .............................................................. 44
9. Questões para fixação do conteúdo .......................................... 70
10. Gabarito .................................................................................. 80

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1. Agentes públicos

Para que possamos entender com mais clareza a exposição dos principais
dispositivos da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Federais), é
necessário que conheçamos antes o conceito de agente público e as
classificações formuladas pelos principais doutrinadores brasileiros.

Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física que
exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou gratuitamente,
sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública em nome do
Estado.

A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas que, de


qualquer modo, estão vinculadas ao Estado, alcançando desde os mais
importantes agentes, como o Presidente da República, até aqueles que, somente
em caráter eventual, exercem funções públicas, como é o caso dos mesários
eleitorais.

Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal


ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções (Legislativo,
Executivo ou Judiciário), para que seja denominado de “agente público” é
suficiente que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado.

Analisando-se a legislação vigente, podemos encontrar várias definições


legais para a expressão “agentes públicos”, a exemplo do artigo 2º da Lei nº
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), que reputa agente público “todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual”.

O artigo 327 do Código Penal também apresenta uma definição legal,


porém, em vez de utilizar-se da expressão “agentes públicos”, adota a expressão
“funcionários públicos”.

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,


quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública.

§ 1º. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou


função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora
de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.

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Para responder às questões da CONSULPLAN: A expressão “funcionário


público” não é mais utilizada pela Constituição Federal de 1988, pelo menos no
âmbito do Direito Administrativo. Na legislação penal, ainda é comum a utilização
da referida expressão, mas podemos considerá-la equivalente à expressão
“agentes públicos”.

Embora mais sucinto, o conceito de funcionário público é muito


semelhante ao de agente público, pois também abrange todos aqueles que
exercem funções públicas.

1.1. Classificação dos agentes públicos

São muitas as classificações elaboradas pelos doutrinadores brasileiros


para distinguir as várias espécies de agentes públicos. Todavia, como o nosso
objetivo é ser aprovado no concurso do Tribunal Superior Eleitoral, iremos
restringir o nosso estudo àquelas que realmente são cobradas em prova, a
exemplo das classificações formuladas pelos professores Hely Lopes Meirelles (a
mais exigida) e Celso Antônio Bandeira de Mello.

1.1.1. Classificação de Celso Antônio Bandeira de Mello

Apesar de não ser a classificação mais exigida nas questões de concursos,


algumas bancas examinadoras esporadicamente exigem conhecimentos sobre
as espécies de agentes públicos na visão do citado professor.

Portanto, para responder às eventuais questões elaboradas pela


CONSULPLAN, lembre-se de que Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que a
expressão agentes públicos “é a mais ampla que se pode conceber para
designar genérica e indistintamente os sujeitos que servem ao Poder Público
como instrumentos expressivos de sua vontade ou ação, ainda quando o façam
apenas ocasional ou episodicamente. Quem quer que desempenhe funções
estatais, enquanto as exercita, é um agente público. Por isto, a noção abarca
tanto o Chefe do Poder Executivo (em quaisquer das esferas) como os
senadores, deputados e vereadores, os ocupantes de cargos ou empregos
públicos da Administração direta dos três Poderes, os servidores das autarquias,
das fundações governamentais, das empresas públicas e sociedades de
economia mista nas distintas órbitas de governo, os concessionários e
permissionários de serviço público, os delegados de função ou ofício público, os
requisitados, os contratados sob locação civil de serviços e os gestores de
negócios públicos.”

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Afirma ainda o professor que os agentes públicos podem ser estudados em
três categorias distintas: os agentes políticos, os servidores públicos e os
particulares em colaboração com o poder público.

a) Agentes políticos

Celso Antônio Bandeira de Mello adota um conceito mais restrito de


agentes políticos, pois afirma que eles “são os titulares dos cargos estruturais à
organização política do país, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o
arcabouço constitucional do estado e, portanto, o esquema fundamental do
poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do estado”.

Neste caso, seriam agentes políticos somente o Presidente da República,


os Governadores, os Prefeitos e seus respectivos auxiliares imediatos (Ministros
e Secretários das diversas pastas), os Senadores, os Deputados e os Vereadores.

Informação importante para as questões de prova é o fato de que o


professor não inclui os magistrados, membros do Ministério Público e membros
dos Tribunais de Contas no conceito de agentes políticos, ao contrário do
professor Hely Lopes Meirelles, pois entende que somente podem ser incluídos
nesta categoria aqueles que possuem a eleição como forma de investidura, com
exceção dos cargos de Ministros e Secretários de Estado, que são de livre
nomeação e exoneração.

Ademais, afirma ainda que os magistrados, membros do Ministério Público


e dos Tribunais de Contas não exercem funções tipicamente políticas (como
criar leis ou traçar programas e diretrizes de governo), apesar de exercerem
funções constitucionais extremamente importantes, e, portanto, não podem ser
considerados agentes políticos.

b) Servidores estatais

Ainda segundo as palavras do professor, servidores estatais são todos


aqueles que mantêm com o Estado ou suas entidades da Administração Indireta,
independentemente de serem regidas pelo direito público ou direito privado,
relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual sob vínculo
de dependência, podendo ser classificados em:

9 servidores estatutários, sujeitos ao regime estatutário e ocupantes de


cargos públicos;

9 servidores empregados das empresas públicas, sociedades de


economia mista e fundações públicas de direito privado, contratados
sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego
público;

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9 servidores temporários, contratados por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art.
37, IX, da CF/88), que exercem funções públicas sem estarem
vinculados a cargo ou emprego público.

c) Particulares em colaboração com o poder público

Para Celso Antônio Bandeira de Mello, “esta categoria de agentes é


composta por sujeitos que, sem perderem sua qualidade de particulares –
portanto, de pessoas alheias à intimidade do aparelho estatal (com exceção
única dos recrutados para serviço militar) – exercem função pública, ainda que
às vezes apenas em caráter episódico”, sob os seguintes instrumentos:

9 delegação do poder público, como se dá com os empregados das


empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos e os que
exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da CF/88);

9 mediante requisição, como acontece com os jurados, mesários eleitorais


durante o período eleitoral e os recrutados para o serviços militar
obrigatório, que, em geral, não possuem vínculo empregatício e não
recebem remuneração;

9 os que sponte própria (vontade própria) assumem espontaneamente


determinada função pública em momento de emergência, como no
combate a uma epidemia, incêndio, enchente, etc.

9 contratado por locação civil de serviços (como ocorre na contratação


de um advogado altamente especializado para a sustentação oral perante
Tribunais).

1.1.2. Classificação de Hely Lopes Meirelles

Para o saudoso professor, os agentes públicos podem ser classificados em


agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos, agentes
delegados e agentes credenciados.

a) Agentes políticos

Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, agentes políticos são “os


componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos,
funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou
delegação, para o exercício de atribuições constitucionais”.

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Como exemplos podemos citar os chefes do Poder Executivo
(Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares
imediatos (Ministros, Secretários estaduais, distritais e municipais), os
membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores) e os
magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.

Contrariamente ao professor Celso Antônio Bandeira de Mello, que


exclui os membros da Magistratura, do Ministério Público e dos Tribunais de
Contas do conceito de “agentes políticos”, Hely Lopes Meirelles afirma que em
razão de gozarem de independência funcional e possuírem suas
competências previstas diretamente no texto constitucional, tais agentes
devem sim ser considerados políticos.

Para responder às questões da CONSULPLAN: O entendimento do professor


Hely Lopes Meirelles é majoritário, além de ser adotado pelo Supremo Tribunal
Federal. Assim, se a banca não fizer referência a qualquer doutrinador, essa é a
classificação que deve ser utilizada para responder às respectivas questões.

b) Agentes honoríficos

Agentes honoríficos são cidadãos convocados, requisitados, designados ou


nomeados para prestar, em caráter temporário, serviços públicos de caráter
relevante, a título de munus público (colaboração cívica), sem qualquer vínculo
profissional com o Estado, e, em regra, sem remuneração.

Como exemplos podemos citar os mesários eleitorais, os recrutados


para o serviço militar obrigatório, os jurados, os comissários de menores, entre
outros.

É válido esclarecer que apesar de não possuírem vínculo com o Estado, os


agentes honoríficos são considerados “funcionários públicos” para fins
penais e sobre eles não incidem as regras sobre acumulação de cargos,
empregos e funções públicas, previstas no inciso XVI, do artigo 37, da CF/88.

c) Agentes delegados

Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, “agentes delegados são


particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade,
obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco,
mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do
delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem
representantes do Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de
colaboradores do Poder Público. Nesta categoria se encontram os
concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os
serventuários de Ofícios ou Cartórios não estatizados, os leiloeiros, os
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tradutores e intérpretes públicos, e demais pessoas que recebam delegação
para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo”.

Apesar de exercerem atividades públicas em nome próprio, por sua conta e


risco, é válido esclarecer que os agentes delegados estão sujeitos às regras de
responsabilização civil previstas no § 6º, do artigo 37, da CF/88, e também são
considerados “funcionários públicos” para fins penais.

d) Agentes credenciados

Agentes credenciados são aqueles que têm a incumbência de representar


a Administração Pública em algum evento específico (um Congresso
Internacional, por exemplo) ou na prática de algum ato determinado,
mediante remuneração e sem vínculo profissional, sendo considerados
funcionários públicos para fins penais.

Os agentes credenciados somente serão considerados agentes públicos


durante o período em que estiverem exercendo as funções públicas para as quais
foram credenciados.

Desse modo, se um cientista particular foi convidado pela Administração


Pública para representá-la em um Congresso Internacional sobre a “Gripe A”, por
exemplo, somente durante o período do evento ele será considerado agente
público.

e) Agentes administrativos

Agentes administrativos são todos aqueles que exercem um cargo,


emprego ou função pública perante à Administração, em caráter permanente,
mediante remuneração e sujeitos à hierarquia funcional instituída no órgão ou
entidade ao qual estão vinculados.

Essa categoria de agentes públicos representa a imensa maioria da força


de trabalho da Administração Direta e Indireta, em todos os níveis federativos
(União, Estados, DF e Municípios) e em todos os Poderes (Legislativo, Executivo
e Judiciário), podendo ser dividida em:
9 Servidores públicos titulares de cargos efetivos ou em comissão;
9 Empregados públicos;
9 Contratados temporariamente em virtude de necessidade temporária
de excepcional interesse público.

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Servidores públicos titulares de cargos efetivos são aqueles que
ingressaram no serviço público mediante concurso público e que, portanto,
podem adquirir a estabilidade após 03 (três) anos de efetivo exercício. Esses
servidores também são chamados de estatutários, pois são regidos por um
estatuto legal, responsável por disciplinar seus principais direitos e deveres em
face da Administração Pública.

Na esfera federal, o estatuto responsável por disciplinar as relações entre


Administração Pública e servidores é a Lei 8.112/1990. Todavia, cada ente
estatal possui autonomia para criar seu próprio estatuto dos servidores, como
aconteceu em Minas Gerais com a edição da Lei Estadual 869/1952, e em
Montes Claros/MG (terra do pequi com carne de sol), com a edição da Lei
Municipal 3.175/2003.

Pergunta: professor, os servidores das entidades da Administração


Indireta também são regidos por um estatuto jurídico?

Depende. Na esfera federal, somente os servidores da União, seus


respectivos órgãos públicos (a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral),
autarquias e fundações públicas de direito público federais são regidos
pela Lei 8.112/90, pois os empregados das empresas públicas e sociedades de
economia mista são necessariamente celetistas. Sendo assim, é correto
afirmar que somente as entidades regidas pelo direito público adotam o
regime estatutário, pois este é inerente às funções típicas de Estado
(fiscalização, administração fazendária, advocacia pública, etc), nos termos do
artigo 247 da CF/88.

Além dos servidores titulares de cargos efetivos, é válido destacar que os


ocupantes de cargos em comissão (de livre nomeação e exoneração) também
são denominados servidores públicos. Entretanto, em virtude de ocuparem
cargos em comissão (também denominados cargos de confiança), tais
servidores não gozam de estabilidade, pois se sustentam no cargo apenas em
virtude da “confiança” depositada pela autoridade responsável pela nomeação.

Desse modo, é correto afirmar que são servidores públicos tanto os


ocupantes de cargos de provimento efetivo, quanto os ocupantes de cargos
em comissão.

A segunda espécie de agente administrativo citada pelo professor Hely


Lopes Meirelles é o empregado público, que não ocupa cargo, mas sim
emprego público.

Os empregados públicos não são regidos por um estatuto (e, portanto,


não podem ser chamados de estatutários), mas sim pela Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT), que lhes assegura os mesmos direitos previstos para os
trabalhadores da iniciativa privada, tais como aviso prévio, FGTS, seguro
desemprego, entre outros estabelecidos no artigo 7º da CF/88 (que não são
garantidos aos servidores públicos na totalidade).

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As empresas públicas e sociedades de economia mista (integrantes
da Administração Pública Indireta) adotam necessariamente o regime celetista
para os seus empregados, apesar de serem obrigadas a realizar concurso público
para a contratação de pessoal.

Por último, integram também a categoria dos agentes administrativos


aqueles que são contratados temporariamente para atender a uma
necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme
preceituado no inciso IX, artigo 37, da Constituição Federal de 1988.

Neste caso, a lei de cada ente federativo (União, Estados, DF e Municípios)


estabelecerá os prazos máximos de duração desses contratos e as situações que
podem ser consideradas de necessidade temporária, conforme estudaremos
posteriormente.

2. Disposições preliminares

A Lei 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos


civis da União, seus respectivos órgãos, sobre as autarquias e as fundações
públicas federais de Direito Público. Deve ficar bem claro que as suas
disposições legais não alcançam os empregados das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, que são regidos pelo regime celetista.

Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, regime


jurídico “é o conjunto de regras de Direito que regulam determinada relação
jurídica”, sendo possível citar como exemplo o regime estatutário, o celetista e o
regime especial.

2.1. Regime Estatutário

Regime estatutário é o conjunto de regras previstas em lei e responsável


por disciplinar a relação jurídica entre os servidores públicos e a
Administração direta, autárquica e fundacional de Direito Público, em
todos os entes federativos.

É regra geral que cada ente estatal (União, Estados, Municípios e DF)
possua o seu próprio regime estatutário, responsável por regular os direitos e os
deveres de seus servidores. Somente para exemplificar, destaca-se que no
Estado de Minas Gerais é a Lei 869/52 que estabelece o regime jurídico de
seus servidores. Por outro lado, na minha querida cidade de Montes
Claros/MG, o regime jurídico dos servidores públicos municipais foi instituído
pela Lei Municipal 3.175/03.

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A Lei Federal 8.112/90 (que instituiu regime jurídico dos servidores
públicos da União, fundações públicas de Direito Público e autarquias) serviu e
tem servido de parâmetro normativo para vários Municípios e Estados
brasileiros, o que não invalida as legislações dos respectivos entes.

Uma das principais características do regime estatutário é a garantia de


aquisição de estabilidade, após 03 (três) anos de efetivo exercício, para os
servidores nomeados para cargos de provimento efetivo em virtude de concurso
público, nos termos do artigo 41 da Constituição Federal de 88.

Pergunta: O regime estatutário, a exemplo daquele instituído pela Lei


8.112/90, abrange somente os servidores titulares de cargos efetivos?

Não. Apesar de ser uma dúvida comum entre os candidatos, é válido


esclarecer que o regime estatutário abrange os cargos de provimento efetivo
e, ainda, os cargos de provimento em comissão (também chamados de
cargos de confiança e que são de livre nomeação e exoneração da autoridade
competente, independentemente de prévia aprovação em concurso público).

A dúvida é muito comum porque os titulares de cargos em comissão


contribuem para o regime geral de previdência social (RGPS), apesar da
obrigatoriedade de se submeterem aos deveres e proibições previstos nos
respectivos estatutos.

Para responder às questões da CONSULPLAN: Lembre-se sempre de que a


Lei 8.112/1990 assegura direitos e impõe deveres aos titulares de cargos
públicos de provimento efetivo e, ainda, aos ocupantes de cargos em
comissão (cargos de confiança).

O cargo público é definido legalmente como o “conjunto de atribuições e


responsabilidades previstas na estrutura organizacional e que devem ser
cometidas a um servidor”, possuindo as seguintes características:

1ª) são acessíveis a todos os brasileiros natos e naturalizados que


preencham os requisitos previstos na lei, bem como aos estrangeiros, na
forma da lei;

2ª) são criados por lei;

3ª) possuem denominação própria;

4ª) os vencimentos são pagos pelos cofres públicos; e

5ª) as funções inerentes ao cargo público somente podem ser exercidas


mediante remuneração, salvo nos casos previstos em lei.

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2.2. Regime celetista
Regime celetista é aquele inicialmente aplicável às relações jurídicas
existentes entre empregados e empregadores no campo da iniciativa privada,
amparado pela Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº.
5.542/43). Entretanto, o regime celetista (que ainda pode ser chamado de
trabalhista ou de emprego) também pode ser aplicado no âmbito da
Administração Pública brasileira.

O § 1º, artigo 173, da Constituição Federal, por exemplo, estabelece que


as empresas públicas e as sociedades de economia mista submetem-se ao
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações
trabalhistas.

Sendo assim, não restam dúvidas de que os agentes administrativos que


exercem suas funções perante as empresas públicas e as sociedades de
economia mista são regidos pela CLT, sendo denominados, portanto, de
empregados públicos.

Para responder às questões da CONSULPLAN: A Lei 8.112/1990 não se


aplica aos empregados públicos das sociedades de economia mista e das
empresas públicas federais, pois esses são regidos pela CLT.

2.3. Regime especial

O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que o regime especial
“visa disciplinar uma categoria específica de servidores: os servidores
temporários”, contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, que
assim dispõe:
“IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.
Conforme destacado, o próprio dispositivo constitucional atribui à lei de
cada ente estatal a prerrogativa de estabelecer os casos que podem ensejar a
excepcional contratação de agentes sem a realização de concurso público.

Na esfera federal, foi editada a Lei 8.745/93, que tem por objetivo
disciplinar os contratos temporários no âmbito da Administração Direta
federal, autárquica e fundacional.

Em seu artigo 2º, a Lei 8.745/93 especificou algumas situações que


podem ser consideradas de necessidade temporária e de excepcional
interesse público, justificando a contratação temporária, a exemplo da
assistência a situações de calamidade pública, combate a surtos endêmicos,
realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística
efetuadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, admissão de

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professor substituto e professor visitante, admissão de professor e pesquisador
visitante estrangeiro, entre outras.

Ainda nos termos da lei, destaca-se que não é necessária a realização de


concurso público para a contratação de servidores em caráter temporário, sendo
suficiente a realização de um processo seletivo simplificado sujeito a ampla
divulgação, inclusive através do Diário Oficial da União.

Os agentes contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, não
podem ser considerados estatutários, uma vez que estão submetidos a regime
contratual. Também não podem ser considerados celetistas, pois não são
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), apesar de estarem
sujeitos ao regime geral de previdência.

Portanto, é correto afirmar que esses agentes estão incluídos em uma


terceira categoria de agentes administrativos, com características bastante
peculiares. Como você não precisa se aprofundar no estudo do regime especial
para responder às questões da prova, iremos restringir o nosso estudo ao
regime estatutário, mais precisamente à Lei 8.112/1990.

3. Regime jurídico único

O texto original da Constituição Federal de 1988, em seu art. 39,


estabelecia expressamente que:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão,


no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de
carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias
e das fundações públicas.

Entretanto, a Emenda Constitucional nº. 19, de 04/06/1998, conferiu nova


redação ao artigo 39 da Constituição Federal, eliminando a exigência de
regime jurídico único no âmbito da Administração Pública Direta, autárquica e
fundacional.

Eis o texto do art. 39 da Constituição Federal após a promulgação da


Emenda Constitucional nº 19/1998:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão,


no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira
para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas.

Perceba que o texto constitucional simplesmente deixou de fazer


referência à obrigatoriedade de adoção, pela Administração Pública de regime
jurídico único para os servidores. Assim, uma autarquia poderia contratar, em
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tese, alguns agentes públicos regidos pela Lei 8.112/1990 e outros regidos pelo
regime celetistas (desde que respeitadas algumas condições).

Todavia, em 02 de agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal concedeu


medida cautelar (liminar) na ADI 2.135 suspendendo as alterações efetuadas
no caput do artigo 39 da CF/88, voltando a vigorar então a obrigatoriedade de
adoção de regime jurídico único.

Atualmente, a Administração federal direta, autárquica e fundacional (de


Direito Público) está proibida de contratar agentes pelo regime da CLT, pelo
menos até o julgamento final do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade
2.135.

Foram suspensos também os efeitos da Lei 9.962/00 (criada para


disciplinar o regime celetista no âmbito da Administração), já que não mais se
admite a contratação de empregados públicos no âmbito da Administração
federal direta, autárquica e fundacional. Porém, como os efeitos da decisão do
Supremo Tribunal Federal foram “ex nunc”, todas as contratações efetuadas
durante a vigência da lei foram mantidas até o julgamento final do mérito.

Para responder às questões da CONSULPLAN: A partir de agosto de 2007


voltou a vigorar, pelo menos em caráter provisório, o denominado “regime
jurídico único”. Desse modo, a União, as autarquias e as fundações públicas
federais de direito público estão proibidas de contratar agentes administrativos
pelo regime celetista, já que devem prevalecer os efeitos da medida cautelar
(liminar) proferida pelo STF e que suspendeu a alteração promovida no texto
original do art. 39 da Constituição Federal.

Essa restrição não alcança as empresas públicas e as sociedades


de economia mista, que sempre contrataram e podem continuar
contratando pelo regime celetista, nos termos do artigo 173 da
Constituição Federal de 88.

4. Provimento

4.1. Disposições gerais


O art. 5º da Lei 8.112/90 estabelece expressamente os requisitos
básicos que devem ser atendidos por aqueles que desejam a investidura em um
cargo público, a saber:
a) a nacionalidade brasileira;
b) o gozo dos direitos políticos;
c) a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
d) o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

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e) a idade mínima de dezoito anos;
f) aptidão física e mental.

(QUESTÃO CONSULPLAN/Procurador Câmara de Queimados-RS/2010)


O acesso aos cargos, aos empregos e às funções públicas depende da satisfação
de requisitos legalmente estabelecidos. Correto.

Apesar de a nacionalidade brasileira ser um dos requisitos para a


investidura em cargo público, é importante esclarecer que universidades e
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus
cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, nos termos do §
3º, artigo 5º, da Lei 8.112/90.

Para responder às questões da Consulplan: Todas as questões de prova que


afirmarem que os estrangeiros estão proibidos de ocupar cargos públicos no
Brasil devem ser consideradas incorretas. Apesar de se tratar de exceção, o §
3º, artigo 5º, da Lei 8.112/90, assegura essa possibilidade.

ATENÇÃO: nos termos do art. 12, § 1º, da Constituição Federal, aos


portugueses equiparados a brasileiros naturalizados também é assegurado o
direito de concorrer a cargos e empregos públicos.

4.2. Reserva de vagas aos portadores de deficiência nos concursos


públicos

O § 2º, artigo 5º, da Lei 8.112/90, determina que “às pessoas portadoras
de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de
que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso”.

A obrigatoriedade de reserva de vagas para as pessoas portadoras de


deficiência consta no inciso VIII, artigo 37, da CF/88. Todavia, o texto
constitucional não especifica o percentual que deverá ser reservado, ficando sob
a responsabilidade da lei essa definição.

Perceba que a lei 8.112/1990 não estabeleceu um percentual mínimo de


vagas a serem reservadas, limitando-se a restringir o máximo em 20% (vinte por
cento). Todavia, o Decreto Federal 3.298/99, que regulamenta a Lei nº
7.853/89 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa

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Portadora de Deficiência, estabeleceu, em seu artigo 37, § 1º, o percentual de
5% (cinco por cento).

Pergunta: Professor, existe algum instrumento normativo que defina


quem é o portador de deficiência?

Sim. Essa definição está prevista no artigo 4º do Decreto 3.298/99, que


assim declara:
Art. 4º. É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra
nas seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou
adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções; (Redação dada pelo Decreto
nº 5.296, de 2004)
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um
decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ,
1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de
2004)
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou
menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa
visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do
campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a
ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores; (Redação
dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)
IV - deficiência mental – funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações
associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
V - deficiência múltipla – associação de duas ou mais deficiências.
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Calma ... Você não precisa se preocupar em interpretar os conceitos acima,
pois eles não são cobrados em provas de concursos públicos (rsrs).

(QUESTÃO CONSULPLAN/Advogado Prefeitura de Sertaneja-PR/2010)


A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. Correto.

4.3. Formas de provimento

Provimento nada mais é que o ato administrativo através do qual é


preenchido um cargo público, podendo ser originário ou derivado.

4.3.1. Nomeação

A nomeação é a única forma de provimento originário existente. Pode


ser definida como o ato administrativo pelo qual a Administração Pública dá
ciência ao seu destinatário da necessidade de cumprimento de formalidades
específicas (a exemplo da apresentação da documentação exigida no edital, nos
casos de provimento de cargo efetivo), no prazo de até 30 (trinta) dias, para que
seja formalizada a posse.

A nomeação é considerada originária porque inicia um vínculo entre o


indivíduo e a Administração, seja em caráter efetivo ou em comissão. Na
nomeação em caráter efetivo, o candidato aprovado em concurso público é
comunicado de que terá até 30 (trinta) dias para providenciar a documentação
prevista no edital, formalizando o seu vínculo perante a Administração, que
ocorre mediante a posse.

A nomeação não gera qualquer obrigação para o candidato, mas sim o


direito subjetivo de comparecer à Administração e formalizar o seu vínculo.
Assim, caso o candidato não compareça perante a Administração no prazo de até
30 (trinta) dias para tomar posse, a nomeação tornar-se-á sem efeito, não
produzindo qualquer obrigação ou imposição de penalidade ao candidato.

Apesar de a nomeação para cargo de provimento efetivo exigir prévia


aprovação em concurso público, o mesmo não ocorre em relação às
nomeações para cargos em comissão (também chamados de cargos de
confiança). Nesta última hipótese, tem-se um ato discricionário, que sequer
precisa ser motivado.

A autoridade competente tem a prerrogativa de nomear qualquer


pessoa para provimento de cargo em comissão, servidor ou não.

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Aqui é importante destacar o teor da súmula vinculante nº. 13 do Supremo
Tribunal Federal, que declara expressamente que
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,
ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.”

Apesar de não constar expressamente em seu texto, o Supremo Tribunal


Federal, no julgamento da Reclamação 6650, declarou que a contratação de
parentes para cargos políticos (Ministros, Secretários de Estado e Secretários
municipais) não viola a Constituição Federal, pois são cargos que devem ser
providos por pessoas de extrema confiança da autoridade nomeante.

Nesses termos, o Prefeito de um Município pode nomear sua mãe para


ocupar o cargo de Secretária Municipal da Fazenda, mas não pode nomear a
irmã para ocupar o cargo de Gerente do Posto de Saúde “X”, pois este não é
considerado cargo político e sim um cargo administrativo.

Pergunta: Professor Fabiano, suponhamos que José atualmente ocupe o


cargo efetivo de professor da rede estadual de educação de Minas Gerais e
tenha sido aprovado para o cargo de Técnico Judiciário do Tribunal Superior
Eleitoral. Nesse caso, ocorrerá uma nova nomeação para o cargo de Técnico
Judiciário?

Sim. Apesar de José já ter sido nomeado, assinado o termo de posse e


entrado em exercício no cargo de professor, será novamente nomeado para o
cargo de Técnico Judiciário do TSE, pois está se iniciando um novo vínculo entre
José e a Administração Pública.

Outra pergunta: E se José, titular do cargo de Técnico Judiciário, for


aprovado em concurso público para o cargo de Analista Judiciário, também no
Tribunal Superior Eleitoral? Ocorrerá uma nova nomeação?

Pode ter certeza disso. Perceba que os dois cargos públicos são distintos,
possuindo atribuições diferentes. Apesar de José já possuir um vínculo com o
TSE, iniciará um novo vínculo, com características distintas, a partir do momento
que assinar o termo de posse no cargo de Analista Judiciário.

4.3.1.1. Direito subjetivo à nomeação

Durante muito tempo discutiu-se no âmbito do Poder Judiciário se os


candidatos aprovados em concurso público, dentro do limite de vagas
inicialmente oferecidas no edital, possuíam direito líquido e certo à nomeação
durante a validade do certame.
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Prevalecia o entendimento de que mesmo aprovado dentro do número de
vagas inicialmente disponibilizadas, o candidato somente possuía expectativa
de direito em relação à nomeação, isto é, a Administração Pública não estava
obrigada a realizar a nomeação por se tratar de ato discricionário.

Entretanto, o entendimento doutrinário e jurisprudencial começou a ser


alterado nos últimos anos, conseqüência direta das milhares de ações ajuizadas
no Poder Judiciário e que exigiam a nomeação de candidatos aprovados dentro
do número de vagas oferecidas em concursos públicos.

No julgamento do Recurso Extraordinário nº 598.099/MS (cuja decisão foi


publicada em 03/10/2011), de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, o Supremo
Tribunal Federal pacificou o entendimento sobre o assunto, afirmando que “o
direito à nomeação surge quando se realizam as condições fáticas e jurídicas.
São elas: previsão em edital de número específico de vagas a serem
preenchidas pelos candidatos aprovados no concurso; realização do certame
conforme as regras do edital; homologação do concurso; e proclamação dos
aprovados dentro do número de vagas previstos no edital em ordem de
classificação por ato inequívoco e público da autoridade administrativa
competente”.

Desse modo, prevalece atualmente o entendimento de que se o candidato


foi aprovado em concurso público dentro do número de vagas oferecidas pelo
edital, deverá ser obrigatoriamente nomeado pela respectiva entidade ou
órgão público. Entretanto, compete à Administração Pública decidir o momento
mais conveniente e oportuno para realizar a nomeação, desde que dentro do
prazo de validade do certame.

Nas palavras do Ministro Relator Gilmar Mendes, somente em situações


excepcionalíssimas a Administração Pública estaria desobrigada de realizar a
nomeação de candidato aprovado dentro do número de vagas e desde que
comprovadas as seguintes circunstâncias:

1. Superveniência - eventuais fatos ensejadores de uma situação


excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação de edital do
certame público;

2. Imprevisibilidade - a situação deve ser determinada por


circunstâncias extraordinárias à época da publicação do edital;

3. Gravidade – os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem


ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou
mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital;

4. Crises econômicas de grandes proporções; Guerras; Fenômenos


naturais que causem calamidade pública ou comoção interna;

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5. Necessidade – a administração somente pode adotar tal medida
quando não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação
excepcional e imprevisível.

4.3.2. Posse
Conforme destacado anteriormente, a posse ocorrerá no prazo
improrrogável de até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de
nomeação.
A contagem do prazo se inicia no dia subsequente ao da publicação do
referido ato e é ininterrupta. Assim, se o candidato foi nomeado no dia 05 de
dezembro de 2011, o prazo final para tomar posse é o dia 04 de janeiro de 2012.
Em se tratando de nomeação de alguém que já seja servidor (que fora
aprovado em concurso público para outro cargo) e que se enquadre, na data de
publicação do ato de provimento, em algumas das situações listadas a seguir, o
prazo de 30 dias será contado após o término do impedimento;
1ª) gozo de licença por motivo de doença em pessoa da família;
2º) gozo de licença para o serviço militar ou para capacitação;
3ª) férias;
4ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País;
5ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
6ª) licença:
7ª) gozo de licença à gestante, à adotante e à paternidade;
8ª) licença para tratamento da própria saúde;
9ª) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
10) esteja participando de competição desportiva nacional ou convocação
para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior;
11) esteja em deslocamento para nova sede em virtude de remoção,
redistribuição, requisição ou cessão.

O artigo 13 da Lei 8.112/90 estabelece que “a posse dar-se-á pela


assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os
atos de ofício previstos em lei”.

Para responder às questões da CONSULPLAN: É através da posse que


ocorre a investidura do servidor no cargo público. Fique atento a essa
informação, pois é muito comum você encontrá-la em provas de concursos
públicos, inclusive da Consulplan.

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A posse é o ato pelo qual o candidato, após prévia aprovação em concurso
público, declara formalmente o interesse em estabelecer um vínculo jurídico
com a Administração. Esse mesmo raciocínio se aplica para aqueles que foram
nomeados para cargos em comissão, já que a investidura no cargo também
ocorrerá através da posse.

Para responder às questões de prova, é imprescindível que você tenha


conhecimento das seguintes informações sobre a posse:

1ª) poderá ocorrer mediante procuração específica;

2ª) só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação,


portanto, tratando-se de provimento derivado (aproveitamento,
reversão, promoção, reintegração etc.) não há que se falar em posse;

3ª) no ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores


que constituem seu patrimônio, além de declaração quanto ao exercício, ou
não, de outro cargo, emprego ou função pública;

4ª) a posse dependerá de prévia inspeção médica oficial, portanto, só


poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente
para o exercício do cargo.

4.3.3. Exercício

Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da


função de confiança. No primeiro caso, o agente terá o prazo máximo de 15
(quinze) dias para entrar em exercício. Em relação à função de confiança, o
exercício será imediato, coincidindo com a data de publicação do ato de
designação.

Essa regra somente será excepcionada quando o servidor estiver em


licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a
trinta dias da publicação.

ATENÇÃO: O exercício de função de confiança não exige nomeação


prévia, mas somente uma simples designação. Desse modo, não ocorre uma
nova posse, sendo suficiente que o servidor entre em exercício na nova função.

Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das


atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima
do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimos e
máximos de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.

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Com a assinatura do termo de posse, o agente torna-se servidor.
Todavia, é com o efetivo exercício que se inicia a contagem dos prazos para o
surgimento de direitos relacionados ao tempo de serviço, a exemplo de férias,
estabilidade, algumas licenças etc.

Assim, caso o servidor recém empossado não entre em exercício no prazo


máximo de 15 (quinze) dias, ocorrerá a sua exoneração.

Para responder às questões da CONSULPLAN: Lembre-se sempre de que à


autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou
designado o servidor compete dar-lhe exercício.

O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova
sede.

Exemplo: suponhamos que você, atualmente domiciliado na cidade de


Belo Horizonte/MG, decida tentar o concurso do TSE para o cargo de Analista
Judiciário – área administrativa. Dois anos depois, já tendo sido aprovado,
nomeado, empossado e entrado em exercício, você decide participar do
Concurso Nacional de Remoção para disputar uma remoção para a cidade de
Belo Horizonte/MG. Se você tiver êxito no concurso de remoção, o Tribunal
Superior Eleitoral lhe concederá um prazo, que pode variar entre 10 (dez) e 30
(trinta) dias contados da publicação do ato de remoção, para que você entre em
exercício no TRE/MG.

Trata-se de ato discricionário, portanto, somente diante do caso em


concreto é que o Tribunal Superior Eleitoral (seu órgão de origem) determinará o
prazo que será concedido ao servidor para o respectivo “deslocamento”.

Se você estiver “desesperado” para começar a trabalhar no novo órgão de


destino, a legislação permite que você decline (abra mão) desse prazo e reinicie
as suas atividades no dia seguinte à publicação do ato.

Desconheço alguém que tenha declinado desse prazo (que, em regra, é de


trinta dias na Justiça Eleitoral), mas lembre-se de que é possível ... rrsss

4.3.4. Formas de provimento derivado

Provimento derivado é aquele que pressupõe a existência de um vínculo


anterior entre o servidor e a Administração. No artigo 8º da Lei 8.112/90 estão
arroladas como formas de provimento derivado a promoção, a readaptação, a
reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

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4.3.4.1. Promoção

A promoção pode ser definida como a forma de provimento derivado


pela qual o servidor, ocupante de cargo público em um nível ou classe específica,
é provido em cargo de nível ou classe superior, integrante da mesma
carreira.

A Lei 8.112/90 não define ou conceitua a promoção, apenas declara que “a


promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o
servidor”.

Para que você possa visualizar a organização de um cargo de carreira,


observe a estrutura do seu futuro cargo de Analista da Justiça Eleitoral,
regulamentado pela Lei 11.416/06.

CARGO CLASSE PADRÃO

15

14

C 13

12

11

10

ANALISTA JUDICIÁRIO B 8

A 3

A investidura (posse) no cargo de Analista Judiciário ocorrerá na CLASSE A


– PADRÃO 1, onde o titular do cargo permanecerá por um ano até obter o direito
à progressão para o PADRÃO 2. Isso porque a lei assegura que, a cada doze
meses, o servidor será beneficiado com uma progressão na carreira.

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A primeira promoção do servidor ocupante do cargo de Analista Judiciário
somente irá ocorrer depois de 5 (cinco) anos, oportunidade em que haverá a
mudança da CLASSE A-5 para a CLASSE B-6.

Atenção: O desenvolvimento do servidor em sua carreira dar-se-á através


da promoção e da progressão. Esta última não pode ser considerada uma
forma derivada de provimento, pois é a simples passagem do servidor do padrão
em que se encontra para o imediatamente superior, dentro da mesma classe.

As mudanças de padrão ocorridas dentro da mesma classe são meras


progressões, essenciais para que ocorra a promoção. Entretanto, não podem ser
consideradas formas de provimento.

Pergunta: Professor, qual é a vantagem obtida pelo servidor ao ser


beneficiado com uma progressão ou promoção?

Bem, tire as suas próprias conclusões...

CARGO CLASSE PADRÃO VENCIMENTO

15 6.957,41

14 6.754,77

C 13 6.558,03

12 6.367,02

11 6.181,57

10 5.848,22

9 5.677,88

ANALISTA JUDICIÁRIO B 8 5.512,51

7 5.351,95

6 5.196,07

5 4.915,86

4 4.772,68

A 3 4.633,67

2 4.498,71

1 4.367,68

Calma! Esse não é o único valor que você irá receber no fim do mês. A Lei
11.416/2006 ainda prevê o pagamento de uma GAJ (Gratificação de Atividade
Judiciária) correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do vencimento.

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Desse modo, assim que você entrar em exercício no cargo de Analista
Judiciário estará recebendo o valor de R$ 4.367,68 (CLASSE A-1) + R$ 2.183,84
(GAJ de 50%) = R$ 6.551,52 (sem levar em conta os demais benefícios
previstos legalmente).

Simbora estudar então!!!!!

4.3.4.2. Readaptação

A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, sempre comprovada em inspeção médica.

Trata-se da atribuição de novas responsabilidades compatíveis com a


limitação física ou psíquica sofrida pelo servidor, desde que não se justifique a
licença para tratamento de saúde ou aposentadoria, verificada em inspeção
médica que informará as condições de readaptação: seus termos, prazo e
embasamento legal.

Nos termos do § 2º, artigo 24, da Lei 8.112/1990, a readaptação deverá


respeitar as seguintes condições:

1ª) efetivada em cargo de atribuições afins;

2ª) deverá ser respeitada a habilitação exigida para o exercício do cargo;

3ª) o nível de escolaridade dos cargos deve ser o mesmo; e

4ª) os vencimentos devem ser equivalentes.

Na hipótese de inexistência de cargo vago a fim de que seja realizada a


readaptação, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a
ocorrência de vaga.

Exemplo: Imaginemos um servidor que atualmente exerça as funções de


telefonista em determinado órgão público, mas que, em virtude de uma grave e
rara doença, seja obrigado a reduzir drasticamente o seu volume de fala durante
o dia.

Nesse caso, o servidor não poderá mais continuar exercendo as funções de


telefonista, mas poderá ser readaptado para uma função de digitador, por
exemplo, que não exige a utilização da voz com frequência. Eis a denominada
readaptação.

A readaptação poderá ser revista a qualquer momento, após nova


avaliação pericial, a pedido do servidor ou da autoridade administrativa
competente, quando houver melhora das condições de saúde ou adequação do
local de trabalho às limitações físicas ou psíquicas.
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4.3.4.3. Reversão

A reversão pode ser definida como o retorno à atividade de servidor que


já se encontrava aposentado. A Lei 8.112/90 menciona expressamente duas
modalidades distintas de reversão:
1ª) de ofício, quando, por Junta Médica Oficial, forem declarados
insubsistentes os motivos que ensejaram a aposentadoria do
servidor;
2ª) a pedido do próprio servidor, desde que seja de interesse da
Administração (ato discricionário) e cumpridos os requisitos
estabelecidos expressamente no inciso II do artigo 25 da Lei 8.112/90, a
saber:
a) Tenha solicitado a reversão;
b) A aposentadoria tenha sido voluntária;
c) Tenha adquirido estabilidade quando na atividade;
d) Tenha se inativado voluntariamente nos cinco anos anteriores à
solicitação;
e) Seja certificada a aptidão física e mental do servidor para o exercício das
atribuições inerentes ao cargo;
f) Haja cargo vago.

A reversão a pedido do servidor foi incluída definitivamente em nosso


ordenamento jurídico através da Medida Provisória 2.225-45, de 04 de setembro
de 2001, como consequência da grande quantidade de aposentadorias que
ocorreram no âmbito da Administração Pública no fim da década de 90, fruto das
novas regras constitucionais impostas aos servidores.

Assim, a Administração decidiu criar um instrumento que possibilitasse aos


servidores arrependidos o retorno à ativa, desde que cumpridas as condições
legais.

A reversão dar-se-á no mesmo cargo, classe e nível em que ocorreu


aposentadoria, ou equivalente, no caso de reorganização ou transformação da
estrutura do cargo. Está sujeita à existência de dotação orçamentária e
financeira no respectivo órgão ou entidade.

Para responder as questões da CONSULPLAN: A reversão de ofício, que


ocorre independentemente da vontade do servidor, irá concretizar-se mesmo
que não exista vaga disponível no órgão ou entidade. Nesse caso, o servidor que
estava aposentado em virtude de um problema de saúde irá exercer as suas
funções como excedente até o surgimento de uma vaga.

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Por outro lado, a reversão a pedido do servidor somente poderá ser
deferida pela Administração caso exista vaga no momento da análise do
pedido.

O servidor que reverter à atividade, no interesse da administração,


somente terá nova aposentadoria com os proventos calculados com base nas
regras atuais, se permanecer em atividade por, no mínimo, cinco anos.

4.3.4.4. Reintegração

É a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou


no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada sua demissão
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens
a que teria direito se estivesse trabalhando.

Se o cargo anteriormente ocupado tiver sido extinto, o servidor ficará em


disponibilidade até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo com
atribuições e vencimentos afins.

Por outro lado, encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante,


se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização,
ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

A reintegração somente alcança o servidor estável e está sujeita à


prescrição quinquenal, que será contada da data da publicação do ato impugnado
ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado (artigo
110, inciso I, da Lei 8.112/90).

4.3.4.5. Recondução

É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em


decorrência de

(a) inabilitação em estágio probatório em outro cargo federal;

(b) desistência de exercício em cargo federal no período do estágio


probatório; ou

(c) reintegração do anterior ocupante.

É muito comum você encontrar em provas de concursos públicos questões


sobre a recondução, provavelmente pelas várias espécies e peculiaridades
relativas a esse instituto. Assim, é importante analisar individualmente todas as
suas espécies:

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1ª) Inabilitação em estágio probatório referente a outro cargo
federal: suponhamos que Zé das Couves seja titular do cargo de Analista do
Seguro Social no INSS, gozando de estabilidade. Todavia, como é muito
estudioso, Zé foi aprovado recentemente no concurso público para o cargo de
Analista Judiciário do Tribunal Superior Eleitoral. Nesse caso, como Zé já era
servidor público federal e foi aprovado para exercício em outro cargo público
também integrante da estrutura federal, poderá solicitar vacância (deixar o
cargo sem ocupante) em seu cargo no INSS para submeter-se ao estágio
probatório no TSE.
Ao término do estágio probatório, caso seja reprovado, Zé não precisará
entrar em desespero, pois será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado
no INSS.

2ª) Desistência de exercício do outro cargo federal no período do


estágio probatório: eis uma situação muito parecida com a anterior, mas aqui
o próprio servidor (Zé das Couves) desistiu de continuar exercendo as suas
funções no TSE, tendo trabalhado apenas 06 (seis) meses no órgão, por
exemplo. Assim, da mesma forma que acontece na reprovação em estágio
probatório, Zé será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado no INSS.

3ª) Reintegração do anterior ocupante do cargo: nesse caso, o


servidor público estável está exercendo as suas funções em um cargo que era
ocupado por servidor que fora demitido. Desse modo, caso o servidor demitido
consiga a invalidação da demissão no âmbito administrativo ou judicial, ocorrerá
a denominada reintegração, e o atual ocupante do cargo público será
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, sem direito a qualquer
indenização.

Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor estável em


processo de recondução será aproveitado em outro, desde que possua
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

4.3.4.6. Aproveitamento

É o retorno à atividade de servidor que estava em disponibilidade para


provimento em cargo com vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado, desde que exista vaga no órgão ou entidade administrativa.

A disponibilidade é um instituto que permite ao servidor estável, que teve


o seu cargo extinto ou declarado desnecessário, permanecer sem trabalhar,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, à espera de um
eventual aproveitamento.

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O texto constitucional prevê ainda uma outra hipótese de disponibilidade,
que ocorre em virtude da reintegração de servidor demitido injusta e
ilegalmente de seu cargo. Nesses termos, ocorrendo a reintegração do anterior
ocupante do cargo, o atual ocupante, se estável, caso não possa ser
reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente (o cargo está/será colocado
em disponibilidade até posterior aproveitamento (CF/88, art. 41, § 2º).

O servidor em disponibilidade contribuirá para o regime próprio de


previdência do serviço público federal e o tempo de contribuição, correspondente
ao período em que permanecer em disponibilidade, será contado para efeito de
aposentadoria e nova disponibilidade.

O prazo para o servidor aproveitado entrar em exercício em outra sede


é de, no mínimo, 10 dias, e, no máximo, 30 dias, contados a partir da data de
publicação do ato de aproveitamento, incluindo, nesse período, o tempo
necessário para o deslocamento para a nova sede.

Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o


servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
Junta Médica oficial.

Quando do aproveitamento resultar mudança de sede, o servidor, seu


cônjuge ou companheiro, seus filhos ou enteados que vivam em sua companhia
e os menores sob sua guarda com autorização judicial, se estudantes, têm
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula
em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.

Nos casos em que a mudança de sede obrigar o servidor a mudar de


domicílio em caráter permanente, ser-lhe-á devida ajuda de custo para
compensar as despesas de instalação, vedado o duplo pagamento de
indenização, no caso do cônjuge ou companheiro que detenha a condição de
servidor.

4.4. Estágio probatório

Depois de ter sido nomeado para ocupar cargo público de provimento


efetivo, o candidato aprovado em concurso público irá tomar posse e entrar em
exercício. Na sequência, o agora servidor será submetido ao famoso estágio
probatório.

O estágio probatório pode ser definido como um processo de avaliação de


desempenho de servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, seja em
relação à sua aptidão e capacidade para exercício do cargo ocupado, seja em
relação ao seu relacionamento profissional com os demais servidores.

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A avaliação do Estágio Probatório ocorrerá durante o interstício de trinta e
seis meses (esse é o entendimento que deve prevalecer para a prova da
CONSULPLAN), período no qual a sua aptidão e capacidade serão objetos de
avaliações periódicas, observando-se os seguintes fatores:

a) Assiduidade: avalia-se a frequência diária ao trabalho;

b) Disciplina: avalia-se o comportamento do servidor quanto aos


aspectos de observância aos regulamentos e à orientação da chefia;

c) Capacidade de iniciativa: avalia-se a capacidade do servidor em


tomar providências por conta própria dentro de sua competência;

d) Produtividade: avalia-se o rendimento compatível com as condições


de trabalho produzido pelo servidor e o atendimento aos prazos estabelecidos;

e) Responsabilidade: avalia-se como o servidor assume as tarefas que


lhe são propostas, dentro dos prazos e das condições estabelecidas, a conduta
moral e a ética profissional.

Nos termos da Lei 8.112/90, quatro meses antes de findo o período do


estágio probatório, o resultado da avaliação do desempenho do servidor,
realizada por comissão constituída para essa finalidade, deve ser
submetido à homologação da autoridade competente.

ATENÇÃO: Certamente, um dos pontos mais “nebulosos” da Lei


8.112/1990 refere-se ao prazo do estágio probatório, que tem sido alvo de
frequentes debates e decisões judiciais conflitantes. Para tentar explicar um
pouco mais as controvérsias que envolvem o prazo do estágio probatório,
apresentarei um breve resumo sobre o tema.

Primeiramente, é importante esclarecer que o texto originário da


Constituição Federal de 1988, em seu artigo 41, estabelecia que a estabilidade
era adquirida após dois anos de efetivo exercício.

Apesar de o artigo 41 da CF/88 estabelecer originariamente o prazo de 02


(dois) anos para a aquisição da estabilidade, destaca-se que, em nenhum
momento, o texto constitucional fez qualquer referência sobre a necessidade de
aprovação em estágio probatório, instituto que ainda não era adotado
eficientemente no âmbito da Administração Pública brasileira.

Somente em 11 de dezembro de 1990, com a publicação da Lei 8.112, o


estágio probatório ganhou destaque no âmbito da Administração Pública Federal
e passou a ser obrigatório.

O artigo 20 da Lei 8.112/90 estabelece expressamente que, “ao entrar em


exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a

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sua aptidão e a sua capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do
cargo”.

Confrontando-se o artigo 20 da Lei 8.112/90 com o texto original do


artigo 41 da CF/88, era possível concluir que o prazo do estágio probatório
correspondia ao mesmo prazo necessário para a aquisição da estabilidade: que
era de 02 anos.

Todavia, em 1998 foi promulgada a Emenda Constitucional nº19, que


efetuou uma alteração no texto do artigo 41 da CF/88, estabelecendo que, a
partir de então, o prazo necessário para a aquisição da estabilidade seria de 03
(três) anos de efetivo exercício.

No § 4º do mesmo artigo 41 da CF/88, a Emenda Constitucional


estabeleceu ainda que, “como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para
essa finalidade”.

Observe-se que apesar de estabelecer a necessidade de submissão do


servidor a uma avaliação especial de desempenho (estágio probatório), a
Emenda Constitucional nº. 19 não estabeleceu o prazo de duração dessa
avaliação, deixando essa definição a cargo do legislador.

Realizando uma interpretação sistemática das regras previstas no artigo


41 da CF/88, muitos doutrinadores passaram a defender a idéia de que o prazo
da avaliação especial de desempenho (estágio probatório) deveria ser o mesmo
prazo necessário para a aquisição da estabilidade, isto é, 03 (três) anos.
Muitos juristas passaram a afirmar que o artigo 20 da Lei 8.112/90 teria sido
revogado tacitamente, já que o seu conteúdo era contrário ao texto
constitucional.

Entretanto, uma outra corrente passou a defender a idéia de que a


Constituição Federal não havia se referido ao prazo de duração do estágio
probatório. Assim, caberia à lei defini-lo expressamente.

Nesses termos, passou-se a defender que o artigo 20 da Lei 8.112/90 não


teria sido revogado tacitamente, permanecendo então o prazo de 24 (vinte e
quatro) meses, na esfera federal, para o estágio probatório.

Como se não bastasse toda essa discussão, a Advocacia Geral da União,


através do Parecer nº. AGU/MC-01/2004, estabeleceu que, no âmbito do
Poder Executivo Federal, o prazo do estágio probatório deveria ser de 03
(três) anos, vejamos:
[...] 14. Ao estender a aquisição da estabilidade para três anos, a lei
constitucional certamente pretendeu do mesmo modo dilatar o período de prova
(estágio probatório) e as eventuais decorrências sempre objetadas (falta de lei e
aumento da restrição sem autorização legal, v.g. no Parecer AGU/MP 04/02) não
ficam ao desabrigo de bom fundamento jurídico justo porque, se há conexão
sistemática entre estabilidade e provação, as exigências legais desta
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subordinam-se logicamente (e com autorização constitucional sistemática) ao
regime de aquisição da estabilidade.
15. Resumindo, a alteração do prazo de aquisição da estabilidade no serviço
público, de dois para três anos (art. 41, Constituição Federal com redação da
Emenda Constitucional nº. 19, de 1998) importa na dilatação do período de prova
(estágio probatório) ou confirmação também para três anos, constatação que de
resto se confirma pela interpretação dos demais preceitos do § 1º do art. 41 da
Constituição Federal que referem avaliação periódica e especial para aquisição da
estabilidade, requisitos que são também exigências do estágio consoante o art.
20 da Lei nº. 8.112, de 1990, e art. 22 da Lei Complementar nº. 73, de 1993.
16. Ante o exposto, penso que se deve reconhecer a exata legalidade da Portaria
nº. 342/AGU, de 07 de julho de 2003, e firmar o entendimento, válido para toda
a Administração Pública Federal Direta, de que o estágio probatório ou
confirmatório do art. 20 da Lei nº. 8.112, de 1990, por força da superveniência da
nova redação do art. 41 da Constituição Federal, passou a 03 anos desde 5 de
junho de 1998 (data da Emenda Constitucional nº. 19, de 1998).

É importante esclarecer que os pareceres da Advocacia-Geral da União,


submetidos à aprovação do Presidente da República, possuem força
vinculante e obrigatória no âmbito de todo o Poder Executivo Federal, nos
termos da Lei Complementar 73/93.

Apesar de o Poder Executivo Federal ter adotado, após o Parecer nº.


AGU/MC-01/2004, o prazo do estágio probatório de 03 (três) anos, vários
órgãos do Poder Legislativo e Judiciário continuaram adotando o prazo de 02
(dois) anos.

Assim, se você fosse aprovado em um concurso público para o Ministério


da Fazenda, por exemplo, seria submetido a um estágio probatório pelo período
de 03 (três) anos. Entretanto, caso fosse aprovado em um concurso público
para o cargo de Analista Judiciário do Tribunal Regional Federal, o prazo do
estágio probatório seria de 02 (dois) anos.

Absurdo, né? Acontece que a confusão ficou ainda maior quando o Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento do Mandado de Segurança 9373/DF, de
relatoria da Ministra Laurita Vaz, decidiu que estágio probatório e estabilidade
são institutos diferentes. Desse modo, o prazo do estágio probatório na esfera
federal deveria ser aquele previsto no artigo 20 da Lei 8.112/90, isto é, 02
(dois) anos.
"MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES PÚBLICOS. ESTÁGIO
PROBATÓRIO. ART. 20 DA LEI Nº. 8.112/90. ESTABILIDADE.
INSTITUTOS DISTINTOS. ORDEM CONCEDIDA.
1. Durante o período de 24 (vinte e quatro) meses do estágio probatório, o
servidor será observado pela Administração com a finalidade de apurar sua
aptidão para o exercício de um cargo determinado, mediante a verificação de
específicos requisitos legais.2. A estabilidade é o direito de permanência no
serviço público outorgado ao servidor que tenha transposto o estágio probatório.

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Ao término de três anos de efetivo exercício, o servidor será avaliado por uma
comissão especial constituída para esta finalidade.
3. O prazo de aquisição de estabilidade no serviço público não resta vinculado ao
prazo de estágio probatório. Os institutos são distintos. Interpretação dos arts.
41, § 4º da Constituição Federal e 20 da Lei nº. 8.112/90.
4. Ordem concedida. (MS 9373/DF, Ministra LAURITA VAZ, STJ, S3 -
TERCEIRA SEÇÃO, 25/08/2004)"

Mesmo com a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, o Poder


Executivo Federal continuou submetendo os seus servidores ao estágio
probatório de 03 (três) anos, sempre com fundamento no Parecer
AGU/MC-01/2004.

Em 14 de maio de 2008, com o objetivo de sanar de uma vez por todas


essa confusão, o Presidente da República editou a Medida Provisória 441/08,
que, além de disciplinar sobre diversas matérias, alterou o prazo do estágio
probatório, previsto no artigo 20 da Lei 8.112/90, para 03 (três) anos.

Agora parecia que tudo estava resolvido, pois o próprio texto da lei
8.112/90 havia sido alterado para 03 (três) anos, não restando, portanto,
qualquer discussão.

Acontece que, por incrível que pareça, o Congresso Nacional, ao analisar o


texto da Medida Provisória 441/08, rejeitou o artigo que alterava o prazo do
estágio probatório para 03 (três) anos.

Como consequência, a discussão voltou para a “estaca zero” e o


posicionamento majoritário era o de que deveria prevalecer então o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, que fixava o estágio
probatório em 02 (dois) anos, nos termos do artigo 20 da Lei 8.112/90.

Entretanto, apesar de tudo o que foi dito, o Superior Tribunal de Justiça,


em decisão proferida em 25 de abril de 2009, mudou o seu entendimento
anterior, passando a afirmar que o prazo do estágio probatório deve ser o mesmo
prazo necessário para a aquisição da estabilidade: 03 (três) anos.

MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ESTABILIDADE.


ART. 41 DA CF. EC Nº. 19/98. PRAZO. ALTERAÇÃO. ESTÁGIO
PROBATÓRIO. OBSERVÂNCIA.
I - Estágio probatório é o período compreendido entre a nomeação e a aquisição
de estabilidade no serviço público, no qual são avaliadas a aptidão, a eficiência e
a capacidade do servidor para o efetivo exercício do cargo respectivo.
II – Com efeito, o prazo do estágio probatório dos servidores públicos deve
observar a alteração promovida pela Emenda Constitucional nº. 19/98 no art. 41
da Constituição Federal, no tocante ao aumento do lapso temporal para a

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aquisição da estabilidade no serviço público para 03 (três) anos, visto que, apesar
de institutos jurídicos distintos, encontram-se pragmaticamente ligados.
III - Destaque para a redação do artigo 28 da Emenda Constitucional nº. 19/98,
que vem a confirmar o raciocínio de que a alteração do prazo para a aquisição da
estabilidade repercutiu no prazo do estágio probatório, senão seria de todo
desnecessária a menção aos atuais servidores em estágio probatório; bastaria,
então, que se determinasse a aplicação do prazo de 03 (três) anos aos novos
servidores, sem qualquer explicitação, caso não houvesse conexão entre os
institutos da estabilidade e do estágio probatório.
PROCURADOR FEDERAL. PROMOÇÃO E PROGRESSÃO NA CARREIRA. PORTARIA
PGF 468/2005. REQUISITO. CONCLUSÃO. ESTÁGIO PROBATÓRIO. DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. INEXISTÊNCIA.
IV – Desatendido o requisito temporal de conclusão do estágio probatório, eis que
não verificado o interstício de 03 (três) anos de efetivo exercício da impetrante no
cargo de Procurador Federal, inexiste direito líquido e certo de figurar nas listas de
promoção e progressão funcional, regulamentadas pela Portaria PGF nº.
468/2005. (MANDADO DE SEGURANÇA Nº. 12.523 – DF -
2006/0284250-6 / RELATOR: MINISTRO FELIX FISCHER)

Parece até piada, né?!

Para responder às questões da CONSULPLAN: Depois de toda essa


confusão, podemos concluir que o prazo do estágio probatório no âmbito do
Tribunal Superior Eleitoral é de 3 (três) anos.

Independentemente do prazo do estágio probatório, certo é que o servidor


que não demonstrar aproveitamento suficiente e satisfatório no exercício das
atribuições do cargo deverá ser exonerado, consequência do princípio
constitucional da eficiência.
A exoneração não poderá ocorrer de forma automática, pois deverá ser
assegurado ao servidor o direito constitucional do contraditório e da ampla
defesa, através da instauração de um processo administrativo.

Essa necessidade, inclusive, já foi sumulada pelo Supremo Tribunal


Federal:

Súmula 20 - É necessário processo administrativo com ampla defesa,


para demissão de funcionário admitido por concurso.

Súmula 21 - Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado


nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de
sua capacidade.

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Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento na entidade ou órgão a que pertencer. Contudo, somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de natureza
especial, cargos de provimento em comissão do grupo-direção e assessoramento
superiores (DAS) de níveis 6, 5 e 4 (ou equivalentes).
O estágio probatório ficará suspenso nas situações abaixo, sendo retomado
a partir do término dos impedimentos:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família;
b) licença por motivo de afastamento do cônjuge, por prazo indeterminado
e sem remuneração;
c) licença para atividade política;
d) afastamento para missão no exterior para servir em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, com a perda
total da remuneração.

Pergunta: Professor, durante o estágio probatório, o servidor poderá


gozar de alguma licença ou afastamento?
Sim. As licenças e afastamentos relacionados abaixo poderão ser gozados
mesmos durante o período do estágio probatório:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família;
b) licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
c) licença para o serviço militar;
d) licença para atividade política;
e) afastamento para o exercício de mandato eletivo;
f) afastamento para estudo ou missão no exterior.
g) afastamento para participar de curso de formação decorrente de
aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

4.5. Estabilidade

A estabilidade pode ser entendida como a garantia de permanência no


serviço público do servidor aprovado em concurso público e nomeado para o
exercício de cargo de provimento efetivo.

A estabilidade tem por objetivo proteger o servidor contra perseguições


políticas, pressões externas ou quaisquer condutas que possam influenciar
negativamente em sua imparcialidade e no exercício das funções.

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Nos termos do artigo 41 da CF/88 “são estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público”.

Para responder às questões da CONSULPLAN: Para a aquisição da


estabilidade serão necessários 03 (três) anos de efetivo exercício. Assim,
deverão ser excluídas da contagem do tempo eventuais licenças ou
afastamentos que não sejam consideradas de efetivo exercício pelo artigo 102 da
Lei 8.112/90.

Não basta aguardar o simples transcurso do tempo de 03 (três) anos para


que seja adquirida a estabilidade, pois será necessária ainda a aprovação em
avaliação especial de desempenho, realizada por comissão instituída
especificamente com essa finalidade.

(CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Laranjeiras/2005) É estável o


servidor após nomeação em virtude de concurso público e após 3 (três) anos de
efetivo exercício.

Após ter alcançado a estabilidade, o servidor somente estará sujeito à


perda do cargo público nas seguintes hipóteses:
1ª) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2ª) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
3ª) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
4ª) Em virtude de excesso de despesa com pessoal, conforme previsão
do artigo 169 da CF/88.

Em relação à última hipótese citada, é importante destacar que se a União,


não estiver cumprindo os limites de gastos estabelecidos no artigo 169 da CF/88,
por exemplo, poderá adotar as seguintes providências:
1ª) Redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança; e
2ª) Exoneração dos servidores não estáveis.

Se as medidas acima não forem suficientes para assegurar o cumprimento


do limite de gastos previsto em lei complementar, o servidor estável poderá
perder o cargo, desde que o ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal.

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O servidor que perder o cargo fará jus à indenização correspondente a um
mês de remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

Pergunta: Professor, a escolha dos servidores públicos que serão


exonerados em virtude de excesso de despesa com pessoal fica sob a
responsabilidade, discricionária, do administrador competente?
Não. Nos termos da Lei 9.801/99, deverá ser adotado um critério geral
impessoal para a identificação dos servidores estáveis a serem exonerados.
Ademais, afirma o § 2º do artigo 2º da mesma lei que o critério geral para
identificação impessoal será escolhido entre:
a) Menor tempo de serviço público;
b) Maior remuneração;
c) Menor idade.

É importante destacar que o critério geral eleito poderá ser combinado


com o critério complementar do menor número de dependentes para fins de
formação de uma listagem de classificação.

4.6. Hipóteses de vacância


A vacância pode ser entendida como o acontecimento pelo qual o servidor
deixa o cargo público vago, possibilitando o seu provimento por outra pessoa.
O artigo 33 da Lei 8.112/90 apresenta um rol de hipóteses que podem
ensejar a vacância do cargo público, a saber:
a) exoneração;
b) demissão;
c) promoção;
d) readaptação;
e) aposentadoria;
f) posse em outro cargo inacumulável;
g) falecimento.

ATENÇÃO: Não confunda exoneração com demissão, pois são institutos


diferentes e que produzem efeitos diversos. Entende-se por demissão o ato
administrativo que determina a quebra do vínculo entre o Poder Público e o
servidor, tendo caráter de penalidade em razão do cometimento de alguma
infração funcional grave.

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A exoneração também rompe o vínculo entre a Administração e o servidor,
mas não possui caráter punitivo, podendo ocorrer a pedido do servidor ou de
ofício (ex officio), por iniciativa da Administração (como acontece, por
exemplo, quando o servidor é reprovado no estágio probatório).

A exoneração ex offício tem como fundamento a falta de interesse


público, manifestado pela Administração, em continuar com o servidor em seus
quadros. Isso fica claro, por exemplo, na dispensa do servidor proveniente da
necessidade de adequação aos limites orçamentários determinados em lei
(artigo 169, CF/88).

Nesse caso, o servidor não está sendo punido pela prática de alguma
irregularidade ou infração funcional. Está sendo dispensado simplesmente para
permitir que a Administração cumpra os limites de gastos com pessoal, nos
termos do artigo 169 da CF/88.

Outra informação importante e que deve ser destacada é o fato de que


existem algumas hipóteses de vacância que, ao mesmo tempo, também
caracterizam forma de provimento, a exemplo do que ocorre na promoção,
readaptação e na posse em outro cargo inacumulável.

Quando um servidor é readaptado para outro cargo com atribuições e


vencimentos afins, por exemplo, ocorrerá o provimento no cargo de destino. Por
outro lado, o cargo de origem ficará vago (vacância), possibilitando à
Administração que realize o seu provimento.

5. Remoção e redistribuição

Inicialmente, é importante que você saiba que a remoção e a redistribuição


não são formas de provimento de cargos públicos. Essa informação é
essencial porque as bancas examinadoras adoram fazer afirmações de que
ambas seriam formas de provimento derivado.

Cada um desses institutos possui características próprias e, com destaque


para a remoção, são muito cobrados em provas de concursos.

5.1. Remoção

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (artigo 36).

Ocorrerá a remoção quando um servidor do INSS, por exemplo, é


deslocado da cidade de Belo Horizonte/MG, para a cidade de Paraopebas, no
Estado do Pará. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas
funções no âmbito do quadro do INSS, porém, em outra cidade.

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A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de sede.
Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de uma
unidade localizada no bairro “X”, para outra unidade localizada no bairro “Y”,
dentro da mesma cidade.

A remoção de ofício (“ex officio”) não exige prévia concordância do


servidor, pois ocorrerá no exclusivo interesse da Administração. Assim, caso a
Administração entenda que o interesse público justifique a remoção de servidor
para outra localidade, poderá fazê-lo.

A fim de evitar perseguições políticas e garantir o respeito ao princípio da


impessoalidade, é imprescindível que o ato administrativo de remoção “ex
officio” seja motivado, pois, somente assim, será possível combater qualquer
possibilidade de desvio de poder da autoridade responsável pela edição do ato.
Existem duas espécies de remoção a pedido.
Na primeira, a Administração irá analisar o pedido do servidor e,
discricionariamente, decidirá com fundamento no interesse público. Assim, se
for conveniente e oportuno, concederá a remoção. Caso contrário,
simplesmente irá indeferir o pedido.
Por outro lado, existem situações que podem obrigar a Administração a
deferir o pedido de remoção do servidor, configurando-se como ato vinculado.
Essas hipóteses estão previstas no inciso III, artigo 36, da Lei 8.112/90, a saber:
a) Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público
civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com
normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam
lotados.

Para responder às questões da CONSULPLAN: Muito cuidado para não


confundir remoção e transferência. A primeira não é considerada forma de
provimento, ao contrário do que ocorria em relação à segunda, que estava
prevista expressamente no inciso IV, artigo 8º, da Lei 8.112/90, entre as várias
formas de provimento derivado previstas no Estatuto Federal.

O artigo 23 da Lei 8.112/90, posteriormente revogado pela Lei


9.527/97, definia a transferência como “a passagem do servidor estável de
cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a quadro de
pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder”.

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Mesmo antes de ser revogada pela Lei 9.527/97, a transferência já havia
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Portanto,
caso encontre alguma referência à expressão “transferência” (como forma de
deslocamento do servidor) em questões sobre a Lei 8.112/90, lembre-se de que
esse instituto não mais existe.

5.2. Redistribuição
O artigo 37 da Lei 8.112/90 define a redistribuição como o deslocamento
de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema Integrado de Pessoal Civil da
União).
A redistribuição tem por objetivo ajustar a lotação e a força de trabalho às
reais necessidades da Administração, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade.
Na redistribuição, ocorre o deslocamento do cargo, e não do servidor,
como ocorre na remoção. Entretanto, caso o cargo esteja provido, o servidor é
deslocado juntamente com esse.
A redistribuição sempre ocorrerá de ofício (ex officio), observando-se os
seguintes preceitos:
a) Interesse da administração;
b) Equivalência de vencimentos;
c) Manutenção da essência das atribuições do cargo;
d) Vinculação entre os graus de responsabilidade e de complexidade das
atividades;
e) Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
f) Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.

Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o


cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável que não for
redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu adequado
aproveitamento.

Entretanto, caso não seja colocado em disponibilidade, poderá ser mantido


sob responsabilidade do órgão central do SIPEC e ter exercício provisório em
outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

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6. Da substituição

Os servidores investidos em cargo ou função de confiança e os ocupantes


de cargo de Natureza Especial (a exemplo do cargo de Assessor na Câmara dos
Deputados) terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de
omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou
entidade.

O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do


cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de
Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares
do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela
remuneração de um deles durante o respectivo período.

Nos termos do art. 38, § 2º, da Lei 8.112/1990, o substituto fará jus à
retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de
Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias
de efetiva substituição, que excederem o referido período.

Penso que a CONSULPLAN não irá se aprofundar nesse tema, que ainda é
bastante controvertido na Administração Pública Federal. Todavia, em respeito
ao “princípio da precaução”, é importante que você saiba que no âmbito da
Justiça Eleitoral tem vigorado o mesmo entendimento manifestado pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão através do Ofício Circular nº
01/SRH/MP, expedido em 28/01/2005, que assim se manifestou:

O servidor no exercício da substituição acumula as atribuições do cargo que


ocupa com as do cargo para o qual foi designado nos primeiros 30 dias ou
período inferior, fazendo jus à opção pela remuneração de um ou de outro
cargo desde o primeiro dia de efetiva substituição. Transcorridos os
primeiros 30 dias, o substituto deixa de acumular as funções, passando a
exercer somente as atribuições inerentes às do cargo substituído
percebendo a remuneração correspondente.

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RESUMO DE VÉSPERA DE PROVA

1. Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público, seja ele


de provimento efetivo ou em comissão.

2. É possível a prestação de serviços gratuitos, desde que exista


previsão legal.

3. Os portugueses equiparados aos brasileiros naturalizados também


podem ocupar cargos públicos no Brasil.

4. Os requisitos básicos para investidura em cargo público somente


devem ser comprovados no ato da posse.

5. Atualmente, voltou a vigorar a obrigatoriedade de adoção de regime


jurídico único para os servidores da Administração Pública brasileira.

6. Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia


mista sempre são regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas –
CLT.

7. O percentual de reserva de vagas para os portadores de deficiência


nos concursos públicos federais é de até 20% (vinte por cento).

8. A nomeação é a única forma de provimento originário existente.


Todas as demais formas de provimento são consideradas derivadas.

9. O provimento em cargos de confiança (também chamados de cargos


em comissão) não exige prévia aprovação em concurso público.

10. O candidato aprovado dentro do número de vagas oferecidas pelo


concurso público deve ser obrigatoriamente nomeado pela
Administração Pública durante o prazo de validade do certame.
11. A posse ocorrerá no prazo improrrogável de até 30 (trinta) dias
contados da publicação do ato de nomeação.
12. É através da posse que ocorre a investidura do servidor no cargo
público

13. Depois de tomar posse no cargo público efetivo, o servidor terá o


prazo de até 15 dias para entrar em exercício (começar a trabalhar).

14. Não existe posse nos atos derivados de provimento, a exemplo da


promoção, readaptação, reintegração etc.

15. A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental, sempre comprovada em inspeção
médica.

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16. A reversão pode ser definida como o retorno à atividade de servidor
que já se encontrava aposentado, podendo ocorrer de ofício ou a
pedido.

17. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo


anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se
estivesse trabalhando.

18. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório em outro
cargo federal; desistência de exercício em cargo federal no período do
estágio probatório; ou reintegração do anterior ocupante.

19. Aproveitamento é o retorno à atividade de servidor que estava em


disponibilidade para provimento em cargo com vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado, desde que exista vaga no
órgão ou entidade administrativa.

20. No âmbito federal, o prazo do estágio probatório é de 36 meses (ou


três anos), isto é, o mesmo prazo necessário para que o servidor
adquira a estabilidade.

21. Durante o período do estágio probatório, o servidor poderá gozar de


várias espécies de licenças e afastamentos previstos na Lei
8.112/1990.

22. A exoneração (simples desligamento do servidor dos quadros da


Administração) não pode ser confundida com a demissão (esta possui
caráter punitivo).

23. Remoção e redistribuição não são formas de provimento de cargos


públicos.

24. O servidor que é designado para substituir ocupante de cargo ou


função de confiança tem direito ao recebimento da remuneração
correspondente, ainda que por prazo inferior a 30 (trinta) dias.

25. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

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QUESTÕES COMENTADAS
01. (Procurador de 2ª Classe / Município de Salvador 2006/FCC) De
acordo com a doutrina, agente público é toda a pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta,
(A) incluindo-se os servidores públicos, estatutários e celetistas, bem
como os agentes políticos, estes desde que investidos mediante
nomeação e não detentores de mandato eletivo.
(B) inclusive os particulares que atuam em colaboração com o poder
público, mediante delegação, requisição, nomeação ou designação.
(C) não se incluindo na categoria os agentes políticos, detentores de
mandato eletivo.
(D) não se incluindo na categoria os militares.
(E) somente incluindo-se na categoria aqueles que possuem vínculo
estatutário ou celetista com a Administração.

Comentários

A expressão “agente público” é utilizada pela doutrina em sentido muito


amplo, abrangendo toda e qualquer pessoa física que exerce, em caráter
permanente ou temporário, remunerada ou gratuitamente, sob qualquer forma
de investidura ou vínculo, função pública em nome do Estado. Alcança todas
as pessoas físicas que, de qualquer modo, estão vinculadas ao Estado. Isso
inclui desde os mais importantes agentes, como o Presidente da República,
Senador ou Deputado Federal (detentores de mandatos eletivos), os militares, e
até mesmo aqueles que somente em caráter eventual exercem funções públicas,
como é o caso dos mesários eleitorais.

Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal


ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções (Legislativo,
Executivo ou Judiciário), para que seja denominado “agente público” é suficiente
que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado.

GABARITO: LETRA B.

02. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Quanto à nomeação é


INCORRETO afirmar que
(A) se dará em comissão, salvo na condição de interino, para cargos de
confiança ou efetivos, ainda que não vagos.
(B) far-se-á em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
provimento efetivo ou de carreira.

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(C) para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos.
(D) o servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa.
(E) os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do
servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei
que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
Federal e seus regulamentos.
Comentários

(A) A nomeação, forma originária de provimento, far-se-á em caráter


efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira,
ou, ainda, em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de
confiança vagos. Assertiva incorreta.

Para responder às questões da CONSULPLAN, lembre-se de que os cargos


em comissão também são denominados de cargos de confiança, não sendo
exigida a realização de concurso público para o respectivo provimento.

(B) O texto da assertiva deve ser considerado correto, pois está em


conformidade com o teor da Lei 8.112/90. Cargo de carreira é aquele que se
escalona em várias classes e níveis, permitindo ao seu titular usufruir de
progressões e promoções durante a sua vida funcional. Por outro lado, cargo
isolado é aquele que não se divide em níveis e classes, sendo estático em razão
da natureza de suas atribuições.

(C) O inc. II do art. 37 da CF/88 é expresso ao afirmar que “a investidura


em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração”. Assertiva correta.

(D) O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial


realmente poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente
(provisoriamente), em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do
que atualmente ocupa. Nesse caso, deverá optar pela remuneração de apenas
um deles durante o período da interinidade. Assertiva correta.

(E) O texto da assertiva deve ser considerado correto, pois não é a Lei
8.112/90 que irá estabelecer os critérios de promoção e progressão em relação
às várias carreiras existentes no âmbito da Administração Pública Federal. A
título de exemplo, destaca-se que para disciplinar a carreira dos Auditores Fiscais
da Receita Federal do Brasil foi criada a Lei 10.593/02, enquanto que para
disciplinar a carreira dos Policiais Rodoviários Federais foi criada a Lei 9.654/98.
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GABARITO: LETRA A.

03. (Especialista em Políticas Públicas/Estado de SP 2009/FCC) Em


conformidade com a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal
ao caput do artigo 39 da Constituição Federal, o regime jurídico dos
servidores públicos:
(A) deve ser único para os servidores da Administração Direta, das
Autarquias e das Fundações Públicas.
(B) pode ser estendido, por lei, aos empregados de sociedades de
economia mista que exploram atividade econômica em regime de
concorrência com a iniciativa privada.
(C) deve ser o mesmo para servidores de Fundações Públicas, sejam de
Direito Público ou de Direito Privado.
(D) pode ser celetista para os servidores das Autarquias e Fundações
Públicas e deve ser estatutário, para os servidores da Administração
direta.
(E) deve ser adotado para empregados de empresas públicas que
desenvolvem atividade econômica em regime de monopólio.
Comentários

A Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998, ao conferir nova redação


ao artigo 39 da Constituição Federal, havia eliminado a exigência de regime
jurídico único no âmbito da administração pública direta, autárquica e
fundacional. Como conseqüência, foi publicada a Lei Federal nº 9.962/00, com o
objetivo de disciplinar o regime de emprego público do pessoal da
Administração federal direta, autárquica e fundacional de Direito Público.

Com o advento da citada lei, a Administração Direta federal, bem como


suas autarquias e respectivas fundações públicas de Direito Público foram
autorizadas a selecionar agentes administrativos pelo regime estatutário ou
pelo regime celetista. Todavia, em 02 de agosto de 2007, o Supremo Tribunal
Federal concedeu medida cautelar na ADI 2.135 suspendendo as alterações
efetuadas no caput do artigo 39 da CF/88, voltando a vigorar, então, a
obrigatoriedade de adoção de regime jurídico único.

Nesses termos, atualmente a Administração federal direta, autárquica e


fundacional está proibida de contratar agentes pelo regime da CLT, pelo menos
até o julgamento final do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.135.

Foram suspensos também os efeitos da Lei 9.962/00, já que não mais se


admite a contratação de empregados públicos no âmbito da Administração
federal direta, autárquica e fundacional. Porém, como os efeitos da decisão do
Supremo Tribunal Federal foram “ex nunc”, todas as contratações celetistas
efetuadas durante a vigência da lei foram mantidas até o julgamento final do
mérito.
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Desse modo, para responder às questões da CONSULPLAN sobre o tema,
lembre-se de que atualmente voltou a vigorar o regime jurídico único para os
servidores da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas de
direito público. As empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações públicas de direito privado continuam contratando seus empregados
pelo regime celetista, já que são regidas pelo direito privado.

GABARITO: LETRA A

04. (Analista Judiciário/TRE AM 2010/FCC) Nos termos da Lei no


8.112/90, quanto à posse e ao exercício em cargo público, é correto que
(A) a posse e o exercício poderão dar-se através da nomeação da
autoridade do órgão como procurador do servidor, mediante
procuração específica.
(B) a posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da data do ato
de nomeação.
(C) é de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da publicação do ato de
provimento.
(D) a promoção interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data da posse do servidor.
(E) à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for
nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.

Comentários

(A) Primeiramente, é importante esclarecer que a posse pode ocorrer


mediante procuração específica outorgada a uma pessoa de confiança do
candidato nomeado, que, por questões óbvias, não pode ser a autoridade do
órgão ou entidade, pois esta responde administrativamente pelo processo.

Além disso, deve ficar bem claro que somente a posse pode ocorrer
mediante procuração específica, não abrangendo o exercício, que é ato de
natureza personalíssima (o servidor tem que comparecer ao local de trabalho
pessoalmente e iniciar o exercício das atribuições inerentes ao cargo). Assertiva
incorreta.

(B) A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do


ato de provimento, o que torna a assertiva incorreta.

(C) O prazo para o servidor empossado entrar em exercício é de 15


(quinze) dias, contados da data posse. Caso seja empossado e não entre em
exercício nesse prazo, o servidor será exonerado. Assertiva incorreta.

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(D) A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que
promover o servidor. Assertiva incorreta.

(E) Esse é o teor do § 3º do art. 15 da Lei 8.112/90, portanto, deve ser


considerada correta a assertiva.

Lembre-se sempre de que a contagem de tempo de serviço do servidor


somente será iniciada a partir do exercício e não da posse. Ademais, ao entrar
em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos
necessários ao seu assentamento individual.

GABARITO: LETRA E.

05. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) São formas de


provimento de cargo público, dentre outras,
(A) a ascensão.
(B) o aproveitamento.
(C) a transferência.
(D) a disponibilidade.
(E) a inscrição.

Comentários

O art. 8º da Lei 8.112/90 apresenta como formas de provimento a


nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e a
recondução. Dentre essas, somente a nomeação é forma orginária de
provimento, todas as demais são consideradas formas derivadas.

Lembre-se sempre de que a ascenção e a transferência foram


declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e, posteriormente,
revogadas pela Lei 9.527/97. Isso porque possibilitavam ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integrava a carreira na qual era anteriormente investido, o que
contraria o teor da Súmula 685 do STF.

GABARITO: LETRA B

06. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Nos termos da Lei no


8.112/90, relativamente à posse e ao exercício, considere:

I. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do


ato de aprovação em concurso público.

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II. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica
oficial.

III. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo


público entrar em exercício, contados da data da posse.

IV. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

V. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão


registrados no assentamento individual do servidor.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II, III e V.
(E) III, IV e V.

Comentários
Item I – O prazo de 30 (trinta) dias para a posse deverá ser contado da
publicação da nomeação e não da publicação do ato de aprovação em concurso
público. Assertiva incorreta.

Item II – Somente poderá ser empossado em cargo público aquele que for
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Desse modo, é
imprescindível a realização de prévia inspeção médica oficial. Assertiva incorreta.

Item III – Esse realmente é o prazo legal para que o servidor empossado
em cargo público entre em exercício. Caso ocorra o transcurso do prazo sem que
o servidor entre em exercício, ocorrerá a sua exoneração. Assertiva correta.

Item IV – O texto da assertiva está correto, pois a posse realmente é


consequência do ato de nomeação. Sendo assim, lembre-se sempre de que não
haverá posse nos atos derivados de provimento, a exemplo de recondução,
reintregração, promoção, entre outros. Assertiva correta.

Item V - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício


realmente serão registrados no assentamento individual do servidor. Esses
registros são importantes para que a Administração possa acompanhar o tempo
de efetivo exercício do servidor, que, dentre outras situações, será importante
para as avaliações periódicas realizadas durante o estágio probatório e para o
gozo de várias licenças e afastamentos. Assertiva correta.

GABARITO: LETRA E

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07. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Armando, Técnico
Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (estável), foi
reinvestido no cargo anteriormente ocupado, diante da invalidação da
sua demissão por decisão administrativa, com ressarcimento de todas
as vantagens. Nos termos da Lei no 8.112/90, ocorreu a
(A) readaptação.
(B) reversão.
(C) recondução.
(D) reintegração.
(E) ascensão.

Comentários

O § 2º do art. 41 da CF/88 é expresso ao afirmar que invalidada por


sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade
com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Apesar de o texto constitucional não fazer referência expressa à


reintegração proveniente da anulação de demissão por decisão
administrativa, essa possibilidade está prevista no art. 28 da Lei 8.112/90, ao
afirmar que “a reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens”.

Perceba que tanto a Lei 8.112/90 quanto o próprio texto constitucional


apresentam a ressalva de que somente o servidor estável pode ser reintegrado
no caso de anulação de demissão aplicada pela administração. Tanto é verdade
que o próprio texto da questão também destacou que o servidor era estável.

É claro que o servidor demitido ilegalmente durante o estágio probatório


também poderá recorrer ao Poder Judiciário requerendo a anulação da demissão.
Todavia, se a demissão for anulada, não é correto afirmar que ocorrerá a
reintegração, pois ele não era estável. Para fins de concursos públicos,
ocorrerá um simples “retorno” ao cargo anteriormente ocupado.

GABARITO: LETRA D.

08. (Técnico Judiciário/TRE PI 2009/FCC) Tício, servidor público


estável do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí no cargo de
Técnico Judiciário - Área Administrativa, foi aprovado em concurso
público para o cargo de Analista Judiciário do mesmo Tribunal. Porém,

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Tício foi inabilitado no estágio probatório relativo ao cargo de Analista.
Neste caso, Tício será
(A) reintegrado ao cargo de Técnico.
(B) exonerado de ambos os cargos.
(C) revertido ao cargo de Técnico.
(D) reconduzido ao cargo de Técnico.
(E) demitido de ambos os cargos.

Comentários

Recondução é retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado e pode ocorrer em virtude de inabilitação em estágio probatório
relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante do cargo em virtude
da anulação judicial de sua demissão, por exemplo.

No exemplo apresentado, como Tício já era servidor estável do TRE/PI,


não precisava requerer exoneração do cargo de Técnico Judiciário para assumir
o cargo de Analista, mas apenas uma vacância em razão da posse em outro
cargo inacumulável (Lei 8.112/90, art. 33, inc. VIII). Nesse caso, estaria
autorizado a se submeter ao estágio probatório do cargo de Analista sem
extinguir o vínculo anterior com o Tribunal.

Durante todo o período do estágio probatório, caso não estivesse se


“adaptando” ao novo cargo, Tício poderia optar pela recondução ao cargo
anterior (Técnico Judiciário), requerendo exoneração do cargo de Analista.

Deve ficar claro que a recondução pode ocorrer por opção do servidor
(durante o período do estágio probatório) ou de ofício, no caso de reprovação no
estágio probatório.

GABARITO: LETRA D.

09. (Analista Judiciário/TRE PI 2009/FCC) De acordo com a Lei n°


8.112/90, na reversão, o servidor que retornar à atividade por
interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos
da aposentadoria, a remuneração
(A) do cargo que voltar a exercer, com exceção das vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
(B) do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
(C) que recebia a título de aposentadoria acrescida somente com as
vantagens do cargo que voltar a exercer.
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(D) que recebia a título de aposentadoria acrescida somente com as
vantagens de natureza pessoal que recebia anteriormente à
aposentadoria.
(E) que recebia a título de aposentadoria acrescida com as vantagens
do cargo que voltar a exercer, bem como com as de natureza pessoal
que recebia anteriormente à aposentadoria.

Comentários

A reversão, forma derivada de provimento de cargos públicos, pode ser


conceituada como o retorno à atividade de um servidor que já se encontrava
aposentado.

A Lei 8.112/90, em seu art. 25, § 4º, prevê que “o servidor que retornar à
atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer,
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria”.

GABARITO: LETRA B.

10. (Analista judiciário/TRT SP 2008/FCC) Determinado funcionário


público é deslocado, de ofício, para outro local de trabalho, sem
mudança de cargo, porém, no âmbito do mesmo quadro. Esse
deslocamento, de acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis da União, configura o instituto da
(A) deslocação.
(B) redistribuição.
(C) transferência.
(D) substituição.
(E) remoção.

Comentários

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Ocorrerá a remoção quando um servidor do IBAMA, por exemplo, é


deslocado da cidade de Montes Claros/MG, para a cidade de Avaré, no Estado de
São Paulo. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas funções
no âmbito do quadro do IBAMA, porém, em outra cidade.

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A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de sede.
Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de uma
agência de atendimento localizada no bairro “X”, para outra agência de
atendimento localizada no bairro “Y”, dentro da mesma cidade.

Fique atento às provas da CONSULPLAN, pois você pode encontrar


questões afirmando que a remoção é forma derivada de provimento, o que não
é verdade.

GABARITO: LETRA E.

11. (Analista Judiciário/TRT 18ª Região 2008/FCC) Estando o servidor,


na data da publicação do ato de provimento, afastado por motivo de
férias, o prazo para a posse será contado
(A) do término das férias.
(B) do início das férias.
(C) do início das férias, descontado o tempo decorrido desta.
(D) do término das férias, porém reduzido pela metade.
(E) do quinto dia do mês subseqüente ao do término das férias.

Comentários
Em regra, a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação
da nomeação. Entretanto, se o nomeado for servidor público (aprovado em
outro concurso público), é possível que o prazo seja estendido em algumas
situações especiais.
O § 2º, art. 13, da Lei 8.112/90, por exemplo, estabelece que se no
momento de publicação da nomeação o servidor estiver gozando de alguma das
licenças ou afastamentos arrolados abaixo, o prazo de trinta dias para a posse
somente será contado a partir do término do gozo, a saber:
1ª) licença por motivo de doença em pessoa da família;
2ª) licença para o serviço militar;
3ª) licença para capacitação;
4ª) férias;
5ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o
regulamento;
6ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
7ª) deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

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8ª) participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior,
conforme disposto em lei específica;
9ª) licença à gestante, à adotante e à paternidade;
10) licença para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União,
em cargo de provimento efetivo;
11) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
12) licença para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
13) licença por convocação para o serviço militar;

GABARITO: LETRA A.

12. (Analista Judiciário/TRT 4ª Região 2009/FCC) Um concurso público


é realizado para o provimento de 30 vagas. São aprovados 40
candidatos e imediatamente 20 são nomeados. A validade original do
concurso é de 2 anos. Passados esses 2 anos, a validade do concurso é
prorrogada por mais 2 anos, conforme previsto no edital. Todavia, antes
de encerrados esses outros 2 anos, novo concurso é aberto para o
preenchimento das vagas remanescentes, argumentando a
Administração que o prazo de validade original do concurso já se
expirara e que já está defasada a comprovação de capacitação dos
candidatos anteriormente aprovados. Nessa situação, é ilegal a
(A) convocação de um concurso com validade original de 2 anos.
(B) nomeação de aprovados em número menor que o de vagas.
(C) abertura do novo concurso.
(D) aprovação de candidatos em número maior que o de vagas.
(E) convocação de um concurso com validade prorrogável.

Comentários

(A) O inc. III, art. 37, da CF/1988, prevê que o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Sendo assim, ao publicar um edital de concurso público anunciando o prazo de
validade original de 02 (dois) anos, a Administração está atuando em
conformidade com o texto constitucional. Assertiva incorreta.

(B) No exemplo apresentado no caput da questão, foi informado que o


prazo de validade do concurso público ainda não havia expirado, já que fora
prorrogado por mais dois anos. Desse modo, não é ilegal o fato de a
Administração ter nomeado um número de candidatos menor que o número de
vagas inicialmente disponibilizado.

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Apesar de o Superior Tribunal de Justiça possuir entendimento consolidado
no sentido de que os candidatos aprovados dentro do número de vagas
oferecidas no edital possuem direito líquido e certo à nomeação (RMS 20.718/SP,
de relatoria do Ministro Paulo Medina), compete à Administração decidir sobre o
momento mais conveniente e oportuno para realizá-las, desde que respeitado o
prazo de validade do certame.
Desse modo, não pode ser considerada ilegal a nomeação de aprovados em
número menor que o de vagas, pois o concurso público ainda estava em vigor e,
a qualquer momento, a Administração poderia realizar novas nomeações, o que
torna a assertiva incorreta.
(C) O § 2º do art. 12 da Lei 8.112/90 prevê que “não se abrirá novo
concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado”. Desse modo, como ainda existiam 10 (dez)
candidatos aprovados dentro do número de vagas e ainda não nomeados, a
Administração realmente estaria proibida de realizar um novo concurso público,
por isso a assertiva foi considerada correta.

É importante esclarecer que a proibição de realização de um novo concurso


público, enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado, restringe-se à União, autarquias e fundações públicas
federais, já que a previsão legal está contida na Lei 8.112/90.
A Constituição Federal não estabelece qualquer proibição à realização de
um novo concurso público, apenas afirma que “durante o prazo improrrogável
previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira” (art. 37, IV).
(D) Não há qualquer impedimento à aprovação de candidatos em número
superior às vagas inicialmente ofertadas no edital, salvo se houver alguma
proibição editalícia nesse sentido. Como o texto da assertiva não fez qualquer
referência à proibição, deve ser considerado incorreto.

(E) Nos comentários apresentados na letra “A”, ficou claro que o prazo de
validade do concurso público é de até 02 (dois) anos, prorrogável uma vez, por
igual período. Isso significa que se a Administração fixar o prazo de validade do
certame em 01 (um) ano, poderá prorrogá-lo por mais 01 (um) ano; se fixar o
prazo de validade em 06 (seis) meses, poderá prorrogá-lo por mais 06 (seis)
meses, e assim por diante. Assertiva incorreta.

GABARITO: LETRA C.

13. (Oficial de Defensoria Pública/DPE – SP 2010/FCC) Em relação ao


servidor público ocupante de cargo efetivo pode-se afirmar:

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(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.
(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a
ampla defesa.
(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas mediante
decisão administrativa transitada em julgado.
(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para
provimento do cargo.
(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já
adquiriu estabilidade.

Comentários
O art. 41 da CF/88 é expresso ao afirmar que são estáveis após três anos
de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Adquirida a estabilidade, o servidor
público estável só perderá o cargo:
1º) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2º) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
3º) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa; ou
4º) Para o cumprimento dos limites estabelecidos no art. 169 da CF/88
(Responsabilidade Fiscal).

GABARITO: LETRA B.

14. (Analista Judiciário/TRE AL 2010/FCC) Marcelo, nomeado para o


cargo de analista judiciário – especialidade engenharia civil,
encontra-se em estágio probatório. Nesse caso, dentre outras
situações, Marcelo NÃO poderá exercer quaisquer
(A) cargos de provimento em comissão no órgão em que é lotado.
(B) funções de chefia na entidade de lotação em que é lotado.
(C) funções de direção no órgão ou entidade em que é lotado.
(D) cargos de provimento em comissão em órgãos ou entidades
estaduais.
(E) funções de assessoramento no órgão de lotação em que é lotado.

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Comentários

O servidor em estágio probatório, independentemente do cargo ocupado,


poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação. Sendo
assim, no âmbito do TRE/AL, não há qualquer impedimento legal a que Marcelo
exerça cargos ou funções de confiança.

Entretanto, o servidor em estágio probatório somente poderá ser cedido a


outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial ou cargos em
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e
4, ou equivalentes (todos pertencentes à estrutura administrativa federal).
Desse modo, Marcelo não poderá exercer cargos de confiança em órgãos ou
entidades estaduais ou municipais, mas somente na esfera federal.

GABARITO: LETRA D.

(Oficial Técnico de Inteligência – Administração/ABIN 2010/CESPE) No


que se refere ao regime jurídico dos servidores públicos civis da
administração federal, julgue os itens a seguir.
15. O servidor público removido de ofício, no interesse da
administração, pode alegar a garantia da inamovibilidade para
permanecer no local onde exerce suas funções.
A garantia da inamovibilidade, que assegura o direito de não ser removido
da localidade onde exerce as respectivas funções, não é prevista legalmente ao
servidor público regido pela Lei 8.112/1990, mas somente aos magistrados e
membros do Ministério Público, que possuem estatuto funcional próprio.
Assertiva incorreta.

(Agente Administrativo/AGU 2010/CESPE) A respeito dos agentes


administrativos e dos regimes jurídicos funcionais, julgue os itens que
se seguem.
16. O regime jurídico estatutário descreve direitos, deveres e
obrigações dos servidores públicos e do próprio ente federativo, sendo
sua iniciativa de competência privativa do chefe do Poder Executivo.
Nos termos da CF, o regime jurídico estatutário deve ser instituído,
obrigatoriamente, mediante edição de lei complementar.
A iniciativa para a propositura de projeto de lei versando sobre regime
jurídico estatutário dos servidores públicos federais realmente é de competência
do Chefe do Poder Executivo, nos termos da alínea “c”, § 1º, do art. 61, da
CF/1988.
Todavia, não há qualquer imposição no sentido de que o regime jurídico
seja disciplinado mediante a edição de lei complementar. Tanto é verdade que a
Lei 8.112/1990 possui status de lei ordinária, o que torna incorreta a assertiva.
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17. A categoria denominada servidores públicos celetistas está prevista
na CF e caracteriza-se por abranger todos aqueles servidores
contratados por prazo determinado para atender necessidade
temporária de excepcional interesse público.
O professor Hely Lopes Meirelles afirma que os agentes públicos podem ser
classificados em agentes políticos, agentes administrativos, agentes
honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados (essa é a classificação
também adotada pelo Supremo Tribunal Federal e, portanto, a mais cobrada em
concursos).
Nesse sentido, agentes administrativos são todos aqueles que exercem
um cargo público (Técnico Judiciário do TSE, por exemplo), emprego público
(a exemplo do Técnico Bancário do Banco do Brasil) ou função pública
(contratado temporariamente) no âmbito da Administração, em caráter
permanente, mediante remuneração e sujeitos à hierarquia funcional instituída
no órgão ou entidade ao qual estão vinculados.
Essa categoria de agentes públicos representa a imensa maioria da força
de trabalho da Administração Direta e Indireta, em todos os níveis federativos
(União, Estados, DF e Municípios) e em todos os Poderes (Legislativo, Executivo
e Judiciário), podendo ser dividida em:
9 Servidores públicos titulares de cargos efetivos ou em comissão;
9 Empregados públicos;
9 Contratados temporariamente em virtude de necessidade temporária
de excepcional interesse público.
Enquanto os servidores públicos exercem cargos públicos e os empregados
públicos são regidos pela legislação trabalhista (CLT), os agentes contratados
temporariamente possuem direitos e deveres estabelecidos em um contrato
administrativo, sem a existência de um vínculo estatutário ou celetista.
Tais agentes exercem apenas função pública, não sendo possível
denominá-los de servidores públicos celetistas, o que torna a assertiva incorreta.

(Analista Administrativo/ANEEL 2010/CESPE) Em cada um dos


próximos itens, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada com relação às penalidades previstas na Lei
8.112/1990.
18. João, servidor público da ANEEL, teve sua demissão invalidada por
decisão administrativa. Nessa situação, João deverá ser reintegrado ao
cargo anteriormente ocupado, estando sua aposentadoria
automaticamente sujeita a cassação.
A reintegração nada mais é do que a reinvestidura do servidor estável no
cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com

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ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se estivesse
trabalhando.
Perceba que o texto da assertiva afirmou que a aposentadoria de João
estaria automaticamente sujeita à cassação, o que não é verdade. Isso porque
ao ser reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, João sequer irá receber
aposentadoria, mas sim a remuneração normal pelo exercício do respectivo
cargo. Assertiva incorreta.

19. Paulo, em função da reintegração de um colega, será reconduzido


ao cargo que anteriormente ocupava, cabendo-lhe devolver ao erário os
emolumentos percebidos no período. Nessa situação, caso Paulo não
faça a devolução dos referidos emolumentos no prazo de noventa dias,
ele estará sujeito à suspensão e ao pagamento de multa diária.
O art. 29 da Lei 8.112/1990 afirma que a recondução nada mais é do que
o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em virtude de:
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do
anterior ocupante.
No exemplo apresentado, caso Paulo seja reconduzido em razão da
reintegração de um colega cuja demissão fora invalidada por decisão judicial ou
administrativa, não estará sujeito à devolução dos valores recebidos durante o
período em que exerceu tais atribuições, pois, a princípio, não agiu de má-fé
(pelo menos a questão não apresentou essa informação). Assertiva incorreta.

(Analista Administrativo/ANEEL 2010/CESPE) Acerca dos servidores


públicos, do regime jurídico único dos servidores públicos civis da União
e do processo administrativo, julgue o item a seguir.
20. No que se refere aos vocábulos cargo, emprego e função pública, é
correto afirmar que o servidor contratado por tempo determinado para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
exerce função pública.
O texto da assertiva está em conformidade com o entendimento da
doutrina e jurisprudência majoritárias, portanto, dever ser considerado correto.
Ao ser contratado com fundamento no inc. IX, do art. 37, da CF/1988, o
agente não ocupará cargo ou emprego público no âmbito da Administração,
mas apenas uma função, que pode ser representada por um conjunto de
atribuições previstas em contrato administrativo especial, com prazo de duração
previamente estabelecido.

(Coordenador de aplicação de provas/UNB 2010/CESPE) Com base no


disposto na Lei n.o 8.112/1990 e suas alterações, julgue os itens
seguintes.

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21. A quitação com as obrigações militares e eleitorais incluem-se entre
os requisitos para a investidura em cargo público.
São vários os requisitos básicos previstos no art. 5º da Lei 8.112/1990 para
investidura em cargo público federal, a saber: a nacionalidade brasileira; o gozo
dos direitos políticos; a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; a idade mínima de
dezoito anos e aptidão física e mental. Assertiva correta.

22. O concurso público tem validade de até dois anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão
fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário
de grande circulação.
Ademais, está correto o texto da assertiva ao afirmar que o concurso
público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período, pois essa previsão consta expressamente no art. 12 da Lei
8.112/1990.

23. A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de oficio, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
O texto da assertiva realmente está correto, pois a remoção pode ser
entendida como o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito
do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (artigo 36 da Lei
8.112/1990).
Ocorrerá a remoção quando um servidor do INSS, por exemplo, é
deslocado da cidade de Belo Horizonte/MG, para a cidade de Paraopebas, no
Estado do Pará. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas
funções no âmbito do quadro do INSS, porém, em outra cidade.
A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de sede.
Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de uma
unidade localizada no bairro “X”, para outra unidade localizada no bairro “Y”,
dentro da mesma cidade.

(Analista Técnico Administrativo/DPU 2010/CESPE - adaptada) No que


concerne à administração pública, julgue os itens seguintes.
24. É vedado ao estrangeiro assumir função comissionada no executivo,
sendo permitido apenas para cargos e empregos públicos, mediante
concurso de provas e de provas e títulos.
O inc. I, do art. 37, da CF/1988, dispõe que “os cargos, empregos e
funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”.

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Analisando-se o texto constitucional, conclui-se que não há qualquer
vedação à possibilidade de um estrangeiro assumir função comissionada no
Poder Executivo. Todavia, é necessário que tal provimento esteja
regulamentado em lei. Assertiva incorreta.

(Assistente em C&T/INCA 2010/CESPE) Um biólogo, nascido nos


Estados Unidos da América, chegou ao Brasil em 2008 para pesquisar a
fauna do cerrado. Sem requerer a cidadania brasileira, prestou
concurso para o cargo de professor titular da Universidade Federal do
Mato Grosso (UFMT), no final de 2008, tendo sido aprovado na 4.ª
colocação. O prazo de validade do concurso era de um ano e meio,
improrrogável. Ao final de doze meses de validade do concurso, a UFMT
abriu novo concurso para o mesmo cargo e, três meses após a abertura
do novo certame, começou a convocar os aprovados nesse último
certame para tomar posse. Diante dessa situação hipotética e com
enfoque nas disposições constitucionais e legais sobre os servidores
públicos, julgue os itens seguintes.
25. A UFMT não poderia ter admitido a inscrição do referido biólogo no
concurso público, pois os cargos, empregos e funções públicas na
administração pública federal são inacessíveis aos estrangeiros.
O texto da assertiva está incorreto, pois o § 3º, do art. 5º, da Lei
8.112/1990, é expresso ao declarar que “as universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com
professores, técnicos e cientistas estrangeiros”, de acordo com as normas e os
procedimentos previstos em seu texto.

26. É inconstitucional a fixação do prazo de validade do concurso em um


ano e meio.
O inc. III, do art. 37, da CF/1988, dispõe que “o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período”.
A definição do prazo de validade do concurso público insere-se no âmbito
discricionário da Administração Pública, assim como a eventual prorrogação
desse prazo. Não há qualquer inconstitucionalidade na fixação do prazo de um
ano e meio, pois está dentro do limite de dois anos previsto
constitucionalmente.
Lembre-se sempre de que se a Administração fixou o prazo inicial de
validade do certame em um ano e meio, somente poderá prorrogá-lo, caso
entenda conveniente e oportuno, pelo mesmo período (mais um ano e meio).
Assertiva incorreta.

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27. A UFMT deveria convocar os aprovados no concurso público de
2008, antes de convocar os novos concursados, para assumir o cargo de
professor titular.
A Constituição Federal não proíbe a realização de um novo certame
enquanto estiver em vigor concurso público com prazo de validade não expirado.
Todavia, impõe a obrigatoriedade de que seja dada prioridade de nomeação aos
candidatos aprovados no primeiro concurso público, caso ainda em vigor.
Somente após a expiração do prazo de validade do concurso público
anterior é que os novos concursados poderão ser nomeados para assumir os
respectivos cargos ou empregos públicos, sob pena de afronta ao inc. IV, do art.
37, da CF/1988. Assertiva correta.

28. A investidura do biólogo no cargo de professor titular da UFMT


ocorrerá com sua posse.
É através da posse que ocorre a investidura do servidor em cargo público.
Fique atento a essa informação, pois é muito comum você encontrá-la em provas
de concursos públicos, inclusive da CONSULPLAN.
A posse é o ato pelo qual o candidato, após prévia aprovação em concurso
público, declara formalmente o interesse em estabelecer um vínculo jurídico
com a Administração. Esse mesmo raciocínio se aplica para aqueles que foram
nomeados para cargos em comissão, já que a investidura no cargo também
ocorrerá através da posse.

29. O provimento do biólogo no cargo de professor titular da UFMT


ocorrerá com sua nomeação.
A nomeação pode ser definida como o ato administrativo pelo qual a
Administração Pública dá ciência ao seu destinatário da necessidade de
cumprimento de formalidades específicas (a exemplo da apresentação da
documentação exigida no edital, nos casos de provimento de cargo efetivo), no
prazo de até 30 (trinta) dias, para que seja formalizada a posse.
Trata-se de uma forma originária de provimento porque inicia um vínculo
entre o indivíduo e a Administração, seja em caráter efetivo ou em comissão.
Assertiva correta.

(Assistente em C&T/INCA 2010/CESPE) A respeito do Regime Jurídico


dos Servidores Públicos Civis da União, julgue os seguintes itens.
30. A vacância do cargo público pode decorrer de promoção.
A vacância pode ser entendida como o acontecimento pelo qual o servidor
deixa o cargo público vago, possibilitando o seu provimento por outra pessoa.
O artigo 33 da Lei 8.112/90 apresenta um rol de hipóteses que podem
ensejar a vacância do cargo público, a saber: exoneração, demissão, promoção,
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readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento.
Assertiva correta.

(Promotor de Justiça Substituto/MPE RO 2010/CESPE - adaptada) A


partir das considerações constantes na CF e da jurisprudência dos
tribunais superiores acerca dos servidores públicos, julgue os itens
seguintes.
31. Consoante jurisprudência pacífica do STJ, servidor estável que for
investido em novo cargo estará dispensado de cumprir novo período de
estágio probatório.
No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 20.934/SP, de
relatoria da Ministra Laurita Vaz, o Superior Tribunal de Justiça reafirmou que “a
estabilidade é adquirida no serviço público, em razão do provimento em um
determinado cargo público, após a aprovação no estágio probatório. Não
obstante, sempre que o servidor entrar em exercício em um novo cargo
público, mediante aprovação em concurso público, deverá ser submetido ao
respectivo estágio probatório, não havendo impedimento de que o servidor
estável seja "reprovado" em estágio probatório relativo a outro cargo público
para o qual foi posteriormente aprovado em concurso”.
Desse modo, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está
incorreto, pois afirmou que o servidor estável estaria dispensado de se submeter
ao novo estágio probatório.

32. De acordo com a jurisprudência majoritária do STF, a estabilidade


dos servidores públicos deve ser estendida aos empregados de
sociedade de economia mista contratados mediante concurso público,
razão pela qual esses empregados somente poderão ser dispensados
por justa causa.
No julgamento do Agravo de Instrumento nº 465.780, de relatoria do
Ministro Joaquim Barbosa, em 23/11/2004, o Supremo Tribunal Federal firmou o
entendimento de que “não se aplica a empregado de sociedade de economia
mista, regido pela CLT, o disposto no art. 41 da CF, o qual somente disciplina a
estabilidade dos servidores públicos civis. Ademais, não há ofensa aos princípios
de direito administrativo previstos no art. 37 da Carta Magna, porquanto a
pretendida estabilidade não encontra respaldo na legislação pertinente, em face
do art. 173, § 1º, da Constituição, que estabelece que os empregados de
sociedade de economia mista estão sujeitos ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas."
Assim, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está em
desconformidade com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, devendo
ser considerada incorreta.

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(Agente Administrativo/Ministério da Previdência Social 2010/CESPE)
De acordo com o Regime Jurídico Único (RJU) e a Consolidação de Leis
do Trabalho (CLT), julgue os itens subsequentes.
33. A exoneração é forma de vacância que possui caráter punitivo.
As espécies de penalidades que podem ser aplicadas aos servidores
públicos federais estão previstas expressamente no art. 127 da Lei 8.112/90,
sendo elas a advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, destituição de cargo em comissão e destituição de função
comissionada.
Em nenhum momento o texto legal se refere à exoneração como uma
espécie de penalidade. Isso porque a exoneração se caracteriza como um
instrumento de ruptura da relação jurídica existente entre o servidor e a
Administração, sem intuito de punição.
Apesar de ser considerada uma forma de vacância do cargo público, não
possui caráter punitivo. Assertiva incorreta.

34. Para adquirir estabilidade, o servidor deve ser aprovado em estágio


probatório e possuir dois anos de efetivo exercício no cargo, além de ser
aprovado em avaliação especial de desempenho realizada por comissão
instituída para esse fim.
O art. 41 da CF/1988 é claro ao afirmar que a estabilidade será adquirida
pelo servidor público após três anos de efetivo exercício, mediante aprovação
em avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída para
esse fim. Assertiva incorreta.

(Analista Administrativo/MPU 2010/CESPE) Julgue o seguinte item,


acerca dos agentes públicos.
35. A vacância do cargo público decorre de: exoneração, demissão,
promoção, ascensão, transferência, readaptação, aposentadoria, posse
em outro cargo inacumulável e falecimento.
A vacância pode ser entendida como o acontecimento pelo qual o servidor
deixa o cargo público vago, possibilitando o seu provimento por outra pessoa.
O artigo 33 da Lei 8.112/1990 apresenta um rol de hipóteses que podem
ensejar a vacância do cargo público, a saber: exoneração, demissão, promoção,
readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento.
Perceba que dentre as hipóteses arroladas acima não se encontram a
transferência e a ascensão (declaradas inconstitucionais pelo Supremo
Tribunal Federal), portanto, a assertiva deve ser considerada incorreta.

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(Analista Processual/MPU 2010/CESPE) Considerando que o direito
administrativo regule a função administrativa do Estado, o serviço
público e os sujeitos neles envolvidos, julgue o item a seguir.
36. As nomeações para provimento de cargo público comissionado são
atos exclusivos do Poder Executivo.
O texto da assertiva está incorreto, pois somente são de competência do
Poder Executivo as nomeações para cargos públicos comissionados no âmbito do
próprio Executivo.
É importante esclarecer que os poderes Legislativo e Judiciário também
possuem cargos comissionados (cargos de confiança) em suas respectivas
estruturas. Assim, cada poder possui competência para realizar as nomeações
para cargos comissionados em seus respectivos quadros.

(Técnico Judiciário/TRE MT 2010/CESPE - adaptada) Acerca da


classificação de agentes públicos, e tendo em vista os cargos, os
empregos e as funções na administração pública, julgue os itens
seguintes.
37. Não podem ser considerados agentes públicos os detentores de
mandatos eletivos, pois, além de serem investidos nos cargos mediante
eleição, e não por nomeação, eles desempenham funções por prazo
determinado.
Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física que
exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou gratuitamente,
sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública em nome do
Estado.
A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas físicas que, de
qualquer modo, estão vinculadas ao Estado, alcançando desde os mais
importantes agentes, como o Presidente da República, até aqueles que, somente
em caráter eventual, exercem funções públicas, como é o caso dos mesários
eleitorais.
Nesse contexto, não restam dúvidas de que os detentores de mandatos
eletivos também se enquadram na categoria de agentes públicos, o que torna
incorreta a assertiva.

38. Os servidores contratados por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público, precisamente
por exercerem atividades temporárias, estarão vinculados a emprego
público, e não a cargo público.
Os servidores contratados nos termos do inciso IX, do artigo 37, da
CF/1988, não podem ser considerados estatutários, uma vez que estão
submetidos a regime contratual. Também não podem ser considerados

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empregados públicos, pois não são regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
Assim, é correto afirmar que esses agentes estão incluídos em uma
terceira categoria de agentes administrativos, cujos direitos e deveres estão
previstos em um contrato administrativo, regido pelo direito público. Assertiva
incorreta.

(Técnico Judiciário/TRE MT 2010/CESPE - adaptada) Considerando as


disposições legais a respeito de substituição, vacância, remoção,
redistribuição e provimento, julgue os itens seguintes.
39. A substituição é hipótese excepcional na qual o servidor, ao ocupar
a vaga do titular, poderá acumular, temporariamente, a remuneração
de seu próprio cargo e do cargo que assumiu cumulativamente,
independentemente do número de dias de efetiva substituição.
O § 1º, do art. 38, da Lei 8.112/1990, afirma que “o substituto assumirá
automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do
cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos
afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância
do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles
durante o respectivo período”. Assertiva incorreta.

40. Vacância é o ato administrativo pelo qual o servidor é destituído do


cargo, emprego ou função. Decorre de demissão ou de aposentadoria,
mas não de exoneração, pois esta só existe para os cargos em
comissão.
Ao contrário do que consta no texto da assertiva, a exoneração pode
ocorrer em relação a cargos em comissão ou cargos de provimento efetivo, o que
invalida o seu texto.
Ao ser reprovado em estágio probatório, por exemplo, o servidor público
será exonerado do cargo de provimento efetivo que ocupa, desde que
assegurados o contraditório e a ampla defesa em regular processo
administrativo.

41. A remoção é forma de provimento derivado mediante a qual o


servidor é deslocado para quadro diverso, somente podendo ocorrer de
ofício, no interesse da administração.
De início, é importante esclarecer que a remoção não é uma forma
derivada de provimento. Ademais, caracteriza-se como o deslocamento do
servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede, o que torna incorreta a assertiva.

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42. Pela redistribuição, o servidor é deslocado do cargo que antes
ocupava para cargo diverso situado no âmbito do quadro de pessoal do
mesmo órgão ou entidade.
O artigo 37 da Lei 8.112/90 define a redistribuição como o deslocamento
de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema Integrado de Pessoal Civil da
União).
A redistribuição tem por objetivo ajustar a lotação e a força de trabalho às
reais necessidades da Administração, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade.
Na redistribuição, ocorre o deslocamento do cargo, e não do servidor,
como ocorre na remoção. Assim, o servidor não passa a ocupar cargo diverso
daquele que ocupava anteriormente, mas sim o mesmo cargo, em outro órgão ou
entidade. Assertiva incorreta.

43. A nomeação é forma de provimento originário, por meio da qual o


indivíduo ingressa no serviço público, sendo cabível tanto para cargos
efetivos quanto para cargos em comissão.
A nomeação é a única forma de provimento originário existente. Pode
ser definida como o ato administrativo pelo qual a Administração Pública dá
ciência ao seu destinatário da necessidade de cumprimento de formalidades
específicas (a exemplo da apresentação da documentação exigida no edital, nos
casos de provimento de cargo efetivo), no prazo de até 30 (trinta) dias, para que
seja formalizada a posse.
Pode ocorrer tanto em relação aos cargos de provimento efetivo quanto em
relação aos cargos em comissão, o que torna correta a assertiva.

(Técnico Judiciário/TRE MT 2010/CESPE - adaptada) Com base no


disposto na Lei n.º 8.112/1990 e alterações, julgue os itens seguintes
no que respeita a provimento, vacância e remoção do cargo público.
44. Constitui requisito básico para a investidura em cargo público a
nacionalidade brasileira, não se admitindo, portanto, o provimento de
cargos com cidadãos estrangeiros, independentemente da instituição.
Eis um tema muito freqüente em questões de prova e que já foi abordado
pela CONSULPLAN, lembre-se sempre de que os estrangeiros podem sim ocupar
cargos públicos no Brasil, desde que nos termos da lei.
A propósito, destaca-se que o § 3º, do art. 5º, da Lei 8.112/1990, afirma
que as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos previsto em seu
texto. Assertiva incorreta.
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45. Após a publicação do ato de provimento, o servidor tem até o
décimo quinto dia para tomar posse no cargo público.
A posse ocorrerá no prazo improrrogável de até 30 (trinta) dias,
contados da publicação do ato de nomeação, o que invalida o texto da assertiva.
A contagem do prazo se inicia no dia subsequente ao da publicação do
referido ato e é ininterrupta. Assim, se o candidato foi nomeado no dia 10 de
agosto de 2010, o prazo final para tomar posse é o dia 09 de setembro de 2010.

46. Reversão e readaptação são formas de provimento de cargo público.


A lei 8.112/1990 enumera como formas derivadas de provimento de
cargos públicos a promoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a
reintegração e a recondução.
Desse modo, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está correto.

47. O servidor público em estágio probatório não pode usufruir de


licença, qualquer que seja sua natureza.
Durante o período do estágio probatório o servidor público poderá usufruir
das seguintes licenças e/ou afastamentos:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família;
b) licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
c) licença para o serviço militar;
d) licença para atividade política;
e) afastamento para o exercício de mandato eletivo;
f) afastamento para estudo ou missão no exterior.
g) afastamento para participar de curso de formação decorrente de
aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
Nesses termos, o texto da assertiva deve ser considerado incorreto, pois
apresenta informação contrária ao mandamento legal.

48. O concurso público tem validade de três anos, podendo ser


prorrogado uma única vez, por igual período.
O prazo de validade do concurso público é de até 02 (dois) anos,
prorrogável uma vez, por igual período. Assertiva incorreta.

(Analista Judiciário – área judiciária/TRT 21ª Região 2010/CESPE) No


que se refere ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
julgue os itens que se seguem.

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49. Se determinado servidor não puder estar presente no dia da posse,
ela poderá ocorrer mediante procuração específica.
O texto da assertiva está correto, pois o a posse poderá dar-se mediante
procuração específica, nos termos do § 3º, do art. 13, da Lei 8.112/1990.

50. Entre os cargos vitalícios estipulados na CF, encontra-se o de


defensor público, inserido na reforma trazida pela EC n.o 45/2004.
O cargo de defensor público não é considerado cargo vitalício, mas sim
cargo de provimento efetivo. São considerados cargos vitalícios apenas os de
magistrado, membro do Ministério Público e membro dos Tribunais de Contas.
Assertiva incorreta.

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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

01. (FCC/Técnico Judiciário TRT 8ª Região/2010) Sobre cargo público é


correto afirmar:
a) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas.
b) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.
c) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente.
d) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um
cargo.
e) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder
Executivo.

02. (FCC/Técnico Judiciário TRE AP/2011) Deocleciano foi empossado


como servidor efetivo do cargo público "X". De acordo com a Lei nº
8.112/90, Deocleciano
a) terá o prazo de quinze dias para entrar em exercício, contados da
data da posse.
b) terá o prazo de trinta dias para entrar em exercício, contados do
primeiro dia útil posterior à data da posse.
c) entrará em exercício imediatamente, tendo em vista que a posse e o
exercício são atos que devem ser realizados obrigatoriamente
concomitantemente.
d) terá o prazo de dez dias para entrar em exercício, contados do
primeiro dia útil posterior à data da posse.
e) terá o prazo de dez dias prorrogáveis por mais dez, contados da data
da posse.

03. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) Ricardo foi


designado para o exercício de determinada função de confiança no
âmbito da Administração Pública Federal. A respeito do fato narrado, é
correto afirmar:
a) Para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser ocupante de
cargo em comissão.
b) A função de confiança destina-se a atender necessidade temporária
de excepcional interesse público, ou seja, destina-se a situação
emergencial e provisória.
c) Exige-se concurso público para a investidura na mencionada função
de confiança.
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d) Ricardo não poderá exercer atribuição de chefia, uma vez que as
funções de confiança destinam-se somente às atribuições de direção e
assessoramento.
e) Para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser servidor público
ocupante de cargo efetivo.

04. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Francisco foi


nomeado em caráter efetivo para o cargo de Técnico Judiciário - Área
Administrativa, enquanto Lúcia, servidor pública federal, foi promovida
para outro cargo de hierarquia superior. Nesses casos, a nomeação e a
pro moção são, respectivamente, de natureza
a) originária e derivada.
b) derivada e vertical.
c) decorrente e horizontal.
d) derivada e originária.
e) vertical e horizontal.

05. (FCC/Técnico Judiciário TRE TO/2011) No que diz respeito ao tema


cargo, emprego e função pública, é correto afirmar:
a) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de
cargos efetivos ou não, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.
b) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e
distingue-se do cargo público pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao
Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo
estatutário.
c) A função exercida por servidores contratados temporariamente para
atendimento de situações de excepcional interesse público exige,
necessariamente, concurso público.
d) As várias competências previstas na Constituição para os entes
federativos são distribuídas entre os respectivos órgãos, os quais
dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes
confere denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou
remuneração.
e) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou
emprego, como em todos os casos de função, ou seja, as exercidas
temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse
público e as ocupadas para o exercício de funções de confiança.

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06. (CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Laranjeiras/2005) É
estável o servidor após:
A) Nomeação em virtude de concurso público e depois de 1 (um) ano de
efetivo exercício.
B) Nomeação em virtude de concurso público e após 2 (dois) anos de
efetivo exercício.
C) Nomeação em virtude de concurso público e após 3 (três) anos de
efetivo exercício.
D) Nomeação em virtude de concurso público e após 5 (cinco) anos de
efetivo exercício.
E) Nomeação para o exercício de cargo em comissão, após 10 (dez)
anos no cargo.

07. (CONSULPLAN/Advogado Prefeitura de Sertaneja-PR/2010) Acerca


da estabilidade decorrente de nomeação para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público, é INCORRETO afirmar:
A) O servidor público estável poderá perder o cargo mediante processo
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
B) Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.
C) O procedimento de avaliação periódica de desempenho poderá
ensejar a perda do cargo.
D) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se com menos de três
anos de efetivo exercício no serviço público, será reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização.
E) Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

08. (CONSULPLAN/Advogado Prefeitura de Sertaneja-PR/2010)


Assinale a alternativa FALSA no que concerne às disposições
constitucionais sobre a admissão de pessoal pela administração pública
direta e indireta de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios:
A) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
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B) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira.
C) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão.
D) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público.
E) O prazo de validade do concurso público será de dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período.

09. (CONSULPLAN/Advogado - Prefeitura de São Leopoldo RS/2010)


Sobre o tema Direito Administrativo, pode-se afirmar que, de acordo
com a Constituição da República Federativa do Brasil, invalidada por
sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele:
A) Reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido
ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.
B) Readmitido, e o eventual ocupante da vaga será demitido.
C) Reintegrado, e o eventual ocupante da vaga dispensado.
D) Readmitido, e o eventual ocupante da vaga permanecerá
ocupando-a.
E) Reintegrado, e o eventual ocupante da vaga sempre posto em
disponibilidade.

10. (CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Itapira-SP/2006) À


investidura de servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
ou mental, verificada em inspeção médica, dá-se o nome de:
A) Recondução
B) Reversão
C) Redistribuição
D) Readaptação
E) Aproveitamento

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11. (CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Caratinga-MG/2010) De
acordo com a lei nº. 8.112/90, NÃO é hipótese de vacância do cargo
público:
A) exoneração
B) demissão
C) promoção
D) reversão
E) readaptação

12. (CONSULPLAN/Procurador Prefeitura de Pedro Leopoldo-MG/2006)


O servidor público estável somente perderá o cargo em virtude de,
EXCETO:
A) Sentença judicial transitada em julgado.
B) Processo administrativo.
C) Procedimento de avaliação periódica de desempenho.
D) Não cumprimento dos limites estabelecidos em lei complementar
para despesas com pessoal.
E) Extinção do cargo ou declarada sua desnecessidade.

13. (FCC/Analista Judiciário TRT 19ª Região/2011) Sobre a


redistribuição, é INCORRETO afirmar:
a) É necessário mesmo nível de escolaridade, especialidade ou
habilitação profissional.
b) Exige vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade
das atividades.
c) Deve haver manutenção da essência das atribuições do cargo.
d) Não se faz necessário que os vencimentos sejam equivalentes.
e) Exige compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.

14. (FCC/Técnico Judiciário TRT 19ª Região/2011) O substituto fará jus


à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou
de cargo de Natureza Especial, quando o afastamento ou impedimento
legal do titular for
a) de vinte e cinco dias consecutivos, paga na proporção dos dias de
efetiva substituição que atingirem o referido período.
b) de vinte dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva
substituição que atingirem o referido período.
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c) superior a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de
efetiva substituição que excederem o referido período.
d) superior a quinze dias consecutivos, ou seja, a partir do décimo sexto
dia fará jus à retribuição, paga na proporção dos dias de efetiva
substituição que excederem o referido período.
e) de vinte dias, ainda que não consecutivos, paga na proporção dos
dias de efetiva substituição que atingirem o referido período.

15. (FCC/Técnico Judiciário TRE AP/2011) A Recondução que é o


retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado decorrerá,
dentre outra hipótese, de
a) transferência do anterior ocupante.
b) disponibilidade do anterior ocupante.
c) aproveitamento do anterior ocupante.
d) reintegração do anterior ocupante.
e) readaptação do anterior ocupante.

16. (FCC/Técnico Judiciário TRE AP/2011) A Lei nº 8.112/90 estabelece


que, dentre outras hipóteses, a vacância do cargo público decorrerá de
a) falecimento, exoneração e aproveitamento.
b) exoneração, demissão e nomeação.
c) promoção, readaptação e aposentadoria.
d) aproveitamento, promoção e exoneração.
e) nomeação, readaptação e falecimento.

17. (FCC/Técnico Judiciário TRE AP/2011) Deocleciano foi empossado


como servidor efetivo do cargo público "X". De acordo com a Lei nº
8.112/90, Deocleciano
a) terá o prazo de quinze dias para entrar em exercício, contados da
data da posse.
b) terá o prazo de trinta dias para entrar em exercício, contados do
primeiro dia útil posterior à data da posse.
c) entrará em exercício imediatamente, tendo em vista que a posse e o
exercício são atos que devem ser realizados obrigatoriamente
concomitantemente.
d) terá o prazo de dez dias para entrar em exercício, contados do
primeiro dia útil posterior à data da posse.

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e) terá o prazo de dez dias prorrogáveis por mais dez, contados da data
da posse.

18. (FCC/Analista Judiciário TRE AP/2011) Considere as seguintes


assertivas a respeito do provimento de cargo público:
I. A nomeação far-se-á em comissão, exceto na condição de interino,
para cargos de confiança vagos.
II. O concurso público terá validade de até 2 anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
III. A posse, em regra, ocorrerá no prazo de noventa dias contados da
publicação do ato de provimento.
IV. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.

De acordo com a Lei nº 8.112/90, está correto o que se afirma


SOMENTE em
a) II e IV.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) II e III.

19. (FCC/Analista Judiciário TRE AP/2011) Clotilde, servidora pública


civil federal, está aposentada por invalidez. Na última perícia realizada
para avaliação das condições de sua saúde, uma junta médica oficial
declarou insubsistentes os motivos de sua aposentadoria determinando
o retorno de Clotilde à atividade. Neste caso, ocorreu
a) a transferência.
b) a readaptação.
c) a recondução.
d) o aproveitamento.
e) a reversão.

20. (FCC/Analista Judiciário TRE AP/2011) Lupércio é servidor


ocupante do cargo em comissão X. A autoridade administrativa
competente pretende nomeá-lo para ter exercício interinamente, em
outro cargo de confiança, o cargo Y, sem prejuízo das atribuições do
que atualmente ocupa. Está hipótese é
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a) vedada pela Lei nº 8.112/90, exatamente pelo fato de Lupércio ser
servidor ocupante de cargo em comissão.
b) permitida pela Lei nº 8.112/90, mas Lupércio deverá optar pela
remuneração de um dos cargos durante o período da interinidade.
c) permitida pela Lei nº 8.112/90, mas Lupércio receberá
obrigatoriamente a remuneração do cargo X.
d) permitida pela Lei nº 8.112/90, mas Lupércio receberá
obrigatoriamente a remuneração do cargo Y.
e) permitida pela Lei nº 8.112/90, mas Lupércio receberá 50% da
remuneração do cargo X e 50% da remuneração do cargo Y.

21. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


assertivas abaixo sobre o Provimento, Vacância, Remoção,
Redistribuição e Substituição, nos termos da Lei nº 8112/1990.
I. As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e
cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos
estabelecidos em lei.
II. O concurso público terá validade de até três anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
III. A promoção consiste em forma de provimento de cargo público.
IV. É possível a abertura de novo concurso, ainda que houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

Está correto o que se afirma APENAS em:


a) I e III.
b) I e II.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.

22. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Maria, servidora


pública estável, retornará ao cargo anteriormente ocupado tendo em
vista sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo. José,
também servidor público estável, retornará ao cargo anteriormente
ocupado, em razão de reintegração do anterior ocupante. Nos termos
da Lei nº 8.112/1990, o retorno de tais servidores denomina-se,
respectivamente,
a) recondução e aproveitamento.
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b) recondução e recondução.
c) reversão e recondução.
d) reintegração e recondução.
e) readaptação e reintegração.

23. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) De acordo com a Lei


nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, a
remoção de servidor público
a) não é cabível, a pedido, para outra localidade, a fim de acompanhar
companheiro, também servidor público civil da União, que foi deslocado
no interesse da Administração Pública.
b) pode se dar de ofício ou a pedido, sendo, nesta segunda hipótese,
sempre dependente do interesse da Administração Pública.
c) ocorre somente no âmbito do mesmo quadro.
d) pressupõe sempre mudança de sede ou função.
e) é cabível, a pedido, para outra localidade, em razão de processo
seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for
inferior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

24. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) Ricardo foi


designado para o exercício de determinada função de confiança no
âmbito da Administração Pública Federal. A respeito do fato narrado, é
correto afirmar:
a) Para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser ocupante de
cargo em comissão.
b) A função de confiança destina-se a atender necessidade temporária
de excepcional interesse público, ou seja, destina-se a situação
emergencial e provisória.
c) Exige-se concurso público para a investidura na mencionada função
de confiança.
d) Ricardo não poderá exercer atribuição de chefia, uma vez que as
funções de confiança destinam-se somente às atribuições de direção e
assessoramento.
e) Para assumir a mencionada função, Ricardo deve ser servidor público
ocupante de cargo efetivo.

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25. (FCC/Técnico Judiciário TRF 1ª Região/2011) Ana Maria foi
nomeada para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa do
TRF - 1ª Região. Nesse caso, a Administração Pública deve saber que,
em matéria de posse e exercício, o correto é:
a) Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
b) A posse ocorrerá no prazo de quarenta e cinco dias contados da
publicação do ato de provimento.
c) A posse não poderá dar-se mediante procuração, ainda que
específica.
d) O prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em
exercício, é de trinta dias, contados da data da posse.
e) A posse em cargo público independe de prévia inspeção médica
oficial.

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GABARITO

01.B 02.A 03.E 04.A 05.D 06.C 07.D 08.E

09.A 10.D 11.D 12.E 13.D 14.C 15.D 16.C

17.A 18.A 19.E 20.B 21.A 22.B 23.C 24.E

25.A

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