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Treinamento de Sistema de Cerca elétrica e Alarme

Introdução
Diariamente nos deparamos com notícias assustadoras sobre a audácia de
criminosos que perderam o medo de câmeras e outros sistemas eletrônicos de segurança.
Chegamos até a questionar a eficácia destes equipamentos que, geralmente, envolvem um
grande investimento por parte dos condomínios e proprietários de residências e imóveis
comerciais. Porém, na maioria das vezes, o erro não está no sistema, mas na falta de um
estudo adequado do local e escolha de fornecedores especializados que atendam às
necessidades específicas de cada imóvel. Para começar, é fundamental ressaltar que
segurança eletrônica não se compra no balcão. É necessário que o consumidor se
conscientize que cada imóvel possui uma característica diferente e, consequentemente,
precisa de um projeto específico, realizado por um profissional capacitado. Parece simples,
mas muitos consumidores ainda adquirem segurança eletrônica sem a orientação correta e
acabam investindo em equipamentos e serviços que, no final das contas, acabam deixando
o local vulnerável e sem a proteção adequada. Para se ter uma ideia, um simples sensor de
presença mal posicionado pode comprometer a eficácia de todo um sistema de alarme.

O Mercado de segurança eletrônica é atualmente o mais rentável devido a necessidade


atual dos empreendimentos, residências, prédios, comércios e indústrias em coibir ações de
bandidos. A partir daí surge a necessidade de profissionais capacitados para esse tipo de
serviço tão crescente e necessário no mercado atualmente. Esse curso visa apresentar o
conceito de segurança eletrônica e seu funcionamento. Além do estudo de dois segmentos
básicos existentes no mercado atual.

O que é Segurança eletrônica?


A vigilância eletrônica é um conjunto de sistemas que alia tecnologia ao serviço de
profissionais treinados para inibir invasões e coações, além de oferecer suporte contra
incêndios e administrar situações de pânico e emergências médicas, entre outras.

Esse trabalho funciona por meio de dispositivos conectados a uma linha telefônica
que se comunica com uma base. No mercado há sensores específicos para cada tipo de
ocorrência. Ao serem acionados, os sinais enviados para a equipe de suporte 24 horas já
apontam a situação do local monitorado. Atualmente, a classe média e os pequenos e

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médios comerciantes são a maior parte do público-alvo desse setor. Os serviços custam, em
média, o equivalente a uma assinatura de TV.

Cerca Elétrica

Uma cerca eletrificada é uma barreira que usa o choque elétrico impedir animais
ou pessoas de atravessarem um limite. A intensidade decorrente poderá provocar efeitos que
podem ir do desconforto até à dor ou mesmo a morte.

Projeto e função
As cercas eletrificadas são projetadas para criarem um circuito elétrico quando
tocadas por um animal ou por uma pessoa. Um componente chamado "energizador de
potência" converte a potência num breve pulso de alta voltagem. Um terminal do
energizador larga cerca de um pulso elétrico por segundo ao longo de um fio descoberto.
Outro terminal é ligado a uma vareta de metal implantada no solo que serve de fio de terra.
Um animal ou pessoa que toca no fio e no solo simultaneamente vai completar um circuito
elétrico, conduzindo o pulso, que lhe causa um choque elétrico doloroso. Os efeitos do
choque elétrico dependem da voltagem, da corrente usada e do grau de contato entre o
animal ou pessoa e a cerca e o solo. Pode ir de um efeito quase imperceptível até a um
efeito altamente doloroso ou mesmo letal.

A central de choque transforma a energia 110/220V em um pulso de energia entre 8.000 a


12.000 volts, com baixa amperagem que é inofensivo para o corpo humano. Porém a força
do choque emitido pela cerca elétrica causa um enorme efeito moral e inibe a tentativa
de invasão do perímetro protegido pela cerca elétrica.

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Cerca elétrica - Legislação


Lei Federal Nº 13.477 de 30 agosto 2017 e Lei Municipal Nº 139-1 de 2014,
normatiza a utilização de “cercas dotadas de corrente elétrica, classificadas como
energizadas, ainda que utilizem outras denominações, tais como eletrônicas, elétricas ou
eletrizadas, e sejam colocadas para delimitação de unidades territoriais dentro do perímetro
urbano”.
O parágrafo segundo estabelece que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio
Ambiente será “o órgão responsável de recepcionar, processar e licenciar” a instalação da
cerca. Na esfera federal, a aplicação da Lei deverá ficar a cargo do CREA estadual.

O licenciamento, com validade de cinco anos, deve obedecer “os mesmos critérios
e parâmetros adotados para as edificações e equipamentos erigidos na zona urbana de Feira
de Santana. A instalação de cerca elétrica sem a autorização implicará na aplicação de
penalidades imputadas pelo Código Municipal de Obras, inclusive com apreensão dos
equipamentos.

No dia 30 de agosto 2017, uma proposta para legalização das instalações de cerca
elétrica no Brasil foi sancionado como lei, dará maior poder aos órgãos fiscalizadores para
julgar de forma rápida e aplicar penalidades, tanto para o morador ou dono do imóvel,
quando ao instalador que precisa conhecer na íntegra as novas regras.

O Congresso Nacional decreta e sanciono a Lei 13477 de 30 de agosto de 2017


que estabelece os cuidados e procedimentos que devem ser observados na instalação de
cerca eletrificada ou energizada em zonas urbana e rural, vejamos mais detalhes.

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As instalações devem obedecer padrões, o primeiro fio eletrificado deverá estar a


uma altura compatível com a finalidade da cerca eletrificada, em áreas urbanas, deverá ser
observada uma altura mínima, a partir do solo, que minimize o risco de choque acidental
em moradores e em usuários das vias públicas.

Os eletrificadores também deverão prover choque pulsativo em corrente contínua,


com amperagem que não seja mortal, em conformidade com as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e deverão ser fixadas, em lugar visível, em ambos
os lados da cerca eletrificada, placas de aviso que alertem sobre o perigo iminente de
choque e que contenham símbolos que possibilitem a sua compreensão por pessoas
analfabetas.

O descumprimento dos procedimentos definidos nesta Lei, é estabelecida a


penalidade de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o proprietário do imóvel infrator,
ou síndico, no caso de área comum de condomínio edilício, e de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
para o responsável técnico pela instalação. No caso de reincidência a multa será aplicada
em dobro.

Os imóveis que, na data de publicação desta Lei, possuam cerca eletrificada ou


energizada também deverão adequar-se aos parâmetros nela previstos.

Então, está ai uma ótima oportunidade para que os instaladores façam uma revisão
nas cercas e ajustem o equipamento para a nova lei.

Considerações
 A instalação da cerca eletrificada deve ocorrer em muros ou alambrados com mais
de 2,50 metros, com placas sinalizadoras e não ter contato com vegetação.
 A cerca eletrificada deve ser instalada de forma perpendicular ou voltada para o
interior da propriedade a ser protegida. Também, não se deve vergar a cerca, dentro
dos limites da propriedade do vizinho ou rua.
 Apesar da legislação estadual e federal não proibir a utilização do sensor elétrico, é
de bom alvitre consultar a legislação municipal a respeito, pois em algumas cidades
ocorrem restrições de uso.
 A cerca elétrica possui vários atrativos: baixo consumo de energia, maior resistência
ao tempo, sendo um produto de total segurança, alta confiabilidade e baixo custo.

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Central de Alarme

Conceito
Um sistema de alarme é um conjunto de equipamentos eletroeletrônicos que tem
por finalidade informar a violação do perímetro ou local protegido, através de sinal sonoro
ou visual. É um dos meios mais eficientes e baratos para prevenir acessos não autorizados,
detectar incêndios, situações de perigo, etc.

Composição Básica de um sistema de alarme:

1. Central de Alarme: Cérebro de todo o sistema de alarme. Pode proteger um ou


vários locais e ainda informar o local exato que ocorreu o evento através das zonas
ou setores. A central recebe as informações dos sensores e periféricos disparando

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sirenes em casos de violações. Pode acionar também luzes e discar para números de
telefone avisando sobre a ocorrência.
2. Sensores: São ligados na central e têm como função, informar a mesma o estado
do setor, se houve violação ou não.
3. Sirene: Responsável pelo sinal sonoro, pode ser substituído por um sinal luminoso.
4. Bateria: É imprescindível no sistema de alarme, tendo como principal função evitar
oscilações da rede elétrica, manter o sistema funcionando na falta de energia e
fornecer corrente para o disparo da sirene.
5. Discadora: Responsável por discar para um determinado nº de telefone, a fim de
avisar que alarme foi disparado.
6. Fonte de Alimentação: É a responsável pelo bom funcionamento do sistema,
devendo manter carregada a bateria e alimentar todos os sensores.

Exemplos de equipamentos:

 Central de Alarme - Deve ser instada em local de difícil acesso e ser conectada à
linha telefônica e energia elétrica. Recebe informações de todos os sensores, dispara
a sirene no local e alerta a Central de Monitoramento para o evento.

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 Sensor de Movimento ou Infravermelho Passivo - Detecta movimentos através


de variações de temperaturas. (Existem vários modelos: simples, duplos, com micro-
ondas, etc.)
 Sirene - É acionada pela Central de Alarmes e deve ser instalada em local de difícil
acesso e que não abafe o som.
 Vídeo Porteiro - É um sistema de intercomunicação, através do qual identifica-se o
visitante que ao apertar a campainha aciona uma micro câmera transmitindo a
imagem para o monitor.
 Sensor Magnético - Detecta a abertura de uma porta ou janela. Pode ser instalado
também em quadros ou objetos valiosos. Existem modelos com fio e sem fio.
 Sensor Infravermelho Ativo - Emite feixes infravermelhos entre dois pontos
lineares, que ao serem interrompidos, acionam o alarme. Os mais seguros são os de
feixe duplo.
 Câmera Para Circuito Interno de TV - As imagens captadas pela câmera podem
ser visualizadas em um monitor local ou em uma central terceirizada, através de linha
telefônica ou internet.
 Sensor de ruído ou quebra-de-vidro - Detecta choque ou quebra de vidro.
Dependendo do modelo pode proteger grandes ambientes com múltiplas janelas
grandes ou pequenas.

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