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Agá o quê?

Cartoons em revista
Alunos participantes:
Allan Barbosa de Vasconcelos Nº 1

Ariadny Fukunaga Nº 4

Beatriz Marques da Silva Nº 5

Daniel Ribeiro Nº 7

Maiary Souza Nº 25

Marcos Melo N º 26

Mariana Cayres Simão Nº 27

Roberto Campos dos Reis Junior Nº 34

Professores coordenadores do projeto:

Eliana Orlando Fais Disciplina: Língua Portuguesa

Laís Miriam Sanchs Z. de Campos Disciplina: Inglês

Richard Luís Valladão Disciplina: Artes

Centro Paula Souza/ Etec Anna de Oliveira Ferraz

Alunos integrantes do 1º ano B/ Sala 10


Sumário
Introdução .................................................................... 1

History of comics ............................................................ 2


Background of comics ........................................................................................................... 2

Rise of Comic Books ......................................................... 4


Comics in Brazil ..................................................................................................................... 5
Who invented the comics?.................................................................................................... 6
The Press in Comics ............................................................................................................... 7
How came the comic strips in the world and in Brazil? ........................................................ 8

Comentários................................................................... 8
Ideograma ............................................................................................................................. 8
XILOGRAVURA ....................................................................................................................... 9
Xilogravura popular brasileira ............................................................................................... 9

The evolution of the comics ............................................... 10


Superheroes and the Golden Age ....................................................................................... 10
The comics Code ................................................................................................................. 12
The Silver Age of The Comics .............................................................................................. 12
Underground comics ........................................................................................................... 13
The Bronze Age ................................................................................................................... 14
The Modern Age .................................................................................................................. 15

Comentários................................................................. 16

The structure and production of comic Books ........................... 17


Structure of the HQs: ........................................................................................................... 17
Production of The HQs: ....................................................................................................... 23

Comentários................................................................. 24

Steps of comics ............................................................ 25

Comentários................................................................. 27

História em quadrinhos no Brasil ......................................... 28


Precursores e primeiros passos (1837 - 1895) .................................................................... 28
Século XX ............................................................................................................................. 29
O Tico-Tico (1905 - 1957) .................................................................................................... 29
Os suplementos de jornais e o surgimento das editoras (1929 - 1959) ............................. 30
Década de 1960 ................................................................................................................... 37
Década de 1970 ................................................................................................................... 42
Década de 1980 ................................................................................................................... 48
Década de 1990 ................................................................................................................... 51
Século XXI ............................................................................................................................ 54
Década de 2000 ................................................................................................................... 54

Comentários................................................................. 55

Cartoonists ................................................................. 56
Maurício de Souza ............................................................................................................... 56
Walt Disney ......................................................................................................................... 58
Ziraldo.................................................................................................................................. 61
Henfil ................................................................................................................................... 65
Jim Davis .............................................................................................................................. 68
Bill Watterson ...................................................................................................................... 71
Calvin and Hobbes ............................................................................................................... 72

Autobiografias .............................................................. 74
Allan..................................................................................................................................... 74
Ariadny ................................................................................................................................ 76
Beatriz ................................................................................................................................. 76
Daniel .................................................................................................................................. 77
Mariana ............................................................................................................................... 78
Maiary ................................................................................................................................. 79
Roberto................................................................................................................................ 81
Marcos ................................................................................................................................. 83

SNOW WHITE ............................................................. 85

OS TRÊS PORQUINHOS .................................................. 88

2
Introdução
Este trabalho tratará sobre as histórias em quadrinhos, origens, criadores,
evolução, produção e estética, visando aprofundamento sobre o assunto
vinculado a atividades em sala de aula, sendo tal projeto exercido pelo grupo
de alunos do 1º ano B – sala 10 do Centro Paula Souza/ Etec Anna de Oliveira
Ferraz, associado às disciplinas de Artes com o coordenador Richard Luís
Valladão, Língua Portuguesa com a coordenadora Eliana Orlando Fais e
Inglês com a coordenadora Laís Miriam Sanchs Z. de Campos.

Cada integrante da equipe desempenhou papel fundamental para o projeto,


sendo de responsabilidade do grupo a apresentação do conteúdo e uma
história em quadrinhos para ser avaliado pela coordenadora do curso de
inglês, comentários sobre o assunto, outra história em quadrinhos e a
biografia pessoal de cada integrante do grupo para avaliação da
coordenadora do curso de língua portuguesa e a estética do trabalho,
associado à produção artística dos textos e todos os elementos artísticos
do projeto para avaliação do coordenador do curso de artes.

Cumprido tais objetivos, fica a critério pessoal a participação do aluno no


projeto, sendo de responsabilidade total da pessoa a autobiografia, pois
está relacionada ao critério pessoal, tendo de ser respeitado.

No trabalho deve-se manter o conteúdo em língua inglesa e os comentários


finais de cada tópico em língua portuguesa, assim foi estabelecido que os
comentários, que são observações extras sobre o assunto, ficariam ao final
do assunto abordado, facilitando análise, entendimento e produção do texto.

Nesse livro visamos aplicar todos os conhecimentos pesquisados em fontes


diversas, para criação de algo original, único e criativo, desvinculados a
plágios ou conteúdo ofensatório ou degradante, possuindo ao final, todas as
fontes de busca e pesquisa para criação do projeto.
History of comics

S
ince the first drawing in stone until his great artistic influence: the
comic marked history, counting in an informal way and always
innovative, the stories of the people, their culture, their passions,
their idols. Bringing heroes and structuring an intense social criticism, the
Comics adaptations faced artistic varied formats, commerce and public
industry. In Brazil, comics, comics struggled to survive and excel in the
global market. The Comics have a lot of history to tell.

Background of comics
With a flash-back by antiquity, we can think
that the first men began a phase of
contemplation of the world where they lived
from the time that gave wings to imagination.
The graphic communications may have taken
the first steps with stone drawings of
animals with six legs, giving a poor (but
perceptible) idea of movement. The idea of
telling stories through images can be
observed from pre-history. At that time, humans drew the rocks the
events of your day-to-day, as the fighters they performed. Drawings of
this type exist in the caves of Lascaux in France, as elsewhere in the world,
and are called rock art. Whoever has the chance to see these paintings may
notice that the images follow a sequence - like the comics we know today.

The Egyptians stepped more convincing developing one of the first form of
written language (hieroglyphs - an orderly reading through pictures).
Egyptian artists thus created the concept of continuity, a series of
grouping pictures compositions - similarly to HQs (Comics). Likewise, the
Babylonians represented in relief, sculptures and bas-reliefs detailed their
stories.

The Greeks were responsible for the next step in the development of art:
the human figure became the center of attention, resulting in their
refinement and emphasis of the narrative element.

2
Already in antiquity we have the example of Trajan, the Roman emperor
who, in the year 113d.c. he built a column where their battles were counted
in several drawings spiral. The column today takes its name and the
beholder can see that the images obey an order and are related to each
other, telling a story. Already the Romans gave rise to satirical drawings
that achieved great popularity.

The Vikings also built pictures that adorned carpets and manuscripts.
More and more the graphical interpretation was being developed and the
art of storytelling through images was becoming a universal language.

In
the

Middle Ages from the 14th century we have another example of a story
that recalls the comic: the Way of the Cross Christian - the story of the
trial and crucifixion of Jesus told by the Catholic Church, which is narrated
in various styles. In some churches it is made of stone, in others, in
paintings or handmade panels.

But the author of the comic, which was closer to the one we know today
was the Swiss teacher Rodolphe Töpffer who designed M. Vieux-Bois
perhaps the first comic book in the world created in 1827

However the first comic published in the format set out today was the
Yellow Kid comic strip published on May 5, 1895 in the World Journal New
York United States. Its author Richard F. Outcault was the first to use
lines in your drawings - those balloons we see in current comics. "But long
before that several other authors have produced stories illustrated in the
drawings appeared in sequence with the text corresponding to the
narrative or characters to speak of just below the
illustration.

In Brazil the comic appeared at the same time around


1869 with the cartoonist Angelo Agostini who created The
Adventures of Nho Quim and Ze-Caipora in Life magazine
Fluminense of Rio de Janeiro although they were not the
same comic books we know today as the Yellow Kid why are

3
not considered the first comics. In the early 20th century magazines for
children as Tico-Tico and Sesinho - relaunched in 2001 - brought comic
blockbuster. Later in 1960 comic books famous as the Panel of Pererê
cartoonist Ziraldo and the Monica's Gang Maurício de Sousa arriving at
newsstands

Rise of Comic Books


The first comic book manufactured in
weight emerged in England in the XVII
century. With time onwards new comics and
publications in Europe and USA, with the
improvement of certain techniques
comparison. However, the comics were
considered an art "minor", and its greater
acceptance among lay people. Taking
advantage of this, the comic went into the
common man's life through the newspaper,
taking the form of "strips". Humor became
the more unexceptional theme in comics
from the XIX century thanks to this new
format found among journalists. Of the newspapers, comic strips emerged
(Yellow Kid, Mutt and Jeff, and others) who have done long careers at the
press.

In the early twentieth century, the "fantastic" became a common theme in


comics, as well as the concerns with reference and presentation. With the
emergence of publishers Comics, these consecrated and adopted a new
style of publishing, with an aspect created by the union of different unique
strips (no more "newspaper strips"). It seemed that the comic had found
the right path, but this was not enough to assure autonomy. Along with the
progressive removal of the old features of "newspaper strips", the theme
of HQ has undergone changes, containing most of the time, adventure
stories. However, the quality of thematic magazines still remained below
the "newspaper strips." It was evident that the comics needed a renewal
theme, seeking a new focus. The solution found was the old non-illustrated
novels, and the success was surprising.

4
Comics in Brazil
The children's magazine “The Tico-
Tico” was the first comic printed in
Brazil in 1905, highlighting local artists
when original U.S. no longer held.
Gradually, the Brazilian artists were
standing out with their own comics. Until
the 60s, the national HQs had as its
main theme the superheroes, trend due
to the influence of North American
comics in Brazil. However, the
"competition" between national comics
and Americans was unfair: the imported
product was better and cheaper than
the national. The consequence was that
few superheroes stayed firm - "Captain 7" is a proud exception. Around the
70's came a new copyright law, eliminating many plagiarisms among Brazilian
HQs. With the end of the "golden age" of superheroes national Brazilian
authors left to the path of humor, horror and erotic. Today, the Brazilian
HQs are among the best in the world in many of the factions in the market.

5
Who invented the comics?

The first modern comic book (HQ) was created by the American Artist
Richard Outcault in 1895. "The language of comics, with the adoption of a
fixed character, action and fragmented frameworks balloons texts,
appeared in the New York tabloids with the Yellow Kid, says historian and
journalist Álvaro Moya , author of History of Comic Books. The strip of
Outcault was so successful that the big New York newspapers went on the
warpath to have the Yellow Kid in its pages. But it is clear that this original
format to tell a story not appeared at the head of Outcault of a sudden. If
we look for the first roots of the comic, we can reach the cave paintings
made by prehistoric men that served to tell, for example, as were his
adventures in hunting.

The paintings of medieval churches who depicted Sacred


Way - the last moments of Jesus' life on earth - can also
be considered ancestors of the strips. The big difference
is that these ancestors of comics had no text, the plots
were developed only a sequence of drawings. "The comics
are a means of mass communication that combines two
different codes to convey a message: the linguistic (text)
and pictorial (image)," says the researcher Waldomiro
Vergueiro, coordinator of research Comic, University of São Paulo (USP). It
was only in the 19th century that things began to change, with pioneers
such as Swiss Töpffer Rudolph, the Frenchman

Although these artists have created works combining text and image
years before Yellow Kid, important characteristics of modern comics, such
as the use of baloons with the "lines", for example, really only appear in
American comic strip character. Georges Colomb and even the italian
Angelo Agostini, settled in Brazil since the age of 16.

6
The Press in Comics
Strips are like little comic book, only much minors who narrate facts of
various styles. We can find them in newspapers, magazines and comic books.
What are we talking about here is the funny comic strips of usually cause
laughter to those who read.
Some strips are already so popular
of turned up book as the case of
Mafalda, a girl of about seven years
old, who hates soup and loves the
Beatles and the animations of the
woodpecker, it behaves like a boy of
his age, but lives questioning the
world in which he live and the life he
has.
Helga and Hagar

Another famous strip is Helga and Hagar, the couple vicking. Helga a
housewife and bossy, being the essence of the perfect figure "super mom"
who often argues with Hagar about his habits like forgetting to wash your
hands, do not wipe your feet before entering or even when of it will grow
and Hagar, the Viking protagonist, he's a warrior who often tries to invade
England and other countries, takes a personal frustrated life is both a
fierce warrior, as a family man. His personal hygiene is exceptionally poor
and his annual bath is a time of celebrations.

7
How came the comic strips in
the world and in Brazil?
The strips can also be made of events in sports, in politics, among other
topics which are criticized and ironized through bizarre drawings .
In the nineteenth century was the United States who began publishing in
newspapers weekly colored strips each Sunday. They followed the
newspapers as if children's supplement. Adolfo Aizen brought this idea to
Brazil only in 1930.
The strip came the idea of short stories, so that the reading of the text
was fast, efficient and good-natured. Classes are used in Portuguese and in
almost all textbooks found strips for analysis and study.

Comentários
Ideograma
Ideograma é um símbolo gráfico utilizado para representar uma palavra ou
conceito abstrato.

Os sistemas de escrita ideográficos originaram-se na antiguidade, antes


dos alfabetos e números.

Como exemplos de escritas ideográficas, podemos citar os hieróglifos do


antigo Egito, a escrita linear B de Creta e a escrita maia, assim como os
caracteres Hanzi utilizados em chinês e japonês.

8
XILOGRAVURA
Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza
madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem
gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um
processo muito parecido com um carimbo. Foi muito usada
na produção das primeiras histórias em quadrinho, pois
podiam produzir muitas copias, sendo o único meio de se
transmitir uma ideia para diversas pessoas. Graças a
xilogravura as tirinhas passaram a ser conhecidas e logo
depois os quadrinhos se tornaram cada vez mais famosos.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento
cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Após este
procedimento, usa-se um rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as
partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto
relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando
a figura.

Xilogravura popular brasileira


A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura
portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura
de cordel. Quase todos os xilografos populares brasileiros, principalmente
no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes
presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista , José
Costa Leite,J.Borges,Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.

Abraão
Batista

9
The evolution of the comics

Superheroes and the Golden


Age

I
n 1938, after Harry Donenfeld’s partner, Wheeler-Nicholson quited ,
the editor Vin Sullivan's from National Allied brought a creation of
Siegel / Shuster for the cover page (although the story is secondary
in the magazine) 10 in Action Comics # 1 (June 1938.) Was the disguised
alien hero, Superman, wearing colorful clothes and a cape like the circus
performers, and that would become the archetype of the "super-heroes"
who would follow. The issue of Action Comics would become the American
comic book with the second highest number of copies, close to Dell's Four
Color Comics which is the record holder with approximately 860
publications.
The fans call the period from the late 1930s to the late 1940s the "Golden
Age" of American comics. Action Comics Marvel and Captain Marvel sold
half a million copies every month and 11 comics have become a popular and
cheap means of entertainment during the World War.
With the end of the war, the popularity of superheroes declined rapidly.
Editors began, around 1945, replacing them with adventures of juvenile
humor (symbolized in Archie Comics), animals such as Walt Disney, science
fiction, westerns, romance and parodies. The Timely superheroes were
canceled in 1950 to the latest figures of Captain America. Only National
Heroes (Superman, Batman and Wonder Woman) continued, but were close
to extinction in 1952.
The "comics" continued to have high bandages. The magazine Walt
Disney's Comics and Stories has sold nearly three million copies per month
in 1953.

10
Nearly a dozen titles with animals Dell sold a million copies every month
while the horror comics of EC Comics, geared towards adult audiences,
400.000 monthly.

Mary Marvel in the cape of the magazine Wow Comics #38, one of the
most popular characters of the Marvel Family

11
The comics Code
Between the end of the 1940s, and the
beginning of the 1950s, the comic books of
Horror and Crime Grew up mostly Especially for
violent content and blood. The EC ("Educational
Comics" then called "Entertaining Comics")
owned by Max Gaines, after his death passed
to his son Bill Gaines and became a major
commercial success and brought a creative art.
The careers of many famous artists like Al
Feldstein, Wallace Wood, Reed Crandall, Jack
Davis, Will Elder and others began in the
offices of EC13. Despite the clear quality of the work, the psychiatrist
Fredric Wertham accused Gaines of publishing comics more infamous.
Wertham's book called Seduction of the Innocent (1954), held that there
was sadistic and homosexual perversions in horror stories and superheroes.
Then a moral crusade blamed comic books for juvenile delinquency in the
lower classes of the population, and the use of drugs and, ultimately
committing crimes. A Senate subcommittee discussed the comics (April-
June 1954).

The Silver Age of The Comics


The Silver Age of Comics was the period in which
superheroes returned and dominated the publications
of two major American comics publishers, Marvel and
DC. In mid-1950, following the popularity of the TV
series The Adventures of
Superman, editors experienced
the genre of superheroes again.
The magazine Showcase # 4
(National, 1956) reintroduced the
superhero The Flash reformatted
and started a second wave of popularity of the genre
that would become known as the Silver Age. The
National expanded line of superheroes over the next
six years, introducing new versions of Green Lantern,
Elektron, Hawkman and others.

12
In 1961 the editor / writer Stan Lee and his co-
writer Jack Kirby created the Fantastic Four for
Marvel Comics. This magazine started a wave
naturalistic literature of superheroes that were
humanized, sense fear and facing inner demons,
they had difficulties such as lack of money.
Illustrated by the dynamic art of Kirby, Steve
Ditko, Don Heck and others who completed the
colorful prose of Lee, the new style has created a
revolution that made fans than children college
students. Marvel has been restricted to a few titles that were distributed
by the National rival, a situation that would continue for the entire decade
of 1960.

Other publishers followed the new strand as the American Comics Group
(ACG), the small Charlton, initial home of many professionals like Dick
Giordano; Dell, Gold Key, Harvey Comics (famous for the characters of the
class of Casper) and Tower.

Underground comics
In the ending of 1960s and early than
1970s was the popularization of so-
called underground comics. Launched
in independent publications and
outside of the circuit of major
publishers, was a reflection of the
counterculture of the time. The
characters were misfits, irreverent,
as had been the first comic. A
milestone was the publication of
Robert Crumb called Zap Comix # 1 in
1968, which had as its background the
comic porn dubbed "Tijuana bibles",
dating from the year 1920 and The
Adventures of Jesus, Frank Stack,
published in 1962. Although many of
the artists continue their work with the underground movement, which
would have ended in the ending of 1980s, being replaced by alternative
comics and aimed for adult audiences.

13
The Bronze Age

The magazine “Wizard” used the term "Bronze


Age" in 1995 to identify the Era of Contemporary
Horror. Already historians and fans call the
"Bronze Age" to describe the period of American
comics in which there were significant changes
from the 1970s. Unlike the transition Golden Age
/ Silver Age, the Bronze Age came without
magazines had interrupted the continuity, yet no
magazine entered the Bronze Age at the same
time. Changes that are routinely cited as
landmarks of the transition between the Silver
Age and the Bronze Age are:
 An explosion of heroes without powers or
anti-heroes like Conan, Tomb of Dracula,
Kamandi, Swamp Thing, Man-Thing and Ghost
Rider.
 Comics that introduced social issues like
drug abuse in Spider-Man and Green Lantern /
Green Archer.
 Reconfiguration of many popular
characters, as a "dark" Batman would approach
the original conception of the 1930s, several
changes in Superman such as the disappearance
of Kryptonite and the temporary loss of powers
of the Wonder Woman.
 The death of important characters such as Spider-Man's girlfriend
(Gwen Stacy), the Doom Patrol and several members of the Legion of
Super-Heroes.

14
The Modern Age
The development of a new distribution system in
the 1970s, and specialized bookstores frequented by
collectors and coincided with the appearance of
magazines with special stories. The comics in
continuity had an increase of complexity, requiring
readers they spent more magazines to reach the end
of the story. The price of magazines rose enough,
causing the lack of paper in United States.
In the mid of the 1980, two mini-series published
by DC Comics, Batman: The Dark Knight Returns and
Watchmen, caused a profound impact on the
American comic book industry. The popularity and
attention from the mainstream media that rose,
combined with the social changes caused a change of
themes that have become more mature and dark.
The growing popularity of anti-heroes like Punisher and Wolverine were
against that produced so independent counsel, as the comic nihilists and
obscure the First Comics, Dark Horse Comics (founded in 1990) and Image
Comics. The DC followed the wave with the publication of "A Death in the
Family," the story in which the Joker brutally murders Robin. Marvel
managed to keep up with the various titles of the X-Men with stories that
approached genocide of mutants and allegories about religion and ethnic
persecution.
In 2000, the tide had already exhausted and despite the Marvel and DC
still launches the special stories, magazines ceased to be consumed in mass,
as in the past decades.
D
espite publications have fallen, the
licensing of characters to new markets
such as electronic games and feature
films, perpetuated their image in the
general public. Continued the special
stories promoted as major events such
as the wedding of Spider-Man (with
Mary Jane), Superman's death and the
death of Captain America, with
extensive press coverage. justiceiro and Wolverine

15
Comentários
O Capitão-América foi um personagem criado durante o
período da segunda guerra mundial (1939-1945) influenciado
pela grande produção de HQs nos Estados Unidos para
arrecadação de fundos para o governo, e sendo um símbolo
norte-americano. Após o fim da guerra esse herói entrou em
queda e retornou vinte anos depois na Marvel Comics, sendo usado sempre
como ideal político, em revistas que retratavam a guerra fria. Ao longo do
tempo perdeu seu caráter político e passou a ser um símbolo americano, e
passou a integrar o grupo Os vingadores, que devido ao sucesso criou-se um
filme. Apesar disso, esse herói é mal visto por outros países atuais e sendo
reportado como na China e Coréia do sul, sendo que na Rússia o nome
completo do filme (“Capitão América o primeiro vingador”) foi substituído
por “O primeiro vingador”.

Atualmente, devido ao desenvolvimento tecnológico e criação de jogos


eletrônicos, a fabricação de HQs perdeu impulso e foco e para não perder o
negócio empresas como a Marvel e a DC passaram a integrar o universo dos
jogos. Influenciados pelos nomes dos heróis famosos e interligado a
tecnologia, o publico passou a adquirir cada vez mais os produtos dessa área,
fornecidos por empresas que apostam nesse ramo agora.

jogo liga da justiça – ps3

16
The structure and production
of comic Books

M
any wonder how it is elaborated a comic book and think that is a
hard-work to its creation. Unlike what people think, it is simple
to create comic books, but for that you must respect some
elements, and then produce the HQ.

Structure of the HQs:


1º - Frames: is the space where it mounts the stage of history. Several
frames are needed to make a comic. They are not always sq., according to
the scene are rectangular, long or high, round or even without the frame.
This element varies with the type of structure and timing of the book, and
at the beginning of the creation of this model magazine, simple frames or
even without them being little or, as in simple caricatures and comic strips
(like a newspaper). Note:

Simple frame Two frames. The first one isn’t closed


delimiting the bottom and the water in
the scene.

In this case the frames has different sizes and


tension expressed in the scene, divided into several
parts and superimposed.

17
2º - Chute: is the space between the frames, the lower a chute faster the
scene, and the further away, the slower is the scene. To decorate the
design, many artists paint the gutters with contrasting colors or similar,
depending on the scene.

See the examples:

Chute
3º - Balloon and reminders: Balloon is the speech bubble which presents
all the characters' speeches. For the speech bubbles do not stay long the
authors typically use short sentences , using objectives and easy words for
the simple understand _ . Before the drawing is created which will position
the balloon speech, so it is avoided that the pattern occupies more space
than the desired speech. There are several speech bubbles to represent
many expressions varying in color, shape and position.

There are also reminders which are the closed balloons _ , usually square
or rectangular, staying in the top left corner, but may vary from position.
Show the tells of the narrator, but also can show the character's thoughts.

18
19
4º - Letters, title and onomatopoeia: the letters are uppercase, varying
with the situation changes the
color and structure of the
source, especially in the title.
Onomatopoeia words are sounds
represented by expressing
natural phenomena, feelings,
sensations, sounds of various
objects and actions. When
represented out of a balloon
transmit idea of effect
suffered by the person or the
environment when they are in
the balloon show an action of the person, usually:

Outer effects

Besides the letter in each different situation, it also changes the


balloon used

5 - Drawing and characters: to create a


comic, it is not necessary to know to draw
perfectly, but knowing how to use diverse
elements, inanimate objects, feelings, body
parts and scenes to

20
create something creative. In addition, there are techniques to convey
ideas and feelings conveyed by the characters, like the focus on character,
using quotes, dripping sweat, air displacement effect to suggest movement
or sensation in character, play of light and shadow, the varying role the
character in the story (villain, hero, neutral) physical characteristics are
important, bodily expressions, proportions and feature. The setting
depends on the intention of the author, can show the environment that the
story develops, or can be a colored background when the site does not have
much importance. Assists greatly in the design and actions of the
characters.

The scenery is present in the first frame, showing where the scene
unfolds, but to focus on the comic situation following the detailed
background and some uses a colored background with cold colors and
evolving to hot colors in order to show a conflict in scene.

21
6 - Visual Narrative: is the way we read the comic
strip, being from left to right, top to bottom. The
character who speaks or greater prominence, usually is
left, but can also stay at another angle, long as it
receives prominence in the scene. Movements and
glances are positioned according to the action, in other
words, if a character points to the sky and asks to look
at, the other will not stay looking at the reader, for
example

22
But there is variation in the creation of visual narratives like the Manga,
who are Japanese comics, which due to reading from right to left, top to
bottom, changes the entire structure.

Production of The HQs:


Production of HQs:

To create the comics,


the artist follows the
structures mentioned
above and before
starting work, thinks
of the story, even
creating scripts for
the story. Soon after
this script, is also
produced the outline
of the characters, associated with the script. Then it creates the title
where it is bordered along the frames is, and next to the frames is
measured the space balloon and chute. After that, the characters are
drawn in embedded speech and onomatopoeia. After the fitting and design,
the story is decorated with colors, effects and finally, uses the word END
indicating the end of the story.

- “Hi, guys.”

-“mother,let´s play?”

23
Comentários

Você sabe o que é um Mangá?

Não é uma fruta, muito pelo contrário, são na verdade as historias em


quadrinhos japonesas, que tiveram início na Idade-Média feudal, onde
artistas passavam em vilas apresentando teatros de fantoches. Devido
a popularidade das historias, essas passaram a serem escritas em rolos
de papel, assim surgiram os mangás. Com o surgimento da imprensa no
século XV, ganhou impulso a divulgação dos mangás, mas na segunda
guerra mundial sua fabricação foi suspensa. Retornou em 1945, sendo
um dos poucos atrativos da cultura japonesa,o que lhe garantiu impulso,
sendo que devido a fama das histórias e modo de desenhar (personagens
expressivos, olhos grandes, personagens com características muito
diferentes da cultura de massa) fez com que esse sucesso fosse mundial
e se transforma-se em desenhos (animes, que são a derivação de um
mangá para um desenho animado) e mais tarde filmes.

Exemplos de mangás famosos são Dragonball Z, Pokemon, :Yu-gi oh,


Naruto entre outros, mas já ocorreu o inverso onde filmes ou desenhos
viraram mangás como Bob Esponja, Os Simpson, mas também há HQs
que foram adaptados para mangá como a Turma da Mônica, isso devido
ao sucesso que teve no japão.

24
Steps of comics

T
he comics have more parts before your creation. These parts
together create great comics.

1.Argument: the idea of the plot briefly


beginning, middle and end.
2.Melódica: The melódica is nothing more than the
structure of the script, which will include the scenes in
order and what happens in each scene. The way of writing
the melódica can vary from writer to writer, but usually
not usually very detailed, containing only basic information
to guide the final written later.
3.Screenplay: All the scenes with scenes, dialogues,
presentation of characters, plot development, dramas and
finalization. To produce a good script there are four very
important tips:
Writing: Write a lot. Write all the time thinking. Cannot come to make
sense in the end, but part of the creation process. No excuse: you can pick
up a single sheet of paper and write, for those who have access to a
computer, the easier it is still easy to cut, rewrite, rearrange, edit,
anyway…
Organize ideas: Many of them are good, but do not fit into a story. Ideas
have to make sense - actions have consequences, as in real life, and it is
expected that there is a beginning, middle and end. Even if the HQ is told
out of chronological order. Valley use the following order: Who? What?
How? Why? When? Where? While you work out answers to these questions,
go outlining the story in your head (and on paper or on the computer
screen).
Do not write for yourself: A script is a working tool. You should explain
clearly what you want to draw. The designer will be your first reader. If
you cannot capture his interest, let alone the other? Give as much detail
about the scenes: if not, he will have to "guess" what went through his
head. Moreover, the language used to write correctly.

25
Show the action: It is important
to think about what you are writing
will turn into pictures. Instead of
putting a box of narration explaining
that a character is evil, create a
situation in which he can
demonstrate his wickedness. The
more important the action, the more
details you have to include the
script, which will serve as guidance
for the designer. Remember that, in
a script, you identify text that
should come in the box (in balloons
or in tables of narration). This text
should always be complementary to
action.
4.Trait: defining the design style to
be used, as well as the hue and color
of light along with the density.
5.Format: Setting number of pages, as this procedure will indicate the
pace of the narrative.
6.Space distribution chart / sketch: defines the format of HQ through
scribbles history, reserving space for dialogue and subtitles.
7.The Pencil: used for designer show your dash with greater definition. A
drawing done in pencil and is considered good progress in the construction
of comics
8.Artwork: is the stage of completion that goes from the dash to the
paint time to give color to the illustrations.
9.Lettering: term originated in the English language, refers to the time to
edit the text.
10.Cover: considered as a major way to draw attention of the reader must
be extremely planned.

26
11.Back Cover: Displays credits and
additional texts.
12.Overhaul of text and pictures: key to
avoid frequent errors found in HQ.
13.Graphic test: Time to check if
everything is represented on paper as
requested.
14.Printing: When facing commercial
production is established a budget, schedule
and forecast draft that is pre-set by the
publisher responsible for publishing rights.

15.Distribution: will depend on an


agreement among the major companies in the industry.

Comentários
Muitas histórias em quadrinhos derivam de longos processos, criadas
a partir da imaginação e observação do autor sobre animais, seres da
natureza, a sociedade, sentimentos, mas alguns autores inovam o modo de
pensar anexando histórias em quadrinhos em livros
escritos. Isso o ocorre, por exemplo, no livro “Diário de
um Banana”, no qual o autor criou um livro cômico,
contando a vida de um personagem que a narra e precisa
mostrar as cenas, por isso utilizou-se o meio gráfico, não
só como forma de ilustrar o livro, mas também para
explicar ele.

No final isso mostra o porquê dos HQs serem um dos


grandes meios de linguagem da nossa sociedade, crítica,
humor, amor, aprovação ou revolta, tudo isso expresso todos os dias nos
jornais e revistas do mundo, tornando tal objeto um grande meio de
comunicação e utilizado até em concursos e provas para interpretação. Isso
prova que o filósofo chinês Confúcio (470 a.c.) estava certo ao dizer que
“uma imagem vale mais do que mil palavras”.

27
História em quadrinhos no
Brasil

A
s histórias em quadrinhos no Brasil
começaram a ser publicadas no século
XIX, adotando um estilo satírico
conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e
que depois se estabeleceria com as populares tiras.
A edição de revistas próprias de histórias em
quadrinhos no país começou no início do século XX.
Mas, apesar do Brasil contar com grandes artistas durante a história, a
influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado
editorial dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e
japoneses.

Precursores e primeiros passos


(1837 - 1895)
As histórias em quadrinhos no Brasil
começaram a ser publicadas no século XIX. Em
1837, circulou o primeiro desenho em formato
de charge, de autoria de Manuel de Araújo
Porto-Alegre, que foi produzida através do
processo de litografia e vendida em papel
avulso. O autor criaria mais tarde, em 1844, uma
revista de humor político.
No final da década de 1860, Angelo
Agostini continuou a tradição de introduzir nas
publicações jornalísticas e populares
brasileiras, desenhos com temas de sátira,
política e social. Entre seus personagens
populares, desenhados como protagonistas de
histórias em quadrinhos propriamente ditas,
estavam o "Nhô Quim" (1869) e "Zé Caipora" (1883). Agostini publicou suas
obras nas revistas: “Vida Fluminense”, “O Malho” e “Don Quixote”.

28
Século XX

O Tico-Tico (1905 - 1957)


Lançada em 11 de outubro de 1905, a revista
“O Tico-Tico” é considerada a primeira revista
em quadrinhos do país, concebida pelo
desenhista Renato de Castro, tendo o projeto
sido apresentado a Luiz Bartolomeu de Souza,
proprietário da revista “O Malho”. Após
aprovada, a revista teve a participação de
Angelo Agostini, que criou o logotipo e ilustrou
algumas histórias da revista. O formato de “O
Tico-Tico” foi inspirado na revista infantil
francesa “La Semaine de Suzette”; a
personagem Suzette foi publicada na revista brasileira com o nome de
Felismina; Bécassine, outra personagem da revista, foi chamada de Chiquita.

“O Tico-Tico” é considerado a primeira revista em quadrinhos no Brasil, e


teve a colaboração de artistas de renome como J. Carlos (responsável pelas
mudanças gráficas da revista em 1922), Max Yantok e Alfredo Storni.

Em 1930, alguns personagens das tiras americanas


foram publicados na revista como Mickey Mouse
(chamado de Ratinho Curioso), Krazy Kat, (chamado de
Gato Maluco) e Gato Félix.

J. Carlos foi o primeiro desenhista brasileiro a


desenhar personagens da Disney nas páginas de “O
Tico-Tico”.

A revista não teve rival à altura até a década de 1930,


quando vários quadrinhos norte-americanos passaram a ser publicados no
Brasil, principalmente depois do lançamento do “Suplemento Juvenil” de
Adolfo Aizen em 1934. Perdeu ainda mais espaço quando começaram as
publicações de histórias de super-heróis em 1939. A revista deixou de
manter a periodicidade semanal em 1957 e após, circulava apenas em
almanaques ocasionais até que finalmente foi fechada, em 1977.

29
Apesar da decadência de seus últimos anos, no geral a revista foi bastante
popular, com uma tiragem que variou entre 20 mil e quase 100 mil
exemplares, abrangendo várias classes, inclusive a intelectual.

Os suplementos de jornais e o
surgimento das editoras (1929
- 1959)
Em Setembro de 1929, o jornal “A
Gazeta” cria um suplemento de quadrinhos no
formato tabloide “A Gazetinha”, baseado
nos Suplementos dominicais de quadrinhos
americanos; no mês seguinte, a Casa Editorial
Vecchi (uma editora de origem italiana) lançou
a revista “Mundo Infantil” (publicada por
apenas um ano), porém o sucesso dos
suplementos se deu em 1934 com a criação
do “Suplemento Infantil” (mais tarde passa a
se chamar “Suplemento Juvenil”) de Adolfo
Aizen.

O ramo editorial descobriu o potencial dos quadrinhos de massa quando um


ainda jovem Roberto Marinho, fundador das Organizações Globo, enviou um
de seus repórteres, Adolfo Aizen, para uma
empreitada aos Estados Unidos, no que foi
chamado de Cruzeiro Turístico e Cultural a
América do Norte, no ano de 1933. Nessa
viagem, patrocinada pelos clubes de turismo
norte-americanos para estimular a ligação
entre os países das Américas, Aizen teve seu
primeiro contato com as revistas de
quadrinhos, ficando fascinado pelo formato e
pelas histórias, trazendo a ideia para o Brasil
e para Roberto Marinho. Marinho não lhe deu
muita atenção, porém Aizen, sem se dar por
vencido, levou sua novidade para o capitão João Alberto Lins de Barros,
chefe de polícia do governo de Getúlio Vargas e diretor do jornal “A Nação”.
30
João Alberto não só gostou da ideia, como fez um suplemento para cada dia
útil da semana, seguindo o modelo norte-americano de comic book, a revista
de histórias em quadrinhos propriamente dita. “Suplemento Infantil”,
lançado em março de 1934, a primeira edição teve capa de J. Carlos (assim
como “O Tico-Tico”, o “Suplemento Infantil” misturava tiras estrangeiras e
brasileiras, desenhadas por artistas como Monteiro Filho) tendo quinze
edições, pela recém-formada editora de Aizen, a Grande Consórcio de
Suplementos Nacionais.

As tirinhas e os suplementos de jornais


faziam muito sucesso entre crianças e jovens,
e isso não passou despercebido por Marinho.
Após os lançamentos de Aizen, “Suplemento
Juvenil” (1934) e “Mirim” (1941), Marinho
lançou o “Globo Juvenil” (1937) e “Gibi” (1939),
termo que se tornou sinônimo de revista em
quadrinhos no Brasil. Enquanto nos produtos de
Aizen havia histórias e passatempos de
artistas nacionais e estrangeiros, Marinho
optou por ter apenas material estrangeiro.
Nessa mesma época, um ainda desconhecido Nelson Rodrigues, fazia
adaptações de obras clássicas, como “O Fantasma de Canterville”, de Oscar
Wilde.

Em 1940, o jornalista Assis Chateaubriand, lança a revista “O Gury” (mais


tarde teria a grafia alterada para “O Guri”) com o subtítulo “O Filhote do
Diário da Noite”, para ser publicada no jornal “Diário da Noite”, embora
tenha registrado o nome da publicação desde 1938. A revista era composta
de várias publicações da editora americana Fiction House, que publicava
revistas especificas para cada gênero: aventuras espaciais, aventuras nas
selvas, lutas, etc., foi a primeira revista impressa em quatro cores.
Chateaubriand havia adquirido modernas impressoras diretamente dos
Estados Unidos, e a primeira edição era uma cópia exata da revista “Planet
Comics #1” da Fiction House; posteriormente, a revista publicou histórias
da Fawcett, da King Features e da Timely Comics; o então adolescente
Millôr Fernandes trabalhava como ajudante de arquivo na revista “O

31
Cruzeiro” e, como muitos adolescentes dessa época, era leitor de histórias
em quadrinhos (Millôr colecionava o “Suplemento Juvenil” de Adolfo Aizen)
e acabaria sendo um colaborar da revista “O
Guri”.

Em 1941, o grupo de comunicação de


Chateaubriand cria a editora O Cruzeiro; na
revista “O Cruzeiro” surgem os cartuns de “O
Amigo da Onça” de Péricles. Péricles também
publicava em “O Guri” a tira “Oliveira
Trapalhão”; “O Amigo da Onça” também foi
ilustrado por Carlos Estêvão, que desenhou o
personagem após a morte de Péricles (que
cometera suicídio). Em março de 1952, a
editora O Cruzeiro lança uma nova versão da revista “O Guri”, impressa em
preto e branco, através do processo de rotogravura; na primeira edição
foram publicados os heróis da Fox Feature Syndicate: “Dagar, o rei do
deserto”, “O Falcão dos sete mares” e “Rulah, a deusa da selva”.

Após 1942, Aizen passou a ter dificuldades financeiras, e logo vendeu sua
editora (Grande Consórcio de Suplementos Nacionais) para o governo
Vargas, mas continuou prestando serviços para o jornal “A Noite”; em 1945,
Aizen pede a João Alberto, diretor do jornal para que o ajude a conseguir
um empréstimo no Banco do Brasil, e com um capital de dois milhões de
cruzeiros, funda a Editora Brasil-America Ltda. (mais conhecida pela sigla
EBAL), tendo como sócios o próprio João Alberto Lins de Barros e Claudio
Lins de Barros. Aizen lança a revista “Seleções Coloridas”, trazendo
personagens da Walt Disney Company, a revista foi publicada em parceria
com a revista argentina Editorial Abril de Cesar Civita.

A revista teve 17 edições e foi publicada até 1948. Em Julho de 1947,


Aizen publica a primeira revista publicada apenas pela EBAL, “O Heroi”
(grafada sem acento), que publicou os heróis das selvas da Fiction House,
além de histórias de faroestes. Também é lançada a primeira revista do
“Superman” no país (o nome Superman, era usado apenas no título, dentro da
revista era usada a grafia Super-Homem); no ano seguinte lança a
revista “Edição Maravilhosa”, inspirada nas revistas americanas “Classics
Illustrated” e “Classic Comics” que traziam adaptações de livros em
quadrinhos.

32
Na época, os quadrinhos eram vistos como má influência por educadores e
religiosos, e durante 23 edições, a revista publicou histórias produzidas nos
Estados Unidos; na edição 24, Aizen encomendou a André LeBlanc uma
adaptação de “O Guarani” (romance escrito por José de Alencar).
Para aproveitar o sucesso dos quadrinhos entre
as crianças, foram criadas as
revista “Sesinho” (1947) do Serviço Social da
Indústria (o Sesi) e “Nosso Amiguinho” (década
de 1950), da Casa Publicadora Brasileira. Apesar
de “Seleções Coloridas” serem impressas em
cores, todas as publicações posteriores da EBAL
eram em preto e branco; em 1951, uma edição
especial da revista “Superman” foi publicada em
cores, porém a editora só investiria em
publicações coloridas na década de 1970.

Em março de 1947, o ilustrador português Jayme Cortez se muda para


o Brasil. Cortez havia colaborado na revista portuguesa “O Mosquito” e no
semanário feminino
“A Formiga”. Ao chegar ao país, começa a produzir charges políticas para o
jornal “O Dia”; e em maio do mesmo ano, produz a tira semanal “A Caça dos
Tubarões”, publicada pelo “Diário da Noite”, e logo em seguida adapta o
romance “O Guarani”, no formato de tiras diárias para o mesmo jornal; em
1949, passa a trabalhar em “A Gazeta Juvenil” do jornal “A Gazeta”, onde
adapta o livro “O rajá do Pendjab” de Coelho Neto.
Em 1950 Victor Civita, imigrante italiano, juntamente com seu irmão que já
morava na Argentina, Cesar Civita, fundam a Editora Primavera (em julho do
mesmo ano, é rebatiza como Editora Abril). Sua primeira publicação foi a
revista em quadrinhos “Raio Vermelho”, uma revista no formato horizontal
(21,5 x 28,5 cm) e composta por quadrinhos originários da Itália; em Junho
do mesmo ano, já com o nome Editora Abril,
publicou a revista “O Pato Donald”. A revista “O
Pato Donald” foi publicada inicialmente no formato
americano, mas a partir da
22ª edição, publicada em março de 1952, passou a
ser publicada em Formato Pato ou como também é
conhecido, como formatinho (formato de revistas
muito usado em histórias em quadrinhos infanto-
juvenis no Brasil).

33
Em Janeiro de 1950, a Casa Editorial Vecchi,
lança a revista “O Pequeno Xerife” no formato
de talão de cheque, outro formato importado
da Itália; em julho do mesmo ano, O Globo
também lançaria uma revista nesse formato,
“Júnior”, que em sua 28ª edição publicaria,
pela primeira vez no país, o cowboy Tex
Willer, da Sergio Bonelli Editore.
Também em 1950, a “La Selva”, distribuidora
de jornais e revistas, torna-se uma editora
com o lançamento da revista “Seleções de Rir
Ilustrada”. A editora não demoraria a investir
em quadrinhos, comprando a revista “O Cômico
Colegial”, de Auro Teixeira, criada em 1949,
que foi vendida pelo seu editor, em dificuldades financeiras. Para publicá-la,
em julho de 1950, a La Selva adquire, através da Distribuidora Record de
Serviços de Imprensa (Record), os direitos de publicação do personagem
The Black Terror da Nedor Comics. E em julho de 1950 lança a revista “O
Terror Negro” como suplemento extra da revista “O Cômico Colegial”. a
revista publicou heróis como o personagem título, Black Terror, e de outros
heróis como Doc Strange e Homem-Maravilha; na edição seguinte, foi usada
uma capa desenhada por Jayme Cortez, típica de histórias de terror.
Apenas na 9º edição (Março de 1951), a revista deixou de trazer o nome da
revista “Cômico Colegial”, trazendo apenas o nome “O Terror Negro”,
chegando a fazer sucesso. Por não possuir, porém, mais histórias do
personagem principal para publicar, os editores da revista resolveram
comprar direitos de quadrinhos de terror, como a revista “Beyond”, da
editora Ace Publication. Em 1953, “O Terror Negro” passou a ser quinzenal,
e surgem outras revistas do gênero Sobrenatural, tais como “Contos de
Terror”, “Frankenstein” (no ano seguinte); as revistas eram todas compostas
de matéria estrangeira, e os artistas brasileiros eram responsáveis apenas
pelas capas.
Ainda em 1953, Cláudio de Souza (uns dos primeiros funcionários da
Editora Abril), que trabalhava na Abril, passou a colaborar na La Selva,
editando as revistas policiais “Emoção” e “Conto de Mistério” e produzindo
roteiros para os quadrinhos de “Arrelia e Pimentinha”, “Fuzarca
e Torresmo”, “Oscarito e Grande Otelo”,

“Fred e Carequinha” e “Mazzaropi”. Na Abril, Souza ajudou a criar


a Distribuidora Nacional de Publicações (DINAP) e as revistas “Capricho”,

“Cláudia” e “Placar”, além de criar o Centro de Criação, responsável pela


formação de roteiristas e desenhistas para a editora.
34
Os quadrinhos de terror da editora instigaram
ainda mais a discussão sobre o papel das
histórias em quadrinhos na mente das crianças
e jovens.

Em 1967 morre Vito Antonio La Selva, e a


editora é fechada em 1968, motivada por uma
crise financeira e por brigas entre os filhos de
Vito.

Em 1951, Miguel Penteado, Reinaldo de


Oliveira, Álvaro de Moya, Jayme Cortez e
Syllas Roberg organizam a Exposição
Internacional de Histórias em Quadrinhos, onde foram expostas várias
artes originais dos autores das tiras de jornal como Alex
Raymond desenhista de “Flash Gordon”, Milton Caniff desenhista de “Terry
e os piratas” e “Steve Canyon”, Hal Foster desenhista de “Tarzan e Príncipe
Valente” e Al Capp desenhista de “Ferdinando”. No ano seguinte, os artistas
criam a ADESP (Associação dos Desenhistas de São Paulo), uma das
principais bandeiras da entidade, era a nacionalização dos quadrinhos, ou
seja, a criação de cotas para quadrinhos produzidos por artistas brasileiros.

Em 1952, Roberto Marinho resolveu cria uma editora, de início escolheu o


nome Editora Globo para fazer alusão ao seu jornal, porém foi impedido, já
que a Livraria do Globo de Porto
Alegre também atuava como editora, assim
Marinho cria a Rio Gráfica Editora (mais
conhecida pela sigla RGE).

Na segunda metada da década de 1950,


surgiram também os primeiros trabalhos
independentes de Carlos Zéfiro, autor
dos catecismos (quadrinhos eróticos);
Zefiro era o pseudônimo do carioca Alcides
Aguiar Caminha, cuja verdadeira identidade
só seria revelada em 1991, pelo
jornalista Juca Kfouri nas Revista Playboy.

35
A Editora Continental (mais tarde chamada de Taíka), foi fundada em 1959
por Miguel Penteado, José Sidekerskis, Victor Chiodi, Heli Otávio de
Lacerda, Cláudio de Souza, Arthur de Oliveira e Jayme Cortez. Os
quadrinhos da Continental eram totalmente produzidos no país. Passaram
pela Editora Nomes com: Gedeone Malagola, Júlio Shimamoto, Flavio
Colin, Gutemberg Monteiro, Nico Rosso, Paulo Hamasaki, Wilson Fernandes
entre outros. A editora lançou alguns títulos licenciados: “Capitão 7”

(baseado em uma série de televisão da Rede Record), “Capitão Estrela” (um


super-herói pertencente à Manufatura de Brinquedos Estrela, cujo seriado
era exibido pela TV Tupi), “O Vigilante Rodoviário”

(da TV Excelsior), desenhado por Flavio Colin, entre outros. A Continental


também foi a primeira editora a publicar o cãozinho Bidu, de Mauricio de
Sousa, que havia estreado em tiras diárias publicadas no jornal “Folha da
Manhã” (atual Folha de São Paulo) no mesmo ano de fundação da editora.

Outras editoras passaram a publicar personagens licenciados; do rádio


vieram “As aventuras do Anjo”, pela
RGE (Rádio Gravações Especializada,
também desenhada por Flavio Colin e
por Walmir Amaral),

“Jerônimo, o Herói do Sertão” e


“Capitão Atlas” pela Editora Garimar
(este último também trazia histórias
de Morena Flor de LeBlanc); a editora
Garimar também publicou o “Falcão
Negro”, uma espécie
de Zorro medieval , personagem de um
seriado televisivo produzido e exibido
pela TV Tupi.

36
Década de 1960
m 1960, Ziraldo lança a revista “Pererê”,
pela editora O Cruzeiro; “Pererê” surgira
um ano antes nas páginas da revista “O
Cruzeiro” em uma série de cartuns, a
revista é publicada até 1965. A ADESP
(Associação dos Desenhistas de São Paulo),
composta por Mauricio de Sousa
(presidente), Ely Barbosa (vice), Lyrio
Aragão Dias (secretário-geral), Luiz
Saidenberg (primeiro-secretário), Daniel
Messias (segundo-secretário), Júlio
Shimamoto (tesoureiro), José Gonçalves de
Carvalho (primeiro tesoureiro) e Ernan
Torres, Gedeone Malagola e Enersto da
Mata (conselho fiscal), continua sua campanha pela nacionalização dos
quadrinhos.

Em 1961, o presidente eleito Jânio


Quadros, chega a elaborar uma lei de
reserva de mercado para quadrinhos;
temendo represálias, as principais editoras de
quadrinhos da época: EBAL (Editora
Brasil-America Ltda), Rio Gráfica Editora,
Abril, Record e O Cruzeiro criam “Código de
Ética dos Quadrinhos”, a versão brasileira do
Comics Code, tendo como base o código
americano e os “Mandamentos das
histórias em quadrinhos” da EBAL. Tais
mandamentos foram criados por Aizen ainda em 1954, e foram usados na
série inglesa “Romeu Brown” (as mulheres sensuais da série ganharam
roupas mais comportadas) e na adaptação de “Casa-Grande &
Senzala” de Gilberto Freyre. Até mesmo séries americanas submetidas ao
Comics Code eram reavaliadas pelo código da editora, porém Jânio acaba
renunciando no mesmo ano, e o projeto de lei é abandonado.
Seu cunhado Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul,
resolve criar a CETPA (Cooperativa e Editora de Trabalho de Porto Alegre-
RS), e a CETPA funcionaria não só como editora, como também atuaria como
sindicato, distribuindo tiras de artistas brasileiros. A ideia foi proposta por

37
José Geraldo (que já havia desenhado para a EBAL), e a editora publicou os
trabalhos de Júlio Shimamoto, Getúlio Delphin, João Mattini, Bendatti,
Flávio Teixeira, Luiz Saidenberg e Renato Canini; a CETPA, porém, duraria
apenas dois anos.
Com a instauração do Regime Militar (1964), Mauricio de Sousa se retira
da ADESP, alegando que a entidade estaria ganhando conotação política.
Mauricio de Sousa começa a ampliar seus
personagens infantis, surge então
o Cebolinha (1960), Cascão (1961) e
Mônica (1963), esta última baseada em sua
própria filha, Mônica Spada; logo em seguida o
núcleo de personagens iniciados com Bidu e
Franjinha passariam a ser conhecido como “A
Turma da Mônica”. Enquanto publica “A Turma
da Mônica” no jornal “Folha de São Paulo”,
Sousa também lança o herói
espacial Astronauta (1963) e homem das
cavernas Piteco (1964) pelo jornal
paulista “Diário da Noite”, que também
pertence aos conglomerados ”Diários
Associados”, logo em seguida criaria um sindicato para publicar suas
próprias tiras.
Em setembro de 1963, Lenita Miranda de Figueiredo cria a “Folhinha”,
suplemento infantil do jornal “Folha de São Paulo”. Mauricio de Sousa auxilia
Lenita na produção do jornal, publicando tiras de seus personagens, além de
criar a mascote Augustinha. A pedido de Mauricio de Sousa, Julio
Shimamoto cria a tira
“O Gaúcho” para ser publicada no suplemento, uma espécie
de Zorro brasileiro; inicialmente Julio Shimamoto tinha duas opções: fazer
um cangaceiro ou um gaúcho acabou escolhendo um gaúcho, pois na época os
cangaceiros eram retratados como bandidos, e, além disso, enquanto
trabalhou na CETPA (Cooperativa e Editora de Trabalho de Porto Alegre-
RS), Shimamoto se interessara pela história sobre o Rio Grande do Sul e
adquiri vários livros, que serviriam como pesquisa para a criação da tira, que
foi publicada pelo jornal até 1965 , o suplemento também publicou a tira
Vizunga de Flavio Colin.

38
Em 1964, o italiano de mãe brasileira Eugênio Colonnese se muda para o
Brasil. Colonnese iniciou a carreira como quadrinista na Argentina em 1949,
e ao visitar a mãe em 1957, publica pela EBAL (Editora Brasil-América) uma
adaptação de “O Navio Negreiro” de Castro Alves. Ao estabelecer
residência no Brasil, começa a desenhar quadrinhos românticos para a Ediex
(Editormex), uma editora de origem mexicana, e logo retomaria parcerias
com artistas com quem trabalhou na Argentina: o roteirista Osvaldo Talo e
o desenhista Rodolfo Zalla. Zalla havia chegado ao Brasil no ano anterior, e
seus primeiros trabalhos foram tiras diárias do personagem Jacaré
Mendonça para o jornal “Última Hora”; posteriormente, desenhou para a
Taika o Targo (um herói tipo Tarzan) e O Escorpião (uma espécie de
Fantasma brasileiro criado por Wilson Fernandes; coube a Zalla mudar o
visual do personagem para evitar um processo de plágio pela King Features
Syndicate). Em 1966, Zalla e Colonnese fundaram o Estúdio D-Arte, que
prestaria serviços a várias editoras brasileiras; em 1967, Colonesse cria
para a Editora Jotaesse, de José Sidekerskis, a sensual Mirza, a mulher
vampiro. Zalla e Colonnese foram responsáveis pela utilização da linguagem
dos quadrinhos em livros didáticos.

Ainda em 1964, o desenhista Minami Keizi resolve


apresentar seu personagem Tupãzinho, o guri atômico,
em editoras paulistas. Inspirado em “Astro Boy”,
de Osamu Tezuka, o personagem apresentava as
características típicas dos mangás (quadrinhos
japoneses). Ao ver os desenhos do personagem, o
desenhista Wilson Fernandes aconselha Keizi a mudar a
anatomia para um estilo mais próximo dos quadrinhos
americanos; no ano seguinte, Keizi publica tiras diárias
do “Tupãzinho” no

39
jornal “Diário Popular” (atual Diário de São Paulo), e desta vez Keizi passa a
se basear no estilo dos personagens da Harvey
Comics: Gasparzinho; Riquinho; Brasinha. No ano seguinte, publica uma
revista do “Tupãzinho” pela editora Pan Juvenil, dos donos Salvador
Bentivegna e Jinki Yamamoto, quando Keizi se torna supervisor da editora.
A Pan Juvenil não andava bem financeiramente, e ainda em 1966 Keizi
publica o “Álbum Encantado”, pela Bentivegna Editora, com adaptações de
fábulas infantis escritas pelo próprio Keizi. O que diferencia essa
publicação é que Keizi orientou os desenhistas Fabiano Dias, José Carlos
Crispim, Luís Sátiro e Antonio Duarte a seguirem o estilo mangá; logo em
seguida Bentivegna e Yamamoto convidam Keizi para ser sócio na EDREL
(Editora de Revistas e Livro); o Tupãzinho virou símbolo da EDREL. A
editora também foi responsável por revelar outro descendente de
japoneses influenciado pelos mangás, Claudio Seto que publicou vários
outros personagens inspirados em “Astro Boy”.

Minami Keizi era bastante


influenciado pelos mangás,
porém, como estilo ainda era
desconhecido no país, seguiu
o estilo cartoon da Harvey
Comics.
Em 1965, Edson Rontani lança “Ficção”
(Boletim do Intercâmbio Ciência-Ficção Alex Raymond), o primeiro fanzine
(revista para fãs) brasileiro dedicado a histórias em quadrinhos, que trazia
informações sobre os quadrinhos brasileiros desde a publicação de “O Tico-
Tico” em 1905.
Em 1967, a Rede Bandeirantes, compra a série de desenhos animados “The
Marvel Super Heroes”, e com isso a EBAL (Editora Brasil-América) resolve
lançar os quadrinhos da Marvel Comics, que era representada no Brasil pela
Apla (Agência Periodista Latino-Americana). A editora estabelece uma
parceria com os postos Shell, que distribuem edições
promocionais gratuitamente para quem abastecesse nos
postos da empresa, porém a EBAL não adquire todos os
títulos da editora americana, e prefere lançar os
personagens que apareciam nos desenhos
animados: Capitão América, Hulk, Thor, Namor e Homem
de Ferro, enquanto outras editoras pequenas lançam os
títulos restantes: a GEP (Gráfica Editora Penteado) lançou
X-Men, Surfista Prateado e Capitão Marvel, publicadas na
revista “Edições GEP” e a editora Trieste lançou Nick

40
Fury. O Homem-Aranha, só seria lançado pela EBAL em 1969, também por
decorrência de um desenho animado.
Muitos personagens cujas histórias haviam sido canceladas nos Estados
Unidos tiveram novas histórias produzidas por artistas brasileiros. Foi esse
o caso do “Homem-Mosca”, da Archie Comics, de Jack Kirby e Joe
Simon (criadores do Capitão América), publicado pela La Selva; e “Tor”,
de Joe Kubert.

A editora Malagola também publicou seus


super- heróis Raio Negro (cujos poderes e
origem eram similares ao Lanterna Verde), o
Homem-Lua (criado a partir de um roteiro
recusado pela RGE para “O Fantasma de Lee
Falk”), e o Hydroman (inspirado no
personagem Namor da Marvel). Raio Negro
teve uma revista própria (onde também
eram publicados Homem-Lua e Hydroman), e
algumas histórias publicadas na revista
“Edições GEP”, além de protagonizar um
curioso crossover (encontro) com Unus, um vilão dos “X-Men”. Na história,
Unus era retratado como um herói (algo que nunca ocorreu em histórias da
Marvel).

No final de 1969, a EBAL (Editora Brasil-


América), por conta do cancelamento da
Revista do “Mestre Judoca” (personagens
da Charlton Comics nos EUA), encomenda a
Pedro Anísio e Eduardo Baron um novo herói
brasileiro: o artista
marcial mascarado Judoka. O personagem
tinha roteiros escritos por Pedro Anísio e
desenhos de Eduardo Baron, Mário José de
Lima, Fernando Ikoma e Floriano Hermeto.
(Em 1973, foi adaptado para os cinemas em
um filme estrelado por Pedro Aguinaga
e Elisângela); apesar do filme, a revista do herói foi cancelada no mesmo
ano.

A Rio Gráfica Editora também deu continuidade a personagens


de faroeste, que tiveram suas histórias encerradas: “Rocky Lane” (revista
41
licenciada baseado em um ator de filmes do gênero) e “Cavaleiro
Negro” da Marvel Comics; neste último, para suprimir material, a editora
adaptou história do personagem espanhol Gringo, algumas delas produzidas
pelo brasileiro Walmir Amaral e pelo italiano Primaggio Mantovi. Ainda pela
editora, seriam produzidas histórias
do “Recruta Zero”, de Mort Walker.

Em junho de 1969, é lançado o


semanário “O Pasquim” criado pelo
cartunista Jaguar, em parceira com os
jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral.
Também participaram da revista artistas
como Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil,
Prósperi e Fortuna (Reginaldo José Azevedo
Fortuna); no semanário tinha um enfoque
comportamental, e com a implementação
do Ato Institucional Número Cinco
(decretos emitidos pelo regime militar
brasileiro), a publicação ganhou conotação política.

Década de 1970
No início dos anos 1970, os quadrinhos infantis no país
predominaram, com a publicação das revistas de Maurício
de Sousa e a montagem pela Editor Abril de um estúdio
artístico, dando oportunidade a que vários quadrinistas.

Começassem a atuar profissionalmente, produzindo


principalmente histórias do Zé Carioca e de vários
personagens da Disney, e também trabalhando com todos
os personagens dos quais a editora adquirira os direitos,
como os da editora Hanna-Barbera.

Em 1970, Primaggio Mantovi se torna diretor de arte da


RGE (Rio Gráfica Editora); em 1972, lança pela editora a
revista de um personagem criado por ele, o palhaço
“Sacarrolha”; no ano seguinte, começa a trabalhar na
Editora Abril, produzindo história dos personagens Disney
(roteirizando ou desenhando roteiros de outros artistas : Pato Donald,
Mickey, 00-Zero, Superpateta, Peninha) e logo assume o comando do

42
“Centro de Criação do Grupo de Publicações Infanto-Juvenis”. Em 1975,
“Sacarrolha” passa a ser publicado na Editora Abril e nos suplementos
“Folhinha” da Folha de São Paulo e “Hojinho” do “Jornal de Hoje”, do Rio de
Janeiro.

Rimaggio Mantovi, também roteirizou histórias


do “Zorro”, um personagem surgido nos pulps
(revistas feitas com papel de baixa qualidade a
partir do início da década de 1900) e que não
pertencia a Walt Disney Company, mas que
chegou a ser licenciado pela empresa.

Em 1957, a Walt Disney produziu um


seriado live-action (animação onde atores reais
são os personagens. Ex.: filme Os Flinstons)
baseado na criação de Johnston McCulley
(criador das histórias do Zorro); no ano seguinte a Dell Comics publicaria
histórias na revista “Four Color”, desenhada por Alex Toth. Não era a
primeira vez que a revista publicava histórias do personagem: em 1949 (no
Brasil, a história saiu na primeira versão da revista Edição Maravilhosa), já
havia publicado uma adaptação do livro de McCulley. O sucesso da série de
televisão no Brasil, fez com que a Abril publicasse essas histórias
produzidas por Alex Toth e por outros artistas como Warren Tuffs; o
sucesso do personagem fez com que a editora encomendasse histórias
produzidas por artistas brasileiros. Ivan Saidenberg e Primaggio Mantovi
eram responsáveis pelos roteiros e os desenhos eram executados por
artistas como Rodolfo Zalla, Walmir Amaral, Moacir Rodrigues Soares e
Rubens Cordeiro. Logo depois, em 1979, o personagem teria outras revistas
publicadas pela EBAL (Editora Brasil-América), inicialmente publicando
material estrangeiro, mas dois anos depois a editora encomendou uma série
produzida por artistas brasileiros, com roteiros de Fernando Albagui e
Franco de Rosa e arte de Sebastião Seabra. Em 1984, Franco de Rosa
produziria uma nova revista do Zorro para a Press Editora, pois, segundo
Rosa, o personagem havia se tornado de domínio público.

Nessa década, também são realizadas exposições sobre como o “Primeiro


Congresso Internacional de Quadrinhos”, realizado em 1970 no Museu de
Arte de São Paulo. O evento foi realizado pela Escola Panamericana de
Artes e a Prefeitura de São Paulo, e teve exposições de originais e
palestras de artistas brasileiros e estrangeiros. Em 1974, surge o
43
primeiro Salão Internacional de Humor de Piracicaba, sendo tal evento uma
evolução dos “salões de caricaturas” criados por
Edson Rontani.

Em 1972 com a saída de vários diretores da


companhia EDREL (Editora de Revistas e Livro),
ela é desativada. No mesmo ano, Minami Keizi
(um dos fundadores da EDREL) cria uma nova
editora, Minami & Cunha Editores (M & C
Editores), em parceira com Carlos da Cunha;

pela editora, são publicadas duas revistas


escritas por Gedeone Malagola, “Múmia”
(desenhado por Ignacio Justo) e “Lobisomem”
(desenhado por Nico Rosso, a série que fora publicada inicialmente pela
GEP, onde era desenhada por Sérgio Lima). A editora também publicaria
quadrinhos da Marvel Comics: “Doutor Estranho”, publicado na revista “Dr.
Mistério”, e “Conan, o Bárbaro” um personagem de espada e feitiçaria,
criado por Robert E. Howard em 1932, nas páginas da revista pulp “Weird
Tales”.

Ainda em 1973, a editora O Cruzeiro publicou histórias em quadrinhos


do Capitão Aza na revista “O Cruzeiro Infantil”, personagem interpretado
por Wilson Vianna em um programa da TV Tupi Rio (uma das empresas
pertencente ao grupo Diários Associados). Em 1975, a editora “O Cruzeiro”
é fechada e por conta disso a revista é cancelada.

No mesmo ano a Bloch Editores assume os títulos


Marvel no Brasil; diferente da EBAL (Editora Brasil-
América), que publicava apenas alguns títulos, a
Bloch assumiu todos os títulos, evitando que fossem
negociados com as editoras menores, e com isso
publicou os principais personagens e outros títulos
recentes como “Conan” e “Mestre do Kung Fu”
(criado para se aproveitar o sucesso dos filmes
estrelados por Bruce Lee). A editora usou a mesma
estratégia da EBAL, a série animada “The Marvel
Super-Heróis”, era exibida no programa do Capitão
Aza, e Wilson Viana (o próprio Capitão Asa) criou o “Clube do Bloquinho”
para os fãs.

44
As revistas da Bloch foram muito
criticadas, pois a editora adotou o
formatinho ao invés do formato
americano; além de serem impressas em
baixa qualidade, as cores de vários
personagens apareciam trocadas, e a
editora optou por publicar histórias
inéditas de vários personagens, menos do
Homem-Aranha, pois as mesmas já
haviam sido publicadas pela EBAL. A
parceira com a TV Tupi duraria até 1978.

Entre 1976 e 1987, a Bloch Editores publicou revistas baseadas no grupo


de humoristas “Os Trapalhões”, e a publicação foi produzida pelo estúdio do
quadrinista Ely Barbosa.

Outro desenho exibido no programa do Capitão Aza, e que ganharia uma


revista em quadrinhos no Brasil, era Speed Racer (Mach Go Go Go no
original), série de animação japonesa. A Editora Abril publicou a revista
“Speed Racer”, mas ao invés de publicar o mangá original, produzido pelo seu
criador Tatsuo Yoshida, optou por importar da Argentina revistas
produzidas pela Editorial Abril de Cesar Civita; tanto na Argentina, quanto
no México, o personagem é conhecido como Meteoro.

A metade da década é marcada pelo lançamento de diversos títulos de


terror; em 1976, a Rio Gráfica Editora lança a revista “Kripta”, uma revista
no formato americano e em preto e branco, baseada nas revistas “Eerie” e
“Creepy”, da empresa americana Warren Publishing. A editora iniciou sua
linha de terror em 1964, adotou o formato magazine (formato de revistas
grandes como a brasileira Veja) e impressa em preto e branco.

No mesmo ano, a editora Vecchi publica a revista “Mad”, sob o comando do


cartunista Ota, que iniciou a carreira na EBAL (Editora Brasil-América).
“Mad” mesclaria material americano e brasileiro, e no ano seguinte é lançada
a “Spektro”, que publica histórias das editoras Gold Key (de onde tirou o
título, baseado na revista “Dr. Spektro”), da editora Charlton (“Dr.Graves”)
e da editora Fawcett (“Dr. Morte” e “Dr. Mistério”), e logo publicaria
histórias locais, inicialmente republicando histórias da revista “Clássicos do
Terror” da editora Taika, mas logo encomendaria novas histórias criadas por
artistas como Manoel Ferreira, Itamar, Cesar Lobo, Eugênio Colonnese,

45
Julio Shimamoto e Flavio Colin. Esses dois últimos já estavam afastados dos
quadrinhos, trabalhando em publicidade.

As histórias americanas e brasileiras apresentavam notável diferença: as


histórias brasileiras traziam conteúdo mais adulto, podendo até trazer
cenas de sexo, caso fosse necessário.

A Marvel Comics passou a publicar títulos de terror e em meados


da década de 1970, a Bloch Editores, que na época possuía licença dos
Quadrinhos Marvel, resolveu publicar esses títulos no Brasil. Tal como
acontecera com os títulos anteriores de terror, essas revistas também
deram espaço para a produção local.

A década também foi marcada pelo surgimento de revistas em quadrinhos


de humor que mesclaram material estrangeiro e brasileiro e revista que
resgataram tiras brasileiras e publicaram material inédito. Em 1971, surge à
revista “Grilo”, uma revista no formato tabloide, as primeiras 24 edições da
revista traziam tiras de jornal dos Estados Unidos: “Peanuts”,

“O Mago de Id”, “Pogo”, entre outras, a partir da edição 25, a linha editora
da revista sofre uma mudança, o formato tabloide é substituído pelo
formato magazine e as tiras trocadas pelas histórias adultas: os
Underground comix de artistas como Gilbert Shelton e Robert Crumb .
Ocorre também a mudança das tiras por material europeu como “Paulette”
do francê Georges Wolinski e “Valentina” do italiano Guido Crepax, a revista
foi publicada até 1972 e teve 48 edições .

Em 1973, surge à revista “Patota”, publicada


no formato magazine, a revista publicou as
páginas domínicas de Mafalda, Snoopy, Zé do
Boné, Kid Farofa, O Mago de ID, Hagar, o
Horrível, Nancy, Kelly, Pernalonga, entre
outras; e as brasileiras Marly, de Milson
Abrel Henriques e Dr. Fraud, de Renato
Canini. A revista foi publicada até 1975 e
teve 27 edições.

46
Em 1974, surge a “Eureka” da Editora Vecchi, editada pelo cartunista Ota,
a revista também seguia o formato magazine e trazia as tiras “Versus”, de
Jack Wohl; “Os Bichos”, de Rog Bollen; “Feiffer”, de Jules Feiffer;
“Manhê”, de Mell Lazarus; “Pafúncio e Marocas”, de Kavanagh; entre outras.
Na edição 11, passou a publicar tiras que haviam sido publicadas na “Patota”:
“O Mago de ID” e “Marly”, além de “Vizunga” de Flavio Colin; “Jeff Hawke”,
de Sydney Jordan; “A Morte do Samurai”, de Julio Shimamoto; “Iznogou”,
de Goscinny (autor de Asterix) e desenhada por Tabary, entre outras. A
revista também publicou biografias de autores e análise de lançamentos
brasileiros e estrangeiros e foi publicada até 1979.

Em 1974, – Ivan Pinheiro Machado e Paulo de Almeida Lima criam a L&PM


Editores, o primeiro título da editora, é uma coletânea das
tiras “Rango” de Edgar Vasques.

Em 1975, surge a revista “O Bicho” criada por Fortuna (Reginaldo José


Azevedo Fortuna), a revista era publicada pela Codecri (mesma editora do
jornal Pasquim), a revista publicou histórias de Márcio Pitliuk e Paulo Caruso,
do próprio Fortuna, Jorge Guidacci, Nani (Ernani Diniz Lucas) e Coentro,
além de resgatar os trabalhos de artistas veteranos. A revista só foi
publicada até 1976 e teve apenas nove edições.

Em 1977, a Editora Três, publica uma revista baseada no


boneco Falcon da Estrela, a versão brasileira dos GI JOE da Hasbro.
“Falcon” teve roteiros de Teresa Saidenberg (esposa de Ivan Saidenberg) e
Walter Negrão, e arte de Antonino Homobono e Michio Yamashita. Em 1982,
a Marvel Comics publicaria uma série de quadrinhos baseada na franquia GI
JOE; a séria foi publicada no Brasil pela Editora Globo (1987) . Em 1979, a
Rio Gráfica Editora e a Editora Abril passam a publicar os títulos da Marvel
Comics (usando o formatinho, adotado pela Bloch, usado até mesmo pela
EBAL nos títulos da DC).

47
Década de 1980
Em 1980, o cartunista Ziraldo lançou o livro
“O Menino Maluquinho”. O personagem
também foi adaptado para os quadrinhos pela
Editora Abril, onde foi publicado entre 1989
e 1994.
Em 1981, Rodolfo Zalla e Eugênio Colonnese
transformam o Estúdio D-Arte em editora,
que foi responsável pelos
títulos “Calafrio” e “Mestres do Terror”. Para imprimir as revistas, Zalla
utilizava as gráficas da IBEP (Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas),
onde trabalhava na época. A editora também publicou uma nova revista do
palhaço “Sacarrolha”, de Primaggio Mantovi.
Em 1982, Claudio Seto elaborou uma nova tentativa de publicar mangás
brasileiros pelo selo Bico de Pena da editora Grafipar e criou as revistas
“Super-Pinóquio” (inspirado em Astro Boy e Pinóquio de Carlo Collodi) e
“Robô Gigante”, uma história ilustrada por Watson Portela. Na mesma
revista também foi publicada uma história do “Ultraboy” (uma espécie de
Ultraman brasileiro), de Franco de Rosa, mas ambas as revistas só tiveram
apenas uma edição. Nesse mesmo ano, a editora lançou a revista “Almanaque
Xanadu”, que trazia influência do quadrinho europeu: Watson Portela
apresentava notável referência ao trabalho do francês Moebius. A
publicação trazia matérias sobre a revista “Heavy Metal” (uma versão
americana da revista francesa “Métal Hurlant”, sendo esta uma revista
adulta) e de um filme animado baseado nos quadrinhos publicados pela
revista.
Em 1983, a Editora Abril assume
completamente os títulos da Marvel
Comics; logo em seguida, no mesmo ano,
consegue os direitos dos personagens da
DC, até então publicados pela EBAL . Com
a finalidade de situar os leitores da
Marvel, após tantas mudanças da editora,
lança o projeto do Dicionário Marvel, um
dicionário enciclopédico encartado em
forma de fascículos (uma ou duas páginas)
nas edições das revistas “Heróis da
TV”, “Capitão América”, “Superaventuras

48
Marvel”, “Incrível Hulk” e “Homem-Aranha”.

Em 1984, a Grafipar é encerrada, e Franco de Rosa passa a trabalhar


na “Folha da Tarde” e na editora NG (que passaria a ser conhecida como
Editora Maciota e depois como Editora Press). Nesse mesmo ano, é criado o
“Dia do Quadrinho Nacional”, comemorado no Dia 30 de Janeiro; a data foi
instituída pela Associação dos Cartunistas de São Paulo em homenagem à
data da primeira publicação de “As Aventuras de Nhô Quim” ou “Impressões
de Uma Viagem à Corte” em 1869. A associação também cria o Prêmio
Angelo Agostini, um prêmio para artistas brasileiros realizado no dia 30 de
Janeiro. Em 1989, surge outra premiação, o Troféu HQ Mix.

Em 1986, as Organizações Globo compram a Livraria do Globo, e com isso a


Rio Gráfica Editora pode ser chamada de Editora Globo. Em 1987, Mauricio
de Sousa transfere os títulos da “Turma da Mônica” para a editora.

Além da Grafipar, outras editoras investiram em revistas baseadas em


séries de ação japonesas, chamadas de tokusatsu. Entre 1982 e 1986, a
Bloch Editores publicou uma revista não licenciada de “Spectreman”;
desenhada por Eduardo Vetillo, a revista era produzida no estilo dos comics
de super-heróis. No final da década de 1980 foi a vez da EBAL (Editora
Brasil-América) lançar revistas baseadas em séries da Toei Company:
“Jaspion”,“Changeman”, “Machine Man”, “Sharivan”, entre outros. As
revistas foram produzidas pelo Studio Velta, e no início da década seguinte,
os títulos foram transferidos para a Editora Abril. A Editora Abril também
publicou revistas baseadas nos desenhos animados da Filmation:
“He-Man” e “BraveStarr”. Inicialmente a revista “He-Man” publicou
histórias da Marvel Comics/Star Comics,
e posteriormente publicou histórias produzidas pelos brasileiros Gedeone
Malagola (roteiros), Watson Portela, Marcelo Campos (desenhos), entre
outros.

49
Em Junho de 1985, o cartunista Ziraldo assume a
presidência da Funarte (sigla de Fundação Nacional de
Artes). O órgão fora criado dez anos antes pelo
Governo Federal, com o objetivo de promover
atividades culturais do país, sobre o comando de
Ziraldo, atuaria também como sindicato de tiras
brasileiras; em 1990, o então presidente do
país Fernando Collor de Mello fecha a Funarte e, com
isso, o jornalista Ricky Goodwin cria um
novo sindicato para distribuir tiras brasileiras, a
Pacatatu.

Em 1986, a Editora Abril inicia uma série de publicações adultas; a primeira


delas foi a revista “Aventura & Ficção”, inicialmente composta por títulos
adultos da Marvel Comics, e a partir da 14ª edição, passou a publicar títulos
de artistas brasileiros e europeus. Em 1987, é a vez da revista “Epic
Marvel”, baseada na revista “Epic Illustrated” da Epic Comics, selo adulto
da Marvel; a revista publicou, pela primeira vez no país, a série “Dreadstar”,
de Jim Starlin. No ano seguinte, é a vez da série “Graphic Novel”: graphic
novel é um termo atribuído ao quadrinista Will Eisner, para definir histórias
em quadrinhos de conteúdo mais sério. Inicialmente a série da Editora Abril
publicou histórias das editoras Marvel e DC, logo em seguida publicou
autores europeus. A editora publicaria também a série “Graphic Marvel”, e
outras editoras investiriam no gênero, como a Editora Globo que lançou a
Graphic Globo (onde a série Dreadstar seria publicado novamente no país) e
a editora Nova Sampa, a sua Graphic Sampa.

Em 1988, é publicado pela Cedibra, o primeiro mangá


original do Japão, “Lobo Solitário” de Kazuo
Koike e Goseki Kojima. Nesse mesmo ano, “Os
Trapalhões” passam a ser publicado pela Editora Abril,
desta vez produzidos pelo estúdio de César Sandoval,
criador da “Turma do Arrepio”. A editora VHD
Diffusion, lança a revista “Animal”, revista de conteúdo
adulto inspirada nas revistas estrangeiras do gênero: a norte-americana
“Heavy Metal”, a francesa “L'Echo des Savanes”, a espanhola “El Víbora” e a
italiana “Frigidaire”.

No final da década, o estúdio Artecomix passa a se chamar Art & Comics e


começa a agenciar desenhistas brasileiros para o mercado americano.

50
Década de 1990
Na década de 1990, a História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso
com a realização da 1ª e 2ª Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro, em
1991 e 1993, e a 3ª em 1997, em Belo Horizonte. Estes eventos, realizado
em grande número dos centros culturais da cidade, em cada versão
contaram com público de algumas dezenas de milhares de pessoas, com a
presença de inúmeros quadrinistas internacionais e praticamente todos os
grandes nomes nacionais, além de exposições cenografadas, debates, filmes,
cursos, RPG e todos os tipos de atividades.
Em 1990, a Editora Globo lança a revista “Dreadstar: O Guerreiro das
Estrelas”, de Jim Starlin, mas a revista durou apenas 10 edições.
Em 10 de maio de 1990, morre aos 93 anos o jornalista Adolfo Aizen
(pioneiro das histórias em quadrinhos no Brasil), mas a sua editora a EBAL
(Editora Brasil-América) ainda existiria até 1995, quando publicaria o
décimo quinto álbum do “Príncipe Valente”.
Em 1991, a Bloch Editores publicou a
revista “Mestre Kim”, a revista era
inspirada em “Yong Min Kim”, coreano
naturalizado brasileiro, mestre de “Tae-
Kwon-Do”, Kim, ensinou defesa pessoal a
membros da Polícia Militar do Estado do
Rio de Janeiro e da Polícia Federal e se
apresentava em programas da Rede
Manchete (empresa do mesmo grupo do
qual fazia parte a Bloch Editores), a
revista teve como roteiristas o próprio
Yong Min Kim, Antônio Ribeiro
(assinando como Tony Carson) e
desenhos de Eugênio Colonnese e Marcello Quintanilha.
Graças ao sucesso de “Os Cavaleiros do Zodíaco” e outros animes na TV
aberta, começam a surgir novas revistas informativas, surgem a Revista
“Herói” publicada em conjunto pela Acme (atualmente Conrad Editora) e
pela Nova Sampa, surge também “Heróis do Futuro” da Editora Press, além
das revistas que traziam exclusivas sobre anime e mangá “Japan Fury” da
Nova Sampa, e “Animax” da Editora Magnum. Surgem também as revistas
em quadrinhos inspiradas na estética mangá, como adaptações dos Video
games da Capcom “Street Fighter”, escrita por Marcelo Cassaro, Alexandre
Nagado e Rodrigo de Góes, pela Editora Escala; “Megaman” e “Hypercomix”
pela Editora Magnum (editora que publicava revistas sobre armas de fogo),

51
que teve a participação de artistas
como Daniel HDR (que desde 1995, desenhava
para o mercado americano, personagens
como “Glory” da Image Comics), Eduardo
Francisco e Érica Awano (onde os dois últimos
fizeram suas estreias no mercado editorial).

Em 1995, surge a primeira versão


brasileira da revista “Heavy Metal”,
publicada pela Editora Homônima, a editora
publicou as séries “Druuna” de Paolo
Eleuteri Serpieri e “Gullivera” de Milo
Manara. No ano seguinte, Carlos Mann, dono
da gibiteria Comix Book Shop e o jornalista Dário Chaves, publicam o
álbum “Brasilian Heavy Metal”, o álbum teve 200 páginas e publicou apenas
histórias produzidas por brasileiros, tais como “Leão Negro” de Cynthia
Carvalho (roteiro) e Ofeliano de Almeida (desenhos), além de histórias
produzidas por artistas como Júlio Shimamoto, Marisa Furtado, entre
outros, o lançamento surgiu em decorrência das comemorações de 10 anos
da gibiteria Comix. No mesmo ano, Sergio Guimarães, dono da Editora
Press convida Carlos Mann para ser editor da revista “Heróis do Futuro”, a
revista contou com a colaboração de Dário Chaves.
Posteriormente, a editora Heavy Metal (uma das editoras que publicava as
histórias da revista “Heavy Meta”) é dividida, e parte da editora é vendida
para a Editora Escala e outra parte torna-se da Editora Metal Pesado, a
revista “Metal Pesado” publicada pela editora ganhou em 1997, os prêmios
Angelo Agostini e HQMix , a revista “Metal Pesado” só publicava histórias
de artistas brasileiros, a revista teve uma edição especial publicada em
comemoração dos 15 anos da Gibiteca de Curítiba, nela foi publicada
histórias do herói “O Gralha” produzidas por Alessandro Dutra, Gian
Danton, José Aguiar, Antonio Eder, Luciano Lagares, Tako X, Edson
Kohatsu, Augusto Freitas e Nilson Müller.
Em 1996, a Editora Globo publicava os títulos da Sergio Bonelli Editore, e
lançava no Brasil “Sin City”, de Frank Miller, além da versão brasileira
da Revista “Wizard” (encerrada na 15ª edição, em 1998). Os títulos
da Image Comics: “Gen¹³”, “Wildcats”, “Cyberforce”,“Witchblade”, “Savage
Dragon” e “Spawn” eram publicados pela Editora Abril, e não durariam muito
tempo na editora, sendo cancelados. Os títulos da Image Comics, antes
publicados pela Globo, retornariam às bancas brasileiras pela Editora Abril.

52
Ainda no ano de 1996, Dorival Vitor Lopes, Hélcio de Carvalho e Franco de
Rosa criam a Mythos Editora, que assume títulos da Sergio Bonelli Editore.
No ano seguinte, Jotapê Martins cria a editora Via Lettera, e em 1998,
Franco de Rosa e Carlos Mann criam a editora Opera Graphica, inicialmente
a Opera Graphica funcionou como estúdio, Mann, Rosa e Chaves produziram
as revistas “HQ - Revista do Quadrinho Brasileiro” (outra revista inspirada
na americana “Heavy Metal”), “Graphic Talents”, “Comix Book Shop
Magazine”, além de revista que ensinavam técnicas de desenho, todas
publicadas pela Editora Escala, além de quadrinhos eróticos publicados pela
Editora Xanadu (um selo da Editora Escala).
Entre 1997 e 1998, Marcelo Cassaro consegue licença para lançar
adaptações de “Street Fighter Zero 3”, “Mortal Kombat 4” e lança suas
HQs autorais “Holy Avenger”, “U.F.O. Team”.
Belo Horizonte tem se revelado um polo brasileiro para eventos ligados à
nona arte, recebendo a Bienal Internacional de Quadrinhos em 1997, em sua
terceira edição, durante as comemorações do centenário da cidade, uma
efervescência profissionalizante tomou conta da cidade, interessando
diversos grupos e empresas ligadas aos quadrinhos. Atualmente, Belo
Horizonte conta com a Associação Cultural Nação HQ, que implementa
o Centro de Pesquisa e Memória do Quadrinho, além de promover encontros
e festivais anualmente. O Festival Internacional de Quadrinhos foi criado
em 1999, substituindo a Bienal Internacional de Quadrinhos, vindo a
atender à demanda por um evento que abrigasse a produção constante da
cidade.
Em 1999 a Acme, de Cristiane Monti, André Forastieri, Renato Yada e
Rogério de Campos, se transforma em Conrad Editora e publica o primeiro
mangá japonês no formato livro e com leitura oriental (da direita para a
esquerda): “Gen Pés Descalços”, de Keiji Nakazawa

53
Século XXI
Década de 2000
No fim da década de 1990 e começo da década
de 2000, surgiram na internet diversas histórias
em quadrinhos brasileiras, ganhando destaque
a webcomics (quadrinhos cuja publicação é
veiculada exclusivamente pela Internet)
dos “Combo Rangers”, criados por Fábio Yabu, e
que tiveram três fases na internet (Combo
Rangers, Combo Rangers Zero e Combo Rangers
Revolution, que ficou incompleta), uma minissérie
impressa e vendida nas bancas (Combo Rangers
Revolution, Editora JBC, 2000, 3 edições) e que ganhou, posteriormente,
uma revista mensal pela mesma JBC (12 edições, agosto de 2001 a julho de
2002) e continuada pela Panini Comics (10 edições, janeiro de 2003 a
fevereiro de 2004) e os “Amigos da Net”, criado por Lipe Diaz e Gabriela
Santos Mendes, premiados pela Expocom (Exposição de Pesquisa
Experimental em Comunicação) e veiculados pelos portais Ibest e Globo.com.
Nessa época são publicados os primeiro mangás japoneses para o público
adolescente, a Editora JBC (Japan Brazil Communication) publica “Samurai
X” no formato tankōbon (livro de bolso) e a Conrad Editora publica “Os
Cavaleiros do Zodiaco” e “Dragon Ball” em formatinho. Cada volume dos
mangás publicados pela JBC e pela Conrad equivalia à metade de um volume
japonês.

Em 2006, a Editora Globo começa a lançar a revista da “Cuca”, assim como


as demais do “Sítio do Picacau amarelo” cobrindo o espaço infantil.
Em 2007, a Panini Comics passa a publicar títulos da “Turma da
Mônica” (anteriormente lançados pela Editora Globo). No mesmo ano a
editora lança a série “Turma da Mônica Coleção História”, uma coleção de
edições fac-símiles (edições novas que apresentam uma reprodução exata
das edições originais) de revistas publicadas pelas editoras Abril e Globo, no
mesmo ano, a editora lança a série “As Tiras Clássicas da Turma da Mônica”.
Em 2008 é lançada a webcomic “XDragoon” de Felipe Marcantonio que
inicialmente era baseada nas séries de jogos do “Sonic”, mas que com o
tempo foi ganhando uma história própria e inclusive ganhou uma animação.

54
Também em 2008, a “Turma da Mônica” ganha uma
versão adolescente em estilo mangá: “Turma da
Mônica Jovem” pela Panini Comics. No mesmo ano,
a Editora Globo resolve se retirar do mercado de
quadrinhos; as Organizações Globo publicavam
quadrinhos desde de 1937, ano do lançamento de “O
Globo Juvenil”. Ainda em 2008 a Panini Comics lança
no formato de bolso, a coleção “As Melhores Tiras”,
contendo as tiras dos personagens Mônica,
Cebolinha, Chico Bento, Bidu e Penadinho, no ano seguinte, uma nova coleção
de bolso, é lançada pela L&PM, editora que criou uma linha de livros de bolso
em 1997.

Comentários
Maurício de Souza foi um dos grandes cartunistas brasileiros, sendo seu
maior trabalho A Turma da Mônica. O que poucos sabem é que esse projeto
foi inspirado a partir da observação de pessoas próximas ao autor. Ele
procurou usar da realidade para criar personagens que se identificassem
com o publico, não utilizando somente da imaginação para criar personagens
fictícios. Um grande exemplo disso foi o cachorrinho Bidu, inspirado no seu
animal de estimação de infância ou na Mônica, baseada nos aspectos físicos
e psicológicos de sua filha. O cebolinha era a representação de um de seus
dez filhos, que realmente trocava o “R” pelo “L” nas palavras. Também há o
personagem Cascão, que foi inspirado na infância de um dos colegas de
trabalho de Maurício.

Outro aspecto interessante é quanto ao formato das tirinhas, em geral na


vertical e não na horizontal, como muitas outras tirinhas. Isso derivou-se
desde o início da produção dessa HQ, pois quando ele começou a trabalhar,
criou tiras verticais para o jornal, inovando no estilo.

55
Cartoonists
Maurício de Souza

M
auricio de Sousa is a Brazilian cartoonist
who has created over 200 characters for
his popular series of children's comic
books. Born in Santa Isabel on October 27, 1935.
His father, Antonio Mauricio de Sousa, was a poet,
and his mother, Petronilla de Sousa Araújo, also
delved into poetry. Mauricio developed an interest in
cartoons at a young age, and began designing posters
and magazine illustrations.

Today, he is the father of ten children, and was


inspired by new characters, like Monica, Magali, Marina, Maria Angela,
Nimbus and Nick No.

Mauricio began his career as an


illustrator in the region of Mogi das
Cruzes, near Santa Isabel, where he
was born. At 19, he moved to São
Paulo, and for five years worked
Folha da Manha (current FSP),
writing police reports.

In 1959, he created his first


character, the dog Bidu. From there came, Chives, Smudge, Monica, and
many others. In 1970, Monica launched the magazine, with a circulation of
200,000 copies.

In the 80s, Maurice witnessed the invasion in the Brazilian market of


Japanese anime and it eventually lost much of its market, because at that
time he still had no television product. Thinking about it, Mauricio founded
the animation studio "Black & White" and it created a great team who
designed eight features to regain the market, but it all happened in a
terrible time in our history, because Brazil had now a galloping inflation,
excluding the law reserve the computing market that prevented any kind of
modernization to cope with the new products.

56
Thus, left with no other option but to return the comics, at least until the
Brazilian economic situation improved. In 1987 the comic books began to be
published by Editora Globo, in conjunction with the studio Mauricio de
Souza.

The author has achieved the extraordinary number of magazines


published 1 billion. Over 100 national and international companies are
licensed to produce almost 3000 items with the characters of Mauricio de
Sousa, his creations have already reached more than 120 countries in 50
languages.

In 2005, launched the character Ronaldinho Gaúcho, in less than a year


gained publications in more than 20 countries and hundreds of children's
products launched in Europe. Last year, in an unprecedented feat, UNICEF
(United Nations Fund for Children and Adolescents) has appointed an
ambassador's character Monica, Mauricio creation inspired by her second
daughter. On occasion, Mauricio was named Writer for Children
organization. His latest creations are Tikara Keika and characters created
especially for the celebrations of the centenary of Japanese immigration to
Brazil that are already part of the stories of Monica.

Comics Mauricio de Sousa has gained international fame, was featured on


licensed products, and have even been adapted for cinema, television, video
games, and even an amusement park in Sao Paulo, Parque da Monica ("
Parque da Monica "). Two other facilities Monica Park were also located in
Curitiba and Rio de Janeiro, but both closed in 2000 and 2005,
respectively.

In 2007, all securities Monica went to the multinational Panini, who at the
time also owned the rights to the publications of the superheroes of
Marvel and DC Comics. Still in the same year, Mauricio de Souza received
honors for samba school, Unidos do Peruche, who sang the theme song
"With Mauricio de Sousa to the States Peruche open wings, open books,
open minds and makes you dream."

In 2008, Mauricio began publishing Monica Young ("Teen Monica"), a series


of unfolding of "Monica", with Monica and her friends now as teenagers,
taking pages in black and white, as well as art style heavily influenced
manga. Issue # 34 of "Monica teen" comics, featuring the first real kiss
between Monica and Jimmy (who had kissed on two previous occasions, but
in a different context) had 500,000 sales.

57
In 2011, he was honored at the seventh annual International Comics
Festival, in Belo Horizonte.

Public service work of Mauricio has earned him international recognition.


Among the honors he has received are the Presidential Medal of Honor for
his Brazilian promotion of human rights, an honorary doctorate in public
service from La Roche College of Pittsburgh, Pennsylvania, and a Lifetime
Achievement Award from the Brazilian International Press Association.

Meet some of the characters

Mônica (1963) - The self-proclaimed "mistress of the street." Her


stuffed bunny is the terror of his classmates when arm against her
or speak of her (call her "shorty", "chubby" and "toothy"). It
popped, but affectionate. She is the best friend of Magali. Owner
of a force that is sometimes carried to exaggeration. Originally it
was the younger sister of Zé Luis, but the idea was abandoned soon
after. Based on a daughter's namesake Mauricio.

Cebolinha (Chives) - (1960) - the main friend and 'opponent' of


Monica. Loves pestering friends and has only five strands of hair
and a speech impediment: change the "R" with "L"). Normally is
plotting his "infallible plans" in vain attempts to usurp the title of
Monica's "the lady of the street" or see where he gets his
superhuman strength. Always ends up paying with coelhadas
deserved in the end.

Cascão (Smudge) - (1961) - due to his irrational fear of water,


NEVER bathed in life (or fails to understand this). It is the best
friend of chives. Based on other known Mogi das Cruzes. His
personality was originally that of a boy who loved and lived in a
garbage dump but she was moving into a playful personality that
recycles old objects to make toys, but with the same fear of
water.

Magali (1963) - Sweet girl, sweet and simple but great hunger. He
wants to eat everything in sight. It was also created based on a
namesake daughter of Mauricio. Likes to eat a lot, and everyone,
making it sometimes even selfish. It's best friend Monica.

Walt Disney
58
W
alt Disney was born on December 5,
1901 in Chicago Illinois, to his father
Elias Disney, and mother Flora Call
Disney. Walt was one of five children, four boys
and a girl.

After Walt's birth, the Disney family moved to


Marceline Missouri, Walt lived most of his
childhood here.

Walt had very early interests in art, he would


often sell drawings to neighbors to make extra
money. He pursued his art career, by studying art and photography by going
to McKinley High School in Chicago.

Walt began to love, and appreciate nature and wildlife, and family and
community, which were a large part of agrarian living. Though his father
could be quite stern, and often there was little money, Walt was
encouraged by his mother, and older brother, Roy to pursue his talents.

During the fall of 1918, Disney attempted to enlist for military service.
Rejected because he was under age, only sixteen years old at the time.
Instead, Walt joined the Red Cross and was sent overseas to France, where
he spent a year driving an ambulance and chauffeuring Red Cross officials.
His ambulance was covered from stem to stern, not with stock camouflage,
but with Disney cartoons.

Once Walt returned from France, he began to pursue a career in


commercial art. He started a small company called Laugh-O-Grams, which
eventually fell bankrupt. With his suitcase, and twenty dollars, Walt headed
to Hollywood to start anew.

After making a success of his "Alice Comedies," Walt became a recognized


Hollywood figure. On July 13, 1925, Walt married one of the first
employees, Lillian Bounds, in Lewiston, Idaho. Later on they would be
blessed with two daughters, Diane and Sharon.

59
In 1932, the production entitled Flowers
and Trees (the first color cartoon) won
Walt the first of his studio's Academy
Awards. In 1937, he released The Old
Mill, the first short subject to utilize the
multi-plane camera technique.

On December 21, 1937, Snow White and


the Seven Dwarfs, the first full-length
animated musical feature, premiered at
the Carthay Theater in Los Angeles. The film produced at the unheard cost
of $1,499,000 during the depths of the Depression, the film is still
considered one of the great feats and imperishable monuments of the
motion picture industry. During the next five years, Walt Disney Studios
completed other full-length animated classics such as Pinocchio, Fantasia,
Dumbo, and Bambi.

Walt Disney's dream of a clean, and organized amusement park, came true,
as Disneyland Park opened in 1955. Walt also became a television pioneer,
Disney began television production in 1954, and was among the first to
present full-color programming with his Wonderful World of Color in 1961.

Walt Disney is a legend; a folk hero of the 20th century. His worldwide
popularity was based upon the ideals which his name represents:
imagination, optimism, creation, and self-made success in the American
tradition. He brought us closer to the future, while telling us of the past, it
is certain, that there will never be such as great a man, as Walt Disney.

60
Ziraldo

Z
iraldo Alves Pinto was born on October 24,
in the town of Caratinga, in the State of
Minas Gerais. He is the eldest of a family
of seven brothers. His name comes is a combination
of the names of his mother Zizinha and his father
Geraldo. This is how Zi-raldo was conceived - a
unique name.

He spent his childhood in Caratinga, going to


school at the Grupo Escolar Princesa Isabel. In1949
he went to Rio de Janeiro with his grandfather, and he studied for two
years at MABE (Modern Teaching Association). In 1950 he went back to
Caratinga for the mandatory military service. He finished lower school in
the Colégio Nossa Senhora das Graças. He graduated in Law School in 1957
at the Faculty of Law of Minas Gerais in the capital of Belo Horizonte.

In the following year he got married to Dona Vilma, after seven years of
courtship. The couple has three children, Daniela, Fabrizia and Antônio, and
four grandchildren.

Ziraldo loves drawing since a very tender age. He used to draw everywhere
- on the sidewalks, walls, classrooms... Another passion of his since
childhood is reading. He would read whatever fell into his hands: Monteiro
Lobato, Viriato Correa, Clemente Luz (The Magician), and all the comics
that were then published. By that time, upon reading the pages of his first
comic book, he felt that this is where his future would be.

Ziraldo's career started in the magazine ''Era Uma Vez'' with monthly
contributions. In1954 he started working in the newspaper A Folha de
Minas with a humor page. Coincidentally, this was the same newspaper to
publish his first drawing in 1939, when he was just six years old!

In 1957, he started publishing his works in magazine A Cigarra, and later


in O Cruzeiro. In 1963 he started working with Jornal do Brasil, where he
still has comics strip. He also worked at magazines Visão e Fairplay.

61
Ziraldo made posters for several Brazilian movies including Os Fuzis, Os
Cafajestes, Selva Trágica, Os Mendigos, etc. In Rio de Janeiro Ziraldo
became one of the most well-known and acclaimed graphic artists in Brazil
and around the world.

Due to its diversity, it is not possible to limit his work to the graphic arts
alone, though. He is an artist that along the years developed several facets
of his talent. Ziraldo is also a painter, poster artist, cartoonist,
caricaturist, journalist, author of plays, and writer.

In the 60's his cartoons and political strips started showing in magazine O
Cruzeiro and newspaper Jornal do Brasil. Characters like Jeremias, o Bom,
the Supermãe and later the Mineirinho, became extremely popular.

Also in the early 60's his childhood dream came true: Ziraldo became a
comics author and launched the first Brazilian comics book by a single
author. The main character was one-legged Saci Pererê, an important
mythical figure in the Brazilian folklore. Other characters of this gang
included a small Indian and several animals of the Brazilian fauna such as a
leopard,a jabuti (land turtle), an armadillo, a rabbit and an owl. Turma do
Pererê was a landmark in the history of comics books in Brazil.

In 1964, when the military took over the government, the magazine was
closed down. It was too nationalistic to survive the fascist coup censorship
that happened in Brazil. Nevertheless, these characters were so typically
Brazilian that they resisted the hard military years. In 1973 Editora
Primor, a publishing house in Rio de Janeiro would re-edit in3 albums a
selection of the best stories of Saci Pererê and his gang under the name- A
Turma do Pererê. The stories were incorporated into the best teaching
books published in the country, helping the Brazilian children to better
know and understand their own culture.

62
During the Military Dictatorship period ( 1964-1984 ), Ziraldo participated
was part of an intense resistance effort against repression. Together with
other humorists he founded the most important non-conformist newspaper
in the history of Brazilian press, O Pasquim. Ziraldo considers O Pasquim to
be the best seller of post-'68 humorists.

With the edition of the AI - 5, an act that restrained civil liberties during
the Military Revolution, many Brazilians that were against the regime tried
to hide and escape from imprisonment. Ziraldo spent the night helping to
hide his friends and did not worry about himself. On the day right after
the enactment of the infamous AI-5 he was arrested in his home, and taken
to the Forte de Copacabana,accused of being a dangerous element.

In 1968 Ziraldo's talent was acclaimed internationally with the publication


of his productions in the Graphis magazine, a sort of Panthéon of the
graphic arts. His works were also published in international magazines
including Penthouse and Private Eye in the U.K., Plexus and Planète in France
and Mad Magazine in the U.S..

In the year of 1969 the artist received very important awards. He won
the International Oscar of Humor in the 32nd International Exposition of
Caricatures in Brussels, and the Merghantealler Award, the highest honor
granted to the free press in Latin America by the International Press
Association in Caracas, Venezuela. He was invited to draw the annual
UNICEF poster -- the first time a Latin artist was granted the honor.

Ziraldo made a mural for the opening of nightclub Canecão, in Rio de


Janeiro, on a wall with over 200 square yards. This work of art was
reproduced in magazines all over the world. Today it is unfortunately
hidden behind a wooden panel.

Also in the year of 1969 he published his first book for children, FLICTS.
It is the story of a color that could not find its place in this world. In this
booked he used lots of colors and a minimum of words. The U.S. Embassy in
Brazil gave a copy of the book to the American astronauts that first
stepped on the moon when they visited Brazil. Neil Armstrong, one of the
astronauts, was touched when he read the book, and wrote to the author:
"The moon is FLICTS".

63
In the 70's, when his work was already acclaimed,
Ziraldo went on opening new doors in Brazil and
around the world. Since 1972 his works have always
been selected by magazines Graphis Annual and
Graphis Porter.

Several international magazines have used


Ziraldo's drawings on their covers, including Vision,
Playboy, and GQ ( Gentlemen's Quarterly). His
material can be seen in magazines all over the world.
Some of his drawings were selected to become a
part of the collection of The Cartoon Museum of Basel in Switzerland.

In 1980 Ziraldo received his greatest honor as an author of children's


books at the Bienal do Livro in São Paulo, with the release of O Menino
Maluquinho. The book became the biggest editorial hit in the Fair and was
awarded the Prêmio Jabuti by Câmara Brasileira do Livro in São Paulo. This
book has been adapted for the theater, movies, Internet, and children's
opera by Maestro Ernani Aguiar. O Menino Maluquinho became a true
symbol of the Brazilian Kid.

In 1980 Ziraldo received his greatest honor as an author of children's


books at the Bienal do Livro in São Paulo, with the release of O Menino
Maluquinho. The book became the biggest editorial hit in the Fair and was
awarded the Prêmio Jabuti by Câmara Brasileira do Livro in São Paulo. This
book has been adapted for the theater, movies, Internet, and children's
opera by Maestro Ernani Aguiar. O Menino Maluquinho became a true
symbol of the Brazilian Kid.

In 1994 the Brazilian Post Office minted stamps with O Menino


Maluquinho, o Bichinho da Maçã (The Apple Worm), the Turma do Pererê
and Saci Pererê himself. With this tribute by the Brazilian Correios e
Telégrafos to the artist's work was spread all over the planet with wishes
of a Happy Xmas, Season's Greetings and Happy New Year. Ziraldo's books
have already been translated into several languages, including Spanish,
Italian, English, German, French and Basque.

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Ziraldo's art is part of our everyday life, and his works can be identified
in famous logos such as the one used by Telerj (Rio de Janeiro's phone
company), in matchboxes that soon became collector's items, posters for
the charity fund-raising Feira da Providência, hundreds of T-shirts,
symbols for campaigns, etc. Ziraldo is always involved in new projects, and
one of the novelties to come is the magazine Bundas (Buttocks), a humorous
counterpart to the ostentatious Caras, a magazine dedicated to the
lifestyle of the rich and famous. "Those who showed their butts in Caras
will never show their faces in Buttocks"...

Henfil

H
enfil represented a major reference in
the Brazilian scene during the decade of
60 until 80. During this time, he was part
of the famous newspaper "The Quibbler" and was
the author of several unforgettable characters as
"Ceferino", "Blackbird", "Bode Orellana", "Rice
Powder," among others without forgetting the
terrible "Fradinhos" moreover also excelled as a
journalist and writer.

Henrique de Souza Filho was the real name of


Henfil. Born in Ribeirao das Neves, Minas Gerais,
on February 5, 1944, but grew up on the outskirts of Belo Horizonte.
Arnold studied at the College of the Order of the Divine Word, then did
the supplementary night and finally came to the university where he
studied Sociology nearly, if he had not abandoned two months later.

In 1970, Henfil launched its first magazine "The Fradinhos" with his most
famous, with its characteristic and striking. His amazing drawings had that
magic touch. With a few simple strokes, like a doodle or sketch of a
character to be drawn, Henfil could build the world of his caricatures using
political humor, critical, severe his characters typically Brazilian.

Henfil was a man tremendously politicized and its engagement in favor of


the return of democracy and amnesty for political prisoners was well clear.
He fought for the "Direct Elections Now" and was always participating in all
demonstrations for freedom.

65
An example of this was when the singer Elis Regina in 1972, agreed to do a
presentation to the Brazilian Army. Henfil wasted no time in "The
Quibbler" published a cartoon burying the singer, calling her a "ruler" along
with other personalities, who according to his viewpoint, were also treats
the regime because of their personal interests, such as Roberto Carlos,
Pelé, Paul Gracindo Tarcisio Meira and Marilia Pera. Naturally, Elis disliked
and protested vehemently against the charge. Sure enough, the Henfil
buried again.

Chronicles the famous "Letters from Mother," for example, made several
references to the brother who was exiled Valek. Publicly exposing your
family drama, the dark side of the country and also with the false
impression that the military went from persecuted for political opinion. In
1977, Henfil began collaborating with the magazine "Isto É", weekly, and
recalled in its articles of Valek, her brother.

Henfil also not confined to the drawings, dabbled with cinema, theater
and television, getting to work on Rede Globo, one of the editors of the
defunct TV program Woman.

He also wrote several publications, always marking its social and political,
such as: "Diary of a cururacha" (1976), "Hiroshima, my mood" (1976), "Ten
in mood" (compilation, 1984), "Direct Elections Now " (1984), "Fradim
Liberation" (1984) and "How do political humor" 1984.

From his youth he worked in several departments as a packer of cheese,


boy and later in 1964 began as a cartoonist and comic artist for "Magazine
Alterosa" of Belo Horizonte, through an invitation from the then editor
Robert Drummond and which first appeared " The Fradinhos ".

A year later, in 1965, began collaborating with the newspaper "Diário de


Minas" and gradually their work began to be published in other cities such
as Rio de Janeiro in the "Journal of Sports" and also in large circulation
magazines of the time as "Reality", "view", "Score" and "The Cruise."

According to the authors, it was Henfil monitored, since that time, the
security organs of the dictatorship, being brother of Valek (Herbert José
de Sousa), who was then a leader of the "Popular Action" and had been
arrested several times. In 1969, he left and came to Minas Rio de Janeiro
to work in the "Journal of Brazil" and the newspaper "The Quibbler" when
his name came to be really known throughout Brazil.

66
At that time the country was going through a political turmoil with the
military taking power and imposing a dictatorship fierce especially in art
class and it was in this scenario that Henfil began to stand out, along with
other cartoonists and journalist of "The Quibbler" as Jaguar, Ziraldo,
Millor Fernandes, Sérgio Cabral, Tarso de Castro, among others. Henfil was
a hemophiliac, like his two brothers Herbert (Valek) and Mário Francisco
(Chico Mario), who through the blood transfusion ended up contracting the
AIDS virus. Because of this, Henfil, over the years became increasingly
with his failing health.

Because of this, he moved to the United States, where he spent almost


two years doing health treatments and took the opportunity to try a career
in newspapers also Americans, but was disowned the only holdings in
publications "underground". It was during this time that he wrote his book
"Diary Cucuracha". He also wrote, directed and played the movie "Tanga
gave the New York Times."

After treatment he returned to Brazil and continued to write. On


January 4, 1988, Henfil left us at 43 years old, in Rio de Janeiro, at the
height of his career, where his work appeared in major magazines and
Brazilian fortunately when the rot of the military regime, he fought against
both , already had its days numbered and ready to be buried.

Also that year, the other brother died Henfil, the violinist and composer
Chico Mario who fought hard for the Brazilian instrumental music. He died
on March 14, 1988.

But the struggle Henfil somehow also continued at the hands of his
brother, Joseph Valek or Herbert de Souza, who joined the forces that
resulted in the "impeachment" of President Fernando Collor and struggled
immensely by "Citizen Action against Poverty and for Life, "a movement in
favor of the poor and excluded. Betinho died in 1997, has also severely
debilitated by AIDS.

67
Jim Davis

W
as born in July 14, 1945 in Marion, Indiana,
Jim Davis grew up on a small farm with his
dad, Jim Sr., who raised Black Angus cows, his
brother Dave, and 25 cats that relied on the hospitality
of Jim's mother, Betty.

When asthma forced him inside, away from his regular


farm chores, the young Davis spent hours drawing. With
little more than his pencil, paper and imagination, he
created pictures, which he soon discovered were more fun
when accompanied by words.

Jim attended Ball state University in Muncie. As an Art and Business


major he distinguished himself by earning one of the lowest accumulative
grade point averages in history of the University.

After college, Davis did a two-year stint with a local advertising agency
and met and married his wife, Carolyn, a gifted singer and elementary
school teacher.

In 1969, he joined Tumbleweeds creator Tom Ryan as his cartoon


assistant. In addition to cartooning, Jim maintained a career as a free-
lance commercial artist, copywriter, and radio-talent and political-campaign
promoter.

Then he created a comic strip about a character named Gnorm Gnat. The
strip ran in one Indiana newspaper, but when Davis tried to sell it to a
national comic strip syndicate he was told, "It's funny. But bugs? Who can
relate to a bug?" After five years of drawing Gnorm, Davis drew a giant
foot that fell out of the sky, crushing Gnorm in his last comic appearance.

Davis noticed that there were numerous comic strips about dogs, but few
about cats -- even though the world is full of cat lovers. He combined that
knowledge with his own memories of the 25 farm cats he grew up with, and
Garfield, a fat, lazy, lasagna-loving, cynical cat became his formula for
success. Garfield began syndication in 41 newspapers June 19, 1978.
Ironically, Davis has no cats; his wife, Carolyn, is allergic.

68
Early on, Davis decided against using topical
references in the strip. "It was a conscious
effort to include everyone as readers," he
explains. For that reason, Garfield avoids any
social or political comment, as well. "Besides,"
says Davis, "my grasp of the world situation
isn't that firm anyway. For years I thought
OPEC was a denture adhesive."

Davis adds, "Garfield is an international


character. I don't use rhyming gags, plays on
words, or colloquialisms in an effort to make
Garfield apply to virtually any society where he may appear." The most
important part of the formula? "To keep the gags broad and the humor
general and applicable to everyone, I deal mainly with eating and sleeping."

Garfield, the fat, lazy, wise-cracking lasagna-eating cat would celebrate


his 20th birthday on June 19th 1998, as one of the most popular cartoon
characters in the world.

When Davis created Garfield in 1978, he never imagined the phenomenal


success and worldwide following that Garfield and friends would command.
Garfield is the most widely syndicated Sunday comic in the United States,
and worldwide, has more than 220 million readers daily.

For Davis, life with Garfield is very simple: "If we take care of the cat,
the cat will take care of us." And, by nurturing and keeping fresh every
aspect of Garfield's design, attitude and entertainment quality, Davis has
created not only the fastest-growing comic strip in the world, but also
dozens of best-selling books that have been translated into 26 languages, a
CBS television series and 13 prime-time specials, and a wide range of
Garfield merchandise sold in 69 countries.

The strip is pumped out daily, in a cheerful atmosphere among friends.


Valette Hildebrand is assistant cartoonist, Brian Strater is art director for
merchandising, Neil Alterkruse is production director, Jill Hahn is office
manager, and Julie Hamilton is president of Paws, Incorporated.

Paws, Inc., was formed in 1981 to handle the merchandising of the


characters in the strip. Paws operates under the strict eye of Davis, who

69
approves each piece of Garfield art before it leaves the studio. With such
attention to detail, Davis has been able to maintain the quality of the
Garfield character that now appears on thousands of products sold all over
the world. Of all the Garfield books published by Ballantine Books, 33 have
appeared on The New York Times Best Sellers list; 11 titles hit number one
and seven books appeared simultaneously on The New York Times list in
1983.

In 1982 Davis' son, James Alexander, was born. Spending time with his
teen-age son is one of the things Jim does when he isn't at the drawing
board. His other hobbies are golf, fishing, chess, sandwiches and good
friends.

In 1981 and 1986, the National Cartoonists Society named Davis Best
Humor strip Cartoonist of the Year. In 1985, the NCS gave him the Elzie
Segar award for outstanding contributions made in the cartoon industry,
and in 1990, the NCS bestowed upon Davis the prestigious Reuben award
for outstanding strip of the year.

Davis has won four Emmy awards from the Academy of Television Arts and
Sciences for writing in the Outstanding Animated Program category for
"Garfield on the Town" (1983), "Garfield in the Rough" (1984), "Garfield's
Halloween Adventure" (1985), and "Garfield's Babes & Bullets" (1989). Each
one of the 13 Garfield prime-time specials created for CBS-TV has been
nominated for an Emmy. On top of all that, "Garfield and Friends," a popular
animated series created for Saturday morning television, debuted in 1988.
"Garfield and Friends" can be seen in syndication around the globe.

Davis' time and energy have not been devoted exclusively to cartooning
and Garfield. He is also an active environmentalist: In 1990, the National
Arbor Day Foundation awarded him the Good Steward award for his
efforts in reforestation in his native state of Indiana. Davis is also involved
with the U.S. Fish and Wildlife Service in a campaign promoting the
restoration of wetlands, as well as The National Wildlife Federation's
"Build a Schoolyard Habitat" campaign that encourages students to provide
wildlife environments on their school grounds. The American Association of
State Colleges and Universities awarded Davis the Distinguished Alumnus
award for 1985 for his dedication to the promotion of higher education. In
1991, both Ball State University and Purdue University awarded Jim
honorary doctorate degrees.

70
Bill Watterson

B
ill Watterson was born July 5, 1958 in
Washington, D.C. While attending
Kenyon College, Watterson drew
cartoons for the college paper, leading to a
position at the Cincinnati Post. Watterson
wanted to draw comic strips and began trying to
syndicate his original creation, Calvin and
Hobbes, a cartoon about a rambunctious boy and his imaginary friend.
Cartoonist, was Born July 5, 1958, in Washington, D.C. When he was 6
years old, Bill Watterson moved with his father James, a patent attorney,
and his mother, Kathryn, to Chagrin Falls, Ohio. After the family settled in,
Kathryn soon won a seat on the city council. James Watterson would also
serve on the Chagrin Falls city council, but not until some 30 years later.
As a child, Bill Watterson—unlike his creation Calvin—"never had imaginary
animal friends," he later remembered. "I generally stayed out of trouble, I
did fairly well in school." He developed an early interest in drawing, and was
inspired by classic cartoonists like "Peanuts" creator Charles Schulz and
"Pogo" illustrator Walt Kelly.
In 1976, Watterson enrolled at Ohio's Kenyon College, where he spent four
years drawing political cartoons for the Collegian campus newspaper (and a
few weeks during his sophomore year painting a copy of Michelangelo's
"Creation of Adam" on his dorm room ceiling). Following his 1980 graduation,
Watterson was immediately offered a job as an editorial cartoonist at the
Cincinnati Post. His editors were unimpressed with his work, however, and
less than a year later Watterson found himself unemployed and living back
home with his parents. He decided to abandon political cartoons (he was not
particularly interested in politics anyway) and return to his first love: comic
strips.
The next few years proved mostly discouraging. Watterson sent his strips
to countless newspapers and received nothing but rejection slips. For a
time, he took an unhappy job designing advertisements for car dealerships
and grocery stores. This period in his life was important, he later said,

because it proved to him that the substance of his work mattered more
than money. "To endure five years of rejection to get a job requires either
a faith in oneself that borders on delusion, or a love of the work," he told
71
the 1990 graduates of his alma mater in a commencement speech. "I loved
the work."

Calvin and Hobbes

A
fter experimenting with
several different characters,
Watterson developed a strip
called "Calvin and Hobbes." It starred
Calvin, a rambunctious first-grader
who sounded "like a 6-year-old
psychotic on Ritalin one day and a Yale
lit grad the next," as one journalist put
it, and Hobbes, a stuffed tiger who
came to life only when alone with Calvin. Universal Press Syndicate bought
the strip in 1985, giving Watterson a national audience.

Readers loved "Calvin and Hobbes"—Calvin's flights of wild imagination,


often undertaken while clad in rocket-ship underpants; Hobbes's wry
observations; and the sensitive, wise, literary voice of the strip itself (the
main characters were named after philosophers John Calvin and Thomas
Hobbes). In 1986, Watterson became the youngest cartoonist ever to
receive the National Cartoonists Society's Reuben Award—the industry's
highest honor.

With the strip's popularity exploding, Universal Press Syndicate was eager
to produce and sell "Calvin and Hobbes" merchandise. Watterson refused.
Merchandising, he said, "would turn my characters into television hucksters
and T-shirt sloganeers and deprive me of characters that actually
expressed my own thoughts." That's why there are no official "Calvin and
Hobbes" toys or t-shirts, though unauthorized reproductions of the
characters still abound. "I clearly miscalculated how popular it would be to
show Calvin urinating on a Ford logo," Watterson once quipped, referring to
the popular bootleg car window decals.

After 10 years of writing delighting readers, Watterson announced in


1995—to the heartbreak of fans—that he was ending the strip, saying that
he had done all he could with "Calvin and Hobbes." The final "Calvin and
Hobbes" ran on December 31, 1995.
Bill Watterson and his wife live in Cleveland, where Watterson keeps a low

72
profile and declines most interview and media requests. He says he has no
regrets about ending the strip when he did. "It's always better to leave
the party early," he said in a rare email interview with the Cleveland Plain
Dealer in 2010. "If I had rolled along with the strip's popularity and
repeated myself for another five, 10 or 20 years, the people now 'grieving'
for 'Calvin and Hobbes' would be wishing me dead and cursing newspapers
for running tedious, ancient strips like mine instead of acquiring fresher,
livelier talent. And I'd be agreeing with them."

73
Autobiografias
Allan

S
ou Allan Barbosa de Vasconcelos, tenho 16 anos,
nasci na cidade de Araraquara no estado de São
Paulo.

Sobre mim, ainda não são grandes as aventuras e as ações


que eu fiz que dessem grandes relatos ou bons livros, mais
tentarei descrever um pouco de quem eu sou, do que gosto e
do que eu planejo para o meu futuro (fatos que até mesmo eu desconheça,
irônico a vida).

Minha Família é extensa, sendo que a maior parte dela mora em


Japaratinga, uma pequena cidade localizada no estado de Alagoas, sendo
desta mesma cidade o lugar em que nasceu meus pais, é dessa pequena
cidade em que se da início a minha história, a dos meus pais e a de meus
irmãos. Foi nessa pequena cidade em que meus pais um dia saíram e vieram
para Araraquara e aqui se fixaram, formando uma família (dando início a
nossa família).

Minha família é formada por minha mãe (Ozinete), meu pai (Adeilson), meus
dois irmãos (Adaías e Adriel), minha irmã (Erica) e eu. Nossa família sempre
foi unida, mesmo com as pequenas desavenças que às vezes temos, sempre
estamos juntos.

Lembro-me de que na minha infância eu e meus dois irmãos quase sempre


soltávamos pipa, esse é um dos pequenos momentos que eu sinto falta, já
que hoje nem sempre podemos estar juntos. Meus irmãos para mim são como
professores que eu tento seguir seus passos, eles e meus pais são pessoas
em que eu sempre tentei me espelhar.

Atualmente estou no ensino médio (sendo essa a 2º vez que eu faço o


mesmo, pois considerei que refaze-lo era a melhor opção que eu tinha para o
meu futuro, apesar de não ser necessário), considero isso como um longo
passo que todos devemos dar para um futuro melhor, embora eu ainda não
tenha decidido o meu futuro, pois considero chato saber o que te espera lá
na frente, o que eu vou ter de enfrentar, prefiro ir levando a vida um passo
de cada vez.

74
Considero-me uma pessoa eclética, gosto de diversos estilos musicais.
Chato ou legal isso eu já não sei, é meio difícil se auto definir, prefiro que
me conheçam e depois formem suas opiniões.

Gosto de praticar esportes acho difícil de eu não gostar de algum, isso se


deve porque eu sempre gostei de aventuras e novos desafios. Para mim não
existe coisas difíceis, só existe coisas em que precisa ser aprimoradas para
alcança-las ou conseguir os resultados desejados.
Eu pratico futsal (jogo como goleiro) e vôlei, gosto desses dois esportes e
sempre quando eu estou praticando-os, sempre tento fazer meu melhor.
Gosto de ler gibis, mangas, jornais, dentre outros, porém não gosto muito
de ler livros embora eu gosto muito de histórias com o tema medieval,
faroeste e mitológico, não consigo pegar grande gosto pela leitura (para
mim, acho difícil segurar o suspense de um livro).
Também gosto de assistir filmes, séries, dentre outros. Atualmente as
séries que eu estou assistindo são: The Walking Dead e Game of Thrones.
Acho interessante os animais, sempre fies e só querendo um pouco de amor
em troca. Gosto bastante da vida selvagem, meu sonho sempre foi ter um
leão como um animal de estimação (acho que esse é um sonho que nunca vai
se realizar, deve ser triste ter um animal tão belo fora do seu lugar de
origem).
Sobre minha vida social, tenho vários amigos incluindo os muitos da escola.
É sempre bom estar com os amigos (mesmo com os “retardados”), pensar
como eu seria sem eles é meio difícil. Também tenho vários amigos da igreja
(a princípio, sou cristão), os quais não são tão diferentes dos demais.
Acho que consegui descrever um pouquinho de quem sou eu, fico grato por
você ter conseguido chegar até aqui para tentar desvendar o “mistério” de
Allan Barbosa de
Vasconcelos, penso que mais para frente poderei completar essa biografia
e que isso é só o começo.

75
Ariadny

S
ou Ariadny Fukunaga Vicente da Silva,
nasci no dia dezesseis de março de
1998, tenho 15 anos, nasci em
Araraquara-SP.

Minha família é descendente de baiano e


japonês e é formada por minha mãe, meu pai, meu
irmão e eu .

Moro em Gavião Peixoto, mas estudo na ETEC Profª Anna de Oliveira


Ferraz .Resolvi Estudar em Araraquara pelo fato do ensino Médio ser
melhor do que na minha cidade.

Meu pai é professor de mecânica industrial e minha mãe balconista em uma


loja de roupas.

Tenho uma vida muito ativa, pratico vários esporte como vôlei, Karatê,
futsal, judô e jiu-jitsu , mas gosto de ficar com minha família, que pra mim
é a base de tudo.

Beatriz

M
eu nome é Beatriz Marques da Silva tenho 15 anos e
nasci no dia 26 de janeiro de 1998, na cidade de
Araraquara, estado de São Paulo, Brasil. Moro com
meus pais Francisco Narcisio da Silva Filho e Áurea Alves
Marques da Silva na Rua Antonio Felipe, Jardim Universal, sou
filha única.

Estudo na Etec Profª Anna de Oliveira Ferraz no 1º Ano do


Ensino Médio, faço curso de inglês há um ano e as minhas
matérias preferidas na escola são: Matemática, Inglês e Artes, adoro
desenhar e me expressar.

Sou muito eclética no estilo musical, pois gosto de diferentes gêneros,


entre meus preferidos está o country. As musicas que mais escuto são:
Enchanted (Taylor Swift), Highway don't Care (TIM McGraw) e You and Me
(Lifehouse).

76
O que eu mais gosto de fazer no meu tempo livre é assistir filmes, amo o
gênero ação, e os filmes de super heróis são os meus prediletos. Eu
realmente odeio filmes de terror, porque acho que a maioria deles não conta
uma história e que só tem mortes. Na minha lista de filmes preferidos
estão: Homem de Ferro, Os Vingadores e Capitão América.

Eu também adoro assistir séries policiais como CSI e Criminal Minds, mas
acho que as melhores séries são as de ficção, entre elas estão The Walking
Dead e The Vampire Diaries.

Não sou viciada em redes sociais muito menos em computador, mas passo
boa parte do tempo nelas isso porque sempre fico muito entediada. Adoro
me maquiar e acho que tenho muita habilidade para isso.

O meu maior sonho é viajar para Paris, e espero um dia poder realizá-lo.
Vivo o dia a dia e procuro ser sempre positiva perante meus pequenos
problemas.

Daniel

M
eu nome é Daniel Lopes Ribeiro eu nasci dia cinco
de dezembro de mil novecentos e noventa e sete
aqui mesmo em Araraquara,tenho quinze
anos,estudei no Caic da primeira á quarta série,no Gilda na
quinta série e no Maria Isabel da sexta á oitava série tenho
um irmão que se chama Danilo e uma irmã que se chama
Daiane,minha mãe se chama Rosana meu pai Luis Claudio,meus
avós paternos Osorio e Ivone meus ávos maternos Elza e José.

Vim para o Industrial com a intenção de ter uma melhor preparação para o
vestibular. Neste trabalho pretendo melhorar meu conhecimento na matéria
de português,inglês e educação artistica.

Gosto de viagens,passeios,andar de bicicleta minhas comidas favoritas são


lasanha,macarrão,batata frita e nos esportes gosto da natação.

Não gosto de beterraba,mocoto e nos esportes não gosto muito do


basquete.

77
Para meu futuro pretendo entrar no técnico ano que vem e é quase certeza
que vou fazer Mecatrônica e depois de completar o Ensino Médio pretendo
entrar em uma universidade pública ainda não sei que faculdade quero fazer
mais até acabar o Ensino Médio penso em uma, depois da faculdade
pretendo arrumar um bom emprego onde eu goste do que eu faça e também
ganhe bem.

Isso é tudo o que tenho para descrever na minha autobiografia, família,


história, sonhos e expectativas para o futuro.

Mariana

M
eu nome é Mariana Cayres, tenho 14 anos e
faço aniversário dia 12 de novembro.
Nasci em Campinas, vivi até meus 11 anos
lá, e, quando meus pais resolveram se separar, me mudei
com minha mãe pra cá, onde mora a maioria dos parentes
dela. Atualmente, moro com minha mãe Silvia e minha
cachorra Mel em um bairro chamado Jardim Dumont, que
fica próximo ao aeroporto. Já faz 3 anos e alguns meses
desde que me mudei, e nesse meio tempo, meu pai Paulo chegou a falecer de
câncer. Ás vezes, eu sinto falta de conviver mais com minha família de
Campinas, mas, sinceramente, morar em Araraquara é muito melhor, pela
tranquilidade e sossego em qual aqui me encontro.
Para me definir melhor, tenho cabelos e olhos castanhos, pele clara e
digamos que uma estatura não muito alta; sendo sempre alvo de piadas pelo
meu tamanho.
Em gostos, adoro a cantora Nicki Minaj, assim como outros cantores de
rap; o meu estilo musical mais escutado. Sou fascinada por filmes de terror,
sendo: ''A Hora do Pesadelo'' e ''Premonição'' os meus escolhidos. De
livros tenho vários preferidos, destacando-se: ''A menina que roubava
livros'' e ''A culpa é das estrelas''. Possuo um personagem de desenho como
meu ídolo, o Bob Esponja. A cor que mais gosto é o roxo, e matérias são
história, matemática e biologia.

78
Amo sair com meus amigos ou chamá-los para vir em casa. Sempre sou
considerada a ''nervosinha'' do grupo, pois é raro eu ter calma em algo que
eu faça. As minhas qualidades não sei dizer ao certo, só sei que sou
bastante confiável e honesta. Meus defeitos com certeza são a minha falta
de paciência e minha mudança de humor repentino.
Estudava no Pedro José Neto até ano passado, onde eu tinha vários
amigos. Entrar no Industrial foi muito estranho e diferente para mim nos
primeiros dias, mas com o tempo, conheci ótimas pessoas e consegui me
acostumar com o estudo puxado que eles oferecem.
Eu me considero uma menina bastante solitária ás vezes, mas tenho minha
mãe a qual conto todos os meus problemas e segredos.
Um lema para vida: ''Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem
nome. '' - Clarice Lispector

Maiary

N
asci em Araraquara-SP, aos 23 de abril de 1998
em torno das 13h.
Já tinha uma irmã, Rosimeire Martins de
Souza, com 4 anos de idade, tal nome escolhido pela
minha mãe, Rosely Nunes Martins, e como se fosse um
“revezamento” era a “vez” de meu pai, Mario Tiburcio de
Souza, escolher o meu. Maiara, foi esse que ele quis,
porém na época já havia muitas meninas com esse nome,
minha mãe achou muito comum. A mudança veio na hora
de registrar, resolveu trocar o último “A” do nome por “Y” e assim ficou:
Maiary Martins de Souza.
Cresci na cidade vizinha, Americo Brasiliense, casa na qual habito até hoje.
É nela que tenho muitas histórias, onde passei maior parte da minha vida,
aprendi a conviver com as pessoas, com o vizinho rabugento, com a mulher
que lava a calçada todo dia, com fulano, com ciclano, enfim, todas as coisas e
pessoas comuns e naturais que há em todo bairro. Também foi nessa casa
que dei meus primeiros pacinhos, falei minhas primeiras palavras e conheci
meu time do coração: Corinthians! Foi através de times, que aos 3 anos de
idade falei minha primeira mentira. Meu tio Erinaldo residia conosco e era
são paulino, sempre gostou muito de crianças. Ele sempre me fazia
chantagens, dizia que se eu torcesse pro São Paulo ganharia doces e
dinheiro, como não era nada boba, mentia dizendo ser sao paulina pra ganhar
minhas guloseimas. Logo ele se casou, parei de mentir mas também perdi
meus doces.
79
O tempo passou, comecei a ir para a escola. Essa foi uma nova fase em minha vida
onde descobri várias coisas que me acompanharam de lá até aqui. Desde criança era
uma aluna responsável e estudiosa, não aceitava notas ruins e sempre queria ganhar
o carimbo da professora no jardim primário. Aos 6 anos de idade descobri minha
primeira paixão: Voleibol. Considero essa descoberta umas das coisas mais
importantes e felizes da minha vida. Comecei brincando com a minha irmã no
corredor de casa, com ela me ensinando os fundamentos principais. Ela mesmo me
inscreveu na escolinha que existe aqui na cidade e a partir daquele momento o vôlei
se tornou mais que um esporte para mim, era a minha vida, o lugar onde esquecia do
mundo afora e só me concentrava em fazer o melhor. Na escolinha fiz várias
amizades que conservo até hoje, ganhei varias medalhas de primeiros, segundos e
terceiros lugares sem contar com 3 de melhor jogadora. Evolui muito e além do
dom de saber jogar tinha muita sorte. Fui ficando mais velha e com 12 anos ganhei
meu primeiro salário jogando para o time de Araraquara.

Tive um contrato de alguns meses para fechar um campeonato e logo


depois voltei para o time da cidade que jogo até hoje. Sempre sonhei em ser
jogadora de vôlei mas nunca tive o apoio de meus pais, então quando
completei meus 13 anos resolvi me conformar e procurar outra profissão
para seguir.

Sempre fui determinada e gostava muito de conseguir e alcançar meus


objetivos com meu próprio esforço. Com 13 anos trabalhei em uma loja no
final de ano como dobradeira e com esse salário comprei o celular que tanto
queria. Por mais que me dedicasse ao vôlei e ao trabalho nunca deixava a
escola de lado, ao contrário, quanto mais os anos se passavam mais eu me
cobrava em relação às notas. Minhas metas passaram a ser 10 e não 9,8.
Durante esse período, também, várias coisas no meio social, como o primeiro
amor, o primeiro beijo, amizades não tão verdadeiras e a difícil realidade de
que nem tudo no mundo é como queremos.
Completando meus 14 anos, passei a me dedicar totalmente aos estudos e
fechei minha 8ª serie com excelentes notas. Nesse ano também descobri e
aprendi mais uma coisa: Deus leva pessoas que amamos nas horas que menos
esperamos. Perdi minha amiga de classe de uma forma inesperada,
descobriu-se que ela tinha leucemia. Eu e minhas amigas fizemos o possível
por ela, arrecadamos dinheiro nas ruas e na escola para auxiliar no custo de
seus medicamentos, fizemos rifas e oramos muito. Nada foi suficiente e em
dois meses de tratamento ela veio a falecer. Pela primeira vez senti a dor
de perder uma amiga o que me afetou no Vestibulinho por ter acontecido o
fato quatro dias antes da prova. Graças a Deus consegui passar e conquistar
mais um objetivo que havia traçado no meu caminho.

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Depois de alguns meses comecei a trabalhar em uma academia, mas logo saí
para me dedicar novamente à escola. Encontrava-me meio perdida, pois
ainda não havia escolhido a minha profissão. Pensei, então, em engenheira,
arquiteta, enfermeira, enfim, algumas profissões que considero bacanas mas
nenhuma me completaria por inteira, aliás temos de trabalhar com algo que
gostamos para que não seja um trabalho cansativo psicologicamente e não
valorizado por si mesmo. A última coisa que vim a pensar foi ser publicitária.
Pesquisei bastante sobre essa profissão e venho bastante contente com os
comentários.

Enfim, aqui estou. 2013. No dia 27 de abril, mais um sonho realizado: minha
festa de 15 anos. Foi tudo como sonhei tudo como esperei. Agora todos
meus sonhos e objetivos traçados já foram alcançados, só me restam apenas
dois: Conhecer a neve e me tornar uma grande publicitária e logicamente, o
que todos nós queremos: ser feliz!

Roberto

M
eu nome é Roberto Campos dos Reis
Junior, possuo 15 anos sendo que
nasci em 1998 no dia 14 de março, na
cidade de Araraquara, SP.

Minha vida não possui muitas aventuras, nem


peripécias ou algo que derive um bom livro,
também não sou nenhum gênio ou filósofo, mas
uma coisa posso afirmar, tenho uma família incrível que não trocaria por
nada e que causa inveja em muitos.

Moro com meu pai, Roberto Campos dos Reis e sua esposa (minha madrasta)
Gilvania Grasiele Modena que têm três filhos, Dário, Dérick e Douglas. Sou o
caçula da família e por isso sou privilegiado, pois aprendo muitas
experiências de vida com todos eles.

Minha mãe é uma longa história e prefiro não comentar, mas não mantenho
contato com ela atualmente.

Meus avós paternos faleceram quando eu era muito pequeno, mas meus
avós maternos me adoram e eu amo eles, meu avô Pedro e minha avó Neusa
são uma dadiva para mim. Por parte de mãe possuo três tias, Rafaela, Raquel
e Rebeca e por parte de pai tenho uma tia chamada Vilma e um tio chamado
81
Rogério, infelizmente outra tia minha faleceu faz muito tempo, eu a
adorava, era a Vânia.

Sobre minha aparência física, acho-me normal, mas as pessoas devem me


achar feio, pois sou branco, mas devido ao sol meus antebraços e canelas
são bronzeados, isso a meu ver fica estranho. Meus olhos são castanhos e
meu cabelo é um enigma porque ele era liso e um dia resolveu ficar liso de
manhã e um pouco crespo à noite, por isso prefiro ele curto, mas na foto
estou com o cabelo grande. Não sou muito atraente, acho, pois uso óculos,
aparelho e meu rosto é cheio de espinhas, meus braços são finos e tenho
“pneu” na barriga e minha voz hora afina hora engrossa , mas graças a Deus
sou saudável, inteligente e “grosso” de futebol.

Eu adoro futebol apesar de não ser habilidoso, embora meu pai tenha sido
jogador. Também gosto de boxe e andar de bicicleta. Gosto de correr, mas
me cansa quando começo a perder o fôlego, pois não tenho muito. Já
pratiquei futebol, karatê, natação e Boxe, mas atualmente me exercito no
Parque Infantil.

Adoro comer, principalmente doces, sendo assim amo doce de leite,


chocolate, cocada, mousse, pavê, amendoim doce e meu favorito é paçoca.
Adoro entre as comidas salgadas esfiha, coxinha, pastel, hambúrguer e tudo
que faz mal, mas me alimento bem, comendo isso às vezes e
controladamente, pois engordo facilmente.

Adoro gatos, são bichos muito carinhosos, em minha opinião, e possuo na


minha casa atualmente uma gata chamada Juma Marruá, e uma
“cachorrinha” chamada Cloe, que na verdade é um rottweiler.

Vou iniciar um técnico em mecatrônica em 2014, se eu puder, e ter uma


base e acima de tudo ver o que escolherei para trabalhar. Escolhi isso, pois
gosto de matemática, química e física, embora tenha um pouco de
dificuldade. Apesar de não me interessar, tenho facilidade em biologia e
possuo dificuldade em inglês e língua portuguesa. Interesso-me por
informática e se necessário leio sobre o assunto. Também adoro ler gibis,
principalmente da Turma da Mônica, mas não gosto de ler livros, embora já li
alguns que adorei como Desventuras em série e Drácula.

Eu estudei no C.E. SESI Araraquara da 1ª à 8ª série e devido a muitos


fatores resolvi buscar conhecimento no Centro Paula Souza, no qual avalio
como um sistema de ensino competente que possui ótimos professores.

82
Espero que nesses três anos que passarei lá, eu consiga aprender muito e
conseguir uma grande experiência de vida.

Tenho alguns amigos na escola, como o Vinicius Guerso, Marcos Mello, Allan
Barbosa, Pedro Góes e Danilo Fernandes (esses são da escola) Bruno Carioca
da academia de boxe, Tarcio Costa (poeta) entre muitos outros. Converso
muito com as pessoas, mas não gosto muito de sair para jantar, ir a
aniversários ou outra coisa, me sinto desconfortável, prefiro conversar com
a pessoa, ou fazer algo como jogar futebol, acho mais interessante. Mas
adoro passear com meu pai, falar com ele e fazer um monte de coisas. Acho
que isso é devido ao pouco tempo que passei com ele na infância.

Não desejo luxo nem sou esnobe, gosto dos prazeres da vida simples, como
jogar videogame, comer uma paçoca ou conversar com alguém, nunca desejei
ser rico, apenas gostaria de nunca passar fome ou frio. Devido a muitas
coisas que passei em vida e que não caberiam nessa biografia, mas que não
são os piores problemas do mundo, adotei uma postura muito extrovertida,
até demais, para me livrar dos “meus fantasmas” e por isso não gosto de
pessoas de temperamento forte ou contraditórias. Não tenho religião
definida, mas acredito em Deus. Agradeço tanto pelos meus amigos quanto
pelos inimigos, pois aprendo muito com ambos, pois sempre me transmitiram
algo importante para vida.

Minhas considerações finais são de agradecimento a minha família que


nunca me abandonou, a meus conhecidos, membros da escola, amigos e todos
que fizeram parte da minha vida, em especial meu pai e minha madrasta. E
por último agradeço a você leitor, por ter tido a paciência de ler toda essa
autobiografia, obrigado!

Marcos

M
eu nome é Marcos Melo, tenho 15 anos
e nasci em 27 de Setembro de 1997 na
cidade de Araraquara – SP.

Minha vida é algo que eu não falo para pessoa


nenhuma... o que me deixa ainda mais relutante de tentar dizer ela nesse
texto para que todas as pessoas que verem isso possa saber dela. O que
posso dizer para vocês é simplesmente o básico, como a minha família, meu
lar, o que faço no dia-a-dia, etc.

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Minha família... Não é o exemplo de família feliz, tendo sempre conflitos
entre os membros, sempre com uma desculpa esfarrapada para discussão
em vez de tentar fazer algo para acabar com ela. Moro somente com a
minha avó Divina Neuza Gaudêncio, no qual o motivo eu não quero comentar.

Sobre a minha pessoa em si, não sou algo que agrada todas as pessoas nem
algo que as desagrada. Sou uma pessoa fechada e que analisa as outras
pessoas, vendo como se comportam a certas reações minhas. Não gosto
muito de esportes, sendo isso uma desgraça para todos os professores de
Ed. Física, pois raramente vou fazer algo na aula deles.

Gosto muito de animais, principalmente cães e gatos, sendo que sempre que
paro um pouco para dar atenção pra eles quase sempre fico feliz, mesmo que
não expressando isso. Tenho um cachorro bassê inútil que não faz nada além
de dormir e latir de noite, mas que por pior que seja ainda gosto dele,
considerando-o meu amigo e não somente meu animal de estimação.

Não gosto muito de ler livros, somente os de mitologia e de tema medieval,


pois acho simplesmente épico e fascinante todo o universo no qual esses
tipos de livros envolvem. Aprendi a ler com os gibis da Turma da Mônica, do
Maurício de Souza, e meu respeito por ele é gigantesco não só pelos gibis,
mas sim por tudo o que ele fez pelos quadrinhos brasileiros.
Antes de ir para o industrial eu estudei no EEBA (Escola Estadual Bento de
Abreu), na qual era considerada uma boa escola antigamente... mas hoje é
bem diferente, sendo até mesmo ridículo tentar dizer que é uma boa escola.

Nunca desejei luxo nem riqueza, sendo que quando algumas pessoas falam
sobre dinheiro na minha família, como “preciso de dinheiro” ou “com dinheiro
da pra fazer isso”, eu acho isso simplesmente ridículo, pois ficar pedindo
dinheiro não vai adiantar nada... se quer uma coisa vai trabalhar pra
conseguir isso, não ficar rogando aos céus esperando Deus fazer chover
dinheiro.

Mesmo não gostando de todas as discussões que se tem na minha família


ainda assim só tenho o que agradecer, pois mesmo com todas as
dificuldades, mesmo sendo difícil o que seja sempre abraçaram as causas
nas quais querem conquistar e sempre ajudaram a todos da família mesmo
com todos os conflitos entre si mesmos. Muito obrigado por ter lido essa
baboseira até aqui.

84
SNOW WHITE

A
t the beginning of the story, a queen sits sewing at an open
window during a winter snowfall when she pricks her finger with
her needle, causing three drops of blood fall onto the snow on the
ebony window frame. Admiring the beauty of the resulting color
combination, she says to herself: "Oh, how I wish that I had a daughter
that is as white as snow, as red as blood, and as black as that wood of the
window frame". Soon after, the queen indeed gives birth to a baby girl as
white as snow, as red as blood, and with hair as black as ebony. They name
her Snow White, and not long after, the queen dies.

After a year has passed, the King takes a new wife, who is beautiful but
also unutterably wicked and vain. The new Queen possesses a Magic Mirror
which she asks every morning: "Magic mirror in my hand, who is the fairest
in the land?". The mirror always replies: "My Queen, you are the fairest in
the land." The Queen is always pleased with that, because the magic mirror
never lies. But, when Snow White reaches the age of seven, she becomes as
beautiful as the day and even more beautiful than the Queen and when the
Queen asks her mirror, it responds: "My Queen, you are the fairest here so
true. But Snow White is a thousand times more beautiful than you.

This gives the queen a great shock, and she becomes yellow and green with
envy, and from that hour her heart turns against Snow White, and with
every following day she hates Snow White more and more. Envy and pride,
like ill weeds, grow in her heart taller every day, until she has no peace day
or night. The Queen orders a huntsman to take Snow White into the
deepest woods to be killed. She demands as proof that Snow White is dead,
he returns with her lungs and liver. The huntsman takes Snow White into
the forest. After raising his knife, he finds himself unable to kill her as she
sobs heavily and begs him: "Oh, dear huntsman, don't kill me! Leave me with
my life, I will run into the forest and never come back!". The huntsman
leaves her behind alive, convinced that the girl would be eaten by some wild
animal. He instead brings the Queen the lungs and liver of a young boar,
which is prepared by the cook and eaten by the Queen.

85
After wandering through the forest for days, Snow White discovers a tiny
cottage belonging to a group of seven Dwarfs. Since no one is at home, she
eats some of the tiny meals, drinks some wine and then tests all the beds.
Finally the last bed is comfortable enough for her and she falls asleep.
When the Seven Dwarfs return home, they immediately become aware that
someone sneaked in secretly, because everything in their home is in
disorder. During their loud discussion about who sneaked in, they discover
the sleeping Snow White. The girl wakes up and explains to them what
happened and the Dwarfs take pity on her, saying: "If you will keep house
for us, and cook, make beds, wash, sew, and knit, and keep everything clean
and orderly, then you can stay with us, and you shall have everything that
you want." They warn her to be careful when alone at home and to let no
one in when they are away delving in the mountains.

Next morning the Queen consults her mirror anew and the mirror reveals
Snow White's survival. Now infuriated, the Queen dresses as a comb seller
and convinces Snow White to take a beautiful one as a present. She
brushes Snow White's hair with a poisoned comb and the girl faints again,
but she is revived by the Dwarfs. And the next morning the mirror tells the
Queen, that Snow White is still 'a thousand times more beautiful' than its
mistress. Now the Queen nearly has a heart attack in shock and rage. As a
third and last try, she secretly consults the darkest magic and makes a
poisoned apple, and in the disguise of a farmer's wife, she offers it to
Snow White.

The girl is, at first, hesitant to accept it, so the Queen cuts the apple in
half, eating the white (harmless) part and giving the red (poisoned) part to
Snow White. The girl eagerly takes a bite and falls into a state of
suspended animation, causing the Queen to triumph. This time, the Dwarfs
are unable to revive the girl, because they can't find the source of Snow
White's poor health and, assuming that she is dead, they place her in a
glass coffin.

Time passes, and a Prince traveling through the land sees Snow White. He
strides to her coffin, and enchanted by her beauty, instantly falls in love
with her. The Dwarfs succumb to his entreaties to let him have the coffin,
and as his servants carry the coffin away, they stumble on some roots. The
tremor caused by the stumbling causes the piece of poisoned apple to

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dislodge from Snow White's throat, awakening her. The Prince then
declares his love for her, and soon a wedding is planned. The couple invites

every Queen and King to come to the wedding party, including Snow
White's stepmother. Meanwhile, the Queen, still believing that Snow White
is dead, again asks her magical mirror who is the fairest in the land. The
mirror says: "You, my Queen, are fair so true. But the young Queen is a
thousand times fairer than you."

Appalled in disbelief and with her heart full of fear and doubts, the
Queen is, at first, hesitant to accept the invitation, but she eventually
decides to go. Not knowing that this new queen was indeed her
stepdaughter, she arrives at the wedding, and her heart fills with the
deepest of dread when she realizes the truth. As a punishment for her
attempted murders, a pair of glowing-hot iron shoes are brought forth with
tongs and placed before the Queen. She is forced to step into the burning
shoes and to dance until she drops dead

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OS TRÊS PORQUINHOS

E
ra uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que
viviam felizes e despreocupados na casa da mãe.
A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém,
dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe
trabalhando sem parar.
Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse:
- Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais
responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos.
A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre
os três suas economias para que pudessem comprar materiais e construírem
uma casa.
Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos
seus filhos:
- Cuidem-se! Sejam sempre unidos! - desejou a mãe.
Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar
para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com
relação ao material que usariam para construir o novo lar.
Cada porquinho queria usar um material diferente.
O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo:
- Não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um
monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas.
O porquinho mais sábio advertiu:
- Uma casa de palha não é nada segura.
O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite:
- Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero
ter muito tempo para descansar e brincar.
- Uma casa toda de madeira também não é segura - comentou o mais velho-
Como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se
proteger?
- Eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira
para me aquecer! - respondeu o irmão do meio- E você, o que pretende
fazer, vai brincar conosco depois da construção da casa?
- Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos, que é
resistente. Só quando acabar é que poderei brincar. –Respondeu o mais
velho.

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O porquinho mais velho, o trabalhador, pensava na segurança e no conforto
do novo lar.
Os irmãos mais novos preocupavam-se em não gastar tempo trabalhando.
- Não vamos enfrentar nenhum perigo para ter a necessidade de construir
uma casa resistente. - Disse um dos preguiçosos.
Cada porquinho escolheu um canto da floresta para construir as respectivas
casas. Contudo, as casas seriam próximas.
O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos
construiu sua morada. Já estava descansando quando o irmão do meio, que
havia construído a casa de madeira chegou chamando-o para ir ver a sua
casa.
Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do
porquinho mais velho, que construía com tijolos sua morada.

- Nossa! Você ainda não acabou! Não está nem na metade! Nós agora vamos
almoçar e depois brincar. – disse irônico, o porquinho do meio.
O porquinho mais velho, porém não ligou para os comentários, nem par a as
risadinhas, continuou a trabalhar, preparava o cimento e montava as paredes
de tijolos. Após três dias de trabalho intenso, a casa de tijolos estava
pronta, e era linda!
Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos
morando naquela parte da floresta. O Lobo sentiu sua barriga roncar de
fome, só pensava em comer os porquinhos.
Foi então bater na porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. O
porquinho antes de abrir a porta olhou pela janela e avistando o lobo
começou a tremer de medo.
O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o
lobo:

- Vá embora! Só abrirei a porta para o meu pai, o grande leão!- mentiu o


porquinho cheio de medo.
- Leão é? Não sabia que leão era pai de porquinho. Abra já essa porta. –
Disse o lobo com um grito assustador.
O porquinho continuou quieto, tremendo de medo.
- Se você não abrir por bem, abrirei à força. Eu ou soprar vou soprar muito
forte e sua casa irá voar.

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O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. Até que o lobo
soprou um a vez e nada aconteceu, soprou novamente e da palha da casinha
nada restou, a casa voou pelos ares. O porquinho desesperado correu em
direção à casinha de madeira do seu irmão.
O lobo correu atrás.
Chagando lá, o irmão do meio estava sentado na varanda da casinha.
- Corre, corre entre dentro da casa! O lobo vem vindo! – gritou
desesperado, correndo o porquinho mais novo.
Os dois porquinhos entraram bem a tempo na casa, o lobo chegou logo atrás
batendo com força na porta.
Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:
- Porquinhos, me deixem entrar só um pouquinho! __ De forma alguma Seu
Lobo, vá embora e nos deixe em paz. - disseram os porquinhos.
- Então eu vou soprar e soprar e farei a casinha voar. O lobo então furioso
e esfomeado encheu o peito de ar e soprou forte a casinha de madeira que
não aguentou e caiu.
Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a
casinha do irmão mais velho.
Chegando lá pediram ajuda ao mesmo.
- Entrem, deixem esse lobo comigo!- disse confiante o porquinho mais
velho.
Logo o lobo chegou e tornou a atormentá-los:
- Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar, é só um pouquinho!
- Pode esperar sentado seu lobo mentiroso. - respondeu o porquinho mais
velho.
- Já que é assim, preparem-se para correr. Essa casa em poucos minutos irá
voar! - O lobo encheu seus pulmões de ar e soprou a casinha de tijolos que
nada sofreu. Soprou novamente mais forte e nada.
Resolveu então se jogar contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada
abalava a sólida casa.
O lobo resolveu então voltar para a sua toca e descansar até o dia
seguinte.
Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os
dois mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora.
- Calma , não comemorem ainda! Esse lobo é muito esperto, ele não desistirá
antes de aprende ruma lição. - Advertiu o porquinho mais velho.
No dia seguinte bem cedo o lobo estava de volta à casa de tijolos.
Disfarçado de vendedor de frutas.
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- Quem quer comprar frutas fresquinhas?- gritava o lobo se aproximando
da casa de tijolos.
Os dois porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e
iam abrir a porta quando o irmão mais velho entrou na frente deles e disse:
- Nunca passou ninguém vendendo nada por aqui antes, não é suspeito que na
manhã seguinte do aparecimento do lobo, surja um vendedor?
Os irmãos acreditaram que era realmente um vendedor, mas resolveram
esperar mais um pouco.
O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou:
- Frutas fresquinhas, quem vai querer?
Os porquinhos responderam:
- Não, obrigado.
O lobo insistiu:
Tome peguem três sem pagar nada, é um presente.
- Muito obrigado, mas não queremos, temos muitas frutas aqui.
O lobo furioso se revelou:
- Abram logo, poupo um de vocês!
Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído
na mentira do falso vendedor.
De repente ouviram um barulho no teto. O lobo havia encostado uma escada
e estava subindo no telhado.
Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual
cozinhavam uma sopa de legumes.
O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os
porquinhos entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do
caldeirão de sopa fervendo.

- AUUUUUUU! - Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em


direção à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras.
Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os
mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e
brincar.
Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não aguentando as saudades, foi
morar com os filhos.
Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.

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