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exemplo, tem esse seu sistema montado num raciocínio lógico, conhecido pelo acróstico, do
inglês, TULIP, a saber: Total depravity (Depravação total), Unconditional election (Eleição
incondicional), Limited atonement (Expiação limitada), Irresistible grace (Graça irresistível) e
Perseverance of the saints (Perseverança dos santos).

Esses pontos foram respostas aos artigos dos remonstrantes, seguidores de Armínio, que
protestaram as ideias calvinistas baseados em cinco observações, as quais podemos resumir
da seguinte forma: 1) depravação total, 2) eleição condicional, 3) expiação ilimitada, 4) graça
preveniente e 5) perseverança condicional.

Nosso propósito é estudar cada um dos axiomas soteriológicos supracitados, segundo a ótica
arminiana. Para isso, dividiremos nosso estudo em cinco etapas, a fim de abordar com maior
precisão cada um desses pontos. Ademais, optaremos por seguir nosso raciocínio na mesma
ordem dos artigos da remonstrância, visando um aproveitamento mais didático.

Artigo I – Remonstrância

“Que Deus, por um eterno e imutável plano em Jesus Cristo, seu Filho, antes que fossem
postos os fundamentos do mundo, determinou salvar, de entre a raça humana que tinha caído
no pecado – em Cristo, por causa de Cristo e através de Cristo – aqueles que, pela graça do
Santo Espírito, crerem neste seu Filho e que, pela mesma graça, perseverarem na mesma fé e
obediência de fé até o fim; e, por outro lado, deixar sob o pecado e a ira os contumazes e
descrentes, condenando-os como alheios a Cristo, segundo a palavra do Evangelho de Jo 3.36
e outras passagens da Escritura.”

A predestinação

Para o sistema calvinista alcançar sua lógica, ele tem seu pontapé inicial nos decretos divinos,
através dos quais a predestinação encontra-se subordinada. Best, teólogo calvinista, define
decreto como “uma determinação ou ordem de alguém que tem autoridade suprema”. Ele
reforça, ainda, que “o propósito de Deus está fundamentado na soberania absoluta, ordenado
pela sabedoria infinita, ratificado pela onipotência e cimentado pela imutabilidade”.[1]

Strong conceitua os decretos divinos como “o plano eterno pelo qual Deus tornou certos todos
os eventos do universo, passados, presentes e futuros”.[2] Charles Hodge complementa
dizendo que, tais decretos são eternos, imutáveis, livres, infalivelmente eficazes e relacionam-
se com todos os acontecimentos, podendo ser reduzidos a um propósito divino, além de terem
como objetivo central, glorificar a Deus.[3]
Historicamente, falando, Teodoro de Beza (1519-1605), bem como outros teólogos
reformados, começaram a especular sobre a “ordem dos decretos divinos”.[4] Embora esses
decretos fossem simultâneos e eternos (pois Deus não está limitado ao passado, presente ou
futuro, estando todas as coisas eternamente presentes no plano espiritual), qual seria a ordem
deles? Teria Deus decretado primeiramente a criação do mundo ou a dupla predestinação?

Através destas conjecturações, outros pontos calvinistas passaram a ser deduzidos, através do
uso da lógica: se Deus decretou os eleitos e os répobros (antes, durante ou depois da fundação
do mundo), então não faria sentido que Cristo morresse pelos reprovados; os eleitos, por sua
vez, não teriam condições de resistirem à graça de Deus, visto que já foram predestinados
mediante os decretos eternos de Deus; Finalmente, alguém que já teve sua salvação decretada
desde a eternidade, como a perderia? Portanto, uma vez salvo, salvo para sempre.

A discussão sobre quando se sucedeu o decreto da predestinação teve duas vertentes, cuja
primeira é o supralapsarianismo, na qual “supra” se remete a algo prioritário e antecedente e
“lapsarianismo” a um lapso ou queda. Portanto, o supralapsarianismo, trata-se de “alguma
coisa antes da queda”, ou seja, a eleição como primeiro dos decretos de Deus.

Olson explica que, “teologicamente, o supralapsarismo é uma forma de ordenar os decretos


divinos de tal maneira que a decisão e o decreto de Deus em relação à predestinação dos seres
humanos, ao céu ou ao inferno, antecede seus decretos de criar os seres humanos e permitir
sua queda”,[5] cuja sequencia decretiva seria 1) a predestinação à salvação e ao castigo
eterno, 2) a criação, 3) a permissão da queda, 4) o meio de salvação em Cristo e 5) a aplicação
da salvação aos eleitos.

Outros calvinistas, entretanto, discordaram com essa ordem e conjecturaram os decretos em


outra sequencia, perfazendo a segunda vertente lapsariana. Eles, por sua vez, ficaram
conhecidos como infralapsarianistas. Segue-se o mesmo raciocínio: “infra” está para depois e
“lapsarianismo” para a queda. Sendo assim, eles situaram o decreto da predestinação depois
da queda de Adão.

A concepção dos decretos divinos sofre uma alteração cabal no entendimento dos teólogos
arminianos. A diferença, entretanto, não se choca de imediato com as teorias lapsarianas e sim
com a relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade do homem, conforme podemos
constatar nas palavras de Russel E. Joiner:
“Os decretos divinos são o seu plano eterno que, em virtude de suas características, faz parte
de um só plano, que é imutável e eterno (Ef 3.11; Tg 1.17). São independentes e não podem
ser condicionados de nenhuma maneira (Sl 135.6). Têm a ver com as ações de Deus e não com
a sua natureza (Rm 3.26). Dentro desses decretos, há as ações praticadas por Deus, pelas quais
Ele, embora permita que aconteçam, não é responsável. Baseado nessa distinção, torna-se
possível concluir que Deus nem é o autor do mal… nem é a causa do pecado.”[6]

Essa diferença é melhor explicada pelo teólogo metodista, Samuel Wakefield. Ele descreve os
decretos como sendo “os propósitos de Deus ou Sua determinação com respeito a suas
criaturas” e reconhece-os como sendo eternos, livres e imutáveis, mas faz uma distinção
interessante: ele classifica os decretos em absolutos e condicionais. Os primeiros são aqueles
que “se relacionam com os eventos da administração divina que não dependem das ações
livres das criaturas morais”. Já os condicionais são “aqueles nos quais Deus respeita as ações
livres de Suas criaturas morais”. Ele cita o arrependimento, a fé e a obediência como exemplos
dessas condições para a salvação do homem.[7]

Objeções à predestinação

Solano Portela definiu a predestinação como sendo “o aspecto da pré-ordenação de Deus,


através do qual a salvação do crente é considerada efetuada de acordo com a vontade de
Deus, que o chamou e o elegeu em Cristo, para a vida eterna, sendo a sua aceitação
VOLUNTÁRIA, da pessoa e do sacrifício de Cristo, uma CONSEQUÊNCIA desta eleição e do
trabalho do Espírito Santo, que efetiva esta eleição, tocando em seu coração e abrindo-lhe os
olhos para as coisas espirituais”.[8]

Apesar do esforço de Portela em enfatizar a voluntariedade da aceitação do homem quanto à


pessoa do salvador e Seu ato salvífico pelo pecador arrependido, e de salientar que esta
aceitação trata-se de uma consequência da eleição, a doutrina da eleição incondicional
continua a ser, em outras palavras, uma coercitividade divina operada através de uma graça
supostamente irresistível – para não dizer imperativa – decretada desde a eternidade.

A doutrina da predestinação não é simplesmente “uma das mais difíceis de serem


abordadas”,[9] mas uma das mais distorcidas biblicamente, pois acaba por fazer, como
observa Wynkoop, do decreto divino a causa primeira da salvação, ao passo que a morte de
Cristo torna-se causa secundária e subsidiária, não sendo absolutamente essencial para a
salvação, mas um elo de uma corrente predeterminada de eventos.[10] É como se o sacrifício
de Cristo fosse um evento para cumprir tabela (decreto) e não um ato gracioso de um Deus
cuja essência é o amor.

Muitas são as objeções sobre a doutrina da predestinação[11] e vale a pena avaliar as


principais observações, começando por Armínio, que rejeitava o conceito supralapsarianista
dos decretos de Deus por quatro razões:

1) Não era sustentado pelas Escrituras: os conceitos deterministas do supralapsarianismo


transformam Deus num tirano que faz acepção de pessoas. Esses conceitos estão mais
pautados numa teologia lógica e filosófica dos teólogos calvinistas, a quem Olson chama de
calvinistas escolásticos,[12] do que na própria Palavra de Deus.

Em um de seus artigos, Armínio declarou que, “a regra da verdade teológica não deve ser
dividida em primária e secundária; é una e simples, as Sagradas Escrituras.” Para ele, “nenhum
escrito composto por homens, seja um, alguns ou muitos indivíduos, à exceção das Sagradas
Escrituras […] está […] isento de um exame a ser instituído pelas Escrituras”, pois elas “são a
regra de toda a verdade divina, de si, em si e por si mesmas.” Portanto, “é tirania e papismo
controlar a mente dos homens com escritos humanos e impedir que sejam legitimamente
examinados, seja qual for o pretexto adotado para tal conduta tirânica.”[13]

2) Não havia sido apoiado por cristãos doutos e res-ponsáveis durante mil e quinhentos anos e
nun-ca fora aceito pela totalidade da Igreja: Wyncoop conta que, em 1589, um leigo instruído,
chamado Koornheert, da Holan­da, levantou uma “tormenta nos círculos teológicos por suas
dissertações e escritos em refutação da teoria supralapsariana dos decretos divinos.”[14] O
argumento de Koornheert era que, o ensino supralapsariansta de Beza tornava Deus a causa e
o autor do pecado. A exposição brilhante e polêmica de Koornheert atraía um número cada
vez maior de ouvintes e chegou-se a temer que seu pensamento solapasse a estrutura total do
calvinismo, bem como a estabilidade política dos Países Baixos. Parecia que nenhum ministro
era capaz de refutá-lo e, por isso, Armínio foi incumbido desta tarefa. “É significativo que o
tremendo descontentamento gerado com a posição de Calvino e Beza, tenha levado um leigo a
fazer tal coisa”.[15]

Armínio começou, então, uma séria revisão da doutrina da predestinação, particu-larmente na


Epístola aos Romanos. Concentrou-se no capítulo 9, baluarte calvinista de seu dogma. Porém,
quanto mais se aprofundava Armínio, mais lhe con-vencia sua investigação de que o
ensinamento de Pau-lo estava em oposição à classe de predestinação que Beza ensinava.
Embora Armínio não tivesse abandonado sua cren-ça na predestinação divina, em suas
revisões, ele percebeu que os judeus criam que eles haviam sido divinamente predestinados
para serem salvos e que nada poderia mudar este ato. Todavia, a Epístola aos Romanos foi
escrita exatamente para mostrar a distinção entre a histórica soberania abso-luta e as
condições da salvação pessoal, a qual sempre é pela fé, não por decretos.[16]

Armínio leu os escritos dos Pais da Igre-ja. Ele investigou e compilou evi-dências demonstrando
que nenhum “Pai” fidedigno, isto é, digno de crédito, jamais havia ensinado os critérios de
Beza. Ele constatou, ainda, que a du-pla predestinação particular de Calvino jamais havia sido
oficialmente aceita pela igreja. “Para sua surpre-sa, descobriu que o mesmo Agostinho, não só
antes da controvérsia com Pelágio, como principalmente depois, havia ensinado a completa
responsabilidade moral.”[17]

3) Deus se tornava o autor do pecado: Vejamos a seguir as próprias palavras de Armínio sobre
esse questionamento:

“De todas as blasfêmias que podem proferir-se contra Deus, a mais ofensiva é aquela que O
declara autor do pecado; o peso dessa imputação é aumentado seria-mente se lhe agrega que,
segundo essa perspectiva, Deus é o autor do pecado cometido pela criatura, para poder
condená-la e lançá-la à perdição eterna que lhe havia destinado para ela de antemão, sem ter
relação com o pecado. Porque, desse modo, “Ele seria a cau­sa da iniquidade do homem para
poder infligir o sofri-mento eterno”… Nada imputará tal blasfêmia a Deus, a quem todos
concebem como bom… Não pode atri­buir-se a nenhum dos doutores da Igreja Reformada,
que eles “abertamente declarem Deus como autor do pecado”… No entanto, “é provável que
alguém possa, por ignorância, ensinar algo do qual fora possível, como claro resultado, deduzir
que, por essa doutrina, Deus permaneça declarado autor do pecado.” Se tal for o caso, então…
(os doutores) devem ser admoestados a abandonar e desprezar a doutrina da qual se tem
tira-do tal inferência.”[18]

4) O decreto da eleição se aplicara ao homem ain-da não criado: objetivamente falando, se


Deus tivesse decretado a eleição antes da queda do homem, então “a queda do homem tinha
sido desejada por Ele”.[19] Por isso Deus teria de ser o autor do pecado! Laurence Vance
explica que, segundo esse sistema, “Deus primeiramente decidiu eleger alguns homens para o
céu e reprovar os outros homens ao inferno, de forma que ao criá-los, ele os fez cair, usando
Adão como um bode expiatório, de forma que pareceria que Deus foi gracioso ao enviar os
‘eleitos’ ao céu e justo ao enviar os ‘reprovados’ ao inferno.” Ele explica, ainda, que “a
característica distintiva deste esquema é seu decreto positivo da reprovação. A reprovação é a
condenação deliberada, preordenada, predestinada de milhões de almas ao inferno como
resultado do soberano beneplácito de Deus e conforme o ‘conselho da sua vontade’”[20] (Ef
1.11).
(…)

Leia mais em: COUTO, Vinicius. Introdução à Teologia Armínio-Wesleyana. Reflexão, 2014.

Notas

[1] BEST, W.E.. Definition of God’s Decree. In: ______. God’s Eternal Decree. WE Best Book
Missionary Trust, 1992.

[2] STRONG, A. H. Teologia Sistemática. 2007, Hagnos, p. 617.

[3] HODGE, Charles. Teologia Sistemática. 2001, Hagnos, pp. 399-405.

[4] OLSON, Roger. História da Teologia Cristã:2000 anos de tradição e reformas. 2001, Vida, p.
468.

[5] Idem.

[6] JOINER, Russell E.. O Deus Verdadeiro. In: Teologia Sistemática. HORTON, Stanley M. (org.).
1996, CPAD, p. 153.
[7] WAKEFIELD Apud GARRETT, James Leo. Teologia Sistematica. 2000, Casa Bautista de
Publicaciones, p.452.

[8] PORTELA, Solano. Estudo Sobre a Predestinação. Disponível em:


<http://www.solanoportela.net/artigos/estudo_predestinacao.htm> Acesso em: 12 de
Fevereiro de 2014.

[9] Idem.

[10] WYNCOOP, Mildred Bangs. Fundamentos da Teologia Arminio Wesleyana. 2004, Casa
Publicadora Nazarena, p. 33.

[11] Para um estudo mais acurado sobre as objeções da doutrina da predestinação, ver
OLSON, Roger. Sim Para a Eleição; Não Para a Dupla Predestinação. In: ______. Contra o
Calvinismo. 2013, Editora Reflexão, pp. 159-210.

[12] OLSON, Roger. Op. Cit., pp. 466-470.

[13] Ibid, p. 476.

[14] WYNCOOP, Mildred Bangs. Op. Cit., p. 52.

[15] Idem.

[16] NICHOLS, James; NICHOLS, Willian (Trad.). The Works of James Arminius. 1875, Thomas
Baker, vol. III,, pp. 527ss.

[17] WYNCOOP, Mildred Bangs. Op. Cit., p. 53.

[18]NICHOLS, James; NICHOLS, Willian. Op. Cit., pp. 645-655.


[19] BERKOUWER, G. C.. Divine Election. 1960, Eerdmans Publishing Co., p. 257.

[20] VANCE, Laurence M.. Sistemas Lapsários. In: ______. O Outro Lado do Calvinismo.
Material não publicado. Disponível em www.arminianismo.com.

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Vinicius Couto

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Durante séculos esta doutrina tem sido considerada como doutrina típica das Igrejas
Reformadas, não apenas em contraste com a Igreja Católica, mas também àquela das Igrejas
Luteranas. Isso estimulou as pessoas a não devotar muita atenção ao tema Predestinação, que
foi impropriamente equiparada com o verdadeiro âmago de sua fé religiosa, a saber, a
doutrina da Eleição. Como os pais das igrejas reformadas se conduziram para ensinar essa
terrível teoria teológica em nome do Evangelho bíblico?

A doutrina da Predestinação de Zwingli é apresentada principalmente em seu grande sermão,


De Providentia, pregado em Marburg. Seu ponto de partida mostra que aqui estamos lidando
com filosofia especulativa, e não com teologia cristã. Este ponto de partida, do qual tudo que
segue é desenvolvido, é a idéia de Deus como o “Summum bonum”. Esta idéia não pertence à
concepção de Deus e à revelação, mas àquela da especulação platônica. Aqui tem-se uma
concepção Neo-Platônica do Ser Absoluto.

Com essa doutrina especulativa do Absoluto, combina-se um conceito platônico do Mal, que
deriva o mal da esfera mais baixa do sentido.

Depois disso a doutrina da Predestinação se desenvolve inteira e completamente, como foi


inevitável, fora da doutrina de Deus como a causa de tudo que acontece. Assim, tudo passa a
ser derivado da pan-casualidade de Deus. Se Deus é a Causa do pecado, e da condenação que
isto incorre, então muito mais Ele é a causa do Bem, e da salvação, para a vida eterna. Então,
segundo Zwingli, tudo é obra de Deus somente.

Isto nada tem a ver com a teologia cristã, mas é uma metafísica racional, parcialmente Estóica
em seu caráter, e parcialmente Neo-Platônica.

A doutrina de Calvino sobre a Predestinação é totalmente diferente, tanto em seu caráter


como em sua origem. Essa doutrina tem como ponto central a Eleição em Jesus Cristo, onde só
a Graça de Jesus Cristo leva à idéia da livre Eleição Divina.

Calvino também teve influência de seu líder eclesiástico, Agostinho,único grande mestre da
Igreja Antiga que deu ensino bíblico digno de confiança sobre o tema Pecado e da Graça, isto
é, que se ocupou com o principal problema da teologia reformada. Ele, também, foi o primeiro
a combinar esta doutrina da graça com aquela da dupla Predestinação.

Resultado deste estudo: A bíblia não contém a doutrina da dupla Predestinação, embora uns
poucos textos isolados[1] parecem concluí-la. A bíblia ensina que toda salvação está baseada
sobre a Eleição eterna de Deus em Jesus Cristo, e que esta Eleição eterna advém total e
inteiramente da soberana liberdade de Deus. Mas onde quer que isso aconteça, não há
menção de um decreto de rejeição. A bíblia ensina que ao lado do eleito há aqueles que não
são eleitos, que são “reprovados”, e na verdade que aqueles são a minoria e estes a maioria.

A doutrina do duplo decreto não só não está apoiada pela evidência da Escritura, como
também é impossível equipara-la com a mensagem bíblica. Conduz a uma compreensão de
Deus e do homem que é contrária àquela contida na revelação. Leva a conseqüências que
estão em absoluta e direta oposição às declarações centrais da bíblia. Essencialmente, é
impossível considerar a vontade que concebe este duplo decreto com a mesma vontade que
está representada como Ágape no Novo Testamento. Todo os argumentos de Calvino contra
essas objeções chegam ao mesmo ponto no fim: estes dois conceitos devem ser conservados
junto no pensamento, porque ambos são declarados na Palavra de Deus. Deus é amor, essa é a
clara mensagem da bíblica. Deus concebeu o duplo decreto, esta é – de acordo com a opinião
errada de Calvino – igualmente clara, a mensagem bíblica. Assim, alguém deve identificar o
Deus do duplo decreto com o Deus que é Amor.

As conseqüências da doutrina da Predestinação são tão desastrosas para a compreensão do


homem como são para a idéia de Deus. Predestinação no sentido de “duplo decreto” é o mais
desapiedado determinismo que pode ser imaginado. Antes de ter existido qualquer coisa no
mundo, antes de ter existido algo como o tempo, causas, coisas, e criaturas, já foi fixado, não
apenas que existiria estes dois tipos de seres humanos, pecadores que estariam perdidos e
pecadores que estariam salvos, mas também que cada ser humano que Deus criará, a qual de
ambos os grupos pertence.

Finalmente, as conseqüências para a soteriologia não são menos sinistras. Se esta doutrina é
verdadeira, o que se usa para pregar o Evangelho e chamar homens ao arrependimento?
Aquele que está indo para ser salvo será salvo de qualquer modo, e aquele que está
condenado à destruição de qualquer modo está perdido. O convite à decisão que toda
pregação contém é meramente um artifício, porque a decisão é uma ilusão. Todas as
conseqüências absolutamente devastadoras da doutrina da Predestinação para a Fé Cristã e
para a atividade na Igreja devem, temos a sensação, ter sido indistintivamente sentida por
Calvino e por outros teólogos que abraçaram estas visões, mas eles não admitirão que os
importunem.

Mas, a doutrina da dupla Predestinação não é o único equívoco que ameaça a genuína
doutrina bíblica da Eleição. Por outro lado, do lado oposto, encontra-se a não menos perigosa
falsa doutrina, a qual é igualmente inconsistente com a Fé ensinada nas Escrituras, a doutrina
da restauração final de todos os homens – a declaração: todos foram eleitos desde a
eternidade, portanto, todos participarão da vida eterna.

Assim como é impossível combinar a idéia do duplo decreto, no sentido no qual Calvino usa,
com amor de Deus, assim é impossível combinar a doutrina da salvação universal com a idéia
da Santidade de Deus.

Ambos os erros, a doutrina do Duplo Decreto e da Salvação Universal, igualmente eliminam a


tensão vital, baseada na dialética da Santidade e do Amor de Deus, por meio de um schema
monista. Ambos tentam evadir-se da verdade da liberdade de Deus, que é intolerável para o
pensamento lógico, pelo estabelecimento de uma doutrina fixa: por um lado, de uma maneira
pessimista, em trevas, e por outro lado alegremente e otimista. Ambos buscam uma solução
que satisfaça a mente. Logicamente satisfatória, embora terrível para o coração, é a doutrina
do duplo decreto. Logicamente satisfatória, embora devastadora para a consciência é a
doutrina da certeza da salvação de todos os homens. A doutrina bíblica da Eleição não conhece
nenhuma nem outra destas soluções racionais lógicas. Ela ensina a doutrina do Deus Santo e
Misericordioso, que em Cristo Jesus escolheu todos os que nEle crêem desde a eternidade,
mas que rejeita aqueles que recusam esta obediência de fé.

Portanto, a doutrina da Eleição não é inteligível em teoria, mas só na decisão da fé, não como
uma doutrina - “sobre”, mas apenas como uma dirigir-se ao “Thou”, como a Palavra de Deus,
que em Jesus Cristo, pelo Espírito Santo, dirige-se a nós de tal modo que devemos crer,
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demonstrando que nenhum “Pai” fidedigno, isto é, digno de crédito, jamais havia ensinado os
critérios de Beza. Ele constatou, ainda, que a du-pla predestinação particular de Calvino jamais
havia sido oficialmente aceita pela igreja. “Para sua surpre­sa, descobriu que o mesmo
Agostinho, não só antes da controvérsia com Pelágio, como principalmente depois, havia
ensinado a completa responsabilidade moral.”[17]

3) Deus se tornava o autor do pecado: Vejamos a seguir as próprias palavras de Armínio sobre
esse questionamento“De todas as blasfêmias que podem proferir-se contra Deus, a mais
ofensiva é aquela que O declara autor do pecado; o peso dessa imputação é aumentado
seria-mente se lhe agrega que, segundo essa perspectiva, Deus é o autor do pecado cometido
pela criatura, para poder condená-la e lançá-la à perdição eterna que lhe havia destinado para
ela de antemão, sem ter relação com o pecado. Porque, desse modo, “Ele seria a cau­sa da
iniquidade do homem para poder infligir o sofri­mento eterno”… Nada imputará tal blasfêmia
a Deus, a quem todos concebem como bom… Não pode atri­buir-se a nenhum dos doutores da
Igreja Reformada, que eles “abertamente declarem Deus como autor do pecado”… No
entanto, “é provável que alguém possa, por ignorância, ensinar algo do qual fora possível,
como claro resultado, deduzir que, por essa doutrina, Deus permaneça declarado autor do
pecado.” Se tal for o caso, então… (os doutores) devem ser admoestados a abandonar e
desprezar a doutrina da qual se tem tira­do tal inferência.”[18]

4) O decreto da eleição se aplicara ao homem ain-da não criado: objetivamente falando, se


Deus tivesse decretado a eleição antes da queda do homem, então “a queda do homem tinha
sido desejada por Ele”.[19] Por isso Deus teria de ser o autor do pecado! Laurence Vance
explica que, segundo esse sistema, “Deus primeiramente decidiu eleger alguns homens para o
céu e reprovar os outros homens ao inferno, de forma que ao criá-los, ele os fez cair, usando
Adão como um bode expiatório, de forma que pareceria que Deus foi gracioso ao enviar os
‘eleitos’ ao céu e justo ao enviar os ‘reprovados’ ao inferno.” Ele explica, ainda, que “a
característica distintiva deste esquema é seu decreto positivo da reprovação. A reprovação é a
condenação deliberada, preordenada, predestinada de milhões de almas ao inferno como
resultado do soberano beneplácito de Deus e conforme o ‘conselho da sua vontade’”[20] (Ef
1.11).
(…)

Leia mais em: COUTO, Vinicius. Introdução à Teologia Armínio-Wesleyana. Reflexão, 2014.

[1] BEST, W.E.. Definition of God’s Decree. In: ______. God’s Eternal Decree. WE Best Book
Missionary Trust, 1992.

[2] STRONG, A. H. Teologia Sistemática. 2007, Hagnos, p. 617.

[3] HODGE, Charles. Teologia Sistemática. 2001, Hagnos, pp. 399-405.

[4] OLSON, Roger. História da Teologia Cristã:2000 anos de tradição e reformas. 2001, Vida, p.
468.

[5] Idem.

[6] JOINER, Russell E.. O Deus Verdadeiro. In: Teologia Sistemática. HORTON, Stanley M. (org.).
1996, CPAD, p. 153.

[7] WAKEFIELD Apud GARRETT, James Leo. Teologia Sistematica. 2000, Casa Bautista de
Publicaciones, p.452.

[8] PORTELA, Solano. Estudo Sobre a Predestinação. Disponível em:


<http://www.solanoportela.net/artigos/estudo_predestinacao.htm> Acesso em: 12 de
Fevereiro de 2014.

[9] Idem.
[10] WYNCOOP, Mildred Bangs. Fundamentos da Teologia Arminio Wesleyana. 2004, Casa
Publicadora Nazarena, p. 33.

[11] Para um estudo mais acurado sobre as objeções da doutrina da predestinação, ver
OLSON, Roger. Sim Para a Eleição; Não Para a Dupla Predestinação. In: ______. Contra o
Calvinismo. 2013, Editora Reflexão, pp. 159-210.

[12] OLSON, Roger. Op. Cit., pp. 466-470.

[13] Ibid, p. 476.

[14] WYNCOOP, Mildred Bangs. Op. Cit., p. 52.

[15] Idem.

[16] NICHOLS, James; NICHOLS, Willian (Trad.). The Works of James Arminius. 1875, Thomas
Baker, vol. III,, pp. 527ss.

[17] WYNCOOP, Mildred Bangs. Op. Cit., p. 53.

[18]NICHOLS, James; NICHOLS, Willian. Op. Cit., pp. 645-655.

[19] BERKOUWER, G. C.. Divine Election. 1960, Eerdmans Publishing Co., p. 257.

[20] VANCE, Laurence M.. Sistemas Lapsários. In: ______. O Outro Lado do Calvinismo.
Material não publicado. Disponível em www.arminianismo.com.:Anotações de aula 2019 do
regimento e para O regimento interno das escolas cívicos militares dar-se-a por meio de
decretos do governo do distrito federal , sendo que, ficará a cargo da secretaria de segurança
pública e a secretaria da educação a gestão compartilhadas.
O regimento interno das escola cívicos militares será elaborado por meio de gestão
compartilhada para que haja o bom entendimento entre as partes
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