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Sermão antropocêntrico x Sermão cristocêntrico

Quando falamos de antropocentrismo falamos que o “homem é o centro” (do grego: anthropos,
“humano”; e, kentron, “centro”). O antropocentrismo ele tem impactado as igrejas em toda parte do mundo.
Já não se vê Cristo sendo o foco e único objetivo de adoração e da pregação. Substituíram a pregação
cristocêntrica e expositiva, pela pregação antropocêntrica que converge não no Salvador, mas no homem.
A pregação antropocêntrica ou humanista é, na maioria das vezes, uma mensagem que consiste de
anunciados que enxergam o homem ou se referem a ele como se ele fosse o centro de todas as coisas. Ex:
“Você vai chegar lá”, “Olhe para o seu irmão e diga: “você é mais do que vencedor”, etc. Seria errado falar
essas palavras em nossas pregações? De maneira alguma, mas o que faz essas palavras ser um desvio
doutrinário é quando essa mensagem se torna um meio de agradar às pessoas ou dar-lhes apenas uma
solução para as dificuldades cotidianas, sem apresentar Cristo e a mensagem da cruz, tema central das
Escrituras.
Essas mensagens, em sua maioria, acabam massageando o ego dos irmãos, fazendo deles crentes
minados e imaturos, e diante dessa realidade eu tenho feito à seguinte pergunta; por que tantos cristãos estão
com tanta dificuldade de enfrentar as adversidades e as aflições preditas por Jesus (Jo 16:33)?
O culto antropocêntrico é planejado para agradar ao homem, com um sermão agradável para o seu
ego; porém, como João Calvino disse: “ o púlpito é o Trono onde a palavra de Deus deve ser pregada”.
O antropocentrismo tem tirado das igrejas a convicção de pecados, a necessidade de um novo
nascimento, a urgência do arrependimento e uma vida inteira de santidade. É preciso que haja um
avivamento em nossas igrejas, uma nova reforma e tirarmos o homem do púlpito e colocarmos lá novamente
a palavra encarnada (Cristo).
O foco de cada culto ao Senhor deve ser a pessoa de Jesus Cristo, tudo é dEle, por Ele e para Ele
(Rm 11.36), devemos adorá-lo e engrandecê-lo, não por aquilo que Ele pode nos dar, mas por aquilo que Ele
é, grandes foram os feitos de Cristo em prol da humanidade e devemos gratidão pela obra redentora que
Deus fez por meio de Seu Filho.
Tudo que fazemos no culto deve ser voltado a Cristo, Ele é o ÚNICO mediador entre Deus e homens,
aquele que teve Seu nome elevado acima de todo nome, no céu, na terra e debaixo da terra (Fp 2.9; 1 Tm
2.5). Tudo o que pedimos deve ser dirigido a Ele e toda a glória deve ser a Ele também, o culto não deve
exaltar os feitos humanos, nem a capacidade do crente e muito menos as qualidades da igreja, o culto deve
exaltar as obras de Cristo (Jo 14.13, 14; 2 Co 4.7).
Desde o louvor até a pregação tudo deve ter como centro o Cordeiro e Suas obras; os apóstolos
pregavam a Cristo e a Sua obra realizada no Calvário, não andavam pregando um pensamento particular
deles, nem pregando o que os homens queriam ouvir, eles estavam centrados na pessoa do Nazareno desde o
primeiro sermão registrado na Bíblia (At 2.22; 1 Co 1.23, 2.1-14; 2 Co 2.17, 4.5; Gl 1.10). Do mesmo modo
o louvor deve ser cristocêntrico, espiritual e voltado somente a Jesus Cristo, não deve haver mensagens
triunfalistas, que exaltam o homem, mas, sim, mensagens que louvam ao Senhor em Cristo, pois em tudo
devemos agradecer e glorificar ao Pai (Cl 3.16; Ef 5.19, 20).

Exemplo:
Texto: Pv 16.32

“Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade.”
ARC
“É melhor ter paciência do que ser herói de guerra; o que domina o seu espírito é melhor do que o que
conquista uma cidade.” NAA.
“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma
cidade”. NVI.
“Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras”.
NTLH
Pregação antropocêntrica

 1. O que domina uma cidade é forte.

2. O que domina a si mesmo é mais forte.

3. Seja um valente que domina a si mesmo.

Pregação cristocêntrica

1. Domínio próprio é melhor que valentia.

2. Jesus é nosso exemplo de domínio próprio.

3. A cruz é a solução para nossa falta de domínio.

4. Os cristãos podem dominar-se pelo Espírito.

A pregação pode mostrar a solução de Cristo para as doenças, para os problemas, mas deve, acima
disto, apontar para a obra redentora de Cristo, na cruz. Se não fizer isto, o sermão fica pobre – fica perto de
uma mensagem de autoajuda!
Nos textos éticos, que destacam o comportamento esperado dos cristãos, Cristo deve ser apontado
como o modelo e o capacitador dos crentes, pelo Espírito Santo. A capacidade de viver no padrão divino
vem da nossa união com Cristo, pela fé, pela qual nos tornamos habitação do Espírito Santo.

Como podemos pregar Cristo:


O sermão deve apontar para Cristo de várias maneiras, dependendo do contexto, objetivo e público-alvo.
Aqui estão algumas formas principais:

Pregando a mensagem do evangelho: O evangelho é a boa nova da salvação em Jesus Cristo. O sermão deve
apresentar o evangelho de forma clara e direta, enfatizando a obra de Cristo na cruz como a única maneira
de salvação para a humanidade.

Explorando as Escrituras: O sermão deve explorar as Escrituras para mostrar como a história da Bíblia
aponta para Cristo e como ele cumpriu as profecias messiânicas. Isso pode incluir a explicação de como os
personagens bíblicos e eventos prefiguram a obra de Cristo.

Exaltando a pessoa de Cristo: O sermão deve exaltar a pessoa de Cristo, mostrando sua divindade,
humanidade, vida sem pecado e sua autoridade como Senhor e Salvador. O sermão também deve enfatizar a
importância de ter um relacionamento pessoal com Cristo.

Aplicando a mensagem de Cristo às nossas vidas: O sermão deve mostrar como a mensagem de Cristo é
relevante para nossas vidas diárias. Isso pode incluir ensinamentos sobre como seguir o exemplo de Cristo
em nosso comportamento e relacionamentos, bem como a importância de amar e servir ao próximo.

Enfatizando a obra contínua de Cristo: O sermão deve enfatizar a obra contínua de Cristo em nossas vidas,
incluindo sua obra de santificação e transformação contínuas em nós. Isso pode incluir ensinamentos sobre
como o Espírito Santo trabalha em nós para nos tornar mais semelhantes a Cristo.

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