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ORIENTAÇÕES PARA PREGAÇÃO

missionária
Muitas igrejas realizam cultos de conscientização missionária, onde os crentes são
estimulados e orientados a serem testemunhas de Jesus, compartilhando a sua fé e falando do
evangelho, em suas atividades diárias (no trabalho, na escola, com vizinhos etc) e
envolvendo-se nas ações missionárias e evangelísticas da igreja local.
A pregação que será ministrada nestes cultos, bem como os hinos a serem cantados
devem estar ligados a este tema, despertando a igreja para a sua missão evangelizadora e a
participação de cada membro do Corpo de Cristo nesta tarefa.
Todo sermão precisa ter um propósito a ser alcançado, que leva o pregador a ter
objetividade, clareza e intenção na sua pregação, para não ficar falando em círculos,
interminavelmente, ou falando aleatoriamente, sem saber aonde quer chegar.
Portanto, ao elaborar seu sermão, o pregador deve considerar: “Qual o propósito que
eu tenho para este sermão?”, ou “O que eu espero alcançar com esta mensagem?”. O sermão
não é apenas para informar ou para levar a refletir, mas para provocar uma decisão, uma
mudança, uma atitude.
“A determinação do propósito específico do sermão constitui um guia indispensável
na preparação da mensagem. O propósito governa a escolha do texto; influi na formulação
do tema; indica o material de elaboração que é idôneo e o que não é; aconselha a melhor
ordem para a divisão do esboço e determina a forma como a mensagem deve ser concluída”1.
Com estas informações em mente, podemos considerar qual será o propósito da
mensagem, que pode ser:
 Missionário: levar os crentes a se dedicarem à obra de Deus, dedicando seus dons e
talentos a serviço do Senhor.
 Evangelístico: levar as pessoas à uma decisão por Cristo, em arrependimento e fé.

Exemplos de textos que podem ser usados em sermões com propósito missionário:

1. Ordens para pregar a Palavra (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; At 1.8);


2. A chamada dos profetas, como Isaías (Is 6.1-13), Jeremias (Jr 1.4-10) e Ezequiel (Ez cap.
2 e 3);
3. Pessoas com uma mensagem a ser entregue, como os 4 leprosos (2 Rs 7);
4. Parábolas que falam de servos enviados com uma missão de chamar pessoas (Lc 14.15-
24; Mt 22.1-14);
5. Textos que falam de semear a Palavra (Mt 13; Mc 4);
6. Pessoas enviadas para pregar (Jn 1; Mc 3.13-19; At 8.26-40; 13.1-5; Rm 10.5-15);
7. Pessoas que tiveram um encontro com Jesus e foram chamar outras ou falar sobre o
Mestre (Jo 1.35; Jo 4; Mt 9.9-13; Mt 9.27-31; Mc 1.40-45; Mc 2.14-17);
8. Pessoas chamadas a acompanhar a caminhada à terra prometida (Nm 10.29-32).
9. A compaixão de Jesus (que a igreja deve imitar) pelas pessoas perdidas (Mt 9.35-38; Mt
14.13-21; Mc 8.1-10; Jo 4.31-41).

1
MORAES, 2007, p. 79.
Pregando numa passagem do Antigo Testamento, deixe o texto falar sua própria
verdade, em seu próprio contexto e, depois, identifique como essa verdade aponta para o
Novo Testamento, para Cristo, para o Evangelho.
O pregador deve ter um cuidado especial na finalização do seu sermão, pois ele deve
ter unidade e propósito, e a conclusão é a parte final desta peça, não um apêndice ou uma
nova etapa, em que novas ideias serão apresentadas. O propósito da conclusão é ressaltar,
reafirmar, estabelecer ou terminar o que foi dito.
A conclusão deve ser o momento em que o ouvinte é persuadido a empreender
mudanças comportamentais e firmar novos propósitos diante da mensagem pregada. O rumo
da conclusão é estabelecido em função do seu propósito e deve atingir este ponto com
objetividade e clareza.
O apelo é uma oportunidade concedida aos ouvintes para responderem publicamente
aos desafios apresentados na mensagem. Um apelo deve ser claro e objetivo, sem rodeios,
direto. O apelo também precisa ser honesto. Especialmente, o sermão evangelístico deve
apresentar o evangelho verdadeiro e convidar aqueles que querem, de fato, arrepender-se e
crer, para vir à frente. De nada adianta um número grande de pessoas na frente do púlpito,
sem que haja conversão verdadeira.
Todo sermão deve ter um apelo, requerer uma resposta dos ouvintes. Mesmo os
sermões que não são evangelísticos devem chamar o ouvinte a se comprometer com a
palavra pregada; a mover-se de onde está (mesmo sem sair do seu lugar), a tomar uma
atitude e responder à pregação. O apelo deve dizer o que se espera do ouvinte, mostrando a
autoridade da Palavra e o senso de urgência do Espírito Santo.
Soli Deo gloria.

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